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maio 20, 2004

Santo António e o Pecado do Lucro

A morte de António Champalimaud e os obituários que, nos dias que se seguiram, foram aparecendo nos meios de comunicação, é o exemplo do país que temos – um país pequeno, mesquinho, reverente, que não sabe lidar com o sucesso dos seus filhos.

Entre a subserviência da AR que se “curvou” perante a figura que... e a diabolização feita pelos jornalistas e fazedores de opinião «politicamente correctos», não há qualquer distância: são lídimos exemplares de uma espécie mesquinha e subserviente, porque a mesquinhez e a subserviência são as duas faces de uma mesma moeda.

Champalimaud foi um empresário de sucesso, frio, objectivo e impiedoso. Se não o fosse, não teria feito (e refeito) a sua extraordinária fortuna. Essa frieza tornaram-no numa figura solitária mas única, que os empresários olham com distanciamento, os políticos com desconfiança e os sindicalistas com ódio.

É óbvio que soube aproveitar as facilidades concedidas pela legislação salazarista. Mas é hipocrisia acusá-lo de o ter feito. A legislação existia, porque não a aproveitar? Aliás, se fosse possível “medir a protecção” auferida pelos grandes empresários da época salazarista, certamente que, no caso de Champalimaud, entre o deve e o haver, o benefício líquido de Champalimaud seria inferior ao dos demais.

Ainda hoje, um reverente admirador do bonzo Mário Mesquita, escrevia no Público que «António Champalimaud representava "o mais típico industrial da era salazarista, mandão e prepotente", que erigiu o seu "império cimenteiro e bancário à sombra da protecção que lhe conferia a legislação proteccionista do "condicionamento industrial" e os instrumentos ditatoriais do regime».

Quanto ao “Império Bancário”, sabe-se como a aquisição do BPA por Champalimaud falhou por intervenção do poder político, devido a uma lei posterior feita pelo governo de Marcelo Caetano e com efeitos retroactivos, o que num Estado de Direito seria inconstitucional. Quanto aos Cimentos, o Sr. Luís Costa ignora que a indústria de Cimentos tem uma barreira à entrada fortíssima dada pelo rácio peso/custo muito elevado. Os custos de transporte e a perecibilidade do produto tornam a concorrência a mais de 100 ou 150 kms praticamente impossível. Por outro lado, a dimensão mínima óptima de uma cimenteira é bastante inferior ao consumo anual de cimento em Portugal. Portanto, com ou sem protecção e a menos que houvesse um grande atraso tecnológico, seria impossível a uma cimenteira estrangeira concorrer no mercado português, excepto em algumas áreas fronteiriças do nordeste.

A maior linha de cimentos em Portugal foi construída em Souselas justamente porque aí existe o maciço calcário mais a norte do nosso país. Mas mesmo assim há entrepostos de moagem na Maia e em diversos pontos do norte do país. O produto sai de Souselas ainda na fase de clinker (que não é perecível) e é moído e ensacado nesses entrepostos, onde é distribuído. No caso da Siderurgia, Champalimaud teve efectivamente vantagens. Todavia, uma unidade com aquela dimensão não seria competitiva em economia aberta. E viu-se o que sucedeu, após a nacionalização, com as tentativas canhestras para a manter. Se Champalimaud tivesse continuado à frente da Siderurgia, talvez o país não perdesse tanto dinheiro com a tentativa frustrada de a manter à tona de água.

Este comportamento instável dos portugueses perante o sucesso empresarial é fruto do nosso atraso ideológico. O conceito do lucro como pecado é uma “aquisição” do cristianismo medieval e perdurou nos países católicos, onde a ética protestante não penetrou, nomeadamente naqueles onde o reaccionarismo clerical sobreviveu mais tempo. É conhecida a proposição de São Jerónimo postulando que «dives aut iniquus aut iniqui haeres» (O opulento é criminoso ou filho de criminoso). Nicolau Santos, no Expresso de há dias, punha-a a circular na “versão de Balzac”.

Santo Agostinho exprimiu o receio de que o comércio afastasse os homens do caminho de Deus e a doutrina de que nullus christianus debet esse mercator (Nenhum cristão deve ser mercador) era geral na Igreja dos começos da Idade Média. No Concílio de Latrão de 1179 foi decretada uma série de proibições severas para a usura. Embora com o desenvolvimento da actividade comercial o Direito Canónica começasse a aceitar alguns “desvios” relativamente à “pureza” primitiva, como o conceito do «justo preço» e o do lucrum cessans (lucro cessante) para justificar o juro dos empréstimos em dinheiro, nunca se libertou da concepção pecaminosa do lucro.

Se as doutrinas protestante e puritana foram ou não conducentes, por si mesmas, ao desenvolvimento do espírito capitalista e, portanto, do próprio capitalismo, é problema que não me proponho aqui resolver. O que é historicamente certo é que com o fim do predomínio do Direito Canónico ocorrem profundas alterações nas relações entre o pensamento teológico e pensamento económico. A harmonia entre os princípios da Igreja e a sociedade feudal que fora a determinante da universalização do âmbito do Direito Canónico, declinou com o fim da sociedade feudal. O pensamento canónico, como concepção social, pretendeu encontrar a unidade onde ela não existia, e manteve-se vigente enquanto o equilíbrio instável se não rompeu por completo. Não obstante as tentativas sucessivamente feitas para introduzir elementos éticos, como esteios da armadura do pensamento económico, este rompeu com eles, ante as solicitações dos novos impulsos sociais que lhe eram antagónicos.

É curioso igualmente verificar que, contrariamente às ideias de Marx sobre os países onde as concepções comunistas se afirmariam mais cedo, foi exactamente nos países da Europa Ocidental mais atrasados que os Partidos Comunistas se revelaram mais fortes e têm sobrevivido mais tempo. Se exceptuarmos a Alemanha imperial e de Weimar (que constitui um caso específico, explicado por outras circunstâncias), é no sul da Europa que os partidos comunistas se têm mantido com maior capacidade de sobrevivência.

Nos países onde a ética protestante mais se entranhou na sociedade, os partidos comunistas e afins são, praticamente, inexistentes. Igualmente nesses países o sucesso empresarial é visto com uma óptica completamente diversa daquela que predomina nos países em que o clericalismo mais perdurou.

No fundo, o horror ao lucro, pecaminoso e demonizado, une o clericalismo tardio (o Direito Canónico medieval) e o comunismo, nomeadamente o comunismo cujos conceitos cristalizaram no leninismo. Esse horror ao lucro e ao sucesso empresarial permanece entranhado na nossa sociedade, mesmo nas elites intelectuais que pululam na comunicação social e que se julgam avançadas e modernistas. É uma mistura paradoxal do reaccionarismo clerical milenar, entranhado no subconsciente social, caldeado por conceitos leninistas ultrapassados e esvaziados de conteúdo.

Publicado por Joana às maio 20, 2004 08:08 PM

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Comentários

Essa de igualar o reaccionarismo clerical milenar ao marxismo-leninismo não lembraria ao diabo.

Publicado por: c seixas às maio 20, 2004 09:02 PM

Vc deve andar com muito trabalho ...
acho que já li este texto , aplicado a outra figura !
e como se pode ler pelo 1º comentário , até apresenta algumas lacunas "intelectuais"...

eu por exemplo estou de acordo com a afirmação :
«António Champalimaud representava "o mais típico industrial da era salazarista, mandão e prepotente", que erigiu o seu "império cimenteiro e bancário à sombra da protecção que lhe conferia a legislação proteccionista do "condicionamento industrial" e os instrumentos ditatoriais do regime».

isso faz de mim o quê ?
só pode fazer de mim uma pessoa que não está de acordo com Joana ; é só.

Publicado por: zippiz às maio 20, 2004 09:14 PM

(...) Entre a subserviência da AR que se “curvou” perante a figura (...)

e um pouco mais de rigor não lhe ficava mal , uma vez que nem TODOS se CURVARAM perante a figura !

Publicado por: zippiz às maio 20, 2004 09:16 PM

Então e os assassínios de ontem não merecem uma mençãozinha?

Publicado por: Pedro Lima às maio 20, 2004 09:43 PM

Pelo excelente blogue:


Entre o querer e o ser dúvidas se afogam
P'la onda que atropela as próprias lágrimas;
Irrita o sol secante dos que logram
Fingir nessa verdade as suas lástimas.
Entre o querer e o ser as diferenças moram
E a assunção nos aproxima das máquinas,
'inda longe porquanto saciáveis
Lentos nesse mundo de apaixonáveis.


albertovelasquez.blogspot.com

Publicado por: Velasquez às maio 20, 2004 09:44 PM

E o pecado da gula?

Publicado por: Rui Sá às maio 20, 2004 10:03 PM

É o diabo, esta sujeita, tem toda a razão. ó Seixas.
O diabo de uma reaças

Publicado por: Cisco Kid às maio 20, 2004 10:06 PM

Velasquez em maio 20, 2004 09:44 PM:

Alberto, o que escrevo? banalidades
Reconheço-o, sem mais dificuldades
Teclo ... Mato o tempo, assim ... assim ...
E o tempo num vórtice se está tornando
Porque em vez de ser eu que o vou matando
O tempo é que me vai matando a mim

Publicado por: Joana às maio 20, 2004 10:51 PM

C Seixas:
Donde, sou mais arguta que o Diabo!

Publicado por: Joana às maio 20, 2004 10:52 PM

zippiz em maio 20, 2004 09:14 PM:
1- não vejo que escrever que fiz uma descoberta do diabo indica "lacunas intelectuais"
2 - A AR, como órgão, curvou-se. Individualmente, houve uns que se curvaram, a maioria, e outros que diabolizaram, a minoria. Mas como escrevi, são duas faces da mesma moeda.
3 - Tem toda a razão - só faz de si alguém que não está de acordo comigo. E depois, qual é o problema?

Publicado por: Joana às maio 20, 2004 10:57 PM

Pedro Lima em maio 20, 2004 09:43 PM:
Cataclismos, atentados e massacres é à mesma hora, mas na TVI.
Isto é apenas um blog de (ir)reflexão política, social e económica.

Publicado por: Joana às maio 20, 2004 10:59 PM

Não há dúvida que a argumentção está bem delineada e a conclusão tem uma lógica perversa. Demasiado perversa para o que penso sobre estes assuntos.

Mas reconheço que o comportamento dos políticos e meios de comunicação foi excessivo, quer para um lado, quer para o outro.

Publicado por: Vitapis às maio 21, 2004 12:28 AM

Joana ,
o governo está a cair aos bocados (Amilcar Theias já foi)

Publicado por: zippiz às maio 21, 2004 12:30 AM

Acredito que pôr o clericalismo reaccionário e o S. Jerónimo no mesmo barco que Louçã ou M Portas pode enervar o comentarista mais pacato.
Como diria o Seixas, você é o diabo. Não sei se tão arguta como ele, mas pelo menos igualmente perversa.

Publicado por: Vitapis às maio 21, 2004 12:33 AM


"T'á" visto:tal como o "palerma de serviço", ainda existem os "chatos do costume".

Perante as banalidades escritas sobre a vida de Champalimaud, o certo é que muitos ainda tremem perante o nome do morto Champalimaud.

A "Gulbenkian" do Século XXI ainda vai dar de comer a muito detractor... vai uma apostinha?

Publicado por: re-tombola às maio 21, 2004 12:38 AM

re-tombola: Eu não aposto porque perdia. Você acertou

Publicado por: Vitapis às maio 21, 2004 01:09 AM

Tá bestial, Joana. Você apanhou mesmo esses hipócritas onde dói mais.

Publicado por: Mocho às maio 21, 2004 01:56 AM

E você re-tombola, também tá cheio de razão.

Publicado por: Mocho às maio 21, 2004 01:58 AM

Porque não pôr o tema "Santo An´tonio e o Pecado do Lucro" em verso?
Dava para tocar à desgarrada ... nos Passos Perdidos

Publicado por: JCorreia às maio 21, 2004 02:58 PM

É, tinha piada. O Louçã, o Carvalhas, os Manos Portas, tudo à desgarrada ...

Publicado por: David às maio 21, 2004 05:29 PM

Com o P Portas mascarado de Caterine Deneuve

Publicado por: Cisco Kid às maio 21, 2004 07:09 PM

´Valente:É o VPV no seu melhor. Só ele estragaria a festa.

Publicado por: Hector às maio 21, 2004 07:16 PM

Declaração de mais-valias
Ministra desvaloriza esquecimento


A ministra de Estado e das Finanças desvalorizou hoje o esquecimento de incluir na sua declaração de rendimentos de 2002 o valor de 15 mil euros de mais-valias relativas à venda de um imóvel, afirmando: «Se todos os contribuintes fizessem como eu, podia fechar a Direcção-Geral de Contribuições e Impostos porque não precisava de nenhuma máquina para que a receita entrasse nos cofres do Estado».

Manuela Ferreira Leite detectou e regularizou o erro tendo entregue uma correcção à declaração de IRS (Imposto sobre Rendimentos Singulares) no ano passado.

A situação foi noticiada na quinta-feira pelo jornal «24 Horas» e o gabinete do Ministério das Finanças escreve num comunicado que «a Drª Manuela Ferreira Leite fez uma correcção à liquidação do IRS respeitante ao ano de 2002 para antecipar um pagamento».

O comunicado ressalva que a ministra fez a rectificação «antes de ser notificada pela Administração Fiscal da necessidade de o fazer». Ou seja, ao notificar o fisco das mais-valias fora do prazo Manuela Ferreira Leite cometeu uma infracção punível pelo Regime Geral de Infracções Tributárias. Para quem rectifica a declaração de IRS fora do prazo, mas voluntariamente, a coima é de 50 euros. Depois da notificação da Administração Fiscal, a multa sobe automaticamente para o dobro.

O advogado Dias Ferreira, irmão da ministra, afirmou ao «24horas» que se tratou de «um esquecimento de todos», ou seja, dele próprio, da ministra e dos outros dois irmãos. «Devemos ter recebido a verba do imóvel nos primeiros meses de 2001. A declaração do IRS referente só foi entregue em 2002 e a rectificação foi feita em 2003. Como não é uma verba que recebemos todos os dias caiu no esquecimento dos quatro», justificou.

Conclusão: Deve haver um problema genético no esquecimento da Ministra da Finanças e dos seus 3 irmãos se esquecerem de declarar mais valias de venda de imóvel da família. Por isso é que ela não aplicou a lei dos 60 anos para a reforma dos funcionários públicos aos Srs. Deputados e afins... É melhor alguém lembrá-la disso a bem da sustentabilidade do sistema...

Publicado por: Luís António Viriato às maio 21, 2004 07:56 PM

Já é a 2ª vez que o amigo Viriato escreve essa mensagem neste blog. É capaz de haver outros onde já a escreveu.
Você parece um apóstolo.

Publicado por: Dominó às maio 21, 2004 08:59 PM

Afixado por Luís António Viriato em maio 21, 2004 07:56 PM
nunca é demais lembrar a atitude ( anti-patriota , como diriam alguns conhecidos! )da ministra .
isto num país a sério não teria terminado com uma multa de 50 euros.

Publicado por: zippiz às maio 21, 2004 09:42 PM

zippiz: entregar uma declaração fora do prazo, mesmo que seja uma de substituição, tem uma multa de 50€.
Qualquer que seja o contribuinte

Publicado por: Hector às maio 21, 2004 10:05 PM

A questão é que a ministra e os irmãos fizeram isso por causa da Ferreira Leite ir para o Governo.
Se não fosse isso nunca teriam entregue uma declaração de substituíção.

Publicado por: c seixas às maio 21, 2004 10:16 PM

Afixado por Hector em maio 21, 2004 10:05 PM

caro Heitor,
a minha opinião não vai no sentido de aumentar a multa ! vai mais no sentido da ÉTICA na política !
penso que entendeu.
Joana vai fazer um post sobre esta matéria e não vai desculpar a ministra...

já hoje li algures :
" esqueceram-se de declarar mas não se esqueceram de receber a mais-valia , e logo os 4 irmãos "

Publicado por: zippiz às maio 21, 2004 10:36 PM

e desde já proponho um título para o post da Joana :
MFLeite e o pecado da mais-valia .

Publicado por: zippiz às maio 21, 2004 10:38 PM

Seixas:
E depois? Pode ser assim, ou pode não ser.
Para as Finanças tratou-se apenas de uma declaração de substituíção.
As Finanças não podem fazer conjecturas. Têm que aplicar a lei.
E a lei diz que a multa são 50€

Publicado por: Hector às maio 21, 2004 11:04 PM

Seixas (again): Além do que, se ela não fosse para ministra e não substituisse a declaração, as Finanças nunca davam com aquilo.

Publicado por: Hector às maio 21, 2004 11:07 PM

zippiz: A mais valia é a diferença entre o valor que eles venderam a propriedade e o valor matricial da herança.
Que é isso de não se esquecer das mais valias? Você pede um valor por uma propriedade sua e fica automaticamente com uma mais valia.

Publicado por: Hector às maio 21, 2004 11:11 PM

caro Heitor , eu sei o que é uma mais-valia mas
deixe lá a questão Contabilistica/Financeira .
o cerne da questão é Política ou a ÉTICA na política !
Vc parece estar de acordo com a ministra nas afirmações de hoje às TV's , é o seu direito.Eu estou indignado .É o meu direito.

Publicado por: zippiz às maio 21, 2004 11:26 PM

zippiz: isso é outra coisa. Você pode desconfiar se a ministra se esqueceu ou se fez esquecida.
E se de facto se esqueceu, você pode achar que ela nunca se devia esquecer.
Mas aquilo que aconteceu, acontece às vezes. A pessoa descobre que se enganou e faz uma nova declaração (Aqueles que o fazem).
Fiscalmente, a única infracção que cometeu foi ter entregue a declaração fora do tempo.

Publicado por: Hector às maio 22, 2004 12:23 AM

A Ministra devia demitir-se, se tivesse vergonha

Publicado por: Cisco Kid às maio 22, 2004 12:41 AM

caro Heitor ,
o mundo não está todo perdido; ainda há muita ingenuidade!
então numa família de economistas e advogados "esqueceram-se" todos de cumprir as regras ?!

Vc acha que se trata de um problema fiscal/contabilistico/processual normal!
eu acho que se trata de falta de respeito pelos contribuintes ( os tansos como lhes chamava um Senhor que já não está entre nós ).

Publicado por: zippiz às maio 22, 2004 01:00 AM

Sabe-se lá, zippiz. Você nunca ouviu que em cada de ferreiro, espeto de pau.

Publicado por: Hector às maio 22, 2004 09:56 AM

É um espeto muito grande

Publicado por: Nereu às maio 22, 2004 02:06 PM

Manuela Ferreira Leite Não Esclarece Porque Ficou Isenta de Coima Fiscal

Ontem, o PÚBLICO tentou obter uma confirmação da notícia de sábado passado do jornal "24 Horas" que dava conta da assunção pela ministra do não pagamento da coima. Perguntou-se qual a base legal para essa dispensa, solicitou-se acesso à declaração de rendimentos de 2001 corrigida e, caso negasse a notícia, pedia-se acesso ao impresso da tesouraria das Finanças em que fosse explícito o pagamento da coima. Questionou-se a ministra de Estado e das Finanças se a omissão de esclarecimentos não poderia encobrir uma situação de tratamento excepcional face aos demais contribuintes, por parte dos serviços tuteladas pela própria ministra. Manuela Ferreira Leite não respondeu até ao fecho da edição.

Publicado por: Viriato às maio 25, 2004 07:29 PM

Este Viriato é especialista em M F Leite

Publicado por: riuse às maio 25, 2004 09:09 PM

Esse pecado do lucro também deve ter a ver com a polémica sobre o ordenado do novo director geral

Publicado por: Mendes às maio 28, 2004 01:11 PM

Joana: grande análise da mesquinhez portuguesa. Além do que os corrosivos defensores de que lucrar é pecado, depois de a ler ficaram a pensar, o que não é hábito. Parabéns.

Publicado por: Mariano Silva às junho 13, 2004 12:15 PM

Aqui está um que não tem esse pecado

Publicado por: vitapis às janeiro 8, 2005 10:02 AM

Quero dizer: para o qual o lucro não é pecado

Publicado por: vitapis às janeiro 8, 2005 10:03 AM

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Publicado por: wsop às janeiro 25, 2005 08:50 AM

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Publicado por: pharmacy às janeiro 26, 2005 11:57 AM

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Publicado por: virtual às fevereiro 20, 2005 09:48 PM

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Publicado por: holdem às fevereiro 23, 2005 09:35 AM

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Publicado por: video às fevereiro 23, 2005 09:39 AM

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