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agosto 12, 2005
Pensamentos para fds
Embora só alguns estejam aptos a gizar uma política, todos são capazes de a julgar
Péricles, Atenas, Século V AC.
Todos têm opiniões sobre a política, poucos são capazes de a julgar, nenhum se revelou apto a gizar uma política capaz.
Semiramis, Portugal, Século XXI AD
O caminho platónico da servidão:
É ao líder que se deve olhar e seguir fielmente, mesmo nos assuntos mais triviais
A sua alma deverá, paulatinamente, ir renunciando ao sonho de agir por livre iniciativa, até se tornar totalmente incapaz de o fazer. Platão (via Popper)
Publicado por Joana às agosto 12, 2005 02:42 PM
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Comentários
Parabéns Joana. Dificilmente podia escolher melhor.
Logo o político (Péricles) que mandou que se construísse o Partenon de Atenas, e que imprimiu nesta cidade-estado, um notável desenvolvimento a todos os níveis.
Curiosamente (se estou a confundir, corrijam-me por favor) Péricles foi acusado de gastar demasiado dinheiro em obras públicas de pouca utilidade.
Em resposta, Péricles alegou que as obras tinham retorno na ocupação de artistas e sobretudo, artesãos.
Qualquer semelhança com a realidade portuguesa actual é pura coincidência.
Já agora:
A frase de Péricles é a mais acertada.
Não admira é a mais curta...
Publicado por: Vítor às agosto 12, 2005 03:08 PM
Subscrevo o comentário do Vítor.
Quanto à frase de Semiramis, ela julga-se a si própria.
Quanto ao Platão, duvido muito que se possa fazer essa interpretação: aconselho a tod@s a Republica e para temas fracturantes o Banquete (Symposium).
Publicado por: pyrenaica às agosto 12, 2005 04:25 PM
Um pensamento semelhante ao de Péricles:
As pessoas dividem-se em três níveis de inteligência. Há as que são capazes de ter ideias originais. Há as que não são capazes de ter ideias, mas são capazes de compreender as ideias que outros tiveram. E há as que nem sequer são capazes de compreender corretamente as ideias.
Publicado por: Luís Lavoura às agosto 12, 2005 04:46 PM
Pois eu acho que há só dois tipos de pessoas:
- As que flam com das coisas, de forma errada, origianal, acertada, enfadonha, etc.
- E há aquelas que as constroem.
Publicado por: Mário às agosto 12, 2005 04:55 PM
Luís Lavoura às agosto 12, 2005 04:46 PM:
Esses conjuntos não são exclusivos.
Há pessoas que são capazes de ter ideias originais mas não são capazes de compreender corretamente as ideias dos outros.
Publicado por: Rui Sá às agosto 12, 2005 04:56 PM
Mário às agosto 12, 2005 04:55 PM:
Tem razão. Lá diz o ditado: Quem sabe faz, quem não sabe, ensina.
Publicado por: Rui Sá às agosto 12, 2005 04:59 PM
Ou como diz a Joana no post: Todos falam, poucos falam sabendo do que falam e fazer ... é o fazes!
Publicado por: Rui Sá às agosto 12, 2005 05:01 PM
pyrenaica às agosto 12, 2005 04:25 PM
Olhe que quanto à frase de Péricles, ele também se julgava a ele próprio.
Publicado por: Rui Sá às agosto 12, 2005 05:03 PM
Publicado por: Rui Sá às agosto 12, 2005 04:59 PM
Correcção: Quem não sabe, dá aulas, que para ensinar é preciso saber... Por isso é que as coisas verdadeiramente úteis se aprendem depois, quando já se está a trabalhar.
Publicado por: Pedro Oliveira às agosto 12, 2005 05:16 PM
Publicado por: Rui Sá às agosto 12, 2005 04:59 PM
Em castelhano esse ditado tem pouco sentido, por "ensiñar" significa mostrar como se faz e não apenas dizer.
Talvez daqui se explique o nosso atraso, porque na própria linguagem somos menos práticos que os espanhois.
Publicado por: Mário às agosto 12, 2005 05:25 PM
Platão ficou muito mal na fotografia. Também, quem preconizava uma sociedade de castas como a ideal.
Publicado por: David às agosto 12, 2005 06:21 PM
26 séculos depois parece que estamos pior que no tempo de Péricles.
Publicado por: Diana às agosto 12, 2005 06:31 PM
Havia um sujeito que me dizia: ensinar (ou dar aulas) é fácil; projectar já é complicado; mas fazer ... fazer é que é mesmo difícil.
Publicado por: Diana às agosto 12, 2005 06:33 PM
Ora se a Joana em tempo de férias fizesse um post sobre a história de Gracia Mendes, ou sobre a L Borgia, era bem mais engraçado.
Publicado por: pyrenaica às agosto 12, 2005 06:41 PM
... do que o post técnico anterior, não me refiro a este, bastou recordar-nos Péricles para ficar importante. Quanto a Platão há que não esquecer as Formas ou Ideías, mas concordo que legitimar um sistema de castas fazia sentido na altura, hoje não.
Publicado por: pyrenaica às agosto 12, 2005 06:54 PM
lá é barra pesada:
http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=10&id_news=187590
Publicado por: pyrenaica às agosto 12, 2005 07:06 PM
Pois é Diana: estamos cada vez mais na mesma
Publicado por: Sa Chico às agosto 12, 2005 07:51 PM
Esse verbo castelhano terá os seus atributos; mas um deles não é por certo a existência...
Publicado por: Esfinge às agosto 12, 2005 07:53 PM
pyrenaica às agosto 12, 2005 06:54 PM:
O post anterior devia ter uma clientela definida. Há economistas que frequentam este blog.
Há que satisfazer os diversos clientes. Não é esse o segredo de qualquer negócio?
Quem era esse Gracia Mendes?
Publicado por: Sa Chico às agosto 12, 2005 07:56 PM
A situação portuguesa é muito melhor traduzida pela frase de autor anónimo, nascido no século XIX:
"Em política o que parece é..."
Publicado por: Albatroz às agosto 12, 2005 08:01 PM
Popper, um anti-liberal?
É sabido que Popper elegeu Platão, Hegel e Marx como os inimigos da sociedade aberta. Os três seriam, para ele, defensores de Estados totalitários. Mas a verdade é que quem analisa o pensamento político destes filósofos, e não o relaciona com o resto da sua filosofia, acaba por tirar conclusões apressadas. De facto, para Hegel acima do Estado está a arte, a religião e a filosofia; e aquele é a síntese entre o direito e a moralidade, isto é, a união entre a vontade geral e a vontade individual. Para Marx, o Estado é uma instituição que não existe numa sociedade comunista; e apenas existe para defender os interesses da classe dominante. E para Platão, é porque há um mundo das ideias (e da verdade) e um mundo das coisas (e da aparência), que cabe apenas aos reis-filósofos governarem.
Ora, em muito daquilo que escreveu e disse, Popper acabou por subscrever determinadas ideias políticas destes três filósofos malditos, o que, de acordo com o seu liberalismo, faria dele um liberal com tendências totalitárias. Mas se nos filósofos anteriores o «totalitarismo» é justificado pelo respectivo sistema filosófico, no caso de Popper ele surge como resposta às deficiências das ditas sociedades livres e abertas; surge como um reconhecimento de que a liberdade e a abertura têm limites! E isto não deixa de ser um ataque a um sistema que é tão utópico e platónico como aqueles que Popper critica.
Uma das suas criticas à liberdade e abertura é bem conhecida: Popper considerou que a televisão constituía um perigo para a democracia. Disse ele que «a televisão tornou-se num poder incontrolado, e qualquer poder incontrolado contradiz os princípios da democracia». Percebe-se que Popper veja a televisão como um veículo de demagogia, populismo e influência excessiva sobre as massas que seriam, assim, facilmente manipuladas. Mas, em última instância, o que ele está a defender è a posição platónica, segundo a qual devem existir «reis-filósofos» que nos dizem a verdade e que nos orientam, pois há muitos sofistas no século XX, que nos pretendem enganar e adquirir poder. Por outro lado, nesta sua critica pode-se ver, também, um ataque de Popper ao funcionamento liberal do mercado, pois não seriam as leis do mercado a determinar o que se vê ou não vê na televisão, mas esta seria controlada.
E quem fala da televisão pode falar de outra actividade económica qualquer. È o próprio Popper que o reconhece quando afirma o seguinte: «É absolutamente verídico ser possível que alguns problemas a poluição do ar, por exemplo necessitem de uma legislação específica. Há adoradores ideológicos do denominado mercado livre que pensam que tal legislação que limite a economia de mercado é um passo perigoso no caminho da escravidão.Mas isso também é um disparate ideológico.» Aqui já algo de hegeliano! De facto, caberia ao Estado ser a materialização do dever-ser: os valores ecológicos não seriam os valores de um individuo a ou b, mas seriam antes os valores de toda uma comunidade. E assim far-se-ia a síntese entre o direito e a moralidade.
E que dizer da «adoração ideológica do denominado mercado livre»? Bem, se nas suas criticas anteriores já se vê uma alguma convergência de Popper com Marx, na medida em que ele ataca o funcionamento «livre» do mercado, agora quase que subscreve a ideia de alienação ideológica desenvolvida por Marx. E digo quase porque enquanto para o materialista Marx as ideologias são um resultado das relações materiais de produção, para Popper há liberais que dizem disparates.
PS: Numa votação organizada pela BBC com o objectivo de eleger o maior filósofo de todos os tempos, Marx ficou em primeiro lugar, Platão ficou em quinto e Popper ficou em décimo (à frente de Hegel). Será que a BBC é perigosa ou é o Popper que é excessivamente idolatrado pelos liberais?
Publicado por: Carlos às agosto 12, 2005 08:09 PM
Bem, vou passar cerca de 3 semanas de férias, mas estarei por aqui. Só não garanto o ritmo normal.
Publicado por: Joana às agosto 12, 2005 09:54 PM
Mas surpreende alguém Marx ser considerado o maior filósofo de todos os tempos?
Se as suas ideias não fossem tão apelativas tinham nascido e morrido imediatamente. Contudo, a profundidade de algo não está em satisfazer os desejos imediatos de alguém, mas sim em conseguir levar as pessoas mais além.
Publicado por: Mario às agosto 12, 2005 10:02 PM
Carlos às agosto 12, 2005 08:09 PM:
Não vejo como considerara televisão como um veículo de demagogia, populismo e influência excessiva sobre as massas seja equivalente a defender a posição platónica, segundo a qual devem existir «reis-filósofos» que nos dizem a verdade e que nos orientam.
Eu partilho da opinião de Marx (Groucho) que a TV é um importante factor de cultura: quando se liga o aparelho, vou para a biblioteca ler um livro
ou para este blog escrever um post (enfim
uma cultura menor)
Publicado por: Joana às agosto 12, 2005 10:03 PM
Carlos às agosto 12, 2005 08:09 PM:
O que diz sobre a relação teoria neoclássica ecologia, não é verdade. Há economistas neoclássicos, como Coase que pretendeu demonstrar que a negociação mercantil entre poluidores e vítimas da poluição sobre os direitos privados à degradação do meio ambiente pode ser mais racional que as proibições do Estado. Mas o Teorema de Coase já tem mais de 60 anos. Hoje em dia preferem a solução de atribuir um preço a bens e serviços ambientais, o que pode ser feito por diferentes métodos, ou encontrar processos sociais tais como o princípio «poluidor-pagador», o qual permite avaliar monetariamente o custo da sobreexploração de certos recursos naturais ou o da poluição. Ou a definição de valores máximos de descarga, em situações em que isso seja necessário, por impossibilidade de atribuição desses preços.
É óbvio que o problema dos bens ambientais (qualidade do ar, água, etc.) é a inexistência de direitos de propriedade desses bens. Na ausência destes, e se o problema transcender uma comunidade, terá que ser o Estado, ou a união de todos os Estados, a assumirem-se como proprietários desses bens e a transaccionarem esses bens com a população que os usa.
Em que é que isso é hegeliano???
Publicado por: Joana às agosto 12, 2005 10:17 PM
Quanto à votação organizada pela BBC com o objectivo de eleger o maior filósofo de todos os tempos, Marx ficou em primeiro lugar, Platão ficou em quinto e Popper ficou em décimo (à frente de Hegel) mostrou que o Popper desconfiava de qualquer coisa.
Uma delas da mobilização que foi feita para votar em Marx. Eu soube dessa votação porque veio gente aqui ao blog pedir para votarem em Marx. Isso faz-me lembrar aqueles programas de TV com consultas aos espectadores, onde há pessoal que é mobilizado para fazer ou dizer qq coisa.
Esse tipo de votação não tem significado
Publicado por: Joana às agosto 12, 2005 10:21 PM
1.O que eu sei é que cá, com os fogos o que se passa não é a "tragedy of the commons" (sim, também li)mas a tragédia dos privados.
2. Já começou:
http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=187613
Publicado por: pyrenaica às agosto 12, 2005 10:23 PM
Joana às agosto 12, 2005 09:54 PM
Mas a Joana não está em férias?
Bem, desta vez passa.
Pode ir à sua vida.
Boas férias.
Publicado por: Vítor às agosto 12, 2005 10:59 PM
Com os órfãos de Marx que há, é natural que ele tivesse gaanho a votação, para além da mobilização dos "tiffosi"
Publicado por: AJ Nunes às agosto 13, 2005 12:25 AM
Péricles era capaz de ter razão na Atenas daquele tempo, mas a Joana tem alguma razão, mesmo que exagere um pouco, no que respeita ao Portugal actual
Publicado por: AJ Nunes às agosto 13, 2005 12:32 AM
E boas férias, Joana. Não se preocupe com o ritmo dos posts. Este blog tem uma característica própria: um enorme rigor sustentado por uma cultura muito vasta e diversa. É o que mais aprecio nele.
Que continue assim, são os meus votos.
Publicado por: AJ Nunes às agosto 13, 2005 12:39 AM
Como nada me ocorre gizar acerca daqueles "pensamentos", lembrei-me de Pavlov.
Ando a ouvir cada vez pior.
Publicado por: asdrubal às agosto 13, 2005 03:33 AM
Encontrei noutro blog (http://duascidades.blogspot.com/) uma recensão de um livro de Hans-Hermann Hoppe, feita por Juan Ramón Rallo, da qual não resisto a retirar a seguinte passagem. As conclusões do autor, em defesa de um anarco-capitalismo, estão muito longe das minhas (anarco-miguelistas), mas a análise comparativa feita do funcionamento da monarquia e da democracia parece-me muito interessante, até porque diz coisas que os monárquicos mais esclarecidos há muito sabem, mas que nunca tinha vista na boca de um não monárquico:
"Para Hoppe el Estado es un monopolio territorial de decisión última que actúa mediante su aparato coactivo sobre los habitantes de dicho territorio. Y en este sentido, el régimen de propiedad que se detente sobre semejante aparato condicionará el grado de su calamidad. Así, la monarquía absoluta representa, generalmente, una propiedad privada sobre el Estado, con lo que las actuaciones del Rey tendrán un horizonte temporal a muy largo plazo, evitando dilapidar su patrimonio. La democracia, en cambio, supone una propiedad pública del aparato de compulsión, con lo cual, existirán incentivos para transformar el patrimonio nacional en liquidez mediante la recaudación fiscal, en aumentar la oferta dineraria o en contraer unas deudas que pagarán futuros gobiernos.
De alguna manera, los miembros de cualquier gobierno democrático, dada su efímera permanencia, intentan obtener beneficios demagógicos a muy corto plazo, despreciando las consecuencias de sus irresponsables acciones que tendrán que afrontar ulteriores gobiernos. Esto es claro, como ya hemos comentado, en el caso de la deuda pública. Un gobierno puede decidir endeudarnos ya que no será él quien deba afrontar su devolución y las consecuencias de su funesta actuación las padecerán otros gobernantes.
Contrariamente, el monarca absoluto puede, desde luego, contraer deuda pública, pero será una deuda frente a la que tendrá que responder él o sus sucesores. Los datos resultan elocuentes: rara vez la deuda pública alcanzó en las monarquías el 5% del PIB, mientras que hoy suelen posicionarse alrededor del 50% (y en algunos casos como Japón alcanza el 160%)."
[P.S. - Este post é dedicado sobretudo ao Pyrenaica e ao Asdrubal por razões que cada um perceberá]
Publicado por: Albatroz às agosto 13, 2005 10:38 AM
Bom dia. Então outro tema fracturante: Portugal é macho. Na Europa são muito raros e pequeninos na ordem territorial (Vaticano, Luxemburgo, Mónaco). O resto são fémeas gordas.
Já no Mundo temos o Brasilzão e o Canadá, dois matulões, depois temos os asiáticos Japão, Vietname, etc, e Timor-Leste.
O Iraque, o Irão, o Egipto, Moçambique...
Os EUA é um macho múltiplo? É que se pensarmos no American beauty, ou no God bless America, então é femea! Como é?
Pergunta: esta distinção de género tem relevância na ordem actual do mundo ou é arbitrária?
Oiço Manu Chau...
Publicado por: pyrenaica às agosto 13, 2005 11:23 AM
Então Albatroz mas no Japão tem lá um imperador. O Império do Sol Nascente. É verdade que parece que não consegue ter sucessão e a imperatriz anda deprimida. Qual é etimologia de império?
Publicado por: pyrenaica às agosto 13, 2005 11:32 AM
Eu acho isto engraçado:
http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=187636
Publicado por: pyrenaica às agosto 13, 2005 11:51 AM
Caro Pyrenaica, as "monarquias" modernas - como o Japão - não são monarquias no sentido próprio do termo. São democracias republicanas com um presidente vitalício e hereditário. A lógica de funcionamento dessas "monarquias" não é monárquica, pelo que enfermam exactamente dos mesmos defeitos que as democracias republicanas. Confundiu-se a forma de escolha do chefe de estado com a essência do regime, e daí o problema. Uma república presidencialista pode ser mais monárquica do que uma monarquia parlamentar, mesmo sem ter a sucessão hereditária. Em termos de essência, a Síria é mais monárquica do que a Suécia, e até reencontrou a sucessão hereditária. Mas é evidente que só a aliança de um sistema essencialmente monárquico - mesmo sob forma republicana - com a ética pode produzir um regime legítimo. Por isso critico a forma acéfala como alguns dos meus alegados correligionários equacionam monarquia com a existência de um rei. É a habitual vitória do "parecer" sobre o "ser"...
Publicado por: Albatroz às agosto 13, 2005 11:56 AM
Meu caro Albatroz, tudo bem leio-o com atenção mas eu pessoalmente não quero rei nenhum cá para Portugal. Dentro do actual panorama já estou nervoso para ir votar Mário Soares, contra o favolas do Cavaco, e contra a guerra no Irão, aliás vai ser estendida a todo o berço da civilização.
Além de que acho desumano pedir a alguém para ser rei nos tempos que correm. Ainda bem que o Felipe é guapo.
Publicado por: pyrenaica às agosto 13, 2005 12:01 PM
Mas claro que tenho consciência que apoio o candidato mais monárquico na substância. Só que o velho leão vai jovial para um combate do qual não sabe se sai vivo... Onde poderia estar eu?
Aproveito para dizer-lhe Albatroz que eu escrevi "ecosofia" e publicaram-me "ecossofia". mas não faz mal, eu já tinha usado ecosofia em 2000, mas descobri que o Felix Guattari já tinha usado 10 anos antes. Quanto a ecossofia quem já o usou foi o L. Boff. Em qualquer dos casos sinto-me muito bem acompanhado e agora os portugueses que escolham, ou as duas.
PS - vou cortar o cabelo...
Publicado por: pyrenaica às agosto 13, 2005 12:11 PM
pyrenaica às agosto 13, 2005 12:01 PM:
Acautele-se que o Soares nunca cumpriu nada do que prometeu e sempre se portou com total desprezo para com aqueles que julgavam que ele era amigo deles.
O Soares só gosta duma pessoa: dele. Só tem um partido: o clã Soares
Publicado por: David às agosto 13, 2005 12:26 PM
A Monarquia absoluta não é possível hoje em dia. Uma monarquia semi-absoluta (com direito de veto e capacidade de dissolver as Cortes por vontade própria), semelhante ao regime presidencial português, também não é possível. Sampaio dissolveu a AR porque a Constiuição o permite, visto ele ser eleito por sufrágio universal. Mas um rei não teria legitimidade popular para isso.
Publicado por: David às agosto 13, 2005 12:31 PM
Em qualquer dos casos, Albatroz, ainda não percebi que tipo de regime quer.
Publicado por: David às agosto 13, 2005 12:34 PM
para um combate do qual não sabe se sai vivo...
Publicado por: pyrenaica às agosto 13, 2005 12:46 PM
capicua :))
Publicado por: pyrenaica às agosto 13, 2005 12:50 PM
A todos os Ents:
Se bem me lembro da história, a nós só nos compete dar cabo do vice... proponho a interdição do uso da base das Lages, em face da previsível ofensiva contra o Irão.
Publicado por: pyrenaica às agosto 13, 2005 01:26 PM
Albatroz, estava aqui a pensar. Consegue dar-me um cenário de referência se de repente o japão deixasse de reconhecer ou pagar a dívida externa? Entretanto lembrei-me que é melhor ir buscar já o ouro ao Fort Knox, que não sei bem porquê mas quase todo o ouro português está lá.
Publicado por: pyrenaica às agosto 13, 2005 01:36 PM
David às agosto 13, 2005 12:31 PM
A Monarquia absoluta do século XVIII não é possível hoje. Mas acho que uma forma moderada da Monarquia absoluta (o que pode ser uma contradição em termos...) não só seria possível como seria desejável. Temos de nos libertar da tirania dos partidos políticos e das oligarquias que eles servem. Se isso só poder ser conseguido através de um Rei com uma forte autonomia de decisões, pois valeria a pena tentá-lo. Mas teria de ser uma Monarquia com um forte Conselho de Estado que servisse de referência e de travão aos poderes do Rei, e uma lei de sucessão que impedisse a subida ao Trono de um palerma ou de um indivíduo desprovido de ética. Uma Monarquia com uma absoluta separação de poderes: só as Cortes (livremente eleitas) podiam legislar, mas essas Cortes não teriam qualquer poder para demitir o Governo. O Governo ficaria dependente das Cortes para ter as leis de que necessitasse, mas não dependeria dessas Cortes para governar ou pôr as leis em execução.
Publicado por: Albatroz às agosto 13, 2005 01:38 PM
Publicado por: pyrenaica às agosto 13, 2005 01:26 PM
Então não tem confiança naquilo que o diálogo europeu pode conseguir?
Publicado por: Mario às agosto 13, 2005 01:38 PM
pyrenaica às agosto 13, 2005 01:36 PM
Se isso acontecesse o Japão deixaria de poder recorrer ao crédito externo, e uma data de bancos estrangeiros iriam à falência, a não ser que os governos os salvassem. Nada de grave portanto...
Publicado por: Albatroz às agosto 13, 2005 01:42 PM
Mario às agosto 13, 2005 01:38 PM
Mário, penso que você é ingénuo. A decisão está tomada e prevista há muito tempo. Faz parte da economia norte-americana na lógica do crescimento manter guerras no exterior, conjugando objectivos geoestratégicos. Felizmente estamos longe desta vergonha, mas ainda assim ligados.
Albatroz: e se Brasilzão fizer isso? Outra coisa e dívida externa dos EUA existe?
Publicado por: pyrenaica às agosto 13, 2005 01:48 PM
prá fofoca, afinal estes nomes chic também andam metidos na m*rda:
http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=13&id_news=187641
Até logo.
Publicado por: pyrenaica às agosto 13, 2005 01:51 PM
Albatroz, estive a pensar: E se o Japão, debaixo do seu código de honra, prometeu-se um Hara-Kiri histórico?
Publicado por: pyrenaica às agosto 13, 2005 02:31 PM
Agora Semiramis põe-se em pé de igualdade com Péricles e Platão! Que ego!
Publicado por: Cisco Kid às agosto 13, 2005 03:23 PM
Vá lá:
http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=10&id_news=187671
mas os EUA vão para a frente na mesma. Claro que em princípio é apenas o bombardeamento cirúrgico da central de Ispahan... a retaliação vai ser temível.
Publicado por: pyrenaica às agosto 13, 2005 06:07 PM
Vou passar este fds longo a pensar nos pinsamentos.
Publicado por: curioso às agosto 13, 2005 06:39 PM
Na altura do desencadear da guerra do Iraque, escrevi uma série de posts (6) sobre Tucídides e a Guerra do Peloponeso (Tucídides, o Peloponeso e o Iraque), em 08/09-11-2003, num dos quais aparece um discurso de Péricles sobre a democracia ateniense, talvez a peça oratória dele mais conhecida
Publicado por: Joana às agosto 13, 2005 07:23 PM
pyrenaica: Não me parece que na altura fizesse assim tanto sentido. Platão era oriundo de uma família aristocrática (dois tios dele haviam sido protagonistas importantes entre os 30 tiranos que governaram Atenas após a derrota desta na Guerra do Peloponeso). As concepções políticas dele reflectem os valores pelo qual se batia.
Publicado por: Joana às agosto 13, 2005 07:30 PM
Caro Albatroz,
Eu e com certeza muitos e muitos cidadãos Portugueses estamos bem fartos deste regime que não mostra - bem pelo contrário - potencialidades de regeneração, profunda reforma política e alterações substanciais no escrutínio das elites que nos governam.
A partir daqui, caro Albatroz, Monarca ou Presidente, quem vier por bem, e com poderes decisivos por sobre as dialécticas partidárias que nos esgotam a todos e ao País, é muito bem-vindo.
Publicado por: asdrubal às agosto 13, 2005 08:30 PM
Publicado por: pyrenaica às agosto 13, 2005 01:48 PM
Pense bem no que disse. Veja lá se daqui a uns anos não vai ter vergonha de ter explicado o mundo de forma tão simplista.
Publicado por: Mario às agosto 13, 2005 08:43 PM
Li isso, Joana. Péricles levou Atenas para um conflito que acabou por ser a sua ruína. Péricles não viveu o suficiente para assistir à ruína da sua política.
Publicado por: David às agosto 13, 2005 08:59 PM
Mário: há malta que passou a vida convencida que detinha a verdade, a História foi mostrando que estavam errados, mas eles viram o disco e tocam o mesmo.
Publicado por: David às agosto 13, 2005 09:03 PM
pyrenaica às agosto 13, 2005 12:11 PM
Eh pá! Não é que eu também fui hoje cortar a trunfa...
Publicado por: Vítor às agosto 13, 2005 10:14 PM
A comparação da problemática do Tucídides com a actuação do Bush foi bastante interessante
Publicado por: soromenho às agosto 14, 2005 12:00 AM
Parece que as coisas nunca são inteiramente novas à face da Terra
Publicado por: soromenho às agosto 14, 2005 12:03 AM
O diálogo entre os habitantes de Melos e os atenienses é, com outras palavras, o diálogo do forte com o fraco hoje.
Publicado por: soromenho às agosto 14, 2005 12:04 AM
Obrigado Joana: "Se for pela benevolência dos deuses, nem sequer nós temos medo de ser por eles abandonados. Os deuses, de facto, segundo o conceito que deles temos, e os homens, como se vê claramente, tendem sempre, por necessidade de natureza, a dominar onde quer que se prevaleça pela força. Esta lei não fomos nós que a instituímos e nem fomos os primeiros a aplicá-la; assim, da forma como a recebemos e da forma como a transmitiremos ao futuro e para sempre, nós nos servimos dela, convencidos que também vós, como os outros, se tivésseis a nossa potência, o faríeis".
Aprendi uma coisa importante, eu reportava o princípio do "domínio" ao versículo do Génesis, tão bem explicado e discorrido em Dominion de Niles Eldredge (1995). Pelos vistos é mais intercultural.
Mário, eu preferia passar pela vergonha de ter feito uma descrição incorrecta do eixo de comportamento estratégico dos EUA, do que passar pela vergonha do espectáculo do mundo em que vivemos, e que, em minha opinião se vai agravar.
Em qualquer caso estou f., mas ao menos não serei cúmplice por acção nem por omissão.
Yin-Kuo, eu fiquei máquina 1 para os olifantes.
Publicado por: pyrenaica às agosto 14, 2005 09:13 AM
Mas Mário por favor não confunda coisas, como seja eu usar muita roupa americana sem qualquer problema (embora seja muito suspeitoso para alguns) e achar que dentro do quadro do sistema o Clinton foi um tipo porreiro, apesar de discordar da incursão na Somália, etc. Aliás o problema só se agravou com a eleição do Bushinho, que teve menos votos do que o candidato democrata.
Finalmente, existe um paradoxo civilazional, em que todas as potências qunato mais imperialistas e agressivas maior é a queda histórica, nesta metamorfose global de Gaia.
Publicado por: pyrenaica às agosto 14, 2005 09:33 AM
Fica aí a história do Dow Jones até 2002:
http://www.gherrity.org/djia.html
Publicado por: pyrenaica às agosto 14, 2005 09:43 AM
civilizacional...
Publicado por: pyrenaica às agosto 14, 2005 09:45 AM
Acho que até o Berlusconi já está a usar a Prudência de Aristóteles:
http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=10&id_news=187650
PS:
definição de homem para Aristóteles: "o homem é um animal político"
definição de homem para o Hinduísmo: "o hoem é o único animal que mantém uma relação sacrificial com a vida"
Publicado por: pyrenaica às agosto 14, 2005 11:07 AM
Quem viu "A Sombra de um Guerreiro"? E ouviu o Beauty do R. Sakamoto? Hum!
Publicado por: pyrenaica às agosto 14, 2005 12:46 PM
pyrenaica em agosto 14, 2005 11:07 AM:
O problema é que essa "relação sacrificial com a vida" é, frequentemente, com a vida dos outros.
Publicado por: David às agosto 14, 2005 12:47 PM
Será um aviso dos deuses?
Publicado por: pyrenaica às agosto 14, 2005 01:18 PM
http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=10&id_news=187725
Publicado por: pyrenaica às agosto 14, 2005 01:19 PM
O que mais me preocupa em Portugal é o aparente conformismo dos portugueses. Parece que consideramos uma fatalidade ter governos incompetentes e corruptos e sermos explorados pelos que detêm o poder. Sentimo-nos impotentes perante os fados. Achamos que os deuses nos querem punir por alguma coisa que tenhamos feito ou omitido. Esquecemo-nos de que o nosso destino está em grande parte nas nossas mãos, e que a oligarquia corrupta nada poderia fazer contra um povo indignado e decidido. Somos cobardes e depois choramos o nosso triste destino. Como de costume esperamos que alguém venha tirar-nos as castanhas do lume, para virmos para a rua vitoriá-lo... Qualquer povo digno há muito que se teria revoltado.
Publicado por: Albatroz às agosto 14, 2005 01:32 PM
olhe que quando foi por Timor subiu-nos uma coisa vermelha a uns milhões
Publicado por: pyrenaica às agosto 14, 2005 01:42 PM
pyrenaica às agosto 14, 2005 09:13 AM
Não me havia ocorrido questionar as "minhas" origens etimológicas. Damasco (ou alperce) de prata, é muito bonito.
Obrigado.
PS: eu fui mais moderado no corte. Paciência: ficou um bocado "tótó"...
Publicado por: Vítor às agosto 14, 2005 02:49 PM
biloba, capicua:-)!
Imagina que o "meu" dragoeiro (também árvore fóssil na Ibéria, que ficou preservada na laurisilva), é uma umbelífera, ou seja está mais próximo de uma cebola do que mim. Enfim, conversamos como amigos. Agora vou às fotocópias.
Queiras que eu saiba se a "tua" Ginkgo já foi classificada? Podes fazer assim tens que tirar uma foto e indicar numa planta, e fazes a coisa dirigida ao Director Geral dos Recursos Florestais e invocas, ou melhor fazes copy e paste do Portal do cidadão.
Esta semana, 3ª feira o meu pedido para o pinhal e para as alamedas das oliveiras já lá está.
PS - Oh tulipifera tu podes ir também se os técnicos da DGRF acharem por bem, agora já sabes um carvalho lusitano é um bocadinho ciumento e se calhar ainda vou ver se dás à volta ao arbusto. Pending judgement!
Publicado por: pyrenaica às agosto 14, 2005 03:19 PM
It goes and goes around...
http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=10&id_news=187718
Publicado por: pyrenaica às agosto 14, 2005 03:21 PM
NÃO À UTILIZAÇÃO DA BASE DAS LAGES NA OFENSIVA CONTRA O IRÃO!
Viva Portugal
Publicado por: pyrenaica às agosto 14, 2005 04:00 PM
Os portugueses, os que ainda pensam, fizeram uma pausa e foram de férias. Foram em pacotes de férias para o Ceará ou Dominicana.
Publicado por: Ramiro às agosto 14, 2005 04:11 PM
Quem é que está a desrespeitar as decisões da ONU (numa área de grande melindre como a produção de armas nucleares): o Irão ou os EUA?
Publicado por: Ramiro às agosto 14, 2005 04:15 PM
Ramiro às agosto 14, 2005 04:15 PM
A resposta à sua pergunta, implica, necessariamente, que a atitude dos EUA face a esta problemática é a mais correcta?
Publicado por: Vítor às agosto 14, 2005 05:14 PM
Sempre me contaram que ainda mesmo durante a guerra fria, a "filosofia militar" da NATO consistia numa Europa com uma primeira «resposta» (ou negociação) táctica e, falhando esta, entrava em cena o "peso pesado" estratégico dos USA. Não sei se isto era de facto assim tão simples ou se essa "filosofia" continue sequer a existir. Mas o facto é que é na Europa que esta problemática nuclear Iraniana está a ser directamente, e em primeira mão, negociada ...
Publicado por: asdrubal às agosto 14, 2005 07:00 PM
Ramiro às agosto 14, 2005 04:15 PM:
Por definição, os EUA, são os maus. Portanto essa pergunta está automaticamente respondida.
Publicado por: AJ Nunes às agosto 14, 2005 08:57 PM
A Europa está a negociar, porque ela não sabe fazer outra coisa. Enquanto os sérvios bombardeavam e massacravam os croatas, a Europa negociava; enquanto os sérvios bombardeavam Sarajevo e faziam os massacres de Srbenica, com a tropa holandesa a olhar para o lado, a Europa negociava; enquanto os sérvios massacravam os kossovares, a Europa negociava.
A Europa é muito boa a negociar. Nunca chega a nada, mas fica satisfeita consigo própria.
Publicado por: AJ Nunes às agosto 14, 2005 09:02 PM
Não é por definição, é porque os factos mostram. Agora há quem não queira ver, e também há aquele ditado que diz que quem não sabe é como quem não vê.
Publicado por: pyrenaica às agosto 14, 2005 10:00 PM
Para nos lembrar-mos para o futuro:
Entrevista feita com o Rei Abdullah da Jordânia em 11 de Janeiro de 2005.
MEQ: The Iranian acquisition of nuclear capability would change the equation. What is the best response to this?
Abdullah: You have to deal with Iran with a united front. When we went to Iran about a year and a half ago, the Iranians were under tremendous pressure. They felt that they had gotten themselves into a very tight corner, and that's why they said, "Please, we want to reach out to the United States; we have our Al-Qaeda prisoners that we want to hand over; we want to talk about weapons of mass destruction; and we want to have some sort of a common understanding on the issue of Iraq, the unity of Iraq." But the minute the Europeans had prime ministers knocking on Iran's door, the Iranians felt the pressure was off. How do you address the nuclear issue now, given the way Europe is, with France's and Germany's relationship with the United States? How do you get a united front to deal with Iran? You need a unified front. But even so, that doesn't mean we should be letting the Iranians off the hook with what they're trying to do in Iraq.
http://www.meforum.org/article/688
Publicado por: lucklucky às agosto 14, 2005 10:40 PM
AJ Nunes às agosto 14, 2005 09:02 PM
A Europa não tem uma política externa porque a Europa não tem objectivos. E se os tivesse não teria os meios necessários para levar para a frente qualquer política a eles ligada. No fundo a Europa não tem políticas pela simples razão de que a Europa não existe. Quanto mais depressa percebermos isso e nos virarmos para a lusofonia e para a Comunidade Iberoamericana, melhor será para nós.
Publicado por: Albatroz às agosto 15, 2005 12:37 AM
Tenho ali cópia de uma gravura creio que do Sec. XVI que mostra a Europa como uma rainha: a cara está em Espanha e a coroa em Portugal. Grâ-Bretanha e Itália são braços...
Quanto à guerra eu calava-me se a nossa espécie se tivesse chamado Homo bellicus; agora Homo sapiens?
Publicado por: pyrenaica às agosto 15, 2005 09:10 AM
Bem, e por dentro da coroa tá o pensador, o cerveau, the brain, tão a ver? Resultado: os portugueses precisam de fazer mais férias do que os outros europeus, obviamente, já se sabe que o trabalho intelectual é muito cansativo, e isso deve ser internalizado no QCA. Hum!
Publicado por: pyrenaica às agosto 15, 2005 09:59 AM
O objectivo da Europa desde os anos 70-80 é uma varinha de condão que congelasse a história.
Depois é uma cultura em que a palavra se substituiu aos actos em vez de ser uma premissa destes: Estratégia de Lisboa, Kyoto, Irão, etc. Tudo falhanços. Clinton tinha a mesma cultura.
Quanto ao resto as velhas guerrrinhas e traições estão para ficar:
NEWS
Russian Snub
6 July 2005
Russian Snub
Russian President Vladimir Putin said the presidents of Poland and Lithuania had not been invited to the celebrations of the 750th anniversary of Kaliningrad as the event was "a purely internal Russian undertaking," while Putin's meeting June 3 with the leaders of France and Germany "only accompanied that undertaking."
Putin referred to international newspaper commentaries, which had been critical of the fact that the Kaliningrad district's neighboring countries had not been invited to the ceremonies, as "journalistic inventions," saying that, in his opinion, attendance by Kwaśniewski and Adamkus would have been "an innovation of sorts in international relations" since "the nature of the meeting did not provide for the participation of third states."
President of France Jacques Chirac supported Putin's position saying that meetings of leaders of Russia, Germany and France already had a special tradition. "We not only discuss local questions, but also global issues. So, I do not understand anybody taking offense at not being invited to this kind of meeting," said Chirac.
According to Interfax, Putin's foreign affairs adviser Sergei Prikhodko-asked why the presidents of Poland and Lithuania had not been invited to the celebrations-said: "This is a holiday of the Russian nation and only our friends were invited speaking the same language."
The main topic of the Russian-German-French summit in Svetlogorsk near Kaliningrad was development of Russia's relations with the European Union, including goods and passenger transit to the Kaliningrad district, questions concerning simplification of visa and readmission procedures, and also Russia's border treaties with the Baltic states; Russia does not consent, among other things, to the terms of signing a border treaty with Estonia.
The failure to invite Poland and Lithuania to the event was widely commented not only in Poland, on one hand as another affront on the part of the Kremlin vis-a-vis the former Soviet Union's satellite countries, and on the other-as a manifestation of disloyalty on the part of Paris and Berlin, discussing important subject with the Kremlin without the participation their EU partners. Even the Moscow daily Izvestiya wrote that Schröder and Chirac "in fact have broken one of the EU's main principles, that of conducting common foreign policy."
http://www.warsawvoice.pl/view/8880
Publicado por: lucklucky às agosto 15, 2005 10:00 AM
Obrigado pela informação lucky. Fiquei a saber que vamos ter:
-O eixo Judaico
- o eixo anglófono: EUA, GB, Austrália,
- o eixo islâmico: buéréré
- o eixo Russian-German-French
- o eixo ibérico (espero eu): Portugal e Espanha, que, lembrando os velhos tempos, proponham que a solução passe pela via ecuménica. Espero também que o eixo Ibérico, com Portugal à cabeça, traga a América Latina.
- outros?
Publicado por: pyrenaica às agosto 15, 2005 11:06 AM
Correcção ao com. anterior:
- o eixo Judaico-Anglófono ?
Publicado por: pyrenaica às agosto 15, 2005 11:29 AM
Sempre há esperança:
Le Ginkgo biloba dHiroshima
Le 6 août 1945, les américains lachèrent leur bombe atomique Hiroshima. Toute la végétation présente autour de la zone de l'épicentre fut examinée en septembre 1945. Un Ginkgo, situé devant un temple à environ un kilomètre de lépicentre, semble avoir été le premier arbre à bourgeonner lors du printemps 1946 ( le temple lui-même ayant été détruit ). Ce Ginkgo, symbole de vie et de renouveau, fut intégré dans l'escalier d'accès lors de la reconstruction du temple ( l'escalier se présente sous forme d'un U, protégeant le Ginkgo ). Depuis, de nombreuses études ont montré que le Ginkgo présente une grande résistance aux agents mutagènes, comme les radiations.
Publicado por: pyrenaica às agosto 15, 2005 01:17 PM
Yin-Kuo, olha estive a ver na net e contraiamente à minha dendrologia, agora está a dizer-se que Dracaena draco é uma agavácea. Faz mais sentido para um pyrenaica...
Publicado por: pyrenaica às agosto 15, 2005 01:58 PM
Ginkgo Biloba
Composição :
Ginkgo(500mg) - Ginkgo Biloba
Modo de Tomar :
1 cápsula por dia ao pequeno almoço.
Apresentação :
Embalagem com 30 cápsulas.
.
http://www.chi.pt/suplementos/capsulas.htm
Publicado por: asdrubal às agosto 15, 2005 02:18 PM
prático, asdrúbal.
Publicado por: pyrenaica às agosto 15, 2005 02:28 PM
Mas portanto é melhor classificá-las todas, o mais depressa possível sem stress, não vá haver abusos de mercado!
Publicado por: pyrenaica às agosto 15, 2005 02:30 PM
Dos jornais :
- «Défice com Espanha sobe a 15 milhões/dia».
Espanha, Espanha, Espanha !
Publicado por: asdrubal às agosto 15, 2005 03:36 PM
pyrenaica às agosto 15, 2005 01:58 PM
Pois é:
o Dragoeiro é uma Agavaceae, primo das yucas e dos aloés.
E com flores hermafroditas - ganda maluco...
Publicado por: Vítor às agosto 15, 2005 03:42 PM
já viste Yin -Kuo ainda bem que não temos tradução para stress, fica para eles: Karma!
Publicado por: pyrenaica às agosto 15, 2005 03:57 PM
À intenção do PM :
http://unix.rulez.org/~calver/funny/swf/volare-karaoke.swf
Publicado por: asdrubal às agosto 15, 2005 05:34 PM
The big wheel is moving:
http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=187840
Publicado por: pyrenaica às agosto 15, 2005 08:33 PM
.
Publicado por: didi às setembro 3, 2005 02:51 AM
Belos pensamentos
Publicado por: Nurcia às setembro 9, 2005 12:31 AM
daew
comentem no meu pix
www.pixlog.net/gabriell_
eh mto massa
flwwwww
Publicado por: Gabriel às setembro 12, 2005 06:59 PM