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maio 18, 2005

Politest

Embora me pareça com muito menor poder explicativo e discriminante que o Political Compass, em vista do entusiasmo de alguns blogosféricos pelo Politest, resolvi fazê-lo.
Os resultados estão muito ligados ao universo político-partidário francês, como convém a uma nação que se julga o umbigo do mundo. Os meus resultados foram os seguintes:

«Vous vous situez à droite.

Aucun parti ne correspond exactement à vos opinions.
Cependant, le parti dont vous êtes le plus proche :

l'UMP
mais vous ne partagez pas la même opinion sur l'importance de la responsabilité personnelle des gens.
L'UMP est en majorité POUR la Constitution européenne

Na verdade eu tenho a opinião que o Sakorzy é o único dos líderes políticos franceses com alguma visão política. Nessa medida dizerem-me que eu estou mais próxima do partido dele, não me parece despropositado.

Todavia, os resultados que obtive no Political Compass (ver este link), parecem-me mais fidedignos.

Na altura fiz também o teste OK Cupid e tive resultados, ao que julgo, idênticos aos do Political Compass:
You are a Social Liberal (73% permissive)
And an ...
Economic conservative (66% permissive)
You are best described as a: Libertarian
You exhibited well-developed sense of Right and Wrong and believe in economic fairness

Neste caso fiquei no 1º Quadrante, mas porque os quadrantes são diferentes dos do Political Compass. Julgo que os resultados foram muito idênticos. Uma coisa interessante foi que no gráfico do posicionamento na escolha eleitoral entre Bush e Kerry, eu fiquei na zona de indecisão, embora mais Kerry que Bush.

E na realidade, a minha opinião sempre foi que entre os dois viesse o Diabo e escolhesse, embora eu achasse que, do ponto de vista dos EUA, o Bush talvez fosse o mal menor.

Resumindo, todos estes resultados mostram que eu sou uma ... desalinhada.

Publicado por Joana às maio 18, 2005 12:08 AM

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Comentários

Cara Doutora Joana das Dúzias,

Como V. Exa. mesma humildemente confessa, os testes mostram que V.Exa. não presta para coisas democráticas.
Assim sendo recomendo-lhe que emigre para a Suazilândia, pois que talvez lá convença alguém. Ou então inscreva-se na Quinta das Celebridades. Se deixaram entrar a Lili Caneças a ganhar 5.000 contos por semana, a minha querida amiga facilmente chegará aos 5.010 pelo menos.
Ou então case-se com o Pacheco Pereira e os dois juntos ficam com o blog Abruptiramis, decerto o maior nacional, internacional, interplanetário e auto-orgasmático.
A malta agradece.

Bjs de sua tia

Pombinha

Publicado por: Pombinha às maio 18, 2005 01:54 AM

Joana,

Por favor corra daqui com pessoas como essa Pombinha, só fazem descer o nível.
Você que é a favor da censura apague mas é essas parvoíces que pessoas menos escrupulosas aqui deixam, francamente.

Publicado por: Dália às maio 18, 2005 02:01 AM

Sei que corro o risco de despertar o instinto democrático do seu clube de fans, mas vim aqui só para saber se você tinha decidido iluminar a praça com um comentário aos últimos desenvolvimentos da Bombardier.
Isto tendo em conta que este blog deve ser o que mais linhas dedicou, anteriormente, ao caso.

Quanto aos resultados dos testes, não deve haver novidade — eles são como os horóscopos; há sempre uma parte que se aplica e outra que não se aplica. Sendo que a que se aplica não é sempre a mesma para todos.

Confusa? Não creio. Quem segue os discursos do Sócrates tem um bom treino para estas tretas...

# : - ))

Publicado por: (M)arca Amarela às maio 18, 2005 02:32 AM

Publicado por: Dália às maio 18, 2005 02:01 AM

Sobre o valor da censura, gosto de me lembrar da frase de Ralph Waldo Emerson:

"Every burned book enlightens the world"

ou seja se apenas as opiniões "inteligentes" pudessem ser publicados, o que é que eu viria fazer aqui?

Publicado por: carlos alberto às maio 18, 2005 08:27 AM

(M)arca Amarela às maio 18, 2005 02:32 AM:
Sobre a Bombardier, faça favor de se dirigir ao post abaixo.

Publicado por: Joana às maio 18, 2005 09:35 AM

Dália/Pombinha/Átila:
Numa próxima oportunidade faço isso.

Publicado por: Joana às maio 18, 2005 09:36 AM

Você, Joana, não é nada desalinhada. Está até muito alinhada com muito boa gente. O que você é, é uma pessoa a quem faz falta um pouco de modéstia. Admira-se demasiado a si mesma.

Publicado por: Luís Lavoura às maio 18, 2005 10:31 AM

É curioso fazer uma avaliação psicológica do tom de certos comentadores. Alguns pedem posts à medida, já se está a ver que depois vêem cá dar na cabeça. Outros insistem nas críticas à pessoa, com maior ou menor educação, como se isto fosse local de terapia.

Publicado por: Mário às maio 18, 2005 10:44 AM

Eu também experimentei os testes. O françês está no meu blogue, quem quiser pode ir ver. O Political Compass, já tinha experimentado, e deu Economic Left/Right: 2.88 Social Libertarian/Authoritarian: -1.18. Já o do OkCupid! não conhecia. O resultado foi:
You are a Social Liberal (60% permissive) and an... Economic Conservative (66% permissive). You are best described as a: Libertarian. You exhibit a very well-developed sense of Right and Wrong and believe in economic fairness.
Nada de surpreendente.

Publicado por: Pedro Oliveira às maio 18, 2005 11:09 AM

O OkCupid considera-me um "Socialist" (73% "Social Liberal", 18% "Economic Liberal"). Tal como os "Libertarian", os "Socialist" têm um sentido do bem e do mal bem desenvolvido e acreditam na justiça económica. Naquele gráfico ambos são desalinhados.

Estes testes anglo-saxónicos quando feitos por europeus devem ter um enviesamento na parte da permissividade social. Do ponto de vista dos americanos acabamos todos por ser "Social Liberal".

Publicado por: Daniel às maio 18, 2005 01:58 PM

É claro que, se o governo quisesse ser minimamente imaginativo, poderia inventar outros impostos que teriam repercussões sociais bem menores, ou até positivas. Por exemplo, estender o imposto sobre os álcoois fortes (aguardentes) aos álcoois mais fracos (vinhos e cervejas); isso seria da maior justiça, e não teria repercussões sociais graves, pois provavelmente qualquer decréscimo de consumo teria significativos impactes colaterais positivos. Outra hipótese seria um imposto sobre o combustível para aviões - o qual atualmente é absolutamente tax-free; tendo em conta o aumento rápido que o tráfego aéreo em Portugal está a ter, um tal imposto também teria impactes positivos, e socialmente não seria tão grave como aumentar o ISP.

Publicado por: Luís Lavoura às maio 18, 2005 02:55 PM

Impostos são sempre uma limitação à liberdade das pessoas. Lançar um novo imposto torna quase possível depois acabar com ele no futuro. O Estado ficará dependente das suas receitas para sermpre.

Não sei quantas vezes é preciso de dizer sempre a mesma coisa. A única forma séria de resolver o problema é cortando na despesa. Ainda para mais, quando boa partes das despesas são para serviços dispensáveis ou até contraproducentes.

Publicado por: Mário às maio 18, 2005 03:00 PM

"Lançar um novo imposto torna quase impossível depois acabar com ele no futuro. O Estado ficará dependente das suas receitas para sermpre."

Este argumento é um bocado estúpido. Pode-se argumentar o mesmo em relação a qualquer emprego: não te empregues, porque se não depois ficas habituado ao salário que recebes, e mais tarde custar-te-á muito quando caíres no desemprego.

Publicado por: Luís Lavoura às maio 18, 2005 03:38 PM

Cortar as despesas, Mário? Como é que podes propôr semelhante enormidade? E depois, o que é que as pessoas iam fazer com todo esse dinheiro a mais? Não! É melhor aumentar os impostos! O paizinho estado sabe melhor como gastar o nosso dinheiro que nós próprios.

Publicado por: Pedro Oliveira às maio 18, 2005 03:40 PM

Luís Lavoura às maio 18, 2005 02:55 PM:
O vinho é uma das nossas principais indústrias e actividades agrícolas. Um imposto sobre o vinho teria um efeito péssimo. Então, se Portugal se tem sempre recusado a aumentar esse imposto como era a vontade da UE?
A TAP passou a ter um ligeiro prejuízo por causa do aumento do preço do petróleo. Ela tem que ser competitiva a nível internacional. Você quer acabar definitivamente com ela?

Publicado por: Hector às maio 18, 2005 03:54 PM

O argumento do Mário ("Lançar um novo imposto torna quase impossível depois acabar com ele no futuro. O Estado ficará dependente das suas receitas para sermpre.") é estúpido do ponto de vista teórico.
Na prática é o que acontece sempre. Logo é inteligente do ponto de vista do que acontece sempre, e não devia acontecer.

Publicado por: Hector às maio 18, 2005 03:56 PM

Publicado por: Luís Lavoura às maio 18, 2005 03:38 PM

Acho o seu argumento um pouco mais estúpido que o meu. Parece-me óbvio que o que eu disse (e você não transcreveu) foi que o lançamento de impostos é mau porque é uma limitação à liberdade das pessoas. O exemplo do emprego é descabido. Quase ninguém tem hipóteses de sobreviver sem emprego, mas o Estado pode e deve viver sem receitas fáceis.

A questão de um novo imposto serve para colocar em oposição a um aumento num já existente. Há muitas tentações de criar impostos por boas razões, por exemplo, um imposto sobre os combustíveis por danos ecológicos. Na prática seria apenas uma forma de arrecadar dinheiro para a máquina devoradora do Estado, e não para o nobre fim que supostamente o motivou.

Publicado por: Mário às maio 18, 2005 03:56 PM

Eu já fiz vários testes e o melhor, em termos de "precisão" (pelo menos no meu caso) foi o "Moral Politics" (www.moral-politics.com). Acho-o mais imparcial e menos tendencioso

Publicado por: Carlos Duarte às maio 18, 2005 04:03 PM

Publicado por: Carlos Duarte às maio 18, 2005 04:03 PM

Já fiz esse teste 3 vezes e dá-me sempre resultados diferentes :)

Publicado por: Mário às maio 18, 2005 04:47 PM

Mas dá resultados diferentes com as mesmas respostas?

Publicado por: Coruja às maio 18, 2005 05:03 PM

Publicado por: Coruja às maio 18, 2005 05:03 PM

Não. O que acontece é que em algumas questões, nenhuma das respostas me satisfaz inteiramente, e não opto sempre pela mesma.

É com um certo desagrado que em cada teste que faço me aproximo mais de Kerry. Estar longe das posições de Bush e de Nader, como diz o teste, não é surpresa.

Publicado por: Mário às maio 18, 2005 05:09 PM

Então o melhor é continuar até casar com uma multimilionária.
Boa sorte.

Publicado por: Coruja às maio 18, 2005 05:13 PM

"O vinho é uma das nossas principais indústrias e actividades agrícolas. Um imposto sobre o vinho teria um efeito péssimo."

A produção do vinho é certamente muito boa para a nossa economia. O seu consumo, é que já não é tão bom.

"A TAP passou a ter um ligeiro prejuízo por causa do aumento do preço do petróleo. Ela tem que ser competitiva a nível internacional. Você quer acabar definitivamente com ela?"

A TAP, tal como as outras companhias aéreas, abastece-se de carburante em diferentes aeroportos, consoante os preços. Não se abastece sempre em Portugal.

Claro que um aumento do preço do jet fuel em Portugal seria especialmente prejudicial para a TAP. Mas a TAP pertence ao Estado. Aquilo que o Estado perderia na TAP, seria ganho em muito maior medida com o imposto.

Publicado por: Luís Lavoura às maio 18, 2005 05:23 PM

Já percebi. Você não quer acabar com a TAP. Quer apenas acabar com a possiblidade dos aviões estrangeiros se abastecerem nos aeroportos portugueses.
Segundo os dietéticos, o vinho bebido em doses moderadas faz bem ao organismo.

Publicado por: Hector às maio 18, 2005 05:40 PM

Em relação ao teste francês "Politet" tive o mesmo resultado que as gentes de bom senso.

Publicado por: Mário às maio 18, 2005 05:52 PM

As gentes de bom senso são as que têm a mesma opinião que nós. Por isso não admira que tenham os mesmos resulltados.

Publicado por: vitapis às maio 18, 2005 07:05 PM

vitapis às maio 18, 2005 07:05 PM

# : - ))

Publicado por: (M) às maio 18, 2005 07:17 PM

Coruja em maio 18, 2005 05:13 PM:
Eh eh eh eh eh eh eh eh eh eh eh eh eh!
Esse humor é dos mais subtis deste post!

Publicado por: Arroyo às maio 19, 2005 12:33 AM

O Arroyo tem razão. O humor subtil da Coruja é uma raridade nos tempos que correm.

Publicado por: Mário às maio 19, 2005 10:13 AM

Joana,
No Politest, estamos exactamente no mesmo quadrante. No Political Compass, sou um libertário moderado, com pouca tendência para a autocracia. Não tive paciência para acabar o OK Cupid.
Como vês, não estás isolada.
RAF

Publicado por: RAF às maio 19, 2005 12:25 PM

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