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dezembro 20, 2005

Refutação Absurda

O Vento Sueste, relativamente ao meu post de ontem, refuta, esta tarde, a parte referente ao papel da Convenção Nacional, produzindo abundantes citações de Daniel Guérin, cuja intervenção foi a de um publicista de causas e não a de um investigador de História. Aliás, ele nem teve formação de historiador. Limitou-se a interpretar factos, do seu tempo ou do que leu sobre outras épocas, à luz das suas opções políticas. Daniel Guérin como historiador (que nunca foi) não oferece qualquer fiabilidade e o livro que é citado foi escrito no fim da última guerra, num período de exaltação anarco-comunista, onde se tentava branquear o comportamento dos regimes totalitários “de esquerda” para melhor levar a água ao moinho de uma Europa a caminho do socialismo “real”.

Aliás, sempre que há a emergência do totalitarismo de esquerda, aparecem publicistas a branquear os principais protagonistas do Terror: Robespierre, Saint-Just e outros. Não foi por acaso que a “A Luta de Classes em França na Primeira República”, de Daniel Guérin, saiu em 1946, na época em que a influência do comunismo em França foi maior, e foi editada em Portugal em 1977 (Regra do Jogo), ainda no período da efervescência revolucionária.

Sobre este período, para além das seguintes obras gerais de referência:
Thiers - Histoire de la Révolution Française Bruxelas 1834- 6 vols. É uma história muito bem documentada. Foi escrita no fim da restauração e já reflecte a ascensão das ideias liberais após o período de ocaso que se seguiu ao fim da revolução. Thiers tinha cerca de 30 anos quando iniciou a sua redacção. Permanece talvez a história mais actual, mais lúcida e neutra das histórias produzidas no século XIX sobre esta matéria.

Michelet Histoire de la Révolution Française Paris 1877-9 vols. A obra de Michelet reflecte as suas convicções políticas e o seu anti-clericalismo. Está literariamente muito bem escrita, mas é muito menos factual que a de Thiers.

... recomendo as obras dos que viveram os acontecimentos:
Durand de Maillane Histoire de la Convention nationale Paris 1825. Estas memórias têm muito interesse porque Durand de Maillane fazia parte do chamado Marais, grupo numericamente dominante na Convenção, mas que vivia sob o terror dos líderes revolucionários de Paris. Durand de Maillane foi um dos interlocutores dos deputados do Marais com a facção da Montanha chefiada por Tallien / Collot d’Herbois / Billaud-Varenne na resistência contra Robespierre e St.-Just nas sessões de 8 e 9 Thermidor. As memórias de Durand de Maillane permitem compreender as razões e os argumentos que para si próprios invocavam, para se justificarem, os deputados do Marais, menos “progressistas” que, por exemplo, os Girondinos, mas que foram votando, nos momentos decisivos, sempre do lado dos extremistas, até às sessões de 8 e 9 Thermidor. E permitem igualmente mostrar o enviesamento das leituras dos branqueadores do totalitarismo da Montanha, como Guérin. Frequentemente pensa-se que a força da Montanha correspondia à sua implantação eleitoral. Tal não é verdade. A força da Montanha resultava das instituições legislativas viverem reféns da Comuna de Paris e das secções mais extremistas de Paris. Ler Durand de Maillane e outros autores similares permite compreender os mecanismos que levaram a muitas das decisões da Assembleia Legislativa, Convenção, etc..

Mémoires de Meillan, député à la Convention nationale Paris 1823.
Apesar de deputado, Meillan teve que procurar na fuga a sua sobrevivência. Documento com interesse, mas sem o fôlego da obra de Durand de Maillane, embora escrito na mesma linha.

Billaud-Varenne - Mémoires inédits et correspondance, accompagnés de notices biographiques sur Billaud-Varenne et Collot-d'Herbois Paris 1893
Billaud-Varenne e Collot-d'Herbois foram dois membros de topo da Montanha, implicados em muitos morticínios. Collot-d'Herbois esteve implicado nas chacinas de Lyon. Todavia, juntamente com Tallien lideraram a resistência contra Robespierre que levou à queda deste. Os motivos dos 3 não seriam os mais nobres (Tallien estava principalmente interessado em salvar a sua apaixonada das garras do Tribunal Revolucionário, onde a esperava a certeza da guilhotina) mas o resultado salvou a França da continuação da ditadura sangrenta da Montanha e das suas consequências imprevisíveis. Todavia, quer Collot-d'Herbois, quer Billaud-Varenne foram posteriormente, em face da pressão da opinião pública, confrontados com as carnificinas que tinham organizado ou apoiado e condenados à deportação para a Guiana. Foi pela sua participação no Thermidor que escaparam à sorte de Carrier, o carrasco de Nantes, que foi executado.

Bertrand de Moleville_Histoire de la Révolution de France Paris 1801
1789-1791 (5 vols) 1791-1793 (5 vols) 1793-1799 (4 vols) - 14 volumes no total. Moleville foi ministro de Luís XVI durante o período revolucionário e, aquando dos acontecimentos de Agosto de 1792, escapou milagrosamente à perseguição policial que lhe foi movida, escondido várias semanas numa situação rocambolesca, numa casa em Paris, até conseguir fugir para Inglaterra. Foi o homem então mais procurado de França e os jornais de Paris deram-no várias vezes como capturado ou morto. Se tivesse sido apanhado teria tido a sorte dos restantes ministros – a execução.

Mémoires de Madame Roland (Marie-Jeanne Phlipon) Écrits durant sa Captivité Paris 1864 2vols. Mme Roland foi guilhotinada no âmbito do processo dos Girondinos. O seu marido, ministro girondino, que havia conseguido fugir, suicidou-se ao saber da sua execução.

Mémoires de Barras Paris 1894 4 vols (o 1º volume é sobre a revolução e o 2º e 3º são sobre o Directório). Barras foi quem organizou a resistência militar da Convenção no 8-10 Thermidor, que liquidou as veleidades de reacção das secções populares.

Staël-Holstein, Germaine de Réflexions sur le procès de la Reine par une femme Août 1793
Staël-Holstein,Germaine Considérations sur les principaux événements de la Révolution françoise 3 vols sem data (presumivelmente 1815 ou 1816). Mme de Staël, filha de Necker, foi uma mulher notável, uma observadora atenta e objectiva do seu tempo. Escreveu muitos outros opúsculos durante o período revolucionário e napoleónico. Igualmente Olympe de Gouges escreveu dezenas de opúsculos durante o período revolucionário, alguns sobre os direitos das mulheres, até ser guilhotinada.

Alguns jornais da época merecem destaque, principalmente pela negativa :
Hébert Je suis le véritable Père Duchesne foutre 1790-94 - 6 volumes. O Père Duchesne era uma espécie de blog da época, extremamente ordinário na linguagem (como pode observar-se pelo título), publicado num in-folio dobrado formando 8 páginas. Vivia da exploração do boato e da calúnia e, escrito numa linguagem muito popular e “vernacular” que era do gosto de alguma populaça parisiense. A facção Robespierre achou que Hébert tinha atingido o limite do insuportável e que a sua continuidade poderia ser prejudicial politicamente. Hébert e os exagerados foram guilhotinados.
Camille-Desmoulins Le vieux Cordelier Paris 1793/94. Jornal com alguma influência nos meios revolucionários, iniciou a publicação em fins de 1793 com o intuito de tentar travar os excessos que estavam a ser cometidos. Camille-Desmoulins depois de ter sido um dos arautos da liquidação física dos “aristo” e dos girondinos, evoluiu no sentido de uma pacificação social. Embora inicialmente tivesse, ao que ele pensava, o apoio de Robespierre, rapidamente evoluiu para uma cisão e tornou-se crítico da política de Robespierre. O jornal acabou quando Desmoulins foi guilhotinado, no processo de Danton e dos indulgentes. O último número, o sétimo, já foi póstumo.

Há outros jornais da época, de interesse como o de Brissot Le patriote francois 1789/1793 - 6 volumes. (Brissot era um dos principais dirigentes dos Girondinos). Não conheço nenhuma edição compilada do L’Ami du Peuple de Marat que será igualmente um importante documento de referência. Aliás todas as obras que citei, e as que citarei em seguida, referem-se a edições que estão à minha disposição por via familiar.

Obras gerais de interesse menor

Ternaux, Mortimer Histoire de la Terreur 1792-1794 Paris 1868 - 8 vols. Como o título indica, uma análise da revolução na sua vertente repressiva. Muito bem documentada.

Barante - Histoire de la Convention Nationale Paris 1851 - 6 vols.

Lamartine - Histoire des Girondins Paris 1881 - 6 vols (há uma ediçao portuguesa de 1854).

Georges Duval Souvenirs de la Terreur de 1788 à 1793 Paris 1841 4 vols
Georges Duval Souvenirs thermidoriens Paris 1844 2 vols (é a continuação da obra anterior)

Buchez e Roux - Histoire Parlamentaire de la Révolution Française ou Journal des Assemblées Nationales de Juin 1789 jusqu'en 1815 Paris-1834 - 40 vols (os acontecimentos de 8-10 Thermidor estão descritos nos vols 33 e 34 e o 18 de Brumário no vol 39). Portanto, os primeiros 34 volumes abarcam os anos 1789-1794! Por aqui se pode fazer ideia do acervo documental que esta obra representa. É uma obra notável pela documentação que tem – todos os debates das sucessivas assembleias, autos dos principais processos do Tribunal Revolucionário, extractos de polémicas públicas, manifestos, etc. Há todavia que assinalar que os autores são favoráveis à facção de Robespierre. Isso nota-se nas introduções e notas explicativas que os autores vão apresentando ao longo da compilação e num “certo enviesamento” desta. É uma obra típica do espírito reinante na época da revolução de 1830. Mas a maioria da documentação está lá e é uma obra indispensável de consulta.

É também interessante a consulta de uns escritos de Vilate:
Vilate, Joachim_Causes secrètes de la révolution du 9 au 10 Thermidor
Vilate, Joachim_Continuation des causes secrètes de la révolution du 9 au 10 Thermidor
Vilate, Joachim_Les mystères de la mère de Dieu dévoilés
Estes 3 volumes foram escritos na cadeia após o 10 Thermidor. São edições de 1794. Julgo que foram reeditadas em França no bicentenário do Thermidor. Vilate era membro do júri do Tribunal Revolucionário e foi preso juntamente com Fouquier-Tinville e incluído no mesmo processo. Vilate tentava justificar-se perante a opinião pública e influenciar “de fora” o processo. Não o conseguiu. Todavia são obras importantes porque feitas por alguém de dentro dos mecanismos da carnificina organizada pelo Tribunal Revolucionário. Obviamente contêm muitas falsidades, tendo em vista os objectivos do autor, por isso devem ser cotejadas com outras obras sobre o assunto.

Uma situação interessante e que se repetiu diversas vezes na história foi o facto dos acusados no processo sobre as acções do Tribunal Revolucionário terem alegado que “apenas cumpriam ordens”, o que dá uma triste ideia da forma como era então encarada a independência do poder judicial.

Como contrapartida, o branqueamento posterior da figura de Robespierre passaria por afirmar que ele não saberia da maioria das barbaridades cometidas pelo Tribunal Revolucionário, o que é falso, em face da documentação existente, e que a “conspiração” de Billaud-Varenne, Tallien e Collot-d'Herbois no 8 Thermidor foi destinada a eliminar Robespierre que quereria pô-los a julgamento pelos crimes cometidos. Esta explicação é completamente perversa. Após a liquidação dos girondinos, Robespierre foi procedendo à liquidação dos seus adversários mais radicais (Hébert e os exagerados) e menos radicais (Danton e os indulgentes) e provavelmente continuaria, dentro do mesmo espírito, de forma a obter uma liderança “pura”, à semelhança do que aconteceu, posteriormente na URSS, com as purgas estalinistas.

É todavia provável que Billaud-Varenne, Tallien e Collot-d'Herbois estivessem na calha para serem as próximas vítimas. Certo era Thérésa Cabarrus, a futura Mme Tallien e a «Nossa Senhora do Thermidor», estar indicada para comparecer a 9 ou 10 no Tribunal Revolucionário e ser executada no dia seguinte, como era norma naquela justiça “expedita”. Ter-se-ia perdido a figura de proa da sociedade francesa e dos salões parisienses do post-Thermidor, a organizadora dos “Bailes das Vítimas” onde cada conviva ia mascarado de uma vítima do Tribunal Revolucionário.

Sobre esta época pode ler, neste blog, por exemplo:
A execução de um rei
Fouché revolucionário

Publicado por Joana às dezembro 20, 2005 11:22 PM

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Comentários

Que pena que a Joana não seja a "mentora" do Aníbal, pois evitava-lhe aquela derrota estrondosa perante o velho Soares que apareceu mais uma vez em forma !

Publicado por: Templário às dezembro 21, 2005 12:00 AM

Semiramis a grande vencedora desta noite, parabéns !!!

Publicado por: Templário às dezembro 21, 2005 12:05 AM

Esta gaja é um rolo compressor!

Publicado por: Fracturante às dezembro 21, 2005 12:20 AM

Blasfémias passa à segunda volta das Insurgências

Publicado por: zippiz às dezembro 21, 2005 01:28 AM

Lisboa: Aprovada nova taxa municipal sobre telecomunicações

O PSD de Lisboa viabilizou hoje a cobrança de uma nova taxa municipal, que incide 0,25 por cento sobre as facturas de telecomunicações dos munícipes, apesar dos apelos da oposição para que a lei seja revista pelo Governo.

Publicado por: zippiz às dezembro 21, 2005 01:47 AM

zippiz às dezembro 21, 2005 01:47 AM

a oposição só tem é ue comer e calar, pois o povinho estúpido de Lisboa foi neles que votou. Força com as taxas. vivam as taxas alfacinhas para que se possa gastar à brava.

Publicado por: Templário às dezembro 21, 2005 03:37 AM

Não estou minimamente interessado em entrar nessa disputa entre a Joana e o Vento, mas não posso deixar de notar que as considerações sobre Guérin são mais do que enviezadas.

Em relação à opinião de Joana sobre as qualificações de Guérin como historiador, passo. É uma opinião e todas as opiniões são respeitáveis.
A distorção reside na identificação de Guérin com aquilo a que Joana chama «o totalitarismo de esquerda» e com a sugestão de proximidade entre “A Luta de Classes em França na Primeira República” e os comunistas franceses.
Isto revela um desconhecimento assinalável da vida e da obra de Guérin, que sempre foi antiestalinista e crítico declarado do conceito de «ditadura do proletariado».
Para utilizar a expressão de Joana, «não foi por acaso» que «A Luta de Classes em França na Primeira República» gelou os académicos comunistas franceses, ao põr em causa alguns postulados da doutrina da esquerda comunista.
Tal como não foi por acaso que Guérin se assumiu, igualmente, como antileninista ou antitrotskista.
Os escritos de Daniel Guérin sobre a Revolução Francesa têm uma motivação bem precisa: não o «branqueamento» do que quer que fosse, mas sim a luta contra o «escurecimento» daquele período da história de França. Mas, como estou farto de dizer, esse é o tipo de discussão que não me faz perder tempo.

Publicado por: (M) às dezembro 21, 2005 05:30 AM

(M): O totalitarismo dos jacobinos e da Montanha não foi apenas de Robespierre e da sua facção. Foi de todas as facções da Montanha. Danton, por exemplo, foi um dos promotores dos massacres de 1792.

O anarquismo esquerdista é a antecâmara do totalitarismo estalinista. Abre-lhe as portas, mesmo que inconscientemente, e acaba por ser, posteriormente, uma das primeiras vítimas.
Assim como os SA o foram para Hitler

Publicado por: Joana às dezembro 21, 2005 08:52 AM

Obrigada, Miguel Madeira, por me transcrever o livro, mas como deve ter reparado, pelas referências que dei, tenho-o à minha disposição. E obrigada por ter reparado, infelizmente apenas no fim da transcrição desnecessária, que eu me dirigia ao totalitarismo da Montanha (e dos Jacobinos) como um todo, e não apenas à facção Robespierre

Publicado por: Joana às dezembro 21, 2005 09:28 AM

Acho curioso o fascínio da Joana pela Revolução Francesa. Do ponto de vista do amor pela História, compreendo. Mas, do ponto de vista da compreensão política nos nossos dias, talvez já não seja assim tão relevante. As coisas hoje passam-se com uma subtileza muito maior. Os impulsos podem ser os mesmos, mas as técnicas de conquista e abuso do poder são muito mais sofisticadas, raramente passando a vias de facto. Hoje não se decapitam os adversários, corta-se-lhes o acesso à comunicação social. Veja-se, por exemplo, como Garcia Pereira foi "decapitado", sem que se lhe tocasse num cabelo. Apesar dele já ter as 7500 assinaturas para legalizar a sua candidatura à presidência da República, nem uma linha aparece em qualquer jornal situacionista. O que não quer dizer que, se as coisas piorarem muito, não se acabe por pegar em armas para derrubar as novas tiranias.

Publicado por: Albatroz às dezembro 21, 2005 11:47 AM

Albatroz às dezembro 21, 2005 11:47 AM

Além da história da revolução francesa, a Joana também já leu muito de Marx e de outros teóricos diversos.

Embora a sua cultura livresca nesses assuntos seja impressionante, a mim parece-me, tal como a Si, que essa cultura em pouco ou nada a pode ajudar a compreender o tempo presente.

(O que não quer dizer que não o compreenda.)

Publicado por: Luís Lavoura às dezembro 21, 2005 12:14 PM

Albatroz às dezembro 21, 2005 11:47 AM

Nao é só a Garcia Pereira que os mídia cortam o pio. À funcionário pública de Gaia também não ligam pevas. A Manuela Magno merece o mesmo destino.

Os portugueses irão às urnas perfeitamente convencidos pelos mídia de que só há cinco candidatos. Quando lá chegarem descobrirão, surpresos, que há mais alguns.

Assim se fabrica a realidade nos presentes tempos orwellianos.

Publicado por: Luís Lavoura às dezembro 21, 2005 12:16 PM

O adenda está no fim porque, inicialmente, eu não tinha certeza que a Joana estava a chamar a Guérin de "branqueador dos Jacobinos" (ou seja, estava a dar-lhe o benefico da dúvida).

Qundo reparei que, efectivamente, a Joana disse esse contra-senso*, decidi fazer a adenda.

Seja como for, Guérin critica todas as facções jacobinas no seu livro, até os hébertistas (ver página 122 da edição portuguesa).

Quanto às transcrições, é que alimento uma vaga esperança que, além de nós os dois, haja mais alguém interessado na discussão (que pode não ter lido o livro).

*a menos, claro, que, para a direita, um livro "anti-jacobino pela esquerda" funcione, "objectivamente", como pró-Jacobino (assim como a "Homenagem à Catalunha" de Orwell pode, à direita, ser visto como um livro pró-PC)

Publicado por: Miguel Madeira às dezembro 21, 2005 01:05 PM

teste

Publicado por: Senaquerib às dezembro 21, 2005 09:42 PM

teste 1

teste 2

Publicado por: Senaquerib às dezembro 21, 2005 09:44 PM

Há um grande desnível na abordagem deste tema.

Publicado por: Adalberto às dezembro 22, 2005 01:33 AM

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