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outubro 20, 2005

Banalidade e Destempero

Ou de Salamanca a Bruxelas passando pelo nosso sítio

O actual PR vai deixar uma herança trágica ao país. A sua década presidencial é o período do afundamento do país e do regime. E a sua marca é a banalização do discurso, a inconsequência das acções e o pesado impacto das omissões. Provavelmente satisfazia-o as sondagens que lhe davam sempre mais popularidade que a outros políticos. Foi um erro: os portugueses premeiam quem diz coisas de que gostam, mas que não tem qualquer responsabilidade de as pôr em prática, nem tem que tomar decisões. A pusilanimidade e a não-decisão são premiadas no nosso país: quer entre os políticos, quer entre os gestores públicos. São aqueles que não podem eximir-se a tomar decisões que são escrutinados pela comunicação e pela opinião pública.

Constitui um caso evidente de desconcerto e falta de percepção do que se passa na própria casa, dar azo a que Chavez (cujo regime dificilmente se pode vangloriar de ser um exemplo de Estado de direito) desse lições a Portugal sobre o que é um Estado de direito e deixasse subentendido que, em matéria de morosidade e eficiência, a justiça portuguesa tem muito que melhorar até se igualar à do 3º Mundo.

Ontem, em Bruxelas, acusou as instituições da UE de não serem capazes de ultrapassarem a “actual crise de confiança grave e insidiosa” que se instalou na Europa. O Presidente da República Portuguesa preside ao país onde a “actual crise de confiança grave e insidiosa” é seguramente a mais dramática. Durante a sua década, a justiça portuguesa afundou-se na ineficiência e perdeu completamente o respeito da sociedade; durante a sua década o ensino, que já não estava bem, afundou-se no desleixo, no laxismo e na má qualidade; durante a sua década o SNS continuou a perder qualidade e afundou-se num consumismo que o tornou um sorvedouro de recursos nacionais sem qualquer contrapartida. Durante a sua década o país ficou num terrível impasse financeiro e económico, de que levará muitos anos a sair, e isto se houver vontade colectiva para nos vermos livres de todo o lastro de irresponsabilidade, laxismo, privilégios “adquiridos” e disparates de todos os géneros decididos e conseguidos durante a última década.

Como é que o Presidente de uma república, no estado em que a nossa está, tem o desplante de produzir as declarações ontem proferidas em Bruxelas?

Simples. Basta atentar no facto de que durante 6 anos o PR assistiu impávido ao esbanjar da nossa riqueza e ao acumular de uma herança pesadamente negativa que teria que ser paga pelas gerações seguintes. É certo que a população vivia eufórica, com a queda abissal das taxas de juro e com as oportunidades imensas de consumo sustentadas por um endividamento acelerado. É certo que as SCUT’s eram um êxito – traziam receitas enormes para o erário público (IVA, IRC e IRS adicionais durante a construção) e não custavam nada a ninguém. O país realizou a Expo’98 e preparou-se para o Euro 2004. Só o céu era o limite. E no centro deste espectáculo, as arengas anestesiantes de Guterres.

A generalidade da população não tinha dados para se aperceber do abismo para onde Portugal deslizava, mas o PR tinha economistas a assessorá-lo, sabia-se o valor do défice ajustado pelo ciclo económico, e sabia-se que Portugal estava gastar demais e a acumular demasiadas responsabilidades financeiras para as gerações vindouras. E perante este caminhar para o abismo, nem uma palavra, nem um chamamento de atenção … nada … apenas banalidades.

Com o governo que se seguiu à demissão de Guterres, o PR resolveu ter um papel pontualmente interventor, no meio das banalidades usuais – produziu o estribilho «há vida para além do défice». Foi um mote para ser glosado por todos aqueles que queriam continuar a gastar à tripa forra, e um indicador incontornável que o PR (e provavelmente os seus assessores) não sabia, não queria saber, ou fingia que não sabia, o que se passava no país e o estado em que ele estava. Pedia investimento na educação, quando se sabia que Portugal tinha um dos mais caros sistemas de ensino da Europa e seguramente o pior. Procurava popularidade junto das corporações dos interesses instalados, em vez de zelar pelo bem do país.

A questão do Governo de Santana Lopes foi um episódio lamentável. Demorou tempo demais a decidir, criou todas as condições para a instabilidade governativa e levou-o à demissão sob pretextos grotescos: 1) “a composição do parlamento já não corresponde à vontade do eleitorado” (razão que levaria à dissolução de todos os governos europeus após as eleições europeias) e 2) «uma sucessão de episódios que ensombrou decisivamente a credibilidade do Governo e capacidade de enfrentar a crise que o país vive», uma afirmação paradoxal para um PR que tutelou os episódios ridículos em que o governo de Guterres esteve envolvido, com ministros a saírem e a fazerem declarações insultuosas, convocando mesmo conferências de imprensa para o efeito. A sorte do PR foi o PSL ter revelado uma reduzida estatura política e ter-se deixado enlear ingenuamente naquela óbvia armadilha política.

Durante este governo o PR tem assistido impávido à continuação do afundamento da moralidade política, com a apropriação irrestrita do aparelho de Estado pelo PS e pelos amigos de Sócrates. E o que era branco passou a ser preto. Afinal já «não há vida para além do défice». O que antes eram direitos adquiridos, agora são privilégios corporativos. O que antes eram trapalhadas, agora é … o silêncio. O PR mostrou, para além das banalidades do seu discurso, que não é um presidente de todos os portugueses, apenas um presidente dos interesses do PS. Serviu fielmente Guterres, enquanto este afundava o país, e serve agora Sócrates na tarefa de tentar (esperemos …) apanhar os cacos a que ficou reduzido o país.

E é este Presidente que clama em Bruxelas contra o «crescimento insuficiente da zona euro» e contra o «nível intolerável do desemprego». Será que o PR julga que em Bruxelas se desconhece o que se passou e passa em Portugal? Ou pior, será que o PR desconhece o que se passou aqui, nesta década em que ele foi Presidente? Será que quando diz estas coisas não sente qualquer peso na consciência, nem se insinuam dúvidas no seu cérebro?

Publicado por Joana às outubro 20, 2005 07:55 PM

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Comentários

O meu desejo é o de que os portugueses ao analisarem a década que passou, percebam que o Presidente Sampaio foi mansamente e na retaguarda o maior responsável pela situação em que o país se encontra, pois a sua magistratura de influência foi nenhuma, e chega ao fim com o estigma de uma nulidade total, que se manifesta quer internamente quer no plano internacional e da representação do país. Ele é um ZERO, e os ultimos dez anos deste pais foram de completa estagnação social, cultural e económica, muito graças a ele, porque a Constituição lhe reservava poderes que não soube usar e que quando usou usou mal. Não o sabemos agora, sempre o soubemos só que preferimos esconder a cabeça na areia.

Publicado por: Joao P às outubro 20, 2005 08:59 PM

Vamos lá ver se com Cavaco ... se ganhar

Publicado por: Gros às outubro 20, 2005 09:15 PM

A declaração de abertura de campanha dele foi muito positiva. Principalmente para quem está farto deste laxismo e incompetência

Publicado por: Gros às outubro 20, 2005 09:17 PM

Não costumo comentar nestes termos.
Mas, face ao que a Joana escreve e ao único comentário que li, só me apetece dizer:
tomem um "rennie" a ver se vos passa a azia e ganham um pouco de vergonha!


Publicado por: Vítor às outubro 20, 2005 09:18 PM

Parece que este post caiu mal a alguém

Publicado por: AJ Nunes às outubro 20, 2005 09:28 PM

Estômagos delicados ou então pensar-se que também os outros pensam com o estômago

Publicado por: AJ Nunes às outubro 20, 2005 09:30 PM

AJ Nunes às outubro 20, 2005 09:30 PM
O que parece é que o meu comentário caiu mal a quem pensa com o intestino...

Publicado por: Vítor às outubro 20, 2005 09:31 PM

"...se houver vontade colectiva para nos vermos livres de todo o lastro de irresponsabilidade, laxismo, privilégios “adquiridos” e disparates de todos os géneros...".

Como é que é possível haver vontade colectiva se...

"...os portugueses premeiam quem diz coisas de que gostam, mas que não tem qualquer responsabilidade de as pôr em prática...".

Está visto que não há mesmo solução!

Publicado por: Senaqueribe às outubro 20, 2005 09:49 PM

É estranho. Eu acho o Soares um tipo politicamente mais sacana e com menos escrúpulos que Sampaio. No entanto a presidência do Sampaio foi um completo desastre, mais que a do Soares.

Publicado por: curioso às outubro 20, 2005 10:00 PM

Senaqueribe às outubro 20, 2005 09:49 PM:
Eu também tenho receio que não haja uma solução. Mas como opaís está cada vez pior e cada vez mais gente se apercebeu disso, talvez haja uma esperança

Publicado por: curioso às outubro 20, 2005 10:02 PM

Este post é um panfleto duro contra Sampaio, mas lendo atentamente vê-se ali muitas verdades que vão ficar agarradas ao nome de Sampaio por muito tempo.
Guterres foi o pior governo português desde o reinado de D. Maria. Sampaio foi o nosso pior presidente.

Publicado por: curioso às outubro 20, 2005 10:05 PM

Sampaio só é possível neste país. Neste país a precisar rapidamente de ganhar "juízo". Precisamos de "mudar de vida". Necessitamos de mais qualidade na maneira de fazer "política". Precisamos, urgentemente, de novos actores políticos. Não vamos lá com "mais do mesmo".
Haja sa..quinho para aguentar os próximos tempos.
Vai ser duro!

Publicado por: jdoutelcoroado às outubro 20, 2005 10:14 PM

Este post está incompleto.
Joana devia terminar o comentário assumindo ser "Mandatária dos técnicos economistas não-politicos" da candidatura do técnico não-politico ACSilva.

Publicado por: zippiz às outubro 20, 2005 10:23 PM

« (...) mas o PR tinha economistas a assessorá-lo (...)».
Pois é. E quem são eles ?

Publicado por: asdrubal às outubro 20, 2005 10:33 PM

Repararam no cenário durante o discurso de sampaio em Bruxelas?

Como é que o presidente da républica aceita discursar ao lado da bandeira nacional colocada do avesso? Sei que parece ser bota-de-elástico, porra, mas a bandeira devia ser respeitada como simbolo do país.

Publicado por: diogenes às outubro 20, 2005 10:34 PM

Pois é: o país está uma merda.
E neste blogue (extraordinária coincidência) reuniram-se os portugueses que não têm responsabilidade nenhuma nesse facto.
Resta-me propôr que se crie um Governo sombra com os ilustres comentadores.

Publicado por: Vítor às outubro 20, 2005 11:02 PM

Os portugueses estão fartos de políticos politiqueiros do género, justamente, daquele "piqueno" porta-voz do Geronte. Os comentários à apresentação de Cavaco Silva (e eu não voto em presidenciais) foram todos, sem excepção, de um nervosismo muito mal disfarçado.

Publicado por: asdrubal às outubro 20, 2005 11:07 PM

Não vai faltar bolo-rei:
http://www.as-coisas.blogspot.com/

Publicado por: zippiz às outubro 20, 2005 11:10 PM

Acho que há alguns que ficaram muito nervosos e agressivos com a candidatura de Cavaco Silva

Publicado por: Diana às outubro 20, 2005 11:15 PM

Cavaco mostrou, na apresentação da candidatura, uma estatura política completamente diferente e a milhas dos outros candidatos.
É isso que está a enervar alguns e a torná-los agressivos

Publicado por: Diana às outubro 20, 2005 11:18 PM

É claro que estamos no começo e as coisas podem mudar. Mas se os que se opõem a Cavaco Silva agirem com a dor de cotovelo que tenho lido, ainda pioram.

Publicado por: Diana às outubro 20, 2005 11:19 PM

mais um post, mais uma cavadela

Publicado por: xatoo às outubro 20, 2005 11:20 PM

Não percebo. Este post é sobre o Sampaio

Publicado por: Coruja às outubro 20, 2005 11:20 PM

E só vejo discutirem o Cavaco

Publicado por: Coruja às outubro 20, 2005 11:21 PM

Tirando o xatoo, que debate agricultura tradicional

Publicado por: Coruja às outubro 20, 2005 11:22 PM

Diana às outubro 20, 2005 11:18 PM

Não me parece que assim seja. A apresentação da candidatura de Cavaco não mudou nada. Não passou de uma formalidade pífia. Não há razões para nervosismos agora.
Há, isso sim, a oportunidade de começar, finalmente, a desgastar Cavaco. E vão começar o quanto antes, uma vez que ele veio algo atrasado. É preciso descontar o perdido.
O nervosismo a que assisti (na direita, mas também na esquerda) deu-se com a surpresa da candidatura de Soares.
Esse nervoso amainou e passou a esfregar de mãos ao saber-se dos resultados das sondagens com Cavaco.

Publicado por: Vítor às outubro 20, 2005 11:26 PM

Do diccionário:
pífio
adj., pleb., reles;
vil;
grosseiro;
ordinário.

Quando o debate chega a este nível, é porque há muito azedume e já se perdeu o chá.

Publicado por: Diana às outubro 20, 2005 11:31 PM

Diana às outubro 20, 2005 11:31 PM

Pífio significa também "sem importância".

Quando não souber o significado de uma palavra, aconselho-a a largar a chávena de chá e a procurar, num bom dicionário, o seu significado (em vez de fazer uma simples busca num dicionário on-line...).

Publicado por: Vítor às outubro 20, 2005 11:46 PM

Concordo inteiramente com a visão da Joana, mas não fico surpreendido. Sampaio Presidente da República é o mesmo que os portugueses ( e os socialistas) não quiseram para Primeiro-Ministro, é o mesmo que aprovou o Colombo e outras barbaridas enquanto (se) governava (n)a Câmara de Lisboa... e é sobretudo um tipo de discurso pífio, marido de uma hospedeira da TAP com 2 metros de altura e cara de cavalo. Desculpem lá,não é para ofender a senhora, mas isto diz muita coisa sobre um homem...
Quanto a Cavaco, só tenho realmente pena da nossa "Constituição" ser aquilo que é...

Publicado por: Xiko às outubro 20, 2005 11:47 PM

Crise? Qual crise ?


Lucros do BPI sobem 15,2% até Setembro

O BPI lucrou 158 milhões de euros nos primeiros nove meses deste ano, o que representa um incremento de 15,2% face ao período homólogo do ano passado, anunciou a entidade esta quinta-feira em comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
diariodigital

Publicado por: zippiz às outubro 20, 2005 11:48 PM

Diana,
então está melhorzinha depois de ler:
Xiko às outubro 20, 2005 11:47 PM ?

Publicado por: zippiz às outubro 20, 2005 11:50 PM

Isto está alterado. Há muito nervosismo. Será por causa do Sampaio ou do Cavaco

Publicado por: sisifo às outubro 21, 2005 12:00 AM

zippiz às outubro 20, 2005 11:50 PM

A sensibilidade pueril da Diana foi afectada pelo discurso "abrutalhado" do Xiko...

Publicado por: Vítor às outubro 21, 2005 12:03 AM

Parece não haver dúvidas que Sampaio ficará na sarjeta da história

Publicado por: Humberto às outubro 21, 2005 12:06 AM

Humberto: por enquanto talvez não. As Câmaras ainda não limparam as linhas de água e não é certo que as sarjetas funcionem.

Publicado por: ruizinho às outubro 21, 2005 12:08 AM

A menos que as sarjetas da História não precisem de ser desentupidas. Mas nesse caso sabe-se lá quem irá parar lá dentro.

Publicado por: ruizinho às outubro 21, 2005 12:10 AM

Este post (e o desenvolvimento que se lhe segue) está engraçado.

Fala-se do "nervoso" dos apoiantes dos adversários de Cavaco.
Mas, cada comentário vindo da direita envolve, quase sempre, o insulto gratuito a Sampaio e a confusão entre vontades e realidades.

Abriram-se as portas?

Publicado por: Vítor às outubro 21, 2005 12:13 AM

Vítor: insulto gratuito acontece quando se escreve "tomem um "rennie" a ver se vos passa a azia e ganham um pouco de vergonha!" em vez de explicar porque é que não se concorda com o que está escrito.

Isso é insulto gratuito. Muitos considerariam tal como indicador de indigência mental, mas recuso-me a ir por aí.

Publicado por: Joana às outubro 21, 2005 12:18 AM

Descrevi duas performances de Sampaio, em Salamanca e em Bruxelas, cotejei-as com o seu comportamento na década em que tem sido presidente, nomeadamente o seu comportamento durante o consulado guterrista.

Ninguém contestou isso. Aliás, apenas resumi situações que já caracterizei com abundância de pormenores e fundamentos noutros posts neste blog.

Foi-me dignosticado azia. Como presumo que não seja médico, e sem me referir a eventuais sintomas de indigência mental, uma coisa é certa: você está a exercer a profissão de medicina sem habilitações académicas e profissionais para o efeito.

Publicado por: Joana às outubro 21, 2005 12:24 AM

Nenhum «grande democrata», como Mário Soares, pode alguma vez dispensar uma derrota eleitoral no seu currículo pessoal. Uma coisa dessas era mesmo contrária à ética republicana que prevê - como muito bem sublinhou Manuel Alegre - a alternância no topo do Estado. E aquilo ainda não «rodou». Mario Soares, nestas eleições, é a «dama de honor» da República na eleição de Cavaco Silva. Sabem-no os dois. E eu também, que sou adivinho ...

Publicado por: asdrubal às outubro 21, 2005 12:27 AM

Joana: a minha solidariedade

Publicado por: Coruja às outubro 21, 2005 12:28 AM

Se eu tivesse feito um post sobre Sampaio e toda a gente aparecesse a discutir o Cavaco eu ficava cheio de azia.

Publicado por: Coruja às outubro 21, 2005 12:29 AM

Mas isso sou eu que tenho um estômago fraco

Publicado por: Coruja às outubro 21, 2005 12:31 AM

Aliás a conversa passou pelo intestino

Publicado por: Coruja às outubro 21, 2005 12:32 AM

E já ia mais além

Publicado por: Coruja às outubro 21, 2005 12:33 AM

Até que a Diana trouxe o cotovelo à baila. Foi o que nos valeu!

Publicado por: Coruja às outubro 21, 2005 12:34 AM

Corujinha, se não queres ingricultura, intão phode-se dzer que
este post é um silogismo disjuntivo
começa-se por afirmar que "S" não presta - logo "C" embora não se mencione explicitamente é que é o bom!
Induz o leitor a não querer "S"
o leitor consente em admitir que "C" é aceitável
ora
fartos de sacanas
andamos nós,,,
só falta aparecer por aqui um Pedro George que não tenha mais nada pra curtir, e que comece a fazer as continhas ás linhas sempre iguais, às citações de clássicos grego-romanos debitadas ad nauseum, às repetições de chavões,arengas anestesiantes,etc.
e temos Margarida
ihihhih
e a sua Obra completa

Publicado por: xatoo às outubro 21, 2005 12:35 AM

Eu não ando farto de sacanas

Publicado por: Coruja às outubro 21, 2005 12:40 AM

Mantenho relações óptimas com todo o pessoal daqui

Publicado por: Coruja às outubro 21, 2005 12:41 AM


O que eu sei é que quando temos quatro candidatos de esquerda que se anteciparam contra Cavaco ainda antes do homem se candidatar, isso jogou a favor de Cavaco. Tantos contra um.

O que eu sei é que Cavaco ainda não tinha dito nada e já toda a gente falava dele. Todos pensavam nele como "o homem" (a apoiar ou a afrontar, conforme o caso).

Ele fez um discurso simples a apresentar a candidatura, mas sem nada de substancial face ao que se sabia (na minha opinião), e mesmo assim produziu um efeito mediático substancial.

Todo este peso foi ganho SEM dizer nada.

E porquê ?

Acho que aí a Joana tem razão, sem o dizer: a década de Sampaio como PR deixou uma espécie de remorso naqueles que elegeram Sampaio e Guterres em 95/96 para se verem livre de Cavaco.

E Cavaco renasce como a Fênix, apenas adubado pela (triste) realidade em que se converteram todas as ilusões de então. Tornou-se o D.Sebastião dos nossos dias, num povo já dado a sebastianismos.

Curiosamente, a estratégia (se é que há alguma...) da esquerda ainda ajudou mais a essa imagem que Cavaco habilmente vai usando.

Depois, Cavaco pode atirar a qualquer momento à cara de Soares duas frases do mesmo:

1) "os Portugueses nunca põem os ovos todos na mesma cesta"

2) "Fidel Castro já é um dinossauro" (cerca de 1990)


O mundo é mesmo composto de mudança...

Publicado por: J P Castro às outubro 21, 2005 12:44 AM

Isto é normal; de 15 em 15 dias Joana "bate" em Sampaio.
Mas a partir de hoje já tem quem elogiar.

Publicado por: zippiz às outubro 21, 2005 12:44 AM

Coruja: você ou é muito inteligente ou completamente néscio

Publicado por: v Forte às outubro 21, 2005 12:47 AM

Com a devida vénia do Blasfémias (da parte que ainda não está contaminada!):

ÚLTIMA HORA: CAVACO SILVA REJEITA CANDIDATAR-SE A BELÉM

Das Agências Noticiosas:

- «Não esperem de mim situações políticas indefinidas. Fui sempre um defensor de posições políticas claras e não podia deixar de o ser nesta hora difícil para Portugal, de grave crise nacional. Mas não posso, em consciência, candidatar-me à mais alta magistratura da Nação num quadro constitucional de confusão de poderes. O nosso sistema de governo foi desenhado para alimentar a guerrilha institucional entre a Presidência da República e o Governo. Permitiu, ao longo dos seus trinta anos de vida, os governos presidenciais do General Ramalho Eanes. Os bloqueios institucionais de Mário Soares; A dissolução de uma Assembleia da República com uma maioria absoluta.
Os portugueses conhecem-me! Sabem que se voltasse a ter responsabilidades políticas, não seria nunca um espectador estático do que se passaria no País. Os portugueses conhecem-me! E sabem que o meu desejo é que o País progrida e que tudo faria para que isso acontecesse. Não transigiria, por isso, com a má governação e com erros que se poderiam revelar fatais para o nosso futuro colectivo. Não seria, portanto, um Presidente distanciado dos problemas reais do País e da forma como os Governos os pretenderiam resolver.
Por estas razões, no actual quadro constitucional, não serei candidato à Presidência da República.»

(Excerto da declaração do Professor Cavaco Silva ao País)
rui at 21:40 | Muitas heresias (11)

Publicado por: zippiz às outubro 21, 2005 12:48 AM

Joana às outubro 21, 2005 12:18 AM

Não me vou dar ao trabalho de lhe explicar, em detalhe, porque é que não concordo com o seu post. Em termos gerais considero-o uma mistura de verdades e mentiras (o tal cadinho da demagogia) com um tempero excessivo de revanchismo.

Mas sempre lhe direi que está dispensada da benevolência que demonstra ao recusar-se "a ir por aí." É (seria) reconfortante constatar que alguns dos frequentadores do blogue vêem nos meus comentários, indícios de indigência mental.
Mal seria que, com o nível demonstrado pelos próprios, assim não fosse...

Publicado por: Vítor às outubro 21, 2005 12:48 AM

Inclino-ma mais para a 1ª hipótese

Publicado por: v Forte às outubro 21, 2005 12:49 AM


E quanto ao post, Joana, o duplo padrão é algo recorrente no mundo da psicologia.

O PR Sampaio usa-o muito (e você aponta isso). Qualquer psicólogo político (?) chegaria portanto à mesma conclusão que você: PR de um certo Portugal, apenas. Do Portugal da sua base de apoio.

Publicado por: J P Castro às outubro 21, 2005 12:50 AM

zippiz às outubro 21, 2005 12:48 AM: Querias!

Publicado por: David às outubro 21, 2005 12:52 AM

Joana às outubro 21, 2005 12:24 AM

Já que ficou tão aborrecida com as figuras de estilo fale lá abertamente da minha bendita "indigência mental". De outro modo receio que ainda sofra uma apoplexia.
Mas cuidado. Não me parece que tenha as habilitações académicas e profissionais para se esticar no discurso...

Publicado por: Vítor às outubro 21, 2005 12:57 AM

A caracterização de Sampaio está excelente. Perfeito. Parabéns pelo post

Publicado por: hanibal às outubro 21, 2005 12:57 AM


O post do zipizz sobre a não-candidatura de Cavaco deixou-me a pensar... E se o homem não se candidatasse mesmo ? Era um cenário estranhíssimo, do ponto de vista político. Tantos candidatos contra um não-candidato !

Só que é melhor não pensar nisso, pois a Natureza tem horror ao vazio. É só mais uma hipótese que não se verificou.

Publicado por: J P Castro às outubro 21, 2005 01:02 AM

Coruja,
então chamam-lhe inepto (Publicado por: v Forte às outubro 21, 2005 12:47 AM)
assim sem mais nem menos !?

Publicado por: zippiz às outubro 21, 2005 01:10 AM

Falemos então de Sampaio :
Eu, sinceramente gosto do homem. Não como presidente, mas como pessoa. É uma óptima pessoa, e não estou a ser hipócrita. Do ponto de vista político e do seu desempenho na presidência, subscrevo o que aqui foi escrito por Joana. Mas acerca dos «anos de regabofe» e da sua consequência eleitoral, culpo muito mais Durão Barroso por não ter envolvido a Presidência desde logo que produziu o «discurso da tanga», do que o próprio Presidente.
Um Presidente não governa mas preside, e se tem assessores à altura da estafada «magistratura de influência» é co-reponsável pela «tanga», ele e o Governo que governou mal. Por não tê-lo feito, Durão Barroso permitiu que ainda hoje se acuse, uma e outra vez os três anos do seu Governo, a sua «fuga» para Bruxelas, e por junto o próprio Cavaco Silva por ter sido o mentor e responsável pelo sistema retributivo da Administração Pública, entretanto eleito o bode expiatório da «tanga» e da crise que o país atravessa. São todos uns grandes estadistas. Viva a republiqueta.

Publicado por: asdrubal às outubro 21, 2005 01:15 AM

J P Castro às outubro 21, 2005 01:02 AM: O post do blasfemo transcrito por zippiz é uma piada "liberal". Cavaco não é um liberal de raiz, logo os liberais têm algumas reservas sobre ele.

Publicado por: Sa Chico às outubro 21, 2005 01:33 AM

É claro que acabam por votar nele como o mal menor, porque os outros são de fugir.

Publicado por: Sa Chico às outubro 21, 2005 01:34 AM

zippiz: Inepto não. Inteligente ou néscio.
Mas estava indeciso

Publicado por: Coruja às outubro 21, 2005 01:36 AM

Eu próprio também estou indeciso

Publicado por: Coruja às outubro 21, 2005 01:37 AM

A política estará sempre no reino do possível, numca no do ideal.

Publicado por: Pedro Oliveira às outubro 21, 2005 01:47 AM

A política estará sempre no reino do possível, nunca no do ideal.

Publicado por: Pedro Oliveira às outubro 21, 2005 01:47 AM

Ehehe, boa «Coruja», grande resposta.

Publicado por: asdrubal às outubro 21, 2005 01:50 AM


Sa Chico às outubro 21, 2005 01:34 AM

Segundo algumas sondagens, numa segunda volta parte da esquerda votará em Cavaco (contra Soares e, noutro cenário, contra Alegre) numa lógica de "mal menor".

O problema dos "males menores" é que são "males" na mesma.

De resto, eu estou descansado. Como adepto de regimes monárquicos, o meu primeiro impulso é votar em branco. Caso não o faça, será a primeira vez.

Enquanto o Chefe de Estado não for sorteado, recuso a dar-lhe o meu apoio. Até lá estamos sempre a escolher entre "males menores" escolhidos por outros.

Publicado por: J P Castro às outubro 21, 2005 02:56 AM

Joana às outubro 21, 2005 12:18 AM

Concordo consigo, mas olhe que Você tembám envereda, não raro, pelo insulto gratuito, quando não lhe apetece, ou não consegue, argumentar.

Publicado por: Luís Lavoura às outubro 21, 2005 09:47 AM

Concordo no geral (embora não nalguns particulares) com o julgamento da Joana sobre Sampaio. Sampaio não me surpreendeu, porque já havia sido assim à frente da Câmara de Lisboa. É um tipo que tem muito boas ideias, que discursa dizendo coisas muito verdadeiras, mas que depois na prática faz (ou, mais usualmente, deixa fazer) tudo ao contrário das ideias que apregoa. Nunca votei no Sampaio, nunca me deixei enganar por ele.

Publicado por: Luís Lavoura às outubro 21, 2005 09:55 AM

Do ponto de vista da caracterização da "década" de Sampaio está impecável

Publicado por: Luis Silva às outubro 21, 2005 10:38 AM

Parabéns pelo post! Subscrevo inteiramente.

Publicado por: PM às outubro 21, 2005 10:54 AM

"É estranho. Eu acho o Soares um tipo politicamente mais sacana e com menos escrúpulos que Sampaio. No entanto a presidência do Sampaio foi um completo desastre, mais que a do Soares".

Curioso, esqueceu quem era o Primeiro Ministro durante a presidência do Soares?

Publicado por: Joao P às outubro 21, 2005 11:44 AM

Jorge Sampaio é, além de tudo o que a Joana disse, um homem do passado, perito em identificar os problemas do passado mas sem saber prever os problemas do futuro. (Nisso coincide, infelizmente, com os três principais atuais candidatos à presidência da república. Sendo todos homens com 60 ou mais anos, só vêem os problemas do passado, não os do futuro.) Quando presidente da Câmara de Lisboa, Sampaio viu os problemas urbanísticos, mas não soube prever que o grande problema que a cidade começaria a enfrentar, durante o seu mandato, seria a invasão diária por centenas de milhar de automóveis de suburbanitas. Sampaio procurou, geralmente mal e sem sucesso, conter os problemas urbanísticos, enquanto deixava tomar proporções dantescas, debaixo dos olhos de todos, os problemas da ocupação violenta do espaço público por centenas de milhar de automóveis estacionados nas mais variadas formas de contravenção, os problemas de atropelamentos violentos de peões nas ruas da cidade, transformadas em pistas de aceleras, etc. Agora como presidente da república, Jorge Sampaio, como os restantes, vê o problema do deficit, vê muitos outros problemas, mas não vê o gigantesco buraco em que o país está enterrado devido à sua ineficiência energética e à sua brutal dependência de energias importadas cada vez mais caras, já sem falar da crescente aridez do território, etc.

Publicado por: Luís Lavoura às outubro 21, 2005 11:49 AM

Pois eu não acho que Sampaio seja bom a prever o passado

Publicado por: Coruja às outubro 21, 2005 12:53 PM

Nem o presente

Publicado por: Coruja às outubro 21, 2005 12:54 PM

O futuro não sei, porque me desapareceu a Bola de Cristal

Publicado por: Coruja às outubro 21, 2005 12:55 PM

Digam o que disserem, a década do Sampaio foi a do afundamento do país. Não sei que parcela de responsabilidades Sampaio tem nisso. Isso é um julgamento que a História fará. Que foi um desastre, está à vista

Publicado por: Filipa Sequeira às outubro 21, 2005 12:59 PM

Ao ler este post, fiquei de repente com a necessidade de esclarecer duas dúvidas:

1 - Nos ciclos económicos, qual é a dilação entre o tempo das decisões e o tempo dos efeitos? Por outras palavras, em que tempo é que foram tomadas as decisões que deram origem aos efeitos sentidos no período coincidente com os mandatos de Sampaio?

2 - No plano constitucional, que capacidade de intervenção e que poder de decisão têm os presidentes da República em Portugal para contrariarem os disparates feitos pelos governos?

Desculpem lá a ignorância, mas é só por uma questão de estatística...

Nota — Para acalmar alguns ânimos, deixem-me lembrar que nestas eleições não há mais candidatos «de esquerda» do que em muitas anteriores e que houve sempre só um candidato de direita. Que, por acaso, perdeu sempre.
Cavaco tinha muito a ganhar se só tivesse anunciado a candidatura na véspera das eleições. O problema (para ele) é que agora começou a falar e vai ter de continuar a fazê-lo até às eleições...

Publicado por: (M) às outubro 21, 2005 01:49 PM

Sobre o Sampaio,e com objectividade, não se pode deixar de concordar com a Joana.
Sampaio nunca ficará na História, e se tal acontecer é por três maus motivos: 1º, porque voltou a legalizar os touros de morte em Portugal;2º, porque demitiu um governo com maioria; e 3º, porque defendeu a inverssão da presunção da inocência.

Qualquer uma destas três medidas dizem tudo sobre o homem. Quanto à primeira, foi a fórmula que encontrou para se livrar de problemas sociais. Ao contrário de mostar coragem e de se submeter aos insultos, preferiu optar pela simplicidade do desenrrascanço: esqueceu-se, contudo da crueldade que o seu acto contém e o recuo civilizacional que os nossos filhos vão ter que arcar.

Quanto à segunda medida, a de demitir um governo com maioria na AR, deu início a um perigo futuro com eventuais presidentes dados a birras (como o Soares). Que raio de leitura terá ele feito da Constituição para ter decidido como decidiu (independentemente do que se passou com o Santana)? Foi certamente sob pressão do seu irmão e dos amigos que o fez; só que, para a gradar a estes, abriu a porta a outros perigós para a nossa democracia.

Quanto ao 3º ponto, e vindo de um advogado de profissão, deixa muito a desejar. Eu sei que todos dizem que o homem está passado, e nunca disse coisa com coisa. O facto de ser casado com uma mulher rica e de não ter os problemas que o comum dos seus concidadãos têm, lhe permite uma outra posição. Mas acabar com a presunção de inocência, essa nem na América do Sul.

Ficam alguns incautos plenamente satisfeitos com a saída deste (sem deixar saudades) de Belém, certamente para outros taxos que se avisinham. Porém, enganam-se...e estão a esquecer-se que o velho Soares teve saudades das mordomias e decidiu querer voltar. também ao sampaio tais saudades poderão voltar, quando ele tiver oitenta e tal anos...Se a coisa pega, estamos mais tramados.

Enfim, quanto ao Dr. Jorge Sampaio, e tendo em atenção que a sua actividade política não poderá ser responsabilizada civilmente, penso que estamos conversados: é um artista português...mais palavras para quê?

Quanto à candidatura do Dr. Cavaco e apesar de eu não gostar muito dele, sou obrigado a ter que reconhecer que, do leque apresentado, talvés seja o melhorzinho.
Do fracturante Louçã não vale a pena falar, porque publicidade a mais já ele tem sem o merecer. Quanto ao Jerónimo, não penso que Portugal queira para presidente apenas um bom dançarino nos bailes das colectividades de província.
Quanto ao Dr. Manuel Alegre, reconheço-lhe a frontalidade, a cultura, o espírito nacional e o ser, de todos eles, o que menos favores tem a pagar aos patrocinadores. Estou convencido que, neste país, não deve ser fácil estar contra Mário Soares. Assim, e mesmo sendo da esquerda que não pôs totalmente o socialismo na gaveta, não deixa de representar uma candidatura a considerar, tanto mais que o seu discurso entra muito bem aos do chamado centro (no fundo, os "indecisos" - sendo certo que são estes quem elegm e derrotam os candidatos).

No tocante a Mário Soares, há que lhe reconhecer além do lugar na História merecido, que tem uma grande lata...como é possível que a sede de poder não seja sublimada pela idade? Penso que fez uma má opção para si e para o país, onde era respeitado e tolerado, mesmo por aqueles que não gostam dele. Será puro suicídio caso perca.

Por fim, o professôr Cavaco...Penso que melhorou na imagem, e na maneira de encarar o pagode. Espero que não tenha perdido em verticalidade e em competência.

Quanto ao resto, a ver vamos (como diz o povo...).

Publicado por: Cácá às outubro 21, 2005 02:11 PM

Coruja

O Py não disse que ia viajar para Cuba?
Se foi assim, lá está ele a comprovar na prática o que são planos de evacuação...

A propósito de evacuação, aqui ficam umas linhas da Associated Press sobre as declarações, no Senado, de um funcionário da FEMA:

WASHINGTON (AP) -- In the midst of the chaos that followed Hurricane Katrina, a Federal Emergency Management Agency official in New Orleans sent a dire e-mail to Director Michael Brown saying victims had no food and were dying.

No response came from Brown.

Instead, less than three hours later, an aide to Brown sent an e-mail saying her boss wanted to go on a television program that night -- after needing at least an hour to eat dinner at a Baton Rouge, Louisiana, restaurant.

The e-mails were made public Thursday at a Senate Homeland Security Committee hearing featuring Marty Bahamonde, the first agency official to arrive in New Orleans in advance of the August 29 storm. The hurricane killed more than 1,200 people and forced hundreds of thousands to evacuate

Publicado por: (M) às outubro 21, 2005 02:22 PM

Michael Brown era especialista em Cavalos Árabes

Publicado por: Coruja às outubro 21, 2005 02:28 PM

O azar foi não haver cavalos árabes em New Orleans

Publicado por: Coruja às outubro 21, 2005 02:29 PM

Nas melhores organizações acontecem sempre estes acasos que ninguém espera

Publicado por: Coruja às outubro 21, 2005 02:30 PM

A estatura política de Cavaco, para a actual situação que o país atravessa, está muita acima dos outros. A diferença é uma abismo

Publicado por: Susana às outubro 21, 2005 02:55 PM

O Sampaio devia estar ché-ché quando não se apercebeu da vulnerabilidade do país no caso da morosidade da justiça. Acabou fazendo figura de palhaço

Publicado por: Jarod às outubro 21, 2005 03:20 PM

Quem ofereceu o flanco a Hugo Chávez, em rigor, não foi Jorge Sampaio, mas sim a imprensa portuguesa, que resolveu fazer uma barulheira sobre o assunto. O Sampaio fez a vontade aos mídia e falou do assunto a Chávez, que lhe deu a resposta merecida. Ora toma!

Publicado por: Luís Lavoura às outubro 21, 2005 03:28 PM

No «caso Chavez», o pior foi ir para a conversa sem saber a que se deviam os atrasos.
O julgamento tem sido adiado não por culpa do tribunal venezuelano, mas porque a defesa das três portuguesas presas tem recorrido a todos os subterfúgios legais para pedir adiamentos.
Além disso, o piloto está detido devido às declarações da hospedeira e à estratégia da defesa das traficantes portuguesas, que pretende incriminá-lo.

Publicado por: (M) às outubro 21, 2005 03:38 PM

Lavoura: isso é certo, mas o Sampaio, se tivesse discernimento, não devia ter caído numa armadilha em que ele seria a primeira vítima

Publicado por: Ramiro às outubro 21, 2005 03:51 PM

Ele e a reputação do país

Publicado por: Ramiro às outubro 21, 2005 03:52 PM


Que reputação??!!

: - ))))

Publicado por: (M) às outubro 21, 2005 04:01 PM

Eu não me conformo com o estado do país .

Eu não me conformo com o estado do país .

Eu não me conformo com o estado do país .

o Cavaco sem responsabilizar ninguem , passou um atestado de imcompetençia a todos os politicos pos-Cavaco , mas principalmente ao Sampaio .

pena a boca , sempre a boca , passa o tempo a mexer na lingua , mas será que ninguem consegue resolver esse problema de imagem ?

Publicado por: jojo às outubro 21, 2005 04:09 PM

Provavelmente a reputação de um país de que se esperaria que tivesse uma justiça pior que no 3º Mundo

Publicado por: Carlos às outubro 21, 2005 04:49 PM

Há bocado, quando me referi aos três actos pelos quais o presidente Sampaio poderia vir a ser recordado apenas com críticas, esqueci-me de mais esta pérola do seu costumado bom-senso, que foi a interpelação ao Hugo Chavéz sobre a demora na prisão do piloto.

Claro que teve a resposta que merecia.

Num país onde não há uma verdadeira Justiça por causa dos seus atrasos (e a que há célere é para os ricos ou famosos),e onde a média da prisão preventiva ronda os 2 anos, teve piada a pergunta feita ao outro (que já foi pronunciado e cujo julgamento tem sido sistematicamente adiado pelas defesas dos acusados), e só não é mais cómica porque nos envergonha a todos.


Mais uma vez, o Dr. Sampaio deu uma má imagem de si e, pior, de todos nós e do nosso país.

E já agora, quanto ao caso do piloto: não acharam estranha aquela fotografia do avião apreendido, com tantas malas absolutamente iguais agrupadas no chão.

Ou seja: a serem aquelas malas pertencentes às alegadas traficantes, todas iguais, da mesma cor e tamanho, não deveria o piloto ter desconfiado de nada?
Será que um viajante normal tem 20 ou 25 malas todas iguais?...não sei, digo eu...
Enfim...esperemos que seja feita Justiça, e rápida.

Por fim e relacionado com a Justiça, recordo agora uma notícia de hoje, em que o nosso Procurador-Geral (com aquele sorriso) diz que, face à futura greve dos magistrados do Mº Pº, não é necessária a sua requisição civil(dixit).

Obrigado.
Fiquei mais descansado.
Mas, como humilde cidadão, tenho ideia que eles já não fazem grande coisa quando estão ao serviço, quanto mais quando estiverem em greve.

Ainda há bons empregos...

Publicado por: Cácá às outubro 21, 2005 06:13 PM

Sampaio até parece boa pessoa. Mas cada tiro ... cada melro

Publicado por: luciano às outubro 21, 2005 06:13 PM

Estará ché-ché? Ainda é novo para isso.

Publicado por: luciano às outubro 21, 2005 06:16 PM

Quase centenário

Publicado por: Coruja às outubro 21, 2005 06:59 PM

O py perder isto

Publicado por: Coruja às outubro 21, 2005 07:00 PM

O py perder isto

Publicado por: Coruja às outubro 21, 2005 07:00 PM

Parece que há pouca gente a defender o Sampaio

Publicado por: Diana às outubro 21, 2005 07:07 PM

Ele está positivo nas sondagens porque parece uma mosca morta e o povo tem pena dele

Publicado por: Diana às outubro 21, 2005 07:08 PM

Sampaio conseguiu irritar todos os sectores políticos do país. É difícil.

Publicado por: Rafael às outubro 21, 2005 09:23 PM

Com as banalidades que sempre disse e com as curvas e contracurvas que fez, Sampaio tornou-se num tipo que ninguém defende. Chegou ao grau zero.

Publicado por: Salema às outubro 22, 2005 12:24 AM

Excepto é claro os políticos, governo e oposição, pois não sabem se podem vir a precisar dele.

Publicado por: Salema às outubro 22, 2005 12:25 AM

Pois é, o Sampaio está mesmo em fim de festa.

Publicado por: VSousa às outubro 22, 2005 11:36 AM

Acta est fabula

Publicado por: Quirites às outubro 23, 2005 12:35 AM

Vamos fechar isto

Publicado por: Coruja às outubro 23, 2005 10:36 AM

Vamos fechar isto

Publicado por: Coruja às outubro 23, 2005 10:36 AM

Já tá

Publicado por: Coruja às outubro 23, 2005 10:37 AM

Tá nada, corujinha! Eu só li o post da Joana na diagonal, mas vocês estão todos ceguetas ou quê? Sampaio ficará na história como um moralizador (com desempenho soft e algumas máculas indeléveis cá para mim como aquela de condecorar o Carlucci, tido como um dos maiores pedófilos servidos à la carte em Portugal...) do sistema, mas que a um ano do fim do mandato usou a bomba atómica presidencial, correspondendo ao sentimento profundo dos que o elegeram. Isso garante um lugar na História dos Presidentes de Portugal. Quanto ao resto ainda é cedo para dizer.

Publicado por: py às outubro 24, 2005 12:30 AM

este remata-se com um primo!

Publicado por: py às outubro 24, 2005 04:11 PM

Sampaio ficará na História como um desmoralizador.
Foi o período em que o povo português ficou mais desmoralizado

Publicado por: bsotto às outubro 25, 2005 08:31 PM

Usar a bomba atómica garante sempre um lugar na História. Olhó Presidente Truman

Publicado por: bsotto às outubro 25, 2005 08:32 PM

Por falar em destempero

Publicado por: Coruja às outubro 25, 2005 08:51 PM

O meu vizinho é hipocondriaco

Publicado por: Coruja às outubro 25, 2005 08:52 PM

Morreu-lhe uma galinha

Publicado por: Coruja às outubro 25, 2005 08:53 PM

sentiu-se logo engripado

Publicado por: Coruja às outubro 25, 2005 08:53 PM

sentiu-se logo engripado

Publicado por: Coruja às outubro 25, 2005 08:54 PM

Foi de ambulância para o Hospital

Publicado por: Coruja às outubro 25, 2005 08:55 PM

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