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outubro 09, 2005

Duas Reflexões

Numa abordagem rápida e sumária, julgo que estas eleições vieram provar duas coisas. Uma, a progressiva municipalização do voto. Ou seja, a influência da política nacional está a diminuir progressivamente nas escolhas políticas locais. Isso foi visível mesmo em municípios em que anteriormente o voto político era forte, como o de Lisboa.
A segunda coisa que se provou é que o regime está doente. Fátima Felgueiras falou com palavras poderosas e vibrantes. Ela já não se dirige apenas a Felgueiras. Dirigiu-se ao país. E o que ela disse deve ter calado fundo em muita gente. Quando alguém com os problemas com a justiça que FF tem, se sente com poder para fazer aquele discurso e ter adesão às suas palavras, é porque algo está muito mal.
JPP, com o seu comentário inepto e pseudo-moralista confundiu a doença com os sintomas. Indignou-se contra os sintomas e ignorou a doença. O discurso de FF constitui um sério aviso à classe política e a todos os portugueses. Não para extrair as consequências que ela porventura pretenda. Não para a calar, como gostaria o intelectual auto-iluminado JPP. Mas para nos apercebermos qual o ovo que cria a serpente e que seiva alimenta a pestilência que corrói o corpo enfermo da nossa democracia.

Publicado por Joana às outubro 9, 2005 11:20 PM

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Comentários

"Mas para nos apercebermos qual o ovo que cria a serpente e que seiva alimenta a pestilência que corrói o corpo enfermo da nossa democracia".

Qual o ovo e que seiva ?
Têm nomes próprios. Os nomes ... os nomes ...

Publicado por: Sidhartha às outubro 10, 2005 12:29 AM

O discurso da Fátima foi muito bem dito, muito forte e deve ter tido bastante apoio. E não ´so em Felgueiras.

Publicado por: Sa Chico às outubro 10, 2005 12:34 AM

Só para desejar boa noite. Eu estou contente com as votações: os tugas surpreendem-me sempre. Vai dar muito que falar. O dragão...

Publicado por: pyrenaica às outubro 10, 2005 12:37 AM

"Mas para nos apercebermos qual o ovo que cria a serpente e que seiva alimenta a pestilência que corrói o corpo enfermo da nossa democracia"

Só há aqui um erro: nós não temos democracia nenhuma. Vivemos em oligarquia despudorada, apoiada numa tirania partidária.

Publicado por: Albatroz às outubro 10, 2005 01:03 AM

Concordo absolutamente com o que escreveu sobre a FF. Ela já fala para o país. E é um discurso que tem força.

Publicado por: lopes às outubro 10, 2005 01:05 AM

A Joana só queria dizer que «o regime está doente», porque essa história da «municipalização do voto» é para adornar — já está provada e comprovada há vinte anos.

Aproveitando o ensejo... Já repararam como o JPP está a fazer cada vez mais uma concorrência desleal ao «estilo sacristão» do Louçã?

Publicado por: (M) às outubro 10, 2005 04:11 AM

É um facto que o voto autárquico é cada vez menos condicionado pela política nacional. Aqui há uns anos ainda o era nos grandes centros urbanos. Agora só muito marginalmente.

Publicado por: David às outubro 10, 2005 09:15 AM

Achei os resultados das eleições tão deprimentes que desliguei a rádio muito cedo. Não ouvi o discurso da Fátima. Vi por acaso um bocado do discurso do Valentim e fiquei profundamente enojado. O rosto, os gestos, as palavras, e o que está por detrás. O homem é repugnante.

Publicado por: Luís Lavoura às outubro 10, 2005 10:20 AM

A principal lição a tirar da eleição de vários independentes - alguns muito pouco recomendáveis - é a de que muita gente se está a virar contra os partidos políticos, verdeiros ninhos de interesses oligárquicos. Ou reinventamos a democracia sem partidos (ou pelo menos sem lhes reconhecer quaisquer privilégios de representação), ou acabamos num qualquer 28 de Maio. O que só poderá ser acelerado pelos discursos idiotas de alguns que já propõem acabar com as candidaturas independentes.

Publicado por: Albatroz às outubro 10, 2005 10:21 AM

"Ou reinventamos a democracia sem partidos..."

Albatroz, reinventar a democracia sem partidos implica as duas coisas que Você detesta. Se os partidos são substituídos por pessoas, vamos ter uma oligarquia despudorada, pois só os ricos é que terão dinheiro para custear campanhas eleitorais. Vamos além disso ter o mais desenfreado populismo, o qual é muito mais evidente em pessoas individuais do que em partidos.

Publicado por: Luís Lavoura às outubro 10, 2005 10:23 AM

O perigo está em que apareça à escala nacional um (uma) demagogo (a), estilo Alberto João Jardim, que arraste o país atrás de si num combate de vingança contra toda uma classe política vista como corrupta. Se isso acontecer terá 70% do país consigo. E não vale a pena então acusar o povo de estúpido e ignorante, porque a culpa disso acontecer será 100% da classe política.

Publicado por: Albatroz às outubro 10, 2005 10:29 AM

Luís Lavoura às outubro 10, 2005 10:23 AM

A democracia sem partidos consegue-se fragmentando o tecido eleitoral. Se os deputados forem eleitos em círculos uninominais os custos de campanha serão modestos e os eleitores conhecerão suficientemente os candidatos (que teriam de ser pessoas vivendo no círculo eleitoral) para saberem fazer uma escolha racional. Não se elimina o risco de aparecerem alguns Valentins Loureiros, mas reduz-se o seu peso no conjunto de deputados. E nas autarquias poder-se-ia fazer uma eleição directa apenas a nível das Juntas de Freguesia, deixando aos orgãos eleitos das freguesias a tarefa de elegerem os executivos concelhios e as assembleias municipais. E se as eleições autárquicas fossem feitas ao longo do ano, por exemplo nos feriados municipais, acabar-se-ia com o espectáculo televisivo e poderiam as populações proceder em paz e socego à eleição dos seus gestores e representantes. Tudo isto seria muito menos excitante e mediático, mas seria mais eficaz.

Publicado por: Albatroz às outubro 10, 2005 10:40 AM

Aliás, também as eleições dos deputados poderiam ser feitas de forma desfasada, se os círculos eleitorais tivessem uma ligação com os concelhos. Então cada concelho faria as suas eleições de quatro em quatro anos, no feriado municipal, acabando com a perturbação das eleições gerais. Com a vantagem de que o Parlamento estaria em renovação permanente, evitando que situações episódicas influenciassem excessivamente as escolhas dos eleitores. A democracia pode ter muitas formas, mas nós deixámo-nos levar a pensar que só "isto" que vemos é que é democracia. Em benefício da oligarquia.

Publicado por: Albatroz às outubro 10, 2005 10:46 AM

Albatroz às outubro 10, 2005 10:40 AM

Essa teoria da bondade dos círculos uninominais é idílica e paradisíaca, mas não tem absolutamente nenhuma correspondência com a realidade.

As pessoas na sociedade moderna não se conhecem. Eu não conheço as ideias do alfaiate da minha rua, nem do merceeiro, nem de ninguém. O Francisco Louçã mora a 300 metros da minha casa, mas eu praticamente nunca o vejo na rua. O Carlos Amaral Dias mora a 100 metros da minha casa, e eu nem sei quem ele seja. Um círculo uninominal em nada garante que as pessoas conheçam @ candidat@, que conheçam as suas ideias, que tenham confiança nel@.

Com círculos uninominais só pessoas que tenham muito dinheirinho de seu é que se candidatam.

Eu votndo num partido sei que ideias é que os candidatos desse partido vão defender. Sei qual o posicionamento do partido em relação às mais diversas matérias. Com um(a) candidat@ individual, não faço ideia que posições é que el@ irá defender em qualquer assunto novo. Não sei quais as suas alianças, quais as suas subserviências, a quem deve el@ dinheiro ou favores.

Albatroz: isso dos círculos uninominais, perdoe-me que lhe diga, é uma fantochada. E então se forem círculos uninominais sem partidos por detrás, ainda muito pior.

Publicado por: Luís Lavoura às outubro 10, 2005 10:54 AM

Aliás, estas eleições falam eloquentemente contra essa ideia dos círculos uninominais. Com círculos uninominais, qualquer autarca que ficasse arguido num processo candidatava-se à Assembleia da República, ganhava com a maior das facilidades, e em dois tempos ficava com imunidade parlamentar. Teríamos o parlamento sem política nenhuma, antes cheio de Valentins, queijos limianos, Mesquitas Machados, Isaltinos, Felgueiras e outra fauna variada. A política, o debate político de ideias, ou o que dele resta, iriam pelo cano do esgoto (literalmente: esgoto) abaixo. O orçamento do Estado seria transformado num conjunto de fatias de queijo limiano, uma fatia para cada deputado (o célebre "pork barrel" da política americana).

Albatroz, isso dos círculos uninominais era uma coisa boa para a sociedade do século 18, familiar, provinciana, em que toda a gente se encontrava regularmente na igreja e no mercado, e toda a gente conhecia as intrigas, ideias, favores e dependências de cada um. No mundo de hoje, em que as pessoas andam de carro, totalmente apartadas umas das outras, é um disparate total.

Publicado por: Luís Lavoura às outubro 10, 2005 11:18 AM

Ora eu não digo nada por agora porque estou a pensar e a aprender.

Publicado por: pyrenaica às outubro 10, 2005 11:29 AM

Luís Lavoura às outubro 10, 2005 10:20 AM

Eu comprendo, também fico com ácidos gástricos a ver a valentina e preocupado a ver a FF, etc. Não se preocupe demais, aliás se vai entrar para a política, deixe-me avisá-lo que vai conhecer lados muito maus, perdas de inocência radicais, euqiparáveis com as traições conjugais... E no entanto temos de ir a ela, senão demitimo-nos, o que também, para mim, não dá. Ou melhor é por fases.

Publicado por: pyrenaica às outubro 10, 2005 11:35 AM

ando a treinar o princípio metodológico de levar tudo a rir, mas ver as coisas...

Publicado por: pyrenaica às outubro 10, 2005 11:37 AM

« (...) Mas reconheço que a situação está a chegar a um ponto insustentável. A quantidade de deputados que saem e entram sem os cidadãos darem por isso, quanto mais saberem quem eles são. O controlo quase total, ou total mesmo, por parte das direcções dos partidos, do sentido de voto dos seus deputados. O desprestígio do Parlamento, cada vez maior, e cada vez mais perigoso. Tudo isto me leva a pensar que não sendo perfeitos, os círculos uninominais seriam uma melhor opção que o actual estado de coisas. E mesmo o eventual caciquismo, a eventual demagogia da "defesa da terra", seria também da responsabilidade dos cidadãos. Aquilo que a prudência aconselharia a funcionar como uma diluição do poder, evitando a sua concentração, para evitar "ditaduras da maioria", em Portugal, transformou-se numa total diluição da responsabilidade. É esse quadro que precisa de mudar (...)».

http://www.desesperadaesperanca.com/archives/2005/06/

Publicado por: asdrubal às outubro 10, 2005 11:45 AM

A efectiva e bem observada "crescente municipalização" das eleições autárquicas é um fenómeno positivo e bem vindo. De facto, julgar os governos nas autárquicas é um erro.

Julgar os autarcas pelo seu desempenho e não pelo desempenho dos seus partidos é positivo e revela maturidade democrática (casos de Lisboa, Sintra e Porto). A derrota de Avelino também é um sinal de maturidade.

Os epifenómenos de Gondomar, Felgueiras e Oeiras indicam outro fenómeno, menos positivo e que é uma reedição do "caciquismo" que esteve muito em moda no Portugal do século XIX e que se baseia na criação de redes de interesse e emprego que com a estagnação e evaporação económicas no Interior têm assumido cada vez mais importância.

Publicado por: Rui Martins às outubro 10, 2005 12:37 PM

Eu tenho uma questão.

será que sou só eu ou niguém se apercebeu das últimas Sondagens da TVI que estavam completamente erradas?

Porque é que as sondagens da SIC e da RTP reflectiram aproximadamente a realidade e as da TVI continuamente cairam para o lado do PS.

A última sondagem da TVI dava Empate entre Seara e Soares, Carrilho à frente de Carmona e Assis à frente de Rio.

Na realidade as Vitórias de Seara, Carmona e Rio foram Retumbates.

Ninguém como eu acha isto estranho?

Será... a Prisa?

Publicado por: Braveman às outubro 10, 2005 12:39 PM

Luís Lavoura às outubro 10, 2005 11:18 AM

A sua fé nos partidos é comovente, mas não me parece mais lúcida do que a fé em círculos uninominais. Face ao sistemático abuso dos partidos eu estaria pronto a tentar outra coisa. Insistir neste desastre é que não.

Publicado por: Albatroz às outubro 10, 2005 01:01 PM

O que reparo é que há muita gente a comentar as suas próprias emoções e não as eleições...

Enfim, já alguém deve ter dito que as eleições são a terapia estatal.

Publicado por: Mário às outubro 10, 2005 01:13 PM

Bom agora que já matutei, quero deixar expressos os meua parabéns ao grande vencedor das eleições: José Sócrates.

Venceu-as porque não teve medo de as perder, coisa que era mais que certo, depois de ter afrontado sucessivamente os lóbis das farmácias, dos militares, dos professores, dos funcionários públicos em geral, do consumismo, etc., em nome de um princípio de maior equidade, justiça e transparência.

Viva o homem!

Publicado por: pyrenaica às outubro 10, 2005 01:14 PM

Quanto às galinhas enriquecidas indevidamente com erário público, the letal weapon is: Direito de Regresso.

Publicado por: pyrenaica às outubro 10, 2005 01:16 PM

José Sócrates anda apenas a apalpar terreno. As medidas de "contenção" afectam apenas uns quantos. O que é imperativo fazer é pôr na rua centenas de milhares de funcionários públicos que só atrapalham. Quer ver onde está a coragem para fazer isso quando nem há coragem para o pensar.

Publicado por: Mário às outubro 10, 2005 01:34 PM

"pôr na rua centenas de milhares de funcionários públicos", veja lá os efeitos karmicos associados a uma afirmação com esta amplitude, de uma crueldadde centralista que dá que pensar.

Publicado por: pyrenaica às outubro 10, 2005 01:56 PM

Pyrenaica, por responder a essa vê-se logo que você não está no céu...

# : - ))

Publicado por: (M) às outubro 10, 2005 02:12 PM

Meu caro continuamos a fumar umas cachimbadas, bem dispostos, no Purgatório...

Este é lúcido:

matraquilhos 02:20 10 Outubro 2005
Como eu vi estas eleições-Todos os bandoleros encartados arranjaram poltrona satisfatória tirando o ****** do Avelino que ficou num banco corrido. Incompetente

Publicado por: pyrenaica às outubro 10, 2005 02:14 PM

Mário às outubro 10, 2005 01:34 PM

Já pediu a lista dos nomes para começar a riscar?

Publicado por: Vítor às outubro 10, 2005 02:18 PM

Publicado por: pyrenaica às outubro 10, 2005 01:56 PM

Não me preocupo com o eventual mau Karma que esta medida poderia originar. Muito pelo contrário. Estes funcionários acabariam por agradecer-me, nem que fosse pela redução de consumo de Prozac.

Publicado por: Mário às outubro 10, 2005 02:19 PM

Publicado por: Vítor às outubro 10, 2005 02:18 PM

Já tenho a lista sim, mas vou riscar ao contrário. Vou riscando aqueles que ficam, amigos, colegas de partido e outros com simpatias fascistas neo-liberais.

Publicado por: Mário às outubro 10, 2005 02:21 PM

Braveman às outubro 10, 2005 12:39 PM

A isso chama-se ter demasiada prisa em responsabilizar quem não foi visto nem achado nos palpites.

Se quer saber quem foram os responsáveis, leia o que eles dizem de si próprios. Parece que são muito bons a determinarem qual o detergente que os consumidores preferem
http://www.intercampus.pt/body12.htm

Publicado por: (M) às outubro 10, 2005 02:22 PM

O problema fulcral que ninguem (mais ou menos refastelado no regime) se atreve a referir é o de os eleitos empregarem uma parte dos fundos públicos para aquilo a que eles se destinam, e outra parte ser surripiada para sustentar as máquinas de autopromoção dos Partidos, que é a forma como se eternizam no Poder.
Chegados aqui, algo mudou, e eu gostei de ver o Valentim, que sabe destes processos como ninguem, a desancar o "zé-ninguem" do PSD! óptimo!, não vejo aqui nenhuma "enfermidade para a democracia" que não existe. Vamos ver então se o Estado/Partidos/Magistratura conseguem levar alguem preso dos valentins,fátimas e isaltinos - ou se o caciquismo sobrevive - e com que credibilidade fica a já diminuida credibilidade dos partidos se tal não acontecer.

Publicado por: xatoo às outubro 10, 2005 02:35 PM

Cavaco e uma solução "musculada" perfila-se no horizonte,,, agora por isso - como teria ficado a barracada da candidatura da Goldman Sachs à Câmara de Alter?

Publicado por: xatoo às outubro 10, 2005 02:39 PM

Mário às outubro 10, 2005 02:21 PM

Ah grande Mário! Assim está bem.
Força.

Publicado por: Vítor às outubro 10, 2005 02:41 PM

Publicado por: (M) às outubro 10, 2005 02:22 PM

Não estava a tentar culpar ninguém.
Apenas lancei uma acha.

Meio a sério meio a brincar

Publicado por: Braveman às outubro 10, 2005 03:01 PM

oops, ou sou eu que não estou a ver, ou isto é engraçado:

http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=12&id_news=196036

Publicado por: pyrenaica às outubro 10, 2005 03:10 PM

Mais incrível que as sondagens forjadas pela TVI é alguém ver esse canal de televisão.

Publicado por: Mário às outubro 10, 2005 03:14 PM

Pois isso da solução musculada é que eu vou já tratar disso com dois cenários, porque aí ou eu ou ele, ou um milagre, porque isto nunca se sabe. Só me faltava sair-me na rifa ser assessor de imagem deles!

PS mas entretanto a boutade do Dr. Soares deixou-me estarrecido, mas ainda pode dar uma linda brincadeira (?), precedentes de quem se coloca acima da lei são exemplos de liberdade (?), agora a coisa lamurienta e dengosa do joãozinho...o meu estômago...

Publicado por: pyrenaica às outubro 10, 2005 03:16 PM

«(...) e outra parte ser surripiada para sustentar as máquinas de autopromoção dos Partidos, que é a forma como se eternizam no Poder (...)». (xatoo)

Querem ver que o problema judicial da FF foi afinal um simples engano no NIB do PS ?

Publicado por: asdrubal às outubro 10, 2005 03:17 PM

xatoo às outubro 10, 2005 02:35 PM
e OUTROS a qualquer hora

Nesta estória dos compadres valentins, dos partidos e das candidaturas «independentes» (os círculos uninominais não são deste filme), andam todos a chutar ao lado.
Uns porque não conhecem o jogo, outros porque o conhecem bem demais.

O PSD e o PS não alijaram Valentim, Isaltino e Fátima por pensarem que eles são vigaristas, mas apenas porque eles se deixaram apanhar.
Gente como eles há aos pontapés nas autarquias e os partidos têm conhecimento de todos e do que eles fazem.
Quem os conhece sabe que João Soares é tão honesto como Isaltino Morais — a única diferença é que Soares não tem um primo taxista.

Na minha opinião, não é nas candidaturas nem no sistema eleitoral que está o problema. A única coisa que é preciso que funcione é a Polícia Judiciária. E os tribunais, está bem de ver.

Publicado por: (M) às outubro 10, 2005 03:21 PM

Publicado por: Mário às outubro 10, 2005 03:14 PM

Concordo plenamente

Mas acabei por apanhar esses números

Publicado por: Braveman às outubro 10, 2005 03:26 PM

Pois é: Direito de Regresso. Hihi!

PS em relação a um comment acima não vá o diabo tecê-las porque eu não sei quem lê este blog, quero desde já declinar qualquer convite profissional nesse sentido, do casal Silva, por razões de saúde - o estômago! Apesar de eu também ser caranguejo e por isso ainda acalentar a esperança de que daqui a 10 anos possamos conversar serenamente...

Publicado por: pyrenaica às outubro 10, 2005 03:30 PM

xatito, ouve lá uma coisa, rapaz, que comigo é a verdade acima de tudo. Aletheia. Se eu não engano deu um vipe no Bloco e em particular no FL que se eclipsou e no gordinho sorridente do Porto que foi c*mido pelos Ruis. A Joana no post anterior foi certeira, mandou-lhe um olhar de Medeia.

Imagina que patetas que eles são, foram chamar Bloco àquilo, eles que foram treinados no materialismo dialéctico, esquecendo-se que um nome arrasta o seu contrário... Bom O Fazenda é mais inteligente... Le prochain?

Publicado por: py às outubro 10, 2005 04:01 PM

espero que os meteorologistas acertem nas horas que eu tenho de ir a Lisboa

http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=13&id_news=196103

Publicado por: pyrenaica às outubro 10, 2005 04:20 PM

ena tanta teoria , parecem politicos a falar ....

eu tambem tenho uma teoria , acho que as pessoas votaram não em pessoas , mas sim para mostrar descontentamento , mas esse descontamento ao contrario do que os politicos dizem não é por causa das politicas sociais do socrates , o descontentamento da população é com a situação economica dos proprios , a classe media anda á anos a perder poder de compra , a classe media farta-se de trabalhar e não é recompensada , os baixos salarios com os altissimos impostos levaram a classe media a deixar de acreditar nos dois grandes partidos (nos outros nunca ninguem acreditou , excepto as tvs e algumas zonas do país )por isso vota no que não esta no governo ou em demagogos populistas , isto é bem evidente nos votos dos centros urbanos onde vive a esmagadora maioria da classe media com rendimentos inferiores a 750 euros mês .


conclusão : o povo mostra descontentamento no voto por causa da sua situação economica e quem paga é sempre o partido no governo , quando a situação economica da classe media estiver regularizada , talvez as teorias filosoficas dos comentadores deste blog façam sentido , neste momento a triste realidade do dia a dia fala mais alto , o voto do povo é contra quem esta no governo e nada faz para melhorar o baixissimo nivel de vida dos portugueses .

em linguagem corrente :o pessoal esta-se a cagar pra quem manda nas camaras municipais ,o pessoal quer é viver melhor .


Publicado por: jojo às outubro 10, 2005 04:20 PM

"O PSD e o PS não alijaram Valentim, Isaltino e Fátima por pensarem que eles são vigaristas, mas apenas porque eles se deixaram apanhar".

Como os vago-mestres no Ultramar.
«Só não podes é ser apanhado», ehehe, tudo se repete ... eia povinho de classe !

Publicado por: asdrubal às outubro 10, 2005 04:26 PM

Presidentes à beira de ter de prestar contas à justiça devem ser muitas dezenas. A procissão ainda vai no adro.

Publicado por: lopes às outubro 10, 2005 05:42 PM

Enigmas & Mistérios:

Façam uma pesquisa no Google a partir da palavra FAILURE e vejam o que obtêm

ATENÇÃO, este exercício não é recomendável a espíritos sensíveis

Publicado por: (M) às outubro 10, 2005 06:47 PM

pois eu bem me parecia que isto não era tão linear assim:

http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=12&id_news=196153

Publicado por: pyrenaica às outubro 10, 2005 08:07 PM

"o intelectual auto-iluminado JPP."

ora aqui está um afirmação, nada populista e demagógica, feita por Joana e apoiada por todos os "mários" deste blog!

Publicado por: zippiz às outubro 10, 2005 10:43 PM

zippiz: não sabia que apreciava tanto o JPP.

Publicado por: David às outubro 10, 2005 10:49 PM

Eu gosto muito da Fátima

Publicado por: Coruja às outubro 10, 2005 10:59 PM

Quem lhe terá feito as plásticas?

Publicado por: Coruja às outubro 10, 2005 11:00 PM

Porque é que o JPP, no seu nervosíssimo discurso atabalhoado como comentador de TV, «ilibou» o homem de Oeiras - à revelia do «Petiz» - daquelas coisas do populismo e do fascismo ?
É claro que o Sr é mais elaborado que o Major, mas para efeito de «colecta», se calhar é mais eficaz ... o PSD é financiado via Cantão Suiço ?

Publicado por: asdrubal às outubro 10, 2005 11:00 PM

Publicado por: David às outubro 10, 2005 10:49 PM

entre a foragida Felgueiras e JPP, do ponto de vista politico, não há 2 escolhas.

Publicado por: zippiz às outubro 11, 2005 12:01 AM

Não sei. Eu preferia a Fátima. Então depois dos liftings

Publicado por: David às outubro 11, 2005 12:59 PM

Duas irreflexões

Publicado por: Cisco Kid às outubro 13, 2005 06:59 PM

O que esta gaja está é a apoiar os candidatos bandidos denunciados pelo Louçã

Publicado por: Cisco Kid às outubro 13, 2005 07:00 PM

Pois está

Publicado por: Coruja às outubro 14, 2005 12:30 AM

Pois está

Publicado por: Coruja às outubro 14, 2005 12:31 AM

Pois está

Publicado por: Coruja às outubro 14, 2005 12:31 AM

Pois está

Publicado por: Coruja às outubro 14, 2005 12:31 AM

Pois está

Publicado por: Coruja às outubro 14, 2005 12:31 AM

Pois está

Publicado por: Coruja às outubro 14, 2005 12:31 AM

A interpretação do discurso da FF está completamente errada. Foi um episódio patético, revelador das profundas debilidades intelectuais da senhora e do estado em que ela ficou: isolada lá em Felgueiras, a mandar no seu povinho, mas perfeitamente consciente de que esta vitória não contraria em nada, antes pelo contrário, a imagem que o país tem dela: de pessoa mais que suspeita, provavelmente corrupta e, ainda por cima, foragida à Lei sem vergonha na cara.
Fosse o PS um partido de jeito e teria tirado daqui dividendos sem conta.

Publicado por: duarte às outubro 14, 2005 11:41 AM

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