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novembro 16, 2005

Desemprego no 3º Trimestre

Segundo o INE, a taxa de desemprego em Portugal voltou a subir no terceiro trimestre deste ano e atingiu os 7,7%, o valor mais alto dos últimos sete anos, um aumento de 0,5% relativamente ao trimestre passado. No mesmo período do ano passado a taxa de desemprego era de 6,8%. Em Agosto, quando o Governo estava eufórico pela descida da taxa de desemprego, escrevi aqui “Atrás da Cortina das Chamas” que: “O desemprego no 2º trimestre situou-se em 7,2% (6,3%, no período homólogo de 2004) recuando ligeiramente (era 7,5% no 1º trimestre de 2005), mas esse recuo é um fenómeno sazonal. No final do 3º trimestre atingirá, provavelmente, os 7,6% ou 7,7%”. Tiro e queda.

O Governo tinha o INE, os gabinetes de estudos dos ministérios, assessores, a Ana Sousa Dias (que avisou solenemente MRS que o desemprego estava a descer, quando ele ia balbuciar algo sobre o assunto), etc. Eu estava de férias, a 350 km do epicentro dos acontecimentos, possuindo apenas o disco rígido do meu PC e os meus neurónios. Tinha todavia uma vantagem decisiva: os meus neurónios não tinham os circuitos entupidos pelas teias partidárias, políticas e ideológicas. Limitei-me a olhar os números e pensar sem preconceitos.

Todavia este aumento esconde uma realidade pior. Haverá um diferencial, talvez 0,1% ou 0,2%, que corresponde a desempregados que ou não se registaram como tal, ou regressaram aos seus países de origem, o que é vulgar entre trabalhadores do Leste europeu. Quanto ao futuro, em face das novas previsões sobre o PIB para 2005, não custa a admitir que, no fim deste ano, haverá 8% a 8,1% de desempregados.

A CGTP imediatamente referiu que “É a demonstração das consequências desastrosas da política seguida. O país sem sector produtivo não tem futuro”. Estou inteiramente de acordo. Há todavia um pormenor importante: a política seguida tem sido um compromisso entre a vontade dos sucessivos governos e as pressões sindicais. E se os governos tivessem capitulado mais perante os sindicatos, o desastre ainda teria sido maior. Os sindicatos pressionam numa política que leva, indirectamente, à liquidação do sector produtivo. Aliás, a sua audiência no sector produtivo é actualmente quase nula. Os trabalhadores desse sector já se aperceberam do abismo para onde os dirigentes sindicais os queriam conduzir. Infelizmente para esses trabalhadores a acção sindical no sector público tem um efeito pernicioso na sustentação do sector privado, que está a ser lentamente estrangulado.

No OE 2006, o Governo havia estimado uma taxa média de desemprego para 2005 de 7,4%. Terá que a rever para 7,5% ou, mais provavelmente, para 7,6%. Se conseguir cumprir os objectivos que traçou no OE 2006 quanto às grandes variáveis macroeconómicas (PIB, exportações, etc.), o país chegará ao fim de 2006 com uma taxa de desemprego de 8,6% e uma taxa média anual de 8,1% ou 8,2%, contrariamente à que o OE 2006 prevê (7,7%).

Sócrates tinha prometido 150 mil empregos. No primeiro ano de governação, o desemprego crescerá em cerca de 50.000 unidades. Em 2006 aumentará, no mínimo, de 30.000 unidades, se as previsões optimistas do Governo se confirmarem. No final de 2006, Sócrates terá, no cenário mais optimista, um saldo negativo de 230.000 (150.000 + 50.000 + 30.000) empregos relativamente às suas promessas eleitorais.

Vai precisar de muito talento e esforço nos 2 últimos anos de legislatura.


Publicado por Joana às novembro 16, 2005 09:18 PM

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Comentários

A Joana está a ser muito rigorosa com o capital.
A culpa é toda dos sindicatos.
Tudo seria perfeito se os sindicatos não existissem.
O Semiramis deviar iniciar um movimento para se acabar com os sindicatos.

Publicado por: (M) às novembro 16, 2005 09:16 PM

Joana

Repare o que é capacidade de previsão: ainda você não tinha publicado o seu post (09:18) e já cá estava a minha resposta (09:16)...

Tiro e queda! Pum!

Publicado por: (M) às novembro 16, 2005 09:19 PM

Não preciso de iniciar qualquer movimento. Os sindicatos estão, eles próprios, a acabarem com o moviemnto sindical. Os metalúrgicos foram substituídos pelos funcionários judiciais e os têxteis pela administração pública.

Publicado por: Joana às novembro 16, 2005 09:26 PM

Adiantei o marcador horário em demasia porque julguei que levava mais tempo a escrever o post.

Publicado por: Joana às novembro 16, 2005 09:28 PM

Sócrates preocupado com o desemprego?! É para o lado que ele melhor dorme!

Publicado por: Senaquerib às novembro 16, 2005 09:39 PM

Ora vejamos:
há que reconhecer que a Joana falou antes do tempo, mas falou bem.

Publicado por: Vítor às novembro 16, 2005 09:44 PM

Publicado por: (M) às novembro 16, 2005 09:16 PM
:
Também participo nesse movimento !

(...)Os sindicatos estão, eles próprios, a acabarem com o moviemnto sindical.(...)
Joana, não lhe soa mal o verbo "acabarem" ?

Publicado por: zippiz às novembro 16, 2005 09:46 PM

Ainda hoje eu estava a pensar: mas de facto porque é que o Bagão Félix ou a Zézinha não se candidatam, para defender os valores tradicionais da família, da ordem e da autoridade, etc.? E o meta-discurso da hierarquia natural.

O cavaco centra o discurso na "coesão social" e na "inclusão", dois tópicos de centro-esquerda. Mas a comissão de honra mostra que a direita está lá, como aliás não podia deixar de ser, em algum lado há-de estar.

Parece é que a direita não tem t. para assumir um discurso próprio - fazem-na pela calada, como aliás é o seu género, tentam eleger um presidente numa toada de esquerda para depois fazer o que há fazer, que isto o que conta é o pragmatismo ou seja: chegar de novo ao governo, o mais cedo possível.

Publicado por: py às novembro 16, 2005 10:05 PM

isto acontece:

http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=10&id_news=201975

Publicado por: py às novembro 16, 2005 10:08 PM

O desemprego é muito útil aos que têm poder económico e político, porque mantém os trabalhadores quedos e mudos, sem fazer muitas ondas, com medo do desemprego.
E é muito útil às esquerdas de todos os matizes que assim têm base e motivo para fazer proselitismo com as suas utopias delirantes.
Por isso ninguém está seriamente preocupado a não ser as próprias vítimas.

Publicado por: Senaquerib às novembro 16, 2005 10:10 PM

Senaquerib às novembro 16, 2005 10:10 PM

Está muito bem visto!
Sabe-se desde o século III AC que o campo de recrutamento por excelência das «esquerdas de todos os matizes» são os desempregados.
Esses e o lumpen.
Devemos estar agradecidos à natureza por nos brindar com cabeças tão iluminadas.
Abro aqui um abaixo assinado a propô-lo para o Nobel da análise sócio-política

Publicado por: (M) às novembro 16, 2005 10:44 PM

py às novembro 16, 2005 10:08 PM

Pois acontece. Especialmente a quem se mete com os serviços secretos.
Como é que se chamava aquele especialista britânico que foi encontrado suicidado?...

Publicado por: (M) às novembro 16, 2005 10:50 PM

É um rematado disparate dizer que os sindicatos estão a acabar com o movimento sindical. Os sindicatos sabem que a globalização destruiu a sua capacidade para exercer pressão sobre o patronato, e ainda não acharam resposta a esse problema. O capital internacionalizou-se, o sindicalismo continua a funcionar numa base nacional. Uma greve mais irritante é resolvida com a deslocalização da empresa. Mas esta incapacidade sindical para fazer face ao capitalismo agora realmente internacionalizado pode levar os trabalhadores para uma via muito mais violenta. A ocupação de empresas pode vir a ser a táctica futura de um sindicalismo acossado. Numa primeira fase os trabalhadores poderão parecer derrotados e submissos. Numa segunda fase podem revoltar-se. Parece-me que o patronato ainda não avaliou bem as consequências da "vitória" do liberalismo...

Publicado por: Albatroz às novembro 16, 2005 10:59 PM

Se os sindicatos estão a agir na ignorância de uma estratégia adequada, obviamente estão a levar os trabalhadores para situações de impasse e a fragilizar o movimento sindical.
Reconhecer isto e extrair a conclusão contrária é que é um disparate.

Publicado por: Joana às novembro 16, 2005 11:05 PM

Você está a raciocinar em termos de uma realidade que não existe há mais de uma década.
Que fábricas pretende que os trabalhadores ocupem? As que têm equipamentos obsoletos e que vão ser deslocalizadas? Essas os patrões até as vendem por um preço simbólico.

Você faz alguma ideia da situação actual da indústria portuguesa?

Publicado por: Joana às novembro 16, 2005 11:09 PM

Eu, prognósticos só no fim do jogo.

Publicado por: Coruja às novembro 16, 2005 11:14 PM

Os sindicatos não se importam muito com o desemprego, excepto para o utilizar como arma de arremesso: afinal de contas os seus associados têm, na sua grande maioria, postos de trabalho assegurados e vitalícios na Administração Pública.

Publicado por: Pedro Oliveira às novembro 16, 2005 11:14 PM

Alto: alguém falou de Administração Pública?

Ah foi o Pedro Oliveira. Pffff...

Publicado por: Vítor às novembro 16, 2005 11:15 PM

Irra que mau agoiro. "Posto de trabalho vitalício"???
Eu gostava de reforma-me antes de morrer.
Depois posso já não ir a tempo...

Publicado por: Vítor às novembro 16, 2005 11:17 PM

(M) às novembro 16, 2005 10:50 PM

Alan Turing. Os computadores são máquinas de Turing... Até manhã

Publicado por: py às novembro 16, 2005 11:20 PM

"Você faz alguma ideia da situação actual da indústria portuguesa?"

Qualquer que ela seja, é a consequência do seu adorado liberalismo. Graças à globalização empresas estrangeiras puderam comprar empresas portuguesas que depois eram fechadas porque se não integravam nas políticas globais. Ou seja, essa aquisição destinava-se a eliminar concorrência. Grande sistema, esse neo-liberalismo... Merece que o apoiemos sem reservas...

Publicado por: Albatroz às novembro 16, 2005 11:25 PM

(M) às novembro 16, 2005 10:44 PM

Não percebeu, meu caro.
Não são (apenas) os desempregados em si, mas sim os trabalhadores com MEDO do desemprego.
É o MEDO, meu caro, o MEDO!

Publicado por: Senaquerib às novembro 16, 2005 11:27 PM

Joana às novembro 16, 2005 11:05 PM

Há um vício de forma no seu raciocínio.
Não existe uma dualidade Sindicatos > Trabalhadores.
Os sindicatos são os trabalhadores.
O problema essencial do movimento sindical resulta do controlo político partidário que se instalou na sequência da II Guerra Mundial e que se manteve durante décadas em resultado do mundo bipolar em que vivemos.
A Inglaterra foi uma excepção, onde as coisas se passaram ao contrário, com os sindicatos a controlarem o partido Trabalhista, até à década de 90, altura em que a direita do partido tomou as rédeas na mão e inverteu a situação. Mais do que qualquer Thatcher, foi isso que desarticulou o movimento sindical inglês.
Nas sociedades com fortes partidos comunistas e/ou socialistas/trabalhistas os sindicatos ainda continuam a sofrer os efeitos desse controlo.
A ruptura que Albatroz prevê é inevitável. Resta apenas saber como vai processar-se.
Na minha opinião, o movimento sindical acabará por recuperar a autonomia e ressurgirá com uma força aglutinadora que agora não pode ter.
Que fará com essa força?
Aí, presumo que o próprio movimento sindical responderá como o «embrião» de Arthur C. Clarke no final do «2001»:
– Ainda não sei bem.

Ninguém sabe, de facto. Mas estou convencido de que, seja o que for que aconteça, vai dar grandes dores de cabeça a algumas pessoas.

Publicado por: (M) às novembro 17, 2005 12:41 AM

Publicado por: Albatroz às novembro 16, 2005 10:59 PM

Sei de vários casos de pequenas empresas (60 a 80 trabalhadores) localizadas em pequenas cidades, onde toda a gente se conhece, que ainda não fecharam porque os donos têm vergonha de fechar a porta e reconhecer que essas empresas já não têm viabilidade... estão a meter capital pessoal.
De quem é a culpa? Também é desses gerentes, mas reconheço que agiram de boa fé, os seus conhecimentos, o seu ADN funcionou noutros tempos, já não funciona na realidade económica de hoje... o que fazer?
Já dizia Peter F. Drucker, o sucesso obtem-se quando se aproveitam oportunidades, não quando se resolvem os problemas.
É preciso que gente nova, com ADN novo, com conhecimentos e genica novos, empreenda! Mas só o farão se tiverem algo a ganhar... que isto de arriscar num negócio para depois perder tudo em impostos "num tá cum nada".

Publicado por: diogenes às novembro 17, 2005 07:45 AM

(M) às novembro 17, 2005 12:41 AM
Não há vício de forma no meu raciocínio. Existe uma dualidade Sindicatos > Trabalhadores.
Inicialmente os sindicatos eram os trabalhadores. Com o tempo tornaram-se uma estrutura autónoma, progressivamente auto-eleita, cada vez mais distante da realidade laboral.
Como, por exemplo, o Operário-salsicheiro do CC do PCP, que trabalhou entre os 17 e os 19 anos, passou a funcionário do partido e continuou sempre a ter no CV "Operário-salsicheiro".

Publicado por: Joana às novembro 17, 2005 09:13 AM

Há movimentos sindicais que se comportam de outra maneira, foram diabolizados, mas mantâm uma boa adesão, como os escandinavos, o alemão, etc.

Não estou contra o sindicalismo. Estou contra o comportamento dos sindicatos portugueses.

E por falar disso ... nova greve dos professores à sexta-feira. Esta "coincidência" de há longos anos só envergonha a classe.

Publicado por: Joana às novembro 17, 2005 09:17 AM

zippiz: quando teclo nos comentários (e não só) faço frequentes erros, quer de digitação, quer de concordância (concordar com a palavra mais próxima, em vez de concordar com a devida). São coisas que acontecem.

Publicado por: Joana às novembro 17, 2005 09:20 AM

De facto, há aqui pessoas que não sabem como funciona uma fábrica nos dias de hoje.
Ocupar uma fábrica?! E depois, o que fazem lá dentro? Só se for para jogar à sueca...
Onde é que vão buscar as matérias primas, os componentes, a tecnologia, o know-how, a organização, os clientes, etc, etc,?

Publicado por: Senaquerib às novembro 17, 2005 09:24 AM

Eu já não me lembro (não passo de uma eleitora vulgar), mas Sócrates disse que iria criar 150 mil empregos ou eliminar 150 mil empregos?

Publicado por: Diana às novembro 17, 2005 10:27 AM

Se foi a 2ª afirmação, está no timing certo: em dois anos mais de metade do número previsto.

Publicado por: Diana às novembro 17, 2005 10:28 AM

Pois é ... Sócrates é um mentiroso compulsivo

Publicado por: saavedra às novembro 17, 2005 10:59 AM

(M) às novembro 17, 2005 12:41 AM

"Os sindicatos são os trabalhadores."

(M) está claramente deslocado no espaço-tempo. Os sindicatos seriam, talvez, os trabalhadores no princípio do século. Sê-lo-ão, talvez, ainda, nalguns países nórdicos, como na Dinamarca por exemplo, em que a abundante maioria dos trabalhadores está sindicalizada. Cá em Portugal, hoje, os sindicatos não são os trabalhadores. A maioria dos trabalhadores não está sindicalizada ou, se o está, não participa nas decisões do sindicato. Os sindicatos vivem em grande parte à custa das ajudas que o Estado lhes dá. Nem sequer têm fundos com que apoiar trabalhadores em greve, como nos EUA, ou trabalhadores despedidos, como na Dinamarca. Em Portugal, hoje, os sindicatos, tal como muitas associações, vivem à custa de apoios do Estado, da importância que o Estado lhes dá, e completamente desligados da massa que supostamente representam.

A burocracia dos sindicatos estrangulou o movimento sindical, tal como a burocracia leninista estrangulou a revolução.

Esta é a triste realidade. E tomara eu que o não fosse.

Publicado por: Luís Lavoura às novembro 17, 2005 11:14 AM

"os meus neurónios não tinham os circuitos entupidos pelas teias partidárias, políticas e ideológicas"

Falta um bocado de modéstia à Joana.

Acredito que os neurónios da Joana não estejam (muito) entupidos por teias partidárias. Já por teias políticas e ideológicas, tem-nos tão entupidos como os meus.

E por teias de interesse próprio, nem se fala.

Publicado por: Luís Lavoura às novembro 17, 2005 11:43 AM

O Luis acabou de fazer um TAC ao crânio da Joana.

Publicado por: Coruja às novembro 17, 2005 12:03 PM

A globalização criou uma psicose da sobrevivência que acabou por transformar empresários vulgares em facínoras e malfeitores. A restauração da sanidade em economia só se conseguirá quando virarmos as costas a uma globalização apoiada nas diferenças de custos salariais. Liberalização entre países com nível semelhante de desenvolvimento e com custos semelhantes do factor trabalho, sim. Liberalização entre países com níveis muito diferentes de desenvolvimento e com custos do factor trabalho muito diferenciados, não.

Publicado por: Albatroz às novembro 17, 2005 03:51 PM

Não sei se será uma psicose da sobrevivência ou uma questão real de sobrevivência

Publicado por: David às novembro 17, 2005 04:13 PM

"transformar empresários vulgares em facínoras e malfeitores"
Em que é que se fundamenta esse ódio? Nem os mais radicais e fanáticos da extrema-esquerda dizem isso.

Publicado por: David às novembro 17, 2005 04:15 PM

Quando um empresário, apavorado perante a concorrência global, se propõe substituir a contratação colectiva pela contratação individual; se propõe impor uma relação de trabalho precário; se propõe aumentar o número de horas de trabalho sem aumentar a remuneração; está a regressar ao modelo económico do século XIX e a comportar-se como um malfeitor. Os trabalhadores não têm de aceitar a destruição de tudo pelo qual lutaram durante mais de cem anos, em nome de uma ideologia que só serve os detentores do capital. Mais tarde ou mais cedo vai ser necessário recorrer a formas mais duras de confrontação com aqueles que apenas querem sobreviver à custa da opressão dos que só têm o seu trabalho para subsistir. Não se esqueça que também os trabalhadores podem regressar a formas de luta do século XIX...

Publicado por: Albatroz às novembro 17, 2005 04:31 PM

1 - sentia-me melhor com um post por dia;

2 - a Joana, como sempre, no seu melhor

3 - a lógica de sindicato terá que mudar: outrora defenderam os direitos dos traabalhadores, um dia terão que defender a perda desses direitos?

4 - o sr. soares ficou com a pel da cobra agora quer que fiquemos com a banha. ele tem mesmo terrenos lá na OTA? comprou-os? herdou-os? é que se os comprou foi a única vez em que o homem mostrou uma verdadeira visão de futuro.

Publicado por: ruizocas às novembro 17, 2005 04:40 PM

Albatroz às novembro 17, 2005 04:31 PM:
Pois, mas esquece-se que as empresas agora não são as do século XIX. Essas formas de luta hoje não levariam a nada de bom para os trabalhadores, antes pelo contrário.

Publicado por: David às novembro 17, 2005 04:46 PM

"Essas formas de luta hoje não levariam a nada de bom para os trabalhadores, antes pelo contrário."

Não se espere razoabilidade da parte de quem vê a sua sobrevivência ameaçada pelas práticas neo-liberais. O que se passou em França, pela mão de imigrantes, pode tornar-se mais comum, pela mão de trabalhadores desesperados. O capitalismo, na sua ganância ilimitada, pode ser demasiado estúpido para perceber o que acontece quando se semeiam ventos. Mas depois vai ter de arcar com as consequências.

Publicado por: Albatroz às novembro 17, 2005 04:52 PM

Trabalhadores??? O que é isso?
Estão desctualizados.
Os trabalhadores acabaram.
Agora só existem colaboradores.

Publicado por: Vítor às novembro 17, 2005 04:54 PM

A solução para acabar com as lutas sindicais passa, também, por colocar a trabalhar uma empresa subcontratada por uma subcontratada por uma subcontratada da empresa que ganhou o concurso público. Depois é só esperar que caia uma ponte...

Publicado por: Vítor às novembro 17, 2005 04:56 PM

sim... sim... e os aviões da CIA andaram a fotografar isto... será que ficamos bem na foto?

Publicado por: ruizocas às novembro 17, 2005 05:33 PM

Ao que se chegou! O proletariado do século XIX substituído por adolescentes sem modo de vida, que se auto-excluiram do sistema de ensino, em quem os pais não têm mão, muitos deles servindo de correio da droga!
Reina uma grande confusão.

Publicado por: Joana às novembro 17, 2005 06:44 PM

Quem não tem cão (proletariado) caça com gato (escumalha)

Publicado por: soromenho às novembro 17, 2005 10:56 PM

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