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setembro 08, 2005

Decisões a Destempo

Sócrates arregaçou finalmente as mangas e pôs-se ao trabalho. Hoje tinha duas tarefas, ambas ciclópicas. A primeira, a demolição de duas torres enormes que esperavam há quase uma década pela sua liquidação. E como Sócrates as conhecia bem. Pois se elas ainda vinham do tempo da sua anterior passagem pelo Governo! Mas agora era a sério. Estava tudo a postos: câmaras de filmar, máquinas fotográficas, lápis das jornalistas. Ele olhava nervosamente, à espera do sinal, com os dedos enclavinhados na barra da caixa detonadora. Era uma emoção única.

Fazia parte do seu imaginário de adolescente os Westerns, com as revoluções mexicanas e caixas iguais àquela, no alto dos montes, e o herói, de barba de 3 dias e o suor a escorrer-lhe pelas faces tisnadas pelo sol inclemente, a carregar decidido na barra e o aluimento fragoroso dos rochedos, por entre nuvens de poeira que sobravam para a plateia, danificando a paisagem e obstruindo a saída do desfiladeiro, encurralando os maus, que teriam a merecida punição nos instantes finais do filme.

Sócrates continuava de dedos enclavinhados, nós brancos pela tensão do momento, nervoso de ansiedade. Fizeram-lhe sinal. Era agora. Sócrates olhou para as câmaras, máquinas fotográficas, lápis das jornalistas, para ver se estavam a postos. Circunvagou novamente o olhar, que aquele momento era precioso, único. Acenaram-lhe aflitivamente. A torre estava a aluir com fragor, com manifesta má vontade e sem qualquer respeito pelo timing de decisão do nosso primeiro. Uma torre destas viera certamente das fileiras da oposição. Sócrates encheu o peito e carregou decididamente na barra. As câmaras, as máquinas fotográficas e os lápis das jornalistas entraram em acção e captaram para a posteridade o acto único da queda de uma torre causar um impulso decisório num membro do Governo. Sócrates sorriu pela satisfação do dever cumprido. A assistência respirou aliviada. A torre, enquanto a poeira assentava vagarosamente sobre os seus escombros, ria-se baixinho.

Belmiro mandou buscar a caixa para a devolver ao jardim infantil que a tinha emprestado para a cerimónia.

A segunda tarefa foi anunciar que o PIB tinha tido um crescimento homólogo de 0,5%. Ninguém percebe como isso foi possível, mas o INE (?) explica que «o contributo da procura externa líquida para o crescimento do PIB foi menos desfavorável do que no trimestre anterior, com as importações de Bens e serviços a registar uma desaceleração». Todavia, dias antes, o INE anunciara que, «no primeiro semestre as exportações registaram uma variação homóloga quase nula e as importações de aumentaram 15,7%, determinando um aumento do défice da balança comercial com os países terceiros de 38,7%».

Terá sido uma caixa de pirotecnia emprestada para a ocasião e que será oportunamente devolvida à procedência? Esperemos para ver.

Publicado por Joana às setembro 8, 2005 10:59 PM

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Comentários

É sempre lixado ver os outros a fazerem alguma coisa.
E, porque é lixado, nada como fazer um pouco de desporto para desopilar.
Qual o desporto mais popular?
Dizer mal, pois claro...

Publicado por: Vítor às setembro 8, 2005 11:15 PM


" As câmaras, as máquinas fotográficas e os lápis das jornalistas entraram em acção e captaram para a posteridade o acto único da queda de uma torre causar um impulso decisório num membro do Governo. "

Caricatura brilhante. Parabéns !

Publicado por: J P Castro às setembro 8, 2005 11:18 PM

Contudo, convenhamos que, falar no crescimento do PIB, quando estamos na ordem da décima percentual, tem tanta relevãncia como o erro, da mesma ordem, nas contas apresentadas pelo anterior Ministro das Finanças.
Ou seja: nenhuma.

Publicado por: Vítor às setembro 8, 2005 11:19 PM

A Joana é professora da cadeira de Caricatura e o J P Castro está a "passar graxa"?
Ou J P Castro é apenas um adepto fervoroso do tal desporto mais popular cá do burgo?

Publicado por: Vítor às setembro 8, 2005 11:21 PM

"É sempre lixado ver os outros a fazerem alguma coisa"???
Ao fim de 8 anos, 5 (8-3=5) dos quais governação socialista!?!?
Há gente que fala sem se lembrar do resto. Não têm memória, ou julgam que os outros não a têm

Publicado por: Rui Sá às setembro 8, 2005 11:38 PM


Não ! Sou sapateiro mesmo.

Só que acho hilariante a caricatura feita do teatro mediático-político. Realmente, a notícia objectiva só podia ser a de a torre provocar um impulso no PM, nunca a de um impulso do PM provocar a queda da torre... :)

Publicado por: J P Castro às setembro 8, 2005 11:52 PM

Não concordo absolutamente nada com este post.

Vejamos, não é verdade que a continuidade na acção permite melhorá-la?
Ora assim sendo, e não estou a ver quem possa desmentir esta afirmação filosófica (isto é porque o professor está ali a ter uma noite “bárbara” com o Ruben a chutar á vontade) hoje quase que era ele a atirar as torres abaixo.
Amanhã vai carregar no botão, agora já a tempo, e dissolverá as candidaturas autárquicas.
E em seguida o próprio será dissolvido pelas presidenciais ao apertar o botão.

E então, com a larga experiência acumulada substituirá um condutor dos comboios na ponte sucedendo ao Alto Maquinista, perdão Comissário.

Publicado por: carlos alberto às setembro 8, 2005 11:53 PM

Enquanto no Portugal P"SD" a corrupção de colarinho branco à-lá-dias-loureiro prevalecia como "motor" nas lonas meio gripado,,,
no Portugal do P"S"- Sonae, o "choque tecnológico" é sempre mais do mesmo,,, construção civil privada a granel apoiada pelos fundos públicos,,,
Em ambos os casos, a viatura parece que vai a andar bem, mas está sempre sujeita no melhor que vai,a parar por falta de gasosa

Publicado por: xatoo às setembro 8, 2005 11:54 PM


Ou você ainda não percebeu que a explosão se deu ANTES do PM Sócrates carregar no detonador ? Isso ficou claro no Jornal da Noite da SIC...

Publicado por: J P Castro às setembro 8, 2005 11:55 PM

O Sócrates, além de vaidoso, é desajeitado.

Publicado por: David às setembro 8, 2005 11:58 PM

Temos que ser indulgentes. O Sócrates carregou na caixa a fingir de detonador sem se ter treinado antes. Deviam-lhe ter dado meia dúzia de torres para se treinar, para acertar com o tempo exacto.

Louvemos todavia a sagacidade do Belmiro em não lhe pôr nas mãos o detonador a sério. É a experiência!

Publicado por: Joana às setembro 9, 2005 12:01 AM

Foi uma bronca. Só não percebo porquê a encenação.

Publicado por: Surpreso às setembro 9, 2005 12:04 AM

Mas quem é que está a falar de detonações a brincar?
Eu estou a falar de fazer alguma coisa. O que Sócrates fez hoje é, que eu saiba, nada. Ou melhor, a porcaria das torres e o show mediático criado à volta da sua detonação, são um bom exemplo da nossa tacanhez. Em bom vernáculo lá da terra: "parece que nunca viram o cú à carriça".

Falo da reforma das reformas na Admnistração Pública. Falo da colocação dos professores. Falo do congelamento das carreiras. Falo da alteração dos complementos de reforma dos gestores públicos.
O que ainda não percebi é, havendo tanto a criticar (e há) não há nada a louvar?

Publicado por: Vítor às setembro 9, 2005 12:18 AM

O Peres Metello veio, a propósito das alterações anunciadas para os gestores públicos, dissertar sobre o perigo de, assim, "espantar" os melhores gestores.
Extraordinário.
Por esta ordem de ideias, porque raio andamos a tentar aproximar o regime dos funcionários públicos ao do sector privado?
Pelos vistos, melhores condições, não foram suficientes para trazer, para a administração pública, os melhores funcionários...

Publicado por: Vítor às setembro 9, 2005 12:25 AM

Vcs não falem mal da encenação da torres que a Joana fica aborrecida ... ou então não mencionem o nome da SONAE em vão, não vá o eng.Belmiro passar para a Polónia o resto dos seus Tax Advisers.

Publicado por: zippiz às setembro 9, 2005 12:42 AM

A encenação das torres estava esplêndida. O Sócrates é que é um tipo sem jeito.

Publicado por: Coruja às setembro 9, 2005 12:51 AM

Vítor às setembro 9, 2005 12:18 AM:
A colocação dos professores é uma arma de 2 gumes. Os que estão satisfeitos com a colocação, apoiam a medida. Os que foram colocados mais longe estão contra porque pretendem aproximar-se da residência.
Ainda não reparou que os Sindicatos estão contra?
Só é bom para os alunos que têm mais estabilidade. Mas os alunos são a peça menos importante do ensino

Publicado por: Nereu às setembro 9, 2005 12:54 AM

Não é novidade que eu não gosto do homem.
Parece um robot autoprogramado a debitar frases ao acaso, sustentadas por uma base constituída a partir do scanning do «Borda d'Água».

Fico, por isso, um bocado decepcionado com o post da Joana.
Ainda pensei que ela viesse dizer que o projecto é um crime contra o ambiente, que houve tráfico de influências, que vai ser um peso para o orçamento do Estado, etc. Mas não. O melhor que conseguiu foi vir gozar com o facto de Sócrates carregar no interruptor.
Ora, isto deve querer dizer que não há nenhum lado negativo na maneira como o governo decidiu este projecto.
E quando o Sócrates marca pontos eu fico chateado. O que é que querem? Fico chateado, pá.

Publicado por: (M) às setembro 9, 2005 02:04 AM

Joana às setembro 8, 2005 10:59 PM

Se o primeiro trimestre tiver um resultado -10 (por exemplo) e o segundo trimestre tiver um resultado +3, o resultado no semestre é -7, correcto?
Podemos dizer que o resultado do semestre é pior que mau, mas também podemos dizer que o do segundo trimestre é bom, correcto?

Foi isto que se passou ou há algum malabarismo que está a escapar-me?

Publicado por: (M) às setembro 9, 2005 02:12 AM

Foi um evento interessante. Com potencialidades. Há uns dias o Prof. Medeiros Ferreira reclamava no Prós & Contras a especialização de Portugal na prática de eventos. E a área da implosão é promisssora.

A ironia do Eng. Belmiro é engraçada, ao dar o detonador de brincar ao Eng. Sócrates. O Eng. Sócrates hesitou e ao fundo via-se um tipo com um capacete a fazer o gesto da detonação, para o Eng. Sócrates poder imitar.

O casal Eanes esteve presente e tudo. Soa meio estranho ouvir o Gen. Eanes a falar a lenga-lenga moderna da requalificação, desenvolvimento sócio-económico integrado, preservação sustentada da fauna e flora das dunas e da bacia hidrográfica do estuário do sado e outras coisas parecidas.

Publicado por: David às setembro 9, 2005 04:18 AM

Joana, nesses tempos eu que eu não andei por cá escreveu alguma coisa sobre o peso da "construção civil" no PIB ao longo do tempo?

Andou para aqui uma coisa má (ainda anda, aliás) que ainda não consegui identificar de todo, que terá começado com uma lei de Salazar que permitia loteamentos onde as mais-valias são arrecadaedas pelo próprio (e algo distribuídas pelos circuitos de corrupção) em vez de serem, como na Alemanha e na França, ao que me disseram, e creio que em muitos outros lados, apropriadas pelas entidades, vulgo câmaras.

Resultado: mesmo à pato-bravo - comprar terrenos agrícolas (as histórias da desanexação de RAN e de REN deve ter feito muita gente com vivendas) loteá-los e vendê-los com hiper-lucros.

Uma vez sentei-me numa rocha nas margens do Guadiana e saiu de lá um pato bravo a voar num grande escarcéu. Bom mas ao menos o bicho é bonito, com penas azuis e verdes. Os "patos-bravos" continuam (?) a ser uns gordos a sair de Mercedes.

Publicado por: pyrenaica às setembro 9, 2005 07:21 AM

Olha que isto de caçar capicuas quando toda a gente está a dormir é pacífico.

Yin-Kuo vou-te contar duas histórias engraçadas. A primeira é que ando metido para aí numa luta conceptual para que se internalize no VET das florestas o valor do O2 produzido. É engraçado porque como ainda não é escasso faz muita confusão aos economistas. Já arranjei uma fórmula capaz de dar conta dessa parcela (claro que é sempre uma aproximação, mas está bem esgalhada) e penso que arrumei os economistas a dizer que a decisão sobre a inclusão dessa parcela é política não é económica. Bom mas ainda tenho de escrever um artigo para os jornais sobre isso, senão fica tudo a assobiar para o lado.

A outra é sobre a cana-do-açúcar. Vi mosaicos de plantações lá para a África do Sul e também já em Moçambique e aquilo é impressionante, como já tinha visto em Cuba. Penso que é uma C4 não? com aquela pujança toda cheira-me que é PEP-carboxilase em acção. olha lá já não me lembro: as C4 são todas monocotiledóneas? Agora muito engraçado é que estava eu a dormir ao lado do Crocodile Bridge na entrada do Krueger e acordei às 5 da manhã com um barulho de chuva forte a cheirar a caramelo. Ora chuva com cheiro a caramelo eu não conhecia e fui ver -eram talhões de cana do açúcar a arder, um fogaréu do caraças!

E no dia a seguir percebi que aquilo é uma prática cultural com que encerra a produção, a seguir ceifa-se aquilo tudo já caramelizado.

Eu gostava que a gente fizesse uma parceria com os brasileiros para carros a bioetanol mas acho que toda a gente imagina que eu devo ter negócios suspeitosos na área. Oh meus, eu já ando a tentar minimizar o testamento!

Publicado por: pyrenaica às setembro 9, 2005 08:09 AM

Pode agradecer á “descolonização exemplar” de que infelizmente ainda há exemplares vivos o terem contribuído para arrasar a maior plantação de cana-de-açúcar do mundo que se situava na vila do Luabo em Moçambique e que conheci como as minhas mãos, se calhar até melhor graças á incomparável Patricia Carol Johnston.

Era explorada pela Sena Sugar Estates e já agora acrescento-lhe que os cozedores de açúcar eram todos mauricianos.
Aliás aquilo era um mosaico de nacionalidades, com os holandeses a dominarem os fields.

Foi seu fundador John Peter Hornung que se estabeleceu em Mopeia em 1893.
Enfim, um infame colonizador.

A Africa do Sul, coitaditos, eram do segundo pelotão!

Publicado por: carlos alberto às setembro 9, 2005 09:39 AM

pyrenaica às setembro 9, 2005 08:09 AM
conta mais dos
Diários do Pyrenaica Jones

Publicado por: xatoo às setembro 9, 2005 09:42 AM

"Falo da reforma das reformas na Admnistração Pública. Falo da colocação dos professores. Falo do congelamento das carreiras. Falo da alteração dos complementos de reforma dos gestores públicos.
O que ainda não percebi é, havendo tanto a criticar (e há) não há nada a louvar?" (Vítor)

Nestas e noutras matérias o que o governo tem feito é apenas accionar o detonador. Mas (ainda) nada aconteceu de concreto. Nem implosão, nem explosão. Apenas poeira vinda não se sabe de onde.
Será que o detonador é o tal de brincar?


Publicado por: Senaqueribe às setembro 9, 2005 09:50 AM

Aquilo de Tróia foi só um treino para o Sócrates. Quando fôr da implosão do prédio Coutinho, em Viana do Castelo, feita a expensas dos contribuintes, a sua performance já vai ser melhor. Já estou a ver o Sócrates, no alto do monte de Santa Luzia, a carregar no detonador, e a torre lá muio em baixo a cair com fragor.

E mais tarde, quando fôr da demolição das torres de Ofir - mais uma vez, a expensas do contribuinte - o tipo já fará aquilo na perfeição. Se calhar, nessa ocasião aluga-se um barco para se pôr a caixa detonadora no meio do mar, em sítio de onde a visibilidade para as câmaras de televisão será excelente (se não houver nevoeiro).

Agora a sério, apreciei o cuidado da Joana em referir "as jornalistas" no feminino. É que hoje em dia, de facto, jornalistas só mulheres. Muito jovens, e muito exploradas. Aos 35 anos de idade, ou antes, já estão todas no desemprego. E não são só as jornalistas.

Publicado por: Luís Lavoura às setembro 9, 2005 10:00 AM

Pois mas els querem lá é os portugueses. Só a falar português é que a gente faz bué de coisas a brincar. Os outros já foram. Quanto à descolonização exemplar o Mário Soares não tem culpa que viesse com décadas de atraso. Agora já passou, até já passou a ressaca, o que eles pedem é para a gente voltar, olhe cá por mim se calhar já andei lá noutra reencarnação, não sei, o que sei é que já estou cheio de saudades e tenho de atinar por cá.

xatoo, josé lusitania se não te importas. Pyrenaica é o espigão - rebenta bué de toiça, depois dos fogos.

Publicado por: pyrenaica às setembro 9, 2005 10:01 AM

Sócrates, olha esta boa ideia do:

Luís Lavoura às setembro 9, 2005 10:00 AM

Publicado por: pyrenaica às setembro 9, 2005 10:03 AM

xatoo vem lá brincar comigo àquilo do Português. Eu tenho ema namoriscada que brinca comigo nisso mas não quer dar o nome. Irrita-me que todos os homens que desafiei tenham medo.

É muito simples: o facto de eles na internet se referirem ao Português como referem (Famous diamonds Portuguese -> google) mostra que ao tentarem ainda hoje e cada vez mais apagarem o nome é porque houve apropriação indevida. Ora o que me preocupou mais foi ouvir do G. de Carvalho a mesma versão. Eu não tenho dúvias que é o diamante retratado na aklamação de D. José.

1924 é a data-chave, a data da venda das reservas de prata à Inglaterra e sei lá que mais. É a data em que o Português aparece com o nome de diamante Back, Starr & Frost no mercado.

Ora eu já escrevi para o duque de Bragança, para o J. Veríssimo Serrão e para outro sobre isto e ninguém me responde. É porque é barra pesada. Sabes como é dá-me ponta.

Ora como o bush e a barbara vão andar todos borrad@s por causa da dialéctica dos laxantes é aproveitar a conjuntura...

Publicado por: pyrenaica às setembro 9, 2005 10:21 AM

o dúvias ainda pode ficar agora não é Back é Black.

Publicado por: pyrenaica às setembro 9, 2005 10:24 AM

xatoo como é que eu faço para mandar fotos para ti, para pores no teu blog se quiseres?

Publicado por: pyrenaica às setembro 9, 2005 10:28 AM

Aliás, aquela coisa do prédio Coutinho é muito curiosa. Parece que o Estado declarou a "utilidade pública" do prédio para poder expropriá-lo. E expropria-o para o demolir! Fica-se sem saber exatamente o que é que tem utilidade pública: o prédio não será, será o terreno sobre o qual ele está construído?

Nas torres de Ofir, se elas vierem a ser implodidas, tratar-se-á de um caso de verdadeiro roubo de fundos públicos para ajuda a privados, uma vez que é mais que sabido que essas torres estão fortemente desvalorizadas, com montes de apartamentos desocupados e com os seus proprietários desinteressados deles. O Estado amigo socorrê-los-á, procedendo à demolição a expensas do contribuinte, e ainda pagando um precinho de amigo aos proprietários.

Publicado por: Luís Lavoura às setembro 9, 2005 10:31 AM

Luís Lavoura às setembro 9, 2005 10:31 AM

Como provavelmente o Governo não podia declarar a utlidade pública do não-prédio, declarou a utilidade pública do prédio.

Publicado por: David às setembro 9, 2005 10:36 AM

Foi uma situação caricata

Publicado por: Gpinto às setembro 9, 2005 10:53 AM

Aliás, uma situação completamente ao contrário da imagem de rigor que o Sócrates andou a vender ao país. Carregar num detonador a fingir só numa república das bananas.

Publicado por: Gpinto às setembro 9, 2005 10:54 AM

Já há previsões para a data final da reconstrução de Nova Orleans.

O FEMA contactou o Fundo Extraordinário de Apoio à Reconstrução do Chiado que baseando-se na expectativa da recuperação do Edifício Leonel em 2007 e na eminente reabertura do passadiço do Elevador e levando em linha de conta com a área ardida em relação á cidade de Lisboa, após complicados cálculos e consultado o INE, avançou com a data de 10.512.

Sócrates não concorda porque quer ser ele a cortar, simbolicamente, a fitinha.

Publicado por: carlos alberto às setembro 9, 2005 11:13 AM

carlos alberto: Não faça comparações dessas que desagradam aos que apenas querem dizer mal dos américas. Uma coisa não tem a ver com a outra. O facto de termos um Estado de incapazes não tem a ver connosco.

Publicado por: lopes às setembro 9, 2005 11:42 AM

O que me chateia verdadeiramente nesta história das implosões (a de ontem e as futuras)é que andou aí a sacrosanta "Iniciativa Privada", torres e torres erguendo para agora vir tudo abaixo. Com o dinheiro gasto na edificação destes abronhos, ter-se-iam construído muitas obras importantes.
Valha-nos no entanto o momento para ver o PS (Partido Sonae) no seu explendor juntando o SG e o Tesoureiro e eclipsando o Coelhone.

Publicado por: elmano às setembro 9, 2005 11:50 AM

As torres foram construídas ainda no tempo do marcelismo. Foram inauguradas pelo Thomaz.

Publicado por: AJ Nunes às setembro 9, 2005 11:52 AM

E estiveram 8 anos à espera de começarem, por causa da burocracia do nosso "Estado Social" que é o orgulho de tantos.
E as entidades estavam todas de acordo. Mesmo os ambientalistas aoenas discordam do local do embarcadouro.

Publicado por: hanibal às setembro 9, 2005 12:07 PM

Senaqueribe às setembro 9, 2005 09:50 AM

Nada aconteceu de concreto???
Vá dizer isso aos funcionários públicos com cerca de 45 anos e 30 de descontos que, recentemente, descobriram que vão ter que esperar mais uns anos pela reforma...

Publicado por: Vítor às setembro 9, 2005 12:35 PM

lopes às setembro 9, 2005 11:42 AM

Não podia estar mais de acordo consigo - temos, de facto, um Estado de incapazes.
Como o Estado somos todos nós...

Publicado por: Vítor às setembro 9, 2005 12:39 PM

O crescimento homólogo deve-se provavelmente a compras antes do aumento do IVA. No entanto o DN que parece estar ao serviço de quem está no Governo vem hoje com uma linda capa....

Publicado por: lucklucky às setembro 9, 2005 01:22 PM

Imaginem que era Santana Lopes que carregava no detonad-brinquedo. Que acham que diriam?

Publicado por: Ricardo às setembro 9, 2005 01:58 PM

Imaginem agora que o PSL se atrapalhava e carregava no detonador-brinquedo alguns segundos depois da torre começar a desabar. Que acham que a comunicação diria?

Publicado por: Ricardo às setembro 9, 2005 01:59 PM

Nunca vi nada mais deprimente. Uma palhaçada, aliás como este país.

Publicado por: Braveman às setembro 9, 2005 02:05 PM

Não será que se começa a exagerar um bocadinho?

Isto já vai em «deprimente» e o país já é «uma palhaçada»...

Com franqueza, o coiso só participou num acto simbólico. E os símbolos não têm que parecer reais.

Vocês acham mesmo que os cidadãos comuns ficam deprimidos ou se preocupam com coisas dessas?

As reformas, o preço da gasolina, o desemprego... isso sim, são coisas deprimentes.

Publicado por: (M) às setembro 9, 2005 02:31 PM

(M): Tem razão, mas:
As reformas ... só para os outros
O desemprego não paga quotas aos sindicatos
O preço da gasolina vem lá de fora

Publicado por: Surpreso às setembro 9, 2005 02:48 PM

Ainda em Relação aos incêndios vejam este texto. Por acaso já conhecia este avião. Decidamos qual é a melhor solução.

http://dn.sapo.pt/2005/09/09/sociedade/avioes_recolhem_agua_mar_para_atacar.html

Publicado por: Braveman às setembro 9, 2005 04:04 PM

Ainda em Relação aos incêndios vejam este texto. Por acaso já conhecia este avião. Decidamos qual é a melhor solução.

http://dn.sapo.pt/2005/09/09/sociedade/avioes_recolhem_agua_mar_para_atacar.html

PS. Quais serão as consequências de utilizar água do mar no combate às chamas?

Publicado por: Braveman às setembro 9, 2005 04:05 PM

Quais serão as consequências de utilizar água do mar no combate às chamas?

São os terrenos ficarem impróprios para cultivo.

Publicado por: Filipa Sequeira às setembro 9, 2005 04:11 PM

mas é certo? realmente não sei. se assim é porque estão estes aviões assim como o mais recente canadair preparados para recolher água do mar. não faria muito sentido se os terrenos ficassem estéreis, não é?
Mas entre ardido e estéreis durante algum tempo ainda prefiro a segunda opção, por causa da propagação do fogo. simplesmente não conheço as consequências técnicas. neste caso apenas coloco questões? não é assim que se aprende?

Publicado por: Braveman às setembro 9, 2005 04:18 PM

e aliás, a floresta não é propriamente cultivada

Publicado por: Braveman às setembro 9, 2005 04:19 PM

Vítor às setembro 9, 2005 12:35 PM

"Nada aconteceu de concreto."

O que eu quis dizer é que nada de positivo, de útil, de bom, aconteceu de concreto. Parece que o detonador usado pelo governo é mesmo a brincar.
Não há implosões nem explosões. Apenas poeira.

Publicado por: Senaqueribe às setembro 9, 2005 04:25 PM

Publicado por: lopes às setembro 9, 2005 11:42 AM

Estava mesmo tentado a concordar consigo, mas infelizmente uma teclada inspirada pelo mafarrico, levou-me á crónica de MST e meu caro o que Ele escreve é lido religiosamente como se Jesus voltasse á terra.
Falou está falado.

E olhe que Ele ainda está entre nós por uma unha negra, pois ameaçou ir-se embora se Santa Ana Lopes fosse primeiro-ministro.

Ora na parábola que escreve no jornal Público depois de arrear as bordoadas do costume nos do costume da maneira usual termina lapidar:

“”E se é isso que o povo quer e é isso que os políticos lhe dão, o problema não é a democracia. O problema são os portugueses.””

Assim como é que quer que concorde consigo?

Publicado por: carlos alberto às setembro 9, 2005 04:28 PM

carlos alberto às setembro 9, 2005 04:28 PM:
OK. Proponho que nas próximas eleições seja o governo a escolher o que quer para portugueses e não o contrário.

Publicado por: Coruja às setembro 9, 2005 04:37 PM

Filipa Sequeira às setembro 9, 2005 04:11 PM

Se sal se acumula em terrenos, esses terrenos ficam estéreis. Não temporariamente, mas permanentemente. Poucas plantas, cultivadas ou não, toleram terrenos com alto teor de sal.

Pode-se atirar com água do mar para cima de uma floresta a arder, desde que se tenha a certeza de que esses terrenos receberão em breve com chuva abundante. A chuva dissolve o sal e leva-o para os rios, daí para o mar. A chuva lava os terrenos do sal acumulado.

O mesmo problema, da salinização dos terrenos, pode ser grave em casos de irrigação. A água com que se irriga tem, geralmente, sais dissolvidos. Se os terrenos irrigados não forem, regularmente, lavados por chuvas abundantes, os sais começam a acumular-se e, a longo prazo, tornam os terrenos estéreis. Por isso, a irrigação pode ser um jogo perigoso. Pensa-se que o excesso de salinização dos terrenos é que terá acabado por matar a civilização mesopotâmica da antiguidade. Mas semiramis certamente nos poderá esclarecer sobre esse assunto...

Publicado por: Luís Lavoura às setembro 9, 2005 04:39 PM

mas assim não ficarão permanentemente. Quando chover há uma espécie de de-salinização. não é assim?

Publicado por: Braveman às setembro 9, 2005 04:43 PM

Braveman às setembro 9, 2005 04:43 PM

Não estou habilitado a responder-te com precisão, só agora é que regressei ao tema. A salinização dos terrenos é um problema grave, se leste há pouco tempo o que a Joana falou sobre Cartago, ou te lembrares do que o marquês de pombel mandou fazer ao palácio dos duques de Aveiro. Mas também é possível que o sal (cloreto de sódio) tenha um efeito amortecedor maior e que o sódio seja sublimado pelas altas temp+eraturas dos fogos de copas. Acho que se pode experimentar, alternando umas de água do mar com outras de água doce, talvez. nós temos o maior alago artificial da Europa com o Alqueva. Eu defendi o Alqueva também por causa dos fogos.

Ainda hoje o homem do taxi garantiu-me que os principais agentes dos fogos são os meios de combate aéreo que assim se auto-contratam. que vergonha. Vou defender que a GNR fique armada de mísseis terra-ar para o efeito.

Publicado por: pyrenaica às setembro 9, 2005 05:23 PM

Desculpem as gralhas mas estou cansadão.

Publicado por: pyrenaica às setembro 9, 2005 05:31 PM

dessa ultima parte duvido um pouco. claro que existem interesses económicos por trás dos fogos, mas ouvi um argumento de um piloto que faz todo o sentido.

os meios são alugados, certo? portanto ganham sempre e têem maior margem de lucro se estiverem paradinhos nos aeródromos sem actuar do que se estiverem no combate às chamas.

Nos meios aéreos o que existe concerteza é corrupção. ainda não os temos porque muitos secretários de estado, muitos ministros e afins devem ganhar bateladas de dinheiro por fora. claro que isto são especulações, mas penso que seja a melhor explicação.

Publicado por: Braveman às setembro 9, 2005 05:41 PM

Publicado por: pyrenaica às setembro 9, 2005 05:23 PM

Olhe que não foi ao palácio dos duques de Aveiro.
Foi ao sítio onde forem executados, e a ordem que é do Rei, para que salgassem os terrenos para que nunca nem erva daninha lá nascesse.

Coitado, não sabia que o futuro vinha ai e hoje o lugar ali bem escondidinho em Belém está rodeado de casinhas por todo o lado e só quem sabe encontra o pelourinho.

Publicado por: carlos alberto às setembro 9, 2005 05:56 PM

Eu já andei lá a cheirar e vi o pelourinho mas olhe que li que as terras salgadas eram nos terrenos do palácio dos duques de Aveiro que foi primeiro demolido e depois os terrenos salgados conforme diz, para que nada crescesse para todo o sempre. Estou enganado?

Publicado por: pyrenaica às setembro 9, 2005 06:26 PM

Nisto estou com o Louçã.

http://online.expresso.clix.pt/1pagina/artigo.asp?id=24753733

Olha-me essa carinha Dias Loureiro, que a mim não me enganas que eu sei que gostas bué de carcanhol.

Publicado por: pyrenaica às setembro 9, 2005 06:38 PM


Tem razão, erro meu.
Fiz confusão com pelourinho e habitações.
Pode conferir em:

http://www.mosteirojeronimos.pt/web_mosteiro_jeronimos/docs/desc_belem.pdf

http://www.buchholz.pt/scripts/buch/historias.exe/lisboa?id=155987&lang=pt

Publicado por: carlos alberto às setembro 9, 2005 06:44 PM

pyrenaica às setembro 9, 2005 06:38 PM:
Eu também. Acho mesmo que devemos contratar fisionomistas em vez de juízes para julgar esses facínoras.

Publicado por: Coruja às setembro 9, 2005 06:55 PM

Sobre o uso da agua salgada no combate às chamas:

Esse é o unico meio utilizado em Maiorca para combate aos muitos incêndios florestais que por lá como aqui grassam no Verão. A ilha tem falta de agua doce que aliás importa, e tem uma frota de hidro-aviões de combate a incêndios, situada em Pollença, (que treinam durante todo o ano - como aqui).

Publicado por: Joao P às setembro 9, 2005 08:16 PM

Coruja às setembro 9, 2005 06:55 PM

Se reler com mais calma o que Pyrenaica escreveu verá que ele refuta completamente a opção dos fisionomistas. Ele diz que SABE e que, por isso, a cara NÃO O ENGANA. Ou seja, a leitura da cara não serve para nada.

Publicado por: (M) às setembro 9, 2005 08:25 PM

Achei piada a ver o ar de esforço do Sócrates a carregar no detonador.
Na altura julguei que fosse a sério.

Publicado por: Valente às setembro 9, 2005 08:51 PM

O tipo dava um bom actor

Publicado por: Valente às setembro 9, 2005 08:52 PM

Constato, com alguma tristeza, que muitos dos comentadores (usando, é certo, outras palavras, e recorrendo a figuras de estilo ou, os mais eruditos, a figuras mitológicas) deste blogue se referem:
- ao país como uma catástrofe permanente, um atoleiro sem saída, uma valente merda;
- ao Governo, e aos políticos em geral, como uma cambada de inúteis e mentirosos, incapazes de uma decisão acertada.
Os únicos que se safam desta desgraça são, obviamente, os "eus" que traçam este quadro negro.

Todos conhecemos este "tipo". Lidamos com ele no dia-a-dia: no emprego, nas conversas de café, nos transportes públicos, na comunicação social, etc. Trata-se, regra geral, de alguém que, possuindo uma verbosidade crítica aguda, é incapaz de produzir seja o que for quando instado a fazê-lo, ou, sequer, de apontar uma solução adequada para um problema concreto.

Publicado por: Vítor às setembro 9, 2005 10:08 PM

Caro Quercus:

É como dizes (e ao contrário do que eu disse):

A vinha é uma C3 e a cana-de-açúcar uma C4.
Mil perdões...

Publicado por: Vítor às setembro 9, 2005 10:13 PM

Vítor, também eu estou chocado.
De facto, o país está numa catástrofe permanente, basta ver as televisões.
Está num atoleiro sem saída, basta ouvir o que a oposição diz e o que o governo não consegue fazer.

Quanto à "valente merda" é opinião sua, mas não deve andar longe da realidade

Publicado por: David às setembro 9, 2005 10:19 PM

Quanto ao Governo, e aos políticos em geral, tudo indica que sejam uma cambada de inúteis e mentirosos, incapazes de uma decisão acertada.
Pelo menos é o que tem acontecido até à data.

Publicado por: David às setembro 9, 2005 10:20 PM

E se você ouve tudo isso no emprego, nas conversas de café, nos transportes públicos, na comunicação social, etc., então é porque é uma opinião generalizada, e não apenas deste blog

Publicado por: David às setembro 9, 2005 10:23 PM

David às setembro 9, 2005 10:19 PM e David às setembro 9, 2005 10:20 PM

Pergunto-me se o David não será um dos tais "tipos" que referi...

Publicado por: Vítor às setembro 9, 2005 10:24 PM

Quanto a "apontar uma solução adequada para um problema concreto" tenho lido aqui algumas coisas interessantes.
De si, apenas tenho lido discordâncias sobre essas "coisas interessantes".

Publicado por: David às setembro 9, 2005 10:26 PM

David às setembro 9, 2005 10:23 PM

De facto, a proliferação desta "sub-espécie", tem contribuído, não para o que eles dizem se tornar uma verdade, mas, isso sim, para o estado em que o país se encontra.

Publicado por: Vítor às setembro 9, 2005 10:28 PM

David às setembro 9, 2005 10:26 PM

Isso é fácil de explicar:
ou não leu o que de concreto eu já referi, ou não percebeu.
Pelo tom que está a imprimir aos seus comentários, inclino-me para a segunda hipótese.

Mas tudo tem remédio:
- se for a primeira hipótese - sempre que o solicite (e eu seja capaz) apontarei uma solução;
- caso se verifique a segunda hipótese, procurarei escrever num português mais correcto.

Publicado por: Vítor às setembro 9, 2005 10:31 PM

Vítor às setembro 9, 2005 10:28 PM:
Que eu saiba, quem tem criticado aqui actos governativos, agora e antes, não teve responsabilidades governativas. Esses é que têm contribuido para o estado em que o país se encontra

Publicado por: David às setembro 9, 2005 11:08 PM

Vítor às setembro 9, 2005 10:24 PM:
Pergunte-se, à vontade, se eu não serei um dos tais "tipos" que referiu...
Só lhe peço que não me denuncie. Esse tipo de linguagem traz reminiscências desagradáveis à memória

Publicado por: David às setembro 9, 2005 11:10 PM

'brigado Yin-Kuo :)

Publicado por: pyrenaica às setembro 9, 2005 11:52 PM

David: Claramente não me expliquei bem.
Falo, não apenas de responsabilidades governativas, mas da responsabilidade que, cada um de nós deve assumir, de procurar mudar para melhor o seu desempenho a diversos níveis, nomeadamente como cidadão e como profissional. Falo também do facto de, não podermos, simplesmente, ficar aqui a lamuriarmo-nos contra o estado do país e a criticar as decisões dos outros. A nossa crítica terá mais legitimidade quando demonstrar-mos possuir cabeça para pensar e vontade de agir.
Dou-lhe um exemplo que tem sido largamente debatido: o problema da economia. Tudo o que se tem dito resume-se a meros chavões inócuos: é preciso apostar na exportação e no sector produtivo; temos que aumentar a nossa competitividade; etc. Pelo menos da cabeça de quem sabe (os economistas) é expectável que se refira quais as medidas concretas que devem ser adoptadas e os sectores nos quais se deve apostar. Principalmente quando o discurso se resume à crítica de todas as medidas adoptadas pelo governo.

Publicado por: Vítor às setembro 9, 2005 11:57 PM

Olha lá não achas bem uma parceia luso-brasileira para construir carros a bioetanol para exportar para a Europa que não tem petróleo?

Aproveitar as hipóteses de regadio do Alqueva para por uma ou várias C4 (também podem ser C3, não sou sectário) a crescer em mosaicos equilibrados agro-florestais com protecção da biodiversidade?

E com que plantas? A beterraba acho que já se foi nem percebi porquê.

Publicado por: pyrenaica às setembro 9, 2005 11:57 PM

Tudo o que seja parceria luso/brasileira parece-me bem (em particular se atentarmos no género das palavras "luso" e "brasileira")...

Quanto ao bio-etanol, concordo. Mas, não tarda nada vem aqui um entendido dizer que o custo de produção desse combustível é demasiado elevado.
Os economistas são uns desmancha-prazeres...

Publicado por: Vítor às setembro 10, 2005 12:00 AM

David às setembro 9, 2005 11:10 PM

Só mais uma coisa, David: leia qualquer estudo sobre a obra de Gil Vicente. Perceberá porque coloquei os "tipos" entre aspas e deixará de falar em "reminiscências desagradáveis à memória (sic)"...

Publicado por: Vítor às setembro 10, 2005 12:03 AM

Então olha lá e que tal vinha para fazer bioetanol mediterrânico? Vai pensando nisso, não tem que saber bem, mas tem que produzir muito.

Publicado por: pyrenica às setembro 10, 2005 12:11 AM

Já é feito.
Na OCM do vinho (Regulamento 1493/99) está prevista a obrigatoriedade de destilação dos subprodutos do vinho (borras e bagaços de uva).
O produto resultante desta destilação é, maioritariamente, um álcool a mais de 92% v/v.
O destino habitual deste produto é a venda para a América do Sul ou Caraíbas para... combustível.
Em Portugal já se produzem uns milhões de litros.

Publicado por: Vítor às setembro 10, 2005 12:20 AM


Boa Yin-Kuo!

Atenção assessores do Governo! fazer bioetanol cá, para arrecadar a mais-valia, de acordo com comentário supra. E pópós também.

PS não me obriguem a escrever mais um para os jornais sobre isto, tá?

Publicado por: pyrenaica às setembro 10, 2005 12:34 AM

O Gil Vicente punha "tipos" entre aspas?

Publicado por: Gary às setembro 10, 2005 09:20 AM

No tempo de Gil Vicente já havia aspas?

Publicado por: lopes às setembro 10, 2005 11:02 AM

Gary às setembro 10, 2005 09:20 AM
lopes às setembro 10, 2005 11:02 AM

Se existe uma qualidade que confere um lastro pesadíssimo aos argumentos dos nossos interlocutores, é a ignorância...

Publicado por: Vítor às setembro 10, 2005 10:44 PM

Vítor: Veja lá não se afunde

Publicado por: lopes às setembro 12, 2005 09:54 AM

lopes às setembro 12, 2005 09:54 AM

Estou afundado e sem argumentos...

Publicado por: Vítor às setembro 12, 2005 11:51 PM

Pois eu então estou à cata de uma capicua.

Publicado por: pyrenaica às setembro 13, 2005 03:07 PM

Este post tá com piada.

Publicado por: Lemos às setembro 13, 2005 04:47 PM

Antes que o pyrenaica me tope

Publicado por: Coruja às setembro 13, 2005 05:48 PM

tem que ser depressa

Publicado por: Coruja às setembro 13, 2005 05:49 PM

pois ele pela-se por isto

Publicado por: Coruja às setembro 13, 2005 05:49 PM

E já agora o centenário

Publicado por: Coruja às setembro 13, 2005 05:50 PM

;-))))))))))

Publicado por: pyrenaica às setembro 13, 2005 06:03 PM

Mas ficas a saber que já que andaste para aqui a f. o meu computador, fiz uma pequena invocação karmica: que te caiam as penas do c*! Assim tens que ficar encostad@ a uma parede por causa das coisas...

Publicado por: pyrenaica às setembro 13, 2005 09:10 PM

A destempo? Ora!

Publicado por: Surama às setembro 14, 2005 06:48 PM

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