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outubro 12, 2005
E agora, Sócrates?
O recuo autárquico do PS face à sua derrota humilhante de 2001 e o desmoronar das expectativas criadas pelos resultados das legislativas têm sido interpretados em numerosos quadrantes, com especial ênfase entre os comunistas, que apostaram forte no voto de protesto, como a rejeição eleitoral da política do Governo de Sócrates. Este raciocínio linear é um erro e a sua aceitação como bom seria perversa e poderia revelar-se calamitosa para o futuro do país. Pelo menos mais calamitosa que a continuação da actual política.
Em primeiro lugar, e como já referi aqui várias vezes, estas eleições eram para as autarquias e as derrotas foram, essencialmente, dos candidatos escolhidos ou que se escolheram. Isto é evidente em muitos casos, com especial relevo para MM Carrilho, João Soares, Rui Barreiro (Santarém) e outros. No caso dos dois primeiros constituiu mesmo uma vitória interna de Sócrates sobre dois potenciais adversários que caminham irreversivelmente para a liquidação política.
O grande derrotado do PS foi Jorge Coelho. Ele era o coordenador autárquico e das escolhas dos candidatos e foi ele o responsável pelas expectativas delirantes criadas nas hostes socialistas e amplificadas pela comunicação social. Mas a derrota de Jorge Coelho, ao fragilizá-lo, também é positiva para Sócrates, na correlação de forças dentro do PS. No Governo houve uma derrotada a Ministra da Cultura, cuja empáfia antipática e obtusa deve ter trazido muitos dividendos a Rui Rio (para além da própria fragilidade de Assis).
Em segundo lugar uma legislatura é para durar quatro anos. Um Governo, nomeadamente quando tem que tomar medidas duras por via da situação financeira e económica em que o país se encontra, não pode ser despedido ao fim de 6 meses, porque as pessoas não estão a gostar do incómodo que essas medidas causam. O Governo tem que ser julgado pelas medidas que toma e pelo resultado dessas medidas. Para isso é necessário tempo.
A política de Sócrates, até à data, tem-se pautado pelo ataque às mordomias e às situações de privilégio de sectores da função pública, ataque que tem em comum a exasperação dos sectores atingidos, o concitar o apoio generalizado do resto do corpo social e ter efeitos diminutos sobre a Despesa Pública e sobre o funcionamento do sector público. Ou seja, tem havido muita pirotecnia, mas pouca substância. A queda de popularidade do Governo não é por tomar medidas difíceis. É por tomar medidas insuficientes e ter um comportamento desastrado quer na implementação das medidas, quer na sua ânsia de distribuir sinecuras por amigos, compadres e clientela política. Um Governo que gere uma situação de crise tem que dar um exemplo de contenção. Infelizmente não é isso que tem acontecido.
Os problemas da Justiça são gravíssimos, mas não têm a ver com a questão das férias judiciais, embora essa ideia tenha sido transmitida, de forma subliminar, à opinião pública. Muitos dos problemas nem sequer têm a ver com o próprio (péssimo) funcionamento da Justiça, pois resultam de legislação complexa e contraditória e de procedimentos legais que só servem para dilação dos prazos. Ou seja, o Governo tem que agir sobre o funcionamento daquele sector e sobre o edifício legal.
Na questão do ensino, a obrigatoriedade da permanência dos professores na escola, a exemplo do que sucede nos outros países, é uma medida justa mas que se for aplicada de forma atrabiliária arrisca-se a tornar-se letra morta. A maioria das escolas não tem, de momento, condições logísticas que permitam que os professores permaneçam na escola a exercer uma actividade útil. Não é fácil passar de imediato de 22 horas (sem falar dos professores com redução de horário) para as 35 horas. Também bole com os compromissos pessoais e familiares dos professores. Muitos tinham a sua vida organizada em face de um determinado horário e, de um momento para o outro, tudo é alterado. Parecia-me preferível que esta alteração fosse faseada em dois anos, de forma a permitir que escolas e professores se adequassem à nova situação. Provavelmente é isso (ou muito pior) que vai acontecer na prática. Todavia, os problemas do ensino não se resolvem apenas com estas medidas. Nós temos dois problemas: um ensino que é o pior da Europa e um ensino que é um dos mais caros da Europa.
Não se conhece a política de contenção de despesa no sector da saúde (se é que ela existe), um dos maiores sorvedouros de dinheiro do Sector Público. Portugal tem um sector de saúde completamente ineficiente, de que uma parte importante da população não se serve, dada a sua má qualidade (com algumas, poucas, honrosas excepções), mas que consome uma parte substancial da riqueza pública. O Governo está emparedado entre o ícone ideológico da estatização da Saúde e a realidade prática de um sistema em roda livre, ineficiente e financeiramente descontrolado. O Ministro da Saúde, que na oposição era um comunicador nato, eclipsou-se entretanto.
Os dados que existem sobre a evolução da despesa pública e das nossas contas com o exterior são assustadores. Felizmente que, ultimamente, não têm vindo dados a lume o Governo não deve ter querido preocupar os portugueses enquanto estes estavam empenhados na campanha e pré-campanha para as autarquias. Cada coisa de sua vez. Mas agora vão ser disponibilizados dados mais recentes, porquanto o OE 2006 é apresentado na próxima 6ª feira. Pelos dados existentes, a nossa conta com o exterior (corrente e de capital) entre Janeiro e Julho agravou-se, face ao ano anterior, 52% (-4 343 milhões de euros para -6 619 milhões de euros) e tudo indica que se tenha continuado a agravar. Segundo a DGO, o défice da Administração Central até Agosto teria aumentado 24,6%. Como o défice da Administração Local deve ter aumentado, por influência da fúria obreirista das vésperas eleitorais, é de esperar o pior no que respeita à evolução da Despesa Pública.
Portugal não pode dar-se ao luxo de aumentar os impostos. Os países da Europa do nosso campeonato têm uma carga fiscal menor que a nossa. A Espanha é um deles. Apesar disso, o governo espanhol já anunciou que vai reduzir os impostos para as empresas e para os contribuintes individuais no Orçamento de 2006. Os países do Leste da Europa enveredaram por sistemas simplificados de impostos, como a flat-tax, por exemplo, que lhes está a permitir acelerar a competitividade, enquanto nós estagnamos.
Portanto nós temos que reduzir a Despesa Pública. Todavia essa redução é um problema complexo. Há a administração central, mas também há a administração local e regional. O emagrecimento da administração central (em paralelo com a sua requalificação) é urgente, mas não é possível esquecer a administração local cuja necessidade de emagrecimento é porventura maior. Essa tarefa incumbe às autarquias, mas elas não estão dispostas a fazê-lo, a menos que sejam obrigadas a isso através do corte do financiamento central.
Outra vertente é a das compras e fornecimentos de terceiros. Têm que se estabelecer procedimentos que assegurem que as aquisições são mesmo necessárias, são aquelas e se fazem ao melhor preço. Esses procedimentos só são viáveis com uma administração requalificada e eficiente. Outra vertente a rever é a política de outorga de subsídios. O país gasta generosamente o dinheiro dos contribuintes para subsidiar artistas que produzem espectáculos para se verem entre si. Quem é juiz sobre se os espectáculos têm qualidade e/ou interesse é o público e não o Estado. Mesmo que se ache que o público possa não ser um bom juiz, o Estado será certamente pior, pois não resiste ao compadrio sob diversas formas.
O Governo tem muito que trabalhar se quiser equilibrar as contas públicas e criar as condições para melhorar a competitividade do sector privado. Essas condições criam-se com um sistema fiscal de melhor qualidade e menos oneroso, mas também com menor intervenção do Estado. O Estado tem que alienar algumas empresas públicas que ainda detém e imiscuir-se menos na actividade económica. Tem que regular a actividade no sentido de impedir estratégias anti-concorrenciais, mas não deve assumir o papel de segurador dos agentes económicos. Esse papel perverte as mentalidades empresariais, distorce a concorrência e prejudica a economia globalmente.
A ideia que este Executivo dá, ao fim de quase 8 meses de governação é que não tem uma estratégia definida, não tem uma ideia do que pretende para o país, e vive à mercê da evolução das contas das Finanças Públicas, retocando o défice com medidas avulsas, com muita pirotecnia mas sem grande substância. É este estilo que tem que ser invertido, sob pena do Governo continuar, até ao fim da legislatura, a tomar medidas impopulares, sem resultados visíveis e com o país em empobrecimento contínuo.
Publicado por Joana às outubro 12, 2005 11:26 PM
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Comentários
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...entretanto vou a meio na leitura do seu longo lençol.
Publicado por: zippiz às outubro 12, 2005 11:27 PM
Pedir a um governo que inverta o estilo de governação não será... utopia?
Então não está mais do que demonstrado que o estilo de governação só pode mudar quando muda o governo?
Afinal, o que é que se espera?
Publicado por: Senaqueribe às outubro 12, 2005 11:37 PM
O Sócrates não consegue mudar de estilo. Parece um daqueles bonecos a que se dá corda e fazem sempre os mesmos movimentos.
Publicado por: AJ Nunes às outubro 12, 2005 11:48 PM
Isso vai ser o sonho do Sócrates daqui por um ano... Mas não! Foi eleito com maioria absoluta e não faz mais que a sua obrigação em penar os quatro anos inteiros. Como aliás, deveria ter penado Guterres, após o seu desaire autárquico de 2001.
Publicado por: Pedro Oliveira às outubro 12, 2005 11:51 PM
como dizia o outro..."acostumem-se"!
mas de facto com Santana isto era mais divertido.
Publicado por: zippiz às outubro 12, 2005 11:52 PM
(oops, sobre o post não me pronuncio, a não ser que gosto do Sócrates, nunca me tinha acontecido gostar de um p.m. antes, ainda estou a curtir esta surpresa, mas eu vim cá foi fazer um plim antes do ó-ó, só que não me apeteceu estragar o 111 do c'rujinha no outro, e já para já boa noite a tod@s)
Publicado por: py às outubro 12, 2005 11:59 PM
Agora Sócrates pode finalmente cumprir o seu plano escondido até às autárquicas.
O rumo estava certo até à demissão do Ministro das Finanças. Depois oscilou. Parou. Até às eleições.
Agora, eliminados os inimigos internos - os próximos serão Soares e Alegre na previsível derrota das presidenciais - tal como David eliminou o general marido da sua amada simplesmente ordenando-lhe que fosse para a frente da batalha, Sócrates É o PS.
Mesmo tendo perdido o estado de graça, tem três anos sem eleições pela frente para poder impôr as reformas económicas profundas que o País necessita. O estado de graça vai morrer lentamente, portanto.
Para tudo isso só precisa de um Presidente que o apoie nessa visão económica e lhe garanta os tais três anos. Claramente, tal presidente é Cavaco. Não é Soares, nem Alegre, que recuariam quando o povo de "esquerda" reclamasse. Cavaco é quem dá mais garantias a Sócrates.
Também precisa do PS, o partido, unido à sua volta. É por isso que vai paulatinamente alimentando os "boys" com alguns cargos. De forma a criar a ideia aos deputados que sustentam a maioria que ainda há umas benesses para eles, apesar da crise. A ausência de eleições no futuro próximo faz o resto.
Com isto tudo, após as presidenciais, Sócrates pode mudar o rumo do País. Politicamente já preparou o caminho para isso.
Resta saber se o vai fazer, ou se vai continuar a remendar o que não tem futuro.
Publicado por: J P Castro às outubro 13, 2005 12:22 AM
Maquiavel, caro amigo, como és tão actual !
Publicado por: J P Castro às outubro 13, 2005 12:26 AM
J P Castro em outubro 13, 2005 12:22 AM:
O que diz faz algum sentido e, em certa medida, tem semelhanças com a análise do post.
Resta saber se muda ou não de "estilo". Mas tem condições para o fazer.
Publicado por: David às outubro 13, 2005 12:28 AM
O futuro, da direita, é Paulo Portas. Na pior das hipóteses há sempre Ferreira Torres.
Publicado por: zippiz às outubro 13, 2005 12:30 AM
Ferreira Torres está liquidado. Ainda por cima o homem é doente.
Publicado por: vitapis às outubro 13, 2005 12:36 AM
Não sei se o Sócrates será assim tão maquiavélico. Acho que estão a atribuir-lhe demasiadas "qualidades".
Publicado por: Viegas às outubro 13, 2005 12:38 AM
Podiam sempre escolher ... João Coito !
Publicado por: zippiz às outubro 13, 2005 12:39 AM
Acho sim que aa derrotas do Soares, do Carrilho, do Jorge Coelho e a próxima do pai Soares, deixa-o de mãos livres dentro do PS.
Publicado por: Viegas às outubro 13, 2005 12:40 AM
zippiz às outubro 13, 2005 12:39 AM:
Esse tipo ainda é vivo?
Publicado por: Viegas às outubro 13, 2005 12:41 AM
Viegas :
ainda hoje é citado pelo Público, no "diz-se" (...) ningúem poderá negar as espantosas vitórias de VLoureiro, FFelgueiras, IMorais (...) respectivamente, digo eu, ministro da defesa, ministro da justiça e ministro da finanças!
Publicado por: zippiz às outubro 13, 2005 12:49 AM
Interessante, mas extensa
Publicado por: Salema às outubro 13, 2005 01:44 AM
"...com especial ênfase entre os comunistas, que apostaram forte no voto de protesto..."
Joana gostaria que a subida do voto nos comunistas fosse apenas uma manifestação de protesto. Mas parece-me que se engana. Sem partilhar da ideologia comunista há um número crescente de pessoas que vê nos políticos comunistas mais honestidade, mais dedicação, mais sentido do bem comum, do que nos políticos dos outros quadrantes. E por isso votou na CDU. Como eu fiz, para a Câmara de Loures. Mesmo sem conhecer bem o seu candidato. O que eu enfaticamente recuso fazer é votar no "centrão" e seus acólitos.
Publicado por: Albatroz às outubro 13, 2005 09:16 AM
"O país gasta generosamente o dinheiro dos contribuintes para subsidiar artistas que produzem espectáculos para se verem entre si"
A crítica tem alguma razão de ser, mas se os governos não fizessem isso, apenas teríamos para ver coisas como o "Fiel ou Infiel", "1ª Companhia", "Big Brother", "Quinta das Celebridades", "Herman José", etc. Num país inculto não se pode viver das receitas de bilheteira, mas é fundamental que haja uma oferta de cultura mais exigente, para a minoria que a aprecia, e para que os outros, a pouco e pouco, vão criando o gosto por ela. Prefiro correr o risco de pagar, com os meus impostos, espectáculos que ninguém vê, do que não ter a oportunidade de ver coisas que a maioria inculta não quer ver.
Publicado por: Albatroz às outubro 13, 2005 09:23 AM
Partilho do último comentário do Albatroz. Sem subsídios não haveria, por exemplo, teatro no nosso país - excetuando as obras de Shakespeare em 97 minutos, talvez o Filipe La Féria, e pouco mais. E creio que os subsídios à cultura irritam a Joana por motivos puramente ideológicos, uma vez que, em termos absolutos, o seu valor é relativamente pequeno no conjunto das despesas do Estado. (Mas posso estar enganado.)
Quando a Joana diz que o setor público de saúde é caro e ineficiente, valeria a pena mencionar tambem o setor privado. Uma consulta médica em Portugal custa 50% mais do que na Suíça. E invariavelmente as consultas são dadas com grande atraso, obrigando os pacientes a longas esperas. Ou seja, em matéria de carestia e ineficiência, o setor privado de saúde talvez não fique atrás do público.
Publicado por: Luís Lavoura às outubro 13, 2005 09:45 AM
Acho curioso que a Joana apoie a intansigência de Sócrates na eliminação de alguns privilégios de alguns setores da função pública (no que estou de acordo com ela) mas, por outro lado, considere que a ministra da cultura se exibe "antipática" e "obtusa" quando insiste em que a lei é para cumprir. Dura lex sed lex, diziam os romanos. Poderíamos inverter o argumento da Joana e afirmar que Sócrates é antipático e obtuso quando insiste em que os privilégios devem acabar. É claro que a atuação da ministra da cultura deve ter rendido alguns votos a Rui Rio e à sua postura populista e demagógica mas, não obstante, é para mim evidente que a ministra tem toda a razão.
Publicado por: Luís Lavoura às outubro 13, 2005 09:49 AM
"o Governo tem que agir [...] sobre o edifício legal [que fundamenta a Justiça]"
O edifício legal é da competência da Assembleia da República e qualquer partido, incluindo os partidos da oposição, tem a liberdade e até a obrigação de se movimentar no sentido que a Joana aponta. Ou seja, os partidos da oposição não devem ficar à espera que seja o governo a ter as ideias. Por exemplo, o PSD, com 90 deputados, muitos dos quais licenciados em direito, bem poderia mexer-se. As leis são da competência da Assembleia da República, e os deputados têm a obrigação de se mexer, de propôr alterações às leis. O que se verifica em Portugal é que apenas os deputados do PCP e do BE é que são ativos e fazem a sua obrigação: propôr leis. Os deputados do PS, PSD e CDS ficam, indolentemente, à espera que seja o governo a apresentar as suas propostas. Devem ser julgados por esse facto.
Publicado por: Luís Lavoura às outubro 13, 2005 09:55 AM
Se o teatro a que se refere o Lavoura não tem público, não vale a pena subsidiá-lo.
Deve-se subsidiar, dentro de certos limites, manifestações culturais que congregam muito público, mas cujo custo elevado não é compensado pelas receitas. Por exemplo, 2 ou 3 Orquestras Sinfónicas, um teatro de Ópera uma ou duas companhias de Ballet
Publicado por: Joana às outubro 13, 2005 09:57 AM
A questão do Túnel de Ceuta não é uma questão de lei, é uma questão de fundamentalismo do IPPAR.
Publicado por: Joana às outubro 13, 2005 09:59 AM
Não me interessa o nº de leis que deputados proponham na AR, interessa-me a sua qualidade, adequabilidade e a sua integração num todo coerente e compreensível.
Leis avulsas é o que nós temos em demasia
Publicado por: Joana às outubro 13, 2005 10:01 AM
Eu só gostava de saber o que é que os espectáculos dos "artistas" subsidiados têm a ver com CULTURA.
Afinal, o que é que se entende por cultura?
Publicado por: Senaqueribe às outubro 13, 2005 10:02 AM
Joana às outubro 13, 2005 09:57 AM
O teatro a que me refiro tem público. Fui diversas vezes ao teatro nos EUA, e as salas estavam geralmente bem menos cheias do que cá em Portugal. O teatro cá em Portugal também costuma ter mais público do que as sessões de cinema.
Publicado por: Luís Lavoura às outubro 13, 2005 10:20 AM
Joana às outubro 13, 2005 09:59 AM
"O fundamentalismo do IPPAR" tem cobertura legal. Ou seja, de acordo com a lei, as determinações do IPPAR são para se cumprir. O que a Joana argumenta (se é que se pode chamar a isto um "argumento") é equivalente a dizer que, quando um polícia de trânsito a manda parar num cruzamento, ele está a ser fundamentalista.
Publicado por: Luís Lavoura às outubro 13, 2005 10:22 AM
Joana às outubro 13, 2005 10:01 AM
Claro que as leis devem ser boas. O que eu disse é que os deputados de qualquer partido têm a capacidade e a obrigação de fazer (boas) propostas de lei. Não devem ficar à espera de que seja o governo a fazê-las.
Publicado por: Luís Lavoura às outubro 13, 2005 10:25 AM
Joana às outubro 13, 2005 09:57 AM
Não deixo de achar curioso que a Joana apoie os subsídios a certas formas de cultura... que são provavelmente aquelas de que ela, e as pessoas da sua classe social, gostam: orquestras sinfónicas, ballet, e ópera. Isso sim, diz a Joana, deve ser apoiado. Teatro não, e cinema muito menos. Porquê? Porque a Joana não vai ao teatro nem a cinema português. É claro como água.
Joana: o teatro tem em Portugal muito público. Em termos relativos, número de espetadores por número de atores, é capaz de ter bem mais público de que os concertos sinfónicos.
Publicado por: Luís Lavoura às outubro 13, 2005 10:31 AM
Não me parece que Sócrates seja capaz de alterar a política. Pelo menos de forma significativa. O eclipse do Ministro da Saúde é significativo. O ministro tem uma visão menos estatizante que Sócrates.
Publicado por: Hector às outubro 13, 2005 10:40 AM
A requalificação e o emagrecimento da administração pública que a Joana pretende e eu estou de acordo, exige uma enorme competência de ministros, directores Gerais, assessores, etc. O PS não tem essa gente, nem em quantidade, nem em qualidade. Nem mesmo o PSD. Provavelmente nem no sector privado se encontrariam especialistas em gestão em número suficiente.
Essa reforma terá que se fazer mas, ao estado a que chegámos, vai durar muito tempo, admitindo que seja encarada a sério.
Publicado por: Hector às outubro 13, 2005 10:44 AM
Eu ia muito ao teatro. Agora não tenho tempo porque me viciei neste blog
Publicado por: Coruja às outubro 13, 2005 10:48 AM
Eu também raramente vou ao teatro e raramente vejo filmes portugueses. E cada vez que faço uma experiência, arrependo-me.
Infelizmente isso acontece com a quse totalidade da população.
Publicado por: Sa Chico às outubro 13, 2005 10:48 AM
Publicado por: Luís Lavoura às outubro 13, 2005 10:22 AM
Tanto quanto se sabe o embargo decretado pelo funcionário público Rodeia baseia-se no acho que prejudica o Palácio.
Não há certamente nenhuma lei que diga que a saída do túnel naquele lugar faz mal ao Palácio pois então na própria Lei diria que a tantos metros não podia haver isto ou aquilo e nada haveria para discutir.
Mas os portuenses já têm uma batata Siza entre mãos.
O IPPAR gosta da requalificação da Avenida dos Aliados.
Os portuenses não!
Publicado por: Sócio 3020-Ah do Salgueiros às outubro 13, 2005 10:55 AM
Os bilhetes que não são subsidiados estão caríssimos.
Mais vale ir á bola, pelo menos vê-se porrada e com azar leva-se.
Publicado por: Zé do Boné às outubro 13, 2005 10:57 AM
(já que não há nenhuma capicua à vista e tenho de basar é só para papar um primo)
Publicado por: py às outubro 13, 2005 11:32 AM
Publicado por: Sa Chico às outubro 13, 2005 10:48 AM
Os filmes portugueses são miseráveis, de um modo geral, embora isso esteja a mudar. O teatro vai do péssimo ao bom. Vou de vez em quando e habitualmente gosto. São apenas de evitar companhias com actores mais antigos, que em vez de representar, declamam.
Publicado por: Pedro Oliveira às outubro 13, 2005 11:44 AM
Tem-se a intensa sensação da irreversibilidade exponencial da ruptura política.
Mais vale enfrentar a verdade à mesma velocidade com que a encobrimos : o Dr Miguel Cadilhe escreveu-a com aquela claridade típica das grandes tempestades. É perfeitamente excusado adiar os nossos Katrinas.
Publicado por: asdrubal às outubro 13, 2005 11:54 AM
A propósito do subsídio a companhias de ballet, disseram-me que a principal razão pela qual a Gulbenkain extinguiu a sua companhia de ballet era o custo muito elevado das reformas dos bailarinos. Os bailarinos reformam-se aos 45 anos. A Gulbenkian já hoje paga as reformas a uma data de ex-bailarinos da sua ex-companhia de ballet, e o custo dessas reformas crescia rapidamente à medida que mais e mais bailarinos se iam reformando.
Publicado por: Luís Lavoura às outubro 13, 2005 12:17 PM
De eloquência em eloquência :
http://www.portugaldiario.iol.pt/noticia.php?id=595993&div_id=291
Publicado por: asdrubal às outubro 13, 2005 12:20 PM
É injusto os futebolistas acabarem a sua carreira aos trintas e tais e não terem reforma. Deviam ter ido para bailarinos.
Publicado por: bsotto às outubro 13, 2005 12:33 PM
Publicado por: bsotto às outubro 13, 2005 12:33 PM
Pelo que tenho ouvido, ia aumentar imenso a assistência feminina às exibições de bailado...
Publicado por: Pedro Oliveira às outubro 13, 2005 12:35 PM
Se pusessem lá o Cristiano Ronaldo a sala enchia-se
Publicado por: Coruja às outubro 13, 2005 12:50 PM
Até vinham excursões de miúdas da Letónia
Publicado por: Coruja às outubro 13, 2005 12:51 PM
Hector às outubro 13, 2005 10:44 AM:
Também me parece a reforma, qualificação e emagrecimento da função pública fundamentais. Mas vejo dificuldade em que isso seja feito. Poderão haver corrcções aqui ou ali, mas o essencial fuca na mesma.
Publicado por: Rui Sá às outubro 13, 2005 12:54 PM
Luís Lavoura às outubro 13, 2005 10:22 AM
As determinações do IPPAR não são sinais de trânsito. São pareceres baseados em interpretações subjectivas de normas e regulamentos. E muitas vezes baseados em factores que nem sequer têm a ver com as normas e regulamentos
Publicado por: Joana às outubro 13, 2005 01:08 PM
Luís Lavoura às outubro 13, 2005 10:31 AM: Orquestras sinfónicas, ballet e ópera estão associados à aprendizagem e fazem parte do património cultural. Devem ser subsidiados dentro dos limites que defini no meu comentário.
São Carlos esgota sempre (embora me pareça que há demasiadas borlas distribuídas desnecessariamente), apesar dos bilhetes serem caríssimos. Aqui há 3 ou 4 anos vi os Troianos em Salzburg e os bilhetes não me pareceram significativamente mais caros que em Lisboa. Em Lisboa aquela ópera foi apresentada dividida em 2 episódios em 2 anos consecutivos. É triste. O nosso problema é que os nossos agentes culturais não sabem, ou não querem captar patrocínios e financiamentos privados. Por isso subsidiamos muito, os bilhetes são caros e a qualidade do serviço deixa muito a desejar.
Basta ver a actual cena ridícula da Casa da Música do Porto.
Publicado por: Joana às outubro 13, 2005 01:11 PM
Hector:
Eu sei que é complicado a reforma da administração pública. Tem é que ser encarada de frente. Se as empresas quando estão em dificuldade se reestruturam para se salvar, o Estado pode fazer o mesmo, embora reconheça que a dimensão dos problemas é muito maior no sector público.
Publicado por: Joana às outubro 13, 2005 01:12 PM
A questão da Casa da Música é a luta entre uma visão estatal que favorece o compadrio político e a visão de privados que quer que as coisas funcionem porque não brincam com o dinheiro que investem, enquanto o Estado pode brincar à vontade com o dinheiro dos contribuintes.
Publicado por: Ricardo Pereira às outubro 13, 2005 01:35 PM
"voto de protesto"?
em Sines a CDU passou dos 42% que já vem tendo há muitos anos, para 54%!
este acréscimo de 12% veio "protestar" contra quê?
ou não se tratará antes de uma questão de trabalho e honestidade?,
(questões irrelevantes para a autora do blog e para os adeptos da Dona Branca neoliberal)
Publicado por: xatoo às outubro 13, 2005 02:13 PM
Joana às outubro 13, 2005 01:08 PM
Eu concordo que as decisões do IPPAR são subjetivas. Tambem posso concordar que a decisão do IPPAR sobre o túnel de Ceuta esteja errada. Mas essas decisões, erradas ou certas, subjetivas ou não, têm força legal. Têm que ser cumpridas. A ministra tem por obrigação fazê-las cumprir.
Publicado por: Luís Lavoura às outubro 13, 2005 02:17 PM
Joana às outubro 13, 2005 01:11 PM
O teatro tambem está associado à aprendizagem e tambem faz parte do património cultural. Ou não? Existe teatro no Ocidente (e noutras partes do mundo) desde a Grécia antiga. Representar é uma arte, que exige uma aprendizagem complexa (na universidade americana onde trabalhei, tinha um curso de quatro anos, onde os estudantes até aprendiam a falar com pronúncias estrangeiras).
Estou de acordo com a Joana em que é necessário introduzir, no apoio às artes, critérios de quantidade de público, e critérios de avaliação externa da qualidade (podia por exemplo, no caso do teatro, comvidar especialistas brasileiros a assistir às representações e a classificar a sua qualidade). Tal qual como se faz na ciência. Agora dizer que se apoia só certos tipos de manifestações culturais, não.
Como a Joana talvez já tenha notado, muitas pessoas vão a espetáculos de música sinfónica, de ópera e de ballet apenas porque isso é "bem", porque é chique, porque é sinal de cultura, etc. Muitas pessoas estão-se nas tintas para a música que está a tocar, não percebem nada da matéria. Durante os concertos as pessoas bocejam, tossem, atendem o telemóvel. Este fenómeno já vinha gozado em livros do Eça de Queiroz. Apoiar as artes apenas em função de ser "bem" para a alta sociedade, não dá!
Publicado por: Luís Lavoura às outubro 13, 2005 02:27 PM
Joana às outubro 13, 2005 01:08 PM
E onde foi a Joana descobrir isso?
Publicado por: Vítor às outubro 13, 2005 03:07 PM
Sócrates está a perder por não frequentar este blog
Publicado por: Coruja às outubro 13, 2005 03:41 PM
Luís Lavoura às outubro 13, 2005 02:27 PM: Você fala desses espectáculos usando estereotipos comuns às pessoas que nunca os viram. Experimente assistir a um espectáculo de Ópera antes de dizer essas coisas.
Publicado por: Hector às outubro 13, 2005 03:50 PM
Gostava de era ver os posts da Joana serem editoriais do Publico ou de outro jornal, isso gostava...bem merecem...
Publicado por: Joao P às outubro 13, 2005 03:51 PM
Ou melhor: Experimente assistir a um espectáculo de Ópera em vez de dizer essas coisas.
Publicado por: Hector às outubro 13, 2005 03:51 PM
Concordo absolutamente que foi por tomar medidas insuficientes, e ser desastrado na sua implementação das medidas e andar a distribuir lugares em tudo o que é sítio para os boys, que fez perder popularidade ao PS e a Sócrates.
Publicado por: Diana às outubro 13, 2005 04:00 PM
Mais entediante que um certo pretensiosismo nos posts da Joana (em particular quando se socorre da "biblioteca" de mitologia) é a adulação acrítica de que é alvo por alguns frequentadores do blog.
Mas, enfim, temos que reconhecer que já foi pior.
Publicado por: Vítor às outubro 13, 2005 04:03 PM
Hector às outubro 13, 2005 03:51 PM
Não gosto de ópera. Mas há uns anos costumava assistir a ballets e concertos de música clássica na Gulbenkian, e era para mim perfeitamente evidente que muitos dos assistentes estavam perfeitamente desinteressados da música. As conversas que se ouviam nos intervalos patenteavam que muitas pessoas estavam ali apenas por exibicionismo social.
Não me hei-de esquecer de um concerto de guitarra clássica a que assisti, em que se estava continuamente a ouvir tosse de diversos assistentes, até que o guitarrista interropeu uma peça que estava a tocar e disse "Ou vocês, ou eu". A partir daí os assistentes estiveram num silêncio de morte. Tinham estado a tossir só para gozar com o executante...
É também vulgar nos concertos ouvir-se telemóveis a tocar. As pessoas "esquecem-se" de desligar o telemóvel. No cinema não se esquecem, mas em concertos, sim. Isso é revelador.
Publicado por: Luís Lavoura às outubro 13, 2005 04:30 PM
Dame Tatcher faz hoje 80 anos! Sinceros Parabens!
Publicado por: Joao P às outubro 13, 2005 04:46 PM
A própria Joana diz que São Carlos distibui muitas borlas. A Culturgeste, em Lisboa, tem regularmente imensos lugares vazios devido às borlas que distribui a pessoas que depois não comparecem (isto pode-se constatar da seguinte forma: tenta-se comprar bilhete para um espetáculo, dizem-nos que os bilhetes estão esgotados; depois vai-se a esse espetáculo e verifica-se que há muitas cadeiras vazias). Agora, eu pergunto: se essas borlas todas não fossem distribuídas, o espetáculo teria menos atração social, será que então venderia tantos bilhetes? Será que muitas pessoas vão ao espetáculo precisamente porque as borlas fazem com que nele compareçam uma data de pessoas do jet set, a quem essas borlas são oferecidas?
Os bilhetes à borla são oferecidos, como é evidente, a gente da alta sociedade e/ou de empresas, gente de dinheiro, etc. É de esperar que a presença dessa gente atraia ao espetáculo outras pessoas, que querem ser vistas em boa companhia e fazer alguns conhecimentos. Se as borlas não fossem distribuídas em primeiro lugar, provavelmente haveria também menos gente a ir ao espetáculo pagando bilhete.
Publicado por: Luís Lavoura às outubro 13, 2005 04:46 PM
É também vulgar nos concertos ouvir-se telemóveis a tocar. As pessoas "esquecem-se" de desligar o telemóvel. No cinema não se esquecem, mas em concertos, sim.
Já faz muito tempo que não deves ir ao cinema... Infelizmente existem cada vez mais pessoas que assistem ao cinema como se estivessem em casa, a ver televisão... Não só se ouvem telemóveis a tocar, como as pessoas os atendem.
Publicado por: Pedro Oliveira às outubro 13, 2005 04:51 PM
Claro. O que se pode fazer durante o filme Branca de Neve?
Publicado por: Coruja às outubro 13, 2005 05:04 PM
Falar ao telemóvel, fazer marmelada com a miúda, dizer piadas em voz alta.
Publicado por: Coruja às outubro 13, 2005 05:05 PM
Pedro Oliveira às outubro 13, 2005 04:51 PM
Isso só mostra que as pessoas não ligam ao filme. Se considerassem o filme muito interessante, desligavam o telemóvel.
Nem admira, com a merda de filmes que por aí passam.
Publicado por: Luís Lavoura às outubro 13, 2005 05:05 PM
E fumar um maço de charros depois de alguém gritar na plateia que o filme era subsidiado
Publicado por: Coruja às outubro 13, 2005 05:07 PM
Os subsídos BONS são os que contemplam os "Ludgeros Marques".
Esses sim, só criam emprego, riqueza e... Ferraris.
Não há paciência para os adeptos do F.C.Liberal.
Publicado por: zippiz às outubro 13, 2005 05:31 PM
zippiz: esse filme do "Ludgeros Marques" não vi. Tem o mesmo tipo de argumento que a "Branca de Neve"?
Publicado por: Coruja às outubro 13, 2005 05:44 PM
E daí talvez não. Se mete Ferraris deve haver perseguições, efeitos especiais, etc.
Publicado por: Coruja às outubro 13, 2005 05:48 PM
Publicado por: zippiz às outubro 13, 2005 05:31 PM
Os subsídios bons são nenhuns. O estado não tem nada que andar a redistribuir a riqueza das pessoas. As próprias pessoas sabem muito bem onde a devem gastar...
Publicado por: Pedro Oliveira às outubro 13, 2005 05:49 PM
Ao menos mudem de marca automóvel. Os Ferrari e os Porsche são para a parolada. Agora o que está a dar são os Aston Martin.
Publicado por: asdrubal às outubro 13, 2005 05:51 PM
O Ludgero Marques parece mais do tipo Jaguar ou Bentley. Nunca Ferrari nem Porsche.
Publicado por: Pedro Oliveira às outubro 13, 2005 05:52 PM
Publicado por: Luís Lavoura às outubro 13, 2005 05:05 PM
Depende dos filmes, e mais ainda, depende dos cinemas. Nos centros comerciais é bastante pior. A vantagem de não ser necessário comprar o jornal, ir à net etc. para escolher o filme não compensa a atitude dos espectadores. Destes, salva-se o ? (deu-me uma branca), que fica no Saldanha.
Mas não acho que os filmes sejam maus... Cumprem o seu papel, como qualquer outra forma de arte: entreter. Já faz muitos anos que deixei de levar a sério as mensagens dos artistas, até porque são normalmente previsíveis e muito semelhantes.
Publicado por: Pedro Oliveira às outubro 13, 2005 05:59 PM
Fugindo um pouco ao tema dos carros, acho que o Jorge Coelho foi o grande derrotado de domingo. Como o homem é o patrão do aparelho, é provável que isso se torne numa vantagem para Sócrates.
Todavia Sócrates empenhou-se bastante na campanha e, principalmente, nos locais onde o PS teve derrotas mais expressivas.
Publicado por: Rave às outubro 13, 2005 06:00 PM
É o Monumental...
Publicado por: Pedro Oliveira às outubro 13, 2005 06:01 PM
"O Estado não tem nada que andar a redistribuir a riqueza das pessoas. As próprias pessoas sabem muito bem onde a devem gastar..."
Nos Estados Unidos faz-se assim:
1) Há uma National Public Radio, uma estação de rádio de boa qualidade, que não passa publicidade. Têm que viver à custa dos donativos dos seus ouvintes. De seis em seis meses fazem uma campanha de donativos, em que pedem aos ouvintes que lhes mandem um cheque.
2) Uma pessoa vai ao teatro, compra o bilhete, assiste à peça. No fim da peça os atores fazem um peditório "Se gostou desta peça, dê-nos algum dinheiro, para que esta companhia possa sobreviver; torne-se membro do nosso clube de fãs; ofereça-nos 25 dólares, ou 50, ou 100, conforme tiver gostado muito ou pouco do nosso trabalho..."
É assim que as coisas funcionam (e funcionam!) nos EUA. Mas a mentalidade europeia, ou pelo menos a nossa, é diferente. Não creio que as coisas possam funcionar cá da mesma forma. A propaganda liberal, que genericamente propaga ideias importadas dos EUA, pretende fazer-nos crer que sim. Mas não creio.
Publicado por: Luís Lavoura às outubro 13, 2005 06:10 PM
Nos EUA as pessoas são supostas ser donas do seu dinheiro, mas são também supostas doá-lo abundantemente a todas as boas causas em que acreditam. São supostas doar dinheiro ao liceu e à universidade onde fizeram os seus estudos, doar dinheiro ao museu da sua preferência, doar dinheiro à compahia de teatro, doar dinheiro à associação ambientalista, doar dinheiro à orquestra da cidade, doar dinheiro ao político para ele fazer a sua campanha eleitoral, etc etc etc. Um bom cidadão americano está sempre a puxar do seu livro de cheques para doar dinheiro a tudo aquilo em que acredita - e, como os americanos são muito infantis, é fácil fazê-los acreditar seja no que fôr!
Tenho muita dificuldade em acreditar no povo português a fazer coisa semelhante.
Publicado por: Luís Lavoura às outubro 13, 2005 06:16 PM
Tenho saudades dos tempos em que nos cinemas para se ir fazer xixi nâo se podia tirar a mão da crica. Era uma mão atrás e outra à frente. Agora são todos uns murchos, querem é pipocas
Publicado por: Fátima Felgueiras às outubro 13, 2005 06:17 PM
Luís Lavoura às outubro 13, 2005 04:46 PM:
Você devia conhecer as coisas sobre que fala. O São Carlos deve dar borlas aos jornais com crítica musical e a algumas instituições ligadas à música, mas não só. Não as dá às pessoas do jet-set, pelo menos que eu saiba. Por exemplo, a Juventude Musical tem um camarote na última fila, encostado ao palco, donde não se deve conseguir ler a barra das legendas nem ver o que se passa na parte do fundo do palco.
Para os espectáculos mais relevantes os bilhetes esgotam-se logo no início da temporada. Os espectadores são várias vezes avisados que devem desligar os telemóveis e o preço dos bilhetes e a dificuldade em obtê-los faz com que as pessoas se comportem devidamente. Nunca vi cadeiras vazias (nos camarotes, talvez). Julgo que se algum borlista falta, a cadeira é ocupada por alguém do peão.
Publicado por: Joana às outubro 13, 2005 06:21 PM
um dia destes vou dar show à Ópera, a Lisboa
tenho uma prima da filha da mulher do Alexandre que é mulher a dias no BCP que é o sponsor do São Carlos, que me vai arranjar uns bilhetinhos
Publicado por: Fátima Felgueiras às outubro 13, 2005 06:22 PM
onde é que será o peão do São Carlos? atrás do palco?, eu gosto é de ver cenas com aviões como aquela da "la Navarraise"
Publicado por: Fátima Felgueiras às outubro 13, 2005 06:27 PM
Luís Lavoura às outubro 13, 2005 06:16 PM: Acha que essa atitude cívica e de exercício de cidadania é um sintoma de infantilidade?
Publicado por: Joana às outubro 13, 2005 06:27 PM
E agora Sócrates tem que pôr fim à política de direita e ouvir os trabalhadores
Publicado por: Cisco Kid às outubro 13, 2005 07:07 PM
Esta gaja deve estar cheia de pasta. Ver óperas em Salsburgo, em S. Carlos, etc.
Por isso é que ela anda com estas teorias
Publicado por: Cisco Kid às outubro 13, 2005 07:09 PM
O peão aparece atrás da cavalaria
Publicado por: Coruja às outubro 13, 2005 07:15 PM
Portanto deve ser atrás das poltronas
Publicado por: Coruja às outubro 13, 2005 07:15 PM
"...o teatro tem em Portugal muito público". (Luís Lavoura)
Se tem muito público não precisa de subsídios para nada e este debate é perfeitamente inútil.
Publicado por: Senaqueribe às outubro 13, 2005 07:16 PM
"Sem subsídios não haveria, por exemplo, teatro no nosso país" (Luís Lavoura"
Este debate é uma floresta de contradições. Safa!...
Publicado por: Senaqueribe às outubro 13, 2005 07:18 PM
(xatito andas danadinho, eu bem digo que isto que anda aí é um esquentamento global..., eu também, ai,ai,ai, e afinal parece que já não posso ir a Cuba porque mexeram nas datas porque fechou uma época e vai abrir outra e agora era por 12 dias o que já não cabe no meu schedulling, puf - eu tinha esperança que um furacão me arrefecesse!)
Falando de filmes, etc., eu gosto é de fazer 2 em 1. Obriguei-me a ir ver o último Manoel de Oliveira sobre o D. Sebastião e vi uma excelente peça de teatro com texto de José Régio, muito bem filmada. Plim.
Tenho saudades é de um Almodiovar divertido. Mas já não há. Valeram-me As cuecas de Freud, ainda hoje sorrio.
Quanto ao S. Carlos, recostado na penumbra do meu camarote, nunca consigo deixar de imaginar entrar a família real, Maria Pia de sabóia de azul e branco, as cores nacionais da época, com o diadema de estrelas. Pena as comissuras amargas na boca. D. Amélia de Orleans de rosa cálido e as gargantilhas das rainhas de Portugal. Uma lá se foi há quase 2 anos. Onde andará?
Publicado por: py às outubro 13, 2005 07:23 PM
Nos tempos de Eça de Queiroz, as pessoas, durante os concertos, bocejavam, tossiam e atendiam o telemóvel.
Muita coisa se aprende neste blogue!
(Devia ser subsidiado...)
Publicado por: Senaqueribe às outubro 13, 2005 07:30 PM
J P Castro às outubro 13, 2005 12:22 AM
Se Cavaco for eleito ficará necessariamente devedor do PSD e do CDS (por muito que digam que não, é inevitável a dívida política), até para assegurar a reeleição, e portanto tenderá a querer correr com o PS do poder, aproveitando a instabilidade, para dar oportunidade aos seus credores. Cavaco tenderá a dar cabo do Sócrates. Ergo, eu tentarei dar cabo do cavaco.
Publicado por: pyrenaica às outubro 13, 2005 07:45 PM
Senaqueribe às outubro 13, 2005 07:30 PM:
Eram telemóveis de brinquedo. Não eram verdadeiros.
Publicado por: Coruja às outubro 13, 2005 07:52 PM
É melhor não o subsidiar porque senão começa a funcionar mal, dar baldas, fazer greves, velórios de protesto junto da residência do 1º Ministro
Publicado por: David às outubro 13, 2005 08:07 PM
(xatinho, depois de uma cigarrada já descobri: não vou a Cuba (agora) mas vou para aí 5 dias a Cabo Verde. Nunca lá estive, aconselhas-me alguma coisa? Mas quer dizer eu sou mais género gato não gosto de muita confusão)
Publicado por: py às outubro 13, 2005 08:11 PM
oops
Publicado por: py às outubro 13, 2005 08:11 PM
não resisto
Publicado por: py às outubro 13, 2005 08:12 PM
a um
Publicado por: py às outubro 13, 2005 08:13 PM
pão-de-ló
Publicado por: py às outubro 13, 2005 08:13 PM
Pois
Publicado por: Coruja às outubro 13, 2005 08:33 PM
então queres brincar de alguma coisa? Gostaste do Blade Runner?
Publicado por: py às outubro 13, 2005 08:36 PM
Estava sempre escuro e havia muito fumo. Mas as andróides eram jeitosas.
Publicado por: Coruja às outubro 13, 2005 08:57 PM
Onde é que as vendem?
Publicado por: Coruja às outubro 13, 2005 08:58 PM
eu acho que no hiperespaço é tudo de graça, c'rujinha. Nunca se sabe é o que nos sai na rifa...
Publicado por: py às outubro 13, 2005 09:08 PM
Que signo és?
Publicado por: py às outubro 13, 2005 09:12 PM
pronto, já percebi que não dás informação confidencial... mudando de tema, acho que me vou estirar, que eu sou bicho diurno, com uma tablete de emmental
Publicado por: py às outubro 13, 2005 09:48 PM
Sou Virgem ... mas não espalhes
Publicado por: Coruja às outubro 13, 2005 09:54 PM
Ainda cá tou! Olha Virgem é o meu ascendente por isso damo-nos bem, não? Mas já tou a ficar com soninho mesmo plim pa ti manhã
Publicado por: py às outubro 13, 2005 10:25 PM
faz lá a próxima, vá, que é para eu ir dormir descansado depois de me *** contigo
Publicado por: py às outubro 13, 2005 10:27 PM
*
Publicado por: plim às outubro 13, 2005 10:29 PM
Há aqui muitos diálogos desencontrados
Publicado por: Valente às outubro 14, 2005 12:45 AM
Quanto ao Sócrates não me meto a fazer previsões. Logo se verá.
Publicado por: Valente às outubro 14, 2005 12:46 AM
Senaqueribe às outubro 13, 2005 07:16 PM
O São Carlos tem, segundo a Joana, muito público e mesmo assim precisa de subsídios. O teatro está nas mesmas circunstâncias: tem público, mas esse público não chega para pagar os espetáculos.
Publicado por: Luís Lavoura às outubro 14, 2005 09:41 AM
Joana às outubro 13, 2005 06:27 PM
Não, a atitude cívica e de exercício de cidadania não é um sintoma de infantilidade. Mas há muitas outras coisas que são sintomas seguros da infantilidade, credulidade dos americanos. (Até acreditam que aquilo que a sua administração diz é verdade!)
Publicado por: Luís Lavoura às outubro 14, 2005 09:44 AM
Não compare o custo de um espectáculo de ópera - orquestra, cenários, manutenção de um teatro que é monumento nacional, coros e os cachets dos principais cantores, que são muito caros, com o de um teatro.
Para além do mais não me parece que a gestão do S. Carlos tenha alguma vez sido eficiente.
Publicado por: Joana às outubro 14, 2005 09:50 AM
S Carlos é um teatro muito bonito e é um crime haver lá tão poucos espectáculos. Devia haver mais espectáculos. Também deviam angariar patrocínios como fazem todas as óperas mundiais.
Publicado por: Salema às outubro 14, 2005 10:27 AM
Joana às outubro 14, 2005 09:50 AM
Eu não comparei custos. Só afirmei que, o facto de um espetáculo ter muito público não implica que ele não necessite de subsídios. Ao contrário daquilo que tinha sido sugerido por Senaqueribe.
Posso também argumentar que instituições como o São Carlos estão em muito melhores circunstâncias para viver à custa de patrocínios e de donativos do que o teatro. Ou seja, para poderem dispensar subsídios estatais. Certamente que o São Carlos pode arranjar empresas que o patrocinem, e espetadores abastados que lhe ofereçam donativos (a Joana já deu algum? Espero bem que sim!). É bastante mais difícil um teatro arranjar tais apoios.
Publicado por: Luís Lavoura às outubro 14, 2005 10:31 AM
Entretanto, a Joana poderia prestar atenção a outra forma de subsídios: os subsídios ao desporto. Em certos casos atingem níveis escandalosos. Por exemplo, os Açores e a Madeira, e não só, têm equipas de voleibol que competem com grande sucesso, e que dispõem como seus principais trunfos de jogador@s brasileir@s importad@s precisamente para esse fim. Quem paga essas equipas, formalmente amadoras? Quem paga ess@s jogador@s? Há aqui, não duvide, vultuosos subsídios por parte das regiões autónomas e não só...
Publicado por: Luís Lavoura às outubro 14, 2005 10:41 AM
oops
Publicado por: py às outubro 14, 2005 12:28 PM
***=rir
Publicado por: py às outubro 14, 2005 12:29 PM
py: houve um comentarista que disse que isso era flooding.
Publicado por: Coruja às outubro 14, 2005 12:38 PM
Deve ser um ignorante que desconhece os prazeres da vida pitagórica (capicuas, primos, etc.)
Publicado por: Coruja às outubro 14, 2005 12:40 PM
pois, meu caro, temos sempre de lidar com interpretações abusivas...
Publicado por: py às outubro 14, 2005 01:00 PM
...mas também há que reconhecer que os wildcards podem ser buracos (negros?) no hiperespaço. Viva a liberdade!
Publicado por: py às outubro 14, 2005 01:28 PM
... se calhar podem ser buracos de luz, para variar. Não sei se a descontinuidade de Schwarzschild aguenta com o caso.
Publicado por: py às outubro 14, 2005 01:52 PM
em qualquer caso, ixto só fica bem rematado com um primo!
Publicado por: py às outubro 14, 2005 06:24 PM
É curuioso ver como o PS se manifesta sobre a sua derrota: limita-se a passar ao lado, como se nada fosse com eles. Só falta vir dizer que foi uma grande vitória tendo em conta que é o partido do Governo.
Ele é Sócrates, ele é Victorino, ele é o Coelho mais novo...mas o mais giro de todos é o outro Coelho - o coelhone. Além de ser o responsável máximo, "coordenador" segundo a numenklatura, e quem pessoalmente escolheu os candidatos, quiz também ele ser candidato e perdeu. Na minha singela opinião como cidadão pagante, um dirigente que escolhe o Dr. Carrilho, o Dr. Assis, e outros que tais, deveria ser despedido da política.
Mas o seu caso é pior, pois à boleia do Dr. João Soares - certamente para fazer um favor político retribuível ao pai deste - pensava o Dr. Jorge Coelho que o povo ia na sua conversa com a pronúncia um pouco xaloia, e que conseguia para o seu partido uma grande coisa em Sintra: o que conseguiu foi uma vergonhosa derrota!
Julgam que a assumiu?
Ou que se demitiu?
Não - que ele para esse peditório já deu uma vez.
No programa "a quadratura do círculo", era vê-lo balbucinar constrangedora mas repetidamente uma cassete mal ensaiada com explicações que nem um bébé convencia.
Certamente que não está com medo de que a sua imagem de homem valente (outros dirão de trauliteiro-mor) do PS esteja em causa...
Durante a campanha, quando as televisões estávam a garvar, o (pouco) verniz que a urbanidade lhe trouxe estala-se-lhe e o passado UDP vem um bocado ao de cima, e tivémos que levar com a gritaria, os perdigotos, o gestos agressivos e com as amaças (que mais o fazem parecer com o Major no seu melhor). Aliás, tudo na boa tradição da sua antiga mas sempre célebre frase: "quem se mete com o PS, leva!!!"
O melhor seria dizer que quem vota no seu PS, leva...
Poque é que não se candidatou na sua santa térrinha. Aí talvéz conseguisse ter convencido mais alguém, daqueles que andam por lá adormecidos.
Dr. Coelho, faça um favor à democracia e à renovação política: vá para a terra! dirija-se a S. Apolónia e apanhe um combóio (de preferência TGV...) e quando finalmente lá chegar, deixe-se ficar...caladinho...a ver as couves crescerem...com um palito nos dentes...
No fundo, o PS quer fazer esquecer que há quatro anos, por uma derrota menor, o Engº Guterres considerou haver um pântano e, não o querendo atravessar, preferiu ir para o aconchego dos seus lençóis. Todos esperavam e ainda esperam uma explicação sobre os motivos de tal decisão, mas bem podem esperar sentados...ou melhor, deitádos, porque nunca haverá justificação nenhuma. Apeteceu-lhe ir-se embora, e foi...
Tanto em 2001, como agora em 2005, algumas cúpulas do PS (que não é só a tralha Guterrista) demonstram aquilo que sempre foi o seu rumo político: um caminhar às apalpadelas sem norte nem idéias,ao sabor da maré, irresponsável, ,iludindo aqui e ali com pequenas alfinetadas em alguns dos pequenos, mas sempre, sempre pândego!
Válha-nos Deus...
Publicado por: caca às outubro 14, 2005 06:29 PM
É curuioso ver como o PS se manifesta sobre a sua derrota: limita-se a passar ao lado, como se nada fosse com eles. Só falta vir dizer que foi uma grande vitória tendo em conta que é o partido do Governo.
Ele é Sócrates, ele é Victorino, ele é o Coelho mais novo...mas o mais giro de todos é o outro Coelho - o coelhone. Além de ser o responsável máximo, "coordenador" segundo a numenklatura, e quem pessoalmente escolheu os candidatos, quiz também ele ser candidato e perdeu. Na minha singela opinião como cidadão pagante, um dirigente que escolhe o Dr. Carrilho, o Dr. Assis, e outros que tais, deveria ser despedido da política.
Mas o seu caso é pior, pois à boleia do Dr. João Soares - certamente para fazer um favor político retribuível ao pai deste - pensava o Dr. Jorge Coelho que o povo ia na sua conversa com a pronúncia um pouco xaloia, e que conseguia para o seu partido uma grande coisa em Sintra: o que conseguiu foi uma vergonhosa derrota!
Julgam que a assumiu?
Ou que se demitiu?
Não - que ele para esse peditório já deu uma vez.
No programa "a quadratura do círculo", era vê-lo balbucinar constrangedora mas repetidamente uma cassete mal ensaiada com explicações que nem um bébé convencia.
Certamente que não está com medo de que a sua imagem de homem valente (outros dirão de trauliteiro-mor) do PS esteja em causa...
Durante a campanha, quando as televisões estávam a garvar, o (pouco) verniz que a urbanidade lhe trouxe estala-se-lhe e o passado UDP vem um bocado ao de cima, e tivémos que levar com a gritaria, os perdigotos, o gestos agressivos e com as amaças (que mais o fazem parecer com o Major no seu melhor). Aliás, tudo na boa tradição da sua antiga mas sempre célebre frase: "quem se mete com o PS, leva!!!"
O melhor seria dizer que quem vota no seu PS, leva...
Poque é que não se candidatou na sua santa térrinha. Aí talvéz conseguisse ter convencido mais alguém, daqueles que andam por lá adormecidos.
Dr. Coelho, faça um favor à democracia e à renovação política: vá para a terra! dirija-se a S. Apolónia e apanhe um combóio (de preferência TGV...) e quando finalmente lá chegar, deixe-se ficar...caladinho...a ver as couves crescerem...com um palito nos dentes...
No fundo, o PS quer fazer esquecer que há quatro anos, por uma derrota menor, o Engº Guterres considerou haver um pântano e, não o querendo atravessar, preferiu ir para o aconchego dos seus lençóis. Todos esperavam e ainda esperam uma explicação sobre os motivos de tal decisão, mas bem podem esperar sentados...ou melhor, deitádos, porque nunca haverá justificação nenhuma. Apeteceu-lhe ir-se embora, e foi...
Tanto em 2001, como agora em 2005, algumas cúpulas do PS (que não é só a tralha Guterrista) demonstram aquilo que sempre foi o seu rumo político: um caminhar às apalpadelas sem norte nem idéias,ao sabor da maré, irresponsável, ,iludindo aqui e ali com pequenas alfinetadas em alguns dos pequenos, mas sempre, sempre pândego!
Válha-nos Deus...
Publicado por: caca às outubro 14, 2005 06:30 PM
Pois
Publicado por: Coruja às outubro 14, 2005 06:55 PM
Interpretações abusivas de quem não compreende a metafísica dos números.
Publicado por: Coruja às outubro 14, 2005 06:56 PM