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fevereiro 20, 2004

Hoje vou falar de Santana Lopes

Reconheço que é um risco enorme. Por isso é que eu o tenho evitado, apesar dos pungentes apelos que tenho recebido para o fazer. Mas hoje teve que ser, apesar da dificuldade do tema. É que Santana Lopes é um homem imprevisível. Todos os vaticínios que fiz sobre Santana Lopes, saíram furados. Nunca acertei, ... nunca ... e eu raramente me tenho enganado nas previsões que faço.

Após ter deixado a Secretaria de Estado da Cultura, vaticinei o fim da sua carreira política. Como era possível aquele play-boy, após tantas gaffes que cometera, voltar a encarar os agentes culturais portugueses? Naquela época, falar em Santana Lopes, em qualquer meio com pretensões culturais, só com a providência cautelar de uma sonora gargalhada, salteada com algum epigrama cáustico sobre o seu défice cultural.

Errei. Continuou como figura de topo dentro do seu partido e arrasou nas eleições para a Câmara da Figueira da Foz.

É agora, disse para mim e para quem me quis ouvir! Como é que Santana Lopes vai sobreviver, posto perante os problemas quotidianos de uma câmara, aquela estrada além que está esburacada, o jardim acolá que está a ser invadido pelas ervas, os cães, desdenhosos da contenção política, que adquiriram o hábito inveterado de alçar a perna à porta do Sr. Francisco, munícipe austero e influente, as obras que não andam nem desandam e a lama que sobrevem, inesgotável, desses estaleiros, etc., etc. e, ainda para maior padecimento, longe e nostálgico da night do eixo Lisboa-Cascais? Nem dois anos lhe dou! Vai sair de lá em passo de corrida, à frente dos munícipes enfurecidos.

Errei. Aparentemente, por razões inexplicáveis para mim e para a intelectualidade que forma a opinião publica(da), o homem somou êxitos e tinha a Câmara da Figueira na mão para o resto da vida. Pois que ficasse por lá!

Mas não ficou. Para surpresa geral do país, apresentou-se como candidato à Câmara de Lisboa. Foi a zombaria geral na nossa comunicação. Vaticinei, sem quaisquer receios de errar: «O Santana não tem nenhuma hipótese». Nem quando a candidatura do João Soares foi buscar o Álvaro Cunhal ao mausoléu para o exibir na campanha, eu duvidei que o João Soares ganhasse. Entre Soares e Santana qualquer eleitor normal escolheria Soares. Foi o que eu fiz, mesmo apesar de pensar que o PS precisava de ser punido pelo desastre governativo de Guterres e pelo estado em que estava a deixar o país. Simplesmente, não confundi a governação da cidade com o governo do país, embora, depois das figuras tristes que o Soares andou a fazer após a derrota, ele tivesse passado a ser, para mim, uma carta fora do baralho político. Nunca mais, em circunstância alguma, votarei naquele sujeito ... nem para administrador de condomínio.

Pois o Santana ganhou. Eu estava a ver os resultados eleitorais a aparecerem nos ecrãs das TV’s e nem queria acreditar. Como era possível entregarem a gestão da capital àquele play-boy, que nem percebe de Chopin?

Não fui só eu quem ficou surpreendida. Penso que também Santana Lopes não estava à espera de ganhar as eleições. Não tinha equipa (excepto Carmona Rodrigues) nem tinha experiência camarária ao nível de um município tão complexo como o de Lisboa. Mas não se intimidou. Garrotou algumas despesas inúteis fruto de compadrios da gestão anterior e preocupou-se principalmente com o Show-business, deixando aos seus colaboradores as tarefas monótonas e chatas do quotidiano camarário. No fundo onde ele é bom é no Show-business. Então seria nesse pelouro que se teria que produzir.

Nos finais de 2002 vi uma sessão dos Prós e Contras sobre o projecto do Casino do Parque Mayer. Fiquei perturbada. E fiquei perturbada porque, naquele debate, Santana Lopes era o mais coerente, o mais linear e quem concitava os apoios dos artistas. Como escrevi então, fiquei siderada! Pois quê? Os artistas a beatificarem um play-boy de direita e um intelectual de esquerda, o Miguel Portas, a exorcizar o pecado? Estaria eu no Universo Anti-matéria?

Quem nesse debate se opôs às opções de Santana Lopes, fê-lo mostrando a maior das hipocrisias, desde a teoria do pecado para inviabilizar o casino, até ao desconforto do Prado Coelho, o elefante branco da nossa cultura, no ingrato papel de ser contra algo com o qual colaborava e a quem vendia o seu talento. Eu olhava para o ecrã, estupefacta, e nem me parecia possível que gente da cultura ficasse assim menorizada e fizesse aquela triste figura perante um gaffeur cultural como o Santana Lopes.

Actualmente deixei de fazer vaticínios sobre o futuro do Santana Lopes. Estou farta de me enganar. Um amigo meu, politicamente muito distante de Santana Lopes, mas que mantinha com ele, na gestão municipal, relações institucionais muito estreitas, mercê do cargo que ocupava, confidenciou-me mais que uma vez, perplexo, que «aquele sujeito parece que tem mel».

Marcelo Rebelo de Sousa, o Guru dos nossos comentadores políticos, o Velhaco Genial, tem apontado como defeitos de Santana Lopes a sua «superficialidade e ignorância». Mas são essas, justamente, as características que melhor definem o político português tipo. O que Marcelo tem estado a proclamar, embora não fosse essa provavelmente a sua intenção, é que Santana Lopes é o paradigma do político português.

Alguém sabe de político mais superficial e ignorante de dossiês que Mário Soares (notem que eu não lhe estou a chamar inculto)? E de governo mais impopular que o último governo dele? Pois foi presidente ... e segundo parece, teria nas primeiras sondagens menos de 8%

O que Marcelo tem dito, no seu estilo oblíquo, é que Santana Lopes tem todas as "qualidades" para presidente. Com menos bochechas e menos cultura que Soares, mas com uma capacidade de encaixe muito maior ... Que Deus se amerceie de nós, como o tem feito até agora.

Agora, sobre Santana Lopes, só faço previsões no fim do jogo.

Publicado por Joana às fevereiro 20, 2004 09:14 PM

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Comentários

Santana Lopes não passa de um peralvilho ignorante que deu uma entrevista ao Expresso onde só disse asneiras

Publicado por: Vitapis às fevereiro 20, 2004 11:29 PM

Pedro Santana Lopes continua a dançar na pista das presidenciais. Não sabemos se é um tango ou uma valsa. Por vezes parece um bolero. Deve ser um bolero, porque apesar de esta semana lhe ter caído um par na pista que quer à viva força dançar consigo todas as danças, Santana gosta de solos. É o Bolero de Ravel com aquele crescendo que termina em apoteose seguida de êxtase quase total.

Publicado por: Cunha às fevereiro 20, 2004 11:39 PM

Sabemos, no entanto, que a música não é o seu forte. Prefere o teatro. E consegue junto dos actores, que o veneram com paixão, uma unanimidade estonteante. Santana é um animal dos palcos. Alguém que precisa, de uma forma aditiva e compulsiva, da droga dos media para viver. A sua adrenalina e as suas endorfinas (a primeira é a hormona do risco, a segunda a hormona do prazer, e Santana tem prazer no risco, por isso quando lhe ocorre uma descarga de adrenalina segue-se logo outra de endorfina) são bombeadas pelos media. Santana faz da política um espectáculo. Talvez por isso quisesse fazer do espectáculo uma política. Sem palco ou sem ecrã apaga-se como balão hiperinsufalado que foi furado e agora esperneia um minuto no ar.

Publicado por: Cunha às fevereiro 20, 2004 11:39 PM

Pedro Santana Lopes é um case study. É volúvel, volátil e versátil. Dizem que é bom político. Porque a política é a arte da volubilidade, da volatilidade e da versatilidade. Tem sete vidas como o seu amigo Paulo Portas. E o que não o mata engorda-o. Dizem que nunca concluiu nada. Que se cansa dos projectos, da pessoas, dos lugares. O que pode tão-somente ser a marca da sua ambição insatisfeita (insaciável?). As suas duas maiores obras como presidente da câmara serão o sintoma deste homem dividido e dissociado. O túnel das Amoreiras ao Marquês e o Parque Mayer. Uma obra subterrânea e perfurante que atravessa a subpele da cidade. E uma arquitectura borbulhante de Gehry que marcará euforicamente a sua pele.

Publicado por: Cunha às fevereiro 20, 2004 11:40 PM

Santana conseguiu fazer do anúncio da obra a verdadeira obra. Ele é o legítimo herdeiro de Guy Debord na política portuguesa. Transformou Lisboa num palco de anúncios. Que se podem transformar ou não em obra. O que para o caso e para esta discussão é irrelevante. A obra é, assim, para Santana um pretexto.

A cidade é um pretexto. Uma gigantesca superfície a explorar como palco de anúncios e declarações.
O anúncio tem ainda uma vantagem suplementar sobre a obra. É que é muito mais fácil voltar atrás. E voltando atrás pode anunciar-se infinitamente o que nunca se chegará a fazer. O anúncio é da ordem da reversibilidade, o que o torna muito mais apetitoso em termos políticos. Santana tem conseguido fazer da política dos anúncios a sua verdadeira política.

Publicado por: Cunha às fevereiro 20, 2004 11:41 PM

Nesta pré-corrida presidencial que não é uma verdadeira corrida, mas uma dança, Santana tem sido mestre na gestão deste jogo de sombras, do claro escuro que se vai clarificando progressivamente, na relação entre bastidores e palco. Tem construído uma verdadeira ontologia do anúncio que poderá alimentar muitas teses de doutoramento. Ora está; ora não está. Ainda não é candidato, mas já vai ser. Acabando por construir um facto que, depois de somadas todas as reversibilidades (ser ou não ser; estar ou não estar), se acaba por transformar numa irreversibilidade. Cavaco que se ponha a pau e comece a desfazer o tabu.

Marcelo que vá pedindo a Cristo que desça à terra. Porque a coisa está a ficar preta. Santana vai continuar a dançar o seu bolero.

Publicado por: Cunha às fevereiro 20, 2004 11:41 PM

Teve que ser e fez muito bem, porque dá a imagem perfeita do Santana Lopes, no que tem de bom e no que tem de mau

Publicado por: Ricardo às fevereiro 21, 2004 12:27 AM

O Santana Lopes é um bimbo sem nenhuma classe e a Joana dá uma no cravo e outra na ferradura para disfarçar. Mas calculo que ela seja apoiante do Lopes

Publicado por: Cisco Kid às fevereiro 21, 2004 12:59 AM

Por falar em night, é esta a altura em que gosto de aparecer

Publicado por: SL às fevereiro 21, 2004 01:44 AM

Nunca tive qualquer admiracao por esse sujeito e fiquei surpreendida por ele ter ganho Lisboa. Tambem me parece que ele não tem chances de chegar a presidente, mas como vivo a maior parte do ano fora de Portugal e não tenho a nocao do estado da opiniao publica, não digo nada.

Publicado por: Filipa Zeitzler às fevereiro 21, 2004 11:26 AM

Quando se vive fora de Portugal, tem-se pela TV portuguesa e mesmo jornais uma imagem muito distorcida do nosso Portugal.
Quando chegamos, verificamos que Portugal eh muito diferente e para melhor do que a imagem que nos transmitem. O que nos transmitem sao casos particulares, graves, miserias, etc., mas que não se pode generalizar a todo o pais.

Publicado por: Filipa Zeitzler às fevereiro 21, 2004 11:26 AM

A sua análise do Santana Lopes e da sua carreira está muito pertinente.

Publicado por: Arroyo às fevereiro 21, 2004 11:53 AM

Santana é odiado pelos cinzentos da política e pela esquerda. No cinzentismo dos Durões é uma pedrada no charco. Todos os conservadores o odeiam, quer na direita quer na esquerda.

Publicado por: Sa Chico às fevereiro 21, 2004 01:48 PM

E a esquerda é hoje o que há de mais conservador em política

Publicado por: Sa Chico às fevereiro 21, 2004 01:49 PM

Já agora, a talhe de foice:
Este Governo não tem ministros. Tirando a sorumbática Ferreira Leite, Paulo Portas, Marques Mendes, Bagão Félix e, segundo consta, Morais Sarmento, o resto não existe: burocratas sem face, gestores sem sucesso, velhos cavalos de batalha do PSD que só servem para tapar buracos. O dr. Barroso, obrigado a engolir a coligação, prefere o sossego da nulidade e, além disso, gosta de meter o nariz onde lhe apetece e como lhe apetece, na política internacional, por exemplo, ou na justiça, coisa que gente de peso não permitiria. A populaça não se irrita com isto, porque a populaça ignora e despreza a vida pública, a não ser quando lhe vão ao bolso. A imprensa, como sempre, não perde tempo com anónimos, nem se interessa particularmente por fantasmas, mesmo de opereta. E a oposição percebeu a pouco e pouco o que lhe convinha. Tudo bem, portanto? Tudo mal. No PSD (e genericamente na Direita), há centenas de indivíduos com ambição e, acham eles, qualidade e competência, que vêem o caminho tapado por vestígios de um passado hoje irrelevante e nada glorioso. E aqui é que entra o fatal Santana Lopes, com a sua fatal candidatura a Belém. Os peritos já classificaram o caso: pura megalomania. Mas, se o homem fosse, de facto, uma auto-invenção e, de facto, não representasse ninguém, porquê tanto espalhafato? Porque, na verdade, e ao contrário do que aí se diz, Lopes reflecte a frustração do pessoal da Direita: com a extraordinária insignificância do Governo, a hierarquia do partido, o arcaísmo dos métodos, a estagnação ideológica e, sobretudo, numa época de vacas magras, com a falta de oportunidades. Barroso ficou pelo convencional e pela prudência. Lopes promete abrir as portas a uma multidão que espera o seu momento -a sua posta - desde o «cavaquismo».

Publicado por: anonimo às fevereiro 21, 2004 03:41 PM

E já agora, porque sei que é uma das autoras preferidas da Joana, o artigo da Ana Sá Lopes de hoje do Público

Publicado por: anonimo às fevereiro 21, 2004 03:48 PM

A entrevista de Santana Lopes ao "Expresso" é o "must" jornalístico da temporada: o que é fascinante numa entrevista é quando alguém se deixa revelar na sua miséria e no seu esplendor. É um objectivo difícil, que depende de circustâncias avulsas, da capacidade do jornalista e da disponibilidade do entrevistado. Há uma semana, no "Expresso", a conjugação dos factores redundou na peça perfeita. Nunca Santana Lopes candidato presidencial foi tão brilhantemente exposto. Santana é aquilo: o defensor de um Presidente da República "que deve saber sorrir" e que deve responsabilizar-se perante os seus eleitores a não casar, se por acaso entrar em Belém sem "primeira dama". Estamos na era do vazio, evidentemente.

Publicado por: Mona Lisa às fevereiro 21, 2004 03:48 PM

Santana Lopes é o protótipo do político populista. Zurzi-lo por isso e opor-lhe Cavaco Silva como antonímia é um rematado disparate: nessa matéria, Cavaco sempre foi o mestre. Uma campanha eleitoral de Santana Lopes tem a mesma base de uma campanha eleitoral de Cavaco Silva - está lá dentro toda a América Latina. Os dois apelam à emoção e não à razão: a diferença é que Santana Lopes o assume e, para o eleitorado-alvo a que se destina, assumi-lo é vantajoso. Cavaco apela à emoção travestida de razão: não o pode assumir, fala para outro público.

Publicado por: Mona Lisa às fevereiro 21, 2004 03:49 PM

Nestas "alegadas" primárias dentro do PSD, estará em jogo o grau de populismo para o qual o partido (e por extensão o país) está preparado. Boa parte do PSD revê-se em Santana Lopes, porque não esquece que Cavaco Silva lhe destruiu o partido, ao sabor das suas conveniências pessoais - e é óbvio que o país (ou boa parte dele) não esquece o cavaquismo.
Quando o PSD invoca a "fuga" de António Guterres esquece-se do mais mirabolante abandono da vida política dos últimos anos, que foi o de Cavaco Silva: Cavaco Silva inventou um "tabu" que deixou o país suspenso e o partido de mãos atadas; "mandou" elaborar uma moção de estratégia a um congresso; já a moção de estratégia estava pronta, anunciou que não era candidato; já não havia tempo para fazer mais moções; os candidatos que apareceram ficavam (e ficaram) sujeitos à moção de Cavaco Silva; Cavaco manteve-se primeiro-ministro, enquanto Fernando Nogueira, o desgraçado vencedor do congresso, fingia que era líder do PSD. E por aí fora, até à derrota eleitoral do partido. Verdade se diga que só uma criatura, à época, teve coragem para denunciar todo o absurdo que revolveu o PSD na transição 1994-1995: Santana Lopes, o próprio.

Publicado por: Mona Lisa às fevereiro 21, 2004 03:50 PM

Tive o privilégio profissional de acompanhar durante vários dias a campanha eleitoral de Cavaco Silva para as presidenciais que deram a primeira vitória a Jorge Sampaio, em 1996. De Norte ao Sul do país, os mandatários cavaquistas gritavam contra o "candidato ateu" [Jorge Sampaio]. Chegados ao Minho de divinas tradições, o próprio Cavaco Silva, num comício improvisado, não se conteve e, também ele, gritou: "Este país é católico!". Os valores de "grande chefe de família" de Cavaco Silva eram constantemente invocados pelos apoiantes. Circo por circo, não descortino a diferença. O sorriso de Mona Lisa que hoje Cavaco Silva ostenta, perante os primeiros ensaios circenses de Santana Lopes, é o sorriso do trapezista-mor, daquele que sabe que, quando chegar a sua vez de entrar em cena, o circo rende-se à sua sabedoria majestática.

Publicado por: Mona Lisa às fevereiro 21, 2004 03:50 PM

Há um perdedor óbvio destas presidenciais: Durão Barroso. Qualquer que seja o candidato do seu partido, a tentação de afrontar a legítima governação, logo na pré-campanha eleitoral, será imensa. Se o candidato de esquerda (seja ele qual for) vencer, Durão não ganha; se Cavaco Silva ou Santana Lopes saírem vencedores, Durão perde: os dois ameaçam uma presidência intervencionista e o calendário é cruel - presidenciais em Janeiro de 2006, Legislativas no Outubro seguinte.
Por ANA SÁ LOPES
Sábado, 21 de Fevereiro de 2004

Publicado por: Mona Lisa às fevereiro 21, 2004 03:51 PM

Uma boa antologia de "ensaios" sobre o Santana!

Publicado por: virtual às fevereiro 21, 2004 07:22 PM

Se for eleito PR o Santana vai defender a entrada grátis nas discotecas, com bebidas à borla prá malta. Vai ser um fartote.

Publicado por: DJ às fevereiro 21, 2004 09:44 PM

E a Joana tá convidada

Publicado por: DJ às fevereiro 21, 2004 09:44 PM

É esta a minha hora e vocês apenas têm inveja.

Publicado por: SL às fevereiro 22, 2004 01:32 AM

10 motivos para votar em Santana Lopes para Presidente...

É o único que nos garante isenção e independência...
Todos os da sua equipe têm um largo historial na defesa dos trabalhadores...
Com ele o diálogo será melhor do que com o Tonecas...
Vai defender e entrada grátis nas discotecas, com bebidas à borla para podermos esquecer a triste situação em que estamos...
A sua lista apresenta a mais baixa média de idades (cerca de 48 anos), pelo que é a lista do futuro...
É uma lista que não pertence a nenhuma família política conhecida, contentando toda a gente...
É uma candidatura do centro (só olha para o umbigo) e nós somos contra os extremismos...
Promete que quem votar nele vai ter um tacho...
Se perder vamos ter de o aturar mais 10 anos a querer ser Presidente...
O Paulo Portas também vota nele...

Publicado por: Anarca às fevereiro 22, 2004 12:16 PM

Santana Lopes responde ao pregador de domingo»
Santana Lopes respondeu às declarações de Marcelo Rebelo de Sousa sobre a sua eventual candidatura à presidência da República. O autarca lisboeta diz que as suas decisões não vão ser condicionadas pelo «pregador de domingo».

O autarca de Lisboa responde que não se vai deixar influenciar pelas palavras de outros e que as suas decisões não vão ser condicionadas pela opinião de Marcelo Rebelo de Sousa.

«Falo quando quero, como quero, sigo as minhas estratégias. Se fosse seguir as estratégias de quem perdeu sempre na vida, perdia. Faço as coisas à minha maneira», frisou Santana Lopes.

Publicado por: Martelo de Sousa às fevereiro 22, 2004 01:03 PM

«Se fosse fazer aquele disparate que foi sugerido ontem à noite, que era fazer só uma declaração a dizer não sei o quê, era uma asneira política tremenda. Eu não penso pela cabeça de outros. Há muitas pessoas que ficam condicionadas por aquela pregação dominical. Eu não fico», garantiu.

Pedro Santana Lopes disse que não recebe lições de lealdade e recordou palavras de Marcelo Rebelo de Sousa sobre outros políticos do PSD e do CDS-PP.

Publicado por: Martelo de Sousa às fevereiro 22, 2004 01:04 PM

«Numa semana leva a ministra Cardona, noutra semana é o ministro Arnault, outra semana é o Morais Sarmento (...) outra semana sou eu, só não leva o Durão Barroso porque por razões óbvias não pode ainda», afirmou.

«Quero dizer de forma muito clara que não recebo lições de lealdade de ninguém, muito menos daquela pessoa não excessiva, moderada, serena, cordata, de nada de desequilíbrios que é o pregador de domingo», ironizou.»

Publicado por: Martelo de Sousa às fevereiro 22, 2004 01:05 PM

Mais umas pérolas
Santana Lopes quer ser Presidente da República de uma nova coligação de direita, quiçá de um novo partido de direita, no qual ele próprio e Paulo Portas têm lugar, mas no qual o sector cavaquista do PSD não tem lugar e no qual eu suspeito que o próprio Durão Barroso não tem lugar, pelo menos como líder. O folhetim em torno das pré-candidaturas às presidenciais reflecte-o.

Publicado por: Santos Silva às fevereiro 22, 2004 01:06 PM

Falou em «mudança de regime». Concretize:
Está em causa uma mudança no sistema de partidos com a constituição, a prazo, de um grande partido de direita populista. Que significará, no conjunto das instituições e das regras e comportamentos políticos, uma deriva latino-americana na política portuguesa e um crescendo do populismo. Quando falo em deriva latino-americana não estou a pensar em Lula da Silva, do Brasil, mas no general Perón, na Evita Perón e no presidente da Venezuela.

Publicado por: Santos Silva às fevereiro 22, 2004 01:07 PM

O PS ficaria a ganhar com isso...

Não me compete dar conselhos à direita. A renúncia do PSD ao eleitorado do centro e a marginalização que hoje já existe dos seus sectores sociais-democratas, aliás residuais, significaria uma polarização acentuada do sistema político. O resultado mais evidente é que nunca mais poderá haver Bloco Central em Portugal. Terá outro resultado: o PS polarizará rapidamente o centro e a esquerda. E é disso que alguns dirigentes qualificados do PSD, como Pacheco Pereira, têm procurado prevenir o seu partido.

Publicado por: Santos Silva às fevereiro 22, 2004 01:08 PM

O antídoto seria uma candidatura presidencial de Cavaco Silva?

Essa é uma questão que o PSD tem que resolver. Com duas candidaturas no terreno, a de Santana Lopes é a que precisa de estar mais nervosa e enérgica porque tem que mordiscar a outra; a candidatura natural, de Cavaco Silva, não precisa disso. Uma eventual vitória de Cavaco não significaria uma mudança do sistema político. Mas Santana Lopes e Paulo Portas querem mudar o exercício dos poderes presidenciais. Não a nível constitucional, porque o PS nunca aceitaria um regime presidencialista puro, mas sim o regime in action, na sua prática. Isso é claro na proto-candidatura de Santana Lopes, ao encostar sucessivamente às cordas Durão Barroso.

Publicado por: Santos Silva às fevereiro 22, 2004 01:09 PM


O Expresso já foi suficientemente "cruel" no assassinato de PSL.
Já li tanta violência contra PSL.
Já vi tantos inimigos de PSL.

Não conheço país ou imprensa que sejam tão abutres contra um homem politico, como o são contra PSL..

A isto só pode chamar-se medo.Mas medo de que o homem transforme Portugal duma República das Bananas e de Tabús num país em que valha a pena viver em plena Liberdade,com uma outra mentalidade de poder e de postura democrática?

Se é esse o medo, e eu receio bem que sim,então PSL pode contar com o meu voto.

O meu horizonte é o futuro.O passado já o vivi.
O presente é dos instalados. Quero ver outra coisa.

Que seja o PSL o Presidente da República!

JOANA ou D.JOÃO II:

Desta vez não se engana nem erra!
"ELES" têm medo!
Eu adoro o medo que "ELES" têm.

Publicado por: ZEUS8441 às fevereiro 22, 2004 01:54 PM

Os Deuses Gregos também apoiam o Santana? Então vai ganhar. Só faltam os Romanos

Publicado por: Jupiter às fevereiro 22, 2004 10:00 PM

Os Deuses Gregos também apoiam o Santana? Então vai ganhar. Só faltam os Romanos

Publicado por: Jupiter às fevereiro 22, 2004 10:00 PM

Santana Lopes é de extremos: tem muitos apoiantes, mas muitos contrários.
Assim não vai lá.

Publicado por: Intriguista às fevereiro 23, 2004 01:15 AM

Trabalho para casa:
Falar com alguém que viva na Figueira da Foz e esteja informado sobre os meandros da política municipal. Perguntar como foi, DE FACTO, a administração de Santana Lopes.
A bientôt!...
# : - ))

Publicado por: (M)arca Amarela às fevereiro 23, 2004 08:17 AM

Para «Joana»
Deslocações profissionais frequentes perturbam o meu acesso à web e impedem-me, por vezes, de dar continuidade a alguns diálogos iniciados.
Convicto de que não voltará a ler os comentários a artigos publicados há muitos dias, venho deixar-lhe aqui um link para uma interpretação de José Mattoso sobre a natureza social da crise de 1385 e, implicitamente, para os alinhamentos com o reino de Castela.

http://www.arqnet.pt/portal/pontosdevista/jm_lutas.html

Publicado por: (M)arca Amarela às fevereiro 23, 2004 09:40 AM

O que me parece é que são tantas as criticas da pseudo-intelectualidade que forma a opinião publicada em Portugal, que acho que se ele fôr a votos ganha. Nós, o povinho, não gostamos que nos tentem influenciar descaradamente. E depois comentários como o fez o Miguel S. Tavares "se ele fôr presidente tenho vergonha de ser português" só ajudam o Santana.
De qualquer modo parece-me que esse problema (para quem o tem) não se porá se Cavaco Silva se candidatar.

Publicado por: Filipe às fevereiro 23, 2004 09:46 AM

Não me parece que Santana Lopes tenha possibilidades. É demasiado "politicamente incorrecto". Os meios de comunicação vão crucificá-lo.

Publicado por: A Nereu às fevereiro 23, 2004 01:53 PM

Não me parece que Santana Lopes tenha possibilidades. É demasiado "politicamente incorrecto". Os meios de comunicação vão crucificá-lo.

Publicado por: A Nereu às fevereiro 23, 2004 01:53 PM

Vejo que o Santana Lopes tem desencadeado um grande entusiasmo!

Publicado por: Filipa Zeitzler às fevereiro 23, 2004 07:23 PM

A Joana mete a ridículo o comportamento lamentável que os jornalistas e parte da população tem para com os políticos. Depois querem que tenhamos gente de classe na governação e na assembleia.

Publicado por: Novais de Paula às fevereiro 23, 2004 09:40 PM

A direita cai aqui que nem moscas nesta merida

Publicado por: Cisco Kid às fevereiro 24, 2004 12:07 AM

Segurança de Santana Lopes Provoca Guerra na Câmara de Lisboa
Por FERNANDA RIBEIRO
Terça-feira, 24 de Fevereiro de 2004
A segurança especial de que beneficia o presidente da Câmara de Lisboa está a gerar uma guerra entre a maioria camarária e a oposição, com acusações mútuas sobre privilégios e mordomias.
Ontem foi a vez da vereadora Helena Lopes da Costa criticar vereadores do PS e do PCP, considerando "lamentável" que o socialista Vasco Franco e o comunista António Abreu se tenham pronunciado sobre o corpo de segurança especial atribuído a Santana Lopes, até porque, sublinhou, "estes assuntos não devem ser trazidos para a praça pública".

Publicado por: Comadres às fevereiro 24, 2004 12:20 PM

Helena Lopes da Costa considerou que em matéria de "mordomias" a oposição não se devia pronunciar, porquanto "o PS e o PCP têm 28 funcionários a trabalhar nos seus gabinetes e quatro carros distribuídos, quando no anterior mandato, o PSD na oposição tinha apenas 11 funcionários e um carro. Um segundo só chegou no final do mandato". Mas a vereadora foi mais longe e passou ao ataque: "Vasco Franco exerce um cargo na empresa Sanest, em representação da Câmara da Amadora, o que até pode suscitar questões contraditórias relativamente aos interesses do município de Lisboa". Na realidade, Vasco Franco exerceu esse cargo, mas em Outubro deixou a empresa de saneamento da Costa do Estoril. Ao PÚBLICO o vereador salientou que "nunca houve qualquer problema de incompatibilidade ou de colisão de interesses com a CML", enquanto esteve na Sanest. "Mas se alguma vez fossem suscitados declarar-me-ia impedido de votar, como fiz noutras ocasiões", disse. E contra-atacou: "Helena Lopes da Costa esquece-se que acumula as funções e os salários de administradora da Empresa Pública de Urbanização de Lisboa com as de vereadora, e vota sobre decisões referentes à EPUL, o que a lei não permite", denunciou.

Publicado por: Comadres às fevereiro 24, 2004 12:24 PM

Quanto a António Abreu, Helena Costa destacou os "800 contos de salário mensal" auferidos pelo vereador comunista na Sociedade Monte da Lua - que gere o património de Sintra - e sublinhou que "ele requisitou para lá cinco funcionários da Câmara de Lisboa, que passaram a ganhar ordenados muito superiores". "Tudo isto foi autorizado pela câmara e nós nem achamos que isto sejam mordomias, mas também não podemos ficar a fazer figura de patetas quando nos atacam", sublinhou.
António Abreu -para quem a segurança especial de Santana Lopes "é uma questão de estilo pessoal, de quem se está a perfilar para voos mais altos"- considerou estas questões extemporâneas. "A vereadora até sabe que eu recusei um salário de 1100 contos mensais na Monte da Lua - onde ganho 600 contos líquidos. Mas isso diz respeito à minha vida profissional. Quanto aos direitos que os vereadores da câmara têm, o assunto foi tratado logo no início do mandato: o presidente da câmara chamou os líderes da oposição e de uma forma natural estabeleceu-os. E até ofereceu mais", disse.

Publicado por: Comadres às fevereiro 24, 2004 12:25 PM

Santana Lopes nas presidenciais ? Só se for como chauffer do Cavaco !

O mal do país é que qualquer bardamerdas com a inteligência de um Bush se julga com direito a candidatar-se a Presidente da República ! Já não há vergonha na cara ! Há um abismo intransponível entre um gigante como Cavaco (intelectual, etica e politicamente) e um populista copofónico e futebol-dependente como o pobre Santana Copos ! Portugal ainda não é o Império do Imperador Bokassa ! Dêem-lhe uma garrafa de gin que isso passa-lhe...

Publicado por: euroliberal às fevereiro 24, 2004 12:36 PM

Parece-me que a candidatura de Santana é redutora relativamente ao eleitorado de Cavaco Silva. Este conquista mais votos de certeza

Publicado por: Humberto às fevereiro 24, 2004 05:10 PM

Reconheço contudo que a análise da Joana é muito pertinente. O homem é cheio de surpresas. Nunca se sabe até onde chega

Publicado por: Humberto às fevereiro 24, 2004 05:17 PM

Reconheço contudo que a análise da Joana é muito pertinente. O homem é cheio de surpresas. Nunca se sabe até onde chega

Publicado por: Humberto às fevereiro 24, 2004 05:17 PM

Cisco Kid em fevereiro 21, 2004 12:59 AM:

Eu dou uma no cravo e outra na ferradura, porque você nunca está quieto.

Publicado por: Joana às fevereiro 24, 2004 09:38 PM

(M)arca Amarela em fevereiro 23, 2004 09:40 AM:
Obrigada pelo link. Podia ter posto o link no outro artigo, porque eu vejo pela coluna da direita se há e onde há comentários.

Publicado por: Joana às fevereiro 24, 2004 09:41 PM

(M)arca Amarela em fevereiro 23, 2004 08:17 AM

Eu escrevi aquilo porque, se bem me recordo, Santana teria mais de dois terços das intenções de voto. Certamente, entre o outro terço, haverá muita gente que além de discordar dele dirá o pior possível.
Como sabe, as eleições são ganhas pelo voto dos munícipes e não pela opinião de "alguém que viva na Figueira da Foz e esteja informado sobre os meandros da política municipal".

Estou todavia convencida, e citando o BE, que o SL é mais especialista a fazer que faz do que a fazer. Mas como se costuma dizer, em política o que parece é.

Publicado por: Joana às fevereiro 24, 2004 09:49 PM

fiz uma leitura apressada ou JOANA , tal como ZEUS8441 , esse deus do largo do caldas, é uma entusiástica Santanete !!!

Publicado por: zippiz às fevereiro 24, 2004 10:01 PM

zippiz em fevereiro 24, 2004 10:01 PM:
Julgo, salvo melhor opinião, que fez uma leitura apressada.
Importa-se de ler outra vez, até ao fim, e dar uma nova opinião (que até pode ser a mesma!)

Publicado por: Joana às fevereiro 25, 2004 08:13 PM

deve ter sido uma leitura apressada ...não consegui ler nenhum daqueles adjectivos com que a Joana premeia normalmente de quem não gosta ... tipo "pedante" , que se aplicaria a psl como uma luva !

Publicado por: zippiz às fevereiro 25, 2004 10:37 PM

No meio de tanto adjectivo que a Joana utiliza, é difícil descobrir algum conhecido. É como uma agulha em palheiro

Publicado por: Bsotto às fevereiro 25, 2004 10:49 PM

Atenção que Santana Lopes é um tipo com grande capacidade de convicção e de angariar eleitores.
Quem duvidar disto pode vir a ter surpresas.
Já aconteceu diversas vezes e pode voltar a acontecer

Publicado por: Hector às fevereiro 26, 2004 01:05 AM

Hector,
e a "capacidade de convicção" torna , só por si , alguém , que não tem uma única ideia para Portugal , em candidato a PR ?

Publicado por: zippiz às fevereiro 26, 2004 10:09 PM

Zippiz: Candidatos sem ideias já houve vários, mesmo a maioria deles.
Aliás, eu nunca vi nenhuma candidatura presidencial ser um debate de ideias. Normalmente é um confronto de personalidades e entre os partidos ou organizações que os apoiam.
Ás vezes nem as eleições para a AR têm debates de ideias.
O nosso país é um vazio de ideias

Publicado por: Hector às fevereiro 26, 2004 11:30 PM

Hector: acho que você exagera. Na verdade o debate presidencial centra-se mais nas personalidades dos candidatos, mas também apresentam ideias. São é ideias relativas aos poderes diminutos que têm. Ideias "pequenas"

Publicado por: Rui Pereira às fevereiro 26, 2004 11:37 PM

Embora não goste do Santana Lopes, acho o texto da Joana muito bem visto. É uma análise muito mais profunda do que aparenta pelo estilo brincalhão. Este sujeito tem entrado em disputas eleitorais aparentemente vencido, mas depois dá a volta.
Ao pessoal daqui, dos comentários, que faz pouco dele. Eu deixo um aviso: nunca se deve subestimar um adversário.
Subestimar um adversário conduz à derrota. E o Santana tem sido muito subestimado, pois os meios de comunicação acham-no um idiota.

Publicado por: Rui Pereira às fevereiro 26, 2004 11:42 PM

Rui Pereira: estava, é claro a exagerar um pouco, mas mesmo você reconhece que as ideias que os candidatos a presidente têm que apresentar são”pequenas”. E que a personalidade e os apoios que têm são os elementos fundamentais

Publicado por: Hector às fevereiro 26, 2004 11:55 PM

E também concordo, aliás já o escrevi, que mesmo que se não goste de Santana Lopes, aquela carreira devia ser analisada de um modo diferente que os anti-santanistas o fazem. Correm o risco de perderem se continuarem assim

Publicado por: Hector às fevereiro 26, 2004 11:55 PM

Em 2001, quando fui candidato a Lisboa, uma senhora que respeito, mãe de um candidato, disse que estava muito preocupada porque, se eu ganhasse as eleições em Lisboa, poderia voltar o fascismo e o 25 de Abril estar em causa. Durante meses, num canal de TV, todas as noites de todos os dias úteis, havia um programa televisivo, chamado Noites Marcianas, dirigido por Carlos Cruz. O apresentador era, ao tempo, mandatário da candidatura de João Soares. E ao mesmo tempo, dirigia um programa de TV onde praticamente em todas as edições eu era violentamente atacado. Ninguém reagiu, mas tudo foi assim e as ofensas e piadas, fitas na cabeça, Chopin, palmeiras, vida pessoal, tudo era matéria de constante referência sem direito a resposta. Para mim, isto não é democracia, sabe a ditadura.

Publicado por: Tiques da ditadura às fevereiro 27, 2004 10:40 PM

Como não é democracia, e sabe a ditadura, que um líder parlamentar de um partido dê uma opinião sobre a matéria mais em foco nessa semana, na agenda política, só que por essa opinião favorecer a pessoa mais atacada, não é divulgada por um dos órgãos de comunicação social a quem a entrevista foi concedida. Como também tem muito pouco sabor a democracia que existam artigos num jornal, sempre com base em fontes governamentais (ou partidárias), não identificadas, a ofender e caluniar pessoas. Tem algum sabor a ditadura, ou às vezes é pior que a ditadura, porque nas ditaduras as ofensas, quando escritas, normalmente vêm assinadas.

Publicado por: Tiques da ditadura às fevereiro 27, 2004 10:42 PM

Em democracia, parece que o método é de esconder a ofensa na capa «cobarde» da fonte anónima. Chegou-se até ao ponto de dizer de um ministro, sobre o qual se inventou que alguma vez teria trabalhado na Figueira da Foz, que não era muito aconselhável estar próximo de outro responsável político. São dizeres que têm pouco sabor democrático, conselhos que sabem mais a ditadura. Como sabe pouco a democracia, e muito a ditadura, escrever-se um artigo e porem-lhe uma introdução pouco abonatória, sem nada a ver com o conteúdo do artigo, feita pelo órgão de comunicação em que a prosa é publicada. E tudo isto se passa em Portugal.

Publicado por: Tiques da ditadura às fevereiro 27, 2004 10:42 PM

Também tem muito pouco sabor a democracia, talvez mais a desonestidade intelectual, alguém dizer, no Expresso, que o meu mandato na Figueira da Foz teve como principal decisão plantar palmeiras na praia. Quilómetros de saneamento e novas ETAR na zona urbana e nas comunidades rurais são palmeiras na praia? Recuperar integralmente mais de 60 escolas do ensino básico, fazer campos desportivos de várias modalidades e piscinas nas aldeias recônditas é plantar palmeiras? Apoiar as colectividades de forma livre e igual, com subsídios regulares durante todo o mandato, construir um dois maiores centros de arte do País, por todos elogiado e respeitado, é plantar palmeiras na praia?

Publicado por: Tiques da ditadura às fevereiro 27, 2004 10:43 PM

Adquirir e recuperar património (paço de Maiorca, convento de Seiça, paço de Tavarede), fazer percursos pedonais por uma rota de interesse arqueológico, é plantar palmeiras na praia? E estradas, quilómetros e quilómetros de «tapetes» novos, paragens de autocarro por todo um concelho de quase 400 quilómetros quadrados de área, fazendo um sistema de circulação viária sem igual, é plantar palmeiras? Levar a educação física a todas as escolas do ensino básico, dar equipamentos a todas as crianças, fazer promoção turística, com o aumento de visitantes a bater todos os recordes no aumento de facturação do comércio, realizações culturais, programa cultural regular, como nunca houve naquela terra... Será tudo isto plantar palmeiras na praia? Falsear a verdade tem também pouco sabor a democracia, com franqueza sabe mais a ditadura.

Publicado por: Tiques da ditadura às fevereiro 27, 2004 10:44 PM

joana :
o seu blogue virou jornal de campanha ?

Publicado por: zippiz às fevereiro 27, 2004 10:47 PM

Para o Santanista de cima, aqui vâo excertos de um artigo de ontem dos jornais


Ao tempo em que exercia a presidência da Câmara da Figueira da Foz, Santana Lopes deu uma surpreendente conferência de imprensa para anunciar que se retirava da vida político-partidária.

Já se passaram alguns anos, mas ainda hoje lamento o corte abrupto e inesperado numa carreira que prometia ser tanto ou mais brilhante do que fora até então. Tivesse a decisão de Santana sido outra, e o mais lídimo representante do PPD-PSD poderia ter-se candidatado à liderança do partido (quem sabe se enfrentando Durão Barroso e Marques Mendes...), chegar a presidente da Câmara de Lisboa (e porque não?), ou pelo menos garantir uma vice-presidência na actual estrutura dirigente dos sociais-democratas.

Publicado por: Anti-Santana às fevereiro 27, 2004 11:08 PM

(continua)
Embora correndo o risco de estar a especular em demasia, julgo mesmo que Santana Lopes, caso não tivesse anunciado precipitadamente o abandono da vida político-partidária ao tempo da sua passagem pelo litoral centro do país, poderia ter-se disponibilizado, inclusive, para ser candidato à Presidência da República.

Foi pena, até porque os portugueses já se tinham apercebido da incomensurável capacidade de Santana Lopes para o desempenho de altos cargos políticos, sobretudo depois de ele ter participado num concurso televisivo apresentado por Artur Albarran que simulava o parlamento e enfatizava o lado circense da actividade política.

Sem Pedro Santana Lopes no activo, a nossa história recente nunca mais seria a mesma. Nem tão levianamente divertida.

Publicado por: Anti-Santana às fevereiro 27, 2004 11:11 PM

Santana Lopes é de facto um sujeito polémico. A quantidade de apoiantes e adversários que aparecerem aqui com recortes de jornais é enorme

Publicado por: Hector às fevereiro 28, 2004 12:13 AM

Isto está bem documentado. Vem-se aqui e lê-se tudo o que há sobre Santana Lopes, de bom e de mau
E de assim assim

Publicado por: Valente às fevereiro 28, 2004 06:36 PM

Coitado do Pedro, vai atingir o principio de Peter

Publicado por: prs às junho 27, 2004 03:19 PM

peter santana lopes,the king of the night.

Publicado por: peter kool às julho 13, 2004 10:30 AM

Continua a ser surpresa

Publicado por: Peter às agosto 2, 2004 12:34 PM

Continua a ser surpresa

Publicado por: Peter às agosto 2, 2004 12:34 PM

Continua a ser surpresa

Publicado por: Peter às agosto 2, 2004 12:34 PM

Continua a ser surpresa

Publicado por: Peter às agosto 2, 2004 12:34 PM

Continua a ser surpresa

Publicado por: Peter às agosto 2, 2004 12:34 PM

Continua a ser surpresa

Publicado por: Peter às agosto 2, 2004 12:34 PM

Continua a ser surpresa

Publicado por: Peter às agosto 2, 2004 12:34 PM

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