« Excessos de Pituitária | Entrada | A Tranquilidade de Não ter Blog »

outubro 24, 2005

Consenso Orçamental

Elogia-se o consenso alargado que se estabeleceu perante o OE 2006. Comentaristas e fazedores de opinião confluem na ideia que a necessidade de uma ruptura drástica com políticas passadas se instalou nas elites políticas, na Comunicação Social e no país. Apenas os sindicatos da função pública e, timidamente, os autarcas protestam contra o OE 2006, mas estão isolados. Quem os ler, concluirá que a classe política e o país, exceptuando algumas margens mais radicais, compreenderam finalmente a necessidade de uma cura de emagrecimento. Será assim?

A minha resposta é não. O que sucede é que o PS está confrontado com uma crise financeira profunda e com as metas impostas por Bruxelas. O PS não tem por onde recuar. Ele é Governo. Ele é o responsável, pelo país, perante Bruxelas. Não se sabe se o Governo está a fazer aquilo que gostaria de fazer. Sabe-se seguramente que está a tentar aplicar as prescrições de Bruxelas, porque não lhe resta outra alternativa.

E o consenso que se instalou resulta do facto do PS ser obrigado a defender um documento que consubstancia os “serviços mínimos” a que está obrigado perante Bruxelas, e do PSD e CDS/PP o defenderem, apesar das insuficiências, por convicção política.

Se o PS, em vez de estar no Governo, estivesse na oposição; se não coubesse ao PS fazer respeitar os compromissos internacionais; se o PS pudesse dar largas, sem restrições, ao que tem inscrito no seu código genético, será que teríamos qualquer consenso? Não teríamos o PS a fazer coro com as facções políticas marginais que se opõem agora ao OE 2006? Não assistiríamos às acções dos sindicatos da função pública e dos autarcas potenciadas pelo apoio do PS? A Comunicação Social não estaria a agitar o país e a pô-lo em estado de sítio? Não se instalaria a divisão e a cizânia entre as elites políticas?

Portugal está numa situação económica e financeira em que são necessárias reformas dramáticas, que irão bulir com muitos interesses particulares e que são incompreensíveis para a visão estatizante e igualitarista que se instalou entre nós. É necessário conter a Despesa Pública e aliviar o ónus que pesa sobre o sector privado – empresas e trabalhadores – de forma a torná-lo mais competitivo. Não é a política de ir buscar dinheiro onde ele existe, pois essa é uma política sem futuro, que conduz ao esgotamento da fonte. É a política de eliminar os gastos improdutivos. É a política de dinamização de criação de riqueza.

O que se está a constatar é que só um Governo PS, a contra gosto e encostado à parede pelo diktat de Bruxelas, pode realizar essa política, mesmo com insuficiências. O PS na oposição poderia ser um terrível obstáculo à política que está agora a implementar. Já o foi durante 3 anos. Porque não pensar que o seria em quaisquer circunstâncias, desde que na oposição?

Por isso há este consenso alargado. Por isso as elites políticas e a Comunicação Social estão de acordo. E volto a questionar: este consenso seria possível com o PS na oposição?

Publicado por Joana às outubro 24, 2005 07:45 PM

Trackback pings

TrackBack URL para esta entrada:
http://semiramis.weblog.com.pt/privado/trac.cgi/109848

Comentários

Também me parece que se não fossem as exigências de Bruxelas, a política do PS não seria esta. Basta ver o que andou a fzer nos tempos do Guterres

Publicado por: soromenho às outubro 24, 2005 08:47 PM

então Joana, ao fim de 1 hora ainda ninguém do PS se indignou com o seu post?
nem do PSD vem um obrigado pela ajuda ?
uns e outros só querem salvar o país, não é !?

Publicado por: zippiz às outubro 24, 2005 08:48 PM

querem é salvar o cu . já perceberam que isto esta por um fio ....

Publicado por: jojo às outubro 24, 2005 08:56 PM


Em relação à sua pergunta final, Joana, e numa palavra:

não.

Publicado por: J P Castro às outubro 24, 2005 09:04 PM

Os srs banqueiros, na sic notícias:
muito preocupados com as formalidades da investigação e com o segredo de justiça!

Publicado por: zippiz às outubro 24, 2005 09:22 PM

«A redução do peso da despesa total no produto, que contribui para uma redução de 0,4 pontos percentuais no défice orçamental seria em circunstâncias normais positiva, só que os valores da despesa total foram empolados no orçamento rectificativo de 2005 o que dificulta a interpretação do grau de esforço de contenção que o Governo irá tentar fazer em 2006. No essencial, o peso da despesa total no Produto Interno Bruto em 2006 regressa ao nível de 2004.» Opinião de João Borges de Assunção no Jornal de Negócios

Mais um... cadê o seu??

Publicado por: incredulo às outubro 24, 2005 09:25 PM

"Não se sabe se o Governo está a fazer aquilo que gostaria de fazer. Sabe-se seguramente que está a tentar aplicar as prescrições de Bruxelas, porque não lhe resta outra alternativa."

Diga-se o que se disser, este Orçamento é mérito do Governo PS e vem desfazer algumas dúvidas surgidas com a substituição do Ministro das Finanças.

O PS na oposição dificultaria o consenso? Talvez a Joana tenha razão. O facto é que os Governos que antecederam este não foram capazes de apresentar um Orçamento que permitisse testar esta hipótese...


Por último, não nos podemos esquecer que o consenso não é assim tão : o CDS-PP; o BE e o PCP,tal como os já referidos Sindicatos, não estão de acordo com este Orçamento.

Publicado por: Vítor às outubro 24, 2005 09:27 PM

Parece haver consenso entre a generalidade dos políticos europeus (actuais), e particularmente cá na terrinha, de que as medidas restritivas são sempre impostas pelos malandros insensíveis que estão a ganhar milhões em Bruxelas, porque nós por cá até achamos que um dedicit de 10% é suportável (como já vi mais que uma vez escrito).
Os mesmos queixam-se depois que os povos europeus não querem saber da Europa.
Desconheço se o actual dumbing down da política europeia tem uma equivalência nos EUA, a nível estadual(dispenso por isso as gracinhas sobre o Bushitler), ou se é específico do nosso triste e velho continente.
Parece-me que o consenso realizado à volta do Orçamento 2006 representa na sua essência o exemplo vivo do pensamento dentro do quadrado, e a impossibilidade de ver mais longe, ou mais além, ou fora do quadrado, pelos politicos que temos. Estamos contentes (mais ou menos) por irmos crescer pouco mais de 1%. Os nossos parceiros europeus vão modestamente crescer 2%, talvez 3%.
O Chile cresce há anos mais de 6% (graças aos Chicago boys pois claro porque sem eles estaria como o Brasil a crescer 'apenas' 4%, ou o México (3%). Sem falar da China (9%) ou da India (8%), os paises asiaticos estão tambem a crescer mais de 5% ao ano(HK, a famigerada Indonésia, Malasia, Singapura e tantos outros). Mas nós, uma vez mais orgulhosamente sós ficamos no 1%. Afinal parece que há vida para além do Estado Social Europeu, só que para nós continua escondida .

Publicado por: Joao P às outubro 24, 2005 09:36 PM

Estamos, então, em presença do Orçamento do Bloco Centrão, já que o cds/pp deixou de contar pró totobola.

Publicado por: zippiz às outubro 24, 2005 09:36 PM

Isso não é verdade, Víor, se exceptuarmos o orçamento da Santana/Bagão, que era eleitoralista e aprovado depois de se saber que o Governo ia à vida.
O PS foi ferozmente contra os 2 orçamentos anteriores

Publicado por: AJ Nunes às outubro 24, 2005 09:37 PM

zippiz: venho aqui indignar-me com o post

Publicado por: Coruja às outubro 24, 2005 10:02 PM

Coruja, muito bem ! vemo-nos no #22 !


do blog Abrupto:
Acerca da proibição do comércio de aves em mercados e feiras, passo a citar alguns excertos da entrevista de uma repórter da SIC Notícias a uma senhora, esta manhã, na feira de Espinho, que saía em prol dos comerciantes de aves:

(tom exaltado)

“Se não concordo?!?!?! Claro que não concordo!!!! Olhe, sabe, isto é tudo política, só política!! Quando foi das ‘bacas’ loucas também diziam que vinha isto, e aquilo, eu sei lá, e foi o que se viu! Também diziam que vinha um vírus nas meias e roupas dos “chinos” que nos matava a todos e andamos aqui, não nos aconteceu mal nenhum!”

(tom ainda mais exaltado)

(…) “e não tenho medo nenhum! E olhe, tenho mais de cem galinhas, lá em casa, e vou continuar a comer e a comprar! E se morrer das galinhas, olhe, não morro de outra coisa qualquer!”

Publicado por: zippiz às outubro 24, 2005 10:17 PM

querem é salvar o cu . já perceberam que isto esta por um fio ....

Outros nem isso, só se preocupam em gozar enquanto der... Enfim, são opções.

Publicado por: Pedro Oliveira às outubro 24, 2005 10:22 PM

O que dá gozo num país é ele a decair.

Publicado por: Coruja às outubro 24, 2005 10:28 PM

Os vícios mais deliciosos vivem-se nas decadências.

Publicado por: Coruja às outubro 24, 2005 10:29 PM

O PS tem uma política na oposição e outra no governo.

Publicado por: Diana às outubro 24, 2005 10:32 PM

Não era exactamente aquilo que eu queria escrever. - Tem outra política no Governo se não tiver dinheiro para gastar inutilmente, como agora.

Publicado por: Diana às outubro 24, 2005 10:34 PM

"...visão estatizante e igualitarista que se instalou entre nós."

Por mim, se fosse liberal, procuraria uns sinónimos de "estatizante" e "igualitarista". É que já parece uma cassete...

Publicado por: Vítor às outubro 24, 2005 10:47 PM

"É necessário conter a Despesa Pública e aliviar o ónus que pesa sobre o sector privado – empresas e trabalhadores – de forma a torná-lo mais competitivo."

Embora concorde com a necessidade de conter a despesa pública (e, vá lá, com alguma diminuição da carga fiscal) julgo que é redutor considerar que isso tornará o sector privado mais competitivo. Já aqui disse isto diversas vezes.
Estaríamos menos mal se o problema da nossa economia se resumisse ao défice público e à carga fiscal. Infelizmente a coisa é muito mais séria.

Mas, enfim, é esta mania do português: esperar tudo do Estado e culpar o Estado de todos os males. Não há melhor forma de expiar os nossos defeitos.
É uma cultura de desresponsabilização que enjoa. Atinge desde o vendedor de aves que fica chateado com o fim da feira e com o facto de não receber uma notificação pessoal, ao empresário que investiu mal, não se acautelou e agora quer um regime de protecção especial, passando pelo funcionário público que, só porque, remotamente, corre o risco de ir para os supranumerários, acha que isto é o fim do mundo.
Até os economistas insistem em ver apenas os defeitos do Estado...

Publicado por: Vítor às outubro 24, 2005 11:06 PM

A coisa é mais séria, pois é. Mas a tarefa do Governo é resolver os seus problemas. Pelo menos os que criou, que foi ter aumentado imenso o nº de funcionários públicos.
Depois pôr a justiça a funcionar, que é das coisas que mais atrapalha a vida empresarial, que é o incumprimento dos contratos.
Depois pôr o ensino a funcionar de forma a evitar que gastemos como a Finlândia e tenhamos um ensino como a Turquia.
Depois deixar de ser o seguro dos empresários que ñão souberam estruturar as suas empresas. Ou seja, não gastar cera com ruins defuntos.
Depois diminuir o custo do trabalho, diminuindo os impostos excessivos.

Publicado por: soromenho às outubro 24, 2005 11:19 PM

soromenho às outubro 24, 2005 11:19 PM

O Governo deve resolver problemas.
Incluindo os que não criou (por exemplo o do número de funcionários públicos, problema que, ao contrário do que V. escreve, não foi criado por este Governo).
Embora concorde com a questões relativas à justiça e ao ensino, fiquei com a sensação que nós empresários, nós trabalhadores por conta de outrem, nós funcionários públicos, nós pais, nós professores, nós consumidores, etc, não precisamos de fazer nada. O Estado vai resolver todos esses problemas que lhe dizem respeito e, pronto, já está: a economia dispara.

Publicado por: Vítor às outubro 24, 2005 11:39 PM

22...coruja !

Publicado por: zippiz às outubro 24, 2005 11:42 PM

Quando escrevi "tarefa do Governo é resolver os seus problemas. Pelo menos os que criou" estava a referir-me ao Governo em termos gerais.
Mas note que o principal criador de empregos públicos, de longe, foi o governo de que Sócrates fez parte

Publicado por: soromenho às outubro 24, 2005 11:49 PM

soromenho às outubro 24, 2005 11:49 PM

"Mas note que o principal criador de empregos públicos, de longe, foi o governo de que Sócrates fez parte"
Não sei se isto é verdade. Se puder indicar-me onde estão disponíveis esses dados, fico agradecido.

Publicado por: Vítor às outubro 24, 2005 11:51 PM

Quanto ao resto julgo que não percebeu o que escrevi. Ficou com uma sensação "estranha". Aconselho a ler melhor.

Publicado por: soromenho às outubro 24, 2005 11:52 PM

E talvez seja importante avaliar bem a integração dos "recibos verdes"...

Publicado por: Vítor às outubro 24, 2005 11:55 PM

soromenho às outubro 24, 2005 11:52 PM

Ler melhor? Não tenho pachorra. Não me apetece.
Essa sensação estranha deve ser da Coca-cola. Deve estar quase a entranhar-se...

Publicado por: Vítor às outubro 24, 2005 11:57 PM

Com dinheiro compra-se tudo, até paz social, como Cavaco e Guterres demonstraram. O problema é que quando a sociedade se apercebe que a sua pacificação está a ser comprada, eleva o preço.

Publicado por: Pedro Oliveira às outubro 25, 2005 12:00 AM

"o principal criador de empregos públicos, de longe, foi o governo de que Sócrates fez parte" ... só pode ser o governo do social cristão Guterres.

Publicado por: zippiz às outubro 25, 2005 12:00 AM

"o Consenso Alargado" chama-se Bloco Central e tem os seus escribas profissionais,,,

Vasco Pulido Valente, para não deixar dúvidas, começou logo por se equivocar na 1ª linha do que escreveu: “Exceptuando a extrema-esquerda, não há economista em Portugal que não ache o Orçamento de Estado uma perfeição”. Ora, na medida em que este O.E. se destina a continuar a desmantelar aquilo que ainda resta do Estado-providência, depois da tarefa iniciada pelo agora Comissário Barroso em 2001, os extremistas são eles!. Que não suportam uma crítica radical de Esquerda, sem recorrerem a lançar o ferrete dos adjectivos.
Por exemplo, a avaliar pelo incremento das campanhas publicitárias em curso, as garantias de acesso dos cidadãos à Saúde são agora tratadas aos balcões dos Bancos e das Companhias de Seguros. Alguém nos haveria de explicar quem é que votou em consciência neste modelo neo-liberal de importação norte-americana.
VPV mente por omissão, quando não deixa explicito que o Orçamento foi elaborado pela facção que está instalada no Poder – a face dita socialista do Bloco Central que é totalmente subserviente da ideologia Neocon de Washington. Eles não são apenas de Direita, eles são de Extrema-Direita.
O neto do velho Pulido Valente (o avô foi um Comunista da velha guarda do PCP), conclui informando os seus leitores que os bons velhos tempos não voltarão. É pouco, se considerarmos que se partiu de uma mistificação.
Conforme notava um outro americano dos “bons velhos tempos”, Walter Lipmann, "aos orgãos de informação de referência só tem acesso a escrever quem não tenha nada para dizer".

Publicado por: xatoo às outubro 25, 2005 12:20 AM

Coca-Cola?

Publicado por: soromenho às outubro 25, 2005 12:28 AM

Diana às outubro 24, 2005 10:34 PM

Importa-se de repetir ???

Publicado por: (M) às outubro 25, 2005 12:41 AM

Eu sou favorável ao consenso

Publicado por: Coruja às outubro 25, 2005 12:43 AM

Consenso é cada um esperar que os outros estejam de acordo com ele

Publicado por: Coruja às outubro 25, 2005 12:44 AM

xatoo: ""aos orgãos de informação de referência só tem acesso a escrever quem não tenha nada para dizer"".
Agora percebi o estado da nossa comunicação

Publicado por: David às outubro 25, 2005 12:46 AM

soromenho às outubro 24, 2005 11:52 PM

Agora li melhor e percebi. Afinal resolve-se tão bem.
Convenhamos que o que escreve é demasiado profundo (pelo menos para mim).

Publicado por: Vítor às outubro 25, 2005 12:52 AM

xatoo às outubro 25, 2005 12:20 AM

Querem lá ver que este blogue é um "orgão de informação de referência" :)

Publicado por: Vítor às outubro 25, 2005 12:54 AM

Na Bélgica :
Governo pretende passar a idade mínima das "reformas" dos 58 para os 60 anos de idade. (RTP)

Publicado por: asdrubal às outubro 25, 2005 01:16 AM

... e chegou a vez de o Governo «retirar os privilégios» aos ex-combatentes. Não há pingo de vergonha em Portugal.

Publicado por: asdrubal às outubro 25, 2005 01:42 AM

Mas os ex-combatentes não andavam a lutar para ter privilégios?

Publicado por: Valente às outubro 25, 2005 09:46 AM

A Joana procura arranjar desculpas para o seu parti-pris.

O facto é que os governos PSD-CDS também estiveram sob o diktat e sob o escrutínio de Bruxelas, e só fizeram merda. Legaram um deficit de 6%, que durante 3 anos camuflaram com receitas extraordinárias e medidas irrepetíveis.

Mas, a esses não acusa a Joana de terem inscrita no código genético a merda que fazem. Só o PS é que tem coisas péssimas inscritas no seu código genético. Os outros fazem merda, mas é por acaso, não é devido aos genes.

A tese da Joana, que o PS tem maus genes e os outros não os têm, não tem qualquer comprovação experimental. É apenas a convicção da Joana.

Publicado por: Luís Lavoura às outubro 25, 2005 09:47 AM

Ó Lavoura, mas se mesmo esses maus orçamentos foram combatidos ferozmente pelo PS!

Publicado por: hanibal às outubro 25, 2005 10:33 AM

E este orçamento não está camuflado "com receitas extraordinárias e medidas irrepetíveis"?
Ainda não se apercebeu?

Publicado por: hanibal às outubro 25, 2005 10:35 AM

É incrível a forma como a Joana assaca todas as aleivosias ao PS, e poupa os partidos de direita. Sem qualquer base factual, a Joana pretende fazer-nos crer que o PS é irremediavelmente mau e incompetente, enquanto que os partidos de direita só por mero acaso é que fazem maldades e exibem incompetência.

Da mesma forma, a Joana assaca (com toda a razão) todos os horrores a Jorge Sampaio, mas depois pretende fazer-nos crer que Cavaco Silva, seraficamente, talvez possa ser um salvador da pátria. Quando a Joana sabe muito bem que todas as misérias que Guterres fez nos seu desgoverno, mais não foram do que a repetição e continuação das misérias do desgoverno de Cavaco.

A Joana precisa de se pôr de fora da política. De olhar para a política com imparcialidade.

Publicado por: Luís Lavoura às outubro 25, 2005 10:36 AM

hanibal, eu não defendo o PS. Apenas digo que nada se pode assacar de mau ao PS que não se deva também assacar ao PSD e CDS. Que é injusto tratar o PS pior do que se trata o PSD e o CDS.

Publicado por: Luís Lavoura às outubro 25, 2005 10:38 AM

A redução da despesa pública parece ter entrado por aí dentro levando tudo e todos atrás... Que em Portugal o Estado tem uma dimensão exagerada, isso ninguém parece capaz de negar. Mas reduzir a sua dimensão agora - na maior crise desde 1940 - será razoável? O mecanismo convencional para vencer momentos de crise e que passa pelo Estado injectar recursos na Economia torna-se impossível em momentos de regressão orçamental...

É evidente que o Estado deve encolher, mas agora? O momento certo teria sido no Cavaquismo e no Guterrismo, quando havia margem para o fazer. Mas agora?

Cortar no Investimento é um erro estratégico. Mas cortar nos privilégios da FP (Juízes) e no despesismo desbragado das Autarquias é acertar. Disciplinar para Governar e desviar essa verbas (e eficiência) recuperadas para o Investimento, esta devia ser a prioridade do Governo.

Publicado por: Rui Martins às outubro 25, 2005 10:42 AM

É só pra avisar que parece que, com fogos e tudo, Portugal ou é o ou pelo menos é um, campeão, da produtividade primária dos cobertos vegetais. Ainda tenho de confirmar e reconfirmar, mas essa informação está em cima da mesa.

Não me admirava nada. Portugal é Dragão.

Publicado por: pyrenaica às outubro 25, 2005 10:59 AM

A 2ª legislatura de Guterres, foi o maior regabofe de que tenho memória em toda a minha vida. E ainda hoje estou por saber o que é que aquele PM quis exactamente dizer com :
«Não estou mínimamente arrependido do que fiz» (sic), sendo certo que a afirmação contém em si mesma a plausibilidade de um arrependimento qualquer.
E se não pode ser senão ao «centrão» (o dito "arco constitucional") que deve imputar-se o estado geral em que todos estamos metidos, ao PS cabem responsabilidades muito-muito particulares. Isto, até um miúdo de 17 anos percebe.

Publicado por: asdrubal às outubro 25, 2005 11:02 AM

Entretanto os fogos faxem parte, em certa medida, da dinâmica dos ecossistemas mediterrânicos. Temos de converter os fogos num espectáculo de Verão, para os turistas, sem mortos e em menor escala. O problema é a boa proproção (essa grande inovação conceptual dos gregos) e a sua contenção numa malha adequada. E reforestação com espécies adequadas, etc. Quando falo em campeão é do mundo... Dragão. E Pelicano, desde as bandas de D. João II.

Publicado por: py às outubro 25, 2005 11:04 AM

asdrubal às outubro 25, 2005 11:02 AM

"A 2ª legislatura de Guterres, foi o maior regabofe de que tenho memória em toda a minha vida."

Quais os factos em que se baseia para atirar com essa frase bombástica para a blogosfera?
Ou é apenas falta de memória?

Publicado por: Vítor às outubro 25, 2005 11:09 AM

py às outubro 25, 2005 11:04 AM

Ora aí está um excelente ideia (espectáculo do fogo). Vens dar razão aos que defendem a limitação da divulgação das imagens.
Temos que começar a vender os direitos de transmissão às grandes cadeias internacionais (a um preço de mercado).
Ao ritmo a que se sucedem, não tardam a surgir os canais dedicados à catástrofe.

Publicado por: Vítor às outubro 25, 2005 11:16 AM

o ritmo - nº de ocorrências - é impressionante! As áreas ardidas têm de passar já para menos de metade.

Publicado por: py às outubro 25, 2005 11:22 AM

aproveito para mais uma vez deixar o testemunho de que me deparei com funcionários públicos competentes e esforçados, em número e quadro insuficientes para todas as acções de vigilância no terreno e nos papéis que são supostos exercer em face das leis. Só estou a falar do sector florestal aqui.

Publicado por: pyrenaica às outubro 25, 2005 11:34 AM

A catástrofe é o actual motor da sociedade

Publicado por: Coruja às outubro 25, 2005 11:47 AM

Se não morrerem 4 milhões de pessoas na UE com a Gripe das Aves, vai ser uma decepção

Publicado por: Coruja às outubro 25, 2005 11:49 AM

Eu penso sinceramente que este Governo ( o que custa usar esta palavra para me referir ao presente elenco ministerial...arrgh) apresenta um Orçamento de Estado com estas características por motivos puramente eleitoralistas. Eleitoralistas porque percebeu que se o seu compromisso com Bruxelas de redução do défice não for cumprido, é meio caminho andado para perder as próximas eleições. O PS, que não subscreve em convicção este OE, vai deixá-lo passar porque apesar de tudo essa é a forma de ir mantendo os seus boys no aparelho do Estado, nas empresas do Estado, nos orgãos de soberania...whatever - desde que haja lugar está lá sempre um boy.
É confrangedor ver um Governo "governar" com um Orçamento que não é o seu. E não tenham dúvidas de que este não é um orçamento do PS...

Publicado por: Mituxa às outubro 25, 2005 11:52 AM

E ainda bem que não é!

Publicado por: Mituxa às outubro 25, 2005 11:53 AM

Coruja, não terem morrido 10.000 com o Katrina é que foi uma decepção...

Publicado por: Joao P às outubro 25, 2005 12:06 PM

Vítor às outubro 25, 2005 11:09 AM,

Mas se até o autor da legislação específica (ou quando não, o responsável pela sua viabilidade legal) das "aposentadorias" no Banco de Portugal afirmou que se tratava do pior Governo desde D. Maria ... tenho alguma razão para duvidar ?!
Mas o sentimento é empírico e decorre de ler e de ter lido a imprensa diária. Que memória é que não me acode ?

Publicado por: asdrubal às outubro 25, 2005 12:09 PM

por falar em milhares:

http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=10&id_news=198526

Iraquianos terão sido quantos?

Publicado por: py às outubro 25, 2005 12:16 PM

Iraquianos terão sido quantos?

Aproximadamente 16.000.

Publicado por: Pedro Oliveira às outubro 25, 2005 12:19 PM

Bem, se o sentimento é empírico e decorre da leitura da imprensa diária, de facto não posso contestar essa sua percepção.

Por outro lado não sei a sua idade. Talvez V. seja suficientemente jovem para ter razão.

Em relação a memórias, até ao IX Constitucional tem muito por onde escolher.

Publicado por: Vítor às outubro 25, 2005 12:26 PM

Vítor às outubro 25, 2005 12:26 PM,

Não, não sou jovem. Mas do que vem sendo comentado, o Vítor terá registado que não excluí nenhum governo do «arco constitucional». O célebre texto do Prof. Medina Carreira - o do «Titanic» - explica bem o que são 25 anos de análise das finanças públicas e de falta de visão de Estado. É impressionante e revoltante que possamos ter chegado a este estado de coisas.
Entretanto :
«O Presidente da República, Jorge Sampaio, defendeu hoje o apoio da comunidade internacional aos Estados Unidos e aos seus aliados no Iraque, como forma de combater o terrorismo internacional». (PD,25-10-05)
É assim ...

Publicado por: asdrubal às outubro 25, 2005 12:44 PM

Pedro, provavelmente isto para ti é uma boa notícia, não?

http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=10&id_news=198534

Cá para mim vai dar guerra entre sunitas e xiitas.

Publicado por: py às outubro 25, 2005 12:51 PM

Concordo que 78% é uma manifsetação expressiva dos votantes, mas multiplicando pelos 63% de votantes dá um total de sins de 49% dos recenseados. Meio por meio, a máxima instabilidade potencial.

Publicado por: py às outubro 25, 2005 12:56 PM

também se pode dizer a máxima entropia, usando a teoria de Informação do Shannon acoplada à Termodinâmica.

Publicado por: py às outubro 25, 2005 12:59 PM

Publicado por: py às outubro 25, 2005 12:51 PM

A questão é a luta política usar o voto em vez da AK-47. Como sabes, a constituição vai ser revista pela assembleia legislativa a eleger em Dezembro. A aprovação da constituição pode ou não ser uma boa notícia, no entanto parece preferível à guerra civil. De qualquer modo, com constituição ou sem ela, os grupos radicais sunni já estão a fazer o seu melhor para provocar uma guerra civil faz uns tempos. Mas não vai haver guerra civil nenhuma enquanto a ocupação militar do Iraque se mantiver, apenas uma guerra de baixa intensidade.

Publicado por: Pedro Oliveira às outubro 25, 2005 01:29 PM

py às outubro 25, 2005 12:56 PM: Fiquei apavorado

Publicado por: Coruja às outubro 25, 2005 01:38 PM

Em Portugal temos mais que a máxima instabilidade potencial.

Publicado por: Coruja às outubro 25, 2005 01:41 PM

Mituxa às outubro 25, 2005 11:52 AM

Alguém do contra (no caso vertente, algum socialista), sob o pseudónimo de Mituxa, se lembrou de escrever esse comentário só para denegrir os liberais?

Publicado por: Vítor às outubro 25, 2005 01:45 PM

asdrubal às outubro 25, 2005 12:44 PM

Concordo com o seu comentário, embora continue a não concordar com a frase do regabofe. Paciência...

Publicado por: Vítor às outubro 25, 2005 01:50 PM

Pedro Oliveira às outubro 25, 2005 01:29 PM

Retenho a tua apreciação. Como é mais optimista do que a minha faço votos de que tenhas razão.

Publicado por: py às outubro 25, 2005 01:51 PM

Cá para mim vai dar guerra entre sunitas e xiitas.

Porque é que isso me soa a «Tenho esperança que dê guerra entre sunitas e shiitas»? Deve ser preconceito meu, sim, só pode ser isso...

Publicado por: Pedro Oliveira às outubro 25, 2005 01:56 PM

Coruja às outubro 25, 2005 01:41 PM

então corujinha, o Dragão é assim. Deitou bué de labaredas este ano e anda a mexer-se pelo mundo fora...

Publicado por: py às outubro 25, 2005 01:57 PM

O Sampaio tem dito as coisas mais diversas e contrárias sobre o Iraque.
Ele não tem uma lista dos discursos que fez? É assim tão esquecido? Está mesmo ché-ché?

Publicado por: fbmatos às outubro 25, 2005 01:58 PM

Inside your head you know, meu, Peterblood foste tu que escolheste, não?

Publicado por: py às outubro 25, 2005 02:00 PM

... mas, respondendo à pergunta implícita, não tenho esperança nem deixo de ter, considero uma inevitabilidade: mais uma do Médio Oriente, o berço da civilização. Se estiver enganado, melhor.

Publicado por: py às outubro 25, 2005 02:17 PM

e duvido que esses 16000 iraquianos mortos incorporem todas as vítimas militares e civis, nomeadamente dos atentados terroristas, que fazem parte da guerra obviamente, derivada da ocupação militar estrangeira pelo império anglófono e mais uns.

É que sabes, interrogo-me se exportar democracia à força não será uma nova forma de totalitarismo...

Publicado por: py às outubro 25, 2005 02:46 PM

Vítor às outubro 25, 2005 01:45 PM

Denegrir what? Explique la isso q de repente fiquei lerda...

Publicado por: Mituxa às outubro 25, 2005 02:48 PM

Compreendo... Ou se calhar, não.

Publicado por: Pedro Oliveira às outubro 25, 2005 03:04 PM

Mituxa às outubro 25, 2005 02:48 PM

Lido o seu comentário é caso para dizer: "Preso por ter cão e preso por não ter".

É evidente que este orçamento não é do PS. Mas também não seria de nenhum dos outros partidos. Ninguém gosta de se assumir como pai de um filho destes. Qualquer governo, de esquerda ou de direita, teria dificuldade em assumir este orçamento. Qualquer governo gostaria de governar com um orçamento menos restritivo e penalizador. Mais generoso enfim.
Este orçamento é de um Governo que se depara com a urgência de arrepiar caminho. E que começa a mostrar sinais de que vai fazê-lo. Veremos.

O sentido do seu comentário, como aliás a tese defendida pela Joana, embora remetam para um fundo de verdade, fazem-no de uma forma parcial. Todos sabemos que os orçamentos de contenção são incómodos e têm custos eleitorais. Todos sabemos que o comportamento dos partidos políticos é influeciado pela cadeira ocupada: governo ou oposição. Todos sabemos que isso é tão verdade no PS como em qualquer outro partido político.

É minha opinião que o post da Joana, tal como o seu comentário denotam algum incómodo pelo consenso relativo conseguido à volta de um orçamento socialista.
E que vem retirar margem de manobra à esquerda e à direita.

Publicado por: Vítor às outubro 25, 2005 03:10 PM

A única coisa que notei no post foi a pergunta sobre se o PS faria na oposição, perante este OE, o mesmo que o PSD está a fazer.
O incómodo que denotei, foi justamente no seu primeiro comentário.

Publicado por: Vasco Forte às outubro 25, 2005 03:32 PM

Vasco Forte às outubro 25, 2005 03:32 PM

Pois. O post é penas uma pergunta pueril da Joana...

V. denotou incómodo? Enganou-se.

Publicado por: Vítor às outubro 25, 2005 03:39 PM

Quando se abre um qualquer diário ou semanário, «eles são» os militares, são os funcionários públicos em geral, são os agricultores, os polícias, os autarcas, os juízes e funcionários judiciais, eles são os enfermeiros, os empreiteiros, os padeiros e os farmacêuticos, os ex-combatentes, os bancos/banqueiros, os clubes de futebol (os políticos, ehehe) ... caramba-caramba, que furacão !

Publicado por: asdrubal às outubro 25, 2005 03:50 PM

Publicado por: Vítor às outubro 25, 2005 12:54 AM
Vc não percebeu:
o link era para uma transcrição do VPV - que só está disponovel no Publico para os assinantes-pagantes.
Quer dizer, fiz o favor de lhe facultar a transcrição e Vc ainda me dá uma canelada,
ora toma lá,,,
De qualquer modo, muito obrigado por se ter lembrado de me comparar a um "orgão de referência"
em boa verdade, sou melhor,
e a prova é que Vc não desmentiu nada do que eu afirmei,

Publicado por: xatoo às outubro 25, 2005 03:50 PM

asdrubal às outubro 25, 2005 03:50 PM
Só quem não reclama são os monárquicos. Pudera, têem de estar caladinhos, desde que se envolveram no assassinato do António Granjo, atiçados pelo rei de Espanha Afonso XIII

Vi no teatro "A Barraca" - vão lá pq o Helder Costa e a Céu Guerra têm os subsidios cortados
o OE contempla a Cultura com 0,5%
Vá lá Dom Asdrubal - espia os pecados dos teus avós -
compra o bilhetinho

Publicado por: xatoo às outubro 25, 2005 03:59 PM

Este gajo não sabe o que diz. A Noite Sangrenta foi organizada pela ala radical dos republicanos, que estavam ligados ao golpe de Estado. Os assassinos eram republicanos radicais. Os assassinatos foram feitos, tirando Machado dos Santos, que foi no caminho, no Arsenal, tomado pelos revoltosos.

É claro que perante o horror que o crime despertou, os republicanos mais à esquerda tentaram limpar-se acusando tudo e todos: Monárquicos, o Alfredo da Silva (que até teve que fugir para não ser morto!) etc.

Mas nos julgamentos ficou claro as origens dos crimes.

Publicado por: Hector às outubro 25, 2005 04:09 PM

Leia a História supervisionada pelo Mattoso, ou os posts deste blog sobre o 19-10-1921, que são muito fiáveis

Publicado por: Hector às outubro 25, 2005 04:13 PM

Publicado por: py às outubro 25, 2005 02:46 PM

Na prática, tomar decisões em política, resume-se apenas a escolher o menor dos males. Só a história e o distanciamento é que permitem fazer um julgamento algo mais objectivo da 'maldade' ou 'bondade' dessas decisões. O tempo dos media é dominado pela emoção, o da história pela racionalidade. Por este motivo os media são péssimos guias para olhar para a política. Experimenta ler este. Eu gostei.

Publicado por: Pedro Oliveira às outubro 25, 2005 04:35 PM

Ó xatoo os meus avós são egrégios.
Nada a ver com os buiças e abeis olímpios.
Escolha uma Ópera em São Carlos que tem mais a ver com o meu novo-riquismo.

Publicado por: asdrubal às outubro 25, 2005 04:48 PM

Já agora - mas termino já - folgo em saber que o Comandante do Adamastor que «deu o sinal» para o famoso 5 de Outubro, é o mesmo que vamos encontrar como primeiro chefe de Governo da Ditadura Militar do 28 de Maio de 1926. Gente bacana ...

Publicado por: asdrubal às outubro 25, 2005 04:58 PM

Já agora - mas termino já - folgo em saber que o Comandante do Adamastor que «deu o sinal» para o famoso 5 de Outubro, é o mesmo que vamos encontrar como chefe de Governo da Ditadura Militar do 28 de Maio de 1926. Gente bacana ...

Publicado por: asdrubal às outubro 25, 2005 04:58 PM

Já agora - mas termino já - folgo em saber que o Comandante do Adamastor que «deu o sinal» para o famoso 5 de Outubro, é o mesmo que vamos encontrar como primeiro chefe de Governo da Ditadura Militar do 28 de Maio de 1926. Gente bacana ...

Publicado por: asdrubal às outubro 25, 2005 04:58 PM

Já agora - mas termino já - folgo em saber que o Comandante do Adamastor que «deu o sinal» para o famoso 5 de Outubro, é o mesmo que vamos encontrar como primeiro chefe de Governo da Ditadura Militar do 28 de Maio de 1926. Gente bacana ...

Publicado por: asdrubal às outubro 25, 2005 04:58 PM

Juro que não fiz isto com segunda intenção ... não percebo o que é que se passou.

Publicado por: asdrubal às outubro 25, 2005 05:00 PM

Vítor às outubro 25, 2005 03:10 PM

Caro Vítor

Eu não fico com nenhum incómodo pelo facto do pai deste Orçamento ser, em termos "administrativos", o PS. Tou-me nas tintas para quem é o pai. A única coisa que me importa - e acredite que é verdade - é que o país saia da situação em que se encontra. Seja por intermédio de que partido político for - não sou tachada nem tachável, nem milito em nenhum partido.
Aquilo que constato, embora eventualmente não o tenha feito expressar duma forma evidente ou inequívoca, é que a situação não permite que se apresentem ao país Orçamentos com carácter ideológico. Daí o "este Orçamento não é do PS". Mas porventura o da Manuela Ferreira Leite também não era do PSD. São produtos da conjuntura, que não se podem dar ao luxo de serem dominantemente políticos. Por muito que o Engº Sócrates viesse com a ideia de "fazer umas coisas giras", o país não está para isso. E quando digo que este Orçamento não é do PS e ainda bem, quero apenas lembrar o grande contributo - factual e comprovado, não sujeito a interpretações pessoais - que os Orçamentos Guterres têm na situação actual das nossas Finanças Públicas. Mas a porcaria tá feita e foi feita tanto por PS como por PSD...tá na hora é de a resolver.

Publicado por: Mituxa às outubro 25, 2005 05:07 PM

Py tens de contabilizar ainda os mortos que Saddam no poder iria provocar. Seja por eventuais aventuras guerreiras seja na frente interna.

Mudanças futuras de regime: seja a implementação de uma democracia após provávelemte uma guerra civil ou um golpe de estado. A mais que provável partição do Iraque caso a anterior situação se mantivesse (Mais 10 anos de Curdistão de facto independente e nunca mais voltariam para o Iraque)

Os recursos da Al-qaeda a serem gastos por todo o mundo e com muito mais graves consequências no uma vez que seriam operações estratégicas em vez das operações táticas que estão a fazer no Iraque
que custa muito mais "suicidas-soldados" e recursos á sua organização para muito menos retorno propagandístico.

Publicado por: lucklucky às outubro 25, 2005 05:14 PM

olha uma

Publicado por: xatoo às outubro 25, 2005 05:20 PM

capic,,plim

Publicado por: xatoo às outubro 25, 2005 05:21 PM

Publicado por: asdrubal às outubro 25, 2005 04:58 PM

pois é, são sempre os mesmos "todos diferentes todos iguais"
a coisa,
vagamente, faz lembrar o Anibal 1º ministro das vacas gordas e o Anibal presidente das vacas magras

Publicado por: xatoo às outubro 25, 2005 05:25 PM

E outra

Publicado por: Coruja às outubro 25, 2005 05:30 PM

Hector às outubro 25, 2005 04:09 PM
vc é que "é o gajo" que não sabe o que diz, leia vc a Cronologia Geral da História de Portugal, do prof. Joel Serrão - nunca houve julgamento nenhum, e os culpados nunca foram encontrados

Publicado por: xatoo às outubro 25, 2005 05:40 PM

Se vivêssemos num mundo assertivo, o "crack/crash" da Segurança Social ou já se tinha dado ou estaria para acontecer, e sempre pensei que fosse assim, à argentina, de repente chegava-se ao fundo da panela e o pânico instalava-se... descobri que afinal tenho estado enganado. Ontem à noite, ao conduzir na solidão e escuridão da A1, ouvi, na al-jazeera radiofónica, o "paleio" do secretário de estado da segurança social discorrendo sobre "por que é que o governo vai invocar uma cláusula de excepção, e assim, não transferir 2% do IVA para o Fundo da Segurança Social"... afinal o colapso não vai ser num dia determinado, o colapso já chegou, à velocidade a que crescem as unhas" e como o sapo da experiência que não se apercebe que a água da panela está a aquecer, já lá estamos!!!

Publicado por: diogenes às outubro 25, 2005 06:27 PM

Não chegámos à situação da Argentina, porque existia o espartilho da UE. Foi por isso que o Guterres se foi embora. Sabia que não ia cumprir o PEC e que não conseguia inverter a política.

Publicado por: Rui Sá às outubro 25, 2005 06:46 PM

xatoo às outubro 25, 2005 05:40 PM:
você fala sem conhecimento de causa. Leia se faz favor o meu post
http://semiramis.weblog.com.pt/arquivo/2004/10/19_de_outubro_d.html

A única versão sobre o envolvimento monárquico resulta de uma alegada entrevista na cadeia entre a viúva de Carlos da Maia e o “Dente d’Ouro”, o cabo que tinha comandado o morticínio e que estava preso.
Simplesmente o horror que o golpe outubrista tinha desencadeado na opinião pública era de tal forma que a ala esquerda republicana tentou lançar poeira nos olhos e criar boatos sobre pretensas conspirações. Todavia os factos são que os assassinos e os golpistas são todos da ala radical dos republicanos, que as vítimas são os republicanos moderados (alguns tinham estado no governo de Sidónio Pais). Isto são factos. O resto são boatos postos a correr com diversas intençõse.

Publicado por: Joana às outubro 25, 2005 07:46 PM

Claro que houve julgamento. Os assassinos estavam à espera que não houvesse porque, inicialmente, o golpe triunfou. Soltaram o assassino de Sidónio Pais e as coisas iam “pelo melhor”.

Sucedeu todavia que os apoios civis desertaram face à monstruosidade do sucedido, a opinião pública estava contra eles, e abandonaram o poder ao fim de algumas semanas.

Joel Serrão foi um dos “historiadores” que andou, no período anterior ao 25 de Abril, a branquear a 1ª República, tendo publicado alguns livros com esse objectivo. O meu pai conheceu-o bem, pois ele foi professor de História dele no liceu.

Mas o que Joel Serrão poderá ter escrito foi que não se “descobriram os mandantes dos massacres”, porque quem os fez soube-se perfeitamente quem eram e muitos deles foram julgados e condenados.

Este golpe foi o dobre a finados da 1ª República.

Publicado por: Joana às outubro 25, 2005 07:48 PM

Nota: Relativamente à entrevista entre a viúva de Carlos da Maia e o “Dente d’Ouro”, à qual mais ninguém teria estado presente, não há declarações directas da viúva do assassinado, mas pessoas (ou pessoa) que contaram que ela teria dito que ...

Isso é um boato sem sustentação, face à forma como decorreu o golpe, face às declarações produzidas em julgamento e face às pessoas envolvidas.

Publicado por: Joana às outubro 25, 2005 07:57 PM

Só cheguei agora.

Pedro, genericamente concordo com esse enunciado, embora a minha postura seja um pouco mais utópica, post-romântica se quiseres, que a tua. Outros encarregam-se de me deitar água fria.

lucky, deficilmente encontrarias quem detestasse o Saddam, e o seu estereoptipo, mais do que eu, que fiz da minha vida um exercício de liberdade, que visto todos os dias quase sempre Wrangler ou Lee. Ainda por cima, ao contrário do que pensas até gosto de ti, porque já me afrontaste directamente. Agora isso é uma coisa, outra é que eu sou ran-tan-plan e acho sinceramente que a invasão do Iraque não pode ter outra saída senão uma espiral de violência, até à retirada. Eu pensava que o Vietname tinha deixado isso claro para todos, mas não.

Paradoxalmente parece que sou eu que estou com a maioria dos americanos, vejam lá:

http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=10&id_news=198580

Publicado por: py às outubro 25, 2005 08:49 PM

Não sei o que é vão dizer agora dos "heróicos resistentes iraquianos", depois da aprovação esmagadora da constituição iraquiana

Publicado por: Zarkawi às outubro 25, 2005 08:49 PM

eh pá

Publicado por: py às outubro 25, 2005 08:52 PM

pimba!

Publicado por: py às outubro 25, 2005 08:53 PM

xatoo às outubro 25, 2005 03:50 PM

Julgo que V. é que não percebeu.
Ou eu terei escrito um comentário ambíguo.
Não quis dar-lhe nenhuma canelada. Bem pelo contrário. Apenas quis fazer algum humor referindo-me ao Semiramis como um orgão de informação de referência (ao qual eu tenho acesso...).
Ainda assim, e reiterando que a minha intenção era outra, aqui fica o meu pedido de desculpas.

Publicado por: Vítor às outubro 25, 2005 09:41 PM

py já estás farto de dizer que gostas de mim e dizes tu ao contrário do que penso... Deixa-me dizer-te que isso é uma coisa que não me preocupa muito. Venho para aqui discutir, provocar, olear o cérebro, a escrita, não para pedir abraços e juras de amizade eterna... :)


"Agora isso é uma coisa, outra é que eu sou ran-tan-plan e acho sinceramente que a invasão do Iraque não pode ter outra saída senão uma espiral de violência, até à retirada."

"espiral de violência" em que factos te fundamentas para caracterizares assim a realidade do Iraque? Por exemplo houve mais de 100 ataques no Dia das eleições em Janeiro, nas últimas houve cerca de 20. É certo que não temos toda a informação desejável para fazer um julgamento definitivo de como todas as coisas estão a correr
no entanto a que existe pelo menos para mim é bem distante de uma "espiral de violência" e aponta para um sentido positivo.

Publicado por: lucklucky às outubro 25, 2005 09:58 PM

Joana em Outubro 25, 2005 07:57 PM

... mas é que o «xatoo», no seu blog, transcreve este «discurso directo» de Hélder Costa (com o qual, o cujo, fundamenta o teatrinho da Barraca) e que é assim :

«(...) Por outro lado, é muito, muito interessante verificar como tudo aquilo acaba por se ir deslindando devido à acção duma mulher, a viúva de Carlos da Maia. Desesperada com a ineficácia da justiça, ELA PUBLICOU UM LIVRO onde indica uma série de pistas que já dariam para abrir o processo. Mas deu-se, então, um daqueles “milagres” à portuguesa, que foi o 28 de Maio. E nunca se fez justiça (...)».

Cád'esse livrinho da viúva de Carlos da Maia ?
Mesmo que a Senhora estivesse em estado deseperado, e acredito obviamente que estivesse, o livro pode ser interessante para a verdade histórica, não ?

Publicado por: asdrubal às outubro 25, 2005 10:18 PM

asdrubal às outubro 25, 2005 10:18 PM
nos comentários lá do meu blogue coloquei duas ligações para sitios, sobre a época e sobre a biografia de Machado Santos

Publicado por: xatoo às outubro 25, 2005 10:32 PM

Paradoxalmente parece que sou eu que estou com a maioria dos americanos, vejam lá:

http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=10&id_news=198580

Como diz a minha mãe, ele a dar e a burra a fugir. A opinião pública é volúvel. E está muitas vezes errada: ora lembra-te só da posição das opiniões públicas britânica e americana nas vésperas da 2ª guerra mundial.

Publicado por: Pedro Oliveira às outubro 25, 2005 10:34 PM

entretanto, respondendo, tinha querido colocar os links aqui, mas como tinha links a Joana cortou-me o pio
prevalece assim a voz da dona do blogue
como já tem prevalecido noutras ocasiões
p/e quando não apareceu para contestar as afirmações ridiculas que fez acusando os Republicanos de "medirem a cabeça aos presos como o Hitler viria tb a fazer",,,
Confrontada com o "desbarretamento" feito no "Diário Ateísta" ainda hoje estamos à espera da resposta.
Acontece,,,

Publicado por: xatoo às outubro 25, 2005 10:38 PM

asdrubal às outubro 25, 2005 10:18 PM:
Os factos são os que apresentei nos meus posts sobre o Dezanove de Outubro. Todos os que foram massacrados foram levados para o Arsenal da Marinha, que era o quartel general doa amotinados (excepto Machado dos Santos que foi morto a meio do caminho).
O julgamento começou em fins de 1922 e terminou em 1-06-1923. Os acusados foram condenados a penas pesadas.
Julgo que já foi depois do julgamento que a viúva de Carlos da Maia foi falar com o Dente d'Ouro, ao que parece para tentar compreender as motivações dos assassinos.

Publicado por: Joana às outubro 25, 2005 10:42 PM

A questão das conspirações monárquicas, do Alfredo da Silva, etc., foram balelas postas a correr pelos republicanos de esquerda, perante o horror que causou ao país aquela carnificina, onde republicanos mais à esquerda assassinam os fundadores da república. Houve um golpe de Estado que triunfara (na altura a GNR era a principal força militar em Lisboa) mas os golpistas não conseguiram arranjar gente para o Governo. Todos fugiam deles como da peste. Tiveram que entregar o poder, houve mudanças profundas, a GNR foi desarmada, e os golpistas mais envolvidos em crimes de sangue presos e julgados.

Publicado por: Joana às outubro 25, 2005 10:48 PM

nós tambem sabemos ler

Publicado por: xatoo às outubro 25, 2005 10:51 PM

xatoo às outubro 25, 2005 10:38 PM:
Esse sujeito não oferece qualquer credibilidade.
Veja a "Ilustração Portuguesa", 1910, 2º Volume, página 588.

O Jesuíta a quem estão a medir a cabeça, até está numerado: tem um "33" pendurado no ombro.

Publicado por: Joana às outubro 25, 2005 10:52 PM

Eu não vou para os blogues dos outros, quando eles primam pela ignorância, tirar satisfações. Não tenho nem tempo nem paciência. Nem acho que valha a pena, principalmente quando é uma ignorância militante.

Bem me basta aturar alguns ignorantes que vêm para aqui tirar satisfações.

Publicado por: Joana às outubro 25, 2005 11:00 PM

Pronto, lucky, não digo mais nada a não ser factos...:)

Pedro, a opinião pública é volúvel, concordo, mas não é despicienda.

Antes de ir para o lethos, coloco-vos aquele que a meu ver, continua a ser o principal problema do mundo, de cuja pressão muitos emanam:

"Although the rate of population growth has fallen since the 1970s, the logic of compounding means that current levels of global population growth are still greater than any experienced prior to World War II. Whereas the first absolute increase in population by one billion people took from the beginning of time until the early 19th century, one billion people will be added to today's population in only 13 to 14 years."

Johel Cohen, Human Population Grows Up, Scientific American, September 2005, pag. 28

Publicado por: py às outubro 25, 2005 11:01 PM

Isso leva-nos a 1970, ao Clube de Roma e ao crescimento zero, às delicias da 'nova' esquerda no seu namoro com o neo-malthusianismo. Aliás, para muita esquerda qualquer aliado é bom, desde que seja anti-capitalista. É talvez esse o motivo porque tantos bucólicos, na verdade saudosos do ancién régime, andam de braço dado com neo-(e não tão neo)-marxistas.

Quando a 'nova' esquerda colocou o seu pensamento no mainstream, tornou-se automaticamente numa força conservadora, a lutar desesperadamente para manter a supremacia dos seus ideais, quer contra novos paradigmas, quer contra paradigmas passados. Nesta luta desesperada - e desesperada porque o 'mercado' das ideias, como qualquer outro evolui - a 'nova' esquerda arranjou estranhos companheiros de cama. Na verdade, é a vida: também os velhos paradigmas, nas suas pretéritas lutas pelo topo do pau ensebado, tiveram estranhos aliados.

Publicado por: Pedro Oliveira às outubro 25, 2005 11:33 PM

Pedro Oliveira em outubro 25, 2005 11:33 PM:
Totalmente de acordo

Publicado por: AJ Nunes às outubro 26, 2005 12:58 AM

O meu companheiro de cama foi o fiel Morfeu.

Assino a Scientific American vai para 15 anos.

Sobre o problema colocado não te pronuncias. Passas de imediato à diabolização da 'nova' esquerda. Entretanto os furacões estoiram com as estatísticas. Trop facile, non?

Publicado por: py às outubro 26, 2005 08:32 AM

Morfeu fiel?

Publicado por: Coruja às outubro 26, 2005 09:30 AM

Aviso-te que há séculos que esse tipo se anda a deitar com tudo o que é gente. É uma promiscuidade.
Acho que devias saber.

Publicado por: Coruja às outubro 26, 2005 09:31 AM

Sempre fiel... a muitos ao mesmo tempo.

Publicado por: py às outubro 26, 2005 09:32 AM

Publicado por: py às outubro 26, 2005 08:32 AM

Vai ao meu blog, o teu comentário inspirou-me o suficiente para fazer um poste ontem à noite...

De resto, 'diabolização' parece-me excessivo. Apenas chamei a atenção para os problemas que se põem às ideias que estão no topo do pau ensebado. O neo-malthusianismo que ressuma do texto de Johel Cohen é uma das ideias na moda, daí a minha resposta.

Aliás, esta época parece-me um tanto falha de ideias novas: neo-marxismo, neo-liberalismo, neo-malthusianismo... Só reciclagem. Deve influencia do movimento ambientalista...

Publicado por: Pedro Oliveira às outubro 26, 2005 10:03 AM

olá. Já fui. Bom mas se não me engano tu curtes uma de nihilista, não? Permite uma profundidade analítica implacável e o não comprometimento. Andei nessa noutros tempos. Depois tropecei na frase do Bernard Shaw (creio): "todo o espectador é um cobarde e um traidor" e senti-me apanhado. De então para cá mexo um bocado, às vezes mais, outras menos, à espera que um dia, uma iluminação benvinda, me volte a fazer sentir confortável, apenas como espectador. Assim queiram os deuses.

Publicado por: py às outubro 26, 2005 10:44 AM

Quanto aos neos e post também ando fartoe acho que sim andamos falhos de idéias. Introduzi os hiper a propósito de várias coisas, fui buscá-lo aos hiperplanos da matemática.

Publicado por: py às outubro 26, 2005 10:47 AM

Nunca percebi isso do hiperplano.

Publicado por: Coruja às outubro 26, 2005 10:53 AM

Não consigo ver além de 7 dimensões

Publicado por: Coruja às outubro 26, 2005 10:54 AM

Já é muito bom, tens a companhia das sete cores do arco-íris. Até há espaços com infinitas dimensões corujinha, lembra-te do Morfeu.

Publicado por: py às outubro 26, 2005 11:03 AM

A J Amaral Dias fez alguma plástica?

Publicado por: Coruja às outubro 26, 2005 11:09 AM

Ontem, nem um músculo se mexia. A mesma pose estática

Publicado por: Coruja às outubro 26, 2005 11:10 AM

Como as actrizes de Hollywood depois de fazerem plásticas

Publicado por: Coruja às outubro 26, 2005 11:11 AM

corujinha só para avisar que com essas 7 já estás no hiperespaço, que começa com mais de três para alguns e quatro para outros. Quanto à Joana é mesmo assim, quando se afronta as câmaras nada mais seguro que uma expressão lisa. Prudência aristotélica, meu caro.

Publicado por: py às outubro 26, 2005 11:46 AM

a máscara

Publicado por: py às outubro 26, 2005 11:47 AM

O Aristóteles ia à TV? Entrevistado pela MMGuedes?

Publicado por: Coruja às outubro 26, 2005 11:52 AM

Bom mas se não me engano tu curtes uma de nihilista, não?

Nihilista? De modo nenhum. Se fosse nihilista não tinha blogue - para que? Mas as emoções prejudicam sempre uma boa análise. Só como espectador se pode analisar, independentemente do que possa ter dito, escrito ou pensado Bernard Shaw.

Publicado por: Pedro Oliveira às outubro 26, 2005 12:07 PM

Joana,

Apesar de tudo faça-se uma justiça ao PS. Pelo menos parece-me que é devida.

No final dos anos 70 e depois em 82,83 foram eles que enfrentaram as crises da balança de pagamentos e que negociaram os necessários acordos com o FMI para credibilizar o país. A AD e depois Cavaco tiveram conjunturas simpáticas (esquecendo 92). Claro que Cavaco teve o benefício de gerir recursos da UE.

Guterres, esse sim, fugiu às dificuldades, procurando esticar o porco-UE. Se o Cavaco nunca equilbrou o orçamento, porque teria de ser ele?! Logo ele, que queria ajudar as pessoas, os mais carecidos, as crianças que devem ter jardins-escola, etc.

Publicado por: João MNO às outubro 27, 2005 10:44 AM

Pedro Oliveira às outubro 26, 2005 12:07 PM

Não queria acrescentar nada ao teu remate, mas agora que o João MNO veio lembrar coisas importantes, queria dizer que és uma mais-valia no meu pensador. Agora já estou a precisar de férias outra vez, meu. Paciência, mais um mês.

Publicado por: py às outubro 27, 2005 11:36 AM

Eu também. Assim que chego a meio de 2ª feira penso logo em partir para fim de semana

Publicado por: Coruja às outubro 27, 2005 03:03 PM

João MNO: Isso não é bem assim. Assim que se decidiu avançar para o euro, Cavaco encetou uma política de consolidação orçamental. O problema foi que essa política coincidiu com a recessão de 92/5 o que dificultou as coisas e criou problemas ao governo.
Foi a época em que Cavaco mostrava claramente que estva farto da comunicação social e dos barões do partido.
Aliás, quis sair e trocar com Fernando Nogueira. O Soares é que não acitou.

Publicado por: David às outubro 27, 2005 03:57 PM

David às outubro 27, 2005 03:57 PM

É uma chatice pá.
As crises atravessam-se à frente dos Primeiros-Ministros de boa-vontade, e é uma chatice.
Cavaco começou a ficar tão farto tão farto que acabou por nos fartar;
Guterres, "agarrado" à dialoguite, teve que ser sujeito a uma desintoxicação;
Durão foi confirmar o princípio de Peter para Bruxelas;
Santana Lopes queria muito muito - Sampaio deu e depois tirou (quem dá e tira para o inferno gira);

Resta-nos Sócrates que vai tentar equilibrar isto. Não sei porque se dá ao trabalho. Se for bem sucedido, mais dia menos dia perde as eleições e António Borges fica com os Louros...

Publicado por: Vítor às outubro 27, 2005 07:35 PM

O Sócrates vai deixar os Louros para o Borges? E se o Borges não gostar de Louros?
Se preferir os Morenos? ou as Louras?

Publicado por: Surpreso às outubro 27, 2005 10:52 PM

Eu prefiro as Louras

Publicado por: Coruja às outubro 27, 2005 11:22 PM

Mas também as Morenas

Publicado por: Coruja às outubro 27, 2005 11:23 PM

Para Louros nunca tive inclinações

Publicado por: Coruja às outubro 27, 2005 11:24 PM

Surpreso às outubro 27, 2005 10:52 PM

De facto não tinha pensado nisso.
O António Borges é gajo para ser um bocado esquisito. E nessa altura os Louros podem andar ainda com a gripe (ainda há pouco se finou um lá para Inglaterra).
Bem, mas aí já vamos ter o Cavaco. Ele resolve...

Publicado por: Vítor às outubro 28, 2005 12:51 AM

David às outubro 27, 2005 03:57 PM
Acho que Cavaco nunca se preocupou muito com o défice orçamental. Com competência e sem complacências usou a política cambial para desinflacionar. E beneficiou do desaparecimento do "Ministério da dívida pública", graças à descida das taxas de juro, para fazer mais despesa - e nisso afastou-se da Espanha, que agora goza de um saudável equilíbrio orçamental. Como qualquer bom político Cavaco preocupou-se com o que se via: a moeda estável e forte, o desemprego, as vias rodoviárias.

Não sabia que o homem do leme e da estabilidade tinha tentado abandonar o barco a meio da segunda legislatura. Se o Soares o travou, Cavaco ainda se arrisca a ouvir coisas chatas num debate televisivo com o dr. Mário Soares.

Publicado por: João MNO às outubro 28, 2005 10:47 AM

Segundo ouvi dizer, não foi a meio, foi já nos últimos meses. Segundo parece por causa da contestação pública (ponte, etc.).
Mas isto foi o que ouvi dizer. Não sei se corresponde exactamente à verdade

Publicado por: David às outubro 28, 2005 10:59 AM

As taxas de juro só tiveram uma descida grande já no início do governo de Guterres.

Publicado por: Adalberto às outubro 30, 2005 11:45 PM

Foi aí que se fez sentir as vantagens do alinhamento com a moeda única

Publicado por: Adalberto às outubro 30, 2005 11:46 PM

Gosto destas

Publicado por: Coruja às outubro 31, 2005 12:35 AM

Gosto destas

Publicado por: Coruja às outubro 31, 2005 12:35 AM

Gosto destas

Publicado por: Coruja às outubro 31, 2005 12:35 AM

Gosto destas

Publicado por: Coruja às outubro 31, 2005 12:36 AM

Gosto destas

Publicado por: Coruja às outubro 31, 2005 12:36 AM

Comente




Recordar-me?

(pode usar HTML tags)