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julho 17, 2005

NetKafka

Ou como um Monopólio além de não ter um sistema de preços eficiente, também não age com racionalidade económica
Há tempos, na alvorada de uma manhã que se previa risonha, descobrimos que a netcabo não estava operacional. Telefonou-se para a Netcabo e depois de refutarmos toda a lista de palpites obnóxios que qualquer aprendiz de informática tem por costume enunciar quando é confrontado com um problema, marcou-se uma intervenção para o fim da tarde. À hora do jantar apareceu um técnico que, depois de verificar tudo e de diversos telefonemas para a sede, nos disse que a net havia sido cortado por não termos pago uma factura.

Era falso, até porque as facturas são pagas por transferência bancária. Em contacto telefónico com os serviços financeiros eles disseram que estava tudo pago e que não haviam dado qualquer ordem de corte de serviço O serviço fora cortado por engano – deviam ter-se enganado no número do utente. O NetTécnico telefonou para os serviços técnicos, deu todas as indicações que foram pedidas, disse que o assunto ia ser resolvido, que dentro de 4 horas, no máximo, o serviço estaria restabelecido e foi-se embora tranquilamente.

Passadas 4 horas estava tudo na mesma. Telefonou-se. Contámos a história desde o princípio e o nosso interlocutor disse que ia ver e que daí a 4 horas seria seguro que …

No dia seguinte de manhã, o modem continuava a apresentar o desolador aspecto da luzinha do Cable Link desligada. Voltámos a telefonar e a contar a história desde o início e o nosso interlocutor afirmou que as activações eram com o departamento respectivo e que não podia fazer nada. Depois de alguma insistência e muitos insultos, passou-nos ao departamento das activações. Contámos novamente a história, cada vez mais comprida e tortuosa, demos todas as indicações que foram pedidas, inclusive os números inscritos na parte inferior do modem (números que aliás o NetTécnico já havia dado nos telefonemas que tinha feito) e o nosso interlocutor disse que ia proceder à reactivação.

Ao fim da tarde estava tudo na mesma. Telefonou-se e recontou-se a história sempre mais longa e dolorosa. Depois de muitas investigações e perguntas, eles concluíram que se tinham enganado num dos números do modem e que teriam activado outro! Iam proceder à reactivação. Mais 4 (fatídicas) horas e tudo estaria bem. Nem 4 horas depois, nem no dia seguinte de manhã. A luzinha do Cable Link continuava apagada!

Telefonámos e tivemos que repetir toda a história (são sempre pessoas diferentes; na lista dos nossos sucessivos interlocutores figuram 14 nomes!), mas desta vez sumarizada nos conceitos e enriquecida na forma – recheada de apóstrofes e palavrões. Em face da situação, marcaram uma “intervenção” para a hora do jantar. Entretanto ao fim da tarde, a net havia regressado. Como somos pessoas que prezamos o civismo e a eficiência, telefonámos para a NetCabo avisando da reposição do serviço. Depois de 10 minutos em comunicação com o nº de valor acrescentado que a NetCabo tem para atender os clientes vítimas do seu mau serviço, quem nos atendeu disse-nos que havia entretanto cancelado a “intervenção” e que estava tudo OK.

Duas horas depois, tínhamos acabado de jantar, tocaram à porta e … era o técnico da NetCabo! Não sabia do cancelamento! Limitou-se a olhar para o modem, a pedir-nos para assinar o papel, a apresentar desculpas e lá foi.

Neste caso, nem foi o equipamento, linhas e software que funcionaram mal. Apenas erros humanos: o erro em cortar o serviço e sucessivos erros ou desleixos nas tentativas goradas de reactivar o serviço. Todos perdemos. Nós, a paciência, o estar 3 dias sem serviço e o custo das chamadas telefónicas de valor acrescentado; a NetCabo, porque mandou 2 vezes técnicos a nossa casa para nada.

Em Microeconomia demonstra-se que o preço de equilíbrio em monopólio, além de ser superior ao que se gera em concorrência, conduz a soluções de equilíbrio geral de menor eficiência (*). Mas os raciocínios microeconómicos baseiam-se, entre outros postulados, no princípio da Racionalidade Económica: a firma escolhe a combinação de factores que maximiza a sua produção. Por outras palavras: para um dado estádio tecnológico, uma firma gere os recursos que dispõe da forma mais racional possível. Só assim é possível estabelecer um modelo explicativo.

No caso da NetCabo não há uma gestão racional de recursos ... tudo indica, aliás, que os recursos estão em auto-gestão. Nem deve ser possível estabelecer qualquer função de custos para aquela empresa, dado o grau de aleatoriedade no comportamento dos recursos. No caso da NetCabo, trata-se de um monopólio duplamente eficiente. Por ser monopólio e por não agir com Racionalidade Económica.

E o mais descoroçoante foi saber que, pelo segundo ano consecutivo, os leitores da PC Guia elegeram a NetCabo como o Melhor Internet Service Provider (ISP). Estremeço de pavor só de pensar como serão as Clix, Oni, Sapo e Cabovisão. Ou então de pavor sobre o siso de quem lê a PC Guia.

(*) A NetCabo é um monopólio relativo, pois há possibilidade de substituição entre tipos de serviço diferentes.

Publicado por Joana às julho 17, 2005 06:33 PM

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Comentários

De facto é (net)Kafkiano

Publicado por: Diana às julho 17, 2005 07:31 PM

Concordo inteiramente com a leviandade da netcabo. Quando fui para Timor (e fui 6 vezes) mudei do speed on para o speed use para ficar inactivo quando eu não estava cá. Custou-me vários faxes mas consegui. Depois de voltar e de me aparecer uma factura de 20 contos (à conta de várias coisas entre as quais o Semiramis) lá decidi retomar o speed on mandando o papelinho com o pedido de alteração, de boa fé. No mês seguinte apareceu-me uma factura de 30 contos que ainda por cima é paga por transferência bancária. Tive que ameaçar sair para o sapo em mails com conhecimento a terceiros para poder vir a fazer prova jurídica, se fosse necessário.

São mesmo abusadores!

Noutro dia, na fila para pagar uma factura de electricidade atrasada ouvi uma frase que me ficou: "dantes era vergonha roubar, agora só é vergonha ser apanhado". Eu sou optimista (apesar de ter lido o Candido de Voltaire), mas confesso que é porque é mais agradável do que consistente.

Por falar nisso ando com uma dúvida difícil. Na tentativa de tradução de uma frase da Republica de Platão deparei-me com 2 possíveis significados para phronesis: reflexão ou prudência (bom-senso).

Do contexto parece que em Platão seria sobretudo "reflexão", já que esse é o modo como se pode aceder às Ideias (de que as sombras são o reflexo como na alegoria da Caverna) e que terá evoluído para "prudência" sob a injunção de Aristóteles, o autor da Política debaixo da concepção de que a esta é a arte da conveniência.

Estará isto rigoroso? Agradeço contribuições.

Publicado por: pyrenaica às julho 17, 2005 08:46 PM

pyrenaica às julho 17, 2005 08:46 PM:
Pode depender do contexto. Que tal "discernimento" ou "sabedoria" (no sentido prático)?

Publicado por: Joana às julho 17, 2005 09:11 PM

Obrigado Joana. A sabedoria é a "sofia" e o discernimento, como saberá, foi tratado por Pascal, a propósito da geometria.

O contexto é mais ou menos isto:
“- Além disso, pelo menos, sabes isto: que na opinião da maior parte, o bem é o prazer, enquanto que, para os cultos, é a reflexão.” Socrates na resposta a Adimanto in República (livros VI e VII), Platão.

Como vê optei por reflexão, nesta tradução.

Publicado por: pyrenaica às julho 17, 2005 09:24 PM

Joana... o pior não passou: envie reclamação (mail, fax, carta...) e guarde o registo da mesma...é dolorosamente provável que venha a receber na próxima factura (no próximo débito bancário!) o custo das deslocações, e mais provável ainda que sejam cobradas como deslocações nocturnas. sim, li o seu post e sei que os técnicos não foram a sua casa de noite. é ainda mais kafkiano do possa imaginar. sugiro-lhe que previna o que poderá tornar-se tão (mais) sem nexo que O Processo.

Publicado por: raquel às julho 17, 2005 09:45 PM

O meu filho faleceu num acidente de viação e o Estado decidiu que para eu receber o seu património tinha que ser penalizado com um imposto, o sucessório.
Como não tinha, e não tenho dinheiro suficiente, pedi para aumentarem as prestações para o máximo, mesmo que as seis em excesso fossem penalizadas com 12% de juro.

Lá forem sendo pagas.
Outro dia recebi um aviso da minha Repartição de Finanças avisando que estava em relaxe e ameaçavam com a penhora de bens,
Fui lá e disseram-me:
Isso foi emitido pelos Serviços Centrais e não temos nada a ver com isso e deve dirigir-se ou aos Serviços Centrais ou então a essa repartição que (não) emitiu o aviso.
Mas não podem saber de que se trata, aí nos computadores?
Não.

Lá fui e avisadamente com os documentos na mala.
Fui ás execuções fiscais.
Não é connosco é lá em cima com o sucessório.
Lá fui e a senhora ficou muito surpreendida quando lhe mostrei o papelinho comprovativo do pagamento que dizia estar em falta.
Foi á tesouraria e disse-me para esperar.

Voltou muito aborrecida porque tinha-lhe dado um trabalhão organizar o processo de relaxe, tudo isto porque eu tinha pago a prestação noutro Bairro Fiscal que não aquele e que assim era uma chatice.

Voltarei lá na terça-feira para ver se conseguem resolver a trapalhada que originaram.

Resta-me acrescentar que pago as prestações noutro Bairro Fiscal para evitar ao máximo voltar a passar pelos sítios onde o meu filho vivia antes de partir para a sua última viagem.

Publicado por: carlos alberto às julho 17, 2005 09:46 PM

Joana: Há três dias atrás passei por uma situação muito semelhante à que viveu. Só que foi com o SAPO. Cerca de 80h para me reporem o serviço.
MADAME: O Monopólio de que fala é privadíssimo!(exceptuando aquela coisa monstruosa da chamada "Golden share"-perderam os anéis mas querem continuar a chafurdar!).
Logo gerida da forma como o FCLiberal (Joana e Clones) tanto amam. Com "outsourcing", com "call Centers", com CRM e com aquelas máquinas vocais e infernais (que até a Clara Ferreira Alves, abomina). Garanto-lhe que enquanto aquelas empresas foram públicas, o serviço prestado era de muito maior qualidade. A preocupação com os clientes (mesmo se lhe chamavam subscritores e assinantes) era de longe superior à miséria que hoje vivemos. Bom proveito!

Publicado por: elmano às julho 17, 2005 10:31 PM

É assim que funciona o liberalismo. O Estado está ausente.

Publicado por: Senaqueribe às julho 17, 2005 10:40 PM

Eu tenho Cabovisão !

Pena que a Cabovisão não tenha a mesma Capacidade Financeira da Netcabo.

Publicado por: Templário às julho 17, 2005 10:43 PM

Joana:
Bizarrias como essa que conta não são monopólio de Monopólios...

Tinha uma assinatura da 'Time', paga por transferência bancária.

Há coisa de 3 meses decidi cancelar essa assinatura e, ao telefone, foi-me garantido que o cancelamento era imediato.
Desde a semana seguinte passei a receber, no correio, dois exemplares (idênticos) dessa (belíssima, por sinal) revista. Depois recebi o prémio (um relógio de pulso muito feio) que é dado aos novos assinantes...

Voltei a telefonar e após muitas desculpas, prometeram-me que tudo se regularizaria em 2 semanas.

2 semanas depois o meu extracto bancário acusava o pagamento duplicado da assinatura dessa excelente revista semanal...

Agora o meu banco jurou-me que não volta a pagar a 'Time' (como os franceses não gostam de revistas americanas aguardo, com alguma expectativa, o meu próximo extracto...).

A 'Time' não é monopólio nenhum.... o BNP também não... idiotas há por todo o lado...

Sendo assim: alguém quer um relógio de pulso com o logo 'Time Magazine'?

Publicado por: P Vieira às julho 17, 2005 10:48 PM


O Liberalismo Actual

Como se trabalha hoje !!!

Apareceram uns putos, não sei se licenciados por Oxford ou pela Católica que descobriram a árvore das Patacas (rentabilidade ) e que o Exemplo da Joana e doutros consumidores são a prova de que algo está errado e que Esses Mesmos Especialistas São é Uns Aldrabões !

Na sua ânsia de apresentarem altos resultados que se baseariam na rentabilidade descobriram como disse, o que qualquer ciganito tuga já sabe há centenas de anos:
a) Despediram pessoal altamente qualificado e passaram a dar tudo de empreitada, chamam eles a isso Outsorcing....

b) transferiram para o cliente certos custos, que só se aperceberá deles no malfadado dia que ligar pró apoio ao cliente. Nesse dia perceberá quanto lhe custou a informação ou assistência técnica. Colocaram assim o apoio ao cliente em Outsorcing, que é dado nos Call-center e nos quais formaram as pessoas em 8 dias, quando despediram os seus funcionários (que não rendiam) mas que tinham formação de anos e anos.

Afinal a Joana Foi VÍTIMA DA SUA TEORIA ! ( o que convenhamos é irónico )
Quando a Joana passar a ter 2 ou 3 problemas desses no mês, julgará que se mudar de operador se resolverá seu problema, mas não continuará a ter os mesmos problemas, POIS ESTANDO A TEORIA ERRADA A PRÁTICA NUNCA PODERÁ SER BOA !


Publicado por: Templário às julho 17, 2005 11:15 PM

carlos alberto às julho 17, 2005 09:46 PM:
Atenção que as Finanças andam a enviar, sem nexo, notas de cobrança erradas que presumo decorrem da necessidade de mostrar serviço e do caos em que o sistema informático das Finanças está.
Portanto os milhões que andam a falar em cobranças coercivas resultam de erros do sistema e não são reais.
Claro que os contribuintes sem meios de prova podem ter que vir a pagar.

Publicado por: Joana às julho 17, 2005 11:32 PM

Só não percebo é como o liberalismo, que é contra os regimes de monopólio, principalmente os protegidos por barreiras estatais, e que advoga a concorrência, possa ser acusado destes comportamentos monopolistas, próprios das empresas majestáticas do Século XVIII

Publicado por: Joana às julho 17, 2005 11:41 PM

Joana às julho 17, 2005 11:41 PM

1º - O liberalismo nunca pode ser contra nada, a não ser contra os Monopólios do Estado .

2º - Não me diga que são as 500 acções que o Estado tem na PT, as culpadas pelas centenas e milhares de serviços mal prestados pela PT.

3º - Você não foi vítima de nenhum Monopólio, você foi vítima da sua teoria e não o admite (nem morta) eheheeh.

Ou já se esqueceu da sua teoria?
Que assenta essencialmente na Rendibilidade sem olhar a meios para atingir essa Verdade Absoluta dos Liberais. Não são os liberais que estão sempre a relacionar os custos/produção ?

Não lhe expliquei já, como trabalham actualmente as multinacionais ? mas eu não falo de teorias, falo-lhe de milhares de problemas que amanhã de manhã milhares de pessoas vão ter, e vão ligar para umas centenas de call-center ( centro de escravos, sem preparação nenhuma, parecem papagaios a debitarem o que vem no Scrip ) , para lhos resolverem...... desde quando e em que Sociedade é que os Escravos Resolviam os problemas ?

Esta é a diferença, nem tendo sido vítima, você admite que o sistema está errado, e assenta na vigarice, na aldrabice. Sabe porquê ? Porque julga que os seus enunciados da livre concorrência deveriam resolver esse problema. Mas não resolvem, essa é a verdade e até lhe acrescento mais, isto está tão bem montado, que quem aparecer a TRABALHAR BEM, abre falência !

Esta é a verdade nua e crua, bem sei que lhe custa admitir, mas que acabou confessando no seu Post, que foi prejudicada pelas teorias dos meninos de Oxford.
Confesso que me deu um gozo extraordinário ....


Publicado por: Templário às julho 18, 2005 12:00 AM


Reflexões para os Liberais

Não se podem fazer omeletes sem ovos !
A pólvora já foi inventada .

O comércio já existe há milénios muito antes de J.Cristo que até teve azar e foi vendido por 30 dinheiros.
O comércio ou as empresas só podem existir se tiverem lucro.

A Concorrência quando chega ao limite, ao não conseguir baixar mais os preços, passa à 2ª fase, que é a vigarice pura e dura, vale tudo, até facturar o que não se consumiu ou comprou. E nesta linha de actuacão entra então o supra-sumo da inteligência Liberal, transferir para o cliente a maior parte dos custos de atendimento e/ou assistência. É o Máximo que se pode fazer, a partir daí só mesmo cobrando aos clientes uma taxa por a empresa existir... que n seria tb novidade, uma vez que é o que os bancos já fazem aos anos.

Em resumo, já tudo foi inventado em matéria de comércio !

Publicado por: Templário às julho 18, 2005 12:18 AM

Templário, essa 2a fase não é uma vigarice. É uma filha putice de quem está habituado a mamar tudo e a não deixar nada.

Já agora, não tem rigorosamente nada a ver com liberalismo, tem tudo a ver com libertários e "súcialistas" (sim, com ú...), e os chulos do costume. Não são opções politico-económicas, são pura e simplesmente crimes.

Publicado por: Alface às julho 18, 2005 12:53 AM

E então para continuarmos os casos tive há cerca de um ano a triste ideia de fazer a subscrição da assinatura on-line da E. Britanica. Por um mês, apenas. Foi assim que fiz o pedido e entrei com os dados do meu Visa.

Depois realizei que aquilo era uma xungaria em relação aos temas que eu estava à procura; calhou ir para fora; qual não é o meu espanto quando vejo que mês após mês continuaram a debitar os cerca de 15 euros no meu cartão. Lá começou uma catrefa de mails sem sucesso.

Resultado: tive que cancelar o meu Visa e mandar emitir outro para parar aquela pequena hemorragia. Era a única maneira como me explicaram na UNICRE de obviar à situação.

Também mais ou menos na mesma altura em Darwin na Australia tive que ficar num hotel. Ia com tudo pago com vouchers mas mesmo assim pediram-me para passar o Visa lá na máquina como garantia e eu inocentemente acedi.

Passado uns meses já cá eu estava lá veio uma conta de 2 ou 3 contos de uma despesa que eu não fiz. Lá dei instruções de que nunca mais queria ficar naquele hotel e perderam um cliente mas se calhar estes pequenos roubos compensam-lhes mais do que os clientes, não sei.

Tenhamos alguma esperança: se os budistas têm razão, e eu estou cada vez mais atento a eles, isto fica tudo lá registado no Karma de cada um.

Por outro lado se há alguma saída dentro do sistema imanente é através de uma ética de que o marrano Spinoza (Bento ou Baruch) foi o grande teórico. De origem portuguesa.

Era um tipo porreiro. Depois de ter sido expulso da comunidade sefardita com um decreto de expulsão escrito mais de 40 anos antes em Veneza e que nunca tinha sido usado contra ninguém ("maldito sejas ao entrar e ao sair, ao levantar e ao deitar, etc"), por ter posto em causa a imortalidade da alma, mudou-se para o campo onde continuou a sua obra e vasta correspondência, vivendo do seu ofício de polidor de lentes, e recusou ao eleitor da Saxónia a cátedra de Heidelberg, para manter a liberdade de pensar. Morreu de tuberculose associada ao pó de vidro que respirou. Mas ficou eternamente respeitado.
Agora vou dormir. Até amanhã.

Publicado por: pyrenaica às julho 18, 2005 12:58 AM

Templário em julho 18, 2005 12:00 AM:
A PT é um monopólio protegido por barreiras legais impostas pelo Estado. O facto de só dispor de 500 acções não é relevante para esse facto.
É, como a EDP e outros, um monopólio protegido pelo Estado.

Publicado por: Hector às julho 18, 2005 01:08 AM

A NetCabo pertence à PT. São uns salafrários

Publicado por: saavedra às julho 18, 2005 01:12 AM

Alface às julho 18, 2005 12:53 AM

São Crimes ? ( só se está a falar dos "enganos das facturas" )

Como entende este comportamento das multinacionais:

exemplo real: compra uma impressora da HP ou da Lexmark ou da Epson, compra um Monitor da Philips.

É lhe dito, assistência ligue para o nº tal.

Depois de passar uma manhã, sem conseguir ser atendido o que acha ? que teve azar ? depois de o conseguir, esperar mais meia hora e finalmente tudo resolvido, com a marcação da hora da troca do produto, e sem que seja cumprido o acordo, voltará a percorrer todo o purgatório para lhe responderem que foi da transportadora e marcará nova data...

Isto é o quê ?
Repare que não lhe falo, nem do zé da esquina, nem sequer de Portugas, estou-lhe tão só a falar das MAIORES MULTINACIONAIS DESTE PLANETA.

Se não é uma prática Liberal, nem uma teoria económica baseada no custo/rendibilidade, é o quê ?

Se a prática é prejudicial para o público, porque será que todos a Seguem ?
Eu respondo
Porque para não a seguirem teriam que aumentar o produto final ao público, logo estariam em desvantagem na venda.

Logo suponhamos que o custo médio de bom atendimento/boa assistência, custa 10 para um determinado produto que se venderia por 100 (sem esses custos), teríamos assim o preço final de 110.
Se reduzirmos o custo de 10 para 2, teremos um preço final de 102.

Onde quero chegar ? O aparente benefício do preço para o Público provém de uma falácia, porque comprará mais barato com um péssimo serviço. Ou seja o que ganha na compra perde na assistência.
Em resumo, como ninguém dá nada a ninguém, não houve um benefício real, nem para o consumidor, NEM SEQUER PARA OS VIGARISTAS DA EMPRESA. O que revela uma dupla estupidez, pelo menos os ciganos sempre ganham algo com as ciganices.
Estes novos teóricos deliram só de ganharem mercado !

Agora escolha lá outra marca de impressora, só para ver se se safa deles !

Publicado por: Templário às julho 18, 2005 01:21 AM

isto depois de estar afinado.... é assim:

recebem uma chamadinha em casa muito amável, propõe-lhe experimentar uma revista durante 6 meses, por apenas 1 euro. Têm só que dar certos dados e o nib. A empresa é conceituada no Mercado e das Maiores, o que vos dá confiança, e acedem.

Depois receberão os para béns etc e tal, e a dita revista. Com o passar do tempo (são 6 meses) nem se lembram de umas linhas em que dizia, que no caso de não desejar a assinatura, teria que telefonar no prazo de x para o nº tal. O tempo passou e só perceberão o truque do 1 euro, no dia que vos debitarem cento e tal euros de uma assinatura que vocês jurarão a qualquer Juiz do mundo, que não assinaram.

Mas...suponhamos que usam as mais altas tecnologias e que a vossa agenda electrónica vos avisa que têm que telefonar para desistir da assinatura. Nesse caso, volta-se ao truque.... são de facto 5 escravos de call-center que atendem 150 chamadas por dia, mas como há 10.000 espertos para desistirem....estará sempre impedido...e acabarão por levar com o débito bancário.


Publicado por: Templário às julho 18, 2005 01:46 AM

O país está a saque. Não são apenas as entidades que têm poder para cortar o serviço se não pagarmos o que eles querem. As Finanças andam a fazer o mesmo, a ver se apanham o pessoal distraído

Publicado por: Ramiro às julho 18, 2005 08:52 AM

É um facto. Antigamente, quando era só papel, as Finanças enganavam-se menos. Ou então não mexiam uma palha. Agora, basta um erro de introdução de dados ou uma omissão, e os serviços centrais começam a enviar notas de dívida para todo o lado.
Anda imensa gente à beira de ataques de nervos a receber cartas registadas das Finanças com coisas absurdas.

Publicado por: Rui Sá às julho 18, 2005 09:29 AM

O que há de singular nestes comentários é que aqueles que são a favor do Estado e das empresas estatais, empre que essas empresas (estatais ou protegidas pelo Estado) se comportam como salteadores dizem mal do liberalismo, que defende a concorrência e a liberdade

Publicado por: V Forte às julho 18, 2005 10:14 AM

Eles não fazem ideia do que falam. Aprenderam com o salazarismo que liberalismo era igual a roubalheiras e logo que ouvem falar de roubalheiras dizem que é o liberalismo, quando os ladrões são o mais anti-liberaris possível.
Foi a cartilha do salazarismo bem aprendida.

Publicado por: V Forte às julho 18, 2005 10:18 AM

O que há de singular no comentário de V Forte é que ele não percebe o que se está a passar.

Publicado por: Senaqueribe às julho 18, 2005 10:35 AM

V.Forte :Foi a cartilha do salazarismo bem aprendida.
Quem sou eu para por em causa os seus conhecimentos na matéria?

Publicado por: elmano às julho 18, 2005 10:40 AM

Na verdade, não há Estado nem há Economia.
Não há Estado porque não há Governo.
Não há Governo porque não há políticos a sério.
Não há Economia porque não há Empresas.
Não há Empresas porque não há Empresários a sério.

O País (o Mundo...) está a ser dirigido por criançolas.
O resultado está à vista.

Publicado por: Senaqueribe às julho 18, 2005 10:41 AM

Os ladrões são anti-liberais?
E eu a pensar que eles defendiam a liberdade!

Publicado por: Senaqueribe às julho 18, 2005 10:46 AM

A Joana tem nesta história da Netcabo um exemplo muito perfeito de por que é que a economia portuguesa anda mal. Não é, ao contrário daquilo que ela sugere, por o Estado ser mau. É por as empresas privadas serem más. Aquilo que se passa com a Netcabo passa-se com N outras empresas nos mais variados setores privados: as companhias de seguros, as universidades, as clínicas, as empresas têxteis, etc etc etc. É tudo mal gerido, gerido em função do curto prazo e do lucro fácil, da exploração de clientes que momentaneamente não têm outra alternativa.

Esta história da Netcabo é a história das empresas privadas deste país.

Publicado por: Luís Lavoura às julho 18, 2005 11:08 AM

Carlos Alberto: os meus pêsames pela morte do seu filho.

Publicado por: Luís Lavoura às julho 18, 2005 11:13 AM

V Forte às julho 18, 2005 10:14 AM

Não tenha dúvidas, o Liberalismo quando não é "controlado" por entidades Estatais é uma Roubalheira descarada.
Sabe porquê ? Não por culpa dos Liberais ...mas devido ao genoma Humano...se puderes ganhar 100, não vais ganhar 50...!

Os exemplos que apresentei e que hoje já quase todos conhecemos são importantes pelo seguinte:

Primeiro - Trata-se das maiores Empresas Privadas do Planeta.
Segundo - É a mais alta concorrência Mundial.

E até inventaram uma nova maneira de reparar... dão outro produto novo, até aqui tudo bem.

O que apenas pretendo frisar, é que uma boa parte do Benefício proveniente do abaixamento do preço, é à Custa do próprio cliente, apenas isso. Terei ou não razão ?

Concordará também, que certas atitudes de empresas privadas e/ou estatais se fossem cometidas por ciganos, eles seriam presos !

Publicado por: Templário às julho 18, 2005 11:15 AM

Joana: sabe perfeitamente que a Netcabo não é um monopólio. Há alternativas para o fornecimento de Internet. Boas ou más, mas há alternativas. Não venha com essa desculpa de que a Netcabo funciona mal por estar em monopólio. A Netcabo funciona mal tal como tantas companhias privadas portuguesas, nos mais variados setores de atividade, funcionam mal.

Ando sem selo de seguro automóvel porque a minha companhia de seguros (Mundial Confiança) me mandou com atraso a fatura para pagar.

Publicado por: Luís Lavoura às julho 18, 2005 11:16 AM

A Joana critica o suposto monopólio da Netcabo. Mas, quando eu aqui argumentei que o Estado deveria "partir" a PT, separando-a em diferentes empresas com o fim de evitar as suas operações monopolistas, retorquiu-me que o Estado deveria ter em conta os interesses dos acionistas da PT - entre os quais a própria Joana!!! - cujos interesses ficam superiormente protegidos pela posição dominante ou monopolista desse cartel.


Joana: não critique a Netcabo. Eles querem apenas ganhar dinheiro para os seus acionistas!

Publicado por: Luís Lavoura às julho 18, 2005 12:13 PM

Senaqueribe às julho 18, 2005 10:35 AM:
Então explique-me lá o que se está a passar

Publicado por: V Forte às julho 18, 2005 12:45 PM

Julgo que há gente que confunde liberalismo com rebaldaria.

Publicado por: Joana às julho 18, 2005 01:12 PM

Luís Lavoura às julho 18, 2005 11:08 AM:
As empresas que fazem isso, desde que não estejam protegidas por barreiras administrativas (do Estado) acabam mais tarde ou mais cedo na falência. O mercado acaba por as punir. É apenas uma questão de tempo. Em marketing, é mais difícil construir uma boa imagem que perdê-la.

Publicado por: Joana às julho 18, 2005 01:15 PM

Luís Lavoura às julho 18, 2005 11:16 AM:
Eu não disse que a NetCabo era um monopólio em toda a acepção da palavra.
Leia, sff, a minha última frase do post

Publicado por: Joana às julho 18, 2005 01:17 PM

Luís Lavoura às julho 18, 2005 12:13 PM:
Eu sou contra a intervenção estatal, quer a intervenção avulsa que o Mário Lino dizia (já se deve ter esquecido) que ia fazer, quer contra a protecção estatal que a PT recebe e que a coloca num quase monopólio.
Você é a favor das "intervenções" boas e contra as más. Mas quem é o árbitro disso?
Como não é o mercado, o mais certo é fazerem-se disparates, quer sejam "boas" quer sejam "más"

Publicado por: Joana às julho 18, 2005 01:21 PM

Há quem pretenda pôr o Mercado do Bolhão a assumir as funções do Estado.

Publicado por: Senaqueribe às julho 18, 2005 01:45 PM

V Forte às julho 18, 2005 12:45 PM

"Então explique-me lá o que se está a passar"

O que se está a passar é que não se passa nada. Estamos a marcar passo. É tudo!
Esclarecido?
Não? Então leia Publicado por: Senaqueribe às julho 18, 2005 10:41 AM

Publicado por: Senaqueribe às julho 18, 2005 02:09 PM

A TV cabo, que fornece a Netcabo, é um próprio fenómeno dentro do grupo PT.

Não se consegue perceber como funcionam tão mal.

Publicado por: Mário às julho 18, 2005 02:28 PM

Joana às julho 18, 2005 01:15 PM

Se a Joana acha que "o mercado" deve punir a Netcabo, então comece a fazer o que acha: desligue-se da Netcabo. Há empresas concorrentes que fazem serviços idênticos.

Publicado por: Luís Lavoura às julho 18, 2005 02:38 PM

Joana às julho 18, 2005 01:17 PM

Li todas as frases do seu post. Você reconhece que a Netcabo não é um monopólio na verdadeira aceção da palavra, mas noutras partes do post trata-a como se fosse um verdadeiro monopólio.

Há muitas empresas que lhe fornecem acesso à Internet via telefone. Se não gosta da Netcabo, mude-se para elas. Eu sou cliente da Tele 2. e já fui da Jazztel, e não tenho razão de queixa de nenhuma delas.

Publicado por: Luís Lavoura às julho 18, 2005 02:41 PM

Luís Lavoura em julho 18, 2005 02:38 PM:
Olhe que você está a interferir no mercado ao tentar condicionar uma decisão de uma agente económica.

Publicado por: Coruja às julho 18, 2005 02:44 PM

Joana às julho 18, 2005 01:21 PM

A Joana diz que é contra a intervenção estatal, mas deveeria ter em conta que a situação preponderante da PT foi criada pelo próprio Estado, e que só ele a pode desfazer. Só o Estado pode impedir que a PT seja simultâneamente grossista e retalhista no mercado dos telefones fixos, por exemplo. Além disso, a Joana, que tanto gosta dos clássicos da economia, sabe sem dúvida que eles abominavam os monopólios. E que sempre foi entendido como boa política económica contrariar e desfazer os monopólios, por intervenção estatal.

O monopólio da PT é mau, foi criado pelo Estado, e só pode ser eliminado por intervenção do Estado. É pois essecial, nos termos mais estritamente da economia clássica, que o Estado intervenha para lhe pôr termo.

Publicado por: Luís Lavoura às julho 18, 2005 02:45 PM

Vêem como tenho aprendido esta coisa do liberalismo?

Publicado por: Coruja às julho 18, 2005 02:46 PM

Segundo o Tribunal de Contas (2/2004) há em Portugal 366 empresas, controladas directa ou indirectamente pelo Estado.

Publicado por: AJ Nunes às julho 18, 2005 03:09 PM

Joana às julho 18, 2005 01:15 PM

Essa coisa da Imagem, foi uma cultura do século XX e que pretendia até fidelizar clientes. Até nem era má, pois as empresas empenhavam-se em "tratar bem" os seus clientes.

Ou a Joana anda a dormir, ou não quer mesmo admitir que estamos já no período completamente selvagem do Liberalismo.

Esta questão é importante, pois enquanto eu afirmo que em Portugal já vigora o Liberalismo Selvagem, a Joana entende que ainda não há liberalismo...a partir daqui falamos do sexo dos anjos...

Gastam-se milhões para fazer propaganda do telefone por um centimo por minuto para qualquer lado...e depois em letrinhas pequeninas (no horário económico) que é como quem diz, quando toda a gente está a dormir.

Ora estas técnicas de Marketing (entrujonas) tiveram grande êxito no ínicio, mas actualmente com tantos "enganos".... os consumidores já interiorizaram que é a lei da Ciganice que vigora.

Publicado por: Templário às julho 18, 2005 03:15 PM

O problema é que o mercado português é muito pequeno, e por isso, não existe concorrência. É só carteis. Vidé UZO e derivados.

Publicado por: RJB às julho 18, 2005 04:04 PM

Essa do «monopólio relativo» faz-me lembrar a história da mulher «meio grávida»...

Em todo o caso ficámos a saber que a Joana está mal informada sobre a tecnologia mais adequada para acesso à Internet em Portugal.
Mude para o ADSL da Telepac e não terá problemas desse tipo (apesar de pertencer ao mesmo grupo).

Publicado por: (M) às julho 18, 2005 04:20 PM

RJB em julho 18, 2005 04:04 PM: O mercado português é pequeno, mas há concorrência porque é uma economia aberta ao exterior. O problema é que nos sectores protegidos pelo Estado não há concorrência.

Publicado por: soromenho às julho 18, 2005 05:05 PM

soromenho às julho 18, 2005 05:05 PM

Porque o Estado é mais competente ?

Se se pode ter em Portugal:

Hospitais Privados, Escolas Privadas, Clínicas Privadas, Segurança Privada, Banca Privada e tudo o mais, porque não há concorrência ?

Resposta minha: Porque os Privados pretendem que o Estado abdique dessas áreas !

Afinal os Privados temem a Competência do Estado ?

Publicado por: Templário às julho 18, 2005 05:15 PM

«Só não percebo é como o liberalismo, que é contra os regimes de monopólio, principalmente os protegidos por barreiras estatais, e que advoga a concorrência, possa ser acusado destes comportamentos monopolistas, próprios das empresas majestáticas do Século XVIII.»

Joana às julho 17, 2005 11:41 PM

É fácil, Joana: quando você fala de liberalismo está a falar duma coisa; quando os seus contraditores (entre os quais peço licença para me contar) falam de liberalismo estão a falar doutra coisa muito diferente.

Você está a falar dos pensadores liberais; nós estamos a falar dos decisores políticos e económicos que agem em nome do liberalismo.

Você está a falar duma personagem compósita - chamemos-lhe Adam von Hayek - que não pode ser acusada, nem de defender os monopólios, nem de desvirtuar a concorrência, nem de exigir para si própria a liberdade e para os outros a Lei.

Nós estamos a falar de outra personagem - chamemos-lhe Karl Rockefeller - que pode com toda a justiça ser acusada disto tudo e de muito pior, apesar de se declarar liberal e de ter por trás da secretária o retrato do outro.

Poderíamos ainda falar duma terceira personagem - chamemos-lhe João Pereira das Neves Espada - que é um comissário político encarregado de defender os interesses do segundo dizendo que defende as ideias do primeiro.

Publicado por: Zé Luiz às julho 18, 2005 06:41 PM

Zé Luiz às julho 18, 2005 06:41 PM dixit:
"nós estamos a falar dos decisores políticos e económicos que agem em nome do liberalismo."

Quais são esses "decisores políticos e económicos que agem em nome do liberalismo." Há algum político português com peso governativo (neste ou no anterior governo) que pertença a essa espécie?

Publicado por: Joana às julho 18, 2005 06:58 PM

Você não se estará a referir a uma personagem imaginária que a diabolização do liberalismo lhe fez brotar da mente?

Publicado por: Joana às julho 18, 2005 07:00 PM

Étão simples quanto isto, se a Netcabo é tão má, a Joana deve mudar para as alternativas ...
Eu pessoalmente tenho tvcabo/netcabo, sou mal servido, fui ainda pior servido pelo embuste do sapo/adsl e quando me fartar da netcabo mudo de operador ... Enquanto continuarmos a pactuar com a incompetência (e eu incluo-o nesse grupo), as empresas do grupo PT não vão aprender ...
Agora sem lhes acabarem com os privilégios (a venda da rede fixa foi mais um prego no caixão da competitividade em Portugal), dificilmente os outros operadores conseguirão competir, até porque a PT utiliza tácticas muito duvidosas, aproveitando-se por exemplo da propriedade da rede fixa ...

Publicado por: bcool às julho 19, 2005 12:00 AM

bcool às julho 19, 2005 12:00 AM

Vocês são cá uns Liberais....porque não constroem uma catedral ?

Pois eu prefiro comprar acções da PT e da PT multimédia que facturam pra choux...choux...As da sonae.com ainda estão verdes....ehehehehe

Publicado por: Templário às julho 19, 2005 12:10 AM

Eu não disse que a NetCabo é má ou boa, em permanência. O sistema em si funciona melhor que inicialmente. O que escrevi foi que, neste caso, se portou de uma forma que deixa muitas dúvidas sobre a sua eficiência.
Pelas experiências que tenho ouvido (as minhas 2 irmãs têm ADSL) as alternativas não me parecem melhores, por enquanto.

Publicado por: Joana às julho 19, 2005 09:40 AM

Joana:

Quais são os decisores políticos e económicos que agem EM NOME do liberalismo? Todos, praticamente. Difícil seria dizer quais os que não agem em nome do liberalismo.

Outra história, muito diferente, é saber quais é que agem DE ACORDO com os princípios que dizem professar. Quanto a estes, devem ser pouquíssimos, com efeito.

O liberalismo é hoje o que o socialismo era há trinta anos: uma referência obrigatória, especialmente para quem não tem a menor intenção de a pôr em prática.

Publicado por: Zé Luiz às julho 19, 2005 08:10 PM

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