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novembro 05, 2005

Turismo homeless

Ou turismo para sem abrigo endinheirados

“Jorge Sampaio aconselhou hoje os autarcas a preocuparem-se mais com as receitas geradas nos municípios valorizando o turismo em vez da especulação imobiliária
Portanto, os autarcas devem incentivar a vinda de turistas, mas repudiar a “especulação imobiliária” ou seja, a construção de imóveis. Os turistas terão assim a oportunidade única de apreciar as paisagens rurais e urbanas em permanência, dia e noite. Usufruirão as calmas noites lusitanas nos bancos dos jardins, amodorrados pelo murmúrio da folhagem, debaixo das pontes, embalados pelo sussurrar chilreante das águas, ou nas areias da praia, corpos percorridos pela aragem cálida e orgástica da maresia, enquanto mais distante, o marulhar acariciador das ondas se desvanece lentamente. Uma delícia.

Publicado por Joana às novembro 5, 2005 10:16 PM

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Comentários

isto é mesmo conversinha de chacha!
Em Portugal, um país com menos de 10 milhões de habitantes já existe património construido que dá para alojar 25 milhões de pessoas

Publicado por: xatoo às novembro 5, 2005 11:17 PM

Ficou-me a crescer água na boca para fazer esse turismo.
Deve ser da Saturday night fever

Publicado por: saavedra às novembro 5, 2005 11:18 PM


O que eu acho piada é que, mais uma vez, Sampaio pede para se resolver o problema pelo lado da receita. Portanto, tentemos cativar os sem-abrigo endinheirados mas não pensemos em reduzir as despesas autárquicas com funcionários a mais, rotundas desnecessárias, redes sociais angariadoras de votos, etc.

Publicado por: J P Castro às novembro 5, 2005 11:50 PM

Felizmente, está de saída. Já não suporto o pensamento ausente deste habitante da Lua que nos representa.

Publicado por: J P Castro às novembro 5, 2005 11:55 PM

Turistas homeless é do que precisamos

Publicado por: VSousa às novembro 6, 2005 12:28 AM

Devo, portanto, concluir que os intervenientes consideram que o turismo só pode desenvolver-se com especulação imobiliária...

Publicado por: (M) às novembro 6, 2005 01:17 AM

Ou então que qualquer residência ou hotel para os turistas estarem é especulação imobiliária.
Então se tiver piscina e ténis!

Publicado por: Carlos às novembro 6, 2005 01:51 AM

Oh Joana este seu post está rasca. A especulação imobiliário - o termo é esse - fez com que o nosso litoral ficasse bastante estragadado para os residentes e para os turistas. Veja a salsa que isso deu em Cascais e que se calhar vai voltar a dar... Outra coisa são infraestruturas turísticas, o turismo rural, etc.

Publicado por: py às novembro 6, 2005 09:08 AM

http://dn.sapo.pt/2005/11/06/tema/se_sarkozy_passar_aqui_proprio_pego_.html

Publicado por: py às novembro 6, 2005 09:11 AM

já agora

Publicado por: py às novembro 6, 2005 09:18 AM

a especulação imobiliário, saiu-me assim, é esta coisa dos géneros.

lembrar que especulação vem de speculum, espelho.

Publicado por: py às novembro 6, 2005 09:19 AM

py: o problema é que não distinguem uma coisa da outra quando começam aos gritos contra a especulação imobiliária.
Para albergar e entreter os turistas têm que se construir hoteis, residências, piscinas, courts de ténis, campos de golf, etc..
Cada vez que isso vem a lume, lá aparece a ladainha da especulação imobiliária.
Se o soubessem distinguir e não confundissem as coisas, este post não tinha razão de ser. O problema é que quase todos confundem, sem querer ou propositadamente.

Publicado por: Joana às novembro 6, 2005 11:08 AM

O turismo rural é um nicho de mercado a aproveitar, mas necessariamente pequeno. Conheço algumas experências que se saldaram pelo completo insucesso.

O grosso do turismo dirige-se para as praias e zonas costeiras, golf (fundamental para manter a ocupação dos hoteis nas épocas baixas, além de ser um turismo de gente com posses) e eventos (congressos, etc.).
Para albergar o desejado aumento desses turistas o país terá que se dotar com mais infra-estruturas turísticas ... ou seja ... especulação imobiliária no dizer de muitos, pelo menos aqueles que têm audiência nos jornais e TV.

Publicado por: Joana às novembro 6, 2005 11:15 AM

Joana, a questão é que o termo "especulação imobiliária" passou a ser aquilo que você costuma descrever como estereótipo.
Se e construo uma vivenda e depois aproveito uma modificação da situação (uma estrada passar por lá, etc.) e a vendo 5 vezes mais do que me custou, sou um especulador, no sentido da palavra (quer soubesse ou não antecipadamente daquela modificação).
Se eu "convenço" a presidência de uma CM e o seu departamento de urbanismo a fazer uma torre de 18 andares numa área de veraneio, e depois não arranjo clientela que me pague pelos apartamentos aquilo que eles me custaram, violei os regulamentos camarários, mas não sou um especulador: sou um estúpido que não percebeu que um mamarracho daqueles não atraia a clientela que eu queria.

Publicado por: Hector às novembro 6, 2005 12:15 PM

Portanto há um equívoco grosseiro na utilização do termo "especulação imobiliária".

Além disso, para a esquerda radical, tudo o que se constrói é especulação imobiliária, tudo o que se faz para conseguir lucro é pecado, etc. E os meios de comunicação veiculam um pouco essa ideia.

Portanto, admitindo que o PR tem consciência do que anda a dizer e que aquilo não passa das banalidades do costume, ele expressou-se mal. Deveria falar do turismo e do imobiliário de qualidade para os atrair, para além das qualidades naturais do país, em contraposição com o imobiliário labrego que faz perder qualidade.

E note que em qualquer dos casos pode haver especulação. Especular é aproveitar uma situação para obter lucros superiores aos normais.

Publicado por: Hector às novembro 6, 2005 12:22 PM

Que dirá Sampaio disto:
A Lusort apresentou ontem aquilo que pretende vir a ser “uma nova Vilamoura”. Com um investimento de 750 milhões de euros, numa primeira fase, o projecto prevê a construção de zonas residenciais, de aldeamentos turísticos e hoteleiros e de zonas comerciais, e é destinado ao público de grande poder económico.
O novo projecto é uma das maiores actuações urbanísticas do Algarve, que se estende por mais de 900 hectares sobre um total de 1700, e que prevê a construção de mais 434 mil metros quadrados de zonas residenciais”, onde se edificarão “nos próximos anos, uma grande variedade de habitações, que irão desde apartamentos T1, até lotes individuais de mais de quatro mil metros quadrados, passando por vivendas em banda, duplex e geminadas”.

Publicado por: ardina às novembro 6, 2005 01:06 PM

...
O empreendimento conta com várias novidades para o sector imobiliário. Uma delas será a construção de prédios residenciais, que terão no máximo quatro andares, e estarão sobre a água e envolvidos por canais com capacidade para cerca de 200 pontos de ancoragem. Assim, quem tiver barco poderá ‘estacioná-lo’ à porta de casa.

Uma outra novidade são as piscinas rodeadas de água, ou seja, dentro do lago onde estacionarão as embarcações. A água será uma constante neste empreendimento, principalmente na Cidade Lacustre que é “a jóia da coroa”.

Publicado por: ardina às novembro 6, 2005 01:07 PM

"para entreter turistas" há soluções para todos os gostos, desde a Manta-Rôta até à Quinta do Lago.
O problema é a destruição da paisagem, que em Portugal está destruida (e a palavras são essas sim,!) pela especulação imobiliária.
Por exemplo, comparado com Cuba nas Caraibas (+/- do mesmo tamanho e com o mesmo nº de habitantes), onde se andam centenas de quilómetros na natureza intacta, aquilo que Portugal tem para oferecer é um nojo, de estaleiros permanentes e baiúcas asquerosas com atendimento por gajos execráveis. Tirando a faixa litoral alentejana, que já se preparam tambem para destruir com mega-projectos megalómanos, apenas temos oferta de alguma qualidade para os nichos de mercado de gama média-alta - ou seja, para turistas ricos e meio-estupidos que não se importam de se encerrar em guetos para nababos.

Publicado por: xatoo às novembro 6, 2005 01:52 PM

o desordenamento do território, tem óbviamente a ver com a falta de cultura geral e com a luta pela sobrevivência dos menos capazes, claro, que com meia-dúzia de patacos são livres de abrir uma qualquer tasca infecta - a conversa vai sempre dar ao mesmo - ao problema da educação - que só tem, quem pode pagar por ela

Publicado por: xatoo às novembro 6, 2005 01:59 PM

Se no turismo em Portugal não houvesse portugueses, por falta de massa, haveria muita construção disponível.
É o que sucede em Cuba, onde os cubanos não têm massa para fazer turismo

Publicado por: Sa Chico às novembro 6, 2005 02:43 PM

Pois, o problema é os portugueses terem dinheiro para fazer férias no Algarve, comprar uma segunda residência etc. Se não tivessem, se os hoteis, residências e até as lagostas, fossem só para turistas estrangeiros, não precisávamos de tanta construção.

Publicado por: Soltroia às novembro 6, 2005 04:44 PM

Depois é fácil mandar papaias sem saber o que se diz.

Publicado por: Soltria às novembro 6, 2005 04:45 PM

Este post desperta água na boca para o turismo "natural".

Publicado por: turista acidental às novembro 6, 2005 05:49 PM

Regra geral, "especulação imobiliária" é tudo o que é construído pelos outros. Ninguém, porém, se refere assim à sua casa ou vivenda.

Sobre os "Projectos megalómanos", eles são os MAIS desejáveis. Porque, com o nosso magnífico poder local, são os únicos que ficam minimamente integrados. Bonitos e organizados, por assim dizer.

Quem visite Vilamoura ou a Serra del Rei, vê projectos megalómanos. E portanto, organizados.

Quem vá a locais construídos "a vulso" nem passeios vê.

Um dos maiores erros na Costa da Caparica, por exemplo, foi que para ali existiu um "projecto megalómano" que não foi construído. Em vez disso construiu-se o presente Caos aleatório "a vulso".

Quem nos dera a nós que (quase) tudo neste país partisse de projectos megalómanos.

Publicado por: Incognitus às novembro 6, 2005 05:56 PM

Joana:

Apesar de não concordar com grande parte dos seus artigos, tenho que admitir que na grande maioria das vezes se revela uma observadora atenta e inteligente e com muito jeito para a escrita argumentativa , ainda que muitas vezes construída à custa de falácias. Mas este seu artigo... Achava-se na necessidade de escrever algo e não sabia muito bem o quê? Ou apeteceu-lhe tão somente embirrar mais uma vez com jorge Sampaio e como não tinha como, pegou nestas declarações e construiu um texto básico, sem a mínima boa vontade para o analisar de forma séria?


para a próxima não se esqueça da velha máxima: quantidade não é sinónimo de qualidade.

Publicado por: Prozac às novembro 6, 2005 06:40 PM

Joana na sua fase "fast thinker"!
Não a sabia admiradora do eixo Quarteira-Albufeira!

Publicado por: zippiz às novembro 6, 2005 07:02 PM

Mas Quarteira-Albufeira é um exemplo de construção "a vulso", não megalómana.

Vilamoura, é um exemplo de construção megalómana.

Publicado por: Incognitus às novembro 6, 2005 07:12 PM

O que eu acho piada em Joana - e a alguns dos yes man's deste blog - é ao seu sentido crítico. Está tudo bem se o tema é levantado por alguém da área Lapa-Largo do Caldas. Vindo dos lados de Bélem...pensamos nisso em Janeiro!

Publicado por: zippiz às novembro 6, 2005 07:30 PM

De básico é que este post não tem nada. Está muito bem escrito, tem humor, é ligeiro e apanha o Sampaio nas afirmações insensatas do costume.

Publicado por: fabiano às novembro 6, 2005 07:34 PM

zippiz, engraçado mesmo é existir debate, quando uma das facções baseia a sua filosofia em roubar involuntariamente produção ou rendimento a terceiros. "Porque tem que ser".

Publicado por: Incognitus às novembro 6, 2005 07:49 PM

(Joana eu não a percebo, mas gosto de si na mesma. Tenho a impressão que em pequenina lhe mostraram as tais arcas arrombadas pelos franceses e a Joana tirou logo a conclusão: os franceses são maus! E uns anos depois silogisticamente, para simplificar, logo os ingleses são bons...

Mas olhe eu venho aqui agora é para dar notícias ao JP, encontrámo-nos por aqui e dá um jeitão:
recebi hoje um mail do António Capucho a comunicar-me que vai a consulta pública os termos de referência do PP; bem mas os termos de referência é só o enunciado escrito que já foi muito trabalhado e até aprovado em assembleia de moradores; não prevejo problemas nesta fase. Seja como for aviso-te.

Na 4ª feira vêm cá os técnicos da DGRF para dar parecer sobre a declaração de interesse público do pinhal e do caminho das oliveiras junto ao poço; ao ser declarado de interesse público não pode ser mexido a não ser com autorização da DGRF; essa esta ganha acho eu, ainda por cima já estava mais ou menos prevista no esboço de PP, excepto em um bloco que ainda vai à vida. Não faz mal ouvi dizer que o sr. não-sei-se-Pimenta-se-Rendeiro está apostado em mostrar que é generoso, depois da morte do filho. Puf!)

Publicado por: py às novembro 6, 2005 08:15 PM

corujinha?

Publicado por: py às novembro 6, 2005 08:18 PM

plim!

Publicado por: zippiz às novembro 6, 2005 08:36 PM

zippão

Publicado por: py às novembro 6, 2005 08:41 PM

py: é caso para dizer "tirei o pão da boca"...ao coruja!

Publicado por: zippiz às novembro 6, 2005 08:45 PM

ele é ave nocturna e já andei a ver tem aí umas sequências para papar,,, eu que sou mais género fotossintético.

Publicado por: pyrenaica às novembro 6, 2005 08:51 PM

Os primeiros milhos são dos pardais.

Publicado por: Coruja às novembro 6, 2005 10:54 PM

dos pardais ou das aves! queria dizer rio-ave!

Publicado por: zippiz às novembro 6, 2005 10:57 PM

Sempre que passo neste post sinto a aragem cálida e orgástica da maresia.

Publicado por: Coruja às novembro 6, 2005 10:59 PM

Antes de me deitar, passo por aqui a ler isto outravez.

Publicado por: Coruja às novembro 6, 2005 11:00 PM

O texto do post num cartaz turístico faria cair cá todo o turismo pé-descalço europeu.

Publicado por: Diana às novembro 6, 2005 11:11 PM

iuhhhuu corujex

Publicado por: py às novembro 6, 2005 11:15 PM

plim

Publicado por: Coruja às novembro 6, 2005 11:18 PM

plão

Publicado por: Coruja às novembro 6, 2005 11:19 PM

andava com saudades, assim já posso dormir descansado. Sabes quando andei no snowboard lá nos Pirinéus parti um ramo, não faz que tenho vários, mas tenho aqui uma gema axilar a preparar-se para a Primavera... e dá-me cedo para morfar.

Publicado por: py às novembro 6, 2005 11:38 PM

Isto de misturar o turismo com a especulação imobiliária não tem pés nem cabeça.

Há dois tipos de turismo: turismo interno (e.g. lisboetas que passam as férias na Costa da Caparica), e turismo externo. O turismo interno não tem nenhum interesse especial para o país como um todo: quando muito, redistribui a riqueza das cidades para outras regiões. O turismo externo é que tem verdadeiro interesse.

Ora, a imensa maioria da construção imobiliária que se faz em Portugal nada tem a ver com turismo externo. Muito imobiliário tem, certamente, a ver com turismo interno - casas de segunda habitação para portugueses. Mas isso nenhum interesse especial tem para o país como um todo.

Os turistas que interessam ao país alojam-se predominantemente em hoteis e em aldeamentos turísticos a eles especificamente destinados. Esses hoteis e aldeamentos NÃO SÃO especulação imobiliária. São empresas que vendem contiuamente um serviço a uma clientela.

Publicado por: Luís Lavoura às novembro 7, 2005 12:25 PM

Não faz sentido misturar, por exemplo no Algarve, aldeamentos turísticos em que apartamentos são arrendados a turistas estrangeiros, com empreendimentos imobiliários em que apartamentos são vendidos a lisboetas.

Os primeiros têm interesse para Portugal - atraem turistas estrangeiros que trazem dinheiro para o país.

Os segundos têm certamente interesse para os lisboetas e para a indústria da construção civil, mas nenhum interesse geral têm para Portugal como um todo. Limitam-se a cobrir o Algarve de apartamentos que permanecem desabitados e sem dar trabalho a ninguém durante a imensa maior parte do ano. Grande parte desses apartamentos têm, aliás, construção de tão má qualidade que são inabitáveis no Inverno.

Acho bm que se favoreça a construção de hoteis e de aldeamentos turísticos destinados ao arrendamento. A construção de segunda habitação destinada a portugueses, pelo contrário, nenhum interesse tem para o país como um todo.

Publicado por: Luís Lavoura às novembro 7, 2005 12:31 PM

Lá tenho que dizer aos meus pais para venderem a casa do Algarve

Publicado por: Coruja às novembro 7, 2005 02:33 PM

Estão a ir contra os interesses do país.

Publicado por: Coruja às novembro 7, 2005 02:33 PM

Ou então têm que mudae de nacionalidade

Publicado por: Coruja às novembro 7, 2005 02:34 PM

Se bem entendo, o que Sampaio pretende é encaminhar os turistas para a Brandoa.
Bem visto.

Publicado por: Senaquerib às novembro 7, 2005 04:03 PM

Joana

enviei-lhe um e-mail, necessito resposta urgente.

Publicado por: j. às novembro 8, 2005 10:13 AM


Publicado por: py às novembro 6, 2005 08:15 PM

Só agora vi o teu comentário. Ando a fazer a avaliação intercalar dos meus terroristas (os alunos, que ainda não se lembraram de pôr fogo no meu carro, vá lá...) e isto dá mais trabalho do que eu pensava.

A declaração de interesse público seria óptima. Até porque eu vi a erosão do vento a ir diminuindo aquele pinhal ao longo dos anos. Não permitiram a renovação natural e o vento foi derrubando os maiores ano após ano. Será que é possível implementar um tipo de plano de protecção bem pensado, após a declaração ? Ou fica só estilo: "não se toca até que caíam todos" ?

E continuo a achar estranha a benevolência do P&R ? Eu sei que a morte de primogénitos ajudou até Moisés, mas não há uma concessão zita noutra parte do concelho por parte da Câmara ? É que a atitude é completamente oposta à inicial...

Os post mais "vazios" da Joana dão jeito porque não são inundados de comentários... Será que ela tem direito a renda por usarmos este blog para troca de mensagens ? Em teoria, sim. É o que dá permitir comentários...


Publicado por: J P Castro às novembro 8, 2005 12:46 PM


Concessãozita, mesmo. Não era nenhuma ironia às concessões zitas do tempo do Judas... :)

Publicado por: J P Castro às novembro 8, 2005 12:48 PM

Olá, olha ainda bem que vim ver, era para rematar com uma capicua e pimba. Não faço idéia nem quero saber das eventuais concessões do Capucho ao P&R noutros lados do concelho. O único lugar de que respondo é Presidente da AMQC, que aliás já sobra.

A declaração de interesse público obriga a uma faixa de protecção de 50 m., até vem demarcado em Diário da República. Pelo que li das leis o proprietário tem que ser ouvido mas nem tem que anuir (trata-se de leis chamadas As Árvores Nacionais, que começou em 1914, regressa em 1928 ou poarecido e é recuperado em 2001.

Agora já existe abundante regeneração de pinhal manso porque eu tenho lá andado em cima.

Publicado por: py às novembro 8, 2005 02:11 PM

...eu tenho pago a renda à Joana e ela sabe disso: vai que não vai, ponho aí uma citação de alguém famoso e/ou pertinente, o que só enriquece o blog. Como eu sou muito honestinho nas minhas citações, no problem.

Publicado por: py às novembro 8, 2005 02:14 PM

py, só hoje voltei aqui. Acho piada a essas leis tão antigas que ninguém sabe bem se estão em vigor ou não.

A propósito disso, um vizinho do meu mato insistiu que me poderia forçar a limpar uma faixa de 3m de carrascos - deixo o latim da variante de quercus para ti... - junto ao terreno dele porque existiria tal lei. E que a única excepção seria o carrasco ser protegido, mas que não era...

Vai daí, consultei o meu advogado com perguntas difíceis sobre a protecção de tal espécie e a obrigação correspondente. O senhor perdeu-se nesses decretos antigos e, após um bocado de trabalho, disse-me que não encontrou nada no sentido que o meu vizinho falou e que também gostaria de saber de tais leis.

Conclusão: os carrascos estão lá à espera que o dono (eu) decida do destino deles.

Por enquanto, só vou fazer uma limpeza selectiva, eliminando os jovens mais inconvenientes e ajudando à progressão dos mais desenvolvidos.

Agora, com as novas leis relativas à limpeza dos matos por causa dos fogos, voltei a ficar sem saber em que pé estamos...

Escusado será dizer que a população local diz que o meu terreno está "sujo". Eu, na sujidade que eles vêem, só vejo zimbros, carrascos, carvalhos e até uns pinheiros. Em progressão sucessiva.

Visões...

Publicado por: J P Castro às novembro 10, 2005 10:33 PM

Os carrascos agora são as vítimas?

Publicado por: Coruja às novembro 11, 2005 01:32 AM

O mundo está do avesso

Publicado por: Coruja às novembro 11, 2005 01:33 AM

:)

Publicado por: J P Castro às novembro 11, 2005 01:39 AM

Ainda mais estranho é quando se gosta dos próprios carrascos, como é o caso...

Publicado por: J P Castro às novembro 11, 2005 01:53 AM

só agora vim aqui.

Se for carrasco mesmo, é Quercus coccifera, mas pode muito bem ser sobreiro ou azinheira que eles em pequeninos são parecidos. As folhas picam muito? Não sei como andam as leis de limpeza, só há pouco é que voltei às florestas... mas posso saber

O que tu chamas progressão sucessiva é o que se chama em Ecologia sucessão ecológica (secundária)

Publicado por: py às novembro 12, 2005 10:19 AM

O sobreiro e a azinheira em pequeninos são parecidos? Crescidos, não. A azinheira é uma árvore sem jeito nenhum.

Publicado por: Coruja às novembro 12, 2005 10:33 AM

Só os alentejanos poderiam ter inventado uma árvore tão sem "jêto".

Publicado por: Coruja às novembro 12, 2005 10:34 AM

corujinha não digas mal da azinheira que se me eriçaram os pelos! É da azinheira que se fez lenha para cozer o pão durante décadas (carvão de azinho) e da bolota faziam-se o toucinho, sem falar do oxigénio. Além disso uma azinheira não podada faz-se uma árvore magnífica.

E depois durante décadas provocou uma celeuma enorme entre os sistematas sobre se era ilex ou rotundifolia, nem sei como é que isso parou, acho que foi no rotundifolia.

Publicado por: py às novembro 12, 2005 10:55 AM

:)

Publicado por: py às novembro 12, 2005 10:57 AM

py, quem feio ama, bonito lhe parece.

Publicado por: Coruja às novembro 12, 2005 12:25 PM

py,

não é azinheira. Nesta zona não se dá. É carrasco mesmo: as folhas picam e impedem a fauna de se aproximar deles enquanto jovens. Além disso, secam as raízes das outras plantas debaixo da copa. É uma bela estratégia para ganhar território. Só os zimbros dão luta.

Eu, quando preciso de podar um para ganhar algum espaço debaixo da copa, utilizo uma motoserra podadora de altura por causa do braço longo. Com uma normal, um tipo sai de lá todo picado pela queda da copa. Isto se conseguir chegar ao ramo ou ao tronco secundário.

A alternativa é fazer a limpeza com bulldozer. Só que é demasiado destruidor e a própria movimentação da máquina exige mais espaço do que o necessário numa limpeza a árvores jovens. Com as já adultas, é diferente. A máquina passa por debaixo.

Infelizmente, um caseiro "assassino" (um exagero que tu compreendes...) eliminou quase todas as adultas centenárias há cerca de 20 anos, pelo que estou a lidar com um estágio ainda "juvenil" mas com origem nas raízes antigas, o que acelera o processo.

Publicado por: J P Castro às novembro 12, 2005 09:25 PM

Dá-me uma dica do nome do teu sítio para ver onde ele para no meio dos 20 mapas de SIG com que estou a diagnosticar o território. Mas agora vou tentar papar uma kapikua algures e depois vou para a cama ler com Ti Piedade, etc.

Publicado por: py às novembro 12, 2005 09:44 PM

É um ligeiro micro-clima. Vê Mós ou Murça no concelho que tu sabes (ou não sabes ?)

Publicado por: J P Castro às novembro 12, 2005 10:45 PM

vou procurar

Publicado por: py às novembro 13, 2005 08:57 AM

Santo Amaro? Terra quente...

Publicado por: py às novembro 13, 2005 04:45 PM


É logo a seguir. Santo Amaro até é friozito porque está cem metros mais elevado. O tal sítio é ao fundo, tem até um ribeiro sazonal pelo meio.

Publicado por: J P Castro às novembro 13, 2005 11:55 PM

Vá lá que não ardeu muito por aí, comparado com o Centro. Vou tentar visitar-te amas ainda não sei quando vamos hablando. Amanhã tenho tanta coisa para tratar da AMQC. Fica bem

Publicado por: py às novembro 14, 2005 12:04 AM

.

Publicado por: Coruja às novembro 14, 2005 12:25 AM

.

Publicado por: Coruja às novembro 14, 2005 12:26 AM

plim

Publicado por: Coruja às novembro 14, 2005 12:26 AM

o que ardeu foi precisamente uma faixa desde Murça a Santo Amaro, a sul destas, e passou a 30 metros do meu mato... Nada comparado com o centro, mas foi perto...

Publicado por: J P Castro às novembro 14, 2005 12:30 AM

Assim não vale, Coruja, eu estava de olho nessa e com texto. Vou desistir de capicuar. (mentira...)

Publicado por: J P Castro às novembro 14, 2005 12:32 AM

Leio este post e vejo-me nas Caraíbas, à noite, ...
Não digo mais ...

Publicado por: ermita às novembro 16, 2005 03:54 PM

Pois ... pois

Publicado por: Surama às novembro 16, 2005 09:51 PM

Surama?

Publicado por: ermita às novembro 16, 2005 10:28 PM

Quer-me parecer que o ermita ...

Publicado por: Coruja às novembro 17, 2005 12:31 AM

Quer-me parecer que a Surama ...

Publicado por: Coruja às novembro 17, 2005 12:31 AM

Quer-me parecer que o ermita e a Surama ...

Publicado por: Coruja às novembro 17, 2005 12:32 AM

nas Caraíbas ...

Publicado por: Coruja às novembro 17, 2005 12:32 AM

Ou mesmo em Carcavelos

Publicado por: Coruja às novembro 17, 2005 12:33 AM

ainda fazem uma capicua

Publicado por: Coruja às novembro 17, 2005 12:34 AM

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