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novembro 28, 2005

Borrasca à vista

Segundo parece, na reunião da próxima 5ª feira, o BCE deverá aumentar as taxas de juro para 2,25%, naquela que será a primeira subida dos últimos cinco anos. Actualmente essa taxa está em 2%, o nível mais baixo na Europa nos últimos 60 anos. O presidente do BCE fala em que haverá aumentos moderados, eventualmente progressivos. Todavia, consultores internacionais prevêem que as taxas de juro do Banco Central Europeu deverão atingir 3,5% no final de 2006. Se isso acontecer, poderá produzir-se uma situação muito difícil no nosso país: As prestações mensais relativas ao endividamento privado poderão subir cerca de 25%, o que pesará fortemente no orçamento doméstico já debilitado dos portugueses; as empresas que tenham um grande recurso a créditos de terceiros, terão mais dificuldades financeiras e algumas entrarão em falência; a Despesa Pública irá aumentar, devido ao aumento dos encargos com os juros da dívida pública. Tragédia suprema – com o vício que o Estado português tem em fazer pagar aos contribuintes as suas asneiras, seremos nós todos que nos quotizaremos, à força, para pagar o aumento da Despesa Pública.

Ou seja, seremos nós que pagaremos tudo, quer directamente, quer pela mediação do Estado, quer por mediação das empresas. A empresa é um elemento neutro – quem paga são as pessoas, primeiro os patrões, nos lucros e dividendos, depois os trabalhadores, nos salários (ou frequentemente o inverso).

A moeda única tem sido vantajosa para alguns países, principalmente os de economias mais débeis, como o nosso, mas revela-se de gestão difícil. Em rigor, a Eurolândia deveria ter uma política comum no que se refere à taxa de juro, à moeda e à política fiscal (ou de gestão do défice público), se quisesse influenciar o crescimento e o emprego. Ora o BCE só comanda a política relativa à taxa de juro. É certo que a procura de moeda depende da taxa de juro. Mas depende de outros factores que estão sob a alçada de cada Estado membro, como a expansão da dívida pública, que só parcialmente é controlada através do PEC semi-defunto, e as práticas de facilitação do crédito ao consumo (incluindo a habitação), que variam de país para país, e que geram, em ambos os casos, o aumento do stock de moeda na economia, provocando pressões inflacionistas.

Assim sendo, o BCE vê a sua acção reduzida ao controlo da inflação. As taxas de juro baixas dos últimos 5 anos não serviram para dinamizar a economia europeia globalmente, quer no produto, quer no emprego. Há alguns países, como a Irlanda, Espanha, Finlândia, etc., que têm tido bom um desempenho, mas as economias de maior dimensão estão praticamente estagnadas e Portugal está numa situação muito precária. Portanto o BCE resolveu, e do ponto de vista técnico terá toda a razão, usar a taxa de juro prioritariamente para controlar a inflação e a estabilidade dos preços dos bens e serviços, e deixar que cada Estado assuma os resultados das políticas desastradas que tem levado a cabo. E, neste aspecto, Portugal tem sido um péssimo exemplo, porque tem prosseguido, desde há uma década, uma política desastrosa, que não foi capaz de inverter em 2002 e de que não se vislumbra a possibilidade de a inverter agora, apesar das medidas mais incisivas, mas ainda muito insuficientes, tomadas ultimamente.

O parecer de alguns técnicos é que uma taxa entre 3% e 3,5% era a que asseguraria o carácter neutral da moeda. Abaixo desse nível deixa de haver um prémio pela renúncia à liquidez (actualmente a taxa de juro real é negativa) e podem ocorrer fenómenos perversos na economia, como a armadilha da liquidez, em que os agentes económicos preferem guardar os seus activos monetários, à espera de melhores oportunidades, e o dinheiro dirige-se preferencialmente para créditos ao consumo (e habitação) e não para o investimento produtivo. Ora a outorga de créditos é uma forma de aumentar o stock monetário numa economia, entrando-se num círculo vicioso, de onde só se sairá pela tomada de medidas drásticas.

Parece ser essa a via que o BCE irá tomar. Veremos o que o futuro nos reserva.


Adenda: Algures, por volta das 10 horas da manhã de 6ª feira passada, este blog recebeu a visita nº 500.000. É um número bonito. Isso não significa 500 mil visitantes, como um blog, entretanto desaparecido, apregoaria. Nos cerca de 800 dias que este blog tem, houve netívagos que o visitaram certamente mais de mil vezes, outros, umas boas centenas de vezes. Não é possível saber quantos visitantes diferentes este blog já teve, mas foram certamente alguns milhares. A todos queria endereçar os meus agradecimentos pelo interesse que têm tido em visitar-me, quer elogiando, quer reclamando, quer contrariando, quer apenas visitando, sem deixar qualquer comentário.

Na 6ª feira não referi esta efeméride porque estive fora.

Publicado por Joana às novembro 28, 2005 10:57 PM

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Comentários

No caso de Portugal, uma taxa de juro como a actual não tem precionado a inflação - com o desemprego a subir e sem aquecimento do lado do lado do consumo - como se prova pelos valores previstos para a inflação média do ano (2,3%).

O próprio equilibrio menos/inflação versus mais/desemprego, acaba por regular o acesso a crédito, tanto nos particulares como nas empresas. Portanto, uma subida da tx de juro em Portugal só pode pressionar as empresas que vivem de crédito bancário e os particulares que já estão muito endividadas.

Se o BCE, ao contrário da Reserva Federal americana, tivesse 25 economias +- homogéneas, a gestão da tx de juro apresentar-se-ia mais facilitada; o que verdadeiramente não é o caso da União Europeia.

Publicado por: zippiz às novembro 28, 2005 11:54 PM

"pressionado"

Publicado por: zippiz às novembro 29, 2005 12:14 AM

Na minha praceta aqui num subúrbio muito engraçado da Grande Lisboa, de um momento para o outro apareceram oito apartamentos para venda.
Será isto uma antevisão desta previsão?

Publicado por: Preocupado às novembro 29, 2005 12:44 AM

Se passar para 3,5% vai haver muita casa com escritos

Publicado por: VSousa às novembro 29, 2005 12:56 AM

Parabéns pelo meio milhão.

Publicado por: AJ Nunes às novembro 29, 2005 01:50 AM

Eu devo ter concorrido com algumas centenas. Mas não foi por favor, foi por gostar

Publicado por: AJ Nunes às novembro 29, 2005 01:52 AM

Devia haver um contador de capicuas

Publicado por: Coruja às novembro 29, 2005 01:52 AM

O py ganhava

Publicado por: Coruja às novembro 29, 2005 01:53 AM

não sei não corujex, quando se vai ver lá atrás foi uma corujinha que rematou quase tudo...

Nas kapikuas funciona a lógica do Dodo: tod@s ganharam e tod@s merecem prémios - embora este @ está aqui por razões anti-descriminatórias, já que me parece que só os machitos é que kurtem...

Publicado por: py às novembro 29, 2005 08:32 AM

hihi:

http://great-portuguese-disaster.blogspot.com/

Publicado por: py às novembro 29, 2005 08:36 AM

Preocupado às novembro 29, 2005 12:44 AM

Toda Lisboa está cheia de apartamentos à venda. Muitos permanecem à venda durante anos e anos, sem terem quem lhes pegue. Isto acontece tanto com apartamentos já usados como com novos. Perto de minha casa há dois prédios novinhos em folha que já estão à venda há uns 3 ou 4 anos, e ainda têm a maior parte dos apartamentos por vender.

Lisboa está claramente com um excesso de casas. Aliás, todo o país está com um excesso de infra-estruturas, que não tem capacidade para manter. Investiu-se demasiado em construção civil ao longo dos últimos anos, sem se olhar à debilidade da economia para, a prazo, manter em funcionamento e em boa condição tudo aquilo que foi construído (desde estradas até casas, passando por centros culturais).

Publicado por: Luís Lavoura às novembro 29, 2005 09:36 AM

A economia internacional (sobre)vive hoje em dia largamente à custa do crédito. Isto é, não se consome dinheiro que se tem, mas dinheiro que se pede emprestado. O crédito, que em tempos idos servia principalmente para apoiar o investimento, hoje em dia sustenta também largamente o consumo.

Isto acontece antes do mais com a economia dos EUA, a qual, com a sua enorme procura, sustenta boa parte do resto da economia do planeta. Mas essa procura é em boa parte sustentada pelo crédito. Os americanos não consomem aquilo que ganham, mas sim aquilo que pedem emprestado.

Pode-se esperar que a situação desabe dentro de 1 ou 2 ou 3 anos. Algum dia os credores vão perceber que estão a emprestar dinheiro a quem já há muito está insolvente. E vão-se retrair. As taxas de juro nos EUA terão que subir substancialmente para que esse país possa continuar a atrair o crédito de que necessita. Por arratsmento, as taxas de juro europeias também terão que subir, embora menos.

Provavelmente irão muito além dos 3,5%.

Porque a economia internacional não pode viver eternamente à custa de uma espiral de crédito ao consumo.

Publicado por: Luís Lavoura às novembro 29, 2005 09:45 AM

Luís Lavoura em novembro 29, 2005 09:45 AM:
A taxa de juro do Fed já está em 4% há algum tempo.

Publicado por: Rui Sá às novembro 29, 2005 10:51 AM

Pode escolher

Alegadas agressões Leonor Cipriano reconhece agentes "Diário de Notícias"

Leonor Cipriano não reconheceu alegados agressores "Público"

Publicado por: Alta Comixão Para Chumbar Jornalistas às novembro 29, 2005 11:16 AM

Não se preocupem. Há solução para tudo. Os credores podem sempre instituir o "Mês do calote", ou até o "Ano do calote".
Unam-se os consumidores europeus. Não paguem. Estejam 3 meses sem pagar e veremos quem cede primeiro: se os consumidores se o BCE.

Agora a sério: o tratamento pode ser doloroso mas não pode ser letal. Se for letal para os credores, as instituições de crédito irão também pelo cano.

Publicado por: Vítor às novembro 29, 2005 11:26 AM

"(...) podem ocorrer fenómenos perversos na economia, como a armadilha da liquidez, em que os agentes económicos preferem guardar os seus activos monetários, à espera de melhores oportunidades, e o dinheiro dirige-se preferencialmente para créditos ao consumo (e habitação) e não para o investimento produtivo."

A perversidade de não aumentar o investimento produtivo não resulta das taxas de juro serem excessivamente baixas; resulta das perspectivas económicas serem depressivas.

Na armadilha da liquidez keynesiana as autoridades monetárias têm as mãos atadas: não conseguem fazer baixar as taxas de juro e influenciar postitivamente a actividade económica porque toda a moeda injectada na economia por via de operações de mercado livre de compra de títulos é bem-vinda, por os agentes quererem deter essa moeda adicional, para fugir a futuras perdas de capital em títulos de rendimento fixo.

Mas o BCE preocupa-se sobretudo com a estabilidade dos preços (2% de inflação) e não tanto com a actividade económica...

Publicado por: António às novembro 29, 2005 12:37 PM

Publicado por: Vítor às novembro 29, 2005 11:26 AM
"Agora a sério: o tratamento pode ser doloroso mas não pode ser letal. Se for letal para os credores, as instituições de crédito irão também pelo cano."

Há tempos li uma entrevista de Silva Lopes em que o Presidente do Montepio Geral revelava que o banco ia fazer um empréstimo externo de 100 milhões de euros (salvo o erro!) para poder satisfazer a procura de crédito para compra de habitação. Dizia qualquer coisa como, "isto não está certo, mas todos os bancos nacionais o fazem e nós temos de ir atrás".

O governo, a banca e os construtores fizeram um conluio silencioso contra os compradores. O governo de Durão Barroso, permitiu o aumento da vida dos empréstimos, o que foi um absurdo completo, porque as taxas de juro estão a um nível histórico baixíssimo e, só por isso, os créditos bancários são inflacionados. Ora poder pagar o crédito durante mais tempo ainda aumenta mais a possibilidade de endividamento das famílias. Por outro lado os empréstimos baseiam-se em taxa variável, revista muito periodicamente, ao contrário dos outros países. Ora se a taxa fosse fixa durante 4 anos, já os contratos envolveriam menos dívida.

Publicado por: António às novembro 29, 2005 12:50 PM

Parabens pelos 500.000.
É a prova do sucesso do seu contributo para eliminar a iliteracia económica e política que nos envolve, como se fosse uma doença insidiosa que nos persegue e diminui o nosso sentido crítico.

Quanto à borrasca à vista (taxa de juro central) é claro que ela vem aí, mas não creio que vá rebentar a nossa pequena 'bolha' da habitação; muito mais problemas com isso terá a Espanha, a Irlanda e a própria Inglaterra; talvez até só a Alemanha fique de fora.

Vai afectar isso sim as empresas, QUE SÃO A ÚNICA FONTE DE CRIAÇÃO DE RIQUEZA que temos. O resto são tretas para embalar os votos.

Publicado por: Joao P às novembro 29, 2005 12:55 PM

Vítor às novembro 29, 2005 11:26 AM:
Eu referi-me, especificamente, às consequências para Portugal, onde as famílias estão muito endividadas (117% ou 118% do Rendimento Disponível), para além da dívida pública e das empresas. Se houver um aumento substancial nas taxas de juro, haverá muita gente que não poderá a pagar as dívidas (como a casa, por exemplo) e essa insolvabilidade irá induzir outros efeitos negativos na nossa economia.

Publicado por: Joana às novembro 29, 2005 01:26 PM

Eu, no meu post, fiz uma análise "técnica" da situação. Haverá análises "políticas" que agirão no sentido contrário. Há pressões para o BCE não mexer nas taxas ou, se mexer, suba o mínimo possível.
A minha opinião é que tal não é sustentável a prazo, pelas razões que expus no post.

Publicado por: Joana às novembro 29, 2005 01:29 PM

Joana,
Parabéns pelos 500.000! É a vitória do pensamento liberal.

Publicado por: Fábio às novembro 29, 2005 01:33 PM

Joana às novembro 29, 2005 01:26 PM

Pode a Joana explicar-me como é que se calcula a taxa de endividamento de uma família? O que é que quer exatamente dizer que uma família tem um endividamento de 117% do rendimento disponível?

Suponhamos uma família que aufere 500 contos por mês (ou seja, 7.000 contos por ano) e que tem uma dívida bancária de 21.000 contos, por uma casa que comprou. Suponhamos que paga de juros 1.000 contos por ano. Qual é a taxa de endividamento dessa família?

Publicado por: Luís Lavoura às novembro 29, 2005 02:26 PM

António às novembro 29, 2005 12:50 PM

Silva Lopes é um indivíduo que, indubitavelmente, se distingue pela honestidade e transparência. Essa de dizer que o banco que dirige vai fazer uma coisa que não deveria fazer, é exemplar. Tomara que houvesse neste país muitas pessoas assim.

Publicado por: Luís Lavoura às novembro 29, 2005 02:29 PM

Joana às novembro 29, 2005 01:26 PM

Não discordo da sua análise.
Concordo até, pasme-se, com o facto de sermos nós, os portugueses, a ter que pagar o aumento da dívida pública. Nem de outra forma poderia ser - ainda não arranjámos outro pato (que não nós) que pague as dívidas do Estado.

Pretendi apenas lembrar que o "tratamento" não pode ser muito forte, sob pena de o doente morrer da cura.

Ainda assim, gostava de perceber a origem dos valores referidos para o endividamento das famílias (115%).

Publicado por: Vítor às novembro 29, 2005 02:40 PM

Luís Lavoura em novembro 29, 2005 02:26 PM: O Rendimento disponível é uma grandeza que vem nas contas nacionais e grosso modo é tudo o que as pessoas ganham (ordenados, rendas, lucros, honorários, etc.) menos os impostos que pagam (directos) e mais as transferências sociais (subsídios, abonos, pensões).
O volume de endividamento é dado pelas estatísticas do Banco de Portugal.
Dividindo um pelo outro, tem-se o endividamento médio em % do RD.
É médio, porque há famílias que têm dinheiro nos bancos (depósitos, títulos, etc.) e outras que devem aos bancos.

Publicado por: Vasco Forte às novembro 29, 2005 03:35 PM

Vasco Forte às novembro 29, 2005 03:35 PM

Obrigado pela explicação. Dessa explicação deduzo que a taxa de endividamento (que a Joana referiu ser de 117%) é uma grandeza média, calculada a partir de estatísticas macroeconómicas. Não é então líquido que essa grandeza média tenha muito significado, dado que ela não nos diz quantos casos extremos, de famílias em risco de insolvência, há. Haverá famílias cuja taxa de endividamento é zero, outras cuja taxa de endividamento será de 500%. O que interessa é saber quantas famílias é que têm uma taxa de endividamento muito elevada.

Uma taxa de endividamento de 117% não é muito elevada. Se eu dever ao banco 117% do meu rendimento, então pagarei de juros anualmente uns 5% do meu rendimento, o que não é demasiado.

O que interessa, pois, é saber quantas famílias é que têm uma taxa de endividamento superior a, digamos, 400%.

Ou estarei eu a ver mal as coisas?

Publicado por: Luís Lavoura às novembro 29, 2005 04:02 PM

Luís Lavoura às novembro 29, 2005 04:02 PM: Claro que não. Por isso é que há famílias que compram casas a pronto, outras que pedem empréstimos, tendo activos móveis superiores ao empréstimo que pediram, outras que têm rendimentos que permitem pagar folgadamente e outras que estão à beira da insolvência.

Agora saber o que quer saber (quantas famílias é que têm uma taxa de endividamento superior a 400%) é que é impossível.
A menos que seja por amostragem, estilo sondagem

Publicado por: Vasco Forte às novembro 29, 2005 04:22 PM

"...Uma taxa de endividamento de 117% não é muito elevada. Se eu dever ao banco 117% do meu rendimento, então pagarei de juros anualmente uns 5% do meu rendimento, o que não é demasiado..."

Os 5% serão só os juros, creio. Então e a amortização não conta no dispêndio anual?

Publicado por: JMTeles da Silva às novembro 29, 2005 04:24 PM

Publicado por: Luís Lavoura às novembro 29, 2005 04:02 PM

A dívida das famílias andava pelos 40% do rendimento disponível há uns 10 anos. O crescimento desse rácio de 40% para 118% significa que na última década uma boa parte do desafogo do consumo das famílias se deveu a endividamento e não a rendimento corrente. E claro que esta dinâmica não é sustentável.

O valor médio de 118% deve representar muitos casos de dívidas familiares elevadas, porque há muitas famílias que não acedem ao crédito. Portanto um valor alto médio encobre, suponho, muitos casos de sobreendividamento e portanto muita fragilidade a aumentos da taxa de juro. E provavelmente estes casos de dívidas elevadas deve tocar sobretudo a população jovem, que adquiriu recentemente casas dispendiosas, inflacionadas pelo crédito fácil.

Ainda por cima os aumentos próximos das taxas de juro vão ocorrer com a taxa de inflação lusa baixa. Portanto serão aumentos da taxa de juro real.

Publicado por: António às novembro 29, 2005 04:52 PM

Obrigado pelo blog, Joana.

Publicado por: Mário às novembro 29, 2005 05:51 PM

A OCDE aconselha o BCE a não aumentar a taxa. Julgo que no caso português, um aumento de taxas vai ser uma tragédia para muitas famílias.

Publicado por: lopes às novembro 29, 2005 07:16 PM

Veremos, enquanto o aumento for para 2,25%, a coisa não vai má

Publicado por: hanibal às novembro 30, 2005 12:55 AM

Pois, pois ... mas também se falou, ainda antes deste post, da possibilidade da subida em série

Publicado por: Adalberto às novembro 30, 2005 01:13 AM

Lá aconteceu. Dizem que não vai ser em série, mas eu tenho mais confiança nas previsões da Joana que das conversas do BCE. Daqui a um ano veremos.

Publicado por: AJ Nunes às dezembro 3, 2005 12:37 AM

Esperemos que as previsões da Joana falhem

Publicado por: lopes às dezembro 9, 2005 01:10 PM

Pois

Publicado por: Coruja às dezembro 10, 2005 10:36 AM

Pois

Publicado por: Coruja às dezembro 10, 2005 10:36 AM

Pois

Publicado por: Coruja às dezembro 10, 2005 10:36 AM

Pois

Publicado por: Coruja às dezembro 10, 2005 10:37 AM

Pois

Publicado por: Coruja às dezembro 10, 2005 10:37 AM

Pois

Publicado por: Coruja às dezembro 10, 2005 10:37 AM

Pois

Publicado por: Coruja às dezembro 10, 2005 10:37 AM

Pois

Publicado por: Coruja às dezembro 10, 2005 10:37 AM

Esta é boa

Publicado por: Coruja às dezembro 10, 2005 07:22 PM

Esta é boa

Publicado por: Coruja às dezembro 10, 2005 07:22 PM

Esta é boa

Publicado por: Coruja às dezembro 10, 2005 07:22 PM

Esta é boa

Publicado por: Coruja às dezembro 10, 2005 07:22 PM

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