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outubro 18, 2005

Benefício ou Prejuízo da Dúvida

Os comentários de hoje sobre a proposta do OE 2006 dividem-se em dois campos. Os que acentuam que o combate ao défice não foi feito pelo lado da despesa mas, maioritariamente, pelo lado do aumento das receitas, e os que o elogiam, dizendo que é honesto e que aponta para o caminho correcto, mas que não é possível esquecer que este OE é apenas o início desse caminho. No fundo dizem ambos o mesmo. A Despesa Pública tem uma grande rigidez e a sua redução exige uma série de medidas estruturais no que concerne à organização e ao funcionamento do Sector Público. Isso não se faz de um dia para o outro. Portanto, mesmo que caminhemos no sentido correcto, numa primeira fase dificilmente poderemos abdicar do aumento das receitas, a menos que se tivesse previamente feito um trabalho de "casa" mais completo, o que parece que não foi o caso.

Na prática, este orçamento reflecte algum esforço no que respeita aos gastos públicos. Mas esse esforço é sobretudo de contenção e não de redução da despesa. Sendo assim, este OE pode ser uma de duas coisas: 1) um embuste que adiará mais um ano o problema, esperando um milagre económico ou que o país engula outro embuste no OE 2007; 2) o início de uma acção séria de reestruturação do sector público e da eliminação da burocracia estatal, cujos efeitos se irão sentir progressivamente e de forma sustentada.

O Governo tem todas as condições exógenas para enveredar pela 2ª hipótese. Os sindicatos estão fragilizados, reduzidos a apoiarem os segmentos mais privilegiados do funcionalismo público e cada vez mais isolados do resto da população activa. Há uma compreensão da maioria da população para as medidas de austeridade, mas se elas incidirem na reforma do Estado, na sua organização e desburocratização e não em aumentos de impostos e de outros ónus sobre famílias e empresas.

O próprio Governo, no preâmbulo à proposta do OE, defende teses que foram aqui defendidas:

Este Governo optou, desde cedo, por uma consolidação orçamental estrutural, isto é, baseada fundamentalmente na racionalização da despesa e na eficiência e equidade da recolha de receitas, em detrimento da adopção de medidas extraordinárias que, por definição, não asseguram um efeito sustentado ao longo do tempo, ou em medidas demasiado dependentes das fases favoráveis do ciclo económico. Um sector público mais racionalizado trará poupança de recursos e contribuirá decisivamente para que se reforcem as condições de sã concorrência e de igualdade de oportunidades para que os agentes económicos em Portugal possam exercer as suas actividades de forma responsável e criadora de riqueza.
Deste modo, o país beneficia de crescimento económico duradouro baseado na iniciativa dos cidadãos. Acresce ainda que só um sector público eficiente será capaz de garantir que os acréscimos sustentados de riqueza possam ser redistribuídos de forma socialmente mais justa sem que, nesse processo de redistribuição através de políticas públicas, se desperdice parte dessa riqueza por ineficiência da administração ou por desincentivo da iniciativa privada.

Não escrevi isto diversas vezes neste blogue? E este parágrafo?:


“Perante a actual situação económica e social, é decisivo que Portugal retome a rota do crescimento e do emprego. É principalmente ao sector privado que compete identificar as oportunidades no mercado, tomar a iniciativa, lançar os projectos, inovar, modernizar, melhorar a organização e a gestão. Ao Estado compete contribuir para a criação de um clima de maior confiança. Para tal, deve diminuir o seu peso em áreas que não justifiquem a sua presença ou influência, reduzir a burocracia, simplificar e remover obstáculos desnecessários. Nesse sentido, propõem-se medidas de desburocratização e simplificação administrativa”.

A estratégia de consolidação orçamental poderia ter sido subscrita por mim:

i) A reforma da Administração Pública;
ii) A promoção de condições de sustentabilidade a longo prazo da Segurança
Social;
iii) A melhoria da qualidade da despesa pública corrente e de investimento;
iv) A simplificação e moralização do sistema fiscal;
v) A redução do peso do Estado na economia.

Também estou de acordo que “Esta estratégia de consolidação orçamental assenta fundamentalmente em medidas que implicam uma redução permanente da despesa pública. O desequilíbrio estrutural das finanças públicas não pode ser corrigido com medidas de carácter temporário. A verdadeira contenção da despesa só se consegue com a implementação de medidas estruturais. As reformas já iniciadas inscrevem-se nesta estratégia. Elas são uma urgência para assegurar o futuro bem estar dos portugueses e são, no presente, o sinal inequívoco do empenhamento do Governo em garantir a sanidade das finanças públicas e da situação financeira do país. Elimina-se assim a dúvida corrosiva instalada na mente dos decisores económicos nacionais e estrangeiros, que, sendo geradora de incerteza e de risco, é inibidora das decisões dos consumidores e investidores”.

E, aparentemente, o Governo abandonou o keynesianismo (se é que Mário Lino sabe o que isso é) e aposta numa abordagem mais neoclássica: “A literatura económica mostra que as consolidações orçamentais baseadas na redução da despesa são em geral mais bem sucedidas do que as assentes em aumentos de impostos. Por outro lado, uma política de contenção e de racionalização da despesa pública pode não apenas aumentar o potencial de crescimento económico a médio e longo prazo (por efeitos sobre a oferta), mas também estimular o nível de actividade no curto prazo (por efeitos sobre a procura). Este estímulo, que pode ser suficientemente forte para se sobrepor aos efeitos keynesianos convencionais, está intimamente ligado à confiança dos agentes económicos e, como tal, à credibilidade da política orçamental. O investimento privado poderá ser particularmente estimulado por uma estratégia credível de redução do défice orçamental” Não é surpreendente ler isto escrito por um Governo socialista?

Escrever textos como estes é fácil. Eu tenho-os escritos, assim como analistas diversos e vários blogues. Passar à prática é que é complicado. Vejamos o que acontecerá em 2006. Pelo andar da carruagem se verá se vamos no caminho certo, se na direcção do abismo. As intenções, escritas, são boas, mas de boas intenções ...

Publicado por Joana às outubro 18, 2005 06:52 PM

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Comentários

Nota: Há previsões do Governo sobre as quais tenho fundadas dúvidas. Uma é a taxa de desemprego de 7,7%. A nossa situação económica é grave e o sector privado está cada vez mais debilitado. As reformas previstas para 2006 não alteram significativamente o quadro em que se move o sector privado. Por isso será de supor um aumento maior da taxa do desemprego.

Publicado por: Joana às outubro 18, 2005 07:12 PM

Também duvido da taxa de inflação prevista, nomeadamente se as taxas de juro de referência subirem.

Publicado por: Joana às outubro 18, 2005 07:13 PM

Estes elogios ao Governo só mostram que este traiu os trabalhadores e está a ter uma política neoliberal.

Publicado por: Cisco Kid às outubro 18, 2005 07:20 PM

Se esta gaja elogia o governo é porque este caiu muito baixo

Publicado por: Cisco Kid às outubro 18, 2005 07:20 PM

A minha preocupação não é tanto as previsões erradas do desemprego e inflação, mas sim a dependência da inflação com o preço do petróleo.

Felizmente, ainda há em Portugal muito trabalho que ninguém quer (a não ser os imigrantes) e que pode absorver qualquer subida de desemprego em situação de crise extrema. É uma característica escondida de Portugal, que quase nenhuma estatística mostra, tal como a economia paralela é estimada "vagamente".

A inflação sim, pode estar muito errada se o petróleo disparar. Por si só, com petróleo estável, a inflação não reagirá assim tanto ao efeito das taxas de juro, pois é contrariada pela tendência de longo prazo para a baixa de preços (essa é inevitável, globalização oblige).

Claro que, se o proteccionismo voltar, tudo isto muda.

Acho que o preço do petróleo é que rebenta com todas as previsões.

As deambulações mentais de um 'curioso' por economia valem o que valem. Mas acho que a realidade vai-se impondo às ilusões... Isso é óbvio.

Publicado por: J P Castro às outubro 18, 2005 08:38 PM

A contenção da despesa pública é feita congelando as subidas de escalão na função pública e, por este meio, os aumentos salariais.
Poderá resultar para este ano, e para os seguintes?
É que entretanto haverá novas eleições.
Haverá coragem política para fazer aquilo que é realmente necessário?

Publicado por: J M L Constâncio às outubro 18, 2005 09:32 PM

Joana:
Não sei se lhe censure a gabarolice ou lhe louve a sinceridade.
Acho que opto pela segunda hipótese.
De qualquer forma, não fique excessivamente animada. Repare que até um Agrónomo como eu poderia ter escrito esses extractos do orçamento...

Agora a um nível mais comezinho: julgo que pode a Joana ficar descansada no que respeita ao avanço da reestruturação do sector público. Aliás, ela não esperou pelo Orçamento.
A título de exemplo: foi já aprovado, em Conselho de Ministros, um diploma que revoluciona as inspecções no sector agro-alimentar e que vai mandar uns quantos de nós para os excedentários e outros tantos para o Contrato Individual de Trabalho. Nada de mais.
Curiosamente, quem mais barulho vai fazer contra estas alterações não serão os funcionários (todos estão caladinhos à espera que não lhes saia a fava). São, isso sim, as empresas e associações de empresas: as que têm assento no Conselho Consultivo do Instituto da Vinha e do Vinho, a Associação de Exportadores de vinho do Porto que domina o IVDP, etc, que, de repente, perdem a plataforma de influência junto do Governo.
Aliás, nos próximos tempos julgo que devemos abstrair-nos do folclore do Sindicato e centrar a nossa atenção nos que, sorrateiramente, se vão chegar à mesa a ver se lhes toca uma fatia do bolo de serviços que o Estado vai deixar de assegurar. Quem não se lembra da anterior vaga de disponíveis e do festim de empresas de limpeza e segurança?

Publicado por: Vítor às outubro 18, 2005 09:49 PM

os impostos vao aumentar . não vejo nada de possitivo neste orçamento . enquanto o estado não baixar os impostos nenhum sector empresarial vai crescer e sem isso não á retoma .

Publicado por: jojo às outubro 18, 2005 09:57 PM

«O que fizeste durante o Verão?»
«Durante o Verão cantei!»
«Ai cantaste? Pois agora dança!»

Publicado por: Pedro Oliveira às outubro 18, 2005 10:19 PM

Não há nada como uma boa equação Química* para compor a consolidação orçamental.

* passei agora pelo Blasfémia e fiquei aterrado com as explicações Físico/Químicas para o comportamento da economia!

Publicado por: zippiz às outubro 18, 2005 10:27 PM

Vítor às outubro 18, 2005 09:49 PM:
Gabarolice, porquê? O que o Governo escreve no preâmbulo não escrevi aqui diversas vezes? Resta saber se ele vai levar a reforma até onde é necessário ou se fica nas covas.

Publicado por: Joana às outubro 18, 2005 10:28 PM

E sabe-se que existem interesses privados que parasitam o aparelho do Estado. Mas é esse próprio aparelho e o seu funcionamento que facilitam esse fenómeno

Publicado por: Joana às outubro 18, 2005 10:31 PM

é... deve ter sido esse Aparelho que liderou o cambão das farmaceuticas, essas grandes instituições de caridade - logo a seguir ao sector Seguros & Financeiro.

Publicado por: zippiz às outubro 18, 2005 10:38 PM

Joana,
este Orçamento só pode ser bom...acaba de ser elogiado pelo Espírito Santo! Para além de defender o TGV e a Ota ser uma questão a prazo.
Não se pode ignorar as opiniões de quem nos governa a vida!

Publicado por: zippiz às outubro 18, 2005 10:48 PM

zippiz: o cambão das farmacêuticas só foi possível porque quem analisou as propostas ou não percebeu (e é incompetente), ou fez vista grossa aos preços dos diversos itens.
Só um Hospital é que detectou e se queixou. E os outros?

Publicado por: Joana às outubro 18, 2005 10:54 PM

Joana às outubro 18, 2005 10:28 PM

Tem razão. Gabarolice não é o mais adequado.
Queria referir-me a alguma falta de humildade.
Nada de importante.

Publicado por: Vítor às outubro 18, 2005 11:06 PM

Conferência de Imprensa ( texto de Harold Pinter)

Excertos da peça/sketch de Harold Pinter, Prémio Nobel da literatura de 2005 com o título original «Press Conference» e que, com a tradução de Pedro Marques, faz parte do volume «Conferências de Imprensa e Outras Aldrabices, editado em conjunto pelos Artistas Unidos e Livros Cotovia, na colecção «Livrinhos de Teatro», por altura da representação do espectáculo homónimo, estreado em Junho de 2005, e encenado por Jorge Silva Melo


CONFERÊNCIA DE IMPRENSA (excertos)

Imprensa – Senhor ministro, antes de ser Ministro da Cultura creio que o senhor foi chefe da Polícia Secreta.

Ministro – Correcto.

Imprensa – Vê alguma contradição entre estes dois papéis?

Ministro – Absolutamente nenhuma. Como chefe da Polícia Secreta tinha a responsabilidade, especificamente, de proteger e garantir a nossa herança cultural de forças cuja intenção é subvertê-la. Defendíamo-nos do verme. E ainda nos defendemos.

Imprensa – O verme?

Ministro – O verme

….

Imprensa - Qual era a natureza da cultura por si proposta?

Ministro – Uma cultura baseada no respeito e nas regras da lei.

Imprensa – Como é que vê o seu actual papel de Ministro da Cultura?

Ministro – o Ministro da Cultura apoia-se nos mesmos princípios que os guardiães da Segurança Nacional. Acreditamos numa compreensão saudável, musculada e terna da nossa herança cultural e das nossas obrigações culturais. Estas obrigações incluem naturalmente a lealdade ao mercado livre.

…..

Imprensa – E a divergência crítica?

Ministro – A divergência crítica é aceitável – se for deixada em casa. O meu conselho é o seguinte – deixem-na em casa. Guardem-na debaixo da cama. Ao lado do penico do mijo.
(Ele ri-se)
É lá que é o lugar dela.

….

Imprensa – Então vê o seu papel como Ministro da Cultura como vital e frutuoso?

Ministro – Imensamente frutuoso. Acreditamos na bondade inata do vosso Manel vulgar e da vossa Maria. É isto que procuramos proteger. Procuramos proteger a bondade essencial do vosso Manel vulgar e da vossa Maria vulgar. Vemos isso como uma obrigação moral. Estamos determinados a protegê-los da corrupção e da subversão com todos os meios que temos à nossa disposição.

Publicado por: xatoo às outubro 18, 2005 11:44 PM

Isso passa-se na R. Islâmica do Irão ou em Cuba?

Publicado por: fbmatos às outubro 18, 2005 11:49 PM

Prá estória da História :

«Mas é já na década de 90, que o Governo de Cavaco Silva avança com nova lei sobre excedentes, então classificados de “disponíveis”. Estávamos na época do tristemente célebre Decreto-Lei nº 247/92, de 7 de Novembro. Com ele, de acordo com o então Ministro das Finanças Braga de Macedo, o Governo pretendia “despedir cerca de cem mil trabalhadores da Função Pública.

Os Sindicatos da Função Pública, coordenados pela Federação, cerraram fileiras num combate sem tréguas contra a “Lei dos Disponíveis”, responsável segundo analistas políticos, pela posterior derrota eleitoral de Cavaco Silva».

Publicado por: asdrubal às outubro 18, 2005 11:52 PM

asdrúbal: isso agora já não seria possível

Publicado por: soromenho às outubro 19, 2005 12:35 AM

soromenho às outubro 19, 2005 12:35 AM

O quê? A derrota eleitoral de Cavaco? :)

Publicado por: Vítor às outubro 19, 2005 12:37 AM

Na época os sindicatos dos privados também apoiava. Hoje já não existem na prática. Há uma ideia na população que o funcionalismo funciona muito mal e há funcionários em demasia.
Ninguém levantará um dedo para os apoiar. Excepto os sócios dos clubes políticos.

Publicado por: soromenho às outubro 19, 2005 12:37 AM

eu sobre o orçamento, li o Dn e o Público ontem e não tenho competência para me pronunciar com alguma propriedade. Eu ainda nem percebi qual é a relação entre dívida externa e dívida pública e quem são os credores...

Publicado por: py às outubro 19, 2005 08:10 AM

olha as galinhas:

http://diariodigital.sapo.pt/dinheiro_digital/

Publicado por: py às outubro 19, 2005 09:02 AM

Recebi ontem um e-mail da administração do Instituto Superior Técnico, no qual trabalho, a pedir-me para indicar a minha profissão. Dizem que é mandado pelo governo: querem saber as profissões de todos os funcionários públicos. As suas especialidades.

No esforço de racionalização do setor público, o goerno decidiu agora saber, exatamente, para que é que os funcionários públicos servem ou podem servir.

Parece-me de elementar bom senso.

Publicado por: Luís Lavoura às outubro 19, 2005 09:53 AM

Tudo indica que, pelo menos no plano das intenções, o governo está seduzido pelo neoliberalismo.

Publicado por: AJ Nunes às outubro 19, 2005 10:00 AM

Registo com agrado que J.P. Castro está consciente do grande calcanhar de Aquiles deste (ou de qualquer outro) orçamento: o preço do petróleo. J.P. Castro exibe um realismo que, infelizmente, ainda não é fácil de encontrar.

O preço do petróleo previsto no orçamento, 65 dólares por barril, é até ligeiramente superior ao do último mês. Isso é bom. Mas receio que não seja suficiente. O mercado do petróleo está apertado, e cada vez mais. Não há quaisquer capacidades de produção não utilizadas que nos possam salvar de uma subida vertiginosa no caso de qualquer problema ocorrer.

(Os EUA estão conscientes deste facto, é por isso quenão fazem muito barulho em relação às ambições nucleares do Irão. Fazem eles muito bem. O Irão já não produz muito petróleo, hoje em dia, e a sua infra-estrutura petrolífera está num estado decadente. Mas qualquer interupção no fornecimento iraniano seria calamitosa para o mercado.)

Pelo contrário, o que há é uma tendência crescente para o esgotamento dos principais campos petrolíferos, muitos dos quais já debitam petróleo há dezenas de anos. É o caso, em particular, dos campos da Arábia Saudita. E os da Rússia já estão apenas numa fase de "revamping", já estão em segundas núpcias.

Temo bem que nás surpresas nos aguardem. Talvez já neste Inverno, talvez no outro. Mas mais cedo do que tarde.

Publicado por: Luís Lavoura às outubro 19, 2005 10:02 AM

Vítor às outubro 18, 2005 11:06 PM: Não percebo. Eu sublinho que as teses que referi, e defendidas pelo governo, vão no mesmo sentido das que tenho defendido aqui, contra a irascibilidade de muitos comentadores ... apoiantes do governo.
Depois escrevo que: "Escrever textos como estes é fácil. Eu tenho-os escritos, assim como analistas diversos e vários blogues. Passar à prática é que é complicado."
Onde está a gabarolice ou falta de humildade?

Publicado por: Joana às outubro 19, 2005 10:06 AM

O que falta saber é se aquelas teses do preâmbulo são "literatura" ou intenções firmes.

Publicado por: Joana às outubro 19, 2005 10:09 AM

Luís Lavoura às outubro 19, 2005 10:02 AM: Uma estimativa é uma estimativa. Baseia-se no feeling pessoal, mas também nas diversas estimativas feitas por outros países que estão a elaborar os orçamentos e por entidades ligadas ao sector.
É evidente que pode dar para o torto. Mas desde que seja feito tendo em conta os factores que referi acima, é uma estimativa honesta.
O ano passado, por esta altura, foi feita uma estimativa do preço de petróleo baseada nos mesmos pressupostos. Era idêntica às estimativas feitas por outros países da UE. Falhou rotundamente. Quando o OE 2005 entrou em vigor o crude tinha aumentado cerca de 50%.
São riscos de quem efectua previsões. Não podemos é depois chamar tontos aos que fizeram as previsões.

Publicado por: Joana às outubro 19, 2005 10:20 AM

Joana às outubro 19, 2005 10:20 AM

Sabe, Joana, em matéria de preço e disponibilidade de petróleo, têm sido ditos os maiores disparates por gente que devia saber melhor. Por isso, o facto de uma determinada previsão estar de acordo com outras, não abona necessariamente em favor dessa previsão. Os nossos dirigentes políticos e económicos têm a obrigação de andar melhor informados do que andam.

Em 1999 (salvo erro) a prestigiada revista "Economist" publicou uma história, muito detalhada, em que um dos seus colaboradores previu que em breve a Arábia Saudita, farta de suportar a concorrência desleal de outros produtores de petróleo, inundaria o mercado com quantidades abusivas do seu crude, extremamente barato, fazendo o preço do petróleo descer abaixo dos 5 dólares por barril e levando os competidores à bancarrota. Poucos meses depois o preço do petróleo subia aos 30 dólares por barril. A "Economist" foi obrigada a publicar um editorial a dizer "Estávamos errados". E essa prestigiada revista devia conhecer melhor um assunto tão sério.

Publicado por: Luís Lavoura às outubro 19, 2005 10:38 AM

O problema é que este OE pode ser interpretado de duas maneiras. Tudo depende do que irá acontecer a seguir.
Não há dúvida que o combate ao défice em 2006 é principalmente do lado da receita. Pode-se argumentar que o Governo não teve tempo para implementar as medidas necessárias para iniciar a redução da despesa.
Eu acho que ele já perdeu muito tempo. Resta saber se o continuará a perder.

Publicado por: v Forte às outubro 19, 2005 10:38 AM

Joana às outubro 19, 2005 10:20 AM

Em Maio deste ano teve lugar na Gulbenkian, aqui em Lisboa, Portugal, uma conferência internacional, com prestigiados especialistas, sobre o pico da produção mundial de petróleo. Conferências análogas têm tido lugar todos os meses de Maio, desde o ano 2000. Se não lhes dão ouvidos, é porque são parvos.

A conferência teve lugar aqui mesmo, no centro de Lisboa, à distância de uma viagem de metropolitano. Só anda mal informado quem quer.

Publicado por: Luís Lavoura às outubro 19, 2005 10:42 AM

Quanto ao inquérito sobre as habilitações dos empregados do sector público só mostra o estado em que o país está. Certamente que o Luís Lavoura entregou currículos, tem certificados do que andou a fazer e entreggou cópias disso tudo na secretaria do IST. Porque é que lhe pedem isso agora? É porque nada está organizado e ninguém sabe onde param os papeis.

Publicado por: v Forte às outubro 19, 2005 10:42 AM

Nas empresas privadas, pelo menos nas organizadas, há bases de dados com todas as informações sobre o pessoal. Quando é admitido no Estado, o pessoal dá as suas informações pessoais, habilitações, etc.. O que fizeram a isso?

Publicado por: v Forte às outubro 19, 2005 10:45 AM

Luís Lavoura às outubro 19, 2005 10:42 AM: O problema da informação é saber qual é a "boa informação". Isso só se sabe no fim do jogo. Deve haver centenas de conferências e centenas de revistas especializadas a mandarem palpites. Também há países europeus a fazerem estimativas para os seus OE. Se me mandassem estimar o preço do petróleo para um OE, eu não ia a uma conferência ali à esquina informar-me. lia o que se tinha escrito, falava com os responsáveis dos outros países e alinhava uma projecção que não diferisse muito das dele. Assim estava seguro. Se depois falhasse, não tinha sido só meu.
Até porque ninguém tem uma bola de cristal

Publicado por: v Forte às outubro 19, 2005 10:51 AM

É impressão minha ou este Orçamento - pra variar contrariamente ao que foi apregoado em campanha pelo Inginheiro e mesmo já depois de ter tomado posse - mascara NOVAMENTE o défice com recurso a receitas extraordinárias de privatizações que se pretendem vir a realizar?
Então assim sendo qual é a verdade dum Orçamento destes?
Este Governo gosta muito de ficar com a fama sem ter o proveito. Ficar com a fama de "abanar" as regalias dos políticos sem ter o proveito de, de facto, o fazer. De ficar com a fama de que está a reestruturar a administração pública sem que. de facto o faça. Alguma coisa fará certamente, mas em doses completamente díspares daquelas que apregoa... e para camuflar esse défice entre o discurso e a prática política, arranja as tais receitas extraordinárias...
E lá vão eles, cantando e rindo...

Publicado por: Xiko às outubro 19, 2005 11:34 AM

Apesar de todos os textos a chover no molhado que refere, não vejo ninguêm comentar o empolamento(artificial?) do consumo publico na despesa corrente do Estado central e da enorme façanha que será reduzi-lo em 2006...

Consumo Publico 2003 : ~ 13500 milhões euros

Consumo Publico 2004 : ~ 13500 milhões euros

Consumo Publico 2005 : ~ 15250 milhões euros

Consumo Publico 2006 : ~ 14800 milhões euros

Publicado por: incredulo às outubro 19, 2005 11:55 AM

Eu estou de acordo com o Xiko e inclino-me mais para este orçamento ser um embuste, em que a contenção de despesa é mínima, não se farão reformas relevantes e, no próximo ano, estaremos todos na mesma

Publicado por: Diana às outubro 19, 2005 12:54 PM

Na mesma quer dizer ... pior

Publicado por: Diana às outubro 19, 2005 12:54 PM

soromenho às outubro 19, 2005 12:35 AM,

Não estou a dizer que seria - ou não seria - possível. Sabe-se é que desde o início da década de 90 já se falava no despedimento de 100 mil FP. Hoje, parece que são 200 mil. Duzentos mil e um, se contarmos com «Vítor», ehehe !

Publicado por: asdrubal às outubro 19, 2005 01:18 PM

Ao ler alguns comentários fiquei, finalmente, a saber o que é essa coisa de neoliberalismo:

É apenas bom senso e decisões racionais (é o que dão a entender estes ingénuos).

E eu a pensar que era um bicho de múltiplas cabeças, cada uma mais voraz que a outra...

Publicado por: Mário às outubro 19, 2005 01:24 PM

asdrubal às outubro 19, 2005 01:18 PM

Ponha-se a pau. Ainda lhe tiro o emprego...

Publicado por: Vítor às outubro 19, 2005 02:22 PM

Eu também estou de acordo: o país é um embuste, as reformas irrelevantes e os rendimentos evaporaram-se

Publicado por: Coruja às outubro 19, 2005 02:29 PM

Mas com este clima quem é que precisa de rendimentos?

Publicado por: Coruja às outubro 19, 2005 02:30 PM

Também estou contente com a nova «lei do arrendamento comercial». Para quem esperava um «acerto de mercado» desde há 20 anos, mais dez anos, menos dez anos, é igual ao kilolitro. Até já lhes dei os parabéns e um cabaz de Natal com figos passados do Algarve.

Publicado por: asdrubal às outubro 19, 2005 03:20 PM

E não se esqueça que o tem que indemnizar das beneficiações que ele fez: uma montra para atrair clientes, o balcão, etc.

Publicado por: Sa Chico às outubro 19, 2005 03:51 PM

asdrubal: O melhor é o acordo. Você dá-lhe uma indemnização e ele aceita ficar com a fracção.

Publicado por: Coruja às outubro 19, 2005 03:58 PM

Publicado por: zippiz às outubro 18, 2005 10:27 PM

Passou pelo blasfémias, e depois desinfectou as mãos claro!

Publicado por: IPEVITA - Instituto Público Para Evitar Contágios às outubro 19, 2005 04:15 PM

Discordo profundamente da subida de impostos mas há um certo pragmatismo que me satisfaz.

Definição do preço do barril a 66 dólares

Indicadores revistos em baixa como o crescimento do PIB

Há realmente uma certa dose de pragmatismo aqui.

Mesmo que depois o governo se venha auto-felicitar pelas vitória que talvez não sejam assim tão grandes.

Publicado por: Braveman às outubro 19, 2005 04:37 PM

Está é muito sustentado nas privatizações que começam a atingir níveis preocupatens em sectores estratégicos, como é a energia

Publicado por: Braveman às outubro 19, 2005 04:40 PM

não percebo é o raio da insistência na co-inceneração

Publicado por: Braveman às outubro 19, 2005 04:45 PM

Eu trocava, com todo o gosto, a OTA pela co-inceneração.

Publicado por: Mário às outubro 19, 2005 05:06 PM

Eu co-incinerava a OTA

Publicado por: Sa Chico às outubro 19, 2005 05:19 PM

Se não a desmatarem, para o ano, no Verão, é co-incinerada.

Publicado por: Coruja às outubro 19, 2005 05:25 PM

Publicado por: Sa Chico às outubro 19, 2005 05:19 PM

Boa! Há espaço no forno para o TGV?

Não pergunto se há espaço no forno para a função pública porque os maldosso iriam-me chamar logo nazi.

Publicado por: Mário às outubro 19, 2005 05:26 PM

Fresquinho Fresquinho, aqui vem o indíce de Corrupção no Mundo

Country rank / Country / 2005 CPI score*

1 / Iceland / 9.7

2 / Finland / 9.6
New Zealand / 9.6

4 / Denmark / 9.5

5 / Singapore / 9.4

6 / Sweden / 9.2

7 / Switzerland / 9.1

8 / Norway / 8.9

9 / Australia / 8.8

10 / Austria / 8.7

11 / Netherlands / 8.6
United Kingdom / 8.6

13 / Luxembourg / 8.5

14 / Canada / 8.4

15 / Hong Kong / 8.3

16 / Germany / 8.2

17 / USA / 7.6

18 / France / 7.5

19 / Belgium / 7.4
Ireland / 7.4

21 / Chile / 7.3
Japan / 7.3

23 / Spain / 7.0

24 / Barbados / 6.9

25 / Malta / 6.6

26 / Portugal / 6.5

27 / Estonia / 6.4

28 / Israel / 6.3
Oman / 6.3

30 / United Arab Emirates / 6.2

Estudo Transparency International

http://ww1.transparency.org/cpi/2005/cpi2005_infocus.html#cpi

Publicado por: Braveman às outubro 19, 2005 06:33 PM

indíce de percepção de corrupção

Publicado por: Braveman às outubro 19, 2005 06:40 PM

Publicado por: IPEVITA - Instituto Público Para Evitar Contágios às outubro 19, 2005 04:15 PM

Excuse me!?
aquilo às vezes é mal frequentado mas daí a desinfectar as mãos...tinha mais razões por aqui!

Publicado por: zippiz às outubro 19, 2005 06:59 PM

O próximo post de Joana é sobre BES/BCP e ... consequente quebra do segredo de justiça !

Publicado por: zippiz às outubro 19, 2005 07:05 PM

Eu não lavo as mãos. Passo um pano pelo monitor

Publicado por: Coruja às outubro 19, 2005 07:38 PM

De certeza que é o monitor que está embaciado e baralha as palavras

Publicado por: Coruja às outubro 19, 2005 07:40 PM

coruja:
não me diga que já se está a preparar para o 66 !

Publicado por: zippiz às outubro 19, 2005 07:47 PM

Braveman às outubro 19, 2005 06:33 PM

Quem fez esse "estudo" deve ter recebido uma pipa de massa por baixo da mesa.
Que diabo, hoje acredita-se em qualquer "estudo" que aparece aí na feira da ladra, sem mais nem menos.
Não há dúvida: vivemos num país de crédulos, como em qualquer aldeola da Beira Interior.
Safa!

Publicado por: Senaqueribe às outubro 19, 2005 09:00 PM

pois então

Publicado por: py às outubro 19, 2005 09:26 PM

esta é pela ausência durante uns dias

Publicado por: py às outubro 19, 2005 09:28 PM

esta é pela ausência durante uns dias

Publicado por: py às outubro 19, 2005 09:28 PM

será que vêm aí ops flinstones?

http://www.publico.clix.pt/shownews.asp?id=1236097&idCanal=90

Publicado por: py às outubro 19, 2005 09:36 PM

Plim !

Publicado por: zippiz às outubro 19, 2005 09:44 PM

Afinal o zippiz queria era o 69!

Publicado por: Coruja às outubro 19, 2005 09:57 PM

Senaqueribe às outubro 19, 2005 09:00 PM:
É a percepção da corrupção

Publicado por: Coruja às outubro 19, 2005 09:59 PM

Entre o que alguém percepciona e o que é, pode ir uma grande diferença

Publicado por: Coruja às outubro 19, 2005 10:00 PM

coruja,
parece que só há 2 tipos: os que fazem e os que dizem que não gostam ... mas são mentirosos!

Publicado por: zippiz às outubro 19, 2005 10:03 PM

E para é que serve?

Publicado por: Senaqueribe às outubro 19, 2005 10:05 PM

Para que servem estes "estudos"?

Publicado por: Senaqueribe às outubro 19, 2005 10:07 PM

Serve para vender.

Publicado por: Coruja às outubro 19, 2005 10:08 PM

Os mais modestos vendem castanhas assadas

Publicado por: Coruja às outubro 19, 2005 10:09 PM

Os mais dotados vendem percepções de corrupção

Publicado por: Coruja às outubro 19, 2005 10:10 PM

Eu vendo a p'rra do rés-do-chão, ehehe !

Publicado por: asdrubal às outubro 19, 2005 10:22 PM

asdrubal às outubro 19, 2005 10:22 PM: o mercado imobiliário está morto (excepto num segmento muito restrito).
Experimente vender percepções de corrupção

Publicado por: Joana às outubro 19, 2005 10:43 PM

asdrubal, é fácil. Visite os serviços de urbanismo das Câmaras e vá tomando notas.

Publicado por: Coruja às outubro 19, 2005 10:47 PM

Vai ver a quantidade de percepções de corrupção que arranja para venda

Publicado por: Coruja às outubro 19, 2005 10:48 PM

Há muita gente a ganhar massa com estudos baseados em feelings.
A Joana não será uma delas?

Publicado por: c seixas às outubro 20, 2005 12:45 AM

Os estudos são sempre baseados em feelings. Ou nunca ouviste falar no método cientifico?

Publicado por: Pedro Oliveira às outubro 20, 2005 12:54 AM

Publicado por: Senaqueribe às outubro 19, 2005 09:00 PM

A transparency International é uma reputada organização, que faz estes estudos hà anos.

Se procurar na NET vai ver as Fontes que Utilizaram. Portanto antes de Renegar Informe-se.

Não acha que tive o cuidado de verificar que tipo de fontes existem e onde se apoiaram para fazer o estudo

Siga o link e Informe-se

Ou é adepto da teoria da conspiração.

Assim está mal porque então o que vê é um mundo surreal

Publicado por: Braveman às outubro 20, 2005 12:07 PM

Julgo que esse estudo se baseia em inquérito junto de empresas ou particulares que têm negócios ou outras actividades nesses países.
É evidentemente subjectivo e terá alguma margem de erro.

Publicado por: David às outubro 20, 2005 12:47 PM

Queria eu dizer que afirmar que um país subiu ou desceu um lugar, tem pouco significado. Agora acredito que a seriação apresentada, nas suas grandes linhas, é fiável.

Publicado por: David às outubro 20, 2005 12:49 PM

Espero que não tenham pedido opinião a corruptos

Publicado por: Coruja às outubro 20, 2005 01:02 PM

Vender «percepções de corrupção», de facto ...

Publicado por: asdrubal às outubro 20, 2005 01:30 PM

É o mercado a funcionar. Desde que haja comprador tudo se vende

Publicado por: David às outubro 20, 2005 01:47 PM

Também há estudos sobre a confiança dos consumidores ou a confiança dos empresários. Os economistas costumam prestar muita atenção àquilo que esses estudos dizem. Apesar de também não passarem de estudos sobre "feelings".

Publicado por: Luís Lavoura às outubro 20, 2005 02:30 PM

O comportamento dos agentes económicos depende das suas expectativas.
Inquéritos sobre o grau de confiança desses agentes tem interesse para saber como eles se irão comportar, pois do seu comportamento dependerá a evolução da economia

Publicado por: Ricardo Pereira às outubro 20, 2005 02:47 PM

Não vejo que isso tenha carácter não científico.
Tudo depende da composição do painel de amostra. Se for escolhido criteriosamente é um instrumento útil

Publicado por: Ricardo Pereira às outubro 20, 2005 02:49 PM

Feeling é aquilo que costuma designar o conjunto acumulado de saber e de experiência que permite reconhecer, sem análise exaustiva dos dados (que por vezes são parciais) se uma coisa está certa ou errada

Publicado por: Ricardo Pereira às outubro 20, 2005 02:52 PM

incredulo às outubro 19, 2005 11:55 AM

Um pouco tarde, mas afinal sempre existe alguêm que se lembra de comentar...

«Na edição de hoje, o DE chega à conclusão - sem dúvidas - que parte da dotação provisional destinada a aumentos salariais, no valor de 424,5 milhões de euros, já está contabilizada nas despesas com pessoal e, mais concretamente, nas remunerações certas e permanentes. Isto quer dizer que aquela rubrica está artificialmente inflacionada[]» em editorial do Diário Económico

Publicado por: incredulo às outubro 20, 2005 03:45 PM

Segundo também o DE, tudo indica que, pelas contas apresentadas, o Governo se prepare para fazer transitar bastantes fp's para supranumerários.

Publicado por: vitapis às outubro 20, 2005 04:01 PM

É estranho um governo socialista tomar medidas meias-tintas e produzir afirmações no preâmbulo claramente neoliberais. Eu teria preferido o contrário: fazer profissão de fé socialista no preâmbulo e tomar medidas neoliberais.

Publicado por: Ramiro às outubro 20, 2005 04:21 PM

Também acho

Publicado por: Coruja às outubro 20, 2005 05:04 PM

Defender o emprego, liberalizando o mercado de trabalho

Publicado por: Coruja às outubro 20, 2005 05:04 PM

Criar uma bolsa de supranumerários

Publicado por: Coruja às outubro 20, 2005 05:09 PM

E esperar por uma OPA sobre aquela bolsa

Publicado por: Coruja às outubro 20, 2005 05:10 PM

Julgo que ainda é muito cedo para perceber o que é este orçamento.
Sugeria que esperassem um ano.

Publicado por: Nurcia às outubro 20, 2005 05:52 PM

Um ano? Esperar um ano. Na próxima primavera já se terá uma ideia do que irá acontecer. Depois das presidenciais.

Publicado por: vitapis às outubro 20, 2005 07:22 PM

Braveman às outubro 20, 2005 12:07 PM

Segui o link, como sugeriu, e admito que me tenha enganado. A Transparency Internacional parece, de facto, ser uma organização credível.
------------------------
Não sou adepto da teoria da conspiração, mas o mundo que eu vejo parece mesmo surreal. :-)

Publicado por: Senaqueribe às outubro 20, 2005 07:35 PM

O facto da "percepção da corrupção" se basear em elementos subjectivos não significa que não seja válido. Não se deve é tomar como exacto, ou seja, pequenas diferenças podem não ser significativas

Publicado por: Rafael às outubro 20, 2005 11:52 PM

Aquela organização parece-me idónea. Agora diferenças entre 6,9 e 7 ou entre 6,5 e 6,4 não são discriminantes dada a subjectividade da medida. É fiável em termos genéricos, mas não se deve esperar uma precisão muito grande.

Publicado por: David às outubro 21, 2005 08:42 PM

Parece que o OE tem um erro enorme, segundo o DE.

Publicado por: Gpinto às outubro 22, 2005 12:03 AM

Nada que não passe

Publicado por: Coruja às outubro 22, 2005 11:45 AM

Nada que não passe

Publicado por: Coruja às outubro 22, 2005 11:45 AM

Nada que não passe

Publicado por: Coruja às outubro 22, 2005 11:45 AM

Com uma capicua

Publicado por: Coruja às outubro 22, 2005 11:46 AM

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