« E as consequências? | Entrada | Back to the Future »

novembro 14, 2005

A Inviabilidade Excelente

João Cravinho declarou no parlamento que: «As SCUT dão lucro ao Orçamento. Se o Ministério das Finanças fosse também um Banco de Investimento faria um excelente negócio no balanço das suas despesas e receitas» e concluiu que os efeitos sobre o PIB são mais de 6 vezes superiores aos encargos financeiros do Estado. É com pena que assisto ao ocaso de um político que, para defender o indefensável, diz os maiores dislates, sem qualquer sentido do ridículo.

Cravinho está a confundir uma avaliação financeira com uma análise na óptica custo-benefício (admitindo que esta análise tenha sido feita e conduzido aos resultados que apregoa). Todavia o que está em jogo actualmente é a solvabilidade financeira do Estado.

Imaginemos que Cravinho era membro de um agregado familiar, de 5 pessoas, onde ele e a esposa ganhavam 20 mil euros por ano. Imaginemos que Cravinho pretendia comprar um carro. Estimou em 4 milhões de euros o valor da vida de cada membro do seu agregado familiar. Consultou tabelas de risco e verificou que se comprasse um jipe, que custava 65 mil euros, reduzia o risco de morte por acidente durante os 5 anos de vida útil do veículo em 1%. Suponhamos que esta taxa simulava todos os custos atribuíveis a morte, invalidez, tratamentos, prejuízos morais decorrentes dos prejuízos físicos, etc. Ou seja, se comprasse o jipe, tinha um benefício de 200 mil euros (5 x 4.000.000 x 1%). Isto excluindo outros benefícios ligados ao conforto, tempo poupado nas viagens, etc..

O custo total do jipe, pago durante 5 anos, orçaria por cerca de 75 mil euros (15.000€/ano). Durante esses 5 anos, as receitas financeiras brutas do agregado familiar de Cravinho seriam 100 mil euros. Todavia o benefício total retirado daquela aquisição (ou investimento), somado às receitas brutas do agregado Cravinho, seria de 300 mil euros. Quatro vezes o valor do jipe!

Quando Cravinho dissesse em casa que tinha tomado a decisão de comprar um jipe, baseado naquele estudo, alguém do seu agregado familiar telefonaria imediatamente para um psiquiatra para lhe marcar uma consulta com carácter de urgência. E todavia o estudo estava certo: o benefício para a família obtido pela compra do jipe era muito superior ao custo de aquisição. Havia apenas um pequeno problema ... não tinham dinheiro para o comprar!

O problema das SCUTs é esse. Do ponto de vista de benefícios sociais para a colectividade (menor número de acidentes, menos despesas de saúde, menos mortes, maior rapidez de tráfego, etc., etc. e a contabilização da estimativa destes benefícios em termos de efeito no PIB), as SCUTs são, provavelmente, viáveis. O problema é que, financeiramente, o Estado não tinha dinheiro para as pagar. E isto é uma questão que Cravinho continua a não perceber.

A avaliação que entre em conta com os benefícios sociais líquidos de um dado investimento só faz sentido se houver dinheiro disponível para o pagar. Senão ele só é exequível se for viável num óptica financeira, isto é, se houver retorno suficiente para cobrir o investimento inicial.

Publicado por Joana às novembro 14, 2005 06:34 PM

Trackback pings

TrackBack URL para esta entrada:
http://semiramis.weblog.com.pt/privado/trac.cgi/111860

Comentários

Vai chegar aos 150, que aliás é a velocidade média que se usa nas SCUT's.
Como não percebo nada de economia apenas garanto que nos próximos dez anos não haverá governo nenhum que tenha a ousadia de colocar portagens.
Porquê?

Porque quem lá está quer continuar e quem está de fora quer entrar, e não entrará prometendo "isso".

That's all folks

Publicado por: Pé na tábua e fé em Deus às novembro 14, 2005 07:26 PM

Cravinho é o último defensor das SCUT's. até o próprio governo está com vontade de acabar com algumas das existentes.

Publicado por: saavedra às novembro 14, 2005 07:54 PM

Não fiquei convencido com o sketch de Cravinho nem com a historieta sobre economia doméstica da Joana.
Que se lixe: podemos falir mas pelo menos não temos que abrandar.

Publicado por: Vítor às novembro 14, 2005 08:05 PM

Eu só não percebo por que é que se crucifica dia sim dia não o responsável pelas SCUTS e ninguém sente necessidade de proceder da mesma maneira em relação aos responsáveis pelos dez estádios de futebol...

Publicado por: (M) às novembro 14, 2005 08:21 PM

Joana
Você poderá ter razão quanto às SCUTS, mas com o exemplo do jipe não vai a lado nenhum.

Publicado por: (M) às novembro 14, 2005 08:24 PM

Boa noite. Joana já estive a pensar, eu não li o livro, não faço idéia do contexto, mas "intermitências da morte" faz sentido corrente em português, quer como aqueles altos e baixos de quem tem um processo sucessivo de avc's, houve quem le chamasse Valsa Lenta, creio, (o J. Cardoso Pires, mas também não li, resolvi só enfrentar essa coisa daqui a uns anitos). Um outro sentido é quando nos morre alguém querido (e portanto próximo)em somos tocados não só pelo vazio como pela sombra da foice. Pelos vistos ainda há a interpretação que o xatoo referiu.

Penso que provavelmente temos em Portugal uma cultura poética a que a lusofonia dá som, que nos permite ir para além do racionalismo estrito de outras linguagens. Deixo esta hipótese à sua consideração.

Por exemplo quando dizemos "eu não quero nada", pelo efeito da dupla negação estamos logicamente a dizer o contrário: "quero alguma coisa". No entanto não é assim e interpreta-se o "eu não quero nada", como sendo "eu quero nada", impregnado de uma redundância, o "não", que só está lá para um efeito poético da linguagem.

Publicado por: py às novembro 14, 2005 08:30 PM

O Cardoso Pires é "essa coisa"?

Publicado por: Coruja às novembro 14, 2005 08:35 PM

Agora antes de por o Dia D no lixo, guardei de propósito para vos transcrever isto:

pag. 7
Rico trabalho

"Portugal tem os custos laborais com menor peso na economia nacional entre os nove países analisados pela consultora Tracy&Proudfoot... Portugal regista também os custos médios por hora de trabalho na indústria transformadora mais baixos: 5,17 euros. Um valor abaixo da Hungria (5,80), Espanha (12,96), Austrália (17,40) ou Reino Unido (17,58). No topo da lista está a Alemanha com 25,44 euros. O custo unitário do trabalho em Portugal é assim cerca de 5 vezes inferior ao da Alemanha e três vezes ao de França".

1. Então danadinhos de liberais como é? Parece que quem tinha razão desde há muito era o PCP e afins...

2. também me lembrei de outra coisa entretanto: vocês são tramados para deitar abaixo o funcionalismo público, diabolizar é a palavra, e por outro, quando é para o Estado cortar subsídios de desemprego em rescisões amigáveis (o que faz todo o sentido) já amuam.

(PS por favor não venham com coisa de socialismo de Estado porque eu não defendo isso, defendo um socialismo liberal que incorpora a dimensão do indivíduo e do mercado, eticamente regulado)

Publicado por: pyrenaica às novembro 14, 2005 08:45 PM

"essa coisa" é a queda no poço da Morte, corujinha. Já treinei um bocado, mas depois achei que talvez fosse melhor ser apanhado desprevenido...

Publicado por: py às novembro 14, 2005 08:48 PM

Bom mas não quero deixar ninguém amargurado. Em relação à morte de entes queridos queria dizer-vos que já passei por isso em várias variantes e após o luto (não há que fugir ao luto, só atraso o processo) é perfeitamente possível superar isso e ficar ainda melhor, eles continuam a viver connosco dentro da nossa cabeça (alma?) e a proteger-nos e acompanhar-nos, ou pelo menos é a sensação que dá, com a grande vantagem que já não chateiam.

Publicado por: py às novembro 14, 2005 08:54 PM

olha

Publicado por: py às novembro 14, 2005 09:13 PM

pyrenaica às novembro 14, 2005 08:45 PM: O facto de Portugal ter custos laborais baixos não significa competitividade. Significa baixa qualificação. A nossa indústria é de baixo valor acrescentado (com poucas excepções, como a AutoEuropa, os moldes e pouco mais) e concorre na "II Liga". Nós não temos indústrias de elevada tecnologia, como a Europa mais desenvolvida tem.

Não percebo a sua admiração. Ainda não tinha reparado que os salários em Portugal eram inferiores à média europeia?

Publicado por: Joana às novembro 14, 2005 09:54 PM

pyrenaica às novembro 14, 2005 08:45 PM:
Você devia ler outravez o que eu escrevi sobre "cortar subsídios de desemprego em rescisões amigáveis" em "Estado (A)Social e Iliberal" (http://semiramis.weblog.com.pt/arquivo/2005/10/estado_asocial_1.html)

Eu escrevi: «Em teoria é justificável a medida de acabar com subsídios de desemprego quando houver uma rescisão amigável. Todavia, face ao nosso Código Laboral, uma rescisão amigável é, na quase totalidade dos casos, a forma que a empresa tem de reduzir os seus efectivos ou livrar-se de monos. Na verdade não é propriamente uma rescisão amigável – é o despedimento possível»

e
«Com a actual legislação laboral, a única possibilidade de uma empresa redimensionar os seus efectivos era através da rescisão amigável.»

Publicado por: Joana às novembro 14, 2005 09:58 PM

então acrescento do mesmo artigo: "Alemanha e Austrália são, em contraste, os dois países onde a baixa produtividade tem um maior peso no PIB."

Em contraste com Portugal.

Publicado por: py às novembro 14, 2005 09:59 PM

pois Joana quando é o Estado a ajudar as empresas está bem, não é?

Publicado por: py às novembro 14, 2005 10:01 PM

Essa frase não faz sentido. Isso deve ter sido um erro da estagiária que fez o resumo do estudo em 1 parágrafo

Publicado por: Joana às novembro 14, 2005 10:08 PM

O Estado ajudava as empresas liberalizando o mercado de trabalho.
Ajudava as empresas, a economia em geral, o nível de emprego e os jovens no desemprego

Publicado por: Joana às novembro 14, 2005 10:10 PM

Joana já me obrigou a ir buscar aquilo ao lixo! Faz sentido sim: "De acordo com o estudo Proudfoot de Produtividade 2005, os custos globais de 8,14 mil milhões de euros,representam 5,8 por cento do PIB português. Alemanha e Austrália são, em contraste, os dois países onde a baixa produtividade tem um maior peso no PIB."

Publicado por: py às novembro 14, 2005 10:13 PM

É isso que eu lhe estou a dizer. A estagiária que fez o resumo do estudo nesse parágrafo que está no Dia D, deve estar no começo da carreira.
Eu não disse que era você que se tinha enganado.

Publicado por: Joana às novembro 14, 2005 10:16 PM

Óh Joana: esse tal de Cravinho não faz parte da "tralha guterrista"?

Publicado por: Saloio às novembro 14, 2005 10:19 PM

Bom Joana eu aqui sou estudante e pergunto à prof. Como eu percebo é assim: os custos unitários do trabalho em Portugal são muito mais baixos do que na Alem. e na Aust. e portanto a multiplicar pelo número total de trabalhadores tem o peso do factor trabalho no PIB. Esse peso em Portugal é de 5,8% e na Alem. e na Aust. é muito maior.

Ora tudo o que não é trabalho no PIB em Portugal vale portanto 94,2%; o quociente 94,2/5,8 (perto de 16) mede a produtividade do trabalho em Portugal, e é maior que o quociente nesses outros países.

Onde é que estou enganado?

Publicado por: py às novembro 14, 2005 10:26 PM

A "tralha guterrista" tem a virtude de ter mantido alguns membros da formação original. De quando em vez lá se juntam para uns concertos íntimos para saudosistas.
Já a "charanga cavaquista" está completamente escaqueirada. Aquilo acabou mal.
O seu vocalista ensaia, agora, uma carreira a solo no cinema mudo...

Publicado por: Vítor às novembro 14, 2005 10:28 PM

Publicado por: py às novembro 14, 2005 10:26 PM

Existem dois problemas em Portugal: a produtividade do trabalho é miserável, e a do capital (excluindo a economia subterrânea) também. Diria, no entanto que estes indicadores miseráveis se devem, antes de mais nada, aos baixos salários, do lado do trabalho (fraca motivação, desíquilibrios regionais e por aí fora), e ao absurdo da fiscalidade - quem é que quer um sócio que 'come' quase metade dos lucros (~40%), e que não ajuda em nada, antes pelo contrário. Um 'sócio' assim só pode estar a pedir para ser aldrabado, e à grande.

Publicado por: Pedro Oliveira às novembro 14, 2005 10:44 PM

Eu só não percebo por que é que se crucifica dia sim dia não o responsável pelas SCUTS e ninguém sente necessidade de proceder da mesma maneira em relação aos responsáveis pelos dez estádios de futebol...

Mas não são os mesmos?

Publicado por: Pedro Oliveira às novembro 14, 2005 10:45 PM

Pedro Oliveira às novembro 14, 2005 10:44 PM

Pois é. Agora começo a perceber a razão pela qual cerca de metade das empresas anda há anos a dar prejuízo.
Só precisamos mesmo do estímulo da baixa de IRC para transformar aldrabões em gente séria.

Publicado por: Vítor às novembro 14, 2005 10:50 PM

Pedro Oliveira às novembro 14, 2005 10:44 PM

Bom mas a conta que eu fiz acima mostra que a produtividade do factor trabalho em Portugal em termos de generatividade do PIB é grande(PIB=16*trabalho).

Contesta a conta.

Noutros tempos chamava-se a isso apropriação de mais-valia.

Publicado por: py às novembro 14, 2005 10:51 PM

óh Vítor: lá no komité central mandaram-no avançar, não foi?

Publicado por: Saloio às novembro 14, 2005 10:55 PM

Publicado por: Vítor às novembro 14, 2005 10:50 PM

Só agora? És um pouco lento...

Fora de brincadeira: não é a esquerda que defende que as leis injustas não devem ser obedecidas? Outros, mais pragmáticos, em vez de se manifestarem tomam as suas medidas. Seria de esperar outra coisa?

Publicado por: Pedro Oliveira às novembro 14, 2005 10:59 PM

py às novembro 14, 2005 10:26 PM:
Já lhe expliquei que isso está tudo engatado. Os rendimentos do trabalho devem representar cerca de 55% do PIB.

Publicado por: Joana às novembro 14, 2005 10:59 PM

Dirija-se ao Público e peça a devolução do que pagou pelo jornal.

Publicado por: Joana às novembro 14, 2005 11:00 PM

Pedro Oliveira às novembro 14, 2005 10:59 PM

Pedro: a lentidão tem qualquer coisa de tântrico.

Fora de brincadeira: que tenho eu que ver com a esquerda? Isso não chega a ser argumento.

Publicado por: Vítor às novembro 14, 2005 11:04 PM

Sr. Saloio:
Porque sou um tipo educado, envio-lhe os meus melhores cumprimentos.

Publicado por: Vítor às novembro 14, 2005 11:06 PM

bom fico à espera que outros economistas concorram. Mas já estou a chegar à conclusão que com vocês não se consegue chegar a consensos sobre números.

(Joana se eu fosse reclamar o meu dinheiro pelo jornal gastaria muito mais dinheiro do que ele custou, chatices e tempo, além de que não desisto assim da coerência primária dos números)

Publicado por: py às novembro 14, 2005 11:08 PM

Vítor: agradeço os cumprimentos...e perdoe-me se o ofendi. Foi sem querer. Só queria brincar. Desculpe-me.

Publicado por: Saloio às novembro 14, 2005 11:28 PM

Publicado por: Vítor às novembro 14, 2005 11:04 PM

Não é argumento. O que é que fazias a um sócio que só te complicava a vida e em troca disso te levava 40% dos lucros? Além, pelo que me lembro, não são metade das empresas, são 90%.

Publicado por: Pedro Oliveira às novembro 14, 2005 11:34 PM

Pedro Oliveira às novembro 14, 2005 11:34 PM

Cada um de nós olha para a realidade do ângulo mais consentâneo com as suas convicções. Talvez eu também faça isso.
Mas, recorrendo a uma ginástica(zita) admito que a taxa de IRC (infelizmente, entre outros factores) retira competitividade ao sector empresarial português, em particular ao que está vocacionado para a exportação.
Mas é minha convicção que isso não serve de desculpa para a fuga generalizada ao fisco.
Assim não vamos lá.

Publicado por: Vítor às novembro 14, 2005 11:53 PM

Saloio às novembro 14, 2005 11:28 PM

OK. No problem :)

Publicado por: Vítor às novembro 14, 2005 11:57 PM

Publicado por: Vítor às novembro 14, 2005 11:53 PM

Então como é que vamos? Trabalhando (eheheh) todos para o estado? Já experimentaram isso, e só funciona com doses substanciais de terror...

Publicado por: Pedro Oliveira às novembro 14, 2005 11:58 PM

Pedro Oliveira às novembro 14, 2005 11:58 PM

Vou repetir: mas é minha convicção que isso não serve de desculpa para a fuga generalizada ao fisco.
Foi o que escrevi. Nem mais nem menos.

Essa de trabalharmos todos para o Estado é da tua lavra.

"doses substanciais de terror..." só pode ser piada.

"Trabalhando (eheheh)" é piada batida.

Em suma: o que eu disse (ou quis dizer) é que, desejavelmente, devemos combater a fuga ao fisco e baixar o nível de fiscalidade sobre as empresas (e, acrescento, sobre os particulares).

Mas, os teus comentários denotam que não estás de acordo.

Publicado por: Vítor às novembro 15, 2005 12:16 AM

Estou a ouvir as notícias e dizem:

- a pílula do dia seguinte vai ser distribuída gratuitamente ...

Senhores economistas, como é que uma coisa é gratuita?
Será mais ou menos como as SCUTS ou só deviam pagar os "utilizadores"?

Publicado por: ignorante às novembro 15, 2005 12:19 AM

Nem tanto ao mar nem tanto à terra...

Se o IRC é de 40% é porque há muita gente que não paga o mínimo que devia pagar, vai tudo para a frota de carros, etc., e depois quer os serviços sociais gratuitos. É muito frequente no mundo de construtores civis e empreiteiros, etc.

E portanto sobram as Brisas, etc., etc, e as outras.

O IRS com os advogados era uma vergonha.

Publicado por: py às novembro 15, 2005 12:20 AM

Em suma: o que eu disse (ou quis dizer) é que, desejavelmente, devemos combater a fuga ao fisco e baixar o nível de fiscalidade sobre as empresas (e, acrescento, sobre os particulares).

Experimenta ao contrário. Baixa o nível de fiscalidade primeiro. Mas só depois de o Pai Natal vir à cidade...

O IRS com os advogados era uma vergonha.

O dos professores universitários não?... Toda a gente quer serviços sociais gratuítos. Nisso os ricos, classe média e pobres estão todos de acordo.

Publicado por: Pedro Oliveira às novembro 15, 2005 12:25 AM

As remunerações do trabalho por conta de outrem (incluindo as quotizações sociais) representavam, em 2003, 58,6% do PIB. O resto eram lucros, rendimentos de capital (juros de depósitos, p.ex.) e também rendimentos de trabalhadores independentes.

Publicado por: Novais de Paula às novembro 15, 2005 12:34 AM

Como escreveu a Joana essa notícia deve ter sido um resumo sem nexo feito por um estagiário de um estudo de um consultor.

Consultar as contas nacionais do INE.

Publicado por: Novais de Paula às novembro 15, 2005 12:36 AM

"O dos professores universitários não?... "

O dos outros não sei. Os meus foram sempre limpos. Aliás os trabalhadores por conta de outrém são sempre controláveis a montante e a jusante e por isso são os únicos, ou quase, que pagam os impostos devidos.

Publicado por: py às novembro 15, 2005 12:56 AM

Novais de Paula às novembro 15, 2005 12:34 AM

Bom, se ela (?) escreveu 5,8% e é 58% já não digo nada. Mas insisto que anda aqui uma baralhada nos vossos números de economia que ainda hei-de deslindar.

Publicado por: py às novembro 15, 2005 12:59 AM

De qualquer maneira não sabia que a relação entre o valor do trabalho de um português para um francês era de um terço, e para um alemão de um quinto, e que estávamos abaixo até da Hungria. Sim porque estes números ela (?) foi concerteza buscar ao tal relatório, não?

Publicado por: py às novembro 15, 2005 01:03 AM

Pedro Oliveira às novembro 14, 2005 10:45 PM

Acha que sim?

Publicado por: (M) às novembro 15, 2005 01:06 AM

py, "a relação entre o valor do trabalho de um português para um francês era de um terço, e para um alemão de um quinto, e que estávamos abaixo até da Hungria" significa que a nossa produtividade média é menor. Você nunca leu aqui posts referindo que nós temos um problema de baixa produtividade?
Se temos baixa produtividade, como é que queria que tivessemos salários iguais aos da Europa desenvolvida?

Publicado por: Joana às novembro 15, 2005 09:31 AM

Estou como o Vítor: não acredito no estudo do Cravinho, mas também não acredito na comparação que a Joana faz.

O ponto é que os benefícios (pelo menos alguns) das SCUTs resultam num encaixe fnanceiro para o Estado simultâneo com o pagamento dessas SCUTs. Se, por exemplo, as SCUTs diminuem a sinistralidade, então decorre que, agora, neste preciso momento, o Estado deverá estar a ter que pagar menos despesas de saúde devidas a desastres rodoviários nesses trajetos. Se, por exemplo, as SCUTs beneficiam a criação de empresas, então neste momento o Estado deverá estar a ganhar mais IRC devido a empresas que estão a ser criadas nessas zonas.

Ou seja, o Estado estará a ter um encaixe financeiro devido às SCUTs, ao mesmo tempo que as está a pagar.

A comparação da Joana é muito má. Primeiro, porque o valor da vida de um membro do agregado familiar é intangível; não se trata de dinheiro vivo, utilizável, mas sim de uma perda emocional. Segundo, porque a compra de um jipe não evita desastres rodoviários; apenas pode minorar as suas consequências em relação à compra de um carro. Ou seja, o que interessa não é o custo total do jipe, mas sim o custo extra do jipe em relação ao custo de um carro normal.

Nota: não é para mim líquido que um jipe minore os efeitos de desastres rodoviários. Um jipe tem um risco de capotamento muito superior. Uma conhecida minha morreu por afogamento quando o jipe em que seguia capotou caindo à ria de Aveiro. Um jipe tem também um poder de aceleração menor, o que dificulta ultrapassagens e pode torná-las fatais.

Publicado por: Luís Lavoura às novembro 15, 2005 10:06 AM

py, a percentagem dos rendimentos de trabalho no PIB variaram, entre 1998 e 2003, da seguinte forma:
55,0% 55,6% 57,1% 57,3% 57,8% 58,6%

Nota: entre os rendimentos do Capital esqueci-me de mencionar as rendas de casa.

Publicado por: Novais de Paula às novembro 15, 2005 10:13 AM

Pelo que me apercebi, a Joana quis apenas dar um exemplo como o facto de um bem poder ter um benefício social (ou familiar) elevado, não significa que possa ser adquirido.

Quanto à "morte", está escrito no post que "Suponhamos que esta taxa [1%] simulava todos os custos atribuíveis a morte, invalidez, tratamentos, prejuízos morais decorrentes dos prejuízos físicos, etc". Portanto, não seria apenas a morte.

O "valor da vida de um membro do agregado familiar é intangível; não se trata de dinheiro vivo, utilizável, mas sim de uma perda emocional", mas também é valorizado. Há muitas sentenças em tribunal sobre isso e nos estudos ambientais há várias metodologias para atribuir valor ou valores à vida humana. Aliás no post não fala em evitar mas que "reduzia o risco de morte".

Publicado por: Novais de Paula às novembro 15, 2005 10:22 AM

Quanto aos benefícios sociais das SCUTs, a maior parte deles fica no bolso dos privados. Mesmo os que ficam nos "bolsos" do Estado não são visíveis num OE.

Publicado por: Novais de Paula às novembro 15, 2005 10:26 AM

Novais de Paula às novembro 15, 2005 10:13 AM

obrigado pelos números, lamento ter induzido uma discussão sem sentido, pelos vistos.

Publicado por: py às novembro 15, 2005 10:28 AM

Os estudos das análises custo-benefício normalmente são muito discutíveis porque os valores a atribuir aos benefícios sociais são estimativas baseadas em diversas metodologias, muitas delas discutíveis.
As candidaturas dos projectos aos fundos comunitários têm obrigatoriamente estudos destes, a maior partes das vezes com números em que a imaginação suplanta a realidade.

Publicado por: Novais de Paula às novembro 15, 2005 10:31 AM

Novais de Paula às novembro 15, 2005 10:22 AM

Como eu disse, não acredito no estudo do Cravinho. Não acredito que as SCUTs tenham benefícios financeiros substanciais para o Estado. Mas aqui não me compete criticar o estudo do João, compete-me criticar o post da Joana. A comparação que a Joana faz, com a compra de um jipe, parece-me inadequada e improcedente.

Publicado por: Luís Lavoura às novembro 15, 2005 10:34 AM

py às novembro 15, 2005 10:28 AM:
Eu li o parágrafo do DiaD e aquilo deve ter sido o qu a Joana sugeriu. Algum novato fez um resumo "às 3 pancadas" de um estudo de um consultor.

Publicado por: Novais de Paula às novembro 15, 2005 10:34 AM

Para Luís Lavoura, sobre jeeps e sinistralidade: não tenha dúvidas que um jeep é muito mais seguro do que uma viatura normal em caso de sinistralidade rodoviária normal. Quer as suas maiores dimensões, peso e rigidez de estrutura, implicam necessáriamente um outro porte que, nos casos de embate, são mais defensivos para os ocupantes.

Em termos de comparação, imagine um acidente entre um Fiat 600 e um Volvo S 80.

É, contudo, verdade o que diz no tocante à altura dos jeeps, pois devido ao seu centro de gravidade ser muito alto, viram com mais facilidade do que uma viatura normal, e fico muito admirado quando passam por mim a mais de 180 km/h.

Geralmente fujo deles, mas pela primeira razão: tenho medo de levar com dois mil e tal quilos em cima. Independentemente de considerações mais profundas, na América, o número de jeeps vendidos tem crescido nos últimos 5 anos, e até marcas mais sóbrias, estão a construir "todo-o-terreno", como a Lexus, a Porsche, a Volvo, etc.

Eu, cá para mim, queria um Hummer...

Publicado por: Saloio às novembro 15, 2005 11:26 AM

A segurança (?) dos jipes motiva-me a colocar a seguinte questão aos liberais.

Segundo o liberalismo, cada um deve poder fazer aquilo que entender, desde que não prejudique os outros. Cada um sabe aquilo que é melhor para si.

Ora bem, se um jipe é mais seguro para os seus ocupantes, ele é, em compensação, mais perigoso para todos os restantes utentes da estrada. A segurança acrescida de um jipe é obtida à custa de um perigo acrescido para as viaturas normais, e para os peões (devido à maior altura do jipe, um atropelamento por jipe é quase sempre fatal).

Pergunto então, deveriam os jipes ser proibidos? Pois que, se é claro que uma pessoa ao comprar um jipe está a fazer aquilo que considera ser melhor para si, por outro lado também se pode dizer que está a fazê-lo numa perspetiva de transferir o mal para os outros. A pessoa que compra um jipe pensa assim: se eu tiver um desastre, quem se lixa é o outro. Até me posso arriscar mais a ter um desastre, poque sei que os outros têm medo de mim, sei que quem se lixa serão sempre eles.

A Comissão Europeia tem tentado, debalde, impôr normas sobre a altura dos pára-choques das viaturas. É evidente que seria melhor, em termos de segurança geral dos cidadãos, se todas as viaturas tivessem pára-choques à mesma altura, e se essa altura fosse relativamente baixa. Os fabricantes têm-se recusado terminantemente a obedecer à Comissão, com o argumento de que muitos clientes gostam de viaturas - em particular, os jipes - com pára-choques mais altos do que o comum. Quem tem razão? Os clientes dos jipes, que querem ter pára-choques altos, ou a Comissão Europeia, que quer que todos os veículos tenham pára-choques a uma altura standardizada e baixa?

Publicado por: Luís Lavoura às novembro 15, 2005 12:04 PM

Saloio às novembro 15, 2005 11:26 AM: Os jeeps não foram concebidos para andarem a 180 km/h. A essa velocidade, o barulho do motor ouvido dentro da viatura deve ser um inferno

Publicado por: fbmatos às novembro 15, 2005 12:06 PM

Luís Lavoura às novembro 15, 2005 12:04 PM:
Todavia essa questão não se põe porque você já afirmou que não é verdade que o jeep seja mais seguro

Publicado por: fbmatos às novembro 15, 2005 12:10 PM

Os veículos têm pára-choques?! Nunca vi!
Só se forem os outros objectos contra os quais eles embatem...

Publicado por: Senaquerib às novembro 15, 2005 01:45 PM

To buy or not to buy (the jeep). That is the question.

Publicado por: Vítor às novembro 15, 2005 01:47 PM

Temos 1 jipe e um outro carro. Só tivemos um acidente com o jipe: um carro enfeixou-se na traseira do jipe. Ficou desfeito. Embora o condutor não tivesse sofrido danos graves, o carro deve ter ido para a sucata. A barra de aço do para-choques traseiro do jipe ficou com um desvio de 4 ou 5 mm. À primeira vista era imperceptível.

Publicado por: Joana às novembro 15, 2005 02:19 PM

fbmatos às novembro 15, 2005 12:10 PM

Não afirmei nada. Apenas disse que não é para mim líquido (= óbvio) que um jipe seja mais seguro.

É mais seguro num choque frontal. Mas não necessariamente noutros tipos de desastre.

Publicado por: Luís Lavoura às novembro 15, 2005 02:27 PM

Ora aí está: se os veículos tivessem pára-choques não haveria choques.

Publicado por: Senaquerib às novembro 15, 2005 02:30 PM

Joana às novembro 15, 2005 02:19 PM

Bestial!

Agora suponha que quem se tinha enfaixado contra o seu jipe era um outro jipe. Ambos munidos de barras de aço, o seu na traseira, o outro na dianteira. O que teria acontecido?

Publicado por: Luís Lavoura às novembro 15, 2005 02:30 PM

Joana às novembro 15, 2005 02:19 PM

Essas barras de aço nos jipes são uma coisa ótima. Mas saiba que uma criança atropelada por um jipe com barras de aço, mesmo a velocidade reduzida (40 ou 50 km/h), não tem hipóteses: morte certa. E mesmo um adulto, tem muito poucas hipóteses de escapar. As barras de aço derrubam o peão, e o jipe passa-lhe por cima. É morte em 95 a 100% dos casos.

Publicado por: Luís Lavoura às novembro 15, 2005 02:33 PM

E um camião TIR?

Publicado por: Coruja às novembro 15, 2005 02:34 PM

E um Airbus A340 em voo rasante na 2ª Circular?

Publicado por: Coruja às novembro 15, 2005 02:36 PM

Entretanto, verifico que nenhum liberal respondeu à minha questão. Suponhamos que todo o acréscimo de segurança para os ocupantes de um jipe se efetua em detrimento da segurança dos ocupantes de outras viaturas; e tenhamos em conta que os jipes (e todos os veículos altos em geral) são muito mais perigosos para os peões do que as restantes viaturas. É então legítimo proibir ou restringir a utilização de jipes (mesmo que isso seja politicamente muito difícil)?

Publicado por: Luís Lavoura às novembro 15, 2005 02:38 PM

Mesmo um Smart, a velocidade reduzida (40 ou 50 km/h), se apanhar uma criança, mata-a

Publicado por: Diana às novembro 15, 2005 02:38 PM

Os limites de 30km/h e de 50km/h são para os condutores terem tempo de travar os carros se aparecer um peão. Não é uma autorização para os atropelarem àquela velocidade.

Publicado por: Diana às novembro 15, 2005 02:40 PM

Prontos, Luis Lavoura, vou fazer uma lei proibindo a circulação de quaisquer veículos com um porte superior ao Honda Jazz.
Vão ser criados postos de transfega nas fronteiras entre os TIR e Smarts adaptados a mercadorias.

Publicado por: Sócrates às novembro 15, 2005 02:44 PM

Da próxima vez que fôr à minha aldeia, compro uma Zündapp. Depois já poderei discutir com propriedade estas questões do liberalismo...

Publicado por: Vítor às novembro 15, 2005 02:44 PM

então o meu é o contrário do jipe, acho que não vira com 99% de confiança

Publicado por: py às novembro 15, 2005 03:18 PM

Dá-me ideia que se está a discutir o supérfluo e a passar ao lado do essencial. A tese do post é que os benefícios sociais podem existir, serem elevados, mas não poderem ser tidos em conta pela falta de recursos financeiros.

Publicado por: Gpinto às novembro 15, 2005 03:19 PM

Desde quando supérfluo não é essencial?

Publicado por: Coruja às novembro 15, 2005 03:23 PM

Não têm a experiência de debates televisivos?

Publicado por: Coruja às novembro 15, 2005 03:25 PM

Gpinto às novembro 15, 2005 03:19 PM

"A tese do post é que os benefícios sociais podem existir, serem elevados, mas não poderem ser tidos em conta pela falta de recursos financeiros."

É uma tese deveras trivial.

Ontem de manhã estava um frio de rachar. Entrei no Hospital Dona Estefânia, a temperatura era agradável: os aquecedores debitavam calor. No entanto, algumas janelas do hospital estavam abertas, e algumas entradas, desprovidas de porta, deixavam entrar o ar frio do exterior. As janelas, mesmo as que estavam fechadas, eram de vidro simples e com uma caixilharia em madeira, muito antiga.

Teria um benefício social enorme, e pouparia imenso dinheiro em combustível ao Estado, se fossem instaladas portas de abertura e fecho automático em todas as entradas do hospital, e se todas as janelas fossem substituídas por modernas janelas de vidro duplo e caixilharia isolante.

Mas esse benefício é inalcançável porque o Estado não tem dinheiro para fazer esse investimento.

Investimento que, no entanto, facilmente seria recuperável em 2 ou 3 anos, através do combustível que se pouparia no aquecimento do hospital.

Publicado por: Luís Lavoura às novembro 15, 2005 04:09 PM

Sr. Luís Lavoura: a questão que está a levantar de que a segurança de um jeep implica necessáriamente a insegurança de outro veículo mais pequeno, não pode proceder por absurdo (sem ofensa, e filosoficamente falando). Se esse princípio funcionasse, andaríamos todos de bicicleta, pois até a Zundapp do Sr. Vítor era proíbida por ser perigosa para o velocípede a pedais.

Isto para não falármos das camionetas, tires e outros mosntros que rodam pelas estradas.

Aplicando a Sua teoria, tínhamos todos de andar de Chaimite. E não haveriam Fiat 600.

Voltando à realidade que nos cerca: todos nós, indivudualmente, queremos a segurança dos nossos e, ao optar por um jeep, muitos optam por esse maior grau de segurança que um utilitário não pode (ainda) oferecer.

Será que o Luís, podendo usar/dispor de um jeep não o utilizaria, invocando para justificar tal recusa, o perigo dos outros?

Publicado por: Saloio às novembro 15, 2005 05:51 PM

E já pensaram no número de mortos que, obrigatóriamente, desceria, se todos andassem de jeep? E a diminuição de despesa no OGE?

Eu, pessoalmente, não gosto de jeeps por serem caros,inconfortáveis, gastarem muito, serem pouco práticos na cidade, e um pouco lentos...mas, num futuro muito próximo, apenas restará o defeito "caro", pois os outros aspectos negativos serão ultrapassados (olhem os Porsche e o Tuareg).

Sem querer fazer futurologia, os jeeps são uma moda para ficar, e daqui a poucos anos, serão um padrão de mobilidade terrestre.

Publicado por: Saloio às novembro 15, 2005 05:59 PM

Os jipes "gastarem muito, serem pouco práticos na cidade"? Nem pensem nisso. A diferença de consumo entre a cidade e a estrada é pequena. E quanto à condução na cidade é óptima. Em qualquer cruzamento (desde que a nossa falta de prioridade não seja escandalosa), mudança de faixa, etc., temos sempre prioridade.

Publicado por: Joana às novembro 15, 2005 08:04 PM

exactamente Joana, no meu ex-departamento quem tinha jipes eram as mulheres. Quando eu perguntei a uma há una anos porque é que ela tinha jipe, ela respondeu-me que dava muito jeito para estacionar em cima do passeio, além daquilo que vc referiu.

Publicado por: py às novembro 15, 2005 08:41 PM

A prioridade aos mais fortes!

Publicado por: Sa Chico às novembro 15, 2005 11:23 PM

Lethal Weapon!

Publicado por: Coruja às novembro 15, 2005 11:24 PM

Lethal Weapon!

Publicado por: Coruja às novembro 15, 2005 11:24 PM

Lethal Weapon II, III e IV

Publicado por: Coruja às novembro 15, 2005 11:25 PM

Sa Chico às novembro 15, 2005 11:23 PM

Também acho!
Com barriga também serve?
Ou "mais fortes" não é eufemismo?

Publicado por: Vítor às novembro 15, 2005 11:58 PM

Joana às novembro 15, 2005 08:04 PM

Você desceu muitos pontos na minha consideração com esse comentário.

Publicado por: Luís Lavoura às novembro 16, 2005 09:23 AM

Esqueci-me de dizer que é óptimo para subir passeios, mesmo os mais altos, estacionar naqueles taludes com elevados declives, etc.. Só vantagens

Publicado por: Joana às novembro 16, 2005 09:35 AM

É interessante como em Portugal preferimos debruçarmo-nos sobre o supérfluo e passar ao lado do essencial

Publicado por: hanibal às novembro 16, 2005 10:42 AM

hanibal: Mas é isso que nos torna simpáticos

Publicado por: Jarod às novembro 16, 2005 03:33 PM

simpáticos e fúteis

Publicado por: Jarod às novembro 16, 2005 03:35 PM

Mais uma razão para o Luís Lavoura furar os pneus dos jipes.

Publicado por: Sa Chico às novembro 16, 2005 05:44 PM

Uma razão não, várias!

Publicado por: Sa Chico às novembro 16, 2005 05:45 PM

Às vezes apetece-me andar em Lisboa de camião TIR (mas sem os atrelados).

Publicado por: c seixas às novembro 16, 2005 05:57 PM

O py?

Publicado por: Coruja às novembro 16, 2005 06:58 PM

Se ele não aparece...

Publicado por: Coruja às novembro 16, 2005 06:59 PM

Terei que fazer...

Publicado por: Coruja às novembro 16, 2005 07:00 PM

... as despesas da casa

Publicado por: Coruja às novembro 16, 2005 07:00 PM

Comente




Recordar-me?

(pode usar HTML tags)