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novembro 30, 2005

O Pinho e a Ota

Caro jcd, estive a ler o Justa Causa e tenho alguns reparos a fazer. Em primeiro lugar queria avisá-lo que, no cenário 2, quer o Mário, quer o seu consultor especializado se enganaram. Com um investimento de 3 milhões e um cash-flow anual de 200 mil euros, a TIR desse investimento, admitindo uma vida útil de 20 anos, seria de 2,9% e não de 6%. Despeça igualmente esse consultor especializado, que julga que uma instalação industrial tem uma vida útil infinita e que a evolução tecnológica parou no tempo. Em segundo lugar, o meu querido amigo está a supor que não há concorrência (1º cenário). Essa situação nunca existe na prática, a menos que haja uma barreira à entrada institucional. Portanto, a comparação com a situação inicial, terá que ser considerando o cash-flow anual diferencial de 50 mil (admitindo a fábrica antiga a laborar à capacidade máxima). Nesse caso, com o investimento de 3 milhões e um cash-flow anual diferencial de 50 mil euros, face à situação anterior, a TIR, admitindo uma vida útil de 20 anos, seria de –8,8%. Ou seja, em qualquer dos casos seria um desastre.

Todavia, está-se a esquecer que a procura irá aumentar até atingir a capacidade nominal. Admitindo que esse aumento ocorre linearmente durante 20 anos, as TIR’s seriam respectivamente de 5% (projecto em si) e de –3,1% (projecto diferencial). Isto considerando os valores residuais nulos, o que só não é verdade na questão do valor do terreno. Todavia, como o desmantelamento de uma fábrica obsoleta também custa dinheiro, optei por anular o valor residual. Bastante mau em ambos os casos.

O seu consultor esqueceu-se ainda de várias outras coisas. Em primeiro lugar, e a menos que a dimensão da actual fábrica fosse a dimensão mínima óptima, uma fábrica com uma dimensão tripla teria custos unitários menores e portanto margens maiores. Eu poderia inventar um número para a nova margem, como o meu caro jcd fez, mas acho que basta enunciar este princípio, pois qualquer número que eu inventasse seria discutível (como os seus, aliás). Em segundo lugar, uma instalação industrial tem uma vida útil determinada, a partir da qual cai na obsolescência e fica com custos de exploração proibitivos. O seu consultor (se é que ainda não o despediu) esqueceu-se que não pode comparar, da forma como o fez, uma fábrica nova, com um certo horizonte de vida útil, com outra antiquada.

Depois, o seu consultor parece convencido que há para aí muitas fábricas dessas, que produzem 10 mil cadeiras ano, e isso pode não ser verdade. Qualquer industrial lhe dirá que, a menos que se trate de indústrias de baixo valor acrescentado incapazes de competir com os chineses, quando se constrói uma nova fábrica, é com a dimensão máxima possível, de acordo com o mercado existente e as perspectivas futuras, pois só assim se obtêm as sinergias resultantes de uma maior dimensão e de equipamentos mais actualizados e especializados. Se a dimensão do mercado que prevê não for suficiente (for bastante inferior à capacidade da dimensão mínima óptima), o melhor é não fazer nada nesse ramo e dedicar-se a outro nicho de mercado, pois nunca poderá concorrer com a produção estrangeira (isto é o que qualquer economista austríaco ou neoclássico lhe diria). Além do que, o seu administrador de empresas poderia só conseguir encontrar uma localização a 40 ou 50 kms e veja os problemas de logística que teria. Além do mais, também nesse cenário da fabriqueta adicional teriam que desmantelar parte da fábrica antiga (os equipamentos que faziam as cadeiras de pinho) e mudá-los para a nova. E os trabalhadores especializados no pinho (refiro-me à madeira e não ao ministro) teriam que ser deslocados para a nova fabriqueta, o que implicaria igualmente custos adicionais.

Jcd, eu não estou nada convencida com os estudos económicos relativos à Ota sejam fiáveis e tenho dúvidas sobre as projecções de tráfego em face dos efeitos colaterais induzidos pelo TGV e por uma eventual diminuição de procura turística, devida a uma maior distância, mas as minhas dúvidas e julgamentos estão resumidos no post anterior.

Todavia digo-lhe uma coisa: o seu administrador de empresas está com sérios problemas, pois quer o consultor quer o director de obras deixam muito a desejar.

Publicado por Joana às novembro 30, 2005 06:51 PM

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Comentários

Este post é destinado ao mercado externo.

Publicado por: Senaquerib às novembro 30, 2005 09:36 PM

Temos que aumentar as exportações

Publicado por: Fred às dezembro 1, 2005 12:15 AM

A Joana papece que ficou impressionada com a claque que o PS levou aos Prós e Contras. Pensava-a acima desses fait-divers. Enfim, mais uma desilusão...

Mas o que não há dúvida é que, mesmo , ou se calhar principalmente, quando a lidar com licenciados, não há nada como fazer o trabalho de casa. E, sem qualquer margem para dúvida, Mário Lino - ou mais provavelmente, os seus acessores no Ministério da Economia - o fez antes de dar a cara na TV pública, o resultado apenas poderia ser um único. Pelo menos para alguns...

Publicado por: Pedro Oliveira às dezembro 1, 2005 12:21 AM

Há muito ruído e pouca reflexaão. Eu não acredito também na Ota, mas não vejo igualmente qual a solução

Publicado por: Jarod às dezembro 1, 2005 02:14 AM

Pedro Oliveira às dezembro 1, 2005 12:21 AM: Onde é que você no post anterior e neste, depreende isso? Leia bem e nada do que você escreveu condiz com o que opinei.
Temos que ter frieza a lidar com estas questões e não as ver em termos partidários ou políticos.

E repare que antes do PS, também o PSD estava convencido da "bondade" da Ota. E esse facto também fragilizou a posição de Carmona Rodrigues.

Publicado por: Joana às dezembro 1, 2005 10:56 AM

Pedro Oliveira às dezembro 1, 2005 12:21 AM

Não me leve a mal, mas escreve-se "assessores" e não "acessores".
A não ser que a gralha tenha sido propositada e estivesse a pensar em "acesso"...

Também me parece que o negrito da palavra "pública" merecia ser explicado.

Publicado por: Vítor às dezembro 1, 2005 02:13 PM

Pedro Oliveira: Mas quem tem a culpa que não haja trabalho de casa feito por quem contesta a Ota?
Tenho receio que a Ota, a fazer-se, seja uma obra ruinosa, mas não vejo qualquer trabalho de casa feito por aqueles que se lhe opõem. Só mandam palpites indignados. E assim não vamos lá.

Publicado por: Luis Silva às dezembro 1, 2005 02:35 PM

PODEM OS CRÍTICOS, SFF, COLOCAR EM LINHA OS ESTUDOS SOBRE O NOVO AEROPORTO PARA QUE, NA SOCIEDADE PORTUGUESA, SE VALORIZE MAIS A “BUSCA DE SOLUÇÕES” EM DETRIMENTO DA “ESPECULAÇÃO”?

Publicado por: Vítor às dezembro 1, 2005 02:42 PM

O problema, Vítor é esse. Depois do post anterior da Joana acho que ela tem razão. Independentemente das opiniões políticas, há uma coisa que eu admiro neste blog: é a objectividade e a sensatez, nomeadamente quando se trata de situações técnicas.
Quando começaram a aparecer os estudos e os debates, verificou-se que do lado dos que contestam, só havia palpites. Nada de substancial.
E o grave é que não saem disso.

Publicado por: vitapis às dezembro 2, 2005 01:43 AM

vitapis e Vítor: é muito difícil passar-se dos palpites quando não se tem o dinheiro nem a gente para passar à fase dos estudos. Para se fazer estudos que, eventualmente, contrariem a tese da Ota, é preciso pagá-los. Fontes de financiamento verdadeiramente independentes do Estado são muito raras neste país. Também é precisa gente que faça os estudos e dê a cara por eles. Isso ainda é mais difícil, dado que a maioria dos técnicos tem interesse em não aparecer conotada com uma posição adversarial em relação ao Estado, dada a sua dependência deste quando se trata da contratação de estudos etc. Ou seja, os técnicos que poderiam fazer estudos sustentando uma opção contrária à Ota preferem abster-se de os fazer.

Publicado por: Luís Lavoura às dezembro 2, 2005 09:56 AM

Os críticos não têm que colocar estudo nenhum em cima da mesa.
O Governo (pago por nós) é que tem obrigação de fundamentar as suas opiniões.
Porque razão é que um grupo de cidadãos sem acesso a informação privilegiada, sem dinheiro e sem estrutura montada teria que apresentar os “estudos” para um novo aeroporto?
Então nesse caso, mal os estudos fossem apresentados deviam ser empossados como Governo.

As maiores objecções são:
A opção Portela mais Montijo contrariamente ao que existe nas maiores cidades do mundo, aqui não é possível.
A Ota paga-se a ela própria.
Vai haver ligações rápidas entre a Ota e Lisboa.
O aeroporto permite a operação simultânea das duas pistas sempre.
E o mesmo tem possibilidades razoáveis de expansão.

Estão respondidas estas inquietações?

Publicado por: Papa Tango overshoot às dezembro 2, 2005 10:07 AM

Montijo faz parte da rede Natura 2000. Fazer novas instalações lá, só desclassificando a zona. Não sei se será possível.

Publicado por: c seixas às dezembro 2, 2005 10:13 AM

O problema dos acessos ao novo aeroporto configura-se como o principal. Estudando o acesso ferroviário, vemos que estamos à rasca de qualquer forma. Para Rio Frio ou qualquer local na margem esquerda do Tejo, teria que se construir uma ponte. Para a Ota, tem que se construir um caminho-de-ferro por terra de montes e vales, coisa virtualmente impossível, ou então aumentar em muito a capacidade da Linha do Norte, coisa não menos impossível, sobretudo tendo em conta o estrangulamento em Vila Franca de Xira.

Tendo em conta a dificuldade do acesso ferroviário, qualquer local na margem esquerda do Tejo encontra-se em vantagem, dado que aí a rodovia dá vazão, com a ponte Vasco da Gama. Pelo contraário, no caso da Ota nem a rodovia nos safa.

Publicado por: Luís Lavoura às dezembro 2, 2005 10:17 AM

Publicado por: Vítor às dezembro 1, 2005 02:13 PM

Assessores, pode ser - não levo a mal. Quanto ao negrito, já vem de longe a confusão, e tentação, da manipulação dos media pelos seus administradores. Vejo que pensas que a democracia passa por panaceia universal. A democracia é importante, mas não há nada mais totalitário que ditaduras da maioria.

Quanto a estudos sobre o novo aeroporto, basta pensar que mesmo durante o Euro 2004 a Portela chegou perfeitamente. Mas pode ser que o lobby da construção civil não leva a sua avante.

Publicado por: Pedro Oliveira às dezembro 2, 2005 10:31 AM

"não há nada mais totalitário que ditaduras da maioria"

Sem dúvida.

A resposta tradicional da esquerda é que as ditaduras da maioria têm limites nos direitos humanos. Discute-se quais são, exatamente, os direitos humanos, mas pelo menos aceita-se que tais direitos existem, e que eles são limites às ditaduras da maioria. A definição de quais sejam os direitos humanos é deixada em aberto.

Publicado por: Luís Lavoura às dezembro 2, 2005 10:59 AM

Publicado por: c seixas às dezembro 2, 2005 10:13 AM

No Montijo não é preciso fazer nada.
Já lá está tudo, confira em:

http://www.pelicano.com.pt/zp_montijo.html

Como se vê pelos posts seguintes as perguntas estão a 3,000 milhas de estarem respondidas.

Clear for take off to disaster

Publicado por: Ex-bagageiro em O'Hare às dezembro 2, 2005 11:03 AM

Publicado por: Luís Lavoura às dezembro 2, 2005 10:59 AM

Mas a resposta tradicional das maiorias - e não importa se é à esquerda, se à direita - é a desumanização das minorias. Estas transformam-se rapidamente em 'cães raivosos', 'percevejos', 'piolhos', 'ratazanas', etc...

Publicado por: Pedro Oliveira às dezembro 2, 2005 11:48 AM

Pedro Oliveira às dezembro 2, 2005 11:48 AM

Também acontece, de facto. Por exemplo, George Washington disse que os ameríndios eram "lobos vestidos com peles de humanos". Como lobos que eram, era legítimo matá-los de todas as formas possíveis.

Hoje em dia há ocasionalmente autores judeus que de forma análoga, embora não tão extrema, desclassificam os palestinianos.

Publicado por: Luís Lavoura às dezembro 2, 2005 12:32 PM

Publicado por: Luís Lavoura às dezembro 2, 2005 12:32 PM

Exemplos interessantes, e sem dúvida muito reveladores. Não era bem nesses que estava a pensar...

Publicado por: Pedro Oliveira às dezembro 2, 2005 12:59 PM

"... no caso da Ota nem a rodovia nos safa"

Alguém terá de pensar num acesso por via aérea.

Publicado por: Senaquerib às dezembro 2, 2005 02:03 PM

Eu não me sinto competente para emitir um juízo definitivo. Mas a questão da Ota (ou Rio Frio que me perdoem os meus primos...) é estratégica tal como o Alqueva. Ora no Alqueva eu fui favorável à existência de uma reserva estratégica de água, não ganhei nenhum toste com isso, apenas a menção de vendido por parte de alguns. Não estou arrependido, espero bem que este ano encha com água fresquinha e limpinha e aproveitem para deitar fora a velha.

Como acho que a Portela não dá, já disse muitas vezes porquê, e fico sempre algo atrofiado quando aterro lá e venho de um grande aeroporto internacional, não me importo nada que tenhamos um aeroporto à maneira.

Até o de Casablanca é melhor que a Portela...

Dados os meus primos ando inclinado para a Ota, fico otário...

Mas isso do combóio para lá não funcemina, que koisa é essa?

Publicado por: py às dezembro 2, 2005 02:36 PM

hum, vou perguntar

Publicado por: py às dezembro 3, 2005 04:45 PM

Já perguntei (a minha namoriskada nº 1 está informada ...). É verdade que o kombóio não vai lá; está previsto um shuttle que liga à care do Oriente em 20 minutos, ou koisa assim.

Publicado por: py às dezembro 5, 2005 08:51 AM

Só vi agora, tenho estado longe.

Não é bem assim, porque a procura cresce ao longo da vida do projecto. Esse cash flow era o do 5º ano do projecto, salvo erro. Por sinal desenhei a coisa para dar mesmo 6%... (com a parte dos subsídios da UE ia para os 9%).

jcd

Publicado por: jcd às dezembro 6, 2005 11:11 PM

Já agora, alguns comentários adicionais.

As contas estão muito simplificadas, mas tive o cuidado de escolher números mais ou menos proporcionais aos que se falam para OuTrA fábrica do género, e foram escolhidos justamente para dar uma TIR de 6% no cenário 2.

Quanto à concorrência, não há. Neste mercado o governo deu uma exclusividade de cadeiras à empresa em causa. É mesmo um pressuposto da coisa, a não concorrência. O empresário é um price-maker e não um price-taker.

As suas contas estão diferentes das minhas, provavelmente porque o seu cenário é diferente do meu. O objectivo não era explicar todos os pressupostos, seria uma grade chateza.

Claro que inventei a margem, tinha que inventar alguma coisa, não?

E há muitas fabriquetas a fazerem 10.000 cadeiras por ano. Aqui em Espanha há, com investimentos que são 1/6 do que se quer para a fábrica portuga. E em muitos outros países também.

Não é de modo algum necesário dimensionar a 'fábrica' para a capacidade máxima. A fábrica tem uma linha de montagem que faz até 10.000 cadeiras, mas as instalações anexas podem ser dimensionadas ao longo do tempo. Vão crescendo de acordo com a necessidade. Também há por aí muitos exemplos desses.

Depois, o consultor apenas tem a informação que leu nos jornais. Está a falar de exemplos e de números redondos. Um dia talvez tenha a informação toda e, quem sabe, até pode ser que se dedique ao assunto.

Publicado por: jcd às dezembro 6, 2005 11:26 PM

jcd: Quando você falou das cadeiras, eu tomei como uma alegoria à Ota. E foi nesse entendimento que eu citei o exemplo genérico de uma instalação industrial que não seja de tecnologia terceiro-mundista.
Porque a Ota, Rio Frio, ou o que quer que seja, não pode ser comparado a uma indústria artesanal. E a minha tese era essa.

O que eu acho, relativamente a Ota, como escrevi nos últimos posts sobre esta matéria, é que se está a entrar no jogo do Mário Lino.
Pedimos números. Ele lançou alguns números, insuficientes, e montou uma operação convincente para muitos que não estavam convencidos.
E a resposta de quem pediu números foi mandar palpites e repisar o chavão da obra faraónica.

De vez em quando há mais números. Aqueles que eu refiro no post de ontem são inquietantes.

Publicado por: Joana às dezembro 6, 2005 11:39 PM

Mesmo em fábricas aparentemente artesanais há surpresas. Você conhece aquelas prateleiras metálicas para montarem cabos eléctricos. ~São calhas rectas, e calhas em ângulo, para fazer Tês, etc., mais as calhas transversais. Parece simples. Há poucos anos fiquei surpreendida quando, num dado projecto, o Project Manager comprou lá fora, em França, julgo, e depois disse que eram metade do preço das portuguesas. Porquê? Porque cá havia séries mais pequenas. Estavam umas horas a fazer calhas de um certo tipo, mudavam os moldes à prensa, o que requer certo tempo para ajustes, e conduz a desperdícios iniciais,e depois produziam ângulos, ou curvas, etc.
Lá fora tinham uma prensa para cada um dos tipos e não precisavam de parar, mudar moldes e ajustar. Porquê? Porque produziam para um mercado mauito maior e tinham uma capacidade 10 vezes superior à fábrica portuguesa.
E tinham um preço que era metade, com mão de obra mais cara.

Publicado por: Joana às dezembro 6, 2005 11:49 PM

«Pedimos números. Ele lançou alguns números, insuficientes, e montou uma operação convincente para muitos que não estavam convencidos.
E a resposta de quem pediu números foi mandar palpites e repisar o chavão da obra faraónica.»

De modo algum, Joana. O que se vê é que os poucos números que nos foram dados demonstram apenas a inviabilidade do projecto, como tinha escrito anteriormente aqui:

http://ablasfemia.blogspot.com/2005/11/o-que-mostram-os-estudos-da-ota-pelo.html

Ou entáo, sou eu que ando descatualizado. No meu tempo, viabilidade tinha outro significado.

Publicado por: jcd às dezembro 7, 2005 10:00 AM

Não havia lido esse seu post, passei agora uma leitura rápida sobre ele e estou de acordo na generalidade com o que escreve. A situação da TIR baixa (entre 6% e 9%) não me incomoda muito. Projectos desta dimensão e complexidade têm usualmente taxas mais baixas. O que incomoda, e muito, é a elevada margem de risco das estimativas e a margem de contingência ridícula que foi tomada. Ver:
http://semiramis.weblog.com.pt/arquivo/2005/12/a_ota_novamente.html

Mas a questão central é que é preciso um novo aeroporto num determinado horizonte temporal e não me parece que as soluções Portela mais outro sejam viáveis do ponto de vista de exploração. Seria um remendo. Isto é o que julgo agora, depois das explicações que lido e ouvido. Ver:
http://semiramis.weblog.com.pt/arquivo/2005/11/fatalidades.html

Portanto parece-me ser nesse enquadramento que se terá que analisar o empreendimento e eventuais alternativas (Rio Frio?)

Publicado por: Joana às dezembro 7, 2005 10:22 AM

Outra?

Publicado por: Coruja às dezembro 9, 2005 12:39 AM

Outra?

Publicado por: Coruja às dezembro 9, 2005 12:39 AM

Outra?

Publicado por: Coruja às dezembro 9, 2005 12:39 AM

Outra?

Publicado por: Coruja às dezembro 9, 2005 12:40 AM

Outra?

Publicado por: Coruja às dezembro 9, 2005 12:40 AM

Tecnicamente, na questão do funcionamento industrial, a Joana revela um conhecimento razoável de como as coisas se processam.

Publicado por: Ramiro às dezembro 10, 2005 10:41 AM

Revela?

Publicado por: Coruja às dezembro 12, 2005 12:19 AM

Revela?

Publicado por: Coruja às dezembro 12, 2005 12:19 AM

Revela?

Publicado por: Coruja às dezembro 12, 2005 12:19 AM

Revela?

Publicado por: Coruja às dezembro 12, 2005 12:19 AM

Revela?

Publicado por: Coruja às dezembro 12, 2005 12:19 AM

Revela?

Publicado por: Coruja às dezembro 12, 2005 12:20 AM

Revela?

Publicado por: Coruja às dezembro 12, 2005 12:20 AM

Revela?

Publicado por: Coruja às dezembro 12, 2005 12:20 AM

Pois

Publicado por: bsotto às dezembro 12, 2005 07:18 PM

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