A derrota eleitoral da coligação governamental era esperada. Talvez surpreenda pelo desnível, mas apenas isso.
Alguns políticos da coligação no poder referem a abstenção. Obviamente que uma abstenção tão elevada enviesa sempre os resultados. Mas se a abstenção afectou mais o eleitorado potencial da coligação PSD/PP é porque esse eleitorado não se sentiu mobilizado para votar. E se não se sentiu mobilizado foi porque a actual governação não inspira qualquer entusiasmo.
Já aqui referi por diversas vezes que a actual situação política, económica e social em Portugal é dramática. E pior que isso, não me parece que haja na sociedade portuguesa uma consciência da situação sombria da economia portuguesa. E aqueles que a têm, têm-na a nível individual, por a sentirem na pele, pois estão confusos sobre as causas que levaram a essa situação e as possíveis soluções para ela. Apenas dão socos no ar.
Economicamente, a nossa produtividade é muito baixa, o nosso tecido industrial é muito frágil e vulnerável e os nossos serviços públicos têm um desempenho péssimo e são um sorvedouro inexaurível de dinheiro, o que constitui um ónus pesadíssimo para os contribuintes singulares, que entregam ao Estado muito mais do que as prestações que recebem, em quantidade e qualidade, e para as empresas, cujo peso da fiscalidade nos bens e serviços que produzem e vendem lhes corrói ainda mais a sua já de si baixa competitividade.
O governo deu indícios, no início da sua actuação, de estar consciente da gravidade da situação. Mas durante a primeira metade da legislatura, época ideal para se fazerem as reformas impopulares, o governo foi de uma grande tibieza e não foi capaz de levar à prática as reformas que se impunham. A sua prestação política foi péssima. Reformas que mexem com o statu quo, com hábitos adquiridos, com a necessidade de emagrecer a função pública e melhorar o seu desempenho, com a exigência de uma maior mobilidade do factor trabalho, etc., são impopulares. Têm que ser bem explicadas e os seus protagonistas maioritariamente ganhos para ela.
Não foi nada disto que aconteceu. O governo falou muito de reformas, falou muito, demasiado, do custo dessas reformas, falou em vez de agir. A oposição limitou-se a potenciar o pânico que as declarações governativas lançavam entre quem sentia que o seu statu quo estaria em risco. As reformas passaram a serem vistas como uma ameaça e não como algo absolutamente indispensável para a melhoria do nosso desempenho económico e social e para que a nossa economia se desenvolvesse de forma sustentável.
Pior, a imagem que passou para a opinião pública, em termos de reformas e de combate ao défice, foi puramente virtual: a oposição criticava o governo pelos cortes excessivos na despesa pública que só existiam no universo virtual da nossa classe política, enquanto o governo se defendia justificando a necessidade de cortes que, efectivamente, não aconteciam, ou aconteciam casuisticamente, à toa, sem uma estratégia consequente e com um impacte despiciendo; a oposição brandia a ameaça catastrófica para os direitos do povo trabalhador decorrente das reformas que o governo, afinal ... não estava a fazer ... só dizia que fazia.
Foi uma luta comparável pelo fragor e pela virtualidade à que os deuses da Grécia Clássica travavam no Olimpo, mas nos antípodas da qualidade literária e humana que essas lutas trouxeram à nossa cultura.
Haverá a tentação, nas hostes governamentais, em culparam a ausência de sentido de Estado dos actuais dirigentes do PS. O PS é um partido da área governativa e, de facto, não se percebe a razão de ter andado a reboque do BE no que concerne aos seus conceitos de política económica e financeira. Mais tarde ou mais cedo o PS será chamado às responsabilidades governativas e a época em que se podia distribuir o que não há, acabou. A conjuntura do período de adesão ao euro, que permitiu a Sousa Franco diminuir o défice e aumentar a despesa com a função pública, não se volta a repetir e a herança dos governos Guterres afecta não apenas a capacidade de acção este governo como a dos vindouros. Há compromissos que durarão diversas legislaturas.
É verdade que, a tónica geral das eleições europeias foi a amostragem de um cartão amarelo aos governos em funções (excepto no caso da Espanha e Grécia, onde ainda se encontram no período de graça), em que o eleitorado teria dado a entender que não deseja reformas que bulam com as suas regalias. O facto dessas reformas estarem a ser promovidas nuns casos pela esquerda, noutros pela direita e serem, regra geral, bastante incipientes, não modificou o comportamento do eleitorado.
Todavia, na Alemanha, a CDU tem apoiado, em termos gerais, as reformas que Schroeder está a tentar levar a cabo, e o SPD teve o seu pior resultado eleitoral do após guerra, apenas ligeiramente superior ao que havia obtido nas eleições de Março de 1933, já com Hitler à frente da chancelaria do Reich. O eleitorado alemão não puniu Schroeder só pelas reformas que pretende fazer, mas também pela sua incompetência neste domínio. Como escreve o "Frankfurter Allgemeine Zeitung", o voto dos eleitores não se explica apenas pelo facto de que um partido paga sempre o preço das necessárias reformas. Não é a política de reformas em si mesma que afasta os eleitores, senão a CDU que advoga igualmente uma tal política, não teria obtido resultado tão bons. Não, a verdadeira razão é a exaustão unânime dos cidadãos que não suportam mais a forma como o SPD de Schroeder conduz a sua política.
Portanto, no caso português, as razões têm que ser procuradas na pouca competência mostrada pelo governo no seu exercício. Perdeu muito tempo em legislar reformas tíbias e legislou mal, sem ter em conta o enquadramento constitucional, originando trapalhadas perfeitamente escusadas que só serviram para diminuir o eventual alcance das reformas, ou para as protelar para as calendas gregas.
Também não parece que seja relevante a questão iraquiana. Em primeiro lugar, a participação portuguesa é muito marginal e tem o apoio do PR; em segundo lugar, no conjunto dos países europeus tanto foram punidos governos que apoiaram a guerra do Iraque - como o italiano, o britânico e o polaco como os governos que estiveram conta - como o francês, o alemão ou o belga.
Outra questão, que essa, sim, parece pertinente, é a da coligação eleitoral PSD/PP. Essa coligação é, claramente, redutora em comparação com a situação dos dois partidos concorrendo separadamente. Muitos eleitores PSD, ou que oscilam entre o PS e PSD, não se revêem na imagem política que o PP tem. Numa eleição com um único círculo, era previsível que o resultado do «Força Portugal» seria sempre inferior à soma aritmética de PSD e PP, quer em votos quer em lugares. Aliás, mesmo em eleições legislativas, com círculos eleitorais muito mais pequenos, é duvidoso que a sinergia obtida por listas conjuntas compense a diminuição da base eleitoral. Esta constatação não tem a ver com o desempenho relativo dos respectivos ministros no governo, onde, inclusivamente, há mais fragilidades na área do PSD do que na do PP. Tem a ver com uma situação de facto e em política não podemos tomar os desejos por realidades.
Entramos assim na questão central, que é a da maioria dos membros do executivo não estar à altura da missão que lhe foi cometida. Até agora, e se se exceptuar o caso de Amílcar Theias, as alterações do elenco governativo foram forçadas por incidentes que nada tinham a ver com a respectiva prestação governativa. Impõe-se portanto uma remodelação profunda no governo.
O caso mais grave, pelas responsabilidades que envolve, é o da Ministra das Finanças. A ministra é uma boa controladora, muito útil a esquadrinhar os papéis todos e a cortar despesas, mas uma péssima gestora, absolutamente destituída de qualquer imaginação e pensamento estratégico. A política que conduziu, de cortes à toa na despesa pública teve como contrapartida uma diminuição acentuada das receitas do erário público e a manutenção de um défice orçamental corrente excessivo, que era o que se pretendia evitar.
É certo que conseguiu melhorar alguns parâmetros macroeconómicos, como o défice orçamental global e o défice das contas com o exterior. Mas são as reformas estruturais que valem e permitem sustentar uma evolução positiva dos parâmetros macroeconómicos. E aí a prestação da ministra foi menos que insuficiente. Para manter o défice dentro dos limites, a ministra teve que recorrer à venda de património, o que é um claro sintoma da falência da sua política. Manuela Ferreira Leite não tem perfil para ir além de secretária de Estado do Orçamento ou do Tesouro. Para Ministro exige-se alguém mais político e com maior visão estratégica das incidências económicas das decisões fiscais e orçamentais.
Por outro lado é urgente a reforma da administração pública, a introdução de procedimentos eficazes de avaliação de desempenho e fazer com que aquela tenha uma prestação minimamente compatível com o dinheiro que custa ao país. O custo desta administração pública reflecte-se indirectamente na competitividade do sector privado e, portanto, na produtividade geral da nossa economia. Se não reformarmos a nossa administração pública dentro de alguns anos estaremos novamente na cauda da Europa, mas desta vez na dos 25, e não na dos 15. Francamente, não estou a ver a Manuela Ferreira Leite com capacidade para protagonizar essa mudança.
Mas, na generalidade, o elenco governativo é frágil. Carlos Tavares, Celeste Cardona, Figueiredo Lopes, etc. têm desiludido, nomeadamente o primeiro, visto estar numa área nevrálgica. O Ministro da Saúde tem sido muito contestado, mas seria o normal dado o poder que o lobby dos médicos tem. Em linhas gerais tem feito a política que Correia de Campos faria, se este tivesse continuado no governo. As diferenças entre ambos residem apenas na circunstância de estarem ligados a grupos diferentes ... Todavia, falta a Luís Filipe Pereira uma vertente política adequada ao difícil cargo que exerce.
David Justino é um sedutor a comunicar, mas nada do seu discurso acaba por ter expressão prática. Esta nova reforma curricular, mais uma ..., vai ser mais um desastre. Por sua vez, os enganos na colocação de professores (esta última lista tinha apenas 14 mil erros) são uma trapalhada que não se vê como o ministério a vai resolver. Quando se muda um sistema, qualquer pessoa com experiência sabe que haverá uma fase em que os dois sistemas, o antigo e o novo, têm que coexistir. Seria suicidário não o fazer. As empresas fazem isso quando mudam os programas de gestão financeira e de pessoal. É incompetência absoluta dos serviços do ministério, e indirectamente do ministro, o não terem acautelado esta questão.
Carmona Rodrigues é um técnico de elevado gabarito, embora a sua área profissional seja mais a do ambiente e recursos hídricos, mas ainda não tem o traquejo político suficiente. Todavia a sua acção não tem deslustrado ...
Na minha opinião, apenas Bagão Félix, Marques Mendes e, apesar de alguma incontinência verbal, Morais Sarmento estão acima da mediania.
Mas que remodelação vai Durão Barroso fazer? Existem em Portugal, na área dos partidos do governo, pessoas capazes. Mas quererão elas ir para o governo? Duvido. Ser membro do governo, em Portugal, significa ter uma profissão mal paga e ser objecto permanente da devassa pública por parte dos vampiros da comunicação social. Estes exigem uma alma imaculada, mas não me parece que a pureza e o desprezo pelos bens terrenos de Bento de Núrcia seja compaginável com as qualidades para se exercer com competência um cargo governativo. Cada vez mais a classe política está restrita aos aparelhos partidários (gente que normalmente não tem préstimo para mais nada) e a funcionários públicos e professores universitários (gente que não faz qualquer ideia do funcionamento do tecido empresarial do país). Com o mercado de recrutamento político cada vez mais minguado e enviesado para a mediocridade, será difícil encontrar gente capaz.
E Durão Barroso será capaz de escolher as pessoas certas? Durão Barroso é um político cinzento, sem carisma nem imaginação, que se viu promovido ao poder mercê dos desvarios financeiros e políticos do guterrismo e por Guterres se ter apercebido que seria incapaz de inverter a descida ao abismo e que quanto mais tempo permanecesse no governo, maior seria o rombo na nau socialista. Foi, do ponto de vista estritamente pessoal, uma manobra inteligente, e do ponto de vista de um governante, uma atitude absolutamente destituída de ética.
Ao país, Guterres deixou como herança: o défice orçamental, a convicção que tudo era fácil e conseguido sem esforço, a certeza inabalável que haveria rotativas a produzirem todo o dinheiro que fosse preciso, e ... Durão Barroso. Durão Barroso é, afinal, também uma herança de Guterres.
Resta ainda uma alternativa, que pode ser uma tentação para Durão Barroso e para os autarcas dos partidos da coligação que vêem aproximar as eleições locais de 2005 e não querem perder os seus cargos: alargar os cordões à bolsa, protelar as reformas mais alguns anos e esperar pelas eleições de 2006. Se ganharem as eleições mercê desse expediente (aliás usual no nosso país)... depois se vê quanto a reformas. Se perderem ... quem vier atrás que feche a porta e o PS poderá então ser confrontado com a forma insensata, irresponsável e demagógica como fez oposição durante esta legislatura.
Esperemos que o governo não caia nessa tentação, pois seria o pior que poderia acontecer ao nosso país. Se não for capaz de mostrar competência, pelo menos mostre patriotismo.
Nota 1: Desde o início deste blog que tenho criticado a acção governativa, em termos semelhantes aos actuais. Remeto, entre outros textos, para:
Perspectivas Sombrias maio 18, 2004
Eles Governam, Eles Perdem maio 13, 2004
«Teodisseia» Financeira maio 06, 2004
A Ministra Controleira novembro 20, 2003
Irreflexões nas vésperas do debate orçamental outubro 30, 2003
Isto é apenas uma nota para os maniqueistas, para aqueles, infelizmente bastante numerosos, que quando não lêem exactamente a mesma opinião deles, consideram que quem exprime essa opinião está no campo diametralmente oposto.
Nota 2: Não referi os argumentos expendidos por Vasco Graça Moura na noite eleitoral porque o homem estava claramente perturbado. Mais do que é habitual quando perora sobre matéria política.
Tenho estado fora, em férias e profissionalmente, e não consegui aparecer por aqui, apesar do GPRS. Todavia estive, quase sempre em locais sem rede.
Vou tentar manter novamente uma certa regularidade de intervenção
Tem razão em muito do que escreve. Parece-me porém que a actuação do governo não é tão má como a pinta, embora não tenha sido capaz de explicar politicamente as medidas que tomou
E espero que as férias tenham sido boas!
Afixado por: fbmatos em junho 16, 2004 01:01 PMTenho uma opinião um pouco oposta à do fbmatos.
Mas não há dúvida que a análise da Joana erstá bem "construída".
Concordando mais ou menos consigo, é forçoso reconhecer que há coerência nos artigos que escreveu desde há alguns meses.
O governo também é o mesmo!
Joana:
Leio-te e compreendo-te porque estou na mesma posição. A minha preocupação é o país. Se for A ou B que o consigam livrar da situação em que se encontra, é-me indiferente. Entre Durão e Ferro, o menos péssimo continua a ser o Durão, mas isso não me serve de consolo. São ambos muito maus.
Durão será cinzento e sem carisma, como escreves, mas Ferro é truculento, absolutamente incompetente em matérias económicas, apesar de ter feito o curso ... pelo processo a que assisti, e tive ocasião de te contar há meses, e muito convencido de si próprio, não percebo porque razão.
Se não hpuver uma mudança significativa na direcção do PS, a actual alternativa ao Barroso é o mais completo desastre.
Afixado por: L M em junho 16, 2004 02:48 PMO POUS é que é. 4280 votos no total nacional!
lololol
Dos quais 4270 foram erros de pôr a cruz.
Afixado por: Valente em junho 16, 2004 05:00 PMExcelente
Afixado por: Sa Chico em junho 16, 2004 08:45 PMBoa análise. Equilibrada e objectiva
Só palermices, sem jeito nenhum
Afixado por: Cisco Kid em junho 17, 2004 12:44 AMSó palermices, sem jeito nenhum
Afixado por: Cisco Kid em junho 17, 2004 12:44 AMConcordo em traços gerais com o artigo e gostaria de acrescentar que temo que a tentação de que a joana fala em relação ao abandonar as reformas para tentar ganhar eleições é uma doença crónica que acompanha a democracia portuguesa. Isto apesar de Durão barroso ter dito na noite das eleições que não iria mudar de politica. É inacreditável mas até agora ainda não apareceu um governo que apresente claramente um plano bem pensado para o país e o execute com sucesso. Os governos quando tomam posse parece que começam a apalpar terreno para depois começarem a fazer umas experiencias a que chamam reformas e que vão corrigindo online com as sondagens do momento. E isto quando ainda tentam fazer alguma coisa mais fora do "normal".
Eu não sei se este mal é tambem inerente ás outras democracias da união Europeia mas eu como votante começo a ficar cansado de tentar votar no menos mau e receio que chegue mesmo ao ponto de parar de votar.
reformas? que reformas?! as dos titulares de cargos públicos ao fim de 12 anos de "abnegada devotação à causa pública"? a do SNSaúde que só serve para encher o bolso aos amigos e o povo que não tem dinheiro que se lixe? a da educação em que o desastre não só continua mas se tem vindo a agravar? a do código de trabalho que fomenta a precaridade, a mão de obra barata, as empresa de trabalho temporário e os contratos a terminarem quando o empregador o entender? a reforma da segurança social que está a dar cabo do arremedo de estado social que ensaiámos após o 25 de abril?
espero que as férias lhe tenham feito bem mas não nos tome a todos por parvos. e não puxe dos galões enumerando os artigos em que criticou este governo. ou o barco já está a meter água na casa das máquinas temendo-se a qualquer momento um curto-circuito que o faça explodir levando com ele todos os que estão no convés saboreando o caviar e deleitando a vista enquanto a orquestra continua a tocar?
já não há ( nunca houve) pachorra para este governo!!!
Boa dionisius com essa da reforma da reforma dos políticos aos 12 anos. Porque será que os mass-media não fazem eco desta questão?.... Será que come tudo do mesmo tacho?
Afixado por: Viriato em junho 17, 2004 01:53 PMEssa da reforma aos 12 anos vem da Constituinte ou da 1ª legislatura, ainda do tempo em que caminhávamos para o socialismo.
O dionisius anda esquecido
Pois, o Dionisius também pareve que anda a dar socos no ar, como diz a outra
Afixado por: Nereu em junho 17, 2004 03:41 PMnão, caro david. daí vêm as reformas por oito e abnegados anos de causa pública. as de doze anos são mesmo obra deste governo. um passo de gigante... devemos bater palmas e esquecer a vergonha que é?
e quanto a socialismo, tirando a contingência histórica de 74/75,( que não era Socialismo,era uma mescla de socialismo a la albânia, a la kremlin e tutti quanti) entre nós tem-se é caminhado na via do chuchalismo. até hoje. veja o caso das nomeações de dois directores gerais, um para lisboa e outro para o porto, no mesmo dia em que o instituto que iriam "directorar" foi extinto. não soube dessa reforma? foi obra do pio bagão. terá sido uma obra de misericórdia?
Se o Pacheco Pereira tivesse o Público aberto aos comentaristas estava feito.
Se com este blog é o que se vê!
L M em junho 16, 2004 02:48 PM
Obrigada pelas suas palavras. As suas preocupações são, como sabe, as minhas. As suas desilusões maiores, pois as viveu mais tempo.
O país há-de conseguir encontrar o caminho.
Luis em junho 17, 2004 05:26 AM:
A política não tem moral e os autarcas PSD sabem que há nas votações locais uma componente da política nacional, principalmente em Lisboa.
Vai haver muita pressão sobre o governo para alargar os cordões à bolsa
dionisius em junho 17, 2004 01:39 PM:
Você sabe mesmo do que está a falar?
Mesmo a maior parte dos motoristas de táxi tem um discurso mais fundamentado que o seu.
David em junho 17, 2004 03:12 PM:
Tome em atenção que para efeitos de contagem de tempo, a Constituinte, que durou menos de um ano, vale por 4 anos.
Joana em junho 18, 2004 12:00 AM
sim, sei do que estou a falar e o facto é que não vi desmentido nada do que disse. mas como a joana tem a cabecinha atrofiada com números, teorias e modelos económicos não há nada a fazer: a sua incapacidade de ver o mundo onde as pesoas vivem é directamente proporcional às certezas científicas que alardeia. tudo aquilo, opiniões e, mesmo, factos , que não se encaixe nos modelos académicos marrados ao longo de anos de aturado e escolástico estudo é conversa de carroceiro ou limitação neuronial do outro. uma espécie de torquemada de saias, com perdão da comparação. para o torquemada, claro.
Afixado por: dionisius em junho 18, 2004 09:36 AMe por falar em discurso fundamentado pegue lá uma que fez que não leu e que foi um motorista de taxi que ma ofereceu: a história do pio Bagão e da nomeação dos dois directores gerais é verdadeira: passou-se com o Instituto de Desenvolvimento e Inspecção das Condições de Trabalho e a história vem no DR II série de 3 de Junho de 2004 a pág 8634.
Afixado por: dionisius em junho 18, 2004 09:39 AMSempre reaccionária
Afixado por: Cisco Kid em junho 19, 2004 01:18 AMSempre reaccionária
Afixado por: Cisco Kid em junho 19, 2004 01:18 AMEsta sua análise é a mais bem conseguida que li sobre o resultado das eleições.
Clara, coerente, rigorosa e equilibrada
dionisius em junho 18, 2004 09:36 AM
Entre ter a «cabecinha atrofiada com números, teorias e modelos económicos» ou tê-la absolutamente vazia, ... francamente ... prefiro a 1ª opção.
dionisius em junho 18, 2004 09:39 AM:
Relativamente a esse seu «discurso fundamentado», dionisius, você é apenas um contador de casos, quer sejam boatos, quer sejam meias verdades.
Queira-me perdoar, mas você tem o discurso típico do motorista de táxi com o fígado acidulado por um dia de trânsito caótico, que dispara de qualquer maneira, desde que seja ácida.
Porque não estuda as coisas em vez de reagir extemporaneamente, e sem discernimento, a estímulos externos.
Afixado por: Joana em junho 19, 2004 12:55 PMConcordo com esta análise. Está muito completa
Afixado por: Sargão em junho 20, 2004 01:52 AMCensurado
Afixado por: BOB ESCARRO em junho 22, 2004 12:14 AMCensurado
Afixado por: BOB ESCARRO em junho 22, 2004 12:14 AMCensurado
Afixado por: BOB ESCARRO em junho 22, 2004 12:14 AMCensurado
Afixado por: BOB ESCARRO em junho 22, 2004 12:18 AMCensurado
Afixado por: BOB ESCARRO em junho 22, 2004 12:18 AMCensurado
Afixado por: BOB ESCARRO em junho 22, 2004 12:18 AMvocê é mesmo teimosa. foi muito pressionada em pequena para ter boas notas e ser sempre a melhor em tudo? deixe lá isso e elucide-me: foi ou não extinto no último conselho de ministros o tal instituto da condições do trabalho ou lá o que era?
Afixado por: dionisius em junho 23, 2004 03:34 PMAfinal, eles governam e ganham. O Durão é "promovido"
Afinal, eles governam e ganham. O Durão é "promovido"
E o Santana Lopes? Terá pedalada?
Afixado por: Hector em junho 26, 2004 01:47 AM