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julho 07, 2005

Londres sob Bombas

A Inglaterra, our oldest ally, sofreu hoje de manhã um ataque terrorista. Ainda não há números definitivos de baixas. O facto mais marcante foi a calma, a serenidade e a determinação com que os britânicos encararam o ataque terrorista. Outro facto que impressionou os nossos enviados foi a forma discreta e calculada como as autoridades foram fornecendo as informações, de forma a que o pânico não se instalasse entre a população.
Achei surpreendente que os nossos enviados tivessem ficado impressionados por essa reserva britânica. Se fosse cá, seriam os próprios jornalistas a instalarem o pânico mais absoluto e irracional entre a população, por mais discretas que as nossas autoridades tentassem ser.

Publicado por Joana às julho 7, 2005 09:08 PM

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Comentários

Vamos, uma vez mais, ouvir infinitas manifestações de repúdio pelos ataques terroristas. E, moralmente, não há alternativa senão condená-los. Mas convirá não esquecer que todos os dias inocentes estão a morrer no Iraque às mãos de ingleses e americanos, sem que se verifiquem equivalentes manifestações de repúdio. Admito que nem ingleses nem americanos estejam deliberadamente a matar iraquianos inocentes, mas o facto é que essas "colateral damages" são consideradas aceitáveis. A diferença com os terroristas é demasiado pequena para que não manifestemos o nosso repúdio. E não esqueçamos que, há meio século atrás, americanos deliberadamente mataram dezenas de milhar de japoneses inocentes em Hiroshima e Nagasaki, com o objectivo de aterrorizar os japoneses e os levar à rendição. E os ingleses fizeram o mesmo em Dresden. Espantamo-nos por terroristas árabes seguirem a mesma táctica? Os árabes estão em guerra com aqueles que os invadiram sem razão, e estão a aplicar os mesmos princípios militares de Hiroshima e de Dresden: aterrorizar os civis para forçar a mão aos governos. É horrível mas não é original. E quem inventou essas formas de guerra são aqueles que agora são delas vítimas. Se quisermos acabar com o terrorismo temos de acabar com a agressão no Médio Oriente, temos de respeitar a dignidade dos árabes, temos de forçar Israel a tratar os palestinianos com justiça. Se continuarmos a comportarmo-nos como vândalos, continuaremos a pagar o preço do nosso vandalismo.

Publicado por: Albatroz às julho 7, 2005 10:11 PM

Toda a solidariedade para a UK/London;
Como é que o Islão pode ganhar adeptos, matando mulheres/homens e crianças inocentes ?
Será que quem mandar matar no Iraque/Afeganistão anda de autocarro/metro em Londres ?

Publicado por: zippiz às julho 7, 2005 10:24 PM

Tive a honra e o prazer de conhecer e ser amigos de muitos e variados britânicos e britânicas.
Todos tinham um sentimento comum.
Em público não se mostram sentimentos e a hora do chá é sagrada.
Obrigado UK por nos mostrares quem há sempre quem não se vergue.

Publicado por: carlos alberto às julho 7, 2005 10:40 PM

Albatroz às julho 7, 2005 10:11 PM

"...não há alternativa senão condená-los. Mas convirá não esquecer..."

Acho que num dia como o de hoje, esse "Mas" não me soa bem.
Compreendo os seus argumentos e acho que, para combater o terrorismo, à semelhança de uma qualquer doença, temos de compreender a sua etiologia.

O comportamento das potencias ocidentais em relação aos países árabes servirá de alibi para os ataques terroristas. É só alibi dos terroristas. Não diminui em nada a culpabilidade dos responsáveis nem a injustiça dos atentados.
De igual modo, o comportamento das grandes potências, antes ou depois do 11 de Setembro, nomeadamente no que respeita à morte de inocentes, também não tem qualquer atenuante. Nem sequer, por muito que nos custe, a atenuante dos ataques terroristas.

Se recuamos até Hiroshima, ou à criação do Estado de Israel, daremos connosco a recuar, até ao grande império turco, à presença muçulmana na Península Ibérica, etc.

Concerteza que devemos acabar com a agressão no Médio Oriente e respeitar a dignidade dos árabes. E acrescento, que os árabes devem respeitar a dignidade dos ocidentais e acabar com as agressões terroristas.

Julgo ainda que os exercícios colectivos de "mea culpa" colectivos, serão pouco profícuos. Os responsáveis, de um lado e do outro existem, têm nome e cara.

Publicado por: Vítor às julho 7, 2005 10:53 PM

Outra visão :
http://www.as-coisas.blogspot.com/

Publicado por: zippiz às julho 7, 2005 11:11 PM

O sangue frio dos britânicos é de facto impressionante. Gostava que fossemos assim

Publicado por: Coruja às julho 7, 2005 11:34 PM

Fossemos assim, mas com o nosso Sol e a cozinhar em termos.

Publicado por: Coruja às julho 7, 2005 11:36 PM

Eu acho que a raíz do problema foi aquela disputa entre o Adão e a Eva

Publicado por: bsotto às julho 8, 2005 12:24 AM

EStá a ser politicamente incorrecto. Naõ se sabe se foi Adão e Eva ou Adão e Ivo ou Adana e Eva.
Depende do tipo de família.

Publicado por: Coruja às julho 8, 2005 12:31 AM

Albatroz às julho 7, 2005 10:11 PM

De facto no Iraque a guerra é:
americanos matam civis e Resistência Iraquiana mata soldados americanos e Ingleses.

No meio de tanto combate ao terrorismo e de euforias na vitoriosa guerra, pasmo em verificar que não só os Árabes aguentam a guerra em casa, como ainda manifestam capacidade de atacar na Inglaterra e para que saibam que não são só 2 ou 3 loucos, fazem rebentar várias bombas em locais diferentes.

Esta Guerra iniciada por Bush, vai durar mais de 20 anos. Mas como quem morre do lado dos EUA são pretos e hispânicos, no passa nada.

Publicado por: Templário às julho 8, 2005 12:33 AM

E no Afeganistão a coisa está mesmo bera, pois foi necessário reforçar com um contigente Britânico. Os Afegãos praticavam uma guerra aberta, mas neste momento passaram a copiar as tácticas Iraquianas com alto sucesso.

Nós os Patetas alegres, pagamos a factura das aventuras Bush/Blair no preço do Petróleo.

Publicado por: Templário às julho 8, 2005 12:35 AM

Coruja às julho 7, 2005 11:34 PM

Aquele estilo tem origem no Clima e foi aperfeiçoado até ao cinismo que hoje apresenta. Aqui só será possível depois de haver alteração de clima. Azar mesmo Coruja, para te sentires mesmo bem, porque não mudares-te para lá ?

Publicado por: Templário às julho 8, 2005 12:40 AM

Albatroz e Templário: os problemas não são esses ...

Antes fossem. Tudo era mais simples.

O problema é este:

http://ruadajudiaria.com/index.php?p=319

Eles querem "colonizar" o mundo!

Publicado por: Alface às julho 8, 2005 12:40 AM

"E não esqueçamos que, há meio século atrás, americanos deliberadamente mataram dezenas de milhar de japoneses inocentes em Hiroshima e Nagasaki, com o objectivo de aterrorizar os japoneses e os levar à rendição. E os ingleses fizeram o mesmo em Dresden."

A Convenção de Genebra não condena a resposta equivalente; Se o combatente X usa gás mostarda o que retalia com gás mostarda não é condenado, só o primeiro para não haver vantagem no Fait Accompli. Isto é terreno um bocado âmbiguo mas tem sido a prática.

Hiroshima e Dresden só foram possíveis por causa dos bombardeamentos de Coventry, Londres.

O bombardeamento convencional de Tokio provocou muitos mais mortos do que o de Hiroshima e Nagasaki. E só foi possível devido á barbarie dos Japoneses no Sul da Ásia, Burma, Filipinas, Hongkong. Depois disso era mais importante acabar a guerra. Sem esquecer que a invasão do Japão iria provocar muito mais mortos.

No Ocidente uma grande parte da segurança na Guerra Fria foi baseada em ameaça aos centros populacionais e industriais da União Soviética.
Mas era baseado numa resposta gradual e essa resposta gradual é a essência da civilização.

O que é terrível e diferente no terrorismo islâmico é que não há constrangimentos á priori.

Publicado por: lucklucky às julho 8, 2005 12:49 AM

Templário em julho 8, 2005 12:33 AM:
Pelo que tenho visto na TV, a "Resistência"(??) Iraquiana mata iraquianos. Em cada 100 iraquianos acerta num americano.

Publicado por: AJ Nunes às julho 8, 2005 01:05 AM

Se continuar a matar iraquianos a este ritmo, qualquer dia não tem mais iraquianos para resisitir

Publicado por: AJ Nunes às julho 8, 2005 01:07 AM

Quantos ingleses morreram nos bombardeamentos a Coventry? Ao todo 1.236! E quantas pessoas morreram em Dresden e em Hiroshima? Em Dresden pelo menos 35.000, e em Hiroshima morreram logo 70.000 e outras 70.000 morreram no espaço de cinco anos, em consequência da radiação. Pelo menos outras 70.000 morreram em Nagasaki. Compare-se só o que é comparável...

Publicado por: Albatroz às julho 8, 2005 01:23 AM

Tens Londres e mais cidades. Houve um grau maior é certo no bombardeamento.

Quantos japoneses sobreviveram em cada ilha do pacifico que os americanos atacaram normalmaente não mais de 20% . Esse tipo de resistência fanática levantou o problema das baixas em caso de ataque ao Japão e da tempo para conseguir a rendição. Não esquecer que o Japão estava ocupar parte da a China e a Coreia onde tinha milhares de soldados. Nestas questões acaba sempre por sobresair a dúvida. E todas a soluções são más.

Publicado por: lucklucky às julho 8, 2005 02:48 AM

Efeito boomerang 100.000 - 37

Há na física algumas leis que ajudam a compreender o fenómeno bombista. Se se matam 100.000 civis inocentes árabes numa guerra ilegal e não provocada é estatísticamente mais que provável que os árabes retribuam, na medida das suas escassas possibilidades, o gesto. Tanto mais que na sua cultura, o dever de vingança impende imperativamente sobre um membro da família, da tribo ou do país do assassinado. E como a desproporção da vingança é astronómica, é provável que a vendetta prossiga. Agora restam duas alternativas a Blair:

1) continuar, a ocupação, a pilhagem, a guerra e os massacres no Iraque, desperdiçando em vão mais umas dezenas de biliões de libras e recolhendo mais bodybags e retaliações "at home", sempre com uma derrota inevitável no final. Ou,

2) Retirar imediatamente do Iraque, poupar muitas vidas inglesas e muitos biliões aos seus contribuintes e tendo assim a garantia de que os ataques ao Reino Unido cessam definitivamente...It's up to Blair to choose...

De qualquer modo, todos os que choram a morte dos 37 inocentes de ontem e exultaram com a morte de cem mil iraquianos civis (Lancet dixit)sob um dilúvio de fogo "live on TV" são hipócritas desprezíveis. Não há na ética militar nada que se oponha às represálias no próprio território do ocupante sobre a sua população civil, quando se é ocupado e se vê a sua população civil selvaticamente massacrada. E o que foi Dresden, Hiroxima, Tóqui ? Centenas de milhares (não 37) de civis inocentes deliberadamente massacrados...

Publicado por: EUROLIBERAL às julho 8, 2005 09:28 AM

A guerra entre civilizações continua, como sempre.
Cada qual usa as armas que pode, como sempre.
Os resultados são destruição e morte, como sempre.
Nada de novo, pois!

Publicado por: Senaqueribe às julho 8, 2005 09:35 AM

Existem outras opções para além das indicadas pelo Euroliberal. Como por exemplo, responder ao terrorismo com actos ainda mais terroristas: uma cidade àrabe destruida com armas nucleares por cada atentado no ocidente...

Publicado por: Pedro Oliveira às julho 8, 2005 09:38 AM

Essa de a Inglaterra ser o nosso mais velho aliado cheira mal.

Será mais correto dizer que a Inglaterra nos utilizou, ao longo de muito tempo, como uma espécie de semi-colónia.

Foi esse de facto o estatuto de Portugal ao longo de todo o século 19, depois da ajuda (interessada) dos ingleses no combate à invasão napoleónica.

Os ingleses estabelecidos em Portugal sempre tiveram o cuidado de não se misturar demasiado com os nativos, constituindo as suas "colónias" mais ou menos bem delimitadas, e mantendo sempre uma situação de supremacia económica. No que contrastam com outros povos, por exemplo os alemães que, estabelecidos em Portugal, estão muito mais abertos à cooperação e à mistura.

Publicado por: Luís Lavoura às julho 8, 2005 09:38 AM

Vejo aqui alguns comentaristas que identificam o terrorismo com "os árabes" ou com "o Islão".

Essa identificação é profundamente errada e terrivelmente perigosa.

O Islão é geralmente uma cultura pacífica, e os árabes são geralmente povos pacíficos.

Há muitos muçulmanos e muitos árabes vivendo no Ocidente, e na sua enorme maioria portam-se perfeitamente bem e não concordam de forma nenhuma com este terrorismo.

O Islão é uma religião que atrai muita gente, incluindo muitos Ocidentais. E a maioria dos árabes vivem pacificamente nas suas cidades e nada tem a ver com estas coisas.

Publicado por: Luís Lavoura às julho 8, 2005 09:43 AM

Publicado por: Luís Lavoura às julho 8, 2005 09:38 AM

Isso é diplomacia, Luís. Alianças são também um modo de os países de aproveitarem uns dos outros. Não existem alianças desinteressadas. Os países constituem alianças porque correspondem normalmente aos seus melhores interesses. Essa conversa de alianças apoiadas no idealismo desinteressado não passa disso mesmo: conversa.

Publicado por: Pedro Oliveira às julho 8, 2005 09:45 AM

Inglaterra nossa aliada ? Como assim ? Não se lembram dos versos finais da "Portuguesa" escritos aquando do Ultimato ? Eram assim: "Contra os bretões (britons), marchar, marchar !". Mais tarde, substitui-se "bretões", a versão original, à falta de melhor, por "canhões", o que rima, mas é um tremendíssimo disparate militar...

Publicado por: EUROLIBERAL às julho 8, 2005 09:51 AM

O terrorismo internacional será esmagado ! Os terroristas cruzados serão escorraçados da terra santa e da terra dos califas. Os terroristas nº1 e nº 2, Bush e Blair, acabarão em Haia ! E os "pedros oliveiras" (9:38) continuarão a masturbar-se tristemente em frente ao computador...

Publicado por: EUROLIBERAL às julho 8, 2005 10:02 AM

BBC: "Serviços secretos britânicos lançam «caça» ao terrorista"

Foge, BLIAR, que te apanham...

Publicado por: EUROLIBERAL às julho 8, 2005 10:04 AM

O EUROLIBERAL já foi identificado pelos Serviços secretos britânicos. Atençaõ aos próximos capítulos.

Publicado por: Coruja às julho 8, 2005 10:10 AM

Serviços secretos britânicos ? Good joke ! Só são bons nos filmes do 007... Ainda me lembro que durante décadas foram comandados por espiões comunistas (Kim Philby, Burguess...) que entregaram todos os seus segredos aos russos (o que levou à execução de dezenas de agentes infiltrados), antes de fugirem para a Rússia quando estavan (finalmente) prestes a serem desmascarados...

Publicado por: EUROLIBERAL às julho 8, 2005 10:38 AM

Publicado por: EUROLIBERAL às julho 8, 2005 10:02 AM

Pobre Euroliberal. Nem originalidade tem... Comporta-se como um autêntico PC. Repete como suas as baboseiras que leu no Indymedia, Democratic Underground ou qualquer outro ninho de maluquinhos inofensivos...

Publicado por: Pedro Oliveira às julho 8, 2005 11:25 AM

Estava admirado por ainda não ter acontecido nada em Londres, com a confusão de raças que aquilo é, deve ser de controlo complicado.

Publicado por: vitapis às julho 8, 2005 11:44 AM

"Há muitos muçulmanos e muitos árabes vivendo no Ocidente, e na sua enorme maioria portam-se perfeitamente bem e não concordam de forma nenhuma com este terrorismo."

O problema é que não se manifestam, não combatem o arrastar do nome do Islão pela lama, na Tailandia mais de 800 mortos desde o início do ano com os Budistas a serem decapitados, na Palestina concertos com cantores populares são cancelados nas zonas de influência do Hamas, aqui ainda se compreende é um lugar onde as ameaças e o suborno funcionam, mas no Ocidente não há justificação.
Com este tipo de comportamento que não combate os supremacistas que falam em nome da sua religião acabarão muitos muçulmanos pacíficos por pagar a conta, e muitos governos do Ocidente por tabela.

Publicado por: lucklucky às julho 8, 2005 11:47 AM

Pedro Oliveira: já te aliviaste ? Então vai lavar as mãos... e mete a língua pendente para dentro...

Lucklucky: e por que é que os muçulmanos do ocidente deviam censurar os seus amigos do médio-oriente por defenderem a Pátria contra o ocupante e vingarem os seus mártires também na terra do ocupante ? Em nome de que moral ? A única coisa que eles criticam é a cruzada assassina dos terroristas Bush e Blair. Depois, na Tailândia, esses 800 mortos são quase todos muçulmanos (leia os jornais). O Hamas vai ganhar as eleições, como todos os movimentos islamistas onde quer que haja eleições livres (Turquia, Irão, Argélia do FIS). Democracia rima com islamismo em tudo o mundo árabe e muçulmano. E ditadura rima com fantoches pró-americanos. Finalmente há 1.500 milhões de muçulmanos no mundo e até ao fim do século ultrapassarão os cristãos (2 biliões), se o actual ritmo de crescimento continuar. Logo, não é gente que se possa deixar humilhar como os anglo-americanos têm feito... e se continuarem a fazê-lo, vão ter muitos dissabores, compreensívelmente, aliás...

Publicado por: EUROLIBERAL às julho 8, 2005 12:35 PM

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o Imperialismo realiza um ataque ideológico em grande escala contra o Movimento Anti-Globalização
os negócios do Terrorismo de Estado:
As Elites e os poderosos repartem o Mundo como se estivessem a jogar monopólio.Neste jogo contudo, até ver, perdem sempre os mesmos. Eles programam e promovem as Guerras e nós o Povo fornecemos os Mortos.Para combater isso, a posição dos revolucionários deve ser clara: NEM GUERRA ENTRE POVOS, NEM PAZ ENTRE CLASSES!

Vejamos então quem cria a violência e tenta de uma forma sinistra e simplista, criminalizar hipotéticos “fanáticos religiosos” (chegando ao extremo de até os instrumentalizar), manipulando pela insistência sistemática os Media Corporativos e através deles, vastos sectores de opinião pública e de massas amorfas das populações, gerando medos e ódios numa estratégia global de Horror, de consequências imprevisíveis.

Inventando um “Inimigo”
(nota para os mais esquecidos) Não há ainda uma semana que Bush declarou perante uma plateia exclusivamente de miltares que "a guerra vale a pena"!
(ver foto no www.xatoo.blogspot.com)
“O maior evento musical da história” foi, provavelmente, o maior ataque ideológico ao Movimento Anti-Capitalista internacional desde o seu nascimento nos meados da década de 90 em Seatlle. Centenas de milhar de pessoas compareceram sábado 2 de Julho aos 10 concertos celebrados em 9 paises, coincidindo com o inicio da reunião dos lideres dos 8 paises mais Ricos do planeta
teriam BONO e os outros previlegiados do Show-Bizz a noção do ridículo?
Na verdade 60% das ajudas prometidas pelos Estados nunca se concretizam! São sempre acções de marketing e propaganda que após o efeito imediato retirado, rapidamente são esquecidas.

Publicado por: xatoo às julho 8, 2005 01:26 PM

Concretizam-se. A esta hora mais uma dúzia de ditadores corruptos africanos aumentaram com vários zeros as suas contas na Suiça

Publicado por: David às julho 8, 2005 03:28 PM

"A única coisa que eles criticam é a cruzada assassina dos terroristas Bush e Blair"

Pois o terrorismo começou depois da invasão do Iraque...

Publicado por: lucklucky às julho 8, 2005 03:28 PM

Pois, já antes os árabes e muçulmanos criticavam o apoio incondicional anglo-americano à política assassina de SSharon (a cruzada sionista na Palestina), os massacres desproporcionados da Guerra do Golfo de 91 e o criminoso embargo accompanhado de permanentes bombardeamentos durante 12 anos que vitimaram mais de meio milhão de crianças iraquianas (UNICEF dixit), causas directas do 9/11. De facto, há décadas que, por causa de iSSrael, os americanos começaram a tratar os árabes como Untermenschen... e quem semeia ventos...

Publicado por: EUROLIBERAL às julho 8, 2005 04:38 PM

Os ingleses votaram em Blair (é certo que não because of Iraq, but despite of Iraq), agora aguentem-se à bronca...

BBC: "In Spain, three days after the bombs, voters voted out Jose Maria Aznar, who had supported the invasion of Iraq, and voted in Jose Luis Rodriguez Zapatero, who did not.

In Britain, voters took a decision in the recent general election to keep Tony Blair in power, not, it is reckoned, because of Iraq, but despite Iraq.

That will not happen under Mr Blair. He said so immediately after the attacks, and while politicians often say such things following outrages, there is not much reason to doubt Tony Blair's determination.

Tony Blair is not a politician who regularly changes his mind. He, like US President George W Bush, proclaims this as a vital struggle in the modern age.

Britain therefore remains in the front line, and the option of withdrawing from Iraq and minimising the risk of further attacks is not presently open to British voters.

They have taken their decision and must accept the consequences."

Publicado por: EUROLIBERAL às julho 8, 2005 04:42 PM

A África é um caso perdido, como dizia Kohl.

Publicado por: David às julho 8, 2005 04:44 PM

Dizem que Londres viveu hoje um dia, como se nada se tivesse passado ontem. Os tipos são coriáceos.

Publicado por: Sa Chico às julho 8, 2005 06:51 PM

E o desemprego nos USA continua a diminuir. E o crescimento este ano vai continuar a ser bem superior à da Europa. Todos os vaticínios da falência americana continuam a ser prematuros!

Publicado por: Sa Chico às julho 8, 2005 06:54 PM

Poucos percebem o que se passa com o mundo árabo-islâmico. Falam de ressentimento resultante da pobreza e/ou do fanatismo religioso. NADA DISSO. Muitos "al quedas" são ricos, tal como alguns países do Golfo (riquíssimos, mesmo). E os países árabes em geral estão muito longe dos muitos casos de pobreza chocantes que há no mundo. Miséria só há neste momento na Palestina e Iraque, e apenas por causa da guerra. Tal como a religião. Os muçulmanos estão-se a marimbar que nós não sejamos muçulmanos. Querem viver em paz sem ocupantes, terroristas sionistas ou bushistas, sem ladrões de terras ou petróleo. A religião só serve de amparo moral aos mujahedins e mártires e de cimento identitário para reforçar a resistência. MAIS NADA.

Há sim muito ressentimemto mas nacionalista ou pan-árabe e islamista. Todos, ricos ou pobres, sunitas, chiitas ou cristãos, desde Marrocos à Indonésia consideram uma profanação intolerável a ocupação da Palestina pelos cruzados sionistas e do Iraque pelos terroristas bushistas. É um atentado intolerável à honra árabe que só pode ser lavado com o sangue desses cães infiéis. Esse ressentimento é igualmente sentido por muçulmanos ocidentais que não odeiam a nossa cultura e o nosso way of life, e que estão muito bem nele integrados. O que não podem aceitar sem retaliação violenta é que cruzados ocidentais invadam solo islâmico, massacrem às centenas de milhares, roubem terras e petróleo, apoiem ditadores fantoches prostituidos a SSharon e Bush, fomentem a prisão e tortura da maioria islamista que anseia por eleições livres, que blasfeme nos seus próprios lugares santos contra o Islão. É isso e nada mais. Logo se os terroristas busho-sionistas retirarem completamente da Palestina (toda), do Iraque e Afeganistão e pagarem indemnizações de guerra e o preço de sangue dos mártires caídos, haverá paz. Enquanto isso não acontecer, haverá guerra... É simples.

Publicado por: EUROLIBERAL às julho 9, 2005 08:11 PM

hehe por isso é que os terroristas mataram mais muçulamnos ...

Publicado por: lucklucky às julho 9, 2005 08:54 PM

Sa Chico às julho 8, 2005 06:51 PM

isso foi da ressaca, hoje já tiveram que evacuar 20.000 ingleses na 2ª maior cidade por nada...nadinha...só pelo medo de...

Publicado por: Templário às julho 10, 2005 01:19 PM

Será que a polícia de Birmingham está infiltrada pelos alqaedas ? Ai, os malandros !

Publicado por: EUROLIBERAL às julho 10, 2005 02:02 PM


ó Euroliberal

és capaz de me explicar, porque é que pessoas cultas que estudaram história, não conseguem perceber a história actual ?

Publicado por: Templário às julho 10, 2005 02:09 PM

EUROLIBERAL às julho 10, 2005 02:02 PM

Mais grave... segundo o Comandante da Polícia as informações era mui fidedignas e vinham dos serviços secretos. Os alquaedas até já brincam com os James Bond e dão-lhes boas pistas... eheheh

Publicado por: Templário às julho 10, 2005 02:16 PM

Os ingleses não são nem espanhóis nem portugueses. Sabem defender o seu país e não fazer propagando dos inimigos, nem capitular perante eles.
Não são cobardolas.

Publicado por: AJ Nunes às julho 10, 2005 02:27 PM

Por outras palavras, os ingleses são imperialistas e não têm vergonha de o ser...

Publicado por: Albatroz às julho 10, 2005 03:20 PM

Não é uma questão de serem imperialistas. Quando resistiram, sózinhos e mais de um ano, à Alemanha Nazi e aliados, não foi por serem imperialistas.

Publicado por: saavedra às julho 10, 2005 03:43 PM

Nó não. Não é o Soares que diz que até com Hitler negociaria?

Publicado por: saavedra às julho 10, 2005 03:44 PM

Os ingleses têm Churchills e nós Soares. Cada um tem o que merece

Publicado por: bsotto às julho 10, 2005 04:48 PM

Vim só confirmar que num post sobre atentados terroristas o assunto dos comentários seria inevitavelmetne as culpas americanas.

Gente patética...

Publicado por: Mário às julho 11, 2005 11:05 AM

Entramos na decadência de nos culpabilizar-mos por todos os males do mundo.
Eles atacam-nos mas a culpa é nossa!
Vejo muitos comentários em que se fala que o terrorismo começa por causa da invasão de Bush. Nada nada mais falso.
Há muito tempo que se vive o terrorismo, é impossível demarcar quem começou o quê. Compreendo o terrorismo e as suas causas (embora não o aceite), e definitivamente o terrorismo que vemos hoje nada tem a ver com o iraque mas sim com o choque ideológico entre democracia ocidental, e fanatismo religioso. Mais nada. Estes são os pontos fundamentais e fulcrais da busca por um poder. A pobreza, a humilhação e tantas outras razões apontadas são apenas factos potenciadores do terror.
Admito que Bush é bélico, e faria melhor em esconder-se na casa de banho e deixar governar quem sabe.
Mas tem razão numa coisa, não se pode negociar com quem não quer negociar.
A relação Al-Qaeda e Iraque é fictícia e apenas acontece porque esta quer colmatar o vazio de poder pós Saddam, dando voz de estado ao seu fanatismo islamico.

Embora com premissas falsas, a intervenção no Iraque era mais do que legal.
Quantas resoluções da ONU foram quebradas por Saddam. Provavelmente todas. Do que vale ter a ONU e as suas resoluções se depois não as fazemn cumprir.

É o mesmo que ter o código penal mas depois não terem a policia para apanhar os criminosos.

Não é deixar o Iraque que vai acabar com o terrorismo islâmico, provavelmente ainda o iríamos reforçar.

Na minha opinião, o caminho é incluir os países árabes moderados numa dinâmica de ostracizar os radicais. O Diálogo é a via privilegiada para caminhar para a paz, mas a força é por vezes necessária.

Não contesto que o petróleo foi a motivação norte americana para entrar no iraque, mas a posição francesa e dos demais também não é tão inocente assim. no fim de contas quem explorava o petróleo iraquiano antes da intervenção eram exactamente franceses, russos e outros que estavam contra essa invasão.

Não sejamos anjinhos, o poder e o dinheiro está na base da estratégia nacional, nem a união europeia escapa a esta lógica, nem o terrorismo islâmico.

Neste momento estes grupos islâmicos estão contra nós, logo são nossos inimigos. Eu protejo os meus e os meus ideais, os quais penso justos e humanistas.

Vejo islâmicos a viver em paz entre nós, e muito do que somos também se deve à sua cultura, que em tempos remotos era muito superior à nossa.

Acredito que muitos islâmicos ainda preservam esta cultura de paz e de inovação, e não os comparo aos fanáticos.

Mas de alguma forma temos de lidar com os fanáticos, e se possivel com o apoio dos islâmicos moderados.

Publicado por: Braveman às julho 11, 2005 06:48 PM

bsotto às julho 10, 2005 04:48 PM: Tem toda a razão. Cada um tem o que merece.
Mas nós merecíamos uma coisa tão má?

Publicado por: Susana às julho 12, 2005 07:06 PM

Enviei esta mensagem aos sites islamicos em Portugal. Talvez tambem querem assinar...

Comunidades Unidas contra o terror


Os atentados terroristas em Londres a sete de Julho mataram pelo menos 54 pessoas. Os bombistas suicídas que atacaram em Netanya, Israel a 12 de Julho, tiraram cinco vidas, incluindo duas meninas de 16 anos. E a 13 de Julho, no Iraque, bombistas suicídas chaçinaram 24 crianças. Nós erguemo-nos em solidariedade por todas essas pessoas, de mão dada, de Londres a Netanya a Bagdade: comunidades unidas contra o terror.
Estes ataques são as mais recentes atrocidades cometidas por grupos terroristas, inspiradas em políticas venenosas e pervertidas, mascaradas numa forma da religião do Islão. Os terroristas querem instaurar sociedades fechadas, de medo e de conformismo. Eles são censurados por islamistas pelo mundo fora. Líderes de comunidades islâmicas condenaram inequivocamente os ataques de Londres. Nós rejeitamos a tese de terroristas que afirmam representar o Islão. A verdade é que não o representam.
Recordamos os ataques em Nova Iorque e em Washington a 11 de Setembro de 2001, e em Madrid a 11 de Março de 2004, mas sabemos também que a al Qaeda e grupos inspirados pelo Bin-Ladenismo são responsáveis por ataques em França, Paquistão, Israel. Quénia, Tanzânia, Índia, Iraque, Marrocos, Iémene, Tunísia, Indonésia, Egipto, Arábia Saudita, Turquia, Osécia do Norte e muitos outros países.
A grande maioria das vítimas dos atentados da al-Qaeda têm sido Muçulmanos. Aqueles que sofreram pelas mãos de movimentos fundamentalistas islâmicos violentos no Irão e na Argélia também eram Islamitas.
Esta violência terrorista não é uma resposta dos "Muçulmanos" ás injustiças sofridas perante o "Ocidente". As democracias do oeste têm sido responsáveis por alguns dos males do mundo mas não pelos asassinatos terroristas de iludidos Bin-Ladenistas.
Estes ataques não começaram em 2003. A primeira tentativa de ataque ao World Trade Center deu-se 10 anos antes, em 1993.
Estes terroristas não odeiam o que há de pior nas sociedades que atacam, mas sim, o que de melhor existe nelas. Eles desprezam a liberdade individual, a atitude crítica, as igualdades de género, a aceitação religiosa, os direitos das minorias e o pluralismo político democrático. Eles não criticam o sistema democrático por este, por vezes, não pôr em prática os seus princípios; eles opõem-se aos princípios em si.
Nas áreas de conflito, os terroristas têm prejudicado tentativas pacíficas e políticas de resolução aos problemas. Eles preferem matar que aceitar o reconhecimento mútuo, a acomodação, a negociação, o entendimento e o compromisso.
No confronto com tal inimigo, acreditamos ser essencial que todas as forças políticas democráticas, em todos os países, se unam. Nós precisamos de criar um movimento baseado na solidariedade que crie elos de ligação entre as comunidades ameaçadas pelo terror. Ergamo-nos unidos contra o terrorismo.
Podemos encontrar inspiração nos comportamentos de pessoas comuns em fases que se sucederam imediatamente após atentados terroristas. A história é sempre a mesma. Um mundo aleijado é curado pela bondade de pessoas desconhecidas. Nós vimos que, entre a dor e o sofrimento, no cascalho das torres gémeas, nos destroços de um autocarro londrino, no vidro ensanguentado espalhado por uma rua de Tel Aviv, e através das mães procurando os seus filhos em Baguedade, que se manifestou uma humanidade comum. Incríveis actos de coragem e de altruismo tornaram-se comuns. O impulso de solidariedade ultrapassa o medo e a ajuda vem de pessoas desconhecidas.
Com cada gesto curativo entre desconhecidos todos sentimos uma vela de esperança acender-se num mundo escuro. A 7/7 um funcionário da linha correu até ao sítio da explosão, através de um túnel cheio de fumo, de lanterna na mão, para tirar de lá os sobreviventes.
Estas pessoas vulgares mas heróicas dão-nos uma lição na ética da responsabilidade. Está na hora de fortalecermos a nossa humanidade comum contra aqueles que nos querem dividir. Temos que criar comunidades contra o terror, respeitando a dignidade da diferença, organizadas de forma a estender uma onda de solidariedade activa entre todos pelo mundo fora.
Pedem-nos frequentemente para que tentemos compreender os terroristas, mas demasiadas vezes, esse pedido de compreensão serve como desculpa ou justificação pelos seus actos. Existem sempre maneiras melhores, mais efIcientes e humanas de combater a injustiça que o acto de um indivíduo se matar a si próprio e a outros num acto simbólico de ódio. Os Islamistas que têm acompanhado política democrática moderna têm muitas vezes sido os primeiros a serem atacados pelos terroristas. O caminho para uma solução justa no conflito israelo-árabe só pode ser resolvido através do "reconhecimento mútuo" e "diálogo político" e não atravês do beco sem saída que é o terrorismo.
Nós opomo-nos firmemente contra os racistas que tomam partido das tensões actuais para atingir os seus próprios objectivos.
Nós opomo-nos firmemente contra aqueles que tentam desculpar os terroristas e que decidem intitular ataques terroristas como "resistência".
Nós damos o nosso apoio e solidariedade a todos os apoiantes da fé do Islão que se oponham aos terroristas e que procurem afastar jovens das ideias niílistas e extremistas, de modo a criarem laços com política democrática.
Nós acreditamos que democracia e direitos humanos merecem ser defendidos com toda a nossa força. Os valores humanos de respeito, tolerância e dignidade não são valores do "ocidente", mas sim valores universais.
Nós não temos medo. Mas nós não somos vingativos. Nós acreditamos que a bondade de desconhecidos iluminou o caminho e que a luz irá afastar a escuridão. Nós queremos aliar luz á luz para mostrar que a maldade, injustiça e opressão não terão a última palavra. Através destes actos de solidariedade humana nós iremos curar o mundo que o terrorismo lesou.
Convidamo-lo a assinar esta declaração como primeiro passo para a criação de um movimento global de cidadãos contra o terrorismo.

www.united-against-terror.com


Publicado por: A Webb às julho 28, 2005 04:45 PM

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