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maio 12, 2005

O Desespero do Artista

Entristece-me ver tanta incompreensão em alguns quadrantes. Que possibilidades tem um jovem realizador de se afirmar no nosso país? Pelo talento? Mas se todos têm talento, reconhecido por 2 ou 3 amigos, pelo Carlos Pinto Coelho e pelo Ministério da Cultura que os subsidia! Pelas audiências? Mas se tal lhes está vedado pela sua procura da dimensão estética absoluta e da plasticidade elástica oscilando entre o mais e o mais. Mais grave: se a perversidade da fortuna lhes trouxer audiências ficam definitivamente na lista negra da Corporação dos Realizadores, que é inexorável perante a indignidade que representa o grande público gostar de uma obra de arte. Tal é uma contradição nos termos: se é Arte, o grande público necessariamente não gosta; se o grande público gosta, não é, definitivamente, Arte.

Que caminhos restam então ao Artista Realizador para se tornar conhecido e continuar Artista? Terá que ser algo com impacte mediático. A Quinta das Celebridades é impossível: ainda não é uma celebridade e ficaria irradiado da Corporação dos Artistas se fosse para lá, mesmo disfarçado de vaca. Aparecer no programa da Ana Sousa Dias? Mas se há dúvidas sobre se aquela gente existe mesmo! Para os poucos que, num zapping distraído, o vêem, são apenas ectoplasmas refractados e entediantes. Aliás, o próprio Prof. Marcelo está em vias de se tornar num ectoplasma ...só lhe faltam os espelhos que já devem ter sido encomendados.

São dolorosos e insondáveis os caminhos de um Artista Realizador para atingir o esplendor mediático. Há caminhos que trazem uma enorme notoriedade, mas infelizmente pontual: imolar-se pelo fogo, atirar-se da Ponte sobre o Tejo, ir para a bancada dos sócios do FC Porto trajando as cores e insígnias do Benfica, fumar droga em Singapura ou na Malásia, etc.

Mas, pensando melhor, esta ideia é capaz de ter potencialidades. Em toda a vasta Arábia dominada pelo fundamentalismo, existe um ponto minúsculo, invisível no mapa, que penaliza os charros mas cujo emir é um bonzão, cheio de clemência para os estrangeiros: eles que se vão drogar para a terra que os pariu, é o seu lema.

Está encontrada a solução. O Artista Realizador é detido e passa a herói e mártir público. As televisões difundem propaganda de solidariedade em prime time. O Governo garante que mantém "toda a sua atenção e determinação no acompanhamento do caso, fazendo uso de todos os meios disponíveis para apoiar aquele nacional”. É pedida a assistência consular dos parceiros comunitários. O embaixador português em Riad desloca-se ao Dubai. O Ministério dos Negócios Estrangeiros impetra um pedido de clemência ao emir e é confrontado na Assembleia da República com requerimentos pedindo explicações por parte do PCP e o Bloco de Esquerda. A Ordem dos Advogados disponibiliza-se imediatamente para garantir a defesa de Ivo Ferreira. A secretaria de Estado das Comunidades garante que a situação do cidadão português está a ser acompanhada. Todas as instituições portuguesas se mobilizaram para resolver o problema do charro.

O Artista Realizador tornou-se assim um mártir, detido por fumar um charro, um inocente acto ao alcance de qualquer aluno do nosso sistema de ensino. E o seu suplício foi agravado, de forma bizarra e tenebrosa, quando a acusação foi deduzida em árabe. O país mediático estremeceu de horror. Em árabe? O nosso compatriota torturado, gemendo lancinante enquanto assinava documentos escritos naquele idioma invertido e sem vogais. Sabe-se lá quantos dias teria passado na sala de torturas, a treinar-se a escrever da direita para a esquerda.

Todavia o clímax mediático ocorreu quando, em declarações à SIC, Ivo Ferreira disse partilhar uma cela sem electricidade com outros 18 homens. Tamanho despautério provocou a indignação pública geral e a inveja discreta de alguns. O Bloco de Esquerda organizou novenas, com preces públicas. Adivinhava-se a apresentação de um projecto de Lei autorizando o exercício da poligamia em Portugal para cidadãos do Dubai, por permuta com fumaças de charros por cidadãos portugueses no Dubai.

Finalmente o paroxismo da libertação: A longa viagem para a liberdade de Ivo Ferreira. No Aeroporto Internacional do Dubai a mole humana interroga-se "Onde está o Ivo?". O Ivo está "lá dentro", segredava-se. Segundo o embaixador António Monteiro foi o despertar de um pesadelo. As autoridades dos Emirados Árabes Unidos bem insistiam que a sua presença já não era necessária, mas o embaixador queria saborear o pesadelo até ao fim. O responsável pela diplomacia egípcia, que também participou neste memorável resgate, chorava de emoção e recitava versículos corânicos.

O Artista Realizador Ivo Ferreira, como primeira declaração pública, pronunciou-se energicamente sobre o assunto, com a veemência e a credibilidade que o seu estatuto de mártir confere: "Espero que o meu caso sirva de lição, e que quer o Ministério dos Negócios Estrangeiros quer as agências de viagem passem a disponibilizar mais informações sobre os países e as suas leis."

Portanto, a lição não é sobre oportunidade de Artistas Realizadores sorverem haxixe, pois esse é um acto necessário, patriótico e promocional. A lição é para o MNE e agências de viagem: eles é que devem disponibilizar informações sobre as acções turísticas que se podem desenvolver nos diversos países e em que circunstâncias: fumar charros, inalar cocaína, injectar heroína, praticar pedofilia, apedrejar a mulher, perpetrar homicídios, etc.

Por exemplo, nos países do Médio Oriente, desde a época em que o Velho da Montanha e os seus “bebedores de haxixe” assassinavam as figuras públicas de então (assassino vem daquele termo árabe), que os protagonistas da política olham de soslaio os “bebedores de haxixe”, que vêem como seus assassinos potenciais. O MNE tem que disponibilizar informações históricas sobre estes casos, para prevenir os turistas. Em contrapartida podem levar as esposas para as linchar lá à vontade.

Foi até agora o charro mais caro alguma vez fumado por um português.

Publicado por Joana às maio 12, 2005 02:35 PM

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Comentários

Penso que Ivo tem razão na sua reivindicação: deve ser disponibilizada informação sobre as leis, por vezes bizarras, de cada país.

Não pretendo com isto desculpar o Ivo, mas o facto é que há leis bizarras que, ainda por cima, por vezes variam rapidamente de um Estado para o que está ao lado.

Por exemplo, quando vivi na Pensilvânia, fui informado de que lá é crime andar-se pela rua com uma garrafa de bebida alcoólica à mostra. Mesmo que a garrafa esteja fechada, não se pode andar com ela visível: tem que estar dentro de um saco. E é crime beber uma bebida alcoólica na via pública. Mas estes delitos da lei da Pensilvânia já não o são em muitos outros estados americanos. Diferenças semelhantes ocorrem no Canadá (por exemplo, segundo julgo, no Ontário é proibido beber álcool em esplanadas ao ar livre, no Québec, mesmo ao lado, isso é prática comum).

Tal como há serviços que facultam aconselhamento médico a pessoas que desejam deslocar-se a países tropicais, onde a malária ou a febre amarela são comuns, também não seria mau que houvesse serviços facultando aconselhamento jurídico.

Publicado por: Luís Lavoura às maio 12, 2005 02:51 PM

Eu acrescento ainda mais. Há umas semanas atrás ia sendo atropelado numa passadeira. Passo por ela frequentemente e constatei que naquele local os condutores são muito apressados. Acho imoral o Estado não me ter informado disto mais cedo.

Publicado por: Mário às maio 12, 2005 03:57 PM

Esqueci-me de dizer que o meu caso também devia de servir de lição para todos.

Publicado por: Mário às maio 12, 2005 04:00 PM

"Não pretendo com isto desculpar o Ivo, mas o facto é que há leis bizarras"

Em Portugal também é proibido consumir drogas (com a diferença de não ser crime e não dar anos de prisão). Como tal não fará muito sentido "avisar" quem viaja que também no outro país existe a mesma proibição.

Além da tradicional esquerda, a direita do semiramis também deve ser favorável à legalização do consumo de drogas leves. A proibição leva à distorção do mercado, à perda de receita fiscal, ao atulhar de mais processos nos tribunais, além de constituir mais uma alternativa para os agricultores nacionais.
Realmente, a direita liberal não está representada por nenhum partido.

Publicado por: Daniel às maio 12, 2005 04:33 PM

Eu acho mais. Eu acho que da mesma maneira que o Min. da Saude vai criar o enfermeiro de família, devia ser criado o Guia Turistico de família, para nos poder acompanhar nesses momentos difíceis, não digo sempre (por exemplo em Benidorm acho que não se justifica) mas talvez para lá dos Pirineus.
Mas acho mais. Acho que devia ser criado o Fiscal de Finanças de família, e isso sim seria um passo importante para colocar os jovens licenciados para quem o estado tem a obrigação de arranjar emprego. E assim os jornais já teriam com que se entreter. É assim mesmo pá.

Publicado por: Joao P às maio 12, 2005 04:41 PM

Publicado por: Daniel às maio 12, 2005 04:33 PM

A direita é muito pessimista em relação ao ser humano e por isso tem dificuldade em assumir políticas liberais.

Publicado por: Mário às maio 12, 2005 04:50 PM

A quantidade de gente que a Joana deixa de rastos neste post é impressionante.
Tenha cuidado, pois agora com o BI afixado, ainda lhe furam os pneus.

Publicado por: Rave às maio 12, 2005 05:48 PM

Então, "partilhar uma cela sem electricidade com outros 18 homens ... provocou a ... inveja discreta de alguns."?

Publicado por: Rave às maio 12, 2005 05:53 PM

Luís Lavoura às maio 12, 2005 02:51 PM
"Penso que Ivo tem razão na sua reivindicação: deve ser disponibilizada informação sobre as leis, por vezes bizarras, de cada país."

Então, e depois? Como é que os Ivos deste país iam conseguir alcançar a celebridade?

Por favor, caro Luís Lavoura, não queira dificultar a vida aos "artistas" nacionais!

Eu acho até que, agora que tudo terminou em bem, o nosso governo, mais o "artista", já consagrado, deviam oferecer ao emir do Dubai um presunto Pata Negra e umas garrafinhas de Barca Velha, como prova de gratidão. Merece!

Publicado por: Senaqueribe às maio 12, 2005 06:17 PM

Nada disto faz sentido, é dizer coisas por dizer.
Falta de assunto.
Mediocridade.
Vaidade.
Nada que fazer.
Decadência.

Pombinha

Publicado por: Pombinha às maio 12, 2005 06:42 PM

Aqui está um assunto de verdadeiro interesse nacional, susceptivel de pôr a funcionar, á mingua de outros temas, os neurónios mais decrépitos.

Publicado por: Luís Filipe às maio 12, 2005 08:02 PM

Briquem, briquem, mas o PS precisa desesperadamente de entretenimentos destes para a malta se esquecer da situação que se vive e a comunicação ter alibi para não falar nela

Publicado por: lopes às maio 12, 2005 08:06 PM

Estou de acordo contigo, Pombinha. Nada do que dizes faz sentido.

Publicado por: Rui Sá às maio 12, 2005 08:40 PM

Pombinha,

Provavelmente vem aqui sem ter qualquer intenção de comunicar, está no seu direito. Mas acho que talvez esteja a fazer um mal entendido.

Um mundo em mudança parece muitas vezes cair para a decadência. É apenas a ilusão de ter existido algo concreto anteriormente...

Este comentário que faço não está muito de acordo com o ambiente deste blog, mas como o seu comentário também não...

Publicado por: Mario às maio 12, 2005 08:46 PM

Até concordo que terá sido o charro mais caro jamais fumado. Mas foi engraçado constatar que para os portugueses (a maioria) era insuportável que o rapaz continuasse mais tempo preso. E não se esqueçam que foi denunciado pela ex-namorada do amigo ... Eu assinei a petição e reenviei-a. Simbolicamente houve um bom investimento nas liberdades, creio. Os comentadores do expresso on-line sugeriram o título de um filme: "Um charro no deserto".

PS: eu sou dos tais contribuintes que tem os impostos em dia.

Publicado por: pyrenaica às maio 12, 2005 11:16 PM

Mais um excelente texto de Joana. Parabéns.
E estimo bem que ela esteja certa quando diz que a soltura do pseudo-realizador Ivo Ferreira se tenha ficado a dever à bondade e benemerência do Emir do Dubai. É que para mim era líquido ser necessário pagar em cash que para o fumador de charros fosse solto entre ter sido julgado e o dia da leitura da sentença, que era (ainda será?) o próximo domingo. Sem se ficar a dever um dólar, quanto mais bondades e benemerências.
Antigamente havia um Fundo para o Resgate dos Cativos. Como agora esse Fundo não existe, pensava eu que a verba para o resgate do artista/realizador Ivo Ferreira saíra do OGE. Se não saíu, a história do camarada Ivo ficou-me mais barata do que eu pensava.

Publicado por: JM às maio 12, 2005 11:42 PM

JM às maio 12, 2005 11:42 PM:
Todo este processo deve ter custado uma pipa de massa ao OGE: as diversas deslocações do embaixador entre Riad e Dubai; o trabalho desenvolvido pelo pessoal do MNE; o repatriamento do Artista; os subornos que foram dados a uma caterva de gente(naquelas zonas as coisas só andam combustível monetário); etc.

Publicado por: Joana às maio 12, 2005 11:57 PM

Uma crítica acerada e com bom estilo. Excelente, Joana.

Publicado por: Diana às maio 13, 2005 12:23 AM

É uma pincelada genial sobre a hipocrisia de artistas, dos politicamente correctos e dos que se vergam ao statu quo. Gostei.

Publicado por: soromenho às maio 13, 2005 12:28 AM

lopes às maio 12, 2005 08:06 PM:
Estou de acordo consigo. O PS, com a ajuda da comunicação social, anda a deitar nuvens de fumo. O problema é que isto não dura sempre. Mais tarde ou mais cedo não há manto que tape a falência do país.

Publicado por: soromenho às maio 13, 2005 12:31 AM

Joana às maio 12, 2005 11:57 PM

Deixe lá, Joana, Portugal farta-se de gastar pipas de massa no estrangeiro sem que se saiba bem para quê. Olhe aqueles GNR que estiveram no Iraque aquele tempo todo, só o enviar para lá o bacalhau para o Natal deles deve ter custado tanto como a libertação do Ivo Ferreira. E vieram-se embora, os GNR, e ninguém deu pela falta deles, ou antes, deu: cada vez corre mais sangue lá por aquelas bandas.

Publicado por: Luís Lavoura às maio 13, 2005 09:34 AM

Afastamo-nos, com estes comentários, do que interessa, que é o cinema.
Foi um remake encenado pelas nossas queridas televisões e terminou bem.

O episódio I ocorreu com a chinesa-portuguesa em Singapura e enforcaram-na.
Ivo – O Que Escapou, pode agora produzir obra.

Publicado por: Carlos Alberto às maio 13, 2005 10:37 AM

Por isso o Ivo escolheu o Dubai. Singapura, nunca.
Seria uma novela num único episódio

Publicado por: Sa Chico às maio 14, 2005 12:08 AM

5 estrelas, Joana

Publicado por: fbmatos às maio 14, 2005 12:24 AM

Será que entendi bem?!
Está a insinuar que o Ivo Ferreira montou tudo isto propositadamente para chegar à celebridade?!

Isso é a verdade, uma piada, ou um caso de difamação?

Publicado por: Helena às maio 14, 2005 01:45 PM

A Helena será uma piada ou um caso de total ausência de humor?

Publicado por: rudy às maio 14, 2005 02:40 PM

Boa pergunta, sim senhor.
Mas não responde à minha dúvida: onde começa a difamação?

Publicado por: Helena às maio 14, 2005 05:31 PM

Quem sabe, Helena, talvez quando alguém começa a gritar defamação.

De resto, tenho a certeza que o Ivo não fez de propósito. Aconteçe apenas não ter nada na cabeça. Se gosta de fumar charros, porque é que não foi fazer um filme para Amsterdam?

Publicado por: Pedro Oliveira às maio 17, 2005 06:18 PM

Joana dixit:
"Se é Arte, o grande público necessariamente não gosta; se o grande público gosta, não é, definitivamente, Arte."

Cara Joana,
é pois preciso explicar-lhe que a História da Arte (no sentido o mais canónico possível, entenda-se) está cheia de casos de artistas negligenciados pelos seus con-viventes. Foi, por exemplo, o caso de Pessoa - aquilo a que chama o "grande público" não lhe pegou em vida, imagine só!

Sabe, Joana, é essa pequeninice de vistas, essa miopia do espírito, essa carência de generosidade, que me chateia na direita e em pessoas como a Joana. Quanto aos charros, acho que a Joana devia experimentar. Aliviam muito o reumático do senso comum!

Curta, Joana, curta,
Luisinha

Publicado por: Luisinha às maio 19, 2005 04:30 PM

O pessoal dos charros apareceu

Publicado por: bsotto às maio 19, 2005 05:51 PM

Os artistas negligenciados que chegaram até nós devem ser 1/1000 daqueles que se julgavam então artistas. Não é possível subsidiar todos os que têm a mania que são artistas.
Quanto ao charro, depois de a ler, passei a considerar que poderia ser altamente desaconselhável experimentar.

Publicado por: Joana às maio 19, 2005 07:52 PM

Ai o bsotto (TT, note-se) anda a charrar?! Esttes queques surpreendem-me ttodos os dias! Ó querido, mas olhe que não lhe fica bem chegar aqui e dizer assim, a seco, "o pessoal dos charros chegou", como quem diz "estou cá co'ma moka hoje!" Isso é coisa da sua inttimidade, amorzinho. Recatte-se, pois, lembre-se de que ttem um sttattus a mantter. (Dei algum erro orttográfico?)

Resta esclarecer que estamos provavelmente de acordo quanto à necessidade de, em Roma, ser romano. Estamos é em desacordo quanto a tudo o resto, descontando a putativa qualidade da obra cinematográfica do IVO Something, que não conheço de parte alguma.

Mas, ó Joana, temos é de arranjar maneira de a levar a dar um passeio com vista para o seu primeiro charro! E saiba que isto do primeiro charro é como com o primeiro homem: o segundo é sempre melhor, e por aí adiante... Trust in me.

Um enorme abraço sóbrio,
Luisinha


Publicado por: Luisinha às maio 20, 2005 10:22 AM

Ai o bsotto (TT, note-se) anda a charrar?! Esttes queques surpreendem-me ttodos os dias! Ó querido, mas olhe que não lhe fica bem chegar aqui e dizer assim, a seco, "o pessoal dos charros chegou", como quem diz "estou cá co'ma moka hoje!" Isso é coisa da sua inttimidade, amorzinho. Recatte-se, pois, lembre-se de que ttem um sttattus a mantter. (Dei algum erro orttográfico?)

Resta esclarecer que estamos provavelmente de acordo quanto à necessidade de, em Roma, ser romano. Estamos é em desacordo quanto a tudo o resto, descontando a putativa qualidade da obra cinematográfica do IVO Something, que não conheço de parte alguma.

Mas, ó Joana, temos é de arranjar maneira de a levar a dar um passeio com vista para o seu primeiro charro! E saiba que isto do primeiro charro é como com o primeiro homem: o segundo é sempre melhor, e por aí adiante... Trust in me.

Um enorme abraço sóbrio,
Luisinha


Publicado por: Luisinha às maio 20, 2005 10:58 AM

Luisinha:
Homens, por muito que se consuma não causa dependência (às vezes é o consumido que fica dependente) e não destrói as células cinzentas.

Publicado por: Joana às maio 20, 2005 01:20 PM

Joana,
apagou o meu segundo e-mail...?
Parece-me uma desnecesária afirmação de insegura prepotência, mas a Joana é que manda. É bom mandar, não é? À falta de se mandar na vida, que se mande então no blog. O costume.

Publicado por: Luisinha às maio 20, 2005 03:02 PM

Ooops!
As minhas melhores desculpas BE. Afinal, parece que o postezinho não tinha sido censurado. É que o trabalho às vezes distrai-me... Acho que preciso de um subsídio de concentração.

Os homens não causam dependência?! Ó Joana, não diga isso! Que santa casta de homens é que a menina consome?!!

Beijos ninfomaníacos,
Luisinha


Publicado por: Luisinha às maio 20, 2005 03:13 PM

Com que então o consumido é que fica dependente!?

Publicado por: Diana às maio 21, 2005 11:19 AM

Tu lá sabes

Publicado por: anonimo às maio 22, 2005 03:32 PM

Por mim, o "cineasta" podia apodrecer nas masmorras do Dubai. Não pela criatura em si mas porque estamos todos fartos de dinheiro desbaratado em "cultura" subsidiada e sempre era menos um chulo a mamar nas tetas do Estado português.

Publicado por: Contribuinte líquido às maio 24, 2005 12:08 AM

Parece-me que a Joana não percebe que países como o Dubai, que proibem o consumo de drogas e têm penas tão pesadas, são depois grandes produtores, exportadores, no chamado mercado negro, dessas mesmas substâncias. É como o aborto que não é legalizado para não chocar a boçal mentalidade fascista e cristã e para não estragar grandes negócios, que é no fundo do que se trata.

Publicado por: Simão às maio 24, 2005 08:46 PM

Foram apanhadas portugueses com droga lá fora. O Governo e a comunicação social estão a ver se se trata de artistas para se interessarem pelo saso.

Publicado por: lopes às maio 27, 2005 01:55 PM

Publicado por: boot camps às junho 11, 2005 09:15 PM

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