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junho 05, 2005

Bom Senso e Bom Não

A extensa aliança negativa pelo Não (e esta frase não é um pleonasmo) pode resvalar, se não houver bom senso, para situações muito perversas, não apenas no que respeita à Europa como entidade política mas, sobretudo, no que concerne à prosperidade económica dos países europeus. Os burocratas de Bruxelas sofrem do pecado original de não terem sido directamente eleitos. Mas esse é igualmente o pecado dos governadores dos Bancos Centrais. Essa sua não dependência eleitoral ou das sondagens, permitiu-lhes todavia estabelecer critérios de rigor financeiro, que os que vivem directamente confrontados com os lobbies locais, sindicatos, eleitores, etc., não têm coragem de o fazer, porque sacrificam o bem-estar futuro à eleição presente.

Portugal, se não fosse o PEC, continuaria a assistir impávido aos desvarios guterristas, e hoje estaríamos numa situação semelhante àquela que a Argentina, durante décadas o país mais próspero da América Latina, viveu há poucos anos. Se não fossem as directivas de Bruxelas, Sócrates estaria agora pacificamente a desbaratar dinheiro, de acordo com as promessas eleitorais que andou a fazer, em vez de discursos de austeridade, aumentos de impostos e ténues medidas (mais mediáticas que consistentes) de combate à despesa.

Se não forem as imposições de Bruxelas, Sócrates, ou quem vier a seguir, não tomará medidas sustentáveis de emagrecimento do Estado, quando verificar que as medidas actuais foram apenas droga que injectou no corpo do enfermo e que não constituíram qualquer curativo da sua doença, mas apenas um paliativo passageiro.

As recentes declarações do ministro do Trabalho italiano exprimem uma posição demagógica de culpar o euro pelo laxismo e incapacidade política dos governantes italianos em porem ordem nas finanças e economia. Regressar à moeda antiga por causa da competitividade da economia, é empobrecer o país para o tornar mais competitivo. Em vez de adequar a despesa pública aos interesses do país, sacrificam-se os interesses do país no leito de Procusta da despesa pública sacralizada e descontrolada.

A perversidade é que esse projecto de empobrecimento é contínuo. Como a causa da falta de competitividade é o peso excessivo do Estado, esse empobrecimento (pela desvalorização cambial) continuará sempre até que alguém ponha cobro a isso, ou se atinja uma situação de regresso à economia natural, como sucedeu na Argentina. A desvalorização não é solução. É um paliativo que poderá ser tomado em doses sucessivas, até chegarmos ao nível dos países em vias de subdesenvolvimento.

Dizer Não à criação de uma Europa federal, com uma Constituição megalítica, construída pelos líderes políticos à revelia dos povos é dar um poderoso sinal de alerta à inconsciência desses políticos e à perigosidade desse processo.

Dizer Não na expectativa de que temos via aberta para regressar ao laxismo, de que poderemos manter um Estado monstruoso e ineficiente, de que poderemos continuar a sacralizar as “conquistas irreversíveis” é criar ilusões perversas que conduzem ao empobrecimento progressivo do país.

O primeiro Não é dizer sim a uma Europa moderna, que se pretende competitiva e iconoclasta relativamente aos mitos que criou e acalentou nas últimas décadas.

O segundo Não é dizer sim a uma Europa enferma, nostálgica de glórias passadas, estéril no seu misto de arrogância e inveja bacoca dos americanos, uma Europa sem futuro.

Publicado por Joana às junho 5, 2005 06:19 PM

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Comentários

"Como a causa da falta de competitividade é o peso excessivo do Estado"

Não, Joana! A falta de competitividade deve-se à falta de investimento produtivo, à falta de qualificação e competência dos gestores e empresários, à falta de investigação e de inovação. O Estado apenas tenta tapar os buracos abertos pela ineficiência do nosso sector privado. Infelizmente, fá-lo de forma igualmente ineficiente.

Publicado por: Albatroz às junho 5, 2005 08:09 PM

Não há investimento produtivo porque um mau Estado não o incentiva. Quem é o investidor que quer investir com um país assim?

Publicado por: Hector às junho 5, 2005 08:15 PM

Nos países anglo-saxónicos, onde o papel do Rstado é menor há esse investimento privado

Publicado por: Hector às junho 5, 2005 08:17 PM

Hector às junho 5, 2005 08:15 PM

Estou com alguma curiosidade em saber como é que o Estado poderia, em Portugal, incentivar o investimento.

Publicado por: Albatroz às junho 5, 2005 08:51 PM

Albatroz às junho 5, 2005 08:51 PM:
Já que passei por aqui, e pedindo desculpas ao Hector, queria dizer-lhe o seguinte:
O excessivo peso do Estado leva ao excessivo peso dos impostos e ao aumento dos custos nas empresas (veja os meus posts sobre as Fauces do Moloch). Esse factor faz diminuir a competitividade com o exterior. O mau funcionamento do Estado leva a um mau funcionamento da economia: pense na burocracia excessiva e na justiça que não funciona, o que faz de Portugal um país de caloteiros. Nenhuma empresa gosta de investir num ambiente destes.
E basta olhar para as deslocalizações: parte do custo excessivo da mão de obra deriva do ónus fiscal. Mesmo um trabalhador com o salário mínimo, isento de IRS, paga 34,75% (23,75% pagos pela empresa e o resto por ele).
Pense nisto e tente responder à sua pergunta. Verá que consegue.

Publicado por: Joana às junho 5, 2005 09:15 PM

Temos então um NÃO que é bom e outro que é mau.
Quanto ao SIM, também haverá, obviamente, um bom e outro mau.
Logo, a pergunta do referendo deveria admitir 4 hipóteses de resposta:
- SIM bom [].
- SIM mau [].
- NÃO bom [].
- NÃO mau [].
Êxito garantido!...

Publicado por: Senaqueribe às junho 5, 2005 09:19 PM

Albatroz às junho 5, 2005 08:51 PM
No século XIV já Abu Zayd Ibn Khaldun escrevia:

In the early stages of the state, taxes are light in their incidence, but fetch in a large revenue...As time passes and kings succeed each other, they lose their tribal habits in favor of more civilized ones. Their needs and exigencies grow...owing to the luxury in which they have been brought up. Hence they impose fresh taxes on their subjects...[and] sharply raise the rate of old taxes to increase their yield...But the effects on business of this rise in taxation make themselves felt. For business men are soon discouraged by the comparison of their profits with the burden of their taxes...Consequently production falls off, and with it the yield of taxation.

De Ibn Khaldun magnum opus, Muqaddimah.

Mesmo no século XIV já se tinha percebido como estas coisas funcionavam na economia.

Publicado por: Joana às junho 5, 2005 10:08 PM

Para os que têm medo da China e não percebem nada de economia (nem do resto) e por isso votam "não"...

Andam por aí uns sujeitinhos assustados com a China e a concorrência internacional, proclamando a necessidade de acabar com a liberdade de comércio ... Quanta ignorância ! A vantagem do comércio livre é das questões mais estudadas e comprovadas em economia, desde Smith e Ricardo...A China tem milhões de camisas e soutiens para vender ? Pois tem, e depois ? Nós temos biliões de euros de Airbus, de centrais electricas, de automóveis, de armamento, etc... para vender à China. Querem impedir a entrada dos texteis chineses, para ganhar 100, para perderem 1000 em vendas à China ? Por que não reconhecem que são ignorantes e se calam ? Além de que mais de metade das exportações chinesas são na verdade ocidentais, através de empresas que investiram na China... E depois, estes "revolucionários" querem matar à fome os chineses, já que se não venderem... e depois que faríamos às centenas de milhões de chineses que "nadariam" até às nossas costas para fugir à miséria ? No mundo global, as soluções têm de ser globais... e agitar medos fascistas e xenófobos não é a melhor solução. Sobretudo na Europa que , se se unir, será certamente a maior potência mundial ! Já hoje somos os maiores exportadores mundiais. Vejam as estatísticas. E deixem os outros povos também vender alguma coisa e melhorar o seu nível de vida !O movimento do "Não" é um movimento de ignorantes, xenófobos e antidemocratas (fascistas ou comunistas). A Europa vai vencer esses inimigos internos. Vai esmagá-los nas urnas...VIVA A GRANDE EUROPA !

Publicado por: EUROLIBERAL às junho 5, 2005 10:21 PM

O "Não"! em França e Holanda ? Foi o voto da ralé, dominada por um onda avassaladora de xenofobia, de medo ao progresso, de perda de "privilégios" num mundo mais global, que uniu fascistas, comunistas, soberanistas, socialistas anti-mercado e toda a classe de despeitados, incompetentes, falhados e ignorantes. Um regabofe de populismo, de islolacionismo, de egoísmo e de colaboracionismo (com Bush e Blair, os grandes ganhadores de ontem).

O resultado será o isolamento da França e de todos os estados do Não (Holanda, GB ?)através de um cordão sanitário. Os outros votarão "sim" (10 já o fizeram) e a Europa seguirá em frente. Os que mantiverem o não terão apenas um caminho a seguir: a porta de saída. E é claro que não haverá renegociações de um compromisso a 25 tão difícil de obter. E se houvesse, seria inevitavelmente mais liberal, dado que a maioria dos europeus o é. Os franceses voltarão decerto à lealdade à Europa, quando virem que a chantagem populista não resulta e que a persistência na traição implica a sua expulsão definitiva da UE...

Publicado por: EUROLIBERAL às junho 5, 2005 10:31 PM

EUROLIBERAL em junho 5, 2005 10:31 PM:
Só um Estado votou Sim por referendo, a Espanha. Os outros foram os parlamentos. Se fosse pelo parlamento a França (>90%) e a Holanda (80%) tinham votado Sim.

Publicado por: Ramiro às junho 5, 2005 10:54 PM

Joana junho 05, 2005: “Essa sua não dependência eleitoral ou das sondagens, permitiu-lhes todavia estabelecer critérios de rigor financeiro, que os que vivem directamente confrontados com os lobbies locais, sindicatos, eleitores, etc., não têm coragem de o fazer, porque sacrificam o bem-estar futuro à eleição presente”.
Comentário: Salazar estava exactamente na mesma situação. É a este tempo que a Joana quer voltar, embora não tenha a coragem de o afirmar!

Hector às junho 5, 2005 08:17 PM
"Nos países anglo-saxónicos, onde o papel do Rstado é menor há esse investimento privado"

E foi assim que a indústria automóvel inglesa (e não só) foi varrida do mapa. Onde está a BMC? a Austin? a Morris? a British Leyland? a Rover?

EUROLIBERAL às junho 5, 2005 10:21 PM

Pois é! São todos esses que indica e muito mais.
Do lado do SIM ficaram e ficarão os carneiros que abanam os cornos, concordando com tudo o que lhes vendem. Ficarão todos os Miguéis de Vasconcelos que não se importam de hipotecar a Independência Nacional.

Publicado por: elmano às junho 5, 2005 11:14 PM

Houve problemas com a indústria automóvel britânica. mas a taxa de desemprego no UK é menos de metade da francesa e o seu crescimento económico superior.

Publicado por: Hector às junho 5, 2005 11:48 PM

elmano às junho 5, 2005 11:14 PM:
Os "burocratas" de Bruxelas e os governadores dos Bancos Centrais não estão dependentes directamente de eleições mas, indirectamente, da existência de regimes democráticos, pois são nomeados por instituições resultantes do voto popular.
Não estão é directamente dependentes de eleições.
Por isso a sua observação ou revela completa ignorância, ou uma absoluta má-fé.
Ou ambas ...

Publicado por: Joana às junho 5, 2005 11:54 PM

Joana às junho 5, 2005 09:15 PM

"O excessivo peso do Estado leva ao excessivo peso dos impostos e ao aumento dos custos nas empresas. Esse factor faz diminuir a competitividade com o exterior."

Podia acontecer, mas não é o caso em Portugal. Os nossos impostos não são superiores aos dos nossos concorrentes.

"O mau funcionamento do Estado leva a um mau funcionamento da economia: pense na burocracia excessiva e na justiça que não funciona"

Tem alguma influência, mas demasiado pequena para justificar a nossa falta de competitividade. A Joana não vai conseguir convencer-nos que a nossa falta de competitividade não é devida quase que exclusivamente às insuficiências do seu querido sector privado. Onde há investimento e competência as nossas empresas são competitivas, mesmo com o Estado que temos. Continuar a querer usar o Estado como bode expiatório não vai fazer com que a economia melhore, e corre-se o risco de distrair as pessoas das razões profundas do nosso subdesenvolvimento: a falta de qualidade da maioria dos dirigentes empresariais e dos gestores. Basta ler alguns dos posts neste seu blog para ver como a ignorância e o dogmatismo estão entranhados entre nós. O que os modelos de crescimento económico nos dizem é que esse crescimento é função dos recursos humanos, dos recursos naturais, do investimento e da inovação. Ora os nossos recursos humanos (gestores) são fracos, os recursos naturais são poucos, o investimento é insuficiente e o recurso à inovação é tardio. É fácil de perceber porque é que não somos competitivos... O Estado deveria intervir para corrigir essas insuficiências (menos os recursos naturais, claro...), mas, para além da incompetência dos políticos, as regras da concorrência da famigerada UE tornam essa tarefa dificil ou mesmo impossível.

Publicado por: Albatroz às junho 6, 2005 12:01 AM

http://telegraph.co.uk/opinion/main.jhtml?xml=/opinion/2005/06/05/dl0501.xml&sSheet=/portal/2005/06/05/ixportal.html
A healthy Constitution
(Filed: 05/06/2005)

WHEREAS the Peoples of France and the Netherlands have voted "No" to further European integration; WHEREAS their Governments argued, throughout the referendum campaigns, that a "No" vote would amount to a rejection of the entire European project; and WHEREAS said Governments are determined to abide by their own logic; we, the 25 Member States of the EU, HAVE DECIDED to cancel the proposed Treaty Establishing a Constitution for Europe and, in doing so, to annul the Treaties establishing the EEC, the ECSC and Euratom, the Treaty on European Union and all consequent accords. In their place, we hereby ESTABLISH a European Commonwealth, to be based on the following principles.


I The European Commonwealth shall be an association of parliamentary democracies that collaborate one with another for mutual benefit.

II The jurisdiction of common European institutions shall be confined to cross-border matters: that is, fields of policy where the actions of one Member State impact directly upon the internal affairs of another. These include: commerce between Member States (but not trade with Third Countries); cross-border environmental pollution; and the maintenance of a free market in goods, services, people and capital.

III For the avoidance of doubt, and as a defence against creative interpretation by European judges, a list of national Reserve Powers shall be drawn up in the Member States' constitutions (or by parliamentary statute in the United Kingdom). Such a list shall include: foreign affairs, defence, asylum and immigration, transport, energy, the powers of regional and local government, agriculture, fisheries, industry, social and employment policy, taxation, health, education, justice and home affairs. In these areas, the supremacy of national parliamentary and legal systems shall be guaranteed.

Common European policies shall come into effect only following a specific implementing decision by the national authorities.

IV Member States shall be free, if they wish, to adopt common policies in these areas. Such initiatives may happen bilaterally or multilaterally, without prejudice to the non-participating members.

V In order to give effect to these principles, the institutions of the old EU shall be reformed as follows:

1. The European Commission shall lose the right to initiate legislation. Such a right is incompatible with the principle of accountable democracy. The Commission shall instead fulfil the role of a neutral civil service, answerable to the elected governments of the Member States.

2. The European Parliament shall be replaced by an Assembly comprised of national deputies and senators, seconded from their home legislatures for a period of not more than four days a month. The Assembly shall not pretend to the role of a legislature. Its function, rather, shall be to oversee the Commission.

3. The European Court of Justice shall be comprised of judges, required as a condition of their appointment to have had experience on the bench in their home countries. It shall adjudicate disputes between the Member States as well as questions arising from the interpretation of this Treaty, but shall have no right to demarcate the border between national and European jurisdictions.

Any dispute over the location of power shall be referred to a European Tribunal, comprising the heads of national legal systems: the Master of the Rolls from the United Kingdom, the President of the Conseil d'Etat from France, the head of the Bundesverfassungsgericht from Germany and so on. These eminent jurists, retaining their national perspectives, shall adjudicate all questions touching on sovereignty.

4. The Council of Ministers shall be the supreme authority of the European Commonwealth. It shall propose common initiatives, open to such member states as choose to participate. Such initiatives should also be open to states from outside Europe.

5. The European Central Bank shall be abolished and member states shall be free to set their own interest rates or to combine their monetary policies bilaterally or multilaterally.

VI The European Commonwealth shall work towards international co-operation and the breaking down of global trade barriers.

VII The European Commonwealth shall encourage the progressive reduction of tariffs against produce from Third Countries, including in the fields of agriculture, textiles and raw materials.

VIII Any uncertainty arising from ambiguities in this Treaty shall be resolved in favour of the individual citizen rather than the state, and of national governments rather than European institutions.

IX Changes to this treaty shall take effect only following ratification by referendum in all signatory states.

Done at London on the Fifth Day of June in the year Two Thousand and Five.

[Here follow the signatures]

Publicado por: lucklucky às junho 6, 2005 12:05 AM

Albatroz: é espantoso como a experiência do Estado português na gestão das empresas não o elucidou sobre a incapacidade do Estado. Os empresários não são de primeira apanha, mas o Estado é absolutamente incapaz.
É igualmente espantoso como a implosão dos regimes baseados na intervenção do Estado não lhe levante dúvidas.
E depois fala do dogmatismo dos outros.

Publicado por: Joana às junho 6, 2005 12:08 AM

Quanto à questão fiscal, Portugal, para o seu nível de desenvolvimento é, de longe, o que tem maior peso fiscal. Tem um peso fiscal um pouco inferior ao dos países escandinavos, mas aí o Estado funciona bem e esses países são muito desenvolvidos e qualificados há décadas.
Mesmo assim a economia sueca tem derrapado e o modelo sueco está a ser posto em causa internamente.

Publicado por: Joana às junho 6, 2005 12:12 AM

hehe és um patusco Euroliberal :)

Nos anos 70 enquanto havia industria automóvel inglesa o rendimento percapita era cerca de 2/3 dos franceses, neste momento sem industria automóvel (nem é verdade estão lá centenas de fábricas de componentes, pequenas empresas de carroçadorese as fábricas da GM(Opel/vauxall), Japoneses etc. mas agora o rendimento percapita é igual ou um pouco superior ao Françês.Para quem se diz liberal olhas muito para a economia com olhos comunistas ao olhar apenas para as empresas de fachada industrial; O que interessa são as milhares de empresas de pequena e média dimensão não os gigantes, pois são as novas que trazem inovação.

Publicado por: lucklucky às junho 6, 2005 12:15 AM

Excelente texto, Joana. Uma visão equilibrada sobre esta questão que está a pôr a malta em polvorosa.

Publicado por: Rui Sá às junho 6, 2005 12:20 AM

Completando o lucklucky:
A Inglaterra tinha mais do dobro do PIB francês no começo da década de 50. Com as nacionalizações dos trabalhistas, a Inglaterra começou em queda, até chegar a 70% do PIB francês nos anos 70.
Depois veio a Thatcher que privatizou quase tudo que os trabalhistas haviam nacionalizado, e actualmente está à frente da França.

Publicado por: Hector às junho 6, 2005 12:28 AM

Referendos para quê ?

A essência da democracia é a escolha de representantes do povo, para que exerçam o poder em nome deste. O povoléu escolhe os políticos que devem ocupar o poder, com base em programas gerais de acção, e depois avalia a actuação destes nas eleições seguintes. Entretanto, quem manda são os representantes eleitos (porque nem todos têm os mesmo conhecimentos e capacidades para tal...).

Não se pergunta directamente ao "povo unido" por referendo se quer taxas de juro altas ou baixas (já se sabe que as quer baixas, mesmo que a economia rebente...), se quer a pena de morte (já se sabe que 80% a quer, mesmo para roubos de carteiras...), se devem ou não congelar-se oa salários em caso de crise orçamental(já se sabe qual a resposta...), quem deve ganhar o campeonato (já se sabe que há 6 milhões que...adiante), etc.

Se assim não fosse, para que é que serviria ter políticos altamente preparados, se estes se demitissem de decidir e delegassem nas populaças ululantes ao sabor das paixões e dos medos de cada momento ?

Este referendo é o melhor exemplo disso. Na Holanda o "não" até subiu 6 pontos nas sondagens quando a Holanda foi eliminada do festival da Eurovisão e este foi dominado pelos "novos Membros da UE"... o que obviamente nada tem a ver com a Constituição... Todo o populista gosta de ver a populaça "decidir"... Só que isso é uma caricatura da democracia, são contos (cantigas) do vigário... des pièges à cons...

Publicado por: EUROLIBERAL às junho 6, 2005 12:33 AM

Há dois tipos de "Não": os que são estúpidos e deconhecem as vantagens da União Europeia (mesmo quando empocham biliões em subsídios...) e os traidores, que sabem bem que as razões invocadas pelo "não" são idiotas, mas que o apoiam porque este enfraquece a Europa em benefício da Coboilândia...

P.S. Para o idiota que falou em Migueis de Vasconcelos: já olhou para a bandeira federal que está sempre ao lado da portuguesa em todas as cerimónias oficiais ? E para o que diz o seu passaporte logo em cima (União Europeia) ? Pois é, temos a cidadania europeia juntamente com a portuguesa e por isso, que nega a nossa Pátria Europeia é que é Miguel de Vasconcelos... e caniche de Bush...

Publicado por: EUROLIBERAL às junho 6, 2005 12:39 AM

Sem Senso e Sem Não

Publicado por: David às junho 6, 2005 12:45 AM

Joana às junho 6, 2005 12:08 AM

"É espantoso como a experiência do Estado português na gestão das empresas não o elucidou sobre a incapacidade do Estado"

Não tinha percebido que o critério de avaliação do desempenho do Estado era a sua gestão de empresas... Que eu me lembre nunca disse aqui que o Estado devia gerir empresas. Com raríssimas excepções compete ao sector privado gerir as empresas e torná-las competitivas. Por isso afirmo que se Portugal não é competitivo isso deve-se quase exclusivamente à incompetência do sector privado. O Estado deve garantir um quadro legal adequado, deve proporcionar os serviços públicos adequados, e deve procurar evitar a exclusão social. Eu queixo-me do Estado porque ele não desempenha bem essas funções, e não porque não esteja a gerir empresas...

Publicado por: Albatroz às junho 6, 2005 01:05 AM

Como queres que a qualidade das empresas portuguesas seja alguma coisa quando as Universidades e as escolas estão na mão do Estado?

Publicado por: lucklucky às junho 6, 2005 01:23 AM

No fundo o problema do "não" é o egoísmo dos estados membros ricos......como a França, Holanda, Dinamarca, GB (mas não do principal contribuinte, a Alemanha, honra lhe seja feita), que estão fartos de dar para pobretanas e muitas vezes ingratos...Os pobretanas, mesmo os do leste, esses dizem todos sim à constituição...Mas o mais engraçado é ver os pobretanas aqui também defendem o "não" como se não estivessem fartos de receber sem dar nada !!! Até para ser egoísta é preciso ser inteligente...

Publicado por: EUROLIBERAL às junho 6, 2005 08:58 AM

Até que enfim, uma boa defesa do Sim. Sim, porque recebemps esmolas.

Publicado por: Absint às junho 6, 2005 09:14 AM

A falta de democraticidade dos referendos está em que põem os eleitores numa situação de «pegar ou largar» - excepto de se tratar de perguntas muito simples sobre articulados muito simples.

Neste caso a pergunta era simples mas o articulado era muito complexo. Muitos eleitores sentiram que para aprovarem as cláusulas com que eventualmente concordavam tinham de engolir cláusulas que lhes faziam urticária - e para cuja inclusão no tratado não tinham sido ouvidos nem achados.

Sentiram que estavam a ser chantageados - e mandaram à fava os chantagistas.

Sugiro que os futuros referendos admitam as seguintes respostas:

Sim
Sim com reservas
Não por enquanto
Não

Legalmente, as duas primeiras respostas somadas valeriam «sim» e as duas últimas valeriam «não»; mas politicamente uma votação significativa nas perguntas intermédias abriria a porta a uma futura revisão do tratado que respeitasse a vontade do Soberano.

Publicado por: Zé Luiz às junho 6, 2005 10:30 AM

Entretanto a Suíça lá votou «sim» pela adesão aos tratados de Schengen e Dublin - apesar da campanha vergonhosa da extrema-direita, ou talvez por causa dela.

É engraçado que para os media portugueses só exista a Suíça francófona, quando em dois terços do país se fala alemão. Se fossem fazer entrevistas de rua também a Zurique, em vez de se ficarem por Genebra, verificariam que as mentalidades são um pouco diferentes...

Publicado por: Zé Luiz às junho 6, 2005 10:37 AM

Joana às junho 5, 2005 10:08 PM

É uma falta de senso "citar" ibn Khaldun em inglês. Ibn Khaldun, historiador originário da atual Tunísia, escreveu em árabe, como é evidente. Dar uma sua tradução inglesa é ridículo. Devia ter traduzido para português, ou então citar o original árabe, claro.

Publicado por: Luís Lavoura às junho 6, 2005 10:40 AM

EUROLIBERAL às junho 6, 2005 12:33 AM

Que interessante:
Temos então que os políticos altamente preparados são eleitos por populaças ululantes.
Conclusão: as populaças ululantes são altamente clarividentes (mas só quando elegem os tais políticos altamente preparados?).
Não sei se hei-de rir se hei-de cantar...

Publicado por: Senaqueribe às junho 6, 2005 11:15 AM

"Regressar à moeda antiga [...] é empobrecer o país"

Em economia clássica e liberal, uma moeda própria não empobrece nem enriquece um país: a moeda flutua de valor de acordo com a competitividade e riqueza própria do país. É o país que enfraquece (ou fortalece) a moeda, e não o contrário.

Quando a Joana escreve a frase acima, deve ter na cabeça qualquer ideia que não propriamente a que vem nos livros de economia clássica.

Publicado por: Luís Lavoura às junho 6, 2005 11:47 AM

EUROLIBERAL às junho 6, 2005 12:33 AM:
Muito interessante essa sua tese de que o Não holandês resultou da eliminação de festival da Eurovisão e por este ser dominado pelos "novos Membros da UE"

Publicado por: Coruja às junho 6, 2005 12:37 PM

Você devia registar essa tese

Publicado por: Coruja às junho 6, 2005 12:41 PM

Albatroz às junho 6, 2005 01:05 AM:
Confesso que não percebo o que pretende. Os gestores são uma desgraça, e o Estado deve corrigir: "Estado deveria intervir para corrigir essas insuficiências".
Mas depois diz que o Estado não sabe gerir.
Afinal o que pretende? A única solução do que escreve é que o país deve fechar as portas.

Publicado por: Joana às junho 6, 2005 12:53 PM

Publicado por: Luís Lavoura às junho 6, 2005 11:47 AM
Você devia ter lido o resto. Por exemplo “empobrecimento (pela desvalorização cambial) continuará sempre até que alguém ponha cobro a isso, ou se atinja uma situação de regresso à economia natural, como sucedeu na Argentina. A desvalorização não é solução.”
O regresso à moeda antiga visa mexer na política cambial para melhorar a competitividade do país. Isso é a desvalorização. Desvalorizar é empobrecer o país relativamente aos outros.
E isto vem nos livros de economia ... clássica e modernista.

Publicado por: Joana às junho 6, 2005 12:54 PM

Luís Lavoura às junho 6, 2005 10:40 AM:
Estou neste momento a instalar fontes arábicas para poder citar no original.
Estou muito atenta aos movimentos da procura, apesar de ela não se manifestar em termos monetários.
O outro texto estava na net em inglês e eu não tenho tempo para fazer traduções.

Publicado por: Joana às junho 6, 2005 12:57 PM

Para os aNÕES Coruja e Senaqueribe:

Coruja: o que eu disse (li nos jornais) é que o festival da Eurovisão dominado pelos países de leste provocou uns dias antes do referendo uma subida de 6% do "não" nas sondagens. Só isso. São factos. O resto são conclusões suas. Mas os holandeses são os maiores contribuintes líquidos per capita para os fundos de coesão, regional e social da UE...

Senaqueribe: é diferente escolher os políticos que nos governam com base em programas gerais e na sua credibilidade, do que fazer escolhas de alta tecnicidade sobre políticas concretas com avaliação do seu impacto sobre o país. É simples para quem não está intoxicado pelo relativismo do politicamente correcto.

Assim, eu sou capaz de escolher um bom cirurgião para me operar o coração, caso necessite. Peço informações, ouço e decido. MAS JÁ NÃO SOU COMPETENTE PARA REFERENDAR AS OPÇOES TÉCNICAS QUE O CIRURGIÃO TERA INEVITAVELMENTE DE FAZER NO DECURSO DA OPERAÇÃO ! PERCEBE ? Vai em maiusculas, para os "lentos" perceberem melhor...

Publicado por: EUROLIBERAL às junho 6, 2005 01:40 PM

A Constituição foi elaborada com toda a publicidade por um comité de especialistas onde havia peritos nomeados pelos parlamentos de todos os Estados-membros...Depois, o projecto foi aprovado pelos 25 Governos dos estados-membros (todos)eleitos democraticamente...

E agora está sujeito a ratificação pelos Parlamentos ou através de referendo em todos os Estados membros.

Quem são os ignorantes que andam para aí a dizer que foram os "eurocratas de Bruxelas" que elaboraram a Constituição nas costas do povo ? Serão agentes de Bush ? Os funcionários UE não escreveram uma única palavra da Constituição

Publicado por: EUROLIBERAL às junho 6, 2005 01:49 PM

EUROLIBERAL às junho 6, 2005 01:40 PM

"...MAS JÁ NÃO SOU COMPETENTE PARA REFERENDAR AS OPÇOES TÉCNICAS QUE O CIRURGIÃO TERA INEVITAVELMENTE DE FAZER NO DECURSO DA OPERAÇÃO !..."

É simples e rápido: peça informações, ouça e decida.
E deixe de chamar ignorantes só aos outros.

Publicado por: Senaqueribe às junho 6, 2005 02:06 PM

Toca a escrever tudo em maiúsculas, pois há um "lento" que só percebe maiúsculas.

Publicado por: fbmatos às junho 6, 2005 02:16 PM

aNão Senaqueribe:

Sinto-me lisonjeado por você me considerar um superhomem capaz de saber e decidir tudo em todos os domínios (incluindo o da cirurgia cardio-vascular). Mas eu sou um pouco mais comedido na apreciação das minhas competências. Sendo jurista de formação, julgo-me relativamente à vontade noutros domínios (história, economia, filosofia), mas não tenho pretensões a subir mais acima da minha chinela...

A ignorância dos aNÕES em matéria de construção europeia é facilmente demonstravel, pela vacuidade e falta de fundamento dos seus argumentos... Mas a principal culpa é dos políticos (a começar por Chirac) que se demitiram de decidir e remetem uma decisão tão imoportante para a populaça manobrada por politiqueiros sem escrúpulos que surfam sobre o medo das massas ignorantes...

Publicado por: EUROLIBERAL às junho 6, 2005 03:29 PM

Em democracia representativa quem manda são os representantes do povo eleitos...A populaça elege e depois obedece, porque nem todos têm a mesma inteligência e conhecimentos e a maior parte das decisões políticas exigem tais conhecimentos. A mania demagógica e antidemocrática dos referendos está a destruir a Europa e a trazer de volta os nacionalismos, os isolacionismos, o medo estéril da concorrência e, a prazo, as guerras nacionalistas a que a UE pusera termo...

O momento é para demagogos de toda a espécie explorarem os medos colectivos...Tudo porque se pôe o povoléu estúpido a pronunciar-se sobre assuntos sobre os quais é completamente ignorante. Vamos directos para o abismo se a ordem não é restabelecida rapidamente...

Publicado por: EUROLIBERAL às junho 6, 2005 03:48 PM

Joana às junho 6, 2005 12:53 PM

Já estou a ver que o calor afectou a Joana...

A correcção que o Estado pode tentar, no que diz respeito à falta de competência dos gestores, diz respeito à formação - já que o Estado tem um papel importante no ensino superior - e poderia incluir bolsas para gestores portugueses irem para o estrangeiro estagiar, assim como um programa de aliciamento de gestores estrangeiros que viessem temporariamente para empresas portuguesas ensinar como se faz. A intervenção do Estado poderia ser, por exemplo, por uma isenção de IRS a esses quadros estrangeiros, limitada a um período de 5 anos. Ou pooderia ser por um subsídio que cobrisse a diferença entre os ordenados portugueses e os ordenados desses gestores nos seus países de origem. Estes custos teriam retornos muito superiores aos que se obtêm com a formação profissional feita pelo IEFP.

Já agora Joana, do que é que julgava que eu estava a falar?...

Publicado por: Albatroz às junho 6, 2005 03:50 PM

Joana em Junho 5, 2005 11:54 PM,
.
Quere-se dizer, são os representantes dos representantes e com poderes pré ou cripto constituintes. Parece-me uma inovação da «ciência política» ...

Publicado por: asdrubal às junho 6, 2005 04:02 PM

Parabéns Senaqueribe. Já conseguiu pôr o Euroliberal a tratá-lo por "você" em vez do grosseiro "tu"... E, graças a si, ficámos a saber que o homem tem uma formação de jurista, o que o deve ter preparado lindamente para as suas análises económicas (ou será "econocómicas"?...). Eu, quando preciso de uma opinião jurídica vou a um advogado. O Euroliberal, quando precisa de uma opinião económica abre a boca e deixa sair o primeiro disparate que lhe vem à cabeça. Só espero que ele seja só "jurista" e não exerça a advocacia...

Publicado por: Albatroz às junho 6, 2005 04:04 PM

Albatroz às junho 6, 2005 03:50 PM


Não fale à Joana de gestores estrangeiros virem para cá trabalhar com isenção de IRS; isso estragava o ganha-pão à mulher...

A minha mulher foi gestora durante alguns anos, tendo trabalhado tanto em empresas nacionais como multinacionais. Do que ela me conta, fiquei com péssima impressão dos gestores nacionais. Têm sistemas de valores muito peculiares, nos quais a forma como trajam, o meio de transporte que usam para ir para o trabalho, e a velocidade a que circulam nas auto-estradas assumem posição relevante. Fumam que se desunham no local de trabalho, com absoluto desprezo e desdem pelos seus colegas. Passam boa parte das respetivas carreiras a sacanear-se mutuamente, despedindo ou pondo na prateleira os seus subordinados apenas em função de gostos pessoais, e não do progresso da empresa. Os gestores de "recursos humanos" aparentemente são incapazes, ou não têm vontade, de gerir eficazmente esses recursos, e os seus conflitos mútuos. Em suma, uma mundo de sacanice e mete-te à frente. Das descrições dela, fiquei plenamente elucidado sobre porque é que este país não anda para a frente.

Publicado por: Luís Lavoura às junho 6, 2005 04:16 PM

Aqui entre nós julgo que você está muito enganado.

Publicado por: L M às junho 6, 2005 04:48 PM

E no que se refere aos gestores portugueses você está a ver uma parte enviesada da realidade. Por outro lado os gestores estrangeiros são mais "frios" no tratamento dos casos com o pessoal que os portugueses.
O problema dos gestores portugueses é a falta de planeamento e um certo provincianismo de processos. Mas não podemos generalizar.
Podem não ser dos melhores, mas lembre-se que são as empresas privadas, principalmente o sector exportador que o sustenta, a si e a mais 750 mil fp.

Publicado por: L M às junho 6, 2005 04:53 PM

Quando se criticam os gestores portugueses não se está obviamente a criticar os casos de sucesso, que são uma minoria. Está-se a criticar a maioria que não sabe gerir, que não sabe organizar, que não sabe desenvolver mercados externos para os seus produtos. A minoria bem-sucedida é a prova de que é possível ser-se bem-sucedido, mesmo com uma mão-de-obra pouco qualificada e com um Estado ineficiente, como a Joana está sempre a apontar. É por isso que eu afirmo que a grande prioridade devia ser a qualificação dos gestores, nomeadamente confrontando-os com gestores estrangeiros de qualidade, que lhes inculquem hábitos de trabalho e de disciplina. Se a Auto-Europa (que é gerida por estrangeiros) e, por exemplo, a Iberomoldes (que é gerida por portugueses) podem ser bem sucedidas em mercados altamente competitivos, é porque é possível fazê-lo, desde que haja gestores de qualidade.

Publicado por: Albatroz às junho 6, 2005 05:35 PM

Publicado por: Senaqueribe às junho 5, 2005 09:19 PM

Obrigado.
Graças a si e á Joana já decidi.
Direi SIM ao NÂO.

Mas também SIM ao SIM da anexação do Condado Lusitano pela Espanha.

Mas, claro, se estiver um bom dia de praia ou para passear por um lindo centro comercial então, direi "façam o que quiserem, como aliás sempre fizeram que eu vou até ali á FNAC".


Publicado por: carlos alberto às junho 6, 2005 06:13 PM

Que confusão carlos alberto, ainda é mais confuso que a pergunta do referendo!

Publicado por: bsotto às junho 6, 2005 06:21 PM

Ao nacionalista Albatroz, inimigo da Europa, defensor de uma federação lusófona, onde caberiam as Berlengas, Selvagens, Farilhões e o Pessegueiro e outras potências económicas, defensor intransigente do neo-mercantilismo (nada de cuecas e soutiens chineses à venda nas nossas ruas...): vocemecê (parece-me que fica babado com tal tratamento bem nacionalista...) não fez lá na faculdade uma cadeiras de direito ? Era tradicional em económicas... E vai a um advogado logo que uma dúvida jurídica o assalta ? Pois em direito há cadeiras de economia e alguns dos melhores economistas (como historiadores e filósofos) do país eram juristas... Trata-se é claro de macroeconomia ou economia política, aquela que mais interessa em discussões políticas. Não veja os saberes tão compartimentados... Olhe, a França é um bom exemplo na formação de generalistas de alto nível que tanta falta fazem na política. Aqueles que saem das Grandes Écoles (ENA, Polytechnique, Normal-Sup, etc.) sabem falar e escrever com elegância e profundidade sobre todos os grandes temas da filosofia, história, literatura, ciência política, direito e economia... E a diferença vê-se quando se ouve um político francês (qualquer um) falar...

Mudando de assunto, você ainda não reparou que as suas teorias anti-liberais em economia são um desastre ? Tal como as da esquerdalhada radical... Que na UE Portugal se desenvolveu mais do que em vários séculos ? Quer deitar tudo a perder ? Eu não confiava uma empresa minha a um gestor como você...

Publicado por: EUROLIBERAL às junho 6, 2005 07:05 PM

Ó Euroliberal, sempre seria melhor a União Ibérica, do que eles cortarem-nos a água no Douro...

Além de que ao manifestarmos a nossa incapacidade para bem governar este pequeno Paraíso, o melhor seria entregar a sua gestão aos Castelhanos !

Porque...como se sabe... não se pode entregar numa bandeja, a cultura, os costumes e o próprio povo. É só a gestão.. e nem vejo...o que perderíamos...aliás acho que ganharíamos Raízes, União, Patriotísmo/regionalismo, pois seríamos mais um Povo Hispânico a competir Na Grande Hispânia !

Publicado por: Templário às junho 6, 2005 07:40 PM

Templário: claro, união ibérica dentro da União Europeia. Quem fala hoje em isolacionismo luso, ou mesmo ibérico, deconhece o mundo em que vivemos. Mesmo a poderosíssima Alemanha sozinha não é nada a nível mundial. Se queremos ter uma palavra no mundo, face aos EEUU, China, India, Brasil e outras actuais ou futuras hiperpotências, só unidos ! As culturas nacionais não estão em perigo nessa unidade politico-económico-militar.

P.S. Marcelo Rebelo de Sousa lançou um blogue europatriótico a favor do SIM. Ver:
http://esim.eu.com

Publicado por: EUROLIBERAL às junho 6, 2005 07:54 PM

Caro Euroliberal

Julgo que a esta Hora, já não vale a pena debatermos sim ou não à Constituição. Se não suspenderem a votação eu nem irei votar. Pois a França já disse, NON !

Logo... actualmente esta pausa, deve servir, para debatermos a Europa que desejamos. A questão é que é apenas discutida entre a Elite sem consultarem ou auscultarem os seus Povos. Vai daí ( tinha que ser ) o Povo Francês deu uma lição a todos os Políticos. E nem mesmo tendo sido ideia deles e feita por eles os safou, da Grande Lição.

Ou seja, os Franceses desejam respostas Imediatas, Para os Problemas Actuais !
Enquanto não as obtiverem, o NON, perdurará !

Nós os Portugueses só temos que fazer o mesmo !

Publicado por: Templário às junho 6, 2005 08:35 PM

Olha acabei de Ouvir Sua Excelência o Presidente Jorge Sampaio a emitir a seguinte opinião mui à portuguesa:
- Eu não aceito que o povo Francês se manifeste e que o povo português não se possa expressar.

É demais este portuguesismo do nosso Presidente !

Já os Ingleses são mais pragmáticos, palavras para quê ?

Publicado por: Templário às junho 6, 2005 08:38 PM

Pois, mas segundo o Tratado, desde que haja um mínimo de 20 ratificações (e 5 chumbos), a Constituição pode entrar em vigor, podendo os restantes ratificar à segunda a Constituição... ou sairem da União. Logo, nada está decidido e para já há 10-2. Pode acabar em 21-4...

Depois, o tempo hoje é precioso. A globalização vai muito rapida e tempo perdido é fatal para a Europa. Além de que o risco de colapso total da UE é maior que nunca com os riscos de guerra inerentes (a paz foi aprincipal conquista da UE). Na Alemanha há muita pressão para vboltar à velha política bismarckiana da Grande Alemanha, como o domínio económico da Alemanha sobre toda a Mitteleuropa e a recuperação aprazo de todos os territórios perdidos a leste e a oeste. Os aprendizes de feiticeiro podem estar a preparar um novo holocausto. Em Portugal, as pessoas não sabem o que é a guerra total, mas no centro e leste da Europa, sabem o que isso é... Sem união, é cada um por si, como durante séculos e o mais forte é de novo a Alemanha... Pessoalmente até admiro os alemães por aturarem tanta chilice de tantos ingratos e ainda não terem atirado com a albarda ao ar... teriam dez vezes mais razões para o fazerem que os franceses... Sinceramente, os que estão a tentar matar a Europa, com egoísmos, xenofobias e nacionalismos desenfreados, são criminosos irresponsáveis que preparam o caminho a novos totalitarismos e holocaustos. E se houver uma III Guerra mundial, com as armas existentes, será a ultima...

Publicado por: EUROLIBERAL às junho 6, 2005 08:56 PM

Havemos de construir uma Europa unida, mesmo sozinhos.

Publicado por: asser às junho 6, 2005 08:56 PM


Caro EUROLIBERAL

Como sabe, jamais poderá haver UE sem a França !

O Presidente Francês vai explicar, como é que descalça este engulho, pois assinou o Tratado, mas o seu Povo, deu-lhe a Nega !

Os Holandeses não são de desprezar !
Os Ingleses muito menos !
E os Tugas também tem uma palavra ....

A questão é que o Zé Manel está entalado !
A Comissão será obrigada a tomar medidas, perante o avanço India/China nem que seja só para agradar aos Franceses... mas... os Ingleses...são.. o que nós já sabemos !

Tá difícil !

Publicado por: Templário às junho 6, 2005 09:46 PM

Amigo Templário,

Sem França ? Então não havia de poder ? Se são 25, também podem ser 24 ou mesmo 20... Seria uma Europa ainda mais dominada pela Alemanha... Mas é claro que seria uma séria perda. No entanto, estou optimista. O não francês é uma loucura que não tem pernas para andar, porque a comunada nunca obterá nada. Ninguém vai renogociar nada, muito menos no sentido de uma economia dirigida. A CEE é há 50 anos o contrário disso e não é agora que vai mudar... E a extrema-direita não tem força para impor nada. Os outros "nãos" não são cumuláveis, porque têm razões diferentes e até opostas (os ingleses consideram a constituição "socialista"...). Logo, bastará à Europa seguir om seu caminho, continuar as ratificações e, no fim, perguntar aos aNÕES: Vêm ou ficam ? Concerteza que aos franceses vão-se apressar a dizer sim noutro referendo... Também a Dinamarca e a Irlanda já deram o dito por não dito em relação a tratados anteriores... Mas o problema é deles. Se não o fizerem saiem e não empatam os outros... Vamos a ver depois o declínio económico e político dos expulsos...

Publicado por: EUROLIBERAL às junho 7, 2005 12:08 AM

"Pois, mas segundo o Tratado, desde que haja um mínimo de 20 ratificações (e 5 chumbos), a Constituição pode entrar em vigor"

É curioso como um jurista acha que um tratado que tem de ser ratificado pelos 25 países para entrar em vigor pode entrar em vigor com apenas 20 ratificações. Ou seja, há um artigo no tratado que deixa em aberto uma qualquer decisão se 20 países ratificarem o tratado, mas como é que esse artigo entra em vigor se o tratado não for ratificado pelos 25? Ou seja, são preciso 25 ratificações para que o artigo que diz que bastam 20 ratificações seja válido... Alguém percebe alguma coisa disto?... Ainda dizem mal dos economistas...

Publicado por: Albatroz às junho 7, 2005 12:09 AM

Albatroz às junho 7, 2005 12:09 AM

O tratado foi assinado pelos 25. A constituição entrará em vigor, caso haja apenas 5 Nãos.

Aos outros... só lhes poderá ser feita a nova pergunta, afinal querem ou não querem ?

Logo...volta-se a fazer referendos até dizerem que sim !
É fantástico o processo, nem o mais avançado conceito de Marketing Americano sabe desta técnica !

A Questão da França pia mais fino...nem a Inglaterra pia tão fininho.

É que a França é só (geograficamente) a Ponte entre toda a Europa Central, além de que é:
- Potência Nuclear
- Potência Económica
- Tem veto no Conselho Segurança da ONU
Tudo isto tem a Grã-Bretanha...mas são uma ilhota...

Sem a França nada poderá avançar, ou já se esqueceram que antes da Adesão Espanhola, os Agricultores Franceses viravam nas estradas, Camiões-Tir vindos de Espanha ?

La France c´est la France !

Publicado por: Templário às junho 7, 2005 01:02 AM

Esta análise está muito bem conseguida

Publicado por: VSousa às junho 7, 2005 01:22 AM


Sobre a questão de o tratado constitucional poder passar com 20 ratificações.

Não se trata de uma disposição do tratado mas de uma declaração anexa (o tratado tem muitas declarações e protocolos anexos que duplicam o volume de páginas do "tijolo") que aponta para tal solução política. Diz a tal declaração:

"A Conferência regista que se, decorrido um prazo de dois anos a contar da data de assinatura do Tratado (...), quatro quintos dos Estados-Membros o tiverem ratificado e um ou mais Estados Membros tiverem deparado com dificuldades em proceder a essa ratificação, o Conselho Europeu analisará a questão."

Publicado por: EUROLIBERAL às junho 7, 2005 09:37 AM

Pois, mas sem a França, Holanda, Inglaterra e quase todos os que votarem por referendo, não percebo como esse tratado poderá avançar.

Publicado por: Viegas às junho 7, 2005 10:04 AM

Há muitos disparates que se dizem por aqui sobre federalismo, como dizer que a vontade dos portugueses não valeria aí nada. É exactamente o contrário. Portugal sozinho é que não é nada no mundo. Integrado na EU é outra coisa. Perguntem a um brasileiro ou a um chinês. Uma federação cria sinergias: a força do todo é muito superior à mera soma das partes e cria economias de escala: projectos como o Airbus (bye bye Boeing), Ariane (bye, bye Nasa) ou a futura industria de armamento só são possíveis, dadas as despesas de investigação, à escala europeia.

Muitos esquecem que um estado federal não é macrocéfalo, pois tem dois (ou mais) níveis de governação (federal, estadual, regional, municipal), sendo que o principio constitucional da subsidariedade obriga a escolher o nível mais baixo em que a solução do problema possa ser mais eficaz. Assim a educação será exclusivamente da competência nacional (a UE apenas estabelece equivalências de diplomas superiores e isto apenas para facilitar a libre circulação de pessoas). Isto é, só é da competência da federação aquilo que só possa, pelo menos com mais eficácia, ser resolvido a esse nível. Isto está consagrado na Constituição. Aprendam, leiam e deixem de falar de cor. Só é contra esta Constituição quem é estúpido e se os estúpidos destruirem a Europa deverão ser tratados à estalada. A democracia pressupõe cidadãos responsáveis, não cretinos que nem sequer sabem qual é o seu interesse próprio é que cospem no prato... Graças à UE vivemos hoje muito melhor do que há 18 anos. Querem pôr isso em risco? E julgam que os contribuintes alemães e nórdicos não viveriam muito melhor se não tivessem que subsidiar cães que mordem a mão do dono ? Por enquanto fazem-no por amor à Europa e à Paz, porque sabem onde leva o nacionalismo na Europa... Mas a paciência deles tem limites, e olhem que isto não é bluff nem ameaça. Conheço bem os alemães. Se lhes quebrarem o sonho europeu, mandam passear toda a gente e dedicam-se ao seu projecto de dominar a Mitteleuropa com o seu poderio económico e tecnológico. E depois, que fazem os irresponsáveis do Não ? Vão pedir batatinhas aos EEUU ? Se eles nem sequer pagam as Lajes... Juízo, meninos.

Só mais uma pergunta aos anti-europeus: se vocês só querem uma europa intergovernamental e não supranacional, por que não protestam também contra os subsídios UE dos fundos de coesão, regional e social ? É que tais subsídios só se justificam no quadro de uma solidariedade federal ! Em todos os estados federais, os estados mais ricos auxiliam os mais desfavorecidos, para reforçar a coesão do todo. Numa simples união aduaneira e mercado comum entre estados soberanos, NÂO HÁ SUBSÍDIOS ! É cada um por si. Só há colaboração inter-governamental para assegurar a livre circulação de pessoas, serviços, capitais e mercadorias. Mais nada !

Se a Alemanha e Portugal não são partes de um mesmo estado federal, por que razão é que os contribuintes alemães deveriam pagar biliões durante décadas para ingratos que os insultam e não consideram compatriotas ? Vocês aceitam o federalismo financeiro e rejeitam a suas consequências políticas e constitucionais ? Acham isso ético ? Que gentinha tão foleira, tão falha de princípios, de honra, de ambições, de patriotismo... É por isso que Portugal está na cauda da Europa ... com tanto estúpido à solta...


Publicado por: EUROLIBERAL às junho 7, 2005 07:52 PM

É curioso notar que os grandes sucessos da cooperação europeia, como o CERN, a ESA, o Observatório Astronómico do Sul, nada têm a haver com a União Europeia. O que significa que a cooperação é possível quando há objectivos comuns. A União Europeia tenta construir uma superestrutura política sem que se tenham definido a priori os seus objectivos, e é por isso que os franceses e holandeses votaram "Não", e outros o farão se para isso tiverem oportunidade. Os euroentusiastas são os grandes inimigos da Europa, e serão eles que, pela sua arrogância e precipitação, a vão destruir. Gere-se uma solidariedade europeia, um sentimento de identidade, um projecto comum, e a Europa far-se-á. Tente-se empurrar os europeus para ligações que ninguém percebe, corra-se para a frente às cegas, tente-se enganar os europeus com projectos falsificados, e a Europa desintegrar-se-á. Se a Europa só se puder construir em 200 anos nada conseguirá fazê-la em 50. Estúpidos são os que não percebem isto.

Publicado por: Albatroz às junho 7, 2005 09:15 PM

Albatroz: você não sabe nada de sucessos da Europa (UE). O primeiro e mais decisivo foi pôr termo a 1000 anos de guerra civil europeia. Poupou milhões de vidas. E você, portuguesinho parolo e periférico ignora que isso é o valor supremo para 3/4 dos europeus que sabem o que são os horrores da guerra total. E depois, a riqueza da Europa (10 triliões de euros de PIB) resulta da união, do estabelecimentos do mercado único sem fronteiras internas, com concorrência e parcerias acrescidas, das sinergias criadas pelo maior mercado do mundo. E da riqueza brota a felicidade dos povos. Há um problema de escala hoje que leva a fusões tanto de empresas como a federações de estados. Você vive na lua...

Publicado por: EUROLIBERAL às junho 7, 2005 10:56 PM

Um mercado único europeu pode existir sem união política. E até países como a Noruega, a Suiça e a Islândia, que não pertencem à UE, já estão ligados ao grande mercado europeu. Não se queira usar as vantagens económicas da união para vender uma união política sem mais valias e que só alguns desejam. A grande falsificação é tentar vender um produto indesejado como se fosse um bonus. A Europa política far-se-á quando os europeus estiverem para isso preparados e quiserem. Tentem asininamente forçá-la e ela perder-se-á para sempre. Deus nos livre dos iluminados de cabeça vazia!...

Publicado por: Albatroz às junho 8, 2005 12:32 AM

Albatroz, desta vez tou de acordo.

Publicado por: David às junho 8, 2005 12:48 AM

O mercado único pode existir sem união política, certo, mas isso só resolve alguns dos nossos problemas. Por que não resolvê-los todos através de uma união política ? Não foi isso que fez a grandeza dos EEUU ? Sem dúvida que a Califórnia, Texas e N. York seriam sempre países prósperos sem União, mas não teriam voz no mundo...

Ora, a Europa, lugar de todos os holocaustos militares da história, tem como primeira preocupação a Paz. Foi essa a primeira razão da construção da Europa, não a economia (que foi a segunda). E nos tempos de hoje, a Europa é um gigante económico, uma média potência política e um anão militar. ISSO EXPÕE-NOS A PERIGOS LETAIS. O EXPECTRO DA GUERRA paira de novo sobre o mundo, com o unilateralismo anglo-saxónico-sionista, e a emergência de novas hiperpotências na Àsia e um fortíssimo movimento islâmico.

Sobretudo a questão da Palestina pode constituir o "Sarajevo" de uma nova guerra mundial a médio prazo, e a Europa não tem os meios para pesar na balança e de desarmadilhar a crise. Porque não somos uma potëncia política e militar, SSharon faz o que faz e despreza a Europa, que representa 80% do comércio de Israel ! Só negoceia com Washington e atreve-se a não receber enviados europeus ! Com unidade e vários porta-aviões da União ao largo, ele viria a Bruxelas de imeditao discutir razoavelmente a retirada imediata dos territórios... e teríamos a paz ! Porque somos nós que estamos junto ao teatro de guerra (Marrocos está já aqui ao lado...) e os nossos interesses (a começar pelo euro que deve substituir o dólar nos mercados internacionais) já não coincidem com os dos EEUU em quase todas as questões. O nosso bem estar económico, a nossa segurança, a manutenção do nosso papel no mundo EXIGEM A UNIÃO, JÁ E EM FORÇA ! Só traidores a soldo de Washington, colaboracionistas com o nazi-sionismo e a eterna comunada inimiga da prosperidade que o mercado permite (querem o proteccionismo quando somos a maior potência exportadora no mundo, suicídio !) não entendem isso. A alternativa é a irrelevância, a submissão, possivelmente o holocausto. Podemos até amanhã receber ultimatos (tipo mapa cor de rosa) de Washington, por exemplo quando o euro ameaçar fazer ao dólar o mesmo que o Airbus está a fazer à Boeing...

Você, Albatroz, repito, é um parolo político, não conhece o mundo de hoje, vive na lua. Quantos países europeus é que conhece, mas a sério ? E não europeus ? Senão saberia que a cidadania europeia, não só nos textos legais, mas nos corações, já existe de facto na Europa, na Europa que sofreu o horror das guerras mundiais fratricidas e que recusa o regresso dos nacionalismos desenfreados. Nacionalismo só o europeu !

VIVA A GRANDE EUROPA !

Publicado por: EUROLIBERAL às junho 8, 2005 08:37 AM

Lá temos que construir porta-aviões para sustentar o Estado Social europeu.

Publicado por: Coruja às junho 8, 2005 08:49 AM

Excelenta posta de Rodrigo Adão da Fonseca no "Blasfémias":

"(...)E quem são aqueles que estão a travar a Construção Europeia? São os Povos envelhecidos, que perderam a ambição de ir mais longe. Os Povos que vivem com ansiedade e medo do futuro. Que receiam a concorrência. Que não se sentem confortáveis na diferença étnica e cultural. Que não são capazes de assumir desafios. Que acreditam que, fechando os olhos, poderão sentir o conforto e o consolo no regaço do Estado, esse «Pai Tirano» que pensam que os tutela e protege.

A Europa votou «Não» ao Tratado Constitucional. França, Holanda e Reino Unido sentenciaram de morte esta etapa decisiva para quem defende e aspira a uma União. E terá sido por causa da «supra-infra-ordenação» do Tratado face às Constituições Nacionais? Porque entendem não fazer sentido existir um Ministro dos Negócios Estrangeiros da Europa e uma política externa? Porque consideram que as decisões mais importantes devem ser tomadas por unanimidade? Algumas pessoas terão votado o Tratado em si. Outras apenas desconfiam de um processo que foi conduzido com alguma falta de transparência aos olhos do cidadão comum.

Mas o grande impacto do «Não» é outro. E essa é a razão pela qual ele teve uma fortíssima repercussão social: uma certa Europa tem medo da mudança; receia perder os privilégios, não quer avançar em relação ao futuro. Alguns Europeus não estão preocupados com o continente que vão deixar aos seus filhos - e quantas vezes já nem os querem - mas apenas em assegurar as suas reformas, nem que isso se traduza numa oneração das gerações futuras; não existe a preocupação de construir, mas apenas de preservar ou só usufruir. Alguns Europeus deixaram de amar a Deus e os outros, preocupando-se apenas, obviamente de uma forma «solidária», consigo próprios; por tudo isso estamos a viver esta enorme Torre de Babel, onde parece que perdemos o rumo.

Hoje, em boa parte da Europa, mudar, assumir riscos, enfrentar dificuldades para ter um futuro melhor, representam ameaças que importa eliminar.

Feliz ou infelizmente, o mundo não pára. E se a Europa não quer liderar, promover, criar, outros o farão. Os meus filhos, vos garanto, falarão fluentemente inglês, espanhol e quem sabe, chinês. Porque gostava que eles viessem a ser cidadãos do mundo, já que, parece, poderá não ser suficiente que eles venham a ser cidadãos da Europa."

Publicado por: EUROLIBERAL às junho 8, 2005 08:58 AM

Mas isso, mais ou menos, é a ideia deste post da Semiramis

Publicado por: Arroyo às junho 8, 2005 09:07 AM

Arroyo, há de facto algumas semelhanças, excepto no essencial: Rodrigo Adão da Fonseca é a favor do "SIM" (tal como eu) e a Joana, apesar das suas hesitações, do "NÃO"...

Publicado por: EUROLIBERAL às junho 8, 2005 09:42 AM

Para benefício do EuroIliberal:

Vivi nos seguintes países:

Bélgica - 5 anos
Holanda - 10 anos
Brasil - 1 ano
Costa do Marfim - 1 ano
Angola - 3 anos
Suiça - 2 anos

Conheço bem:

Inglaterra, França, Estados Unidos, África do Sul

Falo correctamente as seguintes línguas estrangeiras:

Inglês, Francês e Holandês

Meu caro EuroIliberal, vai ter de comer muito pão para conhecer os problemas deste nosso planeta como eu os conheço, quer por experiência directa quer pelo estudo que a minha função de docente me impõe. Lamento que o seu cérebro de ervilha não dê para olhar para lá dos slogans, mas esse é um problema seu... Há muitos anos que eu passei pela fase do entusiasmo adolescente pela União Europeia. Agora sou um bom bocado mais desconfiado...

Publicado por: Albatroz às junho 8, 2005 10:53 AM

Se a politica da União para o Euroliberal é fazer como a França que ameaçou a India de que retirava o apoio á sua candidatura ao concelho de Segurança se não reverte-se uma ordem de compra de Boeings pela Air-India em que tudo acabou em protesto diplomático e os Indianos a falarem grosso vou ali e já venho.

Singapura não precisam de para serem avançados de entrarem num superestado asiático. Israel exporta armas para a Europa embora o Euroliberal talvez não queira saber isto.

É interessante como o SIM está ainda mais dependente medo do futuro.

Publicado por: lucklucky às junho 8, 2005 01:06 PM

Lucklucky:

Claro que A Europa faz pressões para vencer as pressões anti-concorrenciais dos EEUU. Por que nãs as deveria fazer ?

Sobre Israel a única coisa que me interessa é o fim ou aniquilamento (cabe a eles escolher) do estado fundamentalista, antdemocratico, racista e apartheidesco de Israel e a sua substituição por um estádo único, democrático, laico e multicultural para todos os palestinianos, sejam eles muçulmanos, cristãos ou judeus não sionistas, com base no princípio "one man, one vote" (a mesma solução da Africa do Sul). Quanto aos sionistas, um novo tribunal de Nuremberga e muitas cordas "feraient l'affaire"...

Singapura ? Não é por aí que devemos ser uma grande potência, mas pela China e pela India. E, claro, sobretudo por causa dos EEUU, um cóboi maluco que tem a mania que quer ser sherif do mundo...

Mas diga-me uma coisa, você é cidadão europeu ou americano ? É que...

Publicado por: EUROLIBERAL às junho 8, 2005 03:07 PM

Bom, Albatroz, então não é parolice, mas senilidade...

Ou, como diz o Rodrigo acima citado: "Povos envelhecidos que perderam a ambição de ir mais longe..."

De qualquer modo, não é nada que não se possa curar com uma boa dose de cosmopolitismo... Eu falo 6 línguas e já estive em 85 países, não tendo perdido ainda a esperança de ultrapassar o recorde do Papa JPII (122), agora que ele faleceu... Uma coisa é certa: aprendi que para os não europeus, só interessa saber se somos europeus. Saber qual a nossa região europeia de origem é para eles tão importante como para nós saber se um chinoca é do Sichuão ou do Hainão... Para um chinês, Portugal, com apenas dez milhões, devia ser uma freguesia e não um estado... Só podemos ser aí levados a sério como parte da UE, como europeus... Sem isso, somos para eles irrelevantes...

Publicado por: EUROLIBERAL às junho 8, 2005 03:21 PM

O pior é que o NÂO não vai ter grandes consequencias práticas. Embora pouca gente saiba e ninguem o queira divulgar, as diferenças entre os Tratados que presentemente nos regem e a futura Constituição, são poucas e de pormenor.
A Europa centralista e regulatória, foi estabelecida com Maastricht.
Nunca funcionou como os seus autores sonharam, o que é natural dado que se está perante uma comunidade muito heterogenea. Os custos da decisão colectiva serão sempre muito elevados. Não compreendendo esta simples realidade os mentores da centralização têem-se dedicado a alterar os Tratados na esperança vã de conseguir um quadro institucional que funcione.
As coisas vão de mal a pior, graças a Deus, porque o quadro institucional foi pensado para a Alemanha e a França controlarem tudo, mas tambem dá, para a Inglaterra e a Polónia controlarem tudo.
Isto não é diferente com Nice ou com a Constituição. Resta-nos esperar que a produção regulatoria consiga ser bloqueada por estas posições opostas, que haja menos dinheiro para fundos, logo menos Europa social e burocracia.
Se as instituições politicas estiverem a funcionar mal, o mercado pode funcionar mais livremente.
O NÂO só serve para demonstrar que ninguem quer a Europa politica. O problema é saber se há tambem quem não queira Europa nenhuma.
A Vasconcelos

Publicado por: Ana Vasconcelos às junho 8, 2005 06:03 PM

Coisa mais estranha o que faz um Euroliberal grandiloquente que quer liderar 500 milhões dar tanta importância a um paízinho de 6 milhões de habitantes. Será ódio aos EUA a mais e umas farpas da História?

Numa altura em que os Povos Europeus estão a perder os seus países faz sentido como a História demonstra, obrigar os Judeus a perder o seu também. Sempre foi uma das constantes da história, judeu bom é o que segue os ditames da Elite Europeia, sempre que se tornam um pouco independentes o ódio volta, não admira que o melhor período para o Judeus foi quando eram socialistas e criavam Kibbutz o que alegrava muita gente na Europa no Oeste e no Leste. Porque a cultura do poder na Europa é colegial.


"Mas diga-me uma coisa, você é cidadão europeu ou americano ?" hehe estás desactualizado Euroliberal podias tirar essas da cartola há dez anos em que a policia do pensamento estava em vigor. Sou Português e sei como esta afirmação te deve irritar mais do que qualquer outra...

"Sem isso, somos para eles irrelevantes..."

Snif snif!
Tanta insegurança ..são os outros que te definem Euroliberal? parece-me que só andas á procura de afecto e reconhecimento :)

Publicado por: lucklucky às junho 9, 2005 04:12 PM

Lucklucky,

Em relação a iSSrael, limito-me a aplicar-lhe o imperativo categórico kantiano, base da moral ocidental, e que não é mais do que um remake do mui cristão "não faças aos outros o...".

Não se pode fundar um estado (para mais fundamentalista e teocrático) sobre o roubo de terras, o apartheid, a limpeza étnica, a destruição de casas e culturas, o massacre sistemático de um povo "não eleito". Isso é nazismo, nazi-sionismo mais concretamente, e tal como o outro, merece a mesma activa repulsa...

Quanto a você ser português, é de facto de estranhar, embora não invulgar nos tempos de hoje... é que tanto os nacionalistas europeus como os europeus bushistas são patriotas, só que uns são-no da própria pátria, outros da pátria alheia... parece que a este patriotismo invertido se chama normalmente traição...

Insegurança ? Nada disso, pragmatismo. Se a Eriksson se une à Sony não é porque ambas se sintam estejam inseguras, mas porque a análise das tendências do mercado (e o espírito inato de sobrevivência) assim aconselha... À procura de afecto ? Só se for de uma gaja boa...

Publicado por: EUROLIBERAL às junho 10, 2005 01:41 PM

Tem piada queres que te lembre a quantidade de aquisições ou associações que não funcionaram?

Aconcelho-te a ler o dicionário ou uma enciclopédia é que senão passas por ignorante pois os teus conceitos e factos não jogam.
Há mais árabes em lugar de destaque em Israel, um dos membros do supremo tribunal e inclusivé no exército do que africanos em Portugal . O sistema eleitoral não discrimina os pequenos partidos logo as minorias estão mais protegidas do que na Alemanha por exemplo um dos teus faróis Europeus...

Claro que os teus slogans têm de ser sanguinários apenas queres e precisas basear esta discussão em emoções porque uma discussão baseada com qualquer racionalidade ou factos afasta as tuas hipóteses... Queres um nível onde todos chamam nomes a todos e quem chama mais pelas emoções e grita mais alto vence. Interessante como segues a estratégia dos fundamentalismos. E como todos os fundamentalismos estão-se nas tintas para os povos que dizem representar...


Publicado por: lucklucky às junho 11, 2005 03:06 AM

Lucklucky, és um ignorante. Podias consultar ao menos a internet antes de vomitar bacoradas sobre iSSrael. Os árabes israelitas (a pequena parte que não foi objecto de limpeza étnica) são cidadãos de segunda. São dispensados do exército, que é reservado a judeus para manter a supremacia do "povo eleito" . Sieg heil !. Têm uma representação minúscula (proporcionalmente) no Parlamento e qundo defndem os palestinianos vão presos. Se querem casar com uma palestiniana só podem ir viver para os territórios ocupados, porque não há direito de reagrupamento para "nacionais" israelitas não judeus... O resto dos oalestinianos estão enfiados em bantustões minúsculos sem direitos, sem pátria, sem nacionalidade, sem dignidade sempre sujeitos a massacres pelas SS Tsahal. Se na Europa os judeus não pudessem ir para as FFAA, nem para o governo, se fossem metidos em guettos, se fossem confiscados e massacrados, diriamos que estavamos em pleno nazismo. Se eles fazem o mesmo em iSSrael aos palestinianos cristãos e muçulmanos, estamos perante o quê ? Nazi-sionismo, não ?

Publicado por: EUROLIBERAL às junho 11, 2005 06:20 PM

Haha! continuas as demostrar tua ignorancia.
Os àrabes-israelitas estão dispensados se quiserem. Algumas das melhores unidades de reconhecimento do exército israelita são àrabes.

"Têm uma representação minúscula (proporcionalmente) no Parlamento"

Mentira.Tens 3 partidos/listas Árabes em Israel que formam cerca de 10% do parlamento sem esquecer que várias formações Israelitas têm deputados Árabes. Como os Árabes são 12% da população...
Como eu disse e tu fazes para esquecer se fosse na Alemanha ou Inglaterra nenhuma estava no Parlamento...

"A pequena parte que não foi objecto de limpeza étnica"
Continuam os Slogans para afastar a má consciência? Sabes muito bem que existiam milhares de Judeus e Árabes nos dois lados. Porque será que agora não há Judeus no outro lado? Será que a Limpeza Étnica foi mais eficaz do lado Palestiniano? E sabes bem das declarações dos dirigentes àrabes na altura...

"Massacres" Se há poder mais adepto de Massacres é o Poder Palestiniano; Podemos começar por entre eles próprios; Depois podemos passar contra os "Irmaõs àrabes": Jordânia lembras-te do Setembro Negro e dos ataques contra as populações civis do Reino? Podemos depois visitar o Líbano desde que chegarm ao país foi a guerra civil dos massacres. Depois quando o poder se moveu para perto de Israel começou o massacre de Israelitas nas paragens de autocarro.
E Tens clérigos na TV palestiniana a desejarem o massacre de Judeus há coisa de menos e um MÊS...

"O resto dos oalestinianos estão enfiados em bantustões minúsculos sem direitos"

Só podes estar a gozar! ao lado do campo de refugiados de Jericó tens um Casino da Autoridade Palestinana ( não funcional devido a deriva assassina de Arafat). É como se Portugal tivesse colocado os retornados em campos de refugiados e os fizesse permanecer lá em quanto tudo á volta se desenvolvia. Embora em termos Palestinianos mais do que em qualquer outro lado o "desenvolvimento" só chega para ALGUNS..

No Fim tu tens de agradecer a existência de Israel porque sem Israel não haveria Palestinianos. Mas fico com a sensação que os Palestinianos são só um acessório conveniente na tua história...

Publicado por: Lucklucky às junho 11, 2005 10:20 PM

Lucklucky às junho 11, 2005 10:20 PM

Mas o poder e o "fogo" estando do lado dos Judeus. é evidente que os palestinianos estão em desvantagem militar, ou não ?

Logo é a Lei do mais forte que impera na Zona, daí que a simpatia Mundial vá para os mais frágeis !

Publicado por: Templário às junho 11, 2005 10:58 PM

Errado Lucklucky:

Os israelitas árabes, 1.2 milhão, isto é, 22% da população (E NÃO 12% !) estão proibidos de frequentarem o serviço militar: não há aviadores, generais, shin bets, tanquistas, etc. árabes porque, embora israelitas, não pertencem ao "povo eleito" (Herrenvolk ?)... Excepções ?Havia alguns druzos da Galileia, mas desde que se descobriu uma rede de espionagem pró-Hizbollah com druzos militares, o número já pequeno foi drasticamente reduzido... e no Neguev puseram alguns beduínos a guardarem a fronteira só com armas ligeiras... repito, não conheço nenhuma democracia em que 20% da população não possa por razões religiosas alistar-se... Só a Africa do Sul racista do apartheid, que não era uma democracia...

A representação parlamentar dos arabes é minúscula e só para inglês ver. 4 ou cinco vezes inferior à sua força demográfica (22%). E se falam na libertação da Palestina são amordaçados no Parlamento, expulsos, presos e condenados (já aconteceu). Também não podem morar onde querem. Mesmo os mais integrados, com melhores profissões e com muitos amigos judeus: se tentarem comprar casa num bom bairro judeu, ninguém lhe vende a casa e sofrem ameaças... Casar só entre a comunidade árabe de Israel, senão têm que abandonar Israel para viverem juntos. Noivas palestinanas não podem viver em Israel. Logo o israelita árabe terá de ir viver para a Palestina e perder a nacionalidade...Israel não quer mais israelitas árabes e eles já se reproduzem muito... O que também é impossível numa democracia e só acontece em países fundamentalistas e apartheidescos como o estado nazi-sionista de iSSrael... o estado mais pária da humanidade, a ralé da ralé...

Sobre a limpeza étnica desde 1948 (Deir Yassim...) está mais que provad e documentada, mesmo por judeus honestos. E não discuto com nazis revisionistas da história. Tal como em relação aos massacres, que aliás continuam ao vivo na TV... Nem vale a pena discutir. A Nação árabe prepara-se para resolver a questão definitivamente no lugar devido, o campo de honra. Poderá demorar umas décadas quando muito... Mas também Saladino escorraçou de Jerusalém os primeiros cruzados após 8 décadas de ocupação... Para os nazi-sionistas espero que não haja qualquer indulgência: como nazis que são deverão ser todos aniquilados, os principais de preferência na forca, e na própria Esplanada das Mesquistas que profanaram. Aquilo que foi roubado pela força, será retomado também pela força. E há 1500 milhões de muçulmanos prontos a derramarem o seu sangue (e sobretudo o dos outros) pela libertação de Jerusalém dos fanáticos da kippa e das SS Tsahal ssharonescas ...

Porque...Allah u Akbar ! Depois a democracia será estabelecida e a convivência de muçulmanos, cristãos e judeus voltará a ser o que sempre foi ao longo dos séculos, com duas excepções apenas, a das cruzadas cristãs do séc.12/13 e a da actual cruzada nazi-sionista...

Publicado por: EUROLIBERAL às junho 11, 2005 11:28 PM

Templário . O Ocidente quase sempre teve o poder militar do seu lado, a sua supremacia tecnológica não é um argumento de prova da sua imoralidade, mas até pode ser o contrário quando não o usa na sua máxima possibilidade e desde o Séc 20(nomeadamente com a Segunda Guerra) foi muito mais cuidadoso com a vida dos seus soldados. Além disso não estamos num espectáculo a ver um jogo de futebol para apoiarmos uma equipa por ser mais fraca ou mais forte embora acredite que devido á distância algumas pessoas acabem por funcionar assim devido ao modo como os media dão as notícias.

Saladino eu sabia que eras tu!

E continuas...Druzos têm de ir para o exército é uma das populações tal como os Judeus que têm de cumprir serviço militar obrigatório. Um Druzo chegou a General( Na terminologia das patentes anglo sáxonicas Major-General )
. Os Àrabes e os Católicos não são obrigados mas PODEM. Enquanto nos beduinos têm diminuído o numero de alistamentos nos Árabes e Católicos(Árabes e não Àrabes) têm aumentado o numero de alistamentos mesmo na situação de conflito agudo de 2002 e 2003.

heh! Partidos Árabes: temos a Lista Árabe Unida que normalmente engana as pessoas pelo nome porque há mais 2 partidos árabes e como toda a gente é livre para votar... Inclusive um dos recentes Presidentes da Comissão de Defesa do Parlamento foi um Árabe...como vez tens muitos traidores para fuzilar...

Israelitas não Judeus são 20%(nem todos são àrabes não sei se consideras Druzos e Beduinos Árabes) da população mas Muçulmanos são apenas 14-15% da população.

Der Yassin sim foi um Crime e é isso que destingue
Israel do Poder Palestiniano, a capacidade de reconhecer um crime e de discutí-lo e argumentar livremente . E talvez te fizesse bem ter um perspectiva histórica, todas as nações cometeram crimes e algumas por muito menos. Basta pensar nos Franceses na Argélia, os EUA em Mai Lai ou mesmo nós isto para só referir países que não fazem de massacres um modo de vida. Em qualquer dos casos não estavam a lutar pela sobrevivência do próprio País . Pois quando isso acontece tens o que aconteceu nos Balcãs em meia década houve dezenas de massacres de parte a parte.

Para mais Der Yassin só aconteceu porque o Egipto, Síria, Jordânia atacaram Israel e a Palestina ou convém-te esquecer que o ataque também foi contra a Palestina?

Por isso agradece ao TSAHAL por Israel não usar toda a sua força mesmo quando o país está em perigo ao contrário do qualquer país Árabe faria, pelo menos é o que nos demonstra a História.


"Depois a democracia será estabelecida e a convivência de muçulmanos, cristãos e judeus voltará a ser o que sempre foi ao longo dos séculos"

"democracia" haha pois subjugação e claro pagamento da dizima ao poder muçulmano...

Para mais uma prova da barbaridade do Poder Palestiniano: 4 Palestinianos acusados de colaborar foram executados. 3 enforcados 1 fuzilado. Mas não acontece em Israel aos Israelo-Árabes acusados de cumplicidade em atentados terroristas...Porque será?
De um lado autocracias que têm de reinar sobre o povo com violência do outro a civilização.


Publicado por: lucklucky às junho 13, 2005 11:32 PM

Agora, os árabes israelitas já cresceram para 15%... Encore un petit effort... e chegamos aos 22% actuais (os sionistas temem que venham a superar os judeus em algumas décadas...). Claro que se a maioria dos árabes são muçulmanos, há muitos cristãos (tal como nos territórios). Há que recordar que os palestinianos, passaram do ponto de vista religioso, sucessivamente, de maioritariamente judeus até ao séc. I, maoritariamente cristãos até ao séc. XIII (no tempo dos mamelucos, pelo menos em Jerusalém, e a maioritariamente muçulmanos a partir dessa data, muito posterior à conquista árabe (séc. VII). Esses cristãos são os descendentes daqueles palestinianos que se arabizaram a partir do séc. VII mas que não se islamizaram. No governo palestiniano há vários cristãos. E druzos (seita muçulmana, com "importações" cristãs)e beduínos (tribo do deserto) são árabes, é claro, tal como os maronitas cristãos do Líbano. Árabes cristãos.

Deir Yassin foi apenas um dos muitos crimes sionistas, mas não foi um acidente. Era a política oficial e deliberada dos sionistas (Ben Gurion incluído) massacrarem aldeias árabes inteiras para provocar o terror e o êxodo, a limpeza étnica. Porque a Palestina era densamente povoada... por isso, nunca os sionistas pediram desculpa por esses crimes, co-naturais ao sionismo....

De qualquer modo, mesmo sem esses crimes, a ocupação sionista de terras alheias, a sua confiscação, a limpeza étnica dos habitantes e a profanação de Jerusalém já é um crime contra a humanidade, que justifica a legítima defesa ´srabe contra os novos sionistas. É grotesco falar de ataques do Egipto ou da Jordânia. Estavam a ajudar irmãos árabes agredidos por terroristas sionistas e a tentar repelir a ocupação de lugares santos. Estavam em sua casa, o que não acontece com os cruzados da kippa.

Os traidores colaboracionistas ontem executados em Gaza tiveram o fim que merecem todos os colaboracionistas. Também na Europa, da Itália à Noruega, passando por todo o leste, os colaboracionistas foram encostados ao muro aos milhares. mas também eles são vítimas da ocupação.

A Mossad utiliza os métodos mais hediondos para os recrutar. Torturas cruéis seguidas de denúncias filmadas que depois servem como chantagem para a continuação da traição... ou pequenos segredos pessoais (infedilidade de uma mulher, homossexualidade de um jovem, problemas financeiros) tudo serve de pretexto ou chantagem para obrigar à colaboração e à denúncia de patriotas da resistência... Claro que a única resposta possível é executar todos esses desgraçados, para que o contra-terror impeça mais colaborações...

Mas a verdadeira justiça chegará quando forem os SSharons a dançarem na ponta da corda na Jerusalém libertada dos nazi-sionistas... Eles não perdem pela demora...

Publicado por: EUROLIBERAL às junho 14, 2005 10:04 AM

Os sionistas são ladrões de terras, assassinos, apartheidescos e fundamentalistas. Logo a sua presença no Médio Oriente é indesejável. Matam pelo ferro e morrerão pelo ferro. Entre árabes e muçulmanos nunca houve pogroms anti-judaicos, como na Europa. E cristãos e judeus sempre aí viveram em segurança, com direitos de cidadania totais. Não é pelo facto de muitos judeus terem decidido irem viver para a Palestina que há problemas. Sempre houve pacificamente judeus aí. O problema é o sionismo, isto é o estabelecimento numa terra superpovoada por gente que aí vive há milénios, independentemente da religião maioritária professada (os os palestinianos foram sucessivamente judeus, cristãos e muçulmanos, maioritáriamente, é claro), de um estado fundamentalista e racista SÒ PARA JUDEUS, com limpeza étnica e extermínio de todos os restantes (cristãos e muçulmanos). ISSO É INTOLERÁVEL e acabará mal, muito mal para os nazi-sionistas (que não são todos os judeus ou israelitas)... porque a resposta chegará fulminante quando a Nação árabe alcançar a unidade sob um novo Saladino (a actual jihad no Iraque contra os terroristas cruzados é apenas o início dessa arrancada).

De facto, se a Palestina já foi (pelo menos)romana, selêucida, egípcia, bizantina, seldjúcida, otomana e inglesa, NUNCA O SEU POVO FOI EXPULSO DA SUA TERRA, como acontece com os nazi-sionistas.

Continuavam a ser palestinianos, a usufruirem das suas casas e bens, a cuidar dos seus mortos, a rezarem nas suas mesquitas e igrejas em paz. O facto de serem súbditos otomanos ou britânicos era secundário. Tal como para os Alasacianos, povo de cultura mista germânico-francesa, não era dramático passarem de franceses a ser cidadãos alemães ou vice-versa. Mas já seria gravísimo se os alemães quisessem anexar a Alsácia SEM ALSACIANOS, para a colonizar com estranhos. Foi isso que se passou na Palestina e com outra agravante: os lugares santos de 1.500 milhões de muçulmanos encontram-se em Jerusalém, onde actualmente são impedidos de orar. E há mais agravantes ainda: os ocupados que resistem heróicamente à força bruta dos sionistas são insultados como "terroristas" pelos terroristas busho-ssharonescos e seus lacaios em todo o mundo. Nenhum outro movimento de resistência ao ocupante foi e é insultado dessa maneira no mundo ocidental. Além do mais iSSrael quer esmagar não só os palestinianos mas todos os árabes e muçulmanos. Agride todos os vizinhos preventivamente (como no Líbano e Síria há pouco), aterroriza-os com bombas atómicas, não quer que disponham de armas iguais e bombardeia o Iraque e ameaça fazer o mesmo no Irão (nem sabem o que os espera se tentam...), empurram os seus caniches americanos para invadirem o Iraque provocando a destruição deste país (a Prússia árabe, terra de Saladino, que está a dar uma lição memorável aos novos cruzados...) e mais de um milhão de mortos desde 1991. A paz é impossível em todo o Médio Oriente enquanto esse covil de assassinos racistas, iSSrael e as suas SS Tsahal não forem aniquilados completa e definitivamente. SSharon e o Oberkommando das SS Tsahal serão esmagados no seu covil, tal como os Hitlerianos o foram em Berlim em 1945. Não há compromisso possível com essa ralé de racistas. Os primeiros a serem justiçados serão os traidores e fantoches árabes, os Mubaraks e Abdalahs que baixam as calças aos busho-sharonescos enquanto estes massacram com mísseis e tanques os palestinianos só armados de pedras. Acabarão como Sadat, outro enculé dos judeus... Entretanto os colaboracionistas palestinianos são enforcados e o Hamas prepara-se para arrasar nas próximas eleições os corruptos e capitulacionistas da Fatah... os ssahronescos vão de "vitória em vitória", isto é de massacre em massacre, até à sua derrota final. A Nação árabe limpará o mundo da ralé mais pérfida hoje existente à face da terra, os nazi-sionistas e na Palestina haverá um estado laico, multicultural e democrático baseado no one man, one vote. se a maioria for muçulmana, então o governo será também maioritáriamente muçulmano, tal como aconteceu na Africa do Sul (modelo dos ssharonescos) com a maioria negra no fim do apartheid...

ALLAH u AKBAR !

Salah Al-Din, Al Mansour

Publicado por: EUROLIBERAL às junho 22, 2005 11:35 AM

Este texto está muito bem visto e mantém-se e manter-se-á actual. A forma como coloca as questões com que hoje nos debatemos é a forma como elas deveriam ser abordadas. Não há volta a dar.

Publicado por: Sergio às junho 23, 2005 04:35 PM

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