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dezembro 16, 2005

Os Irredutíveis Britânicos Gauleses

E a crise da poção agrícola

Embora seja Blair quem esteja “cercado” pela maioria dos parceiros da UE, no que respeita ao futuro quadro orçamental para 2007-2013 - as Perspectivas Financeiras, a posição da França é, a longo prazo, muito mais frágil. Blair está pressionado pelo núcleo interessado na continuação da PAC, chefiado pela França, e pelos países de Leste, mais os parceiros pobres da antiga UE dos 15, que pretendem fundamentalmente conseguirem subsídios à custa da diminuição do cheque britânico. Todavia, a França está atacada em duas frentes – em Hong Kong, na Conferência de liberalização das trocas mundiais, começada há quatro anos em Doha, no Qatar, no âmbito da Organização Mundial do Comércio, e na Europa, pois o cheque britânico destina-se a reembolsar o Reino Unido, pelo facto dele não beneficiar praticamente nada das subvenções da PAC, cujo principal benefício vai para a França.

Ou seja, é a PAC que está sempre em jogo. A PAC, a política agrícola comum odiada pelos britânicos, e que absorve 40% das despesas comunitárias. A margem de manobra de Blair é mínima – os súbditos de Sua Majestade detestam alimentar os agricultores franceses e não perdoarão a Blair se ele não for firme. A França pode acusar o Reino Unido de não estar "disposto a assumir a sua quota-parte do fardo financeiro" e classificar o cheque britânico como "anomalia histórica". Todavia o cheque britânico é a resultante de uma anomalia que não é apenas histórica, mas universal; que não é apenas detestada pelos britânicos, mas praticamente por todo o resto do planeta – resulta da PAC.

É verdade que, actualmente, o Reino Unido é, em comparação com os restantes países comunitários, muito mais rico do que era em 1984, quando Margaret Thatcher conseguiu negociar um mecanismo de reembolso das contribuições do Reino Unido, para compensar a PAC. Mas não é menos certo que a PAC é considerada um mecanismo obsoleto, que prejudica não só o comércio mundial, mas também os contribuintes europeus, que a pagam. E o custo da PAC é cada vez mais elevado, pois é o custo da oportunidade de não se aplicarem aqueles fundos em áreas viradas para o futuro, para as inovações tecnológicas, que melhorassem a competitividade europeia num mundo mais aberto e globalizado.

Blair está cercado pela maioria dos parceiros europeus, embora por razões diversas. Mas os sitiantes estão, por sua vez, cercados pelo resto da comunidade internacional. O cheque britânico terá que acabar, mas só acaba quando acabar a PAC. Poderá haver pequenos ajustamentos, mas esta condição é um reduto que o povo britânico não deixará cair. Todavia a PAC é muito mais frágil, pois está assediada pela comunidade internacional. A sua queda é previsível, mais ano menos ano. Resta saber quantos anos mais os europeus vão dissipar dinheiro nesta velharia inútil e contraproducente

Publicado por Joana às dezembro 16, 2005 07:03 PM

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Comentários

Um dia qd o Zéquinha morreu, chegando perto de S.Pedro e foi-lhe pesarosamente dito que iria para o inferno .
Bla bla bla bla ... bem .. S.Pedro acabou por aceder e deu duas escolhas ó safadeco.
Ou vais para o inferno dos USA ou pó do Brasil.
Obvio.. zéquinha pergunta a diferença .. e é-lhe dito que no inferno dos USA todos os dias tem que comer uma colhersinha de café, de merda.
No inferno do Brasil , todos os dias tem que comer um BALDE !!

Zéquinha não sendo peco escolhe obvio states inferno.....
passa o tempo e um dia zéquinha vai desolado num vale de lágrimas , cuspindo merda vinda sabe-se lá de que cu , qd de repente começa a ouvir um batuque ao longe . tuquetequtuqute .... vê um muro ... aproxima-se .. sobe ...do outro lado ....a praia do porto da barra em Salvador , mulherada gostosissima pa caramba ,os batuqueiros .. a galera brigando por que numa roda de bola alguém falha... vendedor de camarão , queijo fundido , picolé, enfimm uma festa ... e pergunta , isso aqui é o quê ? Aqui é o inferno do Brasil.... ! respondem em coro no meio de uma gritaria de protesto ...enquanto dois policiais levam um neguinho vendedor de maconha ...
Incrédulo , atónito ..com ar de quem achou algo sem querer , pergunta ... mas como é que voces conseguem curtir tanto se têm que comer um balde de merda por dia ??

Responde a galera em coro , éééééééé..... é que aqui .. ou falta o balde ... ou falta a meeeerda.....kákák´á

Por falar nisso sabiam qua a Adriana Lima é daqui de Salvador ? No outro dia estive com umas primas....em sonhos...ou ao contrario .. uns sonhos de uma primas ..

Não pode ser tudo mau ...

Publicado por: caboclo Capiroba às dezembro 16, 2005 07:29 PM

Terá que haver um compromisso. Os polacos querem dinheiro e têm razão. Os rstantes do Leste também ficam prejudicados com esta intransigência

Publicado por: Fred às dezembro 16, 2005 07:29 PM

Vou na praia .... que tal ? querem aparecer ? isso ...vou na praia do porto da barra ... até já..

Ei ... nada de ficar com inveja ... ah .. e não se esqueçam da colhersinha ...

Publicado por: Caboclo Capiroba às dezembro 16, 2005 07:35 PM

A PAC não é uma polítioca económica, é um política social que visa subsidiar os agricultores de modo a conseguir - como conseguiu - que deixassem de formar cinturas de pobreza à volta das grandes cidades. Teve ainda o efeito de tornar a Europa autosuficiente em alimentos e politicamente estável. Estes efeitos são bons - não são maus - e é imprescindível que se mantenham. Se acabar a PAC, a Europa deixa de ser autosuficiente em alimentos e passa a ter de os importar dos USA, e daí a pressão americana. Além disso, fica sujeita à proletarização dos agricultores com a instabilidade política consequente, e daí a pressão dos seus rivais.
A tentativa de liberalização de todas as trocas na OMC tem uma carcaterística curiosa: nunca se viu tantos ricos com pena de tantos pobres. Mas esta imagem é falsa. A liberalização das importações de açúcar, soja e carne do Brasil não vai fazer diminuir um único pobre nessa terra, mas antes enriquecer ainda mais a oligarquia latifundiária local (que logo tranfere para a Flórida o dinheiro que assim ganhar). Além disso, serve para permitir a deslocalização das indústrias trabalho-intensivas da Europa para locais com salários de escravatura, permitindo a re-exportação dos produtos para a Europa.
É muita ingenuidade acreditar na bondade e no altruismo da liberalização do comércio.
Não há qualquer justificação para que se mantenha o «british rebate»: é imoral que o RU insista em não pagar o que deve e em ser fortemente subsidiado pelos mais pobres.
Se Blair bloquear o orçamento da EU, como esta não pode viver sem orçamento, melhor será começar a pensar em viver sem o RU.

Publicado por: Pedro Pais de Vasconcelos às dezembro 16, 2005 08:34 PM

Agora temos que aturar um terceiro mundista com a mania que é engraçado e a contar anedotas fora do prazo de validade?

Publicado por: Europeu às dezembro 16, 2005 08:48 PM

Não me parece que haja pressão americana. Há sim pressão dos países do sul e dos menos desenvolvidos

Publicado por: soromenho às dezembro 16, 2005 10:42 PM

E essa de dizer que "A liberalização das importações de açúcar, soja e carne do Brasil não vai fazer diminuir um único pobre nessa terra, mas antes enriquecer ainda mais a oligarquia latifundiária local (que logo tranfere para a Flórida o dinheiro que assim ganhar)" é de cabo de esquadra. Com esse raciocínio o melhor é cortar as relações económicas com quase todos os países do mundo.

Publicado por: soromenho às dezembro 16, 2005 10:49 PM

soromenho às dezembro 16, 2005 10:49 PM

Critica esse raciocínio e abstém-se de criticar o raciocínio simplista do post?
É evidente que temos que "mexer" na PAC. Mas não é evidente que devemos acabar com a PAC. Seria um erro histórico. E não é por existir PAC que não se investe na inovação.
Aliás, julgo que devemos poupar a palavra "inovação". Começa a ser panaceia para tudo; uma espécie de canivete suíço do vocabulário economês.

Publicado por: Vítor às dezembro 16, 2005 11:13 PM

Ficaste com inveja Soromenho ?
Deixa pra lá .. é feio ..
Olha lá, quanto a essa de terceiro mundista .. fala o roto do esfarrapado ?
Portugal .. é que mundo ? 1º ? só se for na tua cabecinha de alho chocho .. os soromenhos são todos chochos .. eu conheço..mas têm todos a mania que são os maiores da cantareira ..
Portugal 1º mundo ???? ká ká ká ká

Já foi ... poderia voltar a ser ..mas ainda faltam varias gerações ( 25 anos cada )

Qt à anedota reconhece que tem actualidade pelo menos para mim..e se não fosses tão presunçoso ias entender pq ...

Publicado por: Caboclo Capiroba às dezembro 16, 2005 11:23 PM

Se o raciocínio é simplista, porque é que a maioria (ou a quase totalidade) dos países da OMC está contra a PAC?

Publicado por: AJ Nunes às dezembro 16, 2005 11:31 PM

Pois

Publicado por: Coruja às dezembro 17, 2005 12:58 AM

Isso de Doha, é doha a quem doer!

Publicado por: Rave às dezembro 17, 2005 01:25 AM

Isso de Doha, é doha a quem doer!

Publicado por: Rave às dezembro 17, 2005 01:29 AM

Dizer que a PAC serviu para impedir que os agricultores formassem cinturas de pobreza à volta das cidades é ignorar que é o aumento (via subsídio) do rendimento agrícola à produção que permite os preços baixos no consumidor.

Acabando a PAC, os preços na produção têm de aumentar e os preços no consumidor também.

Logo, o que a PAC faz é subsidiar com impostos aquilo que não pretende que os consumidores (na cidade) paguem no supermercado. Desta forma, a PAC acaba por facilitar mais a vida aos consumidores de menores recursos do que aos agricultores. E, se calhar, acabou com as cinturas de pobreza à volta das nossas cidades, porque pôde fornecer-lhes produtos mais baratos do que eles custam realmente.

A PAC acaba assim por ser redistribuição adicional através dos impostos, criação de ilusões de produtos baratos nos consumidores, um bloqueio ao sucesso do modo de produção biológico (se não subsidiado) e, globalmente, um aumento da centralização da economia.

Mas, acima de tudo, é uma forma de a França "cobrar" ao resto da União o seu "cheque britânico". Ou gaulês, como diz a Joana..

Publicado por: J P Castro às dezembro 17, 2005 02:54 AM

O komecon ganhou! Vai de vitória em vitória até à implosão final da UE.

Publicado por: diogenes às dezembro 17, 2005 12:07 PM

Não posso concordar com a frase de que a PAC é "uma política social que visa subsidiar os agricultores de modo a conseguir - como conseguiu - que deixassem de formar cinturas de pobreza à volta das grandes cidades".

A lista dos recipientes de subsidios da PAC tem sido habilmente escondida, excepto para a Dinamarca, Estónia, Holanda, Suécia e Reino Unido, e a reduzida lista conhecida ( ver www.farmsubsidy.org) mostra que as grandes empresas agrícolas são as grandes beneficiadas com a PAC, e não as populações de agricultores que hoje já não existem pelo efeito da modernização da agricultura. Esta falta de transparencia cheira logo a gato escondido, e daí o movimento anti-PAC.

Por outro lado se a manutenção da PAC revela uma política egoísta em relação ao resto do mundo subdesenvolvido, que nós europeus não podemos negar, é perfeitamente utópico, e irrealista pensar que a Europa poderá sobreviver, hoje ou no futuro, como entidade independente sem uma agricultura própria, (o que implica necessáriamente -mantendo o mesmo nível de vida- subsidiar a agricultura).

Não existe independencia política sem independencia alimentar, e é isso que tem de ser explicado aos europeus, ( e nunca através de imbecilidades alter/terceiro mundistas do tipo José Bové) porque se corre o risco grave de ter as populações (que são naturalmente egoístas, e não tem já nenhuma ligação com a terra) descobrirem um dia que, porque a PAC é um absurdo anti-económico, terem a tentação de acabar com ela. Isso seria seguramente um passo importante para acabar com a Europa. Resumindo pede-se aos governos, a começar pelo nosso, mais Transparencia e mais Informação (já que não se pode pedir aos jornalistas mais inteligencia e menos sentimento, nem aos políticos um projecto europeu em que todos acreditemos).

Publicado por: Joao P às dezembro 17, 2005 12:27 PM

Ou agora ou nunca :

http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=12&id_news=206307

Publicado por: asdrubal às dezembro 17, 2005 01:44 PM

Publicado por Joao P em dezembro 17, 2005 12:27 PM

...porque a PAC é um absurdo anti-económico, terem a tentação de acabar com ela. Isso seria seguramente um passo importante para acabar com a Europa...

Porquê ?

Publicado por: Caboclo Capiroba às dezembro 17, 2005 03:59 PM

Caboclo Capiroba às dezembro 16, 2005 11:23 PM

Este além de terceiro mundista é parvo, porque desatou a insultar o Soromenho sem perceber que ele não tinha nada a ver com o comentario.
Depois, em
~~~~~~Caboclo Capiroba às dezembro 17, 2005 03:59 PM
ficamos a perceber que tem que se lhe explicar tudo duas vezes

Publicado por: Europeu às dezembro 17, 2005 04:27 PM

Reparem que quer o cheque, quer a PAC resultam do financiamento de uma minoria de agricultores franceses e alemães... Ou seja, não haveria cheque se a PAC alemã e francesa não existisse e Blair quando a ataca e defende a liberalização devia ser mais honesto e admitir que só recebe o escandaloso cheque porque a PAC... existe!

Publicado por: Rui Martins às dezembro 17, 2005 04:51 PM

Lá chegaram a acordo.

Publicado por: Redinha às dezembro 17, 2005 06:10 PM

Puf, correu bem! Agradeço ao braganza e a tod@s @s que puxaram. Eu por dia das dúvidas dormi no quato do grão-mestre na Frol. Hoje vi a epopeia de Portugal talhada no convento de Cristo. Claro que isso ainda está tudo de pé, ou acham que é por acaso que Durão Barroso é Presidente da UE?

(e que é por acaso que por isso mesmo deixei de o atakar Todos os tugões são bem vindos. Os lusitanos. Andei à prokura do Asterix e os Lusitanos (?) mas não consegui encontrar)

Publicado por: py às dezembro 17, 2005 07:01 PM

vixe .. o Europeu é o mesmo que o Soromenho, pelo menos é o que me dizem os meus poderes extrasensoriais, kákáká

Publicado por: Caboclo Capiroba às dezembro 17, 2005 07:20 PM

Se tivesse vida para manter um blog chamava-o de "Notícias de Mordor". Cada vez mais vivemos num pesadelo burocrático europeu que suga a capacidade de empreender, de arriscar, que abafa a liberdade de viver e decidir.

Publicado por: diogenes às dezembro 17, 2005 07:21 PM

pois é. Isengard.

Publicado por: Gandalf às dezembro 17, 2005 08:11 PM

Os Ents estão a conversar...

Os druidas estão-se a preparar.

Publicado por: py às dezembro 17, 2005 08:29 PM

Os tugas ao atake?

http://diariodigital.sapo.pt/dinheiro_digital/news.asp?section_id=6&id_news=60794

Publicado por: py às dezembro 17, 2005 08:32 PM

... não há kpk's... -> morfar

Publicado por: py às dezembro 17, 2005 09:31 PM

py em Dezembro 17, 2005 07:01 PM,

O "Astérix e os Lusitanos" não chagou a existir porque seria inexorávelmente um «remake» de «La Zizanie» ...

Publicado por: asdrubal às dezembro 17, 2005 11:58 PM

É indubitável que a PAC é um absurdo anti-económico e mais que isso um dos principais responsáveis pela pobreza que grassa no terceiro mundo de forma geral e nas suas áreas rurais em particular. No entanto tal deve ser explicitado e exposto a uma luz clara e forte.

Para compreendermos a PAC devemos começar por colocar uma questão basilar.

“Porque é grande parte da produção agricula Europeia é subsidiada?”

A resposta é obvia: Porque não é economicamente competitiva; o que na pratica significaria que o consumidor final na ausência dos subsídios optaria por comprar produtos em tudo idênticos aos europeus excepto no preço, que seria muito mais reduzido.
Feito este considerando nova questão se coloca: quem forneceria então produtos agriculas tão competitos? (ao ponto de forcarem a EU a subsidiar fortemente os seus produtores), os EUA? não num Mundo livre de subsídios, pois ninguém se iluda; tal como os Europeus os Norte Americanos financiam fortemente os seus produtores.
Chegados aqui e excluídos que estão os grandes produtores Ocidentais só nos resta uma alternativa: o terceiro mundo! Alcançamos o âmago da questão. O Ocidente protege fortemente a sua agricultura porque sabe que em confronto com a do terceiro mundo esta soçobrara!
É por demais evidente que os países do chamado terceiro mundo com a possibilidade de constituírem vastas áreas de produção com altos índices de fertilidade impensáveis na Europa ou mesmo nos EUA a que acresceriam outros factores como o custo da mão de obra, alcançariam facilmente economias de escala impossíveis no Ocidente.
Aqui reside a perversidade da PAC, não só desvia meios que podiam ser frutuosamente empregues noutras áreas como arruina os produtores do terceiro mundo obrigando-os a emigrarem para as cidades onde só os espera maior miséria.
A isto acresce muito mais desde logo o facto de a PAC beneficiar sobretudo a França em detrimento dos restantes membros da União assim como de privilegiar sobretudo os grande produtores ignorando os pequenos que cronicamente deficitários não conseguem alcançar os níveis de produtividade que os habilitariam a receber os desejados subsídios; junte-se a isto o facto de muitas vezes a PAC pôr de lado as produção verdadeiramente competitivas como ocorre em Portugal onde os Hortícolas e Fruticulas recebem uma fatia dos sucidios muito menor que certas culturas completamente obsoletas.
Quanto ao cheque Britânico, em jeito de conclusão, basta dizer que ele só existe porque a PAC existe e em pouco ou nada beneficia os súbditos de Sua Majestade Britânica que no entanto para ela contribuem, exigindo portanto justo retorno. Feitas as contas os Britânicos acautelaram muito melhor os seus interesses que a maioria dos restantes europeus.

É mais do que tempo de denunciar a posição francesa eivada como esta de uma repugnante hipocrisia que nos à de arrastar a todos para o Ocaso.

Publicado por: Francisco L. A. às dezembro 18, 2005 03:44 AM

uns vão para o ocaso

Publicado por: py às dezembro 18, 2005 11:19 AM

e eu

Publicado por: py às dezembro 18, 2005 11:20 AM

vou namoriskar

Publicado por: py às dezembro 18, 2005 11:20 AM

(Joana, já gora gostava de ouvir a sua opinião sobre o que fikou acordado para Portugal e como poderia ser bem aplikado... mas só logo)

Publicado por: py às dezembro 18, 2005 11:22 AM

Minha boa amiga;
Antes da tradicional pausa para a quadra Natalícia, queria enviar-lhe os meus votos de um SANTO E FELIZ NATAL.
Que tudo o que sonha se realize.

Aquele @bração do
Zecatelhado

Publicado por: zecatelhado às dezembro 18, 2005 02:34 PM

Parece que os gauleses se safaram desta

Publicado por: Sa Chico às dezembro 18, 2005 07:46 PM

Também me parece que a maldição funceminou. Afinal se eu não por cá a fazer algum chinfrim isto esmorece,,, bem mas eu só vim dar boa noite que depois de ter assistido a uma ópera do Mishima no CCB, comprei o Incal e agora vou ler para o kentinho.

Publicado por: py às dezembro 18, 2005 09:27 PM

Ribeiro e Castro responsabiliza esquerda pelos "grandes males do mundo"

o partido do taxi está vivo!

Publicado por: zippiz às dezembro 18, 2005 09:35 PM

Francisco L. A. às dezembro 18, 2005 03:44 AM

Talvez o seu comentário mereça uma análise mais profunda. Mas vou ficar pela rama:

- A ideia de que a liberalização do mercado agrícola (e não agricula) europeu poderá imprimir um efeito positivo na agricultura do terceiro mundo, peca por simplismo; Não podemos acabar com a PAC de um dia para o outro correndo o risco de piorar o nível de vida dos agricultores europeus e não melhorar sequer o quotidiano dos agricultores do terceiro mundo.
- Os "altos índices de fertilidade impensáveis na Europa" não são assim tão frequentes. Muitos dos solos das regiões tropicais e subtropicais são demasiado frágeis;
- O argumento do justo retorno que o cheque britânico representa, levado ao extremo, significa que mais valia não haver orçamento. Pois, se cada país passar a exigir de volta o seu contributo...

Não tenhamos ilusões: a União Europeia serve (ou devia servir) para defender os interesses dos europeus.

Publicado por: Vítor às dezembro 18, 2005 09:49 PM

Mais uma achega:

Pensar na PAC apenas em termos de política de preços, restituições à exportação e subsídios à produção é demasiado redutor. Ela é mais do que isso.
Julgo que, no futuro, deixaremos de ter uma Política Agrícola Comum e passaremos a ter uma Política Rural Comum.

Publicado por: Vítor às dezembro 18, 2005 09:54 PM

Pois é, é mais do que isso. É uma forma de aceder a uma fatia do orçamento comunitário cumprindo critérios pouco claros para a população em geral.

Eu recebo um pequeno subsídio (por via da manutenção de uns olivais tradicionais) há vários anos. Ainda não consegui receber o mesmo montante de um ano para o outro, nem compreender como são feitas as contas. Quando faço um esforço, rapidamente percebo que na maior parte das situações são mais as excepções do que as regras.

Limito-me a indicar as parcelas, candidatá-las e esperar pelo que vem na volta do banco. Sem discutir. Entretanto, há "agricultores" que recebem mais de subsídio do que um salário normal na profissão que exercem.

E, na transição para o fim da PAC, já inventaram o Pagamento Único, em que classificam os agricultores pelo que produziram num determinado período, deixando de contar com o que produzem. Resultado: novos agricultores não recebem o mesmo do que os que já estavam no "sistema".

Pois é, a PAC é muito mais do que um disparate... Mas o dinheiro dos subsídios desaparece, lá isso desaparece.

Publicado por: J P Castro às dezembro 18, 2005 10:27 PM

No entanto, é preciso uma outra PAC

Publicado por: J P Castro às dezembro 18, 2005 10:43 PM

Um a Política de Apoio às Capicuas !

Publicado por: J P Castro às dezembro 18, 2005 10:44 PM

(plim)

aliás, uma

Publicado por: J P Castro às dezembro 18, 2005 10:44 PM

A Joana parece esfregar as mãos de satisfação com a perspetiva do fim da PAC. Vai-lhe chamando obsoleta, etc.

É evidentemente verdade que a PAC enferma de terríveis contadições e necessita uma profunda reforma. Mas a Joana deverá ter em conta que, se a PAC fôr eliminada, isso conduzirá a um abandono do mundo rural que terá consequências bem desagradáveis.

Veja a Joana a título de exemplo o mundo rural português. A PAC beneficia em grande parte os agricultores alentejanos, e com isso o Alentejo mantem-se mais ou menos em ordem. No resto do país, o minifúndio que não é beneficiado pela PAC, impera o abandono dos campos e os consequentes incêndios florestais no Verão. Sem subsídios a ajudar, cuidar das terras e das florestas é, pura e simplesmente, não rentável. As terras e as florestas são então abandonadas, a sociedade decai e desfaz-se, as aldeias morrem. No Verão, a fatura a pagar por tudo isto é bem pesada.

No tempo do meu avô, o vale do rio Cértima, na Bairrada, estava todo dividido em minúsculas leiras, que eram cultivadas a arroz, de um modo primitivo, pelos seus proprietários. Ao longo dos anos 70, o aumento gradual dos salários industriais, e a emigração, levaram ao abandono de todo esse cultivo: as férteis terras do vale ficaram abandonadas. Com a adesão de Portugal à UE, a PAC restaurou o vale, que desde há uns anos voltou a ser um imenso arrozal, agora com todas as leiras arrendadas pelos seus proprietários a um único cultivador, que investe na terra e a cultiva de forma moderna.

Sem a PAC, o vale estaria ao abandono.

Publicado por: Luís Lavoura às dezembro 19, 2005 11:17 AM

Francisco L. A. às dezembro 18, 2005 03:44 AM

O seu raciocínio está correto, exceto em dois pontos cruciais:

(1) A Europa (e os EUA, e os outros países desenvolvidos) tem que cuidar de si mesma, e não dos países do Terceiro Mundo. Uma Política Agrícola com subsídios é essencial para a manutenção do espaço rural europeu, sem o que este decairia, com graves prejuízos financeiros e ambientais para a sociedade em geral. A Europa não tem nada que abolir a PAC para fazer um favor aos países do Terceiro Mundo, se o preço a pagar por tal política fôr a destruição do seu espaço rural.

(2) Os países do Terceiro Mundo não têm, ao contrário do que Você julga, uma grande capacidade de expandir a sua produção alimentar. As limitações de que sofrem em termos ecológicos são grandes. Têm, isso sim, uma gande capacidade de matar a sua população à fome para exportar alimentos. A Índia, por exemplo, farta-se de defender o fim da PAC, e farta-se de exportar alimentos para a Europa - enquanto centenas de milhões de indianos vegetam na sub-alimentação. O fim da PAC conduziria a maiores exportações de alimentos do Terceiro Mundo para a Europa, mas não necessariamente a um benefício para grande parte da população do Terceiro Mundo.

Publicado por: Luís Lavoura às dezembro 19, 2005 11:29 AM

Defender a PAC é simplemente não ter ética. É defender o maior crime contra a humanidade que existe neste momento. Começo a pensar que a única forma de chamar estes intelectualoides para a realidade é uma boa tareia.

Publicado por: Mário às dezembro 19, 2005 03:41 PM

Ora aí está uma boa forma de perder a discussão filosófica e ainda levar umas bordoadas no pêlo...

Publicado por: Vítor às dezembro 19, 2005 07:25 PM

Perder uma discussão filosófica? Trata-se apenas de um método de reeducação viril.

Publicado por: Mário às dezembro 20, 2005 10:20 AM

ver:

As cuecas de Freud

Publicado por: py às dezembro 20, 2005 12:09 PM

Sejamos claros:

se a PAC serve para defender o mundo rural (e não para fins especificamente agrícolas) à custa dos impostos dos contribuintes europeus, então deixem-me deixar esta sugestão alternativa:

acabem com a PAC e defendam o mundo rural, devolvendo o dinheiro aos contribuintes e criando isenções fiscais aos "desgraçados" que vivem no tal mundo rural não rentável, numa espécie de zona franca.

Ou seja, abdiquem da receita dos impostos no mundo rural e no sector agrícola. Escusam de gastar impostos a apoiá-lo. Simples, não ?

O problema é que os preços no consumidor/eleitor iriam subir... (cruz credo, os "democratas" não gostam disso...)

Publicado por: J P Castro às dezembro 20, 2005 09:35 PM

Uma kpk?

Publicado por: Coruja às dezembro 26, 2005 01:19 AM

Uma kpk?

Publicado por: Coruja às dezembro 26, 2005 01:19 AM

Uma kpk?

Publicado por: Coruja às dezembro 26, 2005 01:19 AM

Uma kpk?

Publicado por: Coruja às dezembro 26, 2005 01:19 AM

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