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agosto 24, 2005
Aproveitamentos e Retenções
Os dados divulgados pelo Ministério de Educação mostram que as taxas de retenção e desistência no ensino básico têm permanecido praticamente constantes na última década. No caso do ensino secundário têm, inclusivamente, piorado. O ME afirma, candidamente, que em termos de aproveitamento escolar a situação pouco ou nada tem evoluído. Trata-se de um equívoco monumental. O ME confunde taxas de retenção e desistência, com aproveitamento escolar, a menos que julgue que aproveitar a educação ministrada (ou que deveria ser ministrada) se resume em passar de ano.
O busílis é que os critérios gerais de avaliação definidos pelos Conselhos Pedagógicos na sequência dos parâmetros indicados pelo ME dão cada vez menos ponderação à aquisição de conhecimentos (tarefa que fatiga desnecessariamente as meninges das nossas crianças) concedendo em contrapartida uma atenção crescente à participação, capacidade de trabalhar em grupo, fazer (ou arranjar quem os faça) os trabalhos para casa, transpor conhecimentos, percurso, etc..
O percurso é um parâmetro interessante e bíblico, pois releva da parábola do Filho Pródigo. Segundo este critério, se um menino, durante o 1º e 2º períodos, sovar desalmadamente os outros meninos, e no 3º período mostrar uma prudente moderação, tem um percurso altamente positivo, que lhe pode valer a passagem, principalmente se esse percurso positivo se der também nas notas dos testes, passando de 9 para 7 negativas, por exemplo.
Transpor conhecimentos também é um esforço que o nosso sistema premeia com entusiasmo. Constitui um significativo domínio da Álgebra o Francisquinho saber que se tem 5 maçãs e lhe dão 3 maçãs, fica com 8. Mas é uma façanha absolutamente notável, ele conseguir transpor esse conhecimento para o domínio das laranjas ou dos sorvetes de baunilha. Significa que ele domina a essência das coisas, que ele interiorizou a Ideia passagem garantida!
Por outro lado a hierarquização das disciplinas mostra uma grande abertura de espírito. O Inglês, peça chave do Plano Tecnológico, tem, quase sempre, a mesma carga horária que, por exemplo, o Estudo Acompanhado, disciplina essencial na formação bibliófila dos alunos, onde estes aprendem a arte de sublinhar livros e encher as páginas de setinhas em várias e importantes direcções.
Por isso, os 85% dos alunos que acabam o 9º ano aproveitaram o nosso sistema de ensino (?!) na medida em que concluíram o básico. Mas saem de lá a saber sublinhar livros e com rudimentos despicientes no que respeita às disciplinas convencionais e sem sentido lúdico: Matemática, Português, Inglês, Física, etc..
Publicado por Joana às agosto 24, 2005 06:58 PM
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Comentários
Quer dizer que estamos cada vez mais na mesma?
Esse panoram é aterrador. Espero que haja alguma liberdade artística nessa descrição
Publicado por: soromenho às agosto 24, 2005 07:05 PM
Mantenha-se a escrever sobre economia e abandone lá a Educação da qual, desculpe, mas não percebe nada.
Para começar não há Francisquinhos nas escolas públicas.
Há Marcos, Vanessas, Abdulahs, Ibrahims e muito modernamente Topovs e Imerildos.
Depois o exemplo que dá é absurdo.
Não é nada assim.
Ora veja:
No teu bairro ó Necas roubaste cinco maças da loja da esquina.
Se fores até ao café jogar matraquilhos e lá encontrares o broder Lula que palmou mais três maças e se o conjunto (aproveitar para esclarecer logo que consiga restabelecer o silêncio, o que é um conjunto) valer uma dose da castanha, quantos dias tens que roubar para abasteceres os teus clientes.
Claro que aqui maças é um desvio positivo, pois devíamos era estar a falar de:
Telemóveis
Fios de ouro
Euros.
Publicado por: carlos alberto às agosto 24, 2005 07:52 PM
E o nosso ensino é o mais caro da Europa.
Publicado por: Lopes às agosto 24, 2005 08:28 PM
Carlos Alberto: Há muitas escolas que não estão em bairros degradados.
Publicado por: Lopes às agosto 24, 2005 08:33 PM
Essa do Ensino Acompanhado tem piada. É quase isso. Deve ser um martírio para alunos e professores. Só não percebo porque não usam aquele tempo para coisas úteis
Publicado por: Rafael às agosto 24, 2005 09:26 PM
Seria até preferível irem jogar à bola.
Publicado por: Rafael às agosto 24, 2005 09:27 PM
Publicado por: Lopes às agosto 24, 2005 08:33 PM
Pois não.
Mas estão cheia de alunos "degradados" e professores "desagregados".
Publicado por: carlos alberto às agosto 24, 2005 09:28 PM
"Há muitas escolas que não estão em bairros degradados." (Lopes)
Mas estão num país degradado, o que ainda é pior.
Publicado por: Senaqueribe às agosto 24, 2005 10:58 PM
Embora escrito com humor corrosivo, há infelizmente muita verdade nisto
Publicado por: Surpreso às agosto 25, 2005 12:03 AM
É uma caricatura bem vista, mas o país já é uma caricatura de um país a se´rio
Publicado por: fbmatos às agosto 25, 2005 12:22 PM
Eu sou um Francisquinho que andou numa escola pública - eles afinal sempre existem, carlos alberto.
Quando eu andei na escola ainda vigorava o regime dos furos - horas vagas no horário quer provocadas na hora da elaboração do mesmo ou pela falta dum professor nesse dia. Os furos eram um momento essencial das relações humanas entre colegas - era aí e nos intervalos (e não propriamente dentro das aulas) que as pessoas realmente se iam conhecendo e encontro (ou não) afinidades. E a escola não deve ser apenas - nem sobretudo - um local de débito de "conhecimento". Deve ser um local de formação pessoal de homens e mulheres.
Hoje esses furos são uma espécie de horas de "trabalhos forçados". Enfiar numa sala, à força, um grupo de estudantes a quem o professor faltou uma hora é contribuir para que estes ganhem cada vez mais vontade em chegar a casa e esquecer a escola. Os nossos estudantes pura e simplesmente deixaram de ter tempo para estar uns com os outros. Na escola só há tempo para debitar, debitar, debitar. Sublinhar, sublinhar, sublinhar. E quem debita, só porque debita, considera que o seu trabalho ja está feito. E bem feito. Quem assiste, entra exactamente como sai.
Acho que está na altura de dizer com clareza que o insucesso na formação dos nossos jovens não depende, EM NADA, deles próprios. Depende dum sistema absurdo que faz com que professores, já de si pouco vocacionados para essa função em grande maioria dos casos, corram Portugal de lés a lés sem conseguirem fixar laços profissionais - quanto mais afectivos - com a sua escola e o os seus alunos. De que é que estão à espera para criar quadros efectivos mínimos em cada escola e para fazer colocações de professores com validade de pelo menos três anos? Ficaria apenas uma margem residual, do tipo dos anteriores mini-concursos, para preenchimento anual - porque a mudança também é importante que aconteça, e ter um ou dois professores novos também pode funcionar como elemento motivador.
Eu sou daqueles que fez o ensino primário, da 1ª à 4ª classe, com uma única - e já agora verdadeira - professora. Quanto hoje constato que essa é a excepção, e que o normal - e socialmente aceitável - é que criaças de 6, 7 8 e 9 anos sejam acompanhadas cada ano por um professor diferente, que quando os conhece já estão no final do 2º período, realmente só posso sentir que este país está MESMO a andar para trás.
Publicado por: Xiko às agosto 25, 2005 12:26 PM
E que tal uma disciplina do 5º ano (antigamente 1º do Ciclo Preparatório) que dá pela brilhante designação de Ler é prazer?
Ao perguntar ao meu filho mais novo o que faziam nessas aulas, ele respondia-me que a professora lia para eles... A directora de turma revelou-se incapaz de divulgar qual o curriculum para essa disciplina.
O a disciplina Área de Projecto, que existe no 5º ano e também no 12º? Que tipo de projecto é que deverão desenvolver? Por enquanto, ninguém sabe...
Publicado por: Pedro Oliveira às agosto 25, 2005 01:30 PM
Os pais também têm muita culpa. Demitem-se da educação dos filhos e julgam que a escola é que tem que fazer isso
Publicado por: Tetis às agosto 25, 2005 02:17 PM
Isto não é uma desculpa para a péssima escola que temos, que é a pior da Europa e, segundo ouço, a mais cara.
Publicado por: Tetis às agosto 25, 2005 02:19 PM
Tetis: você tem razão nas 2 coisas que escreveu.
Publicado por: alberto às agosto 25, 2005 02:30 PM
O M Educação inventa os nomes mais estúpidos de disciplinas, para fingir que está amelhorar a educação, quando apenas está a abandalhar mais o ensino.
Publicado por: alberto às agosto 25, 2005 02:33 PM
O sistema de ensino está num caos. O principal responsável é o Ministério (não só os sucessivos ministros, como os serviços centrais). Os professores são simultaneamente vítimas (da desorganização) e responsáveis por potenciarem esse caos pela sua falta de profissionalismo.
Publicado por: Lopes às agosto 25, 2005 04:32 PM
Falando do que se conhece, noto que os alunos que chegam à universidade hoje em dia, estão pior preparados dos que lá chegavam há 5 anos e estes pior faze aos de há 10 anos...
Publicado por: LT às agosto 25, 2005 05:53 PM
face, não faze... :)
Publicado por: LT às agosto 25, 2005 05:54 PM
Há tempos vi o horário da filha de um colega meu, que anda no 9º ano. Tinha todas as manhãs e todas as tardes com aulas, sendo que alguns dias eram bem pesadões, à excepção de uma tarde livre. Ora no meu tempo, tínhamos todas as tardes ou todas as manhãs livres.
Os jovens são sujeitos a um massacre estúpido. Entupidos com aulas inúteis. Até já ouvi almas a defenderem uma nova disciplina de empreendorismo. Os adultos (e os grupos económicos da Banca e da Distribuição) que não empreendem, querem agora ensinar os meninos a fazê-lo!
Bem sei que numa boa percentagem, ambos os pais trabalham. Mas não se pode confiar nos jovens? Não lhe podemos confiar tempo livre? Não os podemos estimular a fazerem actividades extra-curriculares?
Desconfio que este massacre dos tempos lectivos nada tem a ver com a educação dos jovens, ou com uma tranquilização dos pais. Tem sim a ver com um exército de professores que existe para ser empregue.
Sociedade estúpida!
Publicado por: Robalo às agosto 25, 2005 06:27 PM
O seu melancólico texto, só confirma a minha opinião, aliás bem acompanhada por outros comentários.
Hoje não há sequer Franciscos, há é muitos Chicos Espertos, entre os alunos que se palmam uns aos outros, entre os professores que inventam biliões de desculpas para se demitirem da profissão, entre os funcionários do Ministério da verdade que nem sequer sabem onde estão as escolas e os senhores sindicalistas que nem sabem o que é uma escola.
O exemplo da Senhora Directora Generala que nos idos do anterior governo se recusou a ir ao serviço por causa das colocações é bem significativo.
Aposto, aliás já coloquei dez euros no betandwin, que já está de regresso ao seu posto de trabalho.
Publicado por: carlos alberto às agosto 25, 2005 06:45 PM
Lopes: as principais vítmas são os alunos, e o país que fica com gente sem qualificação
Publicado por: Sa Chico às agosto 25, 2005 07:05 PM
carlos alberto às agosto 25, 2005 06:45 PM:
Você tem razão. Ser professor, actualmente, é uma actividade de risco, e não apenas nas zonas problemáticas. O sistema de ensino tem tido muita culpa no que aconteceu, mas os pais também têm culpas. Muitos deles demitiram-se de educadores dos filhos. O laxismo começa em casa.
Publicado por: Sa Chico às agosto 25, 2005 07:14 PM
O laxismo começa em casa.
Publicado por: Sa Chico às agosto 25, 2005 07:14 PM
Claro que começa em casa. Se os pais lessem jornais, livros, tocassem piano, participassem em grupos de teatro, tivessem uma horta, plantassem sardinheiras nas suas janelas, escutassem os filhos, fossem visitar museus com eles, pescassem com eles, convidassem os amigos dos filhos, se assim fosse, tudo seria melhor e mais fácil.
O problema é que o ensino não minora os problemas.
Os miúdos são entupidos com futilidades e não sabem sequer somar; há quem pense que -1+(-1/2)=3/2...
Publicado por: Robalo às agosto 25, 2005 07:37 PM
Sa Chico: É geral. Toda a nossa sociedade está "organizada" para o laxismo e o deixa andar. Os pais também têm culpa, mas não só
Publicado por: Bsotto às agosto 25, 2005 08:49 PM
Robalo às agosto 25, 2005 07:37 PM:
Os pais não precisam de ser super-homens. Deviam era ser mais exigentes com os filhos.
Porque o ensino está uma desgraça, mas muitas críticas que os pais fazem nas escolas são por eles quererem mais facilidades para os meninos.
Os pais que se preocupam com aspectos pedagógicos são uma minoria
Publicado por: Bsotto às agosto 25, 2005 08:53 PM
A escola tornou-se num depósito de crianças e adolescentes.
Quando ouvi os discursos acerca das aulas de 90 min fiquei horrizado: Para mim isto quer dizer que o MInistério reconhece que as aulas são uma rebaldaria ou apenas que nada se faz.
Teria sido um suplício eu alguma vez estar mais de 60 min. sentado numa sala de aula.
Xiko eu também tive furos alguns mesmo por questão de horário.
Publicado por: lucklucky às agosto 25, 2005 09:00 PM
Não há sucesso escolar sem um mínimo de disciplina, sem punição dos maus resultados (chumbo), sem reconhecimento dos bons resultados (quadro de honra), sem professores que queiram e saibam ensinar, sem prémios para os professores com bons resultados (prémios pecuniários, preferência na escolha de escola, etc.). Muita gente elogia o sucesso japonês, mas poucos se interessam pelo sistema educativo japonês, como se o primeiro não dependesse do segundo. No entanto o sistema educativo japonês é de uma enorme exigência e a disciplina é a sério (já imaginaram o que aconteceria se em Portugal se quisesse obrigar os meninos das escolas a irem de uniforme?...Ou a levantarem-se quando o professor entra na aula?...). Porque só assim se pode ensinar a sério e aprender a sério. Como nós não somos japoneses, algumas coisas teriam de ser diferentes, mas o espírito tinha de ser o mesmo.
Publicado por: Albatroz às agosto 25, 2005 09:28 PM
"Os pais que se preocupam com aspectos pedagógicos são uma minoria" (Bsotto)
Claro, nem se podia esperar outra coisa. Os pais sofrem a influência do ambiente geral que se vive no país. O País anda à deriva, sem rumo conhecido, logo é natural que os pais dos alunos também andem desorientados.
De concreto só se sabe que no verão há incêndios e no inverno inundações. Nada mais.
Publicado por: Senaqueribe às agosto 25, 2005 10:20 PM
É caso para dizer "País onde não há educação, todos ralham e todos têm razão."
Publicado por: Vítor às agosto 25, 2005 10:26 PM
Grande verdade, Vítor
Publicado por: David às agosto 25, 2005 11:53 PM
Dá-me ideia que a história das aulas de 90 min. foi porque com a falta de autoridade, as aulas de 50 min nunca iam além dos 20 ou 30 min.
Publicado por: David às agosto 25, 2005 11:55 PM
David, contaram-me a história de uma turma muito barulhenta que, um dia, combinou estar toda silenciosa durante a aula de Ciências Naturais. Ao fim de 15 minutos a professora já dizia, então, hoje estão muito silenciosos. E a aula acabou pouco depois.
Deve ser uma fantasia.
Publicado por: Robalo às agosto 26, 2005 12:16 AM
Nos professores é como em tudo. Há os que têm brio, há os que tinham e perderam-no e há os que estão nas tintas. Com a "gestão democrática", os directores são eleitos pelos professores e muito poucos têm autoridade para as dirigirem. Na maioria dos casos representam os interesses da maioria que quer é não se ralar.
Publicado por: David às agosto 27, 2005 05:10 PM
Em Lisboa há algumas escolas públicas que não são más. Depende muito da capacidade de gestão dos gestores e da estabilidade e antiguidade do corpo docente.
A instabilidade é má para o ensino
Publicado por: David às agosto 27, 2005 05:12 PM
A crise demográfica fez com que escolas que há 15 ou 20 anos tinham 2 mil e mais alunos, agora tenham 700 ou 800. E com o mesmo corpo docente.
Por isso acho que no que toca aos professores este aumento da idade da reforma não traz grandes vantagens para o ensino. Muitos deles têm horário zero
Publicado por: David às agosto 27, 2005 05:15 PM
David às agosto 27, 2005 05:15 PM
Se isto fosse um país a sério os professores excedentários seriam colocados a dar aulas a alunos com dificuldades de aprendizagem, em zonas desfavorecidas. O que permitiria ter, por exemplo, turmas de dez alunos em vez de vinte, permitindo uma muito maior atenção a esses alunos com dificuldades. É claro que esses professores ficariam horrorizados com a perspectiva de ir dar aulas a esse tipo de alunos, mas como são pagos pelo Estado teriam de se acomodar. Além disso, que tarefa mais nobre podería haver para um professor experiente do que ensinar alunos com dificuldades de aprendizagem? Mas não. O nosso sistema de doidos prefere manter professores com horário zero, em escolas onde não são necessários.
Publicado por: Albatroz às agosto 27, 2005 06:55 PM
Albatroz: Concordo que deveria ser assim. O problema é que não é legalmente possível. São professores efectivos e a lei não permite que sejam mudados de local de trabalho.
Publicado por: David às agosto 27, 2005 09:02 PM
Mude-se a lei.
Publicado por: Albatroz às agosto 27, 2005 09:08 PM
A mudança da lei não é constitucional. Não viu o que aconteceu ao pacote laboral em que a mobilidade laboral foi vetada.
Publicado por: David às agosto 28, 2005 12:32 AM
Aliás, talvez nem fosse necessário mudar a lei. Os professores com horário zero podiam ficar efectivos nas escolas onde não têm nada que fazer e serem destacados para funções em escolas onde pudessem ser úteis. Duvido que isso pudesse ser considerado inconstitucional.
Publicado por: Albatroz às agosto 28, 2005 10:15 AM
Ninguém pode ser obrigado a mudar de local de trabalho, a menos que tal já esteja aceite no seu contrato de trabalho.
É claro que numa empresa privada há métodos "indirectos" que podem pressionar um trabalhador a aceitar. Nos casos de empregos precários, é óbvio que terão que aceitar.
Publicado por: David às agosto 28, 2005 03:21 PM
Eu não concordo com esta lei, apenas me limito a constatar um facto.
Publicado por: David às agosto 28, 2005 03:22 PM
Além do mais, julgo que boa parte dos professores com horário zero já estão fossilizados. Duvido que a maioria sirva para alguma coisa. A menos que fossem "geridos" a sério. Mas gestão a sério não existe na educação.
Publicado por: David às agosto 28, 2005 03:32 PM
Gostaria de deixar aqui uma sugestão:
Cada um dos comentadores poderia referir a sua profissão, anos de trabalho e respectivo vencimento bruto.
Poderá parecer demagógico, mas julgo que nos ajudaria a "contextualizar" algumas posições mais extremadas.
Dou o exemplo:
Profissão: Técnico Superior Principal da Administração Pública
Vencimento Bruto: 1.617,52
Anos de trabalho: 10 anos e 6 meses
Publicado por: Vítor às agosto 28, 2005 03:58 PM
Os professores com horário zero estão em teoria em serviço nas bibliotecas e noutras actividades. São conhecidos como "Centro de Dia".
Também não me parece uma situação agradável. É preciso ter muito estômago para aceitar a situação
Publicado por: Diana às agosto 28, 2005 05:19 PM
Vitor, para contextualizar, uma professora efectiva, em fim de carreira, como são a maioria que está em horário 0, deve ganhar 2.750 de vencimento bruto por mês.
Publicado por: Diana às agosto 28, 2005 05:23 PM
Diana às agosto 28, 2005 05:23 PM
Se assim é, é vergonhoso.
Na busca de confirmação dos valores que referiu, encontrei algo de que há muito se fala: a verdadeira teia de índices salariais da Administração Pública.
Ver (deambulando) em: http://www.dgap.gov.pt/5sisret/home_sisret.htm
PS:Mas eu referia-me, também, ao salário e profissão de quem comenta...
Publicado por: Vítor às agosto 28, 2005 07:06 PM
Não entendo o seu pedido de indicação dos vencimentos. Acaso os escalões de vencimentos têm efeitos discriminativos sobre os comentários? Acha que cada um só pode comentar de acordo com aquilo que você julga ser o comentário adequado à respectiva situação remuneratória?
Acha que Vasco Vieira de Almeida, que ganha fortunas no seu escritório, não poderá ser mandatário da candidatura de Mário Soares, que tem ultimamente sido conotado com as posições do BE?
Publicado por: Joana às agosto 28, 2005 08:19 PM
Joana às agosto 28, 2005 08:19 PM
Não, não acho nada disso!
Esteja à vontade...
Publicado por: Vítor às agosto 28, 2005 08:26 PM
Entendo
Publicado por: didi às setembro 3, 2005 01:55 AM
Pois é.
Publicado por: Bsotto às setembro 8, 2005 11:59 PM
Velhos tempos
Publicado por: hanibal às setembro 9, 2005 12:05 AM