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setembro 13, 2005
Inovação Tecnológica
O Plano Tecnológico começa a ganhar forma. Manuel Pinho tem-se empenhado na concepção de protótipos capazes de induzirem novas valências na depauperada indústria portuguesa. Foi bastante auxiliado nesse desiderato pelo ministro Mário Lino cuja capacidade de decidir primeiro, projectar depois e comissionar as gerações futuras, como garantes dos cash-flows, é sobejamente conhecida.
O primeiro protótipo foi concebido com todo o rigor e conforme as melhores regras de arte da engenharia. Como podem observar, todos os componentes deste equipamento se integram numa harmonia perfeita e privilegiada e visam um nicho de mercado no qual deterá, sem sombra de dúvida, uma posição monopolista durante muitas décadas.
Publicado por Joana às setembro 13, 2005 11:08 PM
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Comentários
Joana ou as "ilusões de óptica" de um blogger...
Publicado por: Vítor às setembro 13, 2005 11:20 PM
O inventor disso era holandês e chamava-se Escher...
Publicado por: Albatroz às setembro 13, 2005 11:21 PM
Esse modelo foi ultrapassado, pois não provou. Este é diferente. Foi redimensionado com as cotas adequadas a um funcionamento perfeito.
Publicado por: Joana às setembro 13, 2005 11:27 PM
Multinacionais dão à sola
Depois de vários anos a receber generosas ajudas do estado, as empresas multinacionais "dão à sola", para outras paragens onde a mão de obra ainda é mais baixa que em Portugal.
A multinacional japonesa Yazaki Saltano deslocaliza-se de Ovar para a Turquia e Eslováquia, lançando perto de 500 trabalhadores no desemprego. Entre 1988 e 1999, o grupo beneficiou de ajudas no montante de 1,47 milhões de euros através de vários programas de investimento público, e os terrenos foram-lhe cedidos por um preço meramente simbólico. Ajudas que não comoveram a multinacional.
A decisão da norte-americana Lear Corporation colheu os trabalhadores de surpresa. A empresa anunciou em Junho que iria encerrar a unidade da Póvoa do Lanhoso, em Braga, para deslocalizar a produção para a Roménia. Uma decisão justificada pela "perda de competitividade" da unidade. Resultado: 800 postos de trabalho desaparecem.
A multinacional iniciou as rescisões dos contratos de trabalho em Julho, pretendendo encerrar as negociações em Novembro. Numa carta dirigida aos trabalhadores, a companhia disponibilizou-se para pagar indemnizações "50% acima do valor legal", desde que seja assegurada produção até Novembro. Para os trabalhadores, no entanto, haverá vida depois de Novembro.
Os desempregados esperam, em média, 44 dias para acederem ao subsídio, havendo casos em que o processo se arrasta por vários meses.
O governo está de mãos dadas com os patrões das multinacionais.
A sua "impossibilidade de travá-las" é apenas devida ao facto de não se disporem a accionar as cláusulas que obrigam estas multinacionais a reporem dotações, empréstimos bonificados, isenções e reduções das prestações à segurança social e ao fisco, etc...
Se as empresas fossem obrigadas a devolver o dinheiro, pelo facto de não terem cumprido o que estava acordado, talvez as suas ânsias de deslocalização fossem menores... mas não há esse risco, o grande capital manda no governo e não o inverso!
Publicado por: xatoo às setembro 13, 2005 11:49 PM
E outras ir-se-ão embora se não houver uma mudança drástica na política económica e financeira portuguesa.
As empresas estrangeiras não se seguram com discursos desse tipo. Seguram-se com ambiente económico favorável. Ele não existe.
Publicado por: Joana às setembro 14, 2005 12:00 AM
Não é possível criar "galinhas de ovos de ouro" com tontos à volta, de faca em punho, tentando esquartejar a s galinhas para lhes tirar os ovos que têm dentro.
Dá-se a fuga das galinhas.
Publicado por: Joana às setembro 14, 2005 12:03 AM
Este pessoal faz propaganda contra essas empresas e depois lastima-se quando elas vão embora. Vá lá percebê-los
Publicado por: J Correia às setembro 14, 2005 12:08 AM
Este pessoal faz propaganda contra essas empresas e depois lastima-se quando elas vão embora. Vá lá percebê-los
Publicado por: J Correia às setembro 14, 2005 12:09 AM
Mas é óbvio que quem acha que o capitalismo neoliberal é uma praga fica contente. Afinal, capitalistas a irem embora é bom !
Ou não ?
Já não sei. Fico confuso com tanta galinha a fugir.
Publicado por: J P Castro às setembro 14, 2005 12:09 AM
Há um período de graça para esas cláusulas de salvaguarda. Não duram indefinidamente, nem nenhuma empresa aceitaria estabelecer-se em qualquer sítio com uma obrigatoriedade até ao infinito.
Publicado por: J Correia às setembro 14, 2005 12:11 AM
Ena ! Tanta pena...
Publicado por: J P Castro às setembro 14, 2005 12:12 AM
Consta-se na blogosfera que Joana está a preparar um post sobre os resultados das eleiçoes na Noruega...só não sabe como começar !
Publicado por: zippiz às setembro 14, 2005 12:13 AM
Não será sobre os resultados das eleiçoes no Japão?
Publicado por: David às setembro 14, 2005 12:17 AM
Enquanto Joana não escreve o post, divirtam-se :
Carta a Sport TV
Exmo Sr. Dr. da TVCabo,
Sou assinante da SportTV há mais de quatro anos porque sou um amante do fenómeno desportivo e, em particular de futebol.
Até agora, a SportTV tem sido caracterizada por um elevado padrão de qualidade nas suas transmissões, o que tem justificado a minha manutenção como assinante.
Jogos das Ligas Inglesa, Italiana, Espanhola e jogos de top do futebol nacional sustentam a minha opinião.
No entanto, vejo que no próximo fim de semana a SportTV tenciona transmitir um jogo que opõe nada mais nada menos que dois dos últimos classificados da Liga Portuguesa (Benfica e União de Leiria).
Considero isto um atentado aos padrões anteriormente definidos por vós, em que a selecção de jogos com equipas de top era o garante da qualidade das transmissões.
O que se seguirá? Um Desportivo de Chaves - Moreirense? Um Desportivo das Aves - Portimonense? Ou um Sandinenses-Caçadores das Taipas?
DESEJAMOS TODOS UMA TELEVISÃO MELHOR !!!
posted by fuckin'god! @ 12:37 5 comments
http://www.as-coisas.blogspot.com/
Publicado por: zippiz às setembro 14, 2005 12:17 AM
Começam as piadas dos lagartos.
Publicado por: bsotto às setembro 14, 2005 12:51 AM
Não sabem melhor
Publicado por: bsotto às setembro 14, 2005 12:52 AM
Não percebo o barulho que se faz quando uma multinacional deixa o nosso querido bocadito de terreno para ir para outros lugares onde há miseráveis ainda mais miseráveis que os nossos.
Então não vão ajudar países sub-sub-desenvolvidos?
Não deveria aqui funcionar a solidariedade internacional?
Avante camaradas?
Publicado por: carlos alberto às setembro 14, 2005 12:55 AM
Pois claro. E o mesmo sucede quando o SUV sai da Alemanha para vir para cá.
Publicado por: David às setembro 14, 2005 12:57 AM
É claro que se a Merkl ficar com a maioria absoluta o SUV não sai de Wolfsburg.
Publicado por: David às setembro 14, 2005 12:58 AM
Maurits Cornelis Escher pode ser visto no Correio Central de Haia e no antigo simbolo do Totta.
Publicado por: carlos alberto às setembro 14, 2005 01:04 AM
Olha!
António Vitorino foi contractado pelo Governo para mediar a compra da Eni pela Galp ou vice-versa.
Que sorte!
Publicado por: carlos alberto às setembro 14, 2005 08:54 AM
"protótipos capazes de induzirem"
Creio que esta fase não está correta. Deveria ser
"protótipos capazes de induzir".
O verbo conjuga-se no infinitivo. Eu sou capaz de induzir, tu és capaz de induzir ... nós somos capazes de induzir ... eles são capazes de induzir. E não "eles são capazes de induzirem".
Aliás, este erro (?) é recorrente nos textos da Joana.
Publicado por: Luís Lavoura às setembro 14, 2005 09:36 AM
O infinitivo tem várias pessoas, Lavoura.
É assim que é "correcto"
Publicado por: Filipa Sequeira às setembro 14, 2005 09:40 AM
Graças ao acordo Luso-brasileiro correto, correcto estão todos bem e assim qualquer dia podemos só escrever emoticons.
Publicado por: carlos alberto às setembro 14, 2005 10:07 AM
O melhor é perguntar à Edite Estrela. Talvez ela arranje tempo entre os seus multiplos afazeres para dar a sua opinião sobre a conjugação da indução.
Publicado por: Pedro Oliveira às setembro 14, 2005 10:08 AM
Joana às setembro 14, 2005 12:00 AM
Quais são as mudanças na política económica e financeira que a Joana preconiza para evitar que as multinacionais dêem à sola?
Publicado por: Vítor às setembro 14, 2005 11:29 AM
As multinacionais fogem de Portugal para a Roménia exatamente pelas mesmas razões pelas quais, no passado, fugiram da Alemanha para Portugal. E pelas mesmas razões pelas quais fugiram dos EUA para o México (as muito célebres, no debate político americano, "maquiladoras").
Tal como muito dificilmente a Alemanha pode evitar que as suas multinacionais fujam para Portugal (no debate político alemão chama-se a isto "Standort Deutschland"), também muito dificilmente Portugal pode evitar que elas agora fujam para a Roménia.
Toda a conversa da Joana sobre um bom clima económico não obstante. Pois não é verdade que, apesar de o clima económico nos EUA ser excelente, as empresas americanas fugiram em boa parte para o México?
Publicado por: Luís Lavoura às setembro 14, 2005 11:54 AM
O Luís Lavoura tem razão: algumas operações de multinacionais americanas foram transferidas para o México. No entanto isso não obsta a que os Estados Unidos tenham uma taxa de desemprego invejável para qualquer país da União Europeia...
Publicado por: Pedro Oliveira às setembro 14, 2005 11:59 AM
Tenho lido que são os mexicanos a fugirem para os EUA
Publicado por: Sa Chico às setembro 14, 2005 11:59 AM
Pedro Oliveira às setembro 14, 2005 11:59 AM
Tem razão. No entanto, a fuga de multinacionais dos EUA para o México provocou uma diminuição global nos salários industriais nos EUA, e uma descida no nível dos empregos que americanos pouco qualificados podem esperar obter.
As indústrias são bons empregos. Em geral pagam salários decentes e são postos de trabalho relativamente seguros. Conheço muit@s trabalhador@s industriais na Bairrada: embora os seus salários pareçam irrisórios (80 a 100 contos), vivem bem, lá vão construindo as suas casas, etc. A partir do momento em que os empregos industriais se vão, encontram-se outros empregos talvez, mas geralmente a pagar pior e em condições de muito maior instabilidade laboral.
Publicado por: Luís Lavoura às setembro 14, 2005 12:17 PM
Mesmo assim, Luís Lavoura, é melhor ser pobre nos Estados Unidos que trabalhador industrial no México.
Quanto aos trabalhadores industriais da Bairrada que 'vivem bem', é porque trabalham para além dos seus salários. Ninguém consegue viver bem em Portugal com um salário de 400, a menos que não tenha casa e alimentação a pagar. Quanto à tão apregoada estabilidade laboral, esse é um dos principais factores a puxar os salários para baixo: é um reflexo da minimização de riscos. 400 a 500 ganham-se a trabalhar em fast-food e mais até num simples call-center que são ocupações que não carecem especialização, mas com turnovers elevados.
Publicado por: Pedro Oliveira às setembro 14, 2005 01:45 PM
Pois é o turnover das proteínas...
Publicado por: pyrenaica às setembro 14, 2005 01:54 PM
tlim!
Publicado por: pyrenaica às setembro 14, 2005 01:55 PM
Até a porca sextavada está bem concebida
Publicado por: Luis Silva às setembro 14, 2005 02:48 PM
A questão das multinacionais a fugirem de Portugal podia resolver-se da seguinte maneira: expropriação dos activos dessas empresas em Portugal e entrega aos trabalhadores para, sob forma cooperativa, continuarem a trabalhar. Aconteceria uma de duas coisas: ou essas empresas geridas pelos trabalhadores tinham sucesso, e tinha-se preservado capacidade produtiva e postos de trabalho, ou não tinham e não se tinha perdido nada. A experiência autogestionária tem sido ensaiada na Venezuela e na Argentina com resultados muito positivos. Mas para isso era preciso um governo que não estivesse enfeudado aos interesses económicos.
Publicado por: Albatroz às setembro 14, 2005 03:59 PM
Quanto ao "sucesso" americano, foi hoje anunciado que tinha havido uma quebra significativa no consumo nos EUA, nomeadamente na aquisição de automóveis. Parece que nem tudo vai bem no paraíso liberal-capitalista...
Publicado por: Albatroz às setembro 14, 2005 04:01 PM
Albatroz às setembro 14, 2005 03:59 PM
Não se pode "expropriar" uma empresa dos seus ativos sem lhos pagar. Se se compra os ativos de uma empresa para os manter a funcionar e se depois se vai à falência, perde-se o dinheiro "investido" na expropriação. Além disso, a empresa, sabendo que o objetivo da expropriação será o fazer-lhe concorrência, poderá não estar pelos ajustes.
E isto desencorajaria fortemente o investimento estrangeiro. Suponha um fabricante de automóveis que deseja investir em Portugal. Suponha que ele sabe que, no futuro, quando pretender desativar a sua fábrica, corre o risco de que esta lhe seja expropriada com o fim de lhe fazer concorrência. É evidente que, nestas condições, o fabricante em questão pensa duas vezes antes de ir investir.
Publicado por: Luís Lavoura às setembro 14, 2005 04:06 PM
Albatroz às setembro 14, 2005 03:59 PM:
1 - Os parques de máquinas já estão, quase sempre, obsoletos, a menos que sejam para utilização de uma mão de obra com salários baixíssimos, como na China ou Vietname;
Publicado por: Hector às setembro 14, 2005 04:08 PM
O direito de expropriação deveria ser uma das contrapartidas dos incentivos fiscais e outros que essas empresas usufruiram. E depois, se essas multinacionais receiam a concorrência é porque as empresas são viáveis. Então para quê deslocalizar-se?...
Publicado por: Albatroz às setembro 14, 2005 04:08 PM
2 - Não me consta que tenha havido experiências autogestionárias com sucesso "sustentado". Tem acontecido algumas terem sucesso a curto prazo por razões do voluntarismo do arranque, apoios públicos que não podem continuar indefinidamente
Publicado por: Hector às setembro 14, 2005 04:09 PM
3 - Era a razão apontada pelo Lavoura. Com esse tipo de acções pode desincentivar futuros investimentos. Não pode querer sol na eira e chuva no nabal
Publicado por: Hector às setembro 14, 2005 04:10 PM
Albatroz às setembro 14, 2005 04:01 PM
Isso são flutuações conjunturais.
Mas há, potencialmente, problemas graves. Boa parte do consumo atual, em muitos países capitalistas, é indiretamente alimentado por uma bolha especulativa nos preços da habitação. Tal como já foi o caso cá, os preços da habitação estão a subir rapidamente, de forma especulativa, em muitos países, aliás bastante diversos (por exemplo, em Espanha, França e Reino Unido). Há o perigo de que a bolha especulativa rebente, deixando muitas famílias fortemente endividadas e sem capacidade para consumir. Famílias com casas compradas por um valor muito elevado e que já não são capazes de se desfazer dessas casas a não ser por um preço muito mais baixo.
Publicado por: Luís Lavoura às setembro 14, 2005 04:11 PM
Hector às setembro 14, 2005 04:08 PM
Às vezes isso é verdade, mas nem sempre. E é sempre possível ir renovando esse parque. O que não se pode é ficar de braços cruzados perante esta destruição da nossa capacidade produtiva. E volto a dizer que a experiência deste tipo na Venezuela e na Argentina tem sido muito positiva.
Publicado por: Albatroz às setembro 14, 2005 04:11 PM
4 - Na Argentina houve casos em que as pessoas foram obrigadas a trabalharem, produzierem as coisas e depois trocá-las, porque a economia tinha entrado em colapso e a moeda tinha deixado de servir de meio de troca.
Publicado por: Hector às setembro 14, 2005 04:13 PM
"O direito de expropriação deveria ser uma das contrapartidas dos incentivos fiscais e outros que essas empresas usufruiram". Isso é fácil de dizer. Experimente dizer isso a uma empresa que está a negociar a instalação cá.
Publicado por: Hector às setembro 14, 2005 04:15 PM
Albatroz às setembro 14, 2005 04:08 PM
Os incentivos fiscais, ofertas de terrenos, e outras regalias de que as empresas usufruem, não podem ter "contrapartidas", porque então as empresas encontrariam outros países que lhes oferecessem o mesmo mas sem pedir contrapartidas.
O cerne da questão é o seguinte: num mundo globalizado, o capital é um bem escasso. Na China ou no Vietname há muita mão-de-obra, mas pouco capital (fábricas). Logo, sendo o capital escasso a nível global, aplicando a Lei da Oferta e da Procura, o preço do capital tende a subir. Isto é, na prática, os países tendem a oferecer cada vez mais regalias para receberem o capital.
Suponhamos por exemplo a Volkswagen, que tem que decidir se vai produzir o seu novo 4x4 na Alemanha ou em Portugal. Como tanto a Alemanha como Portugal querem receber este importante investimento, a Volkswagen pode exigir condições (benefícios). Portugal decide oferecer os terrenos de borla, a Alemanha decide oferecer a formação dos trabalhadores. Portugal decide oferecer um regime fiscal especial, a Alemanha oferece qualquer outra coisa. E assim por diante. Como o capital é escasso e o trabalho é abundante (Volkswagen só há uma, trabalhadores alemães e portugueses há muitos) o preço do capital tende a subir.
Isto é uma consequência inevitável da globalização. É uma aplicação direta da Lei da Oferta e da Procura - talvez a única verdadeira Lei da economia.
Publicado por: Luís Lavoura às setembro 14, 2005 04:19 PM
Ainda quanto à obsolescência do parque de máquinas, não esqueçamos que muitas vezes essas multinacionais levam as máquinas para irem laborar noutro país. Logo, as máquinas não devem estar assim tão obsoletas.
Concordo que uma prática de expropriação poderia ser um desincentivo ao investimento, mas acho que não seria esse risco que impediria uma multinacional de se instalar em Portugal, sobretudo se pensar que o equipamento estará amortizado em cinco anos. A expropriação de equipamento amortizado não seria muito problemática. Mas concordo que é um factor a considerar.
Publicado por: Albatroz às setembro 14, 2005 04:20 PM
Luís Lavoura às setembro 14, 2005 04:19 PM
Admito que no caso de uma empresa como a Volkswagen a minha proposta não seria realista, até porque não seria viável manter a fábrica de Palmela a funcionar desligada da VW. E os activos têm um enorme valor. Mas para outras empresas, por exemplo nos ramos textil, do calçado ou da electrónica, já me parece que o risco de expropriação não seria suficiente para afastar as empresas estrangeiras. Como disse, o valor contabilístico dos activos, ao fim de cinco anos, pode ser zero.
Publicado por: Albatroz às setembro 14, 2005 04:25 PM
Hector às setembro 14, 2005 04:15 PM
Se isso fosse um problema seria uma confissão, por parte do investidor, de que esperava "basar" ao fim de pouco tempo. Não são esses os investimentos que nos interessam.
Publicado por: Albatroz às setembro 14, 2005 04:27 PM
Esta vaga descontrolada de deslocações resulta da decisão de abolir/reduzir as barreiras alfandegárias e é impossível impedir uma sem reinstaurar a outra.
Quem não gosta das deslocalizações deve pressionar pela reinstauração do proteccionismo. Puro e duro. Podíamos não ser o país mais avançado do mundo, mas pelo menos havia uma baixa taxa de desemprego e ainda se faziam alguns produtos industriais dentro das nossas fronteiras...
Publicado por: Rui Martins às setembro 14, 2005 04:31 PM
Albatroz às setembro 14, 2005 04:20 PM: Eu escrevi que:
"1 - Os parques de máquinas já estão, quase sempre, obsoletos, a menos que sejam para utilização de uma mão de obra com salários baixíssimos, como na China ou Vietname"
Se os nossos trabalhadores pudessem viver com esses salários, não haveria a deslocalização e as máquinas serviam.
Publicado por: Hector às setembro 14, 2005 04:31 PM
«Mesmo assim, Luís Lavoura, é melhor ser pobre nos Estados Unidos que trabalhador industrial no México»
Pedro Oliveira às setembro 14, 2005 01:45 PM
Você diz isto assim como se fosse uma revelação do arcanjo s.Gabriel à virgem Maria.
Imagino que não se queira dar ao trabalho de explicar porquê. Muita gente gostaria de saber como é a assistência médica dos pobres nos EUA, ou como é que os filhos dos pobres chegam à Universidade, ou o que é que eles comem no dia a dia.
Publicado por: (M) às setembro 14, 2005 06:17 PM
Caro Rui Martins,
Proteccionismo? Para quê? Para levar ao empobrecimento generalizado da população portuguesa? Acabávamos com as importações? Andávamos todos de Lada? ou UMM (ups, mas sem motor Peugeot)? Como seria controlada a Emigração, proibiamos os portugueses de emigrar? Ficavam cá os velhos?
Tenham juízo, a União Soviética acabou!
Ups, será que teriamos acesso à internet, como nessas grande potencias democráticas (Rússia e China)?
Publicado por: Daniel Rocha às setembro 14, 2005 06:47 PM
Publicado por: J Correia às setembro 14, 2005 12:08 AM
"faz propaganda contra essas empresas e depois lastimam-se"
Vc não percebeu a essência da questâo. Eu não me lastimei. Chamei foi ladrões àqueles que usaram FUNDOS PÚBLICOS (sob a forma de isenções p/e, alem de património efectivo e outras benesses)
permitindo que a deslocalização se efective sem devolverem o que receberam com determinado fim.
Naturalmente (para vocês) esse compadrio deve-se a umas comissõezitas dadas aos promotores dos projectos,,, dito de outro modo: aos joões e às joanas dos "Projects Finance"
bingo?
Publicado por: xatoo às setembro 14, 2005 07:16 PM
Agora por ética:
Alguem sabe alguma coisa do Zé Luis?
Publicado por: xatoo às setembro 14, 2005 07:27 PM
Caro Luis Lavoura:
A revista Mckinsey Quarterly número 1 de 2005, apresenta um artigo intitulado "Extreme competition", tenho pena de não lhe poder enviar os gráficos que ilustram o artigo.
A acompanhar a primeira figura (que representa a evolução da probabilidade de uma empresa líder de mercado ser destronada num prazo de cinco anos - algo que de 1974 a 1997 triplicou) surge o seguinte comentário: "Welcome to the world of extreme competition, where supply-side trends that have been on the march for years are accelerating the pace of economic change and expanding its scope... Few incumbents are in a position to respond well to the chalenge. Decision making processes are often slow, backward looking, and incremental."
A segunda figura é de antologia, é composta por quatro gráficos, o título é "Too much of everything?". O primeiro gráfico é de barras e coloca em ordenadas o PIB per capita, em abcissas a população mundial em biliões, cada país é representado por uma coluna de largura proporcional à população, verifica-se que dos 6 biliões deste planeta 4,5 vivem em países com um PIB per capita inferior ao do Brasil, gente disposta a trabalhar.
O segundo gráfico mostra que as telecomunicações são abundantes e baratas.
O terceiro gráfico mostra que o capital, o preço do dinheiro é o mais baixo desde 1974 (Real Federal Funds Rate).
O quarto gráfico ilustra o excesso de oferta face à procura e apresenta a "Total Industrial Capacity Utilization, %" que evidencia que taxa actual é a mais baixa dos últimos 20 anos, ou seja, as empresas têm capacidade em excesso e não conseguem pôr a trabalhar por falta de mercado, de procura.
Publicado por: diogenes às setembro 14, 2005 08:17 PM
xatoo às setembro 14, 2005 07:16 PM:
Percebi. Quando lhes chama "ladrões", "faz propaganda contra essas empresas". Entretanto irrita-se por elas se irem embora. Logo "lastima-se".
Percebi ou não?
Publicado por: J Correia às setembro 14, 2005 08:51 PM
xatoo às setembro 14, 2005 07:16 PM:
Percebi. Quando lhes chama "ladrões", "faz propaganda contra essas empresas". Entretanto irrita-se por elas se irem embora. Logo "lastima-se".
Percebi ou não?
Publicado por: J Correia às setembro 14, 2005 08:51 PM
Por acaso também gostava de ter alguma notícia de Zé Luís, uma pessoa de convicções e de uma cordialidade a toda a prova.
Publicado por: asdrubal às setembro 14, 2005 09:52 PM
Joana às setembro 14, 2005 12:00 AM
Claro que o objectivo da Joana não é desfazer dúvidas existenciais.
Mas, se tiver tempo e vontade, gostaria que apontasse algumas medidas concretas, ao nível da política económica e financeira, que entenda serem necessárias para evitar a deslocalização das multinacionais.
Antecipadamente grato.
Melhores cumprimentos do
Publicado por: Vítor às setembro 14, 2005 10:49 PM
J Correia às setembro 14, 2005 08:51 PM
não percebeu!
Eu chamei ladrões foi aos governantes! se calhar fui eu que não me expliquei bem,,,
As empresas só aproveitam, aquilo que lhes "dão"
Publicado por: xatoo às setembro 15, 2005 12:44 AM
Os negócios são negócios. Só os há, se ambos estiverem de acordo.
Chamar mais tarde ladrõrs a uma parte, acho incorrecto e inútil.
Publicado por: luis às setembro 15, 2005 01:36 AM
QQuando se instalam são capitalistas infames que vêm explorar o indígena. Quando se vão embora, 20 anos depois, são uns ladrões que desistiram de continuar a explorar o indígena.
Publicado por: Fred às setembro 15, 2005 09:02 AM
diogenes às setembro 14, 2005 08:17 PM
Se me quiser enviar esse artigo, ou qualquer outro, pode fazê-lo para o seguinte endereço:
Centro de Física Teórica de Partículas
Instituto Superior Técnico
1049-001 Lisboa
Publicado por: Luís Lavoura às setembro 15, 2005 09:32 AM
Luís Lavoura às setembro 15, 2005 09:32 AM
OK, assim o farei
Publicado por: diogenes às setembro 15, 2005 09:44 AM
Sempre fui um apaixonado pela inovação tecnológica
Publicado por: Coruja às setembro 15, 2005 09:47 AM
Esse equipamento é capaz de funcionar melhor que o Plano Tecnológico
Publicado por: saavedra às setembro 15, 2005 12:23 PM
Vítor às setembro 14, 2005 10:49 PM
Intrometendo-me na pergunta que fez à Joana, acho que a única maneira de evitar a deslocalização é torná-la ineficaz. Através de barreiras alfandegárias significativas. Se isso tornar o produto importado mais caro do que aquele que é feito localmente, deixa de ser interessante deslocalizar. Num mundo de blocos económicos à escala continental, cada multinacional teria de ter uma unidade produtiva em cada um desses blocos. O que resolveria muitos dos problemas que temos vindo a identificar. Mas como isso viola a bíblia neo-liberal, há quem condene a proposta de olhos fechados. No entanto será a única maneira de salvar o mundo de uma crise económica colossal.
Publicado por: Albatroz às setembro 15, 2005 01:31 PM
Este número também me interessa e é custoso
Publicado por: Coruja às setembro 15, 2005 02:09 PM
Vítor às setembro 14, 2005 10:49 PM
O Brasil no passado entrou nessa guerra de captar postos de trabalho de multinacionais da indústria automóvel, chegando a dar cerca 100 mil dólares por posto de trabalho criado, levou a que a indústria criasse cerca de 80% de sobrecapacidade produtiva.
Os países deviam resisitir a dar subsidios a estas empresas, porque por natureza são empresas de mão-de-obra intensiva e que estão no mercado do preço (a indústria automóvel é uma indústria de tostão, regateiam-se tostões). Haverá sempre um país, que mais tarde ou mais cedo, terá mão de obra mais atractiva (o que poderiam as texteis chinesas, se África não fosse o pântano que é).
O dinheiro dos contribuintes deveria ser aplicado em investimentos que tornem o país mais competitivo em termos de utilidades (estradas, energia, telecomunicações, gente educada). Os governos deviam promover a concorrência aberta, leal e alargada, para que as empresas se sentissem obrigadas a melhorar as suas operações, a adoptar as melhores práticas, a inovar e subir assim na cadeia de valor.
Publicado por: diogenes às setembro 15, 2005 02:10 PM
Vítor às setembro 14, 2005 11:29 AM:
Faça uma consulta neste blog e encontra respostas.
Já alguém escreveu que ele era um hipermercado.
Mas um dia destes regresso a esse tema.
Publicado por: Joana às setembro 15, 2005 02:12 PM
Albatroz às setembro 15, 2005 01:31 PM:
Esse mundo em autarcia foi prevalecente entre as duas guerras.
Como sabe, foi uma experiência que teve resultados assombrosos.
Publicado por: Joana às setembro 15, 2005 02:14 PM
Joana,
Deve saber que há uma diferença entre economias nacionais fechadas e economias continentais fechadas. As primeiras não têm a dimensão suficiente para satisfazer as necessidades das pessoas, as segundas têm. As primeiras não garantem a concorrência necessária à eficiência, as segundas garantem. As primeiras não garantem as economias de escala, as segundas garantem. Faça o esforço de pensar um bocadinho nesta questão, sem preconceitos nem reflexos condicionados, e vai ver que faz mais sentido do que pensa. A não ser que ache que garantir emprego aos chineses é mais interessante do que garantir emprego aos europeus.
Publicado por: Albatroz às setembro 15, 2005 02:39 PM
E como é que vai "impor" a autarcia a uma economia continental quando ninguém nessa economia a quer?
Publicado por: David às setembro 15, 2005 03:02 PM
Albatroz às setembro 15, 2005 02:39 PM
"A não ser que ache que garantir emprego aos chineses é mais interessante do que garantir emprego aos europeus."
Nem mais, nem menos interessante, são seres humanos com a mesma dignidade que os europeus. Já viu se esse argumento fosse usado, quando alguém pensou em deslocalizar a produção da Ford para Portugal?
Aliás, do que tenho lido as deslocalizações de Portugal, são mais para o leste da Europa do que para a Ásia.
Publicado por: diogenes às setembro 15, 2005 06:37 PM
Albatroz às setembro 15, 2005 02:39 PM
Você tem alguma razão, mas a Joana também tem.
Havendo blocos económicos, não importa qual a sua dimensão, há a possibilidade de eles entrarem em conflito.
Os blocos económicos nunca são auto-suficientes. Encontram fora deles algumas matérias-primas, por vezes cruciais, e também encontram fora deles mercados, e recursos baratos passíveis de gerar a acumulação primitiva continuamente necessária à manutenção do sistema capitalista.
Há portanto sempre a possibilidade de os blocos económicos entrarem em conflito por esses três recursos: matérias-primas, mercados, e possibilidades de acumulação primitiva.
Antes da Segunda Guerra, os EUA eram uma economia continental. Mesmo assim, entraram em rota de colisão com o Japão. E a culpa, ao contrário do que muita gente pensa, não foi só dos japoneses e do seu sistema político.
Publicado por: Luís Lavoura às setembro 15, 2005 06:40 PM
Economia continental? Os japoneses começaram por atacar Haway e as Filipinas
Publicado por: Coruja às setembro 15, 2005 06:43 PM
Luís Lavoura às setembro 15, 2005 06:40 PM
"Havendo blocos económicos, não importa qual a sua dimensão, há a possibilidade de eles entrarem em conflito."
Esse tem sido, de facto, o principal argumento contra a regionalização económica. Considera-se que criar blocos económicos continentais é apenas uma forma de transportar o nacionalismo para a escala continental, que levaria às mesmas consequências dos antigos nacionalismos à escala nacional. Eu acho que não. Acho que a dimensão dos mercados continentais é suficientemente vasta para garantir a satisfação das necessidades de todos, e para que não seja necessário assumir uma postura predatória face aos outros blocos. E depois, as grandes multinacionais não ficariam limitadas a um bloco, o que diminuiria a rivalidade agressiva. Teriam era de ter unidades produtivas em cada bloco, em vez de concentrar toda a produção onde os custos do factor trabalho fossem mais baixos. Esse pequeno acréscimo de custos para as multinacionais - mas que os seus concorrentes também teriam de suportar - seria um pequeno inconveniente, face às enormes vantagens da preservação da integridade económica de todos os blocos, independentemente do seu nível de desenvolvimento. O problema é que muitos que não são economistas se deixaram levar pela propaganda neo-liberal, tendo sido convencidos de que esse é o único modelo que funciona. Alguns conhecimentos de economia e alguma reflexão rapidamente nos levam a concluir que as coisas não são assim.
Agora, concordo consigo em que a perfeita autarcia económica não é ainda possível, pelo menos enquanto dependermos do petróleo. Haverá sempre alguma troca, para que essas importações essenciais possam ser pagas. Mas basta reduzir o comércio interblocos a esses essenciais para que o modelo possa funcionar.
Publicado por: Albatroz às setembro 15, 2005 08:11 PM
ena que teorias economicas fixes , por esta ordem de ideias a europa seria um bloco fechado e nao entrava nada nem saia nada ? ou só entrava pretoleo e só saía mercedes ? nada disso , obrigavamos os africanos a comprar tudo o que temos em excesso e proibiamos os gajos de produzir ... o mundo é de todos , mas enquanto tanta gente quizer que seja só de alguns iluminados , não há nada a fazer (andao por aqui muitos fidels).
Publicado por: jojo às setembro 17, 2005 07:49 PM
A ideia, Jojo, é a de que quem quisesse vender em África teria de ir produzir em África. Pouco liberal mas muito eficaz...
Publicado por: Albatroz às setembro 17, 2005 08:01 PM
Albatroz: você devia ir tentar vender essas teorias pela Europa desenvolvida.
Publicado por: Viegas às setembro 17, 2005 09:11 PM
Eu posso delinear uma sociedade perfeita. Se na prática ela não for possível porque ninguém a quer, ou se for implantada, funcionar pessimamente, não vou a sítio nenhum.
Publicado por: Viegas às setembro 17, 2005 09:12 PM
Viegas às setembro 17, 2005 09:11 PM
As oligarquias instaladas tudo farão para evitar que as ideias que delineei ganhem adesões. Compete aos que não estão enfeudados a essas oligarquias irem espalhando essas ideias, na esperança de que um dia a maioria das pessoas compreenda que há alternativas que os libertem do jugo neo-liberal sem lhes criar novas sujeições. Dizia Goebbels que uma mentira muito repetida passa a ser aceite como verdade. É isso que os pequenos "goebbels" do neo-liberalismo têm vindo a fazer, apoiados no seu controlo quase absoluto da comunicação social. Compete aos que escaparam a essa lavagem ao cérebro dar o pontapé de saída a um movimento de resistência e regeneração.
Publicado por: Albatroz às setembro 17, 2005 10:12 PM
Albatroz em setembro 17, 2005 10:12 PM:
Que eu saiba, nenhum regime liberal alguma vez insituiu uma ditadura, censura ou campos de concentração. Por isso falar de "goebbels" do neo-liberalismo é falso e, sendo assim, trata-se apenas de um argumento injurioso.
Tenho observado que são os regimes anti-liberais que criam "goebbels" pequenos e grandes e que chacinam populações inteiras
Publicado por: Rui Sá às setembro 17, 2005 10:18 PM
E para não ir mais longe, no caso dos miguelistas, sabe as chacinas que o lugar de tenente de D. Miguel, o Teles Jordão, fez.
Esse foi um antecessor do "goebbels".
Publicado por: Rui Sá às setembro 17, 2005 10:20 PM
axa mesmo ? a mim parece-me uma ideia á Alberto João .
Publicado por: jojo às setembro 17, 2005 10:27 PM
Essa do controlo quase absoluto da comunicação social pelos neoliberais deve ser para rir.
Quanto muito o controlo dos posts deste blog e de mais alguns
Publicado por: AJ Nunes às setembro 17, 2005 10:30 PM
tlim
Publicado por: Coruja às setembro 17, 2005 10:31 PM
Há a mania de caluniar a liberdade de mercado alcunhando-a de "neoliberalismo" e considerando-a culpada de tuso o que há de mal.
Publicado por: Novais de Paula às setembro 17, 2005 10:55 PM
Há a mania de caluniar a liberdade de mercado alcunhando-a de "neoliberalismo" e considerando-a culpada de tudo o que há de mal.
Publicado por: Novais de Paula às setembro 17, 2005 10:55 PM
Os regimes ditaturiais terceiro-mundistas que arruinam os povos também se queixam que foram vítimas do neoliberalismo
Publicado por: Novais de Paula às setembro 17, 2005 10:57 PM
Novais de Paula às setembro 17, 2005 10:55 PM
Quantas vezes será necessário dizer que não é a liberdade dos mercados que se condena, mas a forma capitalista de posse dos meios de produção? Uma economia em que predominassem as empresas cooperativas, autogeridas, usaria todos os mecanismos do mercado, mas não teria a exploração dos que trabalham. Utopia? Veja o grupo cooperativo Mondragón, no País Basco, e o seu sucesso numa economia de mercado.
Publicado por: Albatroz às setembro 18, 2005 03:43 AM
"ditaturiais"?
Publicado por: pyrenaica às setembro 18, 2005 09:32 AM
Sem posse "capitalista" dos meios de produção não há liberdade de mercado.
E exemplos de cooperativas que só o são de nome não me parecem adequados.
Aliás, uma cooperativa, mesmo a funcionar internamente bem (o que só sucede nos primeiros tempos, a menos que se torne numa empresa encapotada de sociedade cooperativa) pode ser tão feroz para as outras e para o funcionamento equilibrado do mercado, como uma empresa normal
Publicado por: Novais de Paula às setembro 18, 2005 09:39 AM
Tenho tão pouco afecto às ditaduras que nem o nome lhes sei escrever
Publicado por: Novais de Paula às setembro 18, 2005 09:40 AM
ui, ui
Publicado por: pyrenaica às setembro 18, 2005 10:30 PM
que isto é noite
Publicado por: pyrenaica às setembro 18, 2005 10:31 PM
e eu não sei não
Publicado por: pyrenaica às setembro 18, 2005 10:31 PM
mas com esta "porca" estilo Escher
Publicado por: pyrenaica às setembro 18, 2005 10:32 PM
eu quero o 100
Publicado por: pyrenaica às setembro 18, 2005 10:32 PM
E porque não o 101?
Publicado por: Coruja às setembro 19, 2005 11:02 PM