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setembro 11, 2005

Adoração a Hermes

Há pessoas e instituições que foram sacralizadas pelos Deuses ou pelos seus representantes. Há todavia uma que tem a característica curiosa de ter sido beatificada e santificada por ela própria: a comunicação social. A Alta Autoridade para a Comunicação Social (AACS) considera que a decisão do Grupo Espírito Santo (GES) de cortar a publicidade na imprensa do grupo Impresa constitui uma tentativa de pressão. Todavia reconheceu que “Expresso não acolheu o contraditório” quando elaborou as notícias sobre o “mensalão” do Brasil, apesar de ter "informação que lhe havia sido fornecida a tempo pelo grupo financeiro". Ou seja, o Expresso prevaricou nas regras deontológicas, mas o GES deveria continuar a levar-lhe as oferendas prescritas nos Mandamentos e que constituem matéria de devoção incontornável.

Os Deuses não se discutem. Mesmo que incorram em alguma diabrura (e sabe-se como os Deuses clássicos eram travessos entre si e com os mortais), a missão dos mortais é continuar a adorá-los e garantir a sua benevolência e bons auspícios através de oferendas. Não o fazer constitui um pecado, reconhecido pela lista de Mandamentos da AACS. O castigo? Se os mortais não consagram a sua devoção pelas oferendas, os Deuses vingam-se pela maledicência. Hermes não era apenas Deus da retórica e das mensagens olímpicas, era também o Deus dos ladrões.

Publicado por Joana às setembro 11, 2005 08:41 PM

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Comentários

Olhe que sócrates foi justamente acusado de impiedade, ou seja desrespeito pelos deuses.

Publicado por: pyrenaica às setembro 11, 2005 09:00 PM

pyrenaica às setembro 11, 2005 09:00 PM:
Isso não foi bem assim. Após a Queda de Atenas, em 404 a. C., com o fim da Guerra do Peloponeso, Crítias e Cármides (tios de Platão e discípulos de Sócrates) tornaram-se líderes dos Trinta Tiranos, governo-fantoche imposto por Esparta. Oito meses depois, em 403 a. C., Crítias e a guarnição espartana foram surpreendidos e derrotados pelos democratas, tendo ambos os tios de Platão perdido a vida na batalha. Com a paz, restaura-se a democracia em Atenas.

Publicado por: Joana às setembro 11, 2005 09:53 PM

Assim que a normalidade legal foi restabelecida em Atenas, instaurou-se um processo contra Sócrates. Era acusado de ter conduzido a educação dos mais perniciosos inimigos do Estado: Alcibíades, Crítias e Cármides.

Contudo, a amnistia para os crimes políticos cometidos antes da restauração da democracia criou alguns óbices à acusação, impedindo-a de invocar explicitamente esses casos. Além do mais a intenção dos acusadores não era tanto a de punir Sócrates pelos eventos políticos do passado que, mas sim impedi-lo de continuar a difundir as suas doutrinas, as quais, em face dos resultados, dificilmente poderiam deixar de considerar perigosas para o Estado. Basta ver que diversos discípulos de Sócrates haviam colaborado com Esparta e com o regime totalitário.

Publicado por: Joana às setembro 11, 2005 09:54 PM

Por estas razões, a acusação formal baseou-se numa denúncia algo extravagante, imputando ao filósofo o delito de corromper a juventude e exercer actos de impiedade, assim como a tentativa de introduzir novas práticas religiosas na cidade, que era uma forma enviesada de o acusar de instruir discípulos em teorias que não eram consentâneas com o regime democrático.

Na sua defesa, Sócrates realçou o antagonismo que nutria contra a política dos Trinta Tiranos, evocando o facto de ter arriscado a vida com a sua recusa em deixar-se implicar num dos crimes perpetrados por estes. Recordou, igualmente, aos jurados a presença entre os seus colaboradores de pelo menos um fervoroso democrata, Querefonte, activo no combate contra os Trinta (e que, ao que se julga, terá morrido na luta).

Publicado por: Joana às setembro 11, 2005 09:56 PM

Pensa-se que não terá havido da parte do líder democrático encarregue da acusação uma intenção de fazer de Sócrates um mártir, mas apenas de garantir o seu exílio. O plano, porém, falhou devido à recusa de Sócrates em abdicar dos seus princípios (ao contrário do Sócrates da actualidade). Segundo parece Sócrates procurava simplesmente lutar por aquilo que acreditava ser justo, pelo trabalho da sua vida. Nunca pretendera minar a democracia, mas apenas instilar-lhe a fé que considerava necessária. Tinha sido essa a missão da sua existência e sentia-a agora seriamente ameaçada. A traição dos seus antigos companheiros colocava a sua obra numa perspectiva que devia tê-lo perturbado profundamente, levando-o talvez mesmo a considerar o julgamento como uma oportunidade para demonstrar a constância da sua lealdade ao Estado e à democracia.

Publicado por: Joana às setembro 11, 2005 09:57 PM

Sócrates deu uma ideia mais cabal das razões da sua atitude quando lhe foi concedida a hipótese de fugir. Se a tivesse aceite, exilando-se, toda a gente passaria a considerá-lo um opositor à democracia; recusando-a, gozava da possibilidade de exprimir a sua posição.

Esta explicação, expressa sob a forma de última vontade, vem mencionada no Críton de Platão. O seu teor é simples. Se partir, refere Sócrates, estou a violar as leis do Estado, provando a minha deslealdade e lesando a cidade. Ao passo que, se ficar, estarei a testemunhar incontestavelmente da minha fidelidade ao Estado e às suas leis democráticas, desmentindo assim ter alguma vez sido um opositor do regime. Não há prova mais cabal da minha lealdade do que a vontade de morrer por ela”.

Portanto, Sócrates foi julgado pelo facto de discípulos deles serem membros das forças anti-democráticas pró-Esparta. Não era intenção dos seus acusadores condená-lo à morte. Foi Sócrates que, para provar o seu apego à nova situação colocou os acusadores na impossibilidade de terem alternativa à acusação à morte.

Publicado por: Joana às setembro 11, 2005 10:00 PM

valham-me os deuses
Que raio de post mais mal descascado,,, na efeméride podia-se ter arranjado melhor - por exemplo: são evidentes as semelhanças entre o 11/9 na ascenção do IV Reich com o Incêndio do Reichtag na ascenção do III Reich
http://www.whatreallyhappened.com/911_reichstag.html


Publicado por: xatoo às setembro 11, 2005 10:09 PM

Este blog , às vezes, faz lembrar certa comunicação social desportiva e não só : uma vez que o "glorioso" levou um banho de bola e está abaixo da linha d'água, vá de dar mais importância aos desacatos dos índios das claques do que propriamente à derrota do clube dos 6MM!
Por isso Joana entretem o pessoal com as birras de 2 "instituições" do regime : o BES e o Expresso !

Publicado por: zippiz às setembro 11, 2005 10:20 PM

Não percebo nada disto.
Mas então já houve outro sócrates antes do Nosso?

Publicado por: carlos alberto às setembro 11, 2005 10:37 PM

Havia. O antigo, era filósofo e morreu por causa da política. O moderno é político e vai morrer por excesso de filosofia

Publicado por: Coruja às setembro 11, 2005 10:48 PM

O outro Sócrates era de brinquedo. O Nosso é que é a sério.

Publicado por: Mafarrico às setembro 11, 2005 10:54 PM

Mafarrico às setembro 11, 2005 10:54 PM:
Não será ao contrário?

Publicado por: Diana às setembro 11, 2005 10:58 PM

Este é de plástico.

Publicado por: Diana às setembro 11, 2005 11:00 PM

O que eu gostava mesmo é que a Joana nos dissesse como é que, hoje-hoje, define «a» democracia, sem que se refugie (estou só a exorcizar) no «menos mau de todos os regimes» ou na natural «imperfeição de todos os regimes» ... é que, por muito que custe reconhecer, o PS está a pegar no touro pelos cornos. Devagar, mas pelos cornos. Essa é que é essa.

Publicado por: asdrubal às setembro 11, 2005 11:36 PM

Excelente essa descrição do processo de Sócrates.

Publicado por: Fred às setembro 12, 2005 12:54 AM

O Nosso Sócrates é cabo de forcados?
Usa barrete vermelho?
Pega pelos cornos?
Ou será de cernelha?

Publicado por: Senaqueribe às setembro 12, 2005 09:42 AM

Sim Joana, também conheço a história, até fui à procura do livro onde tenho o resultado das votações do processo, mas não encontrei. A 1ª condenação foi votada por uma margem mínima, nesta hipótese Sócrates poderia contrapor uma pena leve, como uma multa, mas o que ele contrapôs foi qualquer coisa como ser venerado como um deus. Perante esta provocação a 2ª votação, da condenação à morte, foi bastante mais expressiva. Cicuta malhada.

Publicado por: pyrenaica às setembro 12, 2005 09:42 AM

Ei toiro lindo !!!

""O touro foi abatido ilegalmente ao fim da tarde de sábado na vila de Monsaraz, no final de uma novilhada popular, cumprindo a tradição reivindicada pela população local. O golpe fatal foi desferido cerca das 20h05 mas não foi presenciado pela assistência - cerca da 1.400 pessoas, segundo a organização -, por o animal ter sido coberto com um pano negro.
O touro foi abatido apesar de a autorização excepcional para o espectáculo com touro de morte ter sido recusada pela Inspecção-Geral das Actividades Culturais (IGAC). Com a morte do touro, apesar de ilegal por não ter sido reconhecido o carácter de excepção previsto na legislação, a população de Monsaraz cumpriu a promessa de manter a tradição que reivindica.""

in Público de hoje

Só dois é que viram, o matador e o toiro e ambos não querem falar !

Publicado por: carlos alberto às setembro 12, 2005 09:48 AM

asdrubal às setembro 11, 2005 11:36 PM:
À medida que os meses passam a nossa situação financeira é mais grave e não há volta a dar-lhe. O PS podia prometer muito antes, mas entalado entre a nossa situação e as exigências de Bruxelas, sem possibilidade de recorrer à política cambial, tem que fazer qualquer coisa.
Começou pelo lado mais fácil e popularucho. O aumento da idade de reforma para os fp é justo face aos restantes, mas traz poucas vantagens financeiras. Em contrapartida mantém ao serviço pessoal que, em muitos casos, já deveria ter sido substituído por gente mais nova. Espera-se pelas auditorias, para ver o que dão.

O mesmo sucede com as férias judiciais. Isto são amendoins. Rapidamente Sócrates será confrontado com a necessidade de tomar medidas mais profundas

Publicado por: Joana às setembro 12, 2005 10:14 AM

Sócrates não pegou o touro pelos cornos ... o touro é que o persegue.

Outra coisa: O PS tem mais possibilidades de fazer reformas que o PSD. Se o PSD pretende fazer reformas tem o PS e toda a esquerda aos gritos contra. Se o PS pretende fazer, apenas tem os radicais de esquerda contra.
O PS tem uma política na oposição e outra no governo (desde que forçado pelas circunstâncias, que foi o que não sucedeu, infelizmente, no tempo de Guterres)

Publicado por: Joana às setembro 12, 2005 10:15 AM

É ... «senaqueribe», vai pegando "pelos cornos" umas quantas corporações, disso não há dúvida. Dúvida poderá existir quanto à eficácia estrutural das medidas. Consta, por exemplo, que as Forças Armadas têm um quadro de Oficiais-Generais perfeitamente desproporcional ao planeamento e renovação dos meios. Por exemplo ...

Publicado por: asdrubal às setembro 12, 2005 10:20 AM

asdrubal às setembro 11, 2005 11:36 PM
"Democracia" é p/e aquilo que vai acontecer na Alemanha esta semana.
Como o Partido dito socialista se fracturou pela cisão do Óscar Lafontaine (que raio de nome para um alemão!) Shroeder e a madame Merkel já falam abertamente numa grande coligação ao Centro - a solução do costume = 70% do "eleitorado" - senão não há financiamento americano para a crise.
Melhor do que isto, o Bush que explique,,, (ele vai à ONU esta semana).
o que a Joana deveria explicar é como e onde influem os eleitores nisto,,,
desta reedição de Democracia grega estamos nós todos fartinhos,,,

Publicado por: xatoo às setembro 12, 2005 10:21 AM

xatoo às setembro 12, 2005 10:21 AM

Oskar Lafontaine é do Saarland, o estado alemão mais próximo da Alsácia. Não é pois, talvez, de espantar que tenha um nome francês. Tal como há imensos alemães com nomes polacos (fruto da emigração de trabalhadores polacos para a Alemanha no século 19), e tal como há imensos franceses com nomes alemães.

Lafontaine é conhecido na Alemanha como "o pequeno Napoleão" devido às suas posses imperiais, à sua pequena estatura, e a variadas excentricidades. E ao facto de ser de origem francesa, penso.

Publicado por: Luís Lavoura às setembro 12, 2005 10:31 AM

Pois seja então, Joana, o touro que o persegue mas reconheça-se que o homem tem tido coragem.
E, é verdade, também fiquei muito admirado com as fracas vantagens financeiras decorrentes do aumento da idade da reforma na FP. Duzentos milhões de euros em quatro anos, quando se prevê um gasto de cem milhões só nas próximas autárquicas ... fica-se de cara à banda !

Publicado por: asdrubal às setembro 12, 2005 10:36 AM

Luis: Oskar Lafontaine é de origem francesa, mas remota. Os seus antepassados eram huguenotes franceses fugidos das perseguições religiosas do séc. XVII

Publicado por: EUROLIBERAL às setembro 12, 2005 10:40 AM

Não tarda nada vou sair, ams antes deixo-vos aqui o pequeno exercício spinoziano matinal:

Definitionis vero rei increatae haec sunt requisita.

1. Ut omnem causam secludat, hoc est, objectum nullo alio praeter suum esse egeat ad sui explicationem.
----------------------------------------------
These are the requirements for the definition of an uncreated thing:

1. That it should exclude every cause, ie, that the object should require nothing else except its own being for its explanation.

Publicado por: pyrenaica às setembro 12, 2005 11:00 AM

Olhem já é a 3ª vez que concluo, o latim é mais compacto que o inglês, logo mais performativo em termos de densidade semântica, não?

Publicado por: pyrenaica às setembro 12, 2005 11:02 AM

Uma coisa ainda. Ontem à noite com essa coisa da manif dos militares, dei comigo a pensar: os professores ainda dão aulas ( oq eu é bem cansativo, diga-se) os funcionários públicos civis têm muitas vezes trabalhos penosos e mal pagos. Agora os militares fazem o quê? Andam metidos com si próprios e pouco mais. Porque é que não contribuem para prevenir e apagar os fogos ou coisas parecidas?

Publicado por: pyrenaica às setembro 12, 2005 11:11 AM

Os militares estão á espera que o governo declare guerra à Espanha para reaver Olivença.

Publicado por: Senaqueribe às setembro 12, 2005 11:26 AM

Adoro a Hermés! Adoro, adoro.

Publicado por: Esquadrao G às setembro 12, 2005 11:27 AM

estou viciado

Publicado por: pyrenaica às setembro 12, 2005 11:39 AM

em mais uma?

Publicado por: pyrenaica às setembro 12, 2005 11:39 AM

Olha um aviso para Portugal:

http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=10&id_news=191785

Publicado por: pyrenaica às setembro 12, 2005 11:40 AM

Não acho que isso seja um aviso para Portugal. Acho que é um aviso para os mentecaptos que continuam a defender ou a dar cobertura a esses criminosos.

Publicado por: AJ Nunes às setembro 12, 2005 02:16 PM

É um aviso que não serve de nada, pois esses mentecaptos estão cegos pelo seu ódio à civilização ocidental que tem permitido que eles se exprimam com à vontade e que apoiem aqueles que a querem destruir

Publicado por: AJ Nunes às setembro 12, 2005 02:18 PM

Mas é a própria tolerância da nossa civilização que os vencerá, como tem vencido todas as perversões totalitárias até à data.

Publicado por: AJ Nunes às setembro 12, 2005 02:19 PM

Os Deuses não se discutem.
---
"Às almas dilaceradas pela dúvida e o negativismo do século procurámos restituir o conforto das grandes certezas. Não discutimos Deus e a virtude; não discutimos a Pátria e a sua história; não discutimos a autoridade e o seu prestígio; não discutimos a família e a sua moral; não discutimos a glória do trabalho e o seu dever.” (Anónimo, séc.I antes de Sócrates)
---

Publicado por: Senaqueribe às setembro 12, 2005 03:21 PM

Não me parece que esse texto seja anónimo. Não retire os direitos de autor ao Salazar

Publicado por: Hector às setembro 12, 2005 03:32 PM

Uma coisinha para o sapatinho do Menino Jesus dos Jornalistas ...

http://doportugalprofundo.blogspot.com/

Publicado por: asdrubal às setembro 12, 2005 03:37 PM

José José Saramago Saramago acaba de ser proposto para o Nobel da Medicina.
Com efeito e de uma maneira que mantém secreta criou no próprio corpo um outro coração absolutamente natural que funciona em paralelo com aquele que Deus (salvo seja) lhe deu.

Com o original vota no kamarada de Sousa para Presidente.
Com o outro não se importava de pertencer á Comissão de Honra para a Eleição do Avozinho.

O mais curioso é que externamente não se nota nenhuma modificação tendo ficado tudo absolutamente igual.
Com grande desgosto da Pilar.

Publicado por: carlos alberto às setembro 12, 2005 04:22 PM

pyrenaica às setembro 12, 2005 11:11 AM
Se os militares com contrato para "defender a Pátria" não acatarem a proibição, o Governo chamará a Nato?
tambem aqui, se verificará a divisão internacional do trabalho? perdão: do Patriotismo?

Publicado por: xatoo às setembro 12, 2005 06:48 PM

Luís Lavoura às setembro 12, 2005 10:31 AM
concluindo:
o Lafontaine ser conhecido por ser da esquerda anticapitalista é que se torna pouco provável, a avaliar pela barragem que lhe fazem na comunicação social. Nesta "democracia" este tipo de debate, não é admissivel.

EUROLIBERAL às setembro 12, 2005 10:40 AM
Não estou minimamente interessado em saber onde é que pariram o homem,,,
Estou interessado em debater é onde, quem,e porquê, se pariu o sistema vigente.

Publicado por: xatoo às setembro 12, 2005 06:55 PM

AJ Nunes às setembro 12, 2005 02:18 PM

Não sei se me está a chamar mentecapto, mas olhe que o meu narcisismo aguenta isso e muito mais.

Não tenho ódio pela nossa civilização embora tenha desgosto que ainda estejamos em sistemas dominados pela struggle for existence em vez de pela biofilia, como expus noutra série de comentários.

Também não tenho ódio ao Islão embora não gostasse de forma alguma de viver num regime de fundamentalismo islâmico, aliás já me devia ter acontecido alguma coisa à garganta. Pena tenho que com esta extremação de posições se fique mais distante do espírito ecuménico e libertário do califado de Córdova.

Mas considero a invasão do Iraque grotesca, e continuarei a opor-me a ela, bem como a todas as incursões bélicas do imperialismo anglófono, ditadas pelos interesses económicos e geo-estratégicos, envolvidos numa capa de hipocrisia retórica. Esta parte sim: tenho nojo.

Publicado por: pyrenaica às setembro 12, 2005 07:54 PM

capicua!

Publicado por: pyrenaica às setembro 12, 2005 08:11 PM

É obrigação dos capitalistas custearem os jornais.

Publicado por: Rave às setembro 14, 2005 08:24 PM

Foi dado este papel aos capitalistas: o de serem masoquistas.

Publicado por: Rave às setembro 14, 2005 08:25 PM

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