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setembro 18, 2005
Desastre Escolar
Sempre que as estatísticas internacionais, ou quaisquer outros dados, apontam para a situação calamitosa de um qualquer sector público, os representantes dos profissionais desse sector afiançam que tal se deve à escassez de verbas e prometem que logo que o seu sector receba mais dinheiro a sua eficiência subirá para aos píncaros. Isto sucede há mais de 3 décadas. Agora, os números da OCDE cometeram a desfeita de mostrarem que, no sector da educação, a situação é calamitosa na qualidade do ensino, no seu custo, no tempo que os docentes passam na escola, nos anos de escolaridade dos alunos e no seu aproveitamento. Não há por onde encontrar saída gasta-se em demasia, trabalha-se pouco e os resultados são catastróficos.
Um aluno do secundário custa aos contribuintes cerca de 6.000 euros por ano. Admitindo 12 prestações anuais (inscrição e 11 mensalidades), cada aluno custa 500 euros por mês. Mais que o ensino privado (que, num colégio de bom nível, orça pelos 350/mês). O estudo diz que o salário médio de um professor do 3º ciclo, com 15 anos de experiência, é de 28.000/ano.Um professor, no topo da carreira (10º escalão), ganha mais de 40.000/ano (2.856,54/mês, mais subsídio de refeição de 3,83/dia útil). Estes valores colocam os professores portugueses perto da média da OCDE, mas perto do topo, em termos de percentagem do PIB. Se os trabalhadores do sector privado ganhassem nesta proporção, há muito tempo que já não haveria empresas em Portugal, excepto algumas ilhotas de alta competitividade e com sede social fora do país, para não estarem a sustentar este aparelho do Estado monstruoso e ineficiente.
Em educação, e em termos de percentagem do PIB, Portugal está no topo dos países da OCDE. Em termos de resultados estamos na cauda, a par do México e da Turquia. Citando um exemplo vindo a lume no Público, «Em termos de despesa acumulada por aluno durante a sua formação dos seis aos 15 anos, Portugal gasta 14 mil dólares por ano a mais do que a Coreia do Sul. No entanto, os alunos deste país asiático apresentaram em 2005 os melhores resultados a Matemática nestes testes internacionais e os portugueses tiveram o pior desempenho entre 26 participantes.».
Os professores portugueses passam na escola 70% do tempo da média da OCDE. O rácio alunos/professores é 20% maior no ensino privado que no público. Segundo a FENPROF, a partir daquele patamar mágico de 70%, a permanência dos professores portugueses na escola traduzir-se-ia na degradação do ensino. Os docentes portugueses são como as especialidades farmacêuticas que só se podem tomar em dose moderada. Infelizmente neste caso, se em excesso prejudica, em dose moderada tem efeito despiciendo.
A questão da permanência dos professores nas escolas e o cumprimento das 35 horas semanais é o que mais irrita, presentemente, o corpo docente. Há um ponto em que têm razão: as escolas não estão actualmente preparadas, do ponto de vista logístico, para a permanência dos professores durante o horário completo. Não têm espaços nem estão organizadas para o efeito. Não existe em Portugal o hábito do trabalho docente na escola, ao contrário dos países mais desenvolvidos da Europa. Tem que ser um processo a implementar de forma faseada, para não o tornar numa medida descontrolada e contraproducente. No resto não têm razão. Os professores utilizam o tempo adicional disponível quer em apoio familiar, quer em dar explicações. Em algumas disciplinas, as explicações são mesmo uma importante fonte de rendimento
Estes resultados são o desfecho de décadas de total incompetência dos poderes públicos e das exigências desproporcionadas das corporações do sector. Há décadas que se discute que a educação está mal. E sempre que nos debruçávamos sobre esse problema, os profissionais da educação pública asseguravam que era necessário mais dinheiro. E todos repetiam «É preciso investirmos na educação». A imbecilidade daqueles que repetiram este refrão até à exaustão foi partilhada por ministros, supremos magistrados da nação, políticos da oposição, etc. Apenas nestes últimos meses, após as veementes denúncias públicas, por parte dos politicamente incorrectos, do descalabro educativo que pôs a nu que Portugal é, depois da Finlândia, o país da UE que despende mais na educação em termos do PIB, mais 50% em Educação que a média europeia, e tem o mais baixo nível de educação da UE, é que os responsáveis políticos mostraram mais comedimento e Sampaio, por exemplo, desistiu de repetir o refrão que é necessário investir na educação.
A situação é de tal forma grave que não vejo que tenha solução no quadro actual. As reformas teriam que ser tão radicais, que não seriam aplicáveis face à resistência dos visados. O ensino público tem mais de 215 mil efectivos (154.883 docentes e 60.650 não docentes). Reformar este monstro criado pela incompetência, eleitoralismo e compadrio dos nossos políticos exigiria uma completa ruptura do sistema.
Se o rácio aluno/professor no privado é maior, o que é uma situação normal, este está mais bem equipado. Na relação entre alunos e nº de PCs e ligação à net, verifica-se que o ensino privado está melhor equipado em todos os graus (não há números do público para os jardins de infância), com especial relevo no ensino secundário e profissional.
Publicado por Joana às setembro 18, 2005 10:42 PM
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Comentários
Pois é Joana, mas para os professores permanecerem mais tempo nas escolas com alguma relevância, se calhar teria de haver salas que não há, equipamentos que não existem e coisas assim.
Ao que me dizem a profissão de professor do secundário é extremamente desgastante, apertados entre colegas, alunos e pais. Dá para imaginar.
Mas concordo que isto é um desastre.
Não se esqueça da herança marcelista, que foi quando começou essa coisa das explicações normais a matemática, por exemplo.
E o vosso conceito de competitividade, com os outros, e não consigo próprio, que vocês neoliberais legitimaram no quotidiano, quando eivada de chico-espertismo, perverte o ambiente.
Mas também concordo que isto me transcende.
O único voto que deixo é que cada um seja sobretudo competitivo consigo mesmo - dantes essa era a regra de um desportista.
Publicado por: pyrenaica às setembro 18, 2005 11:08 PM
E olhe, eu que fiz o "pecado" de fazer um estudo sobre o insucesso escolar na minha escola, fui para à rua à conta disso, porque ofendi as perspectivas expansionistas dos catedráticos de alguns departamentos (eheh ;-) , feitas à conta da chumbaria desenfreada dos alunos.
Mas depois descobri que estar no desemprego é delicioso! E sem subsídio. Tenho que por isso em tribunal o que é uma chatice, porque não gosto de estar preso a processos, mas não posso pactuar com uma ilegalidade gritante e vou ganhar.
Publicado por: pyrenaica às setembro 18, 2005 11:16 PM
Oh Joana, lembrei-me de uma coisa politicamente incorrecta! Olhe lá na minha escola agora não sei como está, mas ainda há bem pouco tempo havia uma discrimanação de género muito interessante. Na disciplina de Estatística tutelada por uma galinha e cheia de galinhas, as raparigas passam muito mais do que os rapazes. Aquilo para os rapazes é um martírio, porque os enunciados probabilísticos são tão emaranhadinhos, que só as meninas é têm alguma possibilidade. Também porque elas fazem os trabalhos de casa e eles não, grosso modo.
Essa galinha-mor deu parecer negativo sobre mim, ehehe! Eu sei que ela nunca teve uma coisa cá, pois, paciência, não me meto com colegas. Coitada, quando aquela incompetência do parecer ficar exposta perante um juiz vai ser uma vergonha. Já deve estar a ser, aliás.
Publicado por: pyrenaica às setembro 18, 2005 11:30 PM
Nesses espectaculares rácios de produtividade do ensino privado qual é o peso dos subsídios do Estado ?
Publicado por: zippiz às setembro 18, 2005 11:39 PM
Isto é tudo fruto da pesada herança... além de que as estatisticas são muito mentirosas...talvez deitando mais dinheiro no buraco, digo investir em mais equipamentos...
isto ouvi eu na TSF da boca de um "experto" do sindicato.
Publicado por: Joao P às setembro 19, 2005 12:10 AM
Não me parece que o Estado subsidie o ensino secundário, a menos que sejam instituiºções de solidaridade social.
Publicado por: Carlos às setembro 19, 2005 12:18 AM
Pus-me para aqui a pensar, e se a sua Mãe lê este post?
Entretanto do racio do Ministério das Batatas dizia-se que havia um manga de alpaca para cada sete lavradores.
E aqui é um burocrata para cada três profs. ?
Publicado por: carlos alberto às setembro 19, 2005 12:53 AM
O problema do ensino em Portugal resolvia-se, em grande parte, com provas nacionais anuais, para todos os anos. Por aí se veria quem eram os professores que ensinavam bem (aqueles cujos alunos tivessem melhores resultados) e quem eram os que ensinavam mal. Depois era apenas uma questão de ligar as remunerações e a progressão na carreira docente (assim como a efectividade) aos resultados. Num ápice os nossos alunos começavam a ter desempenhos muito melhores. Mas porque será que isto não se faz?...
Publicado por: Albatroz às setembro 19, 2005 12:57 AM
Concordo inteiramente com isso das provas nacionais anuais, mas os seus autores deviam ser sorteados de entre um naipe muito grande, cada ano, em prova pública, para evitar os efeitos perversos de certos lóbis...
Publicado por: pyrenaica às setembro 19, 2005 01:06 AM
Albatroz às setembro 19, 2005 12:57 AM: Não se faz isso, porque não é legalmente possível.
Você que está sempre a defender o Estado Social, depois em algumas matérias práticas defende soluções que vão contra as regras desse Estado
Publicado por: David às setembro 19, 2005 01:10 AM
Não é legalmente possível? Então muda-se a lei, não? Agora também não sei se são precisas provas anuais, talvez ano sim ano não chegue.
Publicado por: pyrenaica às setembro 19, 2005 01:15 AM
Agora sem provas é que não. Eu vi isso em Timor, é a infantilização completa do ensino até à Universidade. Não precisam de saber, pensam eles, só têm de fazer o caderno - fica tudo desenho à vista! Conteúdo sintático: 90%; Conteúdo semântico assimilado: 5%! Chumbei imenso para eles não confundirem o professor simpático com "simpático demais". Mas olha acabaram de me convidar outra vez agora. Mas desta vez não vou porque estou com outras paixonetas.
Publicado por: pyrenaica às setembro 19, 2005 01:21 AM
Também o João Cravinho escreve hoje no Diário de Notícias sobre os resultados do PISA 2003 para c
Publicado por: (M) às setembro 19, 2005 04:53 AM
Também o João Cravinho escreve hoje no Diário de Notícias sobre os resultados do PISA 2003 para acabar por responsabilizar os professores, sem esquecer (desta a Joana vai gostar) os sindicatos.
Nem uma única palavra para os sucessivos ministros do PS, PSD e CDS (não esquecer o Roberto Carneiro e a reforma que pariu), que são os primeiros responsáveis pela vacuidade dos programas e a permissividade da legislação.
Talvez alguma coisa comece a mudar se os ex-ministros decidirem comparar os programas e as infraestruturas escolares da Finlândia, da Holanda ou da Coreia, em vez de virem para os jornais comparar os resultados que todos conhecemos e responsabilizar os professores.
Publicado por: (M) às setembro 19, 2005 05:00 AM
Esta ministra percebe pouco de educação (básico e secundário). Tem uma característica: é teimosa como um burra. Isso na confusão do Ministério é uma vantagem.
Não sei se será uma vantagem permanente.
Publicado por: Filipa Sequeira às setembro 19, 2005 09:49 AM
Sou professor do quadro de nomeação definitiva do grupo 15 (Física e Química) da Escola Secundária de Ermesinde.
Gostaria de poder cumprir a totalidade do horário de trabalho na escola. Já neste ano lectivo, os profesores estarão nas escolas todo o tempo que for possível. Só não cumprirão nas escolas cerca de 8 horas semanais, que são atribuidas para o trabalho individual, porque as escolas não têm os espaços e os recursos necessários, como sabemos e referiu no seu post. Não esqueça que, fazendo este trabalho fora das escolas, o investimento em consumíveis, livros, computadores, internet, energia, espaço e mobiliário é nosso. Estamos a falar de Escolas Básicas e Secundárias, não estamos a falar de Universidades e Institutos Politécnicos.
As escolas não se organizam melhor, porque não estão no mercado. Note que as escolas do estado são pagas por todos os contribuintes. Alguns destes mesmos contribuintes pagamos, também, a escola particular dos filhos. Por isso, não há concorrência entre os dois sectores. Os projectos educativos das escolas do estado são demasiado iguais, porque o sistema é rígido e centralista. Por isso, também não há concorrência entre as escolas do estado.
O pagamento do trabalho do conjunto dos professores absorve uma parte demasiado grande do PIB nacional, mas não é deste indicador que pode concluir que cada professor muito bem. Como referiu no seu post, o rácio alunos/professor nas escolas do estado é muito baixo. Se não houvesse demasiados professores neste sistema, a despesa pública com os professores, em percentagem do PIB, pagando os vencimentos actuais, seria uma das mais baixas da União Europeia.
A ideologia reinante na educação é uma das principais culpadas da ineficácia do sistema educativo.
Publicado por: Arnaldo Madureira às setembro 19, 2005 10:39 AM
Sem desdenhar saber qual é a «ideologia reinante na educação», parece-me que há uma culpa maior na «educação reinadia» ministrada nas escolas.
A começar pelos manuais escolares...
Publicado por: (M) às setembro 19, 2005 11:29 AM
A responsabilidade está nos Sir Humphrey do Ministério da Educação que é um monstro que não se move por vontade própria. Dos sucessivos ministros sem força ou incompetentes para mandar e mudar (com especial menção para os Guterristas "paixão pela educação"; a ideologia e paradoxo esquerdista cá e em África que as soluções são sempre despejar dinheiro sobre os problemas.
Dê-se o dinheiro do ministério aos Pais estes que escolham a escola.
Dêem-se as escolas a empresas de professores ou outras, estes que façam a gestão contratem professores e inclusive decidam o preço da educação.
Faça-se provas nacionais anuais para se saber onde cada um está.
E reduza-se o Ministério a 1/100 do que é ...
Publicado por: lucklucky às setembro 19, 2005 12:03 PM
Acertou na mouche. A ideologia reinante é essa mesma: "a educação é uma reinação".
Publicado por: Arnaldo Madureira às setembro 19, 2005 12:08 PM
Todas as reformas, desde a de Veiga Simão, devem-se a conceitos caros à esquerda. Como escreveu António Barreto, a direita, incapaz de ter alternativa para o modelo autoritário salazarista, deixou-se colonizar pela esquerda em matéria de reformas educativas. Todo o laxismo que conduziu à situação actual de «educação reinadia» ministrada nas escolas é fruto do mesmo pensamento.
Publicado por: Hector às setembro 19, 2005 12:44 PM
Plim
Publicado por: Coruja às setembro 19, 2005 12:45 PM
É só para chatear o pyrenaica...
Publicado por: Coruja às setembro 19, 2005 12:45 PM
piu
Publicado por: pyrenaica às setembro 19, 2005 02:22 PM
carlos alberto às setembro 19, 2005 12:53 AM
"Entretanto do racio do Ministério das Batatas dizia-se que havia um manga de alpaca para cada sete lavradores.
E aqui é um burocrata para cada três profs. ?"
Quem fez essas contas,esqueceu-se dos pescadores, caçadores, proprietários florestais, etc, e de deduzir os que "acumulam funções".
E dos consumidores. Isso daria qualquer coisa como 1 funcionário por cada 330 consumidores.
Com base nessa "estatística" posso deduzir que, por cada 10 funcionários do dito "Mistério da Agricultura" existe uma cavalgadura a fazer contas e a cagar demagogia sonante...
Confira em http://voualivers'hápeixeenãodemoro.pqp.esta.merda.html
Publicado por: Esquerdalhaço às setembro 19, 2005 04:08 PM
pyrenaica às setembro 19, 2005 01:15 AM
As provas anuais seriam necessárias para avaliar os professores. Para avaliar os alunos concordo que no fim de cada ciclo chegaria. Mas é óbvio que isto não se faz porque os professores da treta têm um peso muito grande no ministério e nos sindicatos (para que não haja dúvidas, sou professor sindicalizado num sindicato pertencente à CGTP...). Não são necessárias mais reformas dos programas para melhorar o desempenho dos alunos. Basta obrigar os professores a ensinarem, ou a irem-se embora.
Publicado por: Albatroz às setembro 19, 2005 05:26 PM
Acho que está bem visto.
Publicado por: pyrenaica às setembro 20, 2005 12:01 PM
Exemplos da actual legislação:
- os alunos passam com qualquer nº de negativas, sim, leram bem, com qualquer nº de negativas! É a escola ou o conselho de turma que decide, mais nada!
- os alunos suspensos por um comportamento verdadeiramente mau têm as suas faltas justificadas automaticamente pelo Ministério!
- ao professor que chega atrasado uns minutos a uma aula de 90 minutos fica impedido de a dar na sua totalidade, pois o Ministério marca-lhe automaticamente 2 faltas a esse tempo todo!
Podia continuar, mas não vale a pena, pois não?
Publicado por: Rui às setembro 25, 2005 12:20 PM
Com este sistema escolar, não vamos a sítio nenhum
Publicado por: Silva às outubro 1, 2005 12:47 AM
Ou por outra, vamos para o abismo
Publicado por: Silva às outubro 1, 2005 12:48 AM
Desastre escolar?
Publicado por: Coruja às outubro 1, 2005 07:37 PM
Isso era o meu forte
Publicado por: Coruja às outubro 1, 2005 07:37 PM
Isso era o meu forte
Publicado por: Coruja às outubro 1, 2005 07:37 PM
Sempre fui um desastre na Escola
Publicado por: Coruja às outubro 1, 2005 07:38 PM
Sempre fui um desastre na Escola
Publicado por: Coruja às outubro 1, 2005 07:38 PM
pois é... a coisa este ano FIANLMENTE correu para os professores. deram alguns tiros nos pés, depois de longos anos em que se contentaram com os aumentos oferecidos, e nao merecidos, á corporação pelos des-governos de todos os quadrantes. Não há condições nas escolas, nem nos hospitais, nem nos estádios de futebol, mas faz-se como. O Sampaio, Daniel já forneceu 10 dicas para os professores trabalharem nas escolas sem meios ou salas... era um mínimo de quem se interessa. E se quiserem fazer outra conta mercantil. Os professores têm efectivamente 1 mês de férias mais duas vezes duas semanas, que faz outro mês (Natal+Pascoa+Carnaval) Certo são dois meses sem ir à escola. Logo trabalham 10 meses por ano. Mas recebem como os funcionários publicos 14 meses por ano ... quantas horas por semana ???? Ainda se luta pelas 40 em muitos serviços. É claro que dar explicações de MAtemática dá muito mais que o ordenado, e sobretudo porque é pago em notas dentro do envelope ao fim do mês. Não há traço de crime fiscal.... Enfim eu só não estou de acordo é que o Ministério, que me paga todos os meses, tenha á porta a plavra EDUCAÇÃO, a unicacoisa que lá dentro não se trata. Ainda nos faltam muito mais que um esforço para sermos um País.
Publicado por: Luis Vasco às outubro 7, 2005 05:08 PM