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dezembro 18, 2005
Os Pirros de Bruxelas e os Arrumadores da Europa
A cimeira de Bruxelas saldou-se por diversas vitórias. A França evitou que a PAC fosse, no imediato, posta em causa; os países mais pobres viram aumentadas as suas subvenções, parte devida à diminuição do cheque britânico, parte devida a um ligeiro aumento do orçamento comunitário. O próprio Tony Blair, para além de ter conseguido a aprovação do orçamento para 2007-2013, em que já poucos acreditavam, conseguiu a inclusão de uma cláusula de revisão exaustiva e ampla para o conjunto do orçamento no horizonte 2008-2009 e que inclui, nomeadamente, as despesas com a PAC. No campo de batalha de Bruxelas, todos saíram vitoriosos. Nos campos de batalha circundantes, perspectivam-se várias derrotas.
Blair anunciou vitória em Bruxelas, mas é acusado pela imprensa e pela maioria da classe política do seu país de ter capitulado perante a França. Subsidiar os agricultores franceses é a Némesis do povo britânico. É certo que a parcela do cheque britânico cedida foi mais que compensada pelo aumento da riqueza relativa do Reino Unido, face aos restantes parceiros europeus, desde os tempos em que foi negociado por Margaret Tatcher. Nessa altura o Reino Unido estava na fossa e o seu PIB era pouco superior ao da Espanha. Por outro lado, a persistência britânica num orçamento restritivo era mal vista pelos países de Leste que precisam urgentemente de subsídios para modernizarem as suas infra-estruturas. O Reino Unido estava a alienar países cujo apoio precisa, pois seguem políticas externas similares às suas. Todavia a posição de Tony Blair no seu próprio país ficou extremamente fragilizada. O acordo de Bruxelas não foi mau para o Reino Unido em termos de política internacional, mas foi péssimo para Blair em termos de política nacional..
A França ganhou em Bruxelas, mas perdeu em Hong-Kong, onde foi denunciada como o principal obstáculo ao êxito da conferência da OMC. Ninguém compreende que a França, com grande potencial de competitividade no domínio dos serviços e em áreas tecnológicas, se obstine em subsidiar e apoiar os seus agricultores, que apenas sonham darem uma educação suficiente aos seus filhos para eles abandonarem a terra. Assim sendo, e apesar da relutância da França, a União Europeia foi obrigada a aceitar, nessa conferência, a progressiva diminuição das subvenções às exportações, até à sua eliminação em 2013. Essas subvenções representam uma pequena parte da PAC, mas é um sinal importante.
O confronto franco-britânico permitiu que Angela Merkel aparecesse como mediadora, ganhando peso junto dos países de Leste, politicamente contrários à França, mas profundamente irritados com o Reino Unido na questão do orçamento. Se alguém pode reclamar uma vitória, ela caberá certamente a Merkel, que saiu de Bruxelas com um peso político maior do que quando entrou.
Estas vitórias à Pirro ganham contornos ainda mais precisos quando a Europa se confronta com uma situação de estagnação da qual não se vislumbra um horizonte de saída. E são exactamente os países mais aferrados ao modelo económico vigente que estão numa situação de estagnação mais prolongada e profunda. Em Bruxelas discutiu-se o orçamento para o horizonte de 2013, baseado num modelo cujas probabilidades de chegar àquela data sem profundas alterações são muito reduzidas. Pelo que se perspectiva, há muito caminho a arrepiar daqui até lá.
No meio desta peleja, Portugal pode considerar-se beneficiado no que respeita às ajudas comunitárias que vai receber, tendo em conta as perspectivas pessimistas existentes pelo facto de haver muito mais clientes à volta do bolo. Em termos anuais, os fundos comunitários vão representar cerca de 2,2% do PIB actual.
O problema de Portugal é que não consegue potenciar essas ajudas de forma a desenvolver o país. O Estado não sabe usar aquele dinheiro de forma adequada. Não é apenas incompetência dos governantes, é fundamentalmente pela obsolescência das nossas instituições públicas. O país quer dinheiro, não quer, ou não sabe, desenvolver-se. Se gastarmos aqueles fundos em formação, as entidades públicas, e as miríades de entidades privadas que imediatamente se acercarão do bolo, hão-de encontrar maneira de tornar essa formação numa forma de criar empregos precários, enquanto durarem os respectivos fundos. Aliás, é o que se passa actualmente com muitas das bolsas que são atribuídas e que apenas servem para manter jovens licenciados com pseudo-ocupações.
Se o gastarmos em investimentos públicos, havemos de arranjar forma de eles custarem mais do que é devido, demorarem mais tempo a ficarem operacionais do que estava planeado e a funcionarem muito pior do que era expectável.
O nosso problema não é falta de dinheiro. Dinheiro, desde que se saiba rendibilizá-lo, nunca falta. O nosso problema é a desorganização e ineficiência do nosso sector público e a baixa qualificação de uma parcela importante do nosso sector privado. É o excessivo papel do Estado e a excessiva dependência e subserviência de muitos protagonistas privados, relativamente ao Estado. É a nossa secular aversão ao risco. É a nossa subsídio-dependência.
Nós, na Europa, estamos a fazer o papel dos arrumadores de automóveis. Recebemos dinheiro a troco de nada e usamo-lo para comprar droga para ficarmos felizes. Enquanto houver dinheiro há felicidade. Quando deixar de haver ...
Tenhamos fé que tal não venha a acontecer. Enquanto nos mantivermos nesta miséria, a Europa tratará de nos arranjar uns trapos para nosso agasalho e de nos municiar com uns cobres para a droga.
Publicado por Joana às dezembro 18, 2005 10:21 PM
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Comentários
Olha a moedinha, ó chefe...
(... plim ...)
Obrigado, mr blair, ou lá como se chama...
Publicado por: Arrumador europeu às dezembro 18, 2005 10:34 PM
Não pderia estar mais de acordo com o seu escrito.
cumprimentos.
Publicado por: mixtu às dezembro 18, 2005 11:12 PM
Pois ... o dinheiro não traz felicidade
Publicado por: Diana às dezembro 18, 2005 11:27 PM
Mas ajuda, Diana, ajuda.
Publicado por: Coruja às dezembro 18, 2005 11:36 PM
http://sic.sapo.pt/online/noticias/vida/Gates+Time.htm
dedicado a Joana, que terá ficado indignada por Sampaio ter recebido Bono em Belém...com chapéu e sem gravata (coisa, aliás, que BGate não usa!)
Publicado por: zippiz às dezembro 18, 2005 11:50 PM
O que faz pena é o que a Joana diz: deitamos estupidamente dinheiro à rua por não o saber aproveitar
Publicado por: fbmatos às dezembro 19, 2005 01:02 AM
A Europa tem uma crise económica, mas também tem uma profunda crise política. Não tem dirigentes à altura.
Publicado por: David às dezembro 19, 2005 01:07 AM
Bom dia. Obrigado Joana pela phroneticação. Eu tenho esperança que o tempo dos dislates maiores do chico-espertismo já tenha passado e que se renove o sentimento de identificação e unidade nacionais. Portugal é o maior, meus.
Publicado por: py às dezembro 19, 2005 08:12 AM
... voltando agora às presidenciais... felizmente quase não tenho visto debates, mas os amigos contam-me.
Fiquei contente de ver que o Cavaco está mais amadurecido e sossegado. Um eucalipto de 60 anos já é uma árvore portentosa, mas como é exótica, só passa a monumento nacional lá para os 100.
Um carvalho alvarinho de 80 anos já é magnífico. Quercus robur.
Na opinião de um pyrenaica, Mário Soares é alvarinho.
Publicado por: pyrenaica às dezembro 19, 2005 09:22 AM
A questão não é do chico-espertismo, mas do estado da nossa administração pública, central e local. O resto vem por acréscimo. A ocasião faz o ladrão.
Publicado por: soromenho às dezembro 19, 2005 09:26 AM
Boas, py
Publicado por: Coruja às dezembro 19, 2005 09:30 AM
"O nosso problema não é falta de dinheiro..." Concordo plenamente. O nosso problema é que o "velho do Restelo" continua a governar. É só reformados que querem governar o país. Vejam os candidatos presidenciais, vejam os gestores públicos (reformados com tachos). Espaço para a inovação para os jovens arriscarem não há, e pior que isso não se ensina nas escolas nem se estimula nas empresas.
Publicado por: Tanico às dezembro 19, 2005 09:33 AM
... mas também sempre essa choradeira..., façam eólicas e solares inspirando-se nas espirais celtas, na cruz dos Templários, na concha manuelina, já estou mesmo a ver que eu é que ainda tenho de montar uma empresa de design energético lusitano..., e fogões solares deste tipo e aqueloutro. Os esquentadores Vulcano atesto que está garantido.
Joana, sabia que o Crato vem de Chartago? O museu e a monumentalia são óptimos. Além das estelas romanas com o Sol, tem lá ... tophets... eu olhei para aquilo e pensei: que engraçado é parecido com os tophets que vi em Tunis, ainda eu não sabia que o Crato tinha sido colónia cartaginesa.
Fica-se a dormir num quarto histórico na Frol...
Publicado por: py às dezembro 19, 2005 10:24 AM
Concordo genericamente com o post.
Penso no entanto que a Joana se esqueceu de mencionar a corrupção como fonte importante do mau aproveitamento português dos dinheiros comunitários. A corrupção deverá ser responsável por parte importante dos males que aponta.
Quanto aos investimentos estatais em equipamentos que, quando prontos, funcionam pior do que era expetável, eu teria também mencionado que um problema grave é que o país investe em equipamentos que não tem depois capacidade financeira para manter a funcionar. E isto passa-se não só ao nível estatal como também ao nível privado; em particular, boa parte dos prédios de habitação que foram sendo construídos nos últimos anos encontram-se em estado de obsolescência e degradação rápida, porque os seus proprietários (condóminos, etc) não têm dinheiro suficiente para efetuar as obras de reparação e melhoramento de que eles necessitam. Há portanto, em geral, um vício de sobre-investimento, em que não se olha ao dinheiro que as estruturas construídas custarão mais tarde a operar e manter.
Publicado por: Luís Lavoura às dezembro 19, 2005 11:08 AM
"Não é apenas incompetência dos governantes, é fundamentalmente pela obsolescência das nossas instituições públicas."
A Joana continua a não querer aceitar que o nosso principal problema é a incompetência dos empresários e dos quadros médios e superiores. Culpar o Estado de tudo é pouco sério, embora não sejam poucas as culpas do sector público e dos políticos. Devíamos importar gestores e enviar para fora jovens licenciados para aprenderem como se gere uma empresa, e depois devíamos aceitar aquilo que eles trazem de volta, em vez de os ridiculizarmos porque querem fazer como deve ser.
Quanto à Europa o problema é só um: não existe um projecto europeu. Não sabemos o que queremos que a Europa seja, nem para quê. Cada país continua a ter o seu projecto nacional, que se não concilia com os outros. Viu-se na guerra no Iraque e vê-se em quase tudo o resto. Se não aprendermos a ser solidários e a desenvolver um consenso europeu, a Europa acabará por ser apenas aquilo que a Inglaterra quer: uma zona de comércio livre. E por isso Portugal e a Espanha deviam começar a olhar com outros olhos para a CPLP e para a Comunidade Iberoamericana, possíveis portas de saída para este impasse europeu.
Publicado por: Albatroz às dezembro 19, 2005 11:10 AM
A propósito - ou não - Evo Morales e o seu partido MAS (Movimiento Al Socilaismo) terão ganho as eleições na Bolívia, com 51% dos votos. É mais uma vitória das forças anti-liberalismo económico na América Latina, o que vai pôr um travão ao imperialismo americano e às fantasias globalizantes neo-liberais. Rica em gás natural, a Bolívia pode vir a seguir um caminho parecido com o da Venezuela.
Publicado por: Albatroz às dezembro 19, 2005 11:25 AM
Albatroz às dezembro 19, 2005 11:25 AM
Também acho que a vitória de Evo Morales merece realce. É acima de tudo uma vitória da Bolívia profunda, pobre e indígena, sobre a classe abastada e branca que sempre a dominou. Só por isso já merece simpatia.
Aliás, o liberalismo averba aqui uma derrota, pois havia um candidato explicitamente liberal na competição pela pesidência boliviana. Tal como vai averbar uma derrota, pela mesmíssima razão, no Chile. E tal como averbou recentemente uma derrota, mais uma vez pela mesma razão, na Polónia.
Publicado por: Luís Lavoura às dezembro 19, 2005 11:46 AM
Bom post, concordo inteiramente!
Então o pormenor relativo à formação profissional...
Porque é que o espaço da antiga Alemanha Democrática continua a viver anos de chumbo enquanto que a Eslováquia, a Estónia, a Letónia,... estão "in"? Não é por falta de dinheiro que jorra a rodos do oeste para o leste desde 1989!!!
Publicado por: diogenes às dezembro 19, 2005 12:17 PM
Esta associação da formação profissional com a ex-RDA está gira.
Direi mesmo mais: revela grande esclarecimento.
# : - ))
Publicado por: (M) às dezembro 19, 2005 12:50 PM
Como fábula, o post da Joana não está mal.
Como diagnóstico, está, como é frequente em situações deste tipo, incompleto.
Imaginando que o país é um corpo, os serviços públicos os pulmões e as empresas privadas o sistema circulatório, o que a Joana escreve sobre Portugal (um corpo doente) equivale a dizer:
«Este corpo está uma desgraça. Já mal se tem em pé. Aguenta-se à custa de umas vitaminas e uns tónicos que vêm de Bruxelas, mas quando isso acabar fina-se sem remédio. Há umas artérias [Nota de (M):das mais pequeninas e periféricas, imagina-se] que estão entupidas e não ajudam, mas a culpa de tudo é dos pulmões, esses salafrários, que não respiram como deve ser».
É muito engraçado como post, mas pouco eficaz como diagnóstico.
Quais são os bacilos que desfazem os pulmões? Qual a causa do entupimento das artérias? Que tratamento é necessário para a cura? Onde estão os antibióticos?
Quem é que dirige os serviços públicos há trinta anos? Quem é que faz as leis há trinta anos? Quem é que desbaratou centenas de milhões de contos vindos de Bruxelas? (mantendo a analogia, comprando com eles produtos de beleza em vez de vitaminas).
Espero que estejam a prestar atenção a alguns sintomas deste corpo doente que não pressagiam nada de bom: os elogios mútuos dos senhores Sócrates e Cavaco; os elogios mútuos dos senhores Soares e Jardim, etc.
Pegando na fábula de Joana, deixem-me acrescentar uma observaçãozinha: ainda isto não deu o estouro e já estamos a assistir ao início de um novo fluxo de emigração. Desta vez, quem está a sair para os estaleiros de construção civil de França e Espanha não são camponeses analfabetos, mas operários especializados mal pagos ou desempregados.
Quando isto der o estouro, não são os miseráveis que sobrevivem com o salário mínimo e os ordenados nas margens dos 500 euros que se vão tramar (o que é que eles podem perder?).
Quem se vai tramar é a classe dos que vivem à custa de uma economia pouco exigente, recebendo remunerações exageradas para o grau de conhecimento e proficiência que possuem.
Talvez alguns opinadores deste blogue queiram pôr as barbas de molho...
Publicado por: (M) às dezembro 19, 2005 01:25 PM
o que é que eles podem perder?: Os 500
Publicado por: Coruja às dezembro 19, 2005 03:08 PM
(M):
"os que vivem à custa de uma economia pouco exigente, recebendo remunerações exageradas para o grau de conhecimento e proficiência que possuem"
Aqui há uns tempos houve um estudo que revelou que os gestores portugueses são do piorzinho que há na Europa, e que são remunerados muito acima daquilo que valem, em grande parte porque se locupletam sem controle com as mais-valias criadas pela empresa.
Talvez (M) possa dar-nos a referência exata desse estudo. Eu apenas me lembro de ter visto uma mênção num jornal.
Publicado por: Luís Lavoura às dezembro 19, 2005 03:17 PM
Caro (M):
Também eu já acreditei que isto ia dar um estouro, mas não vai. Em vez de um estouro único, numa data designada, nós já estamos a estourar à velocidade a que crescem as unhas, por isso a maioria ainda não acredita. Quanto à formação profissional e à ex-RDA não há relação nenhuma, são dois assuntos distintos. A ex-RDA que recebe dinheiro de Berlim não consegue dar o salto que os seus ex-parceiros de KOMECON, sem tais ajudas monumentais, já estão a dar.
Relativamente à formação profissional refiro-me a "as entidades públicas, e as miríades de entidades privadas que imediatamente se acercarão do bolo, hão-de encontrar maneira de tornar essa formação numa forma de criar empregos precários, enquanto durarem os respectivos fundos" a quase totalidade da formação profissional a que os trabalhadores têm acesso não tem em conta as suas necessidades, são pacotes que as entidades acreditadas e certificadas colocam à cabeça no mercado, os responsáveis de recursos humanos poupam tempo e trabalho e dinheiro (à primeira vista só), quando em vez de identificarem necessidades de formação e solicitarem programas de formação à medida, recorrem aos pacotes já existentes.
Voltando ao estouro... tive tanta inveja dos ingleses quando na passada semana, aquando do incêndio na refinaria a norte de Londres, a Sky News entrevistou dois cidadãos que tinham ido ao hospital tratar de ferimentos ligeiros (por causa de estilhaços de vidro provocados pela onda explosiva) em vez do nacional choradinho e coitadinhismo, elogios, só elogios... elogios à vizinhança que lhe tinha protegido a casa do fogo, e removido as cercas de madeira para reduzir a probabilidade de pegar; e elogios ao trabalho da polícia.
Quando a Sky mostra imagens de entrevistas à entrada de hospitais é impressionante ver tudo arranjado e florido .. que inveja.
Publicado por: diogenes às dezembro 19, 2005 03:19 PM
Coruja às dezembro 19, 2005 03:08 PM
Errado. Esses vão para os campos da Andaluzia ganhar 1000 ou para os «chantiers» de França ganhar 2000
Publicado por: (M) às dezembro 19, 2005 03:20 PM
Então o que é que eles estão cá a fazer, a 500?
Publicado por: Coruja às dezembro 19, 2005 03:24 PM
Ainda caro (M):
"Quem se vai tramar é a classe dos que vivem à custa de uma economia pouco exigente, recebendo remunerações exageradas para o grau de conhecimento e proficiência que possuem."
Infelizmente não é isso que vai acontecer, basta tomar em conta o que ocorreu na semana passada relativamente aos trabalhadores da Estaco de Coimbra, o tribunal decidiu que primeiro estão os credores e no fim os trabalhadores.
Já Jesus dizia que os filhos das trevas são mais espertos e manhosos que os filhos da Luz.
Publicado por: diogenes às dezembro 19, 2005 03:26 PM
Se Portugal depois de tantos milhões injectados está no estado em que está, será que manter estas dotações sem criar os devidos mecanismos de controlo e fiscalização que garantam o bom uso dos mesmos é razoável? Francamente, acho que Portugal devia receber significativamente menos, de modo a obrigar-nos a gerir como deve ser os milhões recebidos. Tamanha abundância convida à má gestão e "má gestão" é a nossa principal característica...
Publicado por: Rui Martins às dezembro 19, 2005 03:42 PM
Aproveitar os fundos comunitários não é fácil. O problema é que todos pensam que basta deitar mais dinheiro em cima e os beneficios ocorrem por osmose. Pelo contrário, se assim usados apenas facilitam o florescimento de uma série de caprichos que depois se tornam em necessidades de primeira ordem.
Publicado por: Mário às dezembro 19, 2005 03:52 PM
Só para perceber :
Que média de habilitações escolares tem a maioria dos empresários das pequenas e médias empresas em Portugal ? Conhece-se esta "base de reflexão" ?
Publicado por: asdrubal às dezembro 19, 2005 04:08 PM
Fiquei agora a saber, estava escarapachado na porta das finanças cá da terra, os advogados e solicitadores podem chegar às finanças e passar à frente de qualquer cidadão que esteja na fila a aguardar a sua vez de ser atendido. Genial, espectacular... porque é que se esses senhores se têm tanta pressa não chegam mais cedo? As finanças não são como o autocarro, ou o combóio, onde cedo o meu lugar aos idosos e grávidas. As finanças estão lá no sítio, têm horário ... se este blog fosse meu dizia um palavrão... ou anavalhava um advogado.
Publicado por: diogenes às dezembro 19, 2005 04:12 PM
São os advogados que fazem as leis, néraul?
# : . ))
Publicado por: (M) às dezembro 19, 2005 04:15 PM
Coruja às dezembro 19, 2005 03:24 PM
Estão na fila para se juntarem ao milhão de portugueses que vive em França
Publicado por: (M) às dezembro 19, 2005 04:17 PM
Caro asdrubal às dezembro 19, 2005 04:08 PM
"Só para perceber :
Que média de habilitações escolares tem a maioria dos empresários das pequenas e médias empresas em Portugal ? Conhece-se esta "base de reflexão" ?"
Onde pretende chegar? Por mais tótós que sejam os empresários portugueses, e muitos são-no, eles estão no mercado, arriscam e dão emprego. Numa sociedade liberal, os piores são varridos do mercado por empresas mais bem geridas... como isso gera desemprego no curto-prazo há que proteger as empresas, ou seja apoiar maus empresários..
Porque é que os sábios críticos dos empresários portugueses, tipo louçãs, gerónimos, cavacos, alegres e soares deste mundo não arriscam e criam também eles empresas mais bem beridas e capazes de expulsarem do mercado as empresas mal geridas.
Por mais tótós que sejam os empresários portugueses, e muitos são-no. Merecem-me respeito por arriscarem, só reconheço ao mercado (aos clientes que somos todos nós) a legitimidade para expulsar um empresário do mercado.
Publicado por: diogenes às dezembro 19, 2005 04:20 PM
Isso até levanta outra questão interessante: sendo esse milhão maioritariamente constituído por trabalhadores, a que percentagem da população activa portuguesa corresponde a parte trabalhadora do milhão que está em França?
Publicado por: (M) às dezembro 19, 2005 04:20 PM
asdrubal às dezembro 19, 2005 04:08 PM
Por acaso, um grande número dos chamados «empresários de sucesso» que conheço são pouco mais do que analfabetos.
Isto não significa que a instrução não seja necessária significa que não é suficiente.
Publicado por: (M) às dezembro 19, 2005 04:24 PM
Mário às dezembro 19, 2005 03:52 PM
"pensam que basta deitar mais dinheiro em cima e os beneficios ocorrem por osmose"
Há gente que pensa que, para uma sociedade enriquecer, basta proporcionar a um setor dela a oportunidade de enriquecer, sendo que o restante da sociedade recebe os benefícios desse enriquecimento por osmose.
Ou seja, grosso modo, basta deitar mais dinheiro em cima de uma parte da sociedade, e os benefícios ocorrem por osmose.
Publicado por: Luís Lavoura às dezembro 19, 2005 04:41 PM
diogenes às dezembro 19, 2005 04:12 PM
Não tem nada de especial. Se, por exemplo, num condomínio um dos condóminos não pagar as comparticipações devidas, o condomínio terá que desembolsar umas centenas de contos para que um advogado ponha um processo a esse condómino. O condomínio não pode socorrer-se gratuitamente da justiça: tem que largar umas centenas de contos para que um advogado atue.
É por isso que há montes de condomínios neste país em que, por boas ou más razões, montes de condóminos não pagam as comparticipações devidas. Porque sabem que, se o condomínio as quiser obter, terá que largar uma boa maquia para esse efeito.
Publicado por: Luís Lavoura às dezembro 19, 2005 04:45 PM
(M) às dezembro 19, 2005 01:25 PM:
Você não pode recontar essa fábula com o capuchinho vermelho e o lobo em vez dos pulmões e do sangue?
Publicado por: avozinha às dezembro 19, 2005 04:52 PM
(M) às dezembro 19, 2005 04:24 PM
Um caso bem conhecido de empresário de sucesso que é quase analfabeto é Manuel Rui Azinhais Nabeiro, patriarca da indústria do café em Campo Maior. Se não fosse ele Campo Maior ainda seria hoje, com toda a probabilidade, uma vilória miserável.
No outro dia conheci um outro empresário de sucesso que é quase analfabeto: Vasco da Rocha Pinto que, depois de 15 anos emigrado na Suíça, onde fez um pouco de tudo, voltou a Portugal e montou um negócio de horticultura biológica na sua terra natal, perto de São Pedro do Sul. Já emprega umas trinta pessoas e fornece grande parte do país com ervas aromáticas - um produto que cá em Portugal é razoavelmente pouco conhecido. Se não fosse esse senhor, o desemprego no concelho de São Pedro do Sul seria um bocado mais elevado do que o que é (e é muito elevado, infelizmente).
Publicado por: Luís Lavoura às dezembro 19, 2005 04:54 PM
é uma menorização do ser humano pensar que apenas os "patrões" podem ser empresários. Numa sociedade livres toda a pessoa é um empresário pelo simples facto de agir.
Publicado por: Mário às dezembro 19, 2005 05:22 PM
avozinha às dezembro 19, 2005 04:52 PM
Hmmm... acho que o que você quer é ser comid@ pelo lobo...
Publicado por: (M) às dezembro 19, 2005 05:25 PM
Posso afirmar-vos sem margem para dúvidas que o "ouro verde" de Mira Amaral/Cavaco Silva foi de longe a maior força motriz dos grandes fogos de Potugal na última década.
Bastava ter tido o golpe de vista para aproveitar a resina como biofuel (e outros produtos, entre os quais medicinais)para nada disto ter acontecido. Que miopia!
Aproveito para dizer que há uma diferença entre difusão, que segue uma lei de gradiente de transporte das maiores para as menores concentrações (lei de Fick), e osmose, onde o processo é mediado por uma membrana semi-permeável que pode induzir concentrações diferenciadas de solutos de cada lado. Até permite dinâmicas contra o gradiente primário.
Publicado por: py às dezembro 19, 2005 05:50 PM
pois é Cavaco. Pensavas que havia koisas que passavam despercebidas no segredo de alguns?
Publicado por: py às dezembro 19, 2005 05:53 PM
(M) às dezembro 19, 2005 04:24 PM
Ao fim e ao cabo, no tempo que dure o novo quadro de apoio comunitário, e em toda a extensão da cidadania, (não apenas pequenos ou médios empresários) interrogava-me, independentemente da correcta aplicação desses fundos, acerca da "massa crítica de base" em relação com as expectativas porventura demasiado optimistas de «re-qualificação dos portugueses».
Óbviamente, nada era pior ... mas pior do que alguma coisa, era a fraude e o desperdício.
Publicado por: asdrubal às dezembro 19, 2005 05:53 PM
aletheia
Publicado por: py às dezembro 19, 2005 05:54 PM
"Se não aprendermos a ser solidários e a desenvolver um consenso europeu, a Europa acabará por ser apenas aquilo que a Inglaterra quer: uma zona de comércio livre."
E por que havia a "Europa" de ser outra coisa? E que outra coisa? Uma Grande Alemanha? O Sacro Império Franco-Germânico?
Publicado por: Alberto Avila às dezembro 19, 2005 06:29 PM
A Europa é um destino turístico.
Publicado por: Senaquerib às dezembro 19, 2005 07:14 PM
Alberto Avila às dezembro 19, 2005 06:29 PM
Se a Europa nada mais for do que uma zona de comércio livre, teremos de olhar para a CPLP e para a Comunidade Iberoamericana para dar corpo a um projecto de sobrevivência política. Pessoalmente a ideia até me agrada, pois parece-me que o mundo luso-espanhol, com todas as suas ramificações europeias, americanas e africanas, constitui um projecto empolgante que projectará nos séculos vindouros a nossa matriz cultural, permitindo que a nossa maneira de estar no mundo sobreviva face à desumanidade anglo-saxónica.
Publicado por: Albatroz às dezembro 19, 2005 07:32 PM
Caro py:
do que me fez lembrar... há mais de 65 milhões de anos que não ouvia falar da lei de Fick!!!
Ah... fenómenos de transferência!!!
Publicado por: diogenes às dezembro 19, 2005 07:52 PM
A melhor lei do Py não é a Lei de Fick, é a Lei da Ti Piedade...
Publicado por: (M) às dezembro 19, 2005 08:36 PM
meu caro há mais de 15 dias que suspiro por um Ti Piedade, mas contenho-me heroicamente (ps: tive uma cólica renal noutro dia, o que chama de imadiato a atenção para a conveniência do kaminho do meio e da água do Luso).
E entretanto a Mão Invisível faz das suas:
http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=13&id_news=206582
Publicado por: py às dezembro 19, 2005 09:13 PM
... nestas koisas convém ser rigoroso:
imediato
Publicado por: py às dezembro 19, 2005 09:27 PM
...para os que se interrogarem sobre a dimensão karmica da minha cólica, a justa consequência de uma causa, parece que andei a abusar dos Mon Chéri...
Publicado por: py às dezembro 19, 2005 09:47 PM
bem, sempre se arranja
Publicado por: py às dezembro 19, 2005 09:52 PM
uma
Publicado por: py às dezembro 19, 2005 09:53 PM
Aqui há uns tempos , tive um desenho feito pelo Manel , vocalista dos Pluto ( ex ornatos violeta ) que retratava exactamente o pensamento deste post.
Era uma mulher extremamente gorda tentando equilibrar-se numa bandeja suportada nos ombros de um homem extremamente magro.
Portugal parece exactamente isso ... 9 milhões de habitantes , 3 M são idosos , 3 M são jovens , e 3 M de pessoas em idade produtiva . Desses 3 Milhões , 1 é de funcionários publicos ( logo não produtivos ).
Restam 2 Milhões para suportar todos os outros.
É obvio que esses 2 M estão lascados , carregam nos ombros 6 M que não produzem pq não podem, mais UM MILHÃO de SANGUESSUGAS coladas por todo o corpo.
É demais , é até uma falta de moralidade .
Mas se ao menos esses funcionários públicos ajudassem em vez de estorvar ...
Publicado por: Caboclo Capiroba às dezembro 20, 2005 01:35 AM
A propósito de «arrumadores» :
«Em relação à Ferrari esta vendeu no mercado português, em 2005, 18 carros. Em 2004 tinha vendido apenas nove. Por seu lado a Porsche passou de 195 carros para 239 até Novembro deste ano. A Aston Martin, a Bentley, a Lexus e a Maserati também subiram as vendas no país».
Publicado por: asdrubal às dezembro 20, 2005 10:39 AM
Não é só o Estado que esbanja dinheiro!
Publicado por: susana às dezembro 20, 2005 11:33 AM
Querem dinheiro e não querem contrapartidas!!!
Lá se vão mais cotas de peixe... que cara têm os ministros pedinchões da semana passada, quando agora a presidência lhes vem cobrar.
Gotcha!!!
Publicado por: diogenes às dezembro 20, 2005 12:08 PM
Caboclo Capiroba às dezembro 20, 2005 01:35 AM
Vou retira-me para uma soneca. Pelo menos assim não estorvo.
FP
Publicado por: Funcionário Público às dezembro 20, 2005 12:23 PM
Ooops
Não são cotas, são quotas!!
Publicado por: diogenes às dezembro 20, 2005 12:27 PM
Tem alguns comentadores como o Lavoura ..o Albatroz , que não têm a mínima noção de como a Bolívia e a Venezuela vão entrar na idade das trevas .O que vale é que o Brasil está esclarecido , se as eleiçoes fossem hoje lula não passaria dos 31%.
Bem que o Albatroz e o Lavoura gostariam de ver todo o mundo numa grande CUBA , onde o sabão é racionado logo para começar.A Venezuela no ano passado caiu em investimento estrangeiro de 4.9 Biliões de Dolares para 1.5....As industrias passaram de 11 200 para 6800. A Venezuela está em 10 lugar dos paises com menos liberdade economica .www.exame.com.br
Publicado por py em dezembro 19, 2005 05:50 PM
Tem tb o PY que diz que "... Bastava ter tido o golpe de vista para aproveitar a resina como biofuel..."
Como se faz isso ? normalmente o biofuel é feito de plantas anuais com grande capacidade produtiva de oleo , e não resinas que pertecem a especies de crescimento lento e com produções relativamente pequenas e caras , já que são manuais, sendo mais usadas na produção química . Daí que não entenda como pode ser usado como um fuel , que pela sua natureza é consumido em larga escala.
Quanto ao "funcionário publico " ou a "sanguessuga" , o problema é exactamente esse ... DORMEM O TEMPO TODO .....e qd acordam é sempre super maldispostos, frustrados até ao osso, mas covardes o suficiente para largarem a atitude sanguesuga
Publicado por: Caboclo Capiroba às dezembro 20, 2005 07:50 PM
"Tem alguns comentadores como o Lavoura e o Albatroz, que não têm a mínima noção de como a Bolívia e a Venezuela vão entrar na idade das trevas"
Como é fácil fazer afirmações deste tipo sem ter de as justificar. Na Venezuela, desde que Hugo Chavez subiu ao poder, o analfabetismo praticamente desapareceu, os pobres têm acesso a lojas alimentares com preços mais baixos, pela primeira vez milhões de pessoas têm acesso a cuidados médicos, a dependência de alimentos importados começou a diminuir, os lucros da actividade petrolífera ficam na Venezuela em vez de serem colocados em bancos americanos, etc. Se é isto "a idade das trevas" como lamento não estarmos nós também em tamanha escuridão... E há uma boa possibilidade de na Bolívia o caminho vir a ser semelhante. Rica em gás natural, a Bolívia vai agora poder canalizar os lucros da sua exploração para melhorar as condições de vida dos mais pobres, em vez de irem parar às mãos das multinacionais e dos seus agentes locais. Se os tontinhos neo-liberais pensassem em vez de repetir as cassetes dos seus amos, talvez chegassem à conclusão de que a "idade das trevas" está reservada para os que insistem em ser os vassalos do grande capital internacional.
Publicado por: Albatroz às dezembro 20, 2005 10:16 PM
Realmente personagens como o Albatroz são extremamente perigosos .Fingem-se amigos dos mais pobres para mais facilmente lhes arrancarem a carne, os devorarem vivos, para se montarem neles e chicotearem a bel prazer.Bem falantes ,palavrosos, são verdadeiros vendedores de produtos BO.
Sabem o que é um produto BO ? Bom para Otários.
A história está repleta de exemplos escabrosos de comunistas que destroem completamente as sociedades que conseguiram dominar . Agora na america latina , esses palavrosos vendedores da banha da cobra estão-se a aproveitar de uma ignorância generalizada que embarca em encantos fáceis mas falsos porque vão pagá-los a prazo.
Por exemplo Chavez fez uma cadeia se supermercados a Mercal que está a arrasar a saudavel competição de mercado , oferecendo produtos 30 % mais baratos .
O que piorou com Chavez :
A classe média encolheu 57%
O numero de pobres aumentou 25 %
o desemprego cresceu de 11% para 16%
Metade das industrias fechou
A inflação subiu de 11 % para 17 %
O investimento estrangeiro caiu quase 4 vezes
A divida publica Dobrou.
Agora alguém acredita que se pode alfabetizar um analfabeto em 7 semanas ???
Pois Chavez diz que sim ... deve ensinar a escrever o nome ...
Todos os domingos Chavez passa 5 horas na TV a desancar na oposição..
Nas ultimas eleiçoes no passado dia 4 as maquinas de voto tinha um leitor de impressões digitais .. para registar quem vota em quem.
É este exemplo de democracia que o Albatroz deseja para nós...
A esquerda tem os votos dos mais pobres .. logo qts mais pobres mais votos ...que lógica cruel.. e eles como cordeiros confiantes lá vão para a matança...
Publicado por: Caboclo Capiroba às dezembro 21, 2005 12:36 AM
Caboclo Capiroba às dezembro 21, 2005 12:36 AM
Pode ser que o texto que segue ajude a esquecer a cassete da oposição oligárquica venezuelana:
"Chavez fights poverty, and succeeds.
One of the main talking points of the Venezuelan opposition and its international supporters recently has been that the poverty rate in Venezuela has increased under Chavez. This, they say, is the definitive prove of Chavezs failure. In fact back in March one of the opposition main international cheerleaders, Andres Oppenheimer of the Miami Herald, stated that Chavez opponents should use this alleged increase in poverty in their propaganda offensive against Chavez.
And there was some truth to these numbers. The poverty rate as measured by the National Statistics Institute went from 43.9% in 1998 (right before Chavez assumed power) to 55.1% in 2003, the last year for which statistics had been available up until now. You see, the opposition would gloat, there was a more than 10% increase in the poverty rate under Chavez.
However, without often they left out a very salient fact that beginning in 2002 the Venezuelan economy was thrown into a deep depression by an opposition led coup and a large oil strike and employer lockout. As has been pointed out before poverty as actually going down during the first part of Chavezs term in office. It was only after the extremely destructive opposition sabotage efforts of 2002 that it began going up. So to pass off this unfortunate increase in poverty as if it were largely or entirely the fault of the Chavez administration was a rather cynical attempt to propagandize.
Of course, for the last couple of years, since the opposition strike failed, the economy has boomed, growing 17% in 2004 and almost 10% so far in 2005. Further, the Chavez government has implemented massive social programs which according to one study by an anti-Chavez polling firm increased the income of the poorest Venezuelans by 30% in 2004 alone. Given these factors it was a fairly reasonable guess to say the poverty rate would now be going down. In fact another aspect of the oppositions mendacity on this issue is they would seldom mention how dated their statistics were and that in the intervening time poverty had quite possibly been reduced.
However, up until today no new statistics had been given that would definitively show that poverty was now decreasing. But now there are. Yesterday the President of the National Statistics Institute, Elías Eljuri, gave the new statistics in an interview with Maracaibos Panorama newspaper. Here is an excerpt:
Q: How much has poverty increased under Chavezs rule?
A: That is a propagandistic campaign against the government that has reached even international organizations. Looking at monetary poverty (it is referred to that way because it is measured only by income), when Chavez came to power it was around 50% and it descended to 39% in 2001, but as a consequence of the strike and oil sabotage it shot up to 55%.
In the year 2004 it began to decrease in the first half of the year closing at 47% while extreme poverty was 18%. Are surveys in the first semester of 2005 allows us to say that the poverty level during that period was below 40%, it is now below the levels of 2001 and we are hopeful that it will close the year at around 35%, measured simply monetarily, which means there has been an important increase in incomes.
So now that we have some more up to date numbers to work with lets see where we stand.
1997= 48.1%
1998 = 43.9 %
1999 = 42 % [Chavez takes office]
2000= 40.4 %
2001 = 39 %
2002= 48.6 [coup and strike]
2003 = 55.1
2004 = 47.0
2005 (first semester) 38.5%
2005 (second semester anticipated) 35%
UPDATE I have now updated this list as more exact numbers are available. Orignally I put 40% for the first semester of 2005 as it was simply said it was "below" 40% without giving the exact percentage. However, on Saturday the exact percentage was given in Ultimas Noticias as being 38.5%
Also, it was re-emphasized in the Ultimas Noticias article that the poverty numbers are only based on income - they do not include any in-kind benefits from social programs. So if a person gets a stipend from Misson Robinson to study that is counted as income and helps reduce poverty whereas medical care from the Barrio Adentro program or inexpensive food from Mercal are in-kind benefits that would not be counted. So clearly the governments progress in tackling poverty is even greater than these numbers would imply.
Looking at these numbers the pattern is clear. Poverty was 43.9% for the last full year when Chavez came to power and he reduced it to 39% by 2001. It then shot up in 2002 and 2003 with the turmoil Venezuela faced. Since then it has again fallen it went down 8% between 2003 and 2004 and at least a further 7% between 2004 and 2005. That is there has been a decline of 15% in the poverty rate in just the past 2 years. Further, the poverty rate is now LOWER than when Chavez first came to office (38.5% vs. 43.9%) and should even be substantially lower by year end.
So to sum up. Until to now when the opposition has claimed that Chavez increased poverty in Venezuela they were being disingenuous and dealing in half-truths and omissions. Now that updated numbers are out if the opposition continues to says that poverty has increased under Chavez they are simply lying. For the numbers are very clear. Poverty has gone down under Chavez."
Publicado por: Albatroz às dezembro 21, 2005 01:58 AM
Mais alguns dados sobre a Venezuela:
"Chavez' popularity is now among the highest of any president in Latin America, with a 77 percent approval rating, according to the latest polling.
A few economic statistics go a long way in explaining why the Venezuelan government is doing so well and the opposition, which still controls most of the media and has most of the country's income, is flagging.
After growing nearly 18 percent last year, the Venezuelan economy has expanded 9.3 percent for the first half of this year - the fastest economic growth in the hemisphere. Although the government's detractors like to say this is just a result of high oil prices, it is not so simple.
Oil prices were even higher and rose much faster in the 1970s. But Venezuela's income per person actually fell during the 1970s. In fact, for the 28 years that preceded the current government (1970-1998), Venezuela suffered one of the worst economic declines in Latin America and the world: per capita income fell by 35 percent. This is a worse decline than even sub-Saharan Africa suffered during this period, and shows how completely dysfunctional the economic policies of the old system had become.
Although Chavez talks about building "21st century socialism," the Venezuelan government's economic policies are gradualist reform, more akin to a European-style social democracy. The private sector is actually a larger share of the Venezuelan economy today than it was before Chavez took office.
One important reform, long advocated by the International Monetary Fund, has been the improvement of tax collection. By requiring both foreign and domestically-owned companies to pay the taxes they owe, the government actually increased tax collection even during the deep recession of 2003 -- a rare economic feat.
As a result, the government is currently running a budget surplus, despite billions of dollars of increased social spending that now provides subsidized food to 40 percent of the population, health care for millions of poor people, and greatly increased education spending. The official poverty rate has fallen to 38.5 percent from its most recent peak of 54 percent after the opposition oil strike. But this measures only cash income; if the food subsidies and health care were taken into account, it would be well under 30 percent.
The government's currency controls have also helped to stem the capital flight that had hurt the economy prior to 2003. The country's public debt and foreign debt are at moderate levels. With an accumulated $30 billion of reserves - perhaps twice what the country needs -- Venezuela is well-poised to maintain growth even if oil prices drop unexpectedly.
Of courses Venezuela still faces many of the challenges common to the region: the judicial system is weak, crime rates are high, and the rule of law is not well established. But the present government, which has had less than three years of political stability - attempts to overthrow the government through violence and large-scale economic sabotage did not cease until the oil strike collapsed in February 2003 -- has set the economy on a solid growth path. And it has kept its promise to share the nation's oil wealth with the poor.
In short, the vast majority of Venezuelans got what they voted for, and even some who voted against the government now seem to be satisfied with the result. It's a pretty good start, and whatever the Bush administration thinks of Chavez - who calls President Bush "Mr. Danger" - it's the way democracy is supposed to work."
Publicado por: Albatroz às dezembro 21, 2005 02:03 AM
Mais estatísticas da Venezuela:
"Economic growth for the 3rd quarter of 2005 reached 9.8% in Venezuela, relative to the same quarter the previous year, making this the 9th consecutive quarter in which Venezuelas GDP has grown, according to Venezuela's Central Bank, which released the figures yesterday. The private sector, with a growth rate of 11.1%, led the boom, with the public sector reaching 5.4% growth in the 3rd quarter.
Similarly, growth in Venezuelas non-oil sector led with 10.4% growth over the countrys oil sector, which expanded by 4.2%. Even within the oil sector, private sector growth outpaced that of the public sector, with 9.6% to 2.8%, respectively.
In the non-oil sector, the economic activities that grew the most were manufacturing (9.3%), commerce and repair services (18.1%), construction (18.4%), and general government services (7.3%).
Economic growth in Venezuela during the Chavez presidency has varied greatly, with the economy shrinking by 6% in 1999, Chavezs first year in office, largely due to low oil revenues. It then grew by 3.7% and 3.4% in 2000 and 2001. With the on-set of political polarization, politically motivated strikes, the 2002 coup attempt, and the two month shut-down of the countrys all-important oil industry in late 2002, however, the economy shrank by 8.9% in 2002 and by 7.7% in 2003. It made a significant recovery in 2004, growing by 17.9% in 2004, one of the largest economic growth figures in the world for that year. For all of 2005 the economy is expected to grow another 10%. So far, it has grown by 9.1% during the first three quarters of 2005, relative to the first three quarters of 2004."
Publicado por: Albatroz às dezembro 21, 2005 02:06 AM
Para terminar, mais isto:
"President Chavez of Venezuela enjoys an approval rating of 71.8%, according to the opposition-aligned Venezuelan polling firm Datanalisis. The poll was conducted June 14 to 20 and shows a slight decline in Chavezs popularity in other indicators, but overall his popularity is at its highest point since the honeymoon he enjoyed shortly after his first election in 1998.
The poll, which was presented to journalists this past Tuesday, shows that Chavezs popularity had declined slightly between May and June, but that the difference was still within the margin of error of 2.7% and thus practically the same as before. Also, according to José Vicente Leon, the director of Danalisis, the percentage of Venezuelans who trust Chavez stood at 58.7% and those who said they would vote for Chavez if elections were held now, stood at 54.7%. As such the percentage is only slightly lower than the 59% the voted in favor of Chavez remaining in office during last years recall referendum.
In terms of how Venezuelans define themselves, 46.3% consider themselves Chavistas, 35.6% percent are non-aligned, and 14.6% consider themselves supporters of the opposition.
When asked to name the countrys most serious problems, 49.2% of Venezuelans said that unemployment is clearly the number one problem. This was followed by insecurity (18%) and a wide variety of other problems that fall within the polls margin of error.
45.6% of those polled said that they had in some way benefited from the social programs known as the missions. The one that the largest number of Venezuelans benefited from was Misión Mercal, which provides subsidized food in 14,000 community stores throughout the country. The next most used mission was Misión Barrio Adentro, which provides 12,000 Cuban community doctors for free medical treatment. Of those who used the missions, almost all said that they were satisfied with them, with 92.7% of the Mercal beneficiaries reporting satisfaction and 83% of Barrio Adentro beneficiaries. "
Pobres venezuelanos, tão explorados que são por Hugo Chavez...
Publicado por: Albatroz às dezembro 21, 2005 02:20 AM
Mas pensas que enganas quem albatroz ?
O tempo do estalinismo já passou, mas as memórias estão todas PRESENTES........
Só mostras mentiras.
Pensas que estas a lidar com ignorantes ?
COM QUEM PENSAS QUE FALAS ?????????
Publicado por: Caboclo Capiroba às dezembro 21, 2005 03:28 AM
Contra factos não há argumentos. Os factos estão contra as opiniões de Caboclo Capiroba. Por isso Caboclo Capiroba fica sem argumentos a não ser o berro deselegante dos maus perdedores...
Publicado por: Albatroz às dezembro 21, 2005 11:18 AM
Oioi Albatroz... mas eu citei factos ... tu argumentaste com outros factos FALSOS.. entendeste ? fruto de PROPAGANDA!!!Se calhar nem sabes Inglês..
O que dizes das maquinas de voto por impressão digital ? Ou é MENTIRA ??????????????
Chavez está a dar peixe à população em vez de dar a cana e ensinar a pescar ..
Tudo o que está a fazer é PROFUNDAMENTE CONTRAPRODUTIVO A PRAZO... senão veremos , dá um tempinho .
As raízes da época obscura crescem para cima , só o tempo e a democracia as vai cortar uma a uma ...
Publicado por: Caboclo Capiroba às dezembro 22, 2005 03:08 PM
Pois ... o dinheiro não traz felicidade
Publicado por Diana em dezembro 18, 2005 11:27 PM
Dinheiro não traz felicidade ... mas traz facilidade que é uma palavra muito parecida ....
Publicado por: Caboclo Capiroba às dezembro 24, 2005 09:58 PM
Afinal as previsões do Marcelo sobre o destino do Blair falharam completamente.
Publicado por: David às dezembro 27, 2005 12:03 AM
Esse gajo também só disparata
Publicado por: Cisco Kid às dezembro 27, 2005 12:49 AM
Esse gajo também só disparata
Publicado por: Cisco Kid às dezembro 27, 2005 12:49 AM
kpk
Publicado por: Coruja às dezembro 27, 2005 01:01 AM
kpk1
Publicado por: Coruja às dezembro 27, 2005 01:02 AM