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agosto 15, 2005

Neoplatonismo Socrático

Paradoxo? … ou talvez não!

Se a alguém compete mentir, é aos chefes da cidade, em benefício da cidade, ludibriando quer os inimigos, quer os próprios cidadãos, … e afirmamos que o particular que mente aos chefes comete uma falta da mesma natureza, mas mais grave … que o marinheiro que engana o piloto … Por conseguinte, se os governantes surpreenderem algum dos cidadãos da classe dos artesãos a mentir … castigá-lo-ão, a título de que introduz costumes nocivos ou susceptíveis de pôr em risco a cidade. Platão, A República, Livro III.

Sócrates mentiu sobre as promessas eleitorais, mentiu quando afirmou que ignorava o défice, mentiu sobre os impostos, mentiu sobre a criação de empregos, mentiu sobre a colocação de boys e moralização da vida pública, pretende ludibriar os cidadãos sobre a existência de estudos sobre a Ota e sobre o facto desses alegados estudos serem irrefutáveis sobre as vantagens do novo aeroporto. Sócrates, e os restantes líderes da polis, não têm feito outra coisa senão mentirem. E quando um é apanhado a dizer, embaraçadamente, uma verdade, é demitido liminarmente por ter tentado introduzir costumes nocivos ou susceptíveis de pôr em risco a polis.

Falta de Ética? De forma alguma. Apenas uma questão de perspectiva: uma Ética vista em termos de utilidade colectiva e não de utilidade individual. E quem define a utilidade colectiva? O líder. Assim sendo, o líder não mente, ludibria os cidadãos para defender a maximização da utilidade colectiva de acordo com as concepções que ele próprio estabeleceu.

Surgiu então, parece, um homem sábio e astuto,
Compôs um conto, uma doutrina feiticeira
Vedando a verdade com véus de falso saber.
Cingiu assim os homens com o jugo do pavor,
Infundiu-lhes encantos e temores feiticeiros,
Mudando a desordem em lei serena e ordem

Crítias, Fragmento 15, excertos (via Karl Popper - A Sociedade Aberta ... Vol 1)
Crítias, tio de Platão, foi um dos líderes dos 30 Tiranos, espécie de Quisling ateniense por conta de Esparta.

Publicado por Joana às agosto 15, 2005 06:23 PM

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Comentários

Portanto Sócrates o Novo não é neoliberal, é neoplatónico!

Publicado por: Hector às agosto 15, 2005 09:27 PM

Enquadra-se bem dentro dessa vocação de líder descrita por Platão

Publicado por: Hector às agosto 15, 2005 09:29 PM

A questão está em saber se "isto" é uma "sociedade aberta" ou se Crítias anda por aí, há largos anos, vestido de Popper.

Publicado por: asdrubal às agosto 16, 2005 12:22 AM

Essa teoria de Platão é surpreendente. Não a conhecia

Publicado por: Rui Sá às agosto 16, 2005 12:28 AM

Isto não é uma sociedade "totalmente" aberta. É preciso muito civismo, exercício da cidadania e acabar com o poder excessivo do Estado, para ela ser mesmo aberta.

Publicado por: Rui Sá às agosto 16, 2005 12:31 AM

O que se prova é que não há nada de novo sob o céu. Os mesmos vícios políticos, mais ou menos disfarçados.

Publicado por: Rui Sá às agosto 16, 2005 12:34 AM

Do «Abrupto» :

Árvores do Alentejo

Horas mortas... Curvada aos pés do Monte
A planície é um brasido... e, torturadas,
As árvores sangrentas, revoltadas,
Gritam a Deus a benção duma fonte!

E quando, manhã alta, o sol posponte
A oiro a giesta, a arder, pelas estradas,
Esfíngicas, recortam desgrenhadas
Os trágicos perfis no horizonte!

Árvores! Corações, almas que choram,
Almas iguais à minha, almas que imploram
Em vão remédio para tanta mágoa!

Árvores! Não choreis! Olhai e vede:
- Também ando a gritar, morta de sede,
Pedindo a Deus a minha gota de água!

(Florbela Espanca)

Publicado por: asdrubal às agosto 16, 2005 01:18 AM

Só ao fim da tarde...

Publicado por: pyrenaica às agosto 16, 2005 08:35 AM

É pena os portugueses terem perdido a capacidade de se revoltarem. Também é verdade que, nos tempos modernos, só se revoltaram uma vez - na Maria da Fonte. Vamos ficar à espera de mais um Gomes da Costa (1926) ou de um Spínola (mais concretamente de um Otelo) para fazer - mal - aquilo que não nos queremos incomodar a tentar fazer. Eternas vítimas da tirania nunca pensamos em livrarmo-nos dos tiranos. Ficamos à espera que alguém nos livre... Devemos ter almas de escravos...

Publicado por: Albatroz às agosto 16, 2005 10:43 AM

Publicado por: Albatroz às agosto 16, 2005 10:43 AM

Falar da Maria da Fonte é falar da revolta pela revolta. Uma revolta 'popular', orientada por caciques e padres reaccionários, com a origem última na proibição de enterros dentro das igrejas, e, avaliando pelas primeiras acções dos revoltosos, com o nobre objectivo de fugir aos impostos - como se vê uma tradição venerável com profundas raizes históricas no nosso querido país - já que na zona da revolta não houve repartição de finanças que escapasse à pilhagem e incêncio.

Já agora aproveiro para te lembrar como é que acabou essa tão celebrada revolta 'popular': com a invasão de Portugal por tropas estrageiras, com o fim de repôr a ordem, a pedido da rainha.

Publicado por: Pedro Oliveira às agosto 16, 2005 10:56 AM

Cuidado pode ser viciante.
Use com moderação.

http://unkemptwomen.blogspot.com/2005/08/in-some-peoples-eyes-i-am-about-to.html


Publicado por: carlos alberto às agosto 16, 2005 11:02 AM

Pedro Oliveira às agosto 16, 2005 10:56 AM

Verdade, até certo ponto. A origem da revolta foi essa, mas rapidamente se transformou numa revolta contra os "Cabrais", ou seja, contra o poder oligárquico da época. Face à tendência para a revolta assumir um carácter claramente miguelista, a oligarquia de então fez o que sempre faz: chamou forças estrangeiras para debelar uma revolta nacional. Provavelmente, se hoje nos revoltássemos contra a corrupção política e económica, também o governo apelaria à intervenção armada da União Europeia, e veríamos de novo entrarem tropas espanholas em Portugal. Quem sabe, talvez isso fosse a bofetada de que precisamos para acordar...

Publicado por: Albatroz às agosto 16, 2005 11:53 AM

Pedro Oliveira em agosto 16, 2005 10:56 AM:
A Maria da Fonte foi uma revolta que uniu miguelistas e a esquerda dos liberais da época (Sá da Bandeira, por exemplo). Saldanha, Terceira e Costa Cabral, que representariam então o "centrão" (embora Saldanha, o líder mais carismático da época, estivesse "à esquerda" dos outros dois).
O que é interessante, e sintomático, foi como uma revolta de cariz popular e anti-mudanças, acabou por ser liderada pelas extremidades do leque político português de então, numa aliança aparentemente contra-natura

Publicado por: Joana às agosto 16, 2005 12:34 PM

Nota: esqueci-me de acrescentar-
"Saldanha, Terceira e Costa Cabral, que representariam então o "centrão"" ... foram aqueles que conduziram a oposição a essa revolta.
Essa revolta nunca teria quaisquer resultados positivos. Congregava forças do mundo rural, que se opunham a qualquer mudança social e à modernização da sociedade, com forças do radicalismo urbano que propunham soluções institucionais completamente inviáveis no estado de então da sociedade portuguesa.
Se tivesse vencido, seria uma vitória precária: os vencedores nunca se entenderiam, pois estavam em polos opostos

Publicado por: Joana às agosto 16, 2005 12:46 PM

Joana às agosto 16, 2005 12:46 PM

Não é tanto o hipotético resultado da vitória da revolta da Maria da Fonte que me interessa, mas o processo em si. Face a um poder arrogante e divorciado da realidade sociológica, o povo revoltou-se. Se a revolta tivesse saído vitoriosa certamente que se teria encontrado um novo equilíbrio mais ajustado à nossa realidade de então. Como se sabe, o centro é definido pelos extremos. Nos nossos dias estamos de novo sujeitos a um poder arrogante e divorciado das nossas necessidades. A revolta é uma forma legítima de combate a essa forma de tirania. Só que perdemos a capacidade para usarmos do nosso legítimo direito à revolta. O que é de lamentar...

Publicado por: Albatroz às agosto 16, 2005 01:12 PM

Condenados ao «intestinal centrão» ou à revolta de pólos opostos. Para quando as actualizações matriciais da propriedade rural para financiar as Câmaras do interior ?

Publicado por: asdrubal às agosto 16, 2005 01:12 PM

Publicado por: Joana às agosto 16, 2005 12:34 PM

O que é interessante, e sintomático, foi como uma revolta de cariz popular e anti-mudanças, acabou por ser liderada pelas extremidades do leque político português de então, numa aliança aparentemente contra-natura

Não é mais contra-natura que a aliança objectiva - para utilizar linguagem marxista - entre a esquerda radical de hoje e os ismalitas radicais. Afinal de contas têm a sua radicalidade - isto é, ódio à ordem instituída - em comum.

Publicado por: Albatroz às agosto 16, 2005 01:12 PM

Não é tanto o hipotético resultado da vitória da revolta da Maria da Fonte que me interessa, mas o processo em si.

Como escrevi acima. O único interesse da revolta da Maria da Fonte é a revolta pela revolta. Não tinha quaisquer objectivos práticos exequíveis, excepto, claro, a já tradicional e veneranda fuga ao fisco.

Publicado por: Pedro Oliveira às agosto 16, 2005 01:24 PM

Ops, ismalitas -> islamitas, claro.

Publicado por: Pedro Oliveira às agosto 16, 2005 01:48 PM

Pedro Oliveira às agosto 16, 2005 01:24 PM

O quê?
O Bloco anda a catrapiscar a Al-Qaeda?
Não me diga?!

Publicado por: Vítor às agosto 16, 2005 02:34 PM

Sócrates (o outro) diria: "Não sou ateniense, nem grego, mas sim um cidadão do mundo."

E Platão: "Lembrai-vos que é necessário a benevolência dos homens para o sucesso dos negócios."

Mas, embora possa parecer platónico, não custa nada (para quem pode e quer):

http://560.adamastor.org/

Publicado por: Vítor às agosto 16, 2005 03:09 PM

Saldanha depois malquistou-se com Costa Cabral e a Regeneração é o fim do cabralismo

Publicado por: Hector às agosto 16, 2005 03:15 PM

Publicado por: Vítor às agosto 16, 2005 02:34 PM

Se fosse só a al-Qaeda... Mas ele é Hamas, Fahta, talibans, mullahs iranianos... é só escolher. O que é apoiar a 'resistência' islamita de al-Zarqawi no Iraque senão ser um aliado objectivo dos radicais islamitas? O que é apoiar a luta 'anti-colonialista' do Hamas senão ser um aliado objectivo de radicais islamitas? O que é defender o 'direito' do Irão ao controlo de purificação de urânio senão ser um aliado objectivo dos mullahs de Teerão?

Sim, em Portugal é o Bloco, o PC e alguma esquerda mais perturbada do PS que defende que os Estados Unidos atacaram o Iraque por causa do petróleo, embora não exista a mais pequena sombra de evidência que suporte esses delírios: como qualquer um pode constatar, o petróleo não está mais barato, está mais caro. Que defendem doutrinas semi-racistas baseadas no conceito obsoleto do século XVIII de soberania étnica para os outros (não ocidentais) mas que a rejeitam para os ocidentais.

Que, em nome do relativismo cultural, estão predispostos ao racismo (não podemos pedir a outras sociedades os mesmos valçores humanos que à nossa, etc.), utilizando um conjunto de valores para umas sociedades, outro para outras. Estranhamente, já não mostram o mesmo relativismo na análise de factos históricos, como se notou recentemente na insistência de julgar a destruição de Hiroshima e Nagasaki não à luz das práticas de guerra dos anos 40, mas sim á das leis de guerra actuais.

O motivo é muito simples: é o mesmo que leva a desejar a revolta apenas pela revolta: o ódio à ordem instituída decorrente da bebedeira de utopia. É a destruição pela destruição: nihilismo.

Publicado por: Pedro Oliveira às agosto 16, 2005 03:16 PM

Pedro Oliveira às agosto 16, 2005 03:16 PM

Não está a exagerar?
A mim também me espantam alguns disparates do tal "relativismo cultural".
Principalmente aqueles do género:
nós, quando vivemos "lá", temos de os respeitar, não os devemos ofender. Devemos adaptar-nos às suas regras.
Eles, quando vivem "cá", têm direito à sua identidade e a viver em conformidade com as suas tradições.

Também percebo que, nos dias de hoje, não podemos dar-nos ao luxo de ficar "quietinhos" à espera que algo aconteça.

Mas, ainda assim, julgo que está a misturar tudo no mesmo saco. Já, por diversas vezes me insurgi contra essa visão maniqueísta.
Por exemplo:
-criticar a invasão americana do Iraque, ou
-perceber as motivações da luta palestiniana
não é sinónimo de aliança com extremistas, nem ódio à ordem instituída, nem bebedeiras de utopia, nem nihilismo.

Se me é permitido: insurjo-me tanto com o terrorismo do Hammas como com o dos fundamentalistas religiosos judaicos.

Já agora: o facto de o petróleo estar mais caro é uma realidade que serve, tanto para abalar o argumento " os Estados Unidos atacaram o Iraque por causa do petróleo", como para o defender.

Publicado por: Vítor às agosto 16, 2005 03:45 PM

Publicado por: Vítor às agosto 16, 2005 03:45 PM

Mas, ainda assim, julgo que está a misturar tudo no mesmo saco. Já, por diversas vezes me insurgi contra essa visão maniqueísta.
Por exemplo:
-criticar a invasão americana do Iraque, ou
-perceber as motivações da luta palestiniana
não é sinónimo de aliança com extremistas, nem ódio à ordem instituída, nem bebedeiras de utopia, nem nihilismo.

Quando os Estados Unidos invadiram o Iraque, em 2003, também eu critiquei essa decisão. Não por motivos humanitários - até porque os motivos humanitários para a criticar são hipócritas se compararmos as condições hoje e antes da intervenção - mas sim porque pensava, e até certo ponto ainda penso, que os riscos a correr não valiam o prémio, em termos puramente egoístas. No entanto, por muito grandes que fossem as motivações dessa critica, nunca me posso colocar do lado de ex-bahatistas, wahabitas e outros radicais, por muito que estes agitem as bandeiras da independência nacional e da 'luta anti-imperialista', e contra a mais antiga (e mais estável) democracia do mundo.

Do mesmo modo, por muito que compreenda a luta palestiniana, essa compreensão não me faz esquecer compreensão similar com a posição dos israelitas. Já em 2002, no forum do The Guardian defendi que a melhor solução para o problema palestiniano teria sempre que passar por decisões unilaterais por parte de Israel, já que os dirigentes palestinianos sempre foram demasiadamente fracos para se poderem dar ao luxo de qualquer tipo de concessão. A actual retirada de Gaza é um bom princípio.

Publicado por: Pedro Oliveira às agosto 16, 2005 04:23 PM

Sharon está a apostar em manter o que é defensável e livrar-se do resto, para mostrar a sua boa vontade. Manter os colonatos em Gaza eram um luxo incomportável. Enquanto isso, as zonas menos povoadas da Cisjordânia (como o vale do Jordão, que isola a Cisjordânia da Jordânia) e as zonas fronteiriças a norte de Jerusalém (que são estratégicas porque dão profundidade defensiva a Israel)não serão abandonadas por decisão unilateral de Israel. Em Gaza, estamos a falar de menos de 10 mil colonos. Na Cisjordânia estamos a falar em mais de 250 mil.

Publicado por: Joana às agosto 16, 2005 05:13 PM

A minha posição sobre a questão do Médio Oriente seria longa de explicar e só entendível por muitos poucos, já que os outros preferem pensar que sou um terrorista islâmico disfarçado de bloquista, é bem mais simples afinal. No entanto, hoje aconteceu uma coisa em que tenho de dar a mão à palmatória: li no Público uma série horrenda de massacres que os japoneses fizeram aos chineses, 300 000 mortos civis, que eu desconhecia. Mais um motivo para vomitar, paciência.

Estou contente com a retirada de Israel da faixa de Gaza. Infelizmente creio que é tarde, a 3ª guerra mundial já começou, começou no 11 de Setembro, como a maioria dos portugueses nesse dia respondeu nas sondagens. Demorei anos a realizar que simbolicamente, como um amigo meu depois me fez ver, nesse dia os EUA foram comidos nos três olhos, os dois da cara e o do c*: o gigante está cego e com hemorroidal! Vai ser terrivel... Quanto ao meu suposto antiamericanismo, comprei hoje mais umas tantas t-shirt e calções Lee, Levi's e Wrangler, mas sou anti-imperialista sim, também condenei o imperialismo soviético.

A minha proposta contra o terrorismo islâmico é a tentativa de reedição do espírito ecuménico alicerçado na experiência do emirado (califado) de Córdova, que por aqui também andou mais ou menos em Silves, ou Mértola, etc. Zapatero já está nesse caminho, creio.

Sou contra a utilização da base das Lages na ofensiva contra o Irão e penso que se os nossos governantes não tomarem o devido cuidado, que afinal é elementar prudência, terá chegado breve o tempo da cicuta.

Entretanto:

Esperanza, Manu Chau

Publicado por: pyrenaica às agosto 16, 2005 05:21 PM

pyrenaica em Agosto 16, 2005 05:21 PM,

Mas Vc. ainda tem a mais remota dúvida de que os americanos, se precisarem, utilizam as Lages com ou sem o acordo prévio de Portugal ?
Não conhece a «peça». Os ingleses entraram lá ao mesmo tempo que batiam à porta ... e eram os ingleses !

Publicado por: asdrubal às agosto 16, 2005 06:08 PM

Mesmo assim li para ai que Israel tinha cativado uma verba de 700 milhões de euros para compensar os colonos.
É obra.

Já agora apreciava que nos desse uma estimativa de quanto custam os incêndios em horas/person (não conheço melhor maneira de incluir os dois géneros) perdidas no inglório combate, uma vez que são 90% voluntários.

E se acrescentasse quanto se gasta em material ai sim é que seria a cereja no topo do pinheiro.

Publicado por: carlos alberto às agosto 16, 2005 06:21 PM

Publicado por: Joana às agosto 16, 2005 05:13 PM

Para Israel possuir alguma profundidade defensiva, necessitava de ocupar metade do Líbano, uma fatia substancial da Síria, a parte ocidental da Jordânia, e reocupar o Sinai. Como esta opção não é politicamente viável nas circunstâncias actuais a profundidade estratégica de Israel está concentrada na produção de Dimona.

Publicado por: Pedro Oliveira às agosto 16, 2005 06:26 PM

Publicado por: pyrenaica às agosto 16, 2005 05:21 PM

A minha posição sobre a questão do Médio Oriente seria longa de explicar e só entendível por muitos poucos, já que os outros preferem pensar que sou um terrorista islâmico disfarçado de bloquista, é bem mais simples afinal.

Mas de modo nenhum um 'terrorista islâmico disfarçado de bloquista'. Na verdade o camarada Vladimir Illich em pessoa tinha uma expressão muito mais apropriada para classificar as pessoas de mentalidade bloquista (incluindo o panfletário Fernando Rosas e o santimonioso Francisco Louçã).

Publicado por: Pedro Oliveira às agosto 16, 2005 06:30 PM

Ulianov. E qual era?

Publicado por: pyrenaica às agosto 16, 2005 06:40 PM

Pedro Oliveira às agosto 16, 2005 06:26 PM:
A Jerusalém israelita é uma pequena faixa de terra rodeada pela Cisjordânia. A "colonização" da zona fronteiriça a norte (e a sul) dessa faixa afasta a fronteira das zonas mais povoadas de Israel, mormente de Tel-Aviv.
A ocupação das zonas despovoadas do vale do Jordão impede a infiltração entre a Jordânia e a Cisjordânia.
Quanto à Síria, os Montes Golã são suficientes. Abandoná-los teria consequências muito negativas no capítulo da segurança de todo o norte de Israel.
É óbvio que isto são conceitos estratégicos que terão que ser balanceados com a correlação de forças da política internacional.

Publicado por: Joana às agosto 16, 2005 06:43 PM

Publicado por: pyrenaica às agosto 16, 2005 06:40 PM

полезный идиот.

Publicado por: Joana às agosto 16, 2005 06:43 PM

Nos dias de hoje, com a possibilidade de movimentação que as armas modernas oferecem, pode-se adquirir alguma profundidade estratégica à custa de muito território disponível (Russia, China, Estados Unidos, etc.), oceanos, ou com a posse de um dissuasor convincente. As 100/200 armas nucleares que Israel possui dão muito mais profundidade estratégica que pequenos territórios.

Relativamente aos arredores de Jerusalém, penso que a questão é mais de como evacuar dezenas de milhares de pessoas de colonatos como, por exemplo, Ariel.

Publicado por: Pedro Oliveira às agosto 16, 2005 06:55 PM

Isso não faz sentido Pedro Oliveira. Nas distâncias que estamos a falar a profundidade territorial é essencial. Estamos a falar de algumas dezenas de quilometros. Que são realizados em minutos por um exército atacante. Para isso "Dimona" não interessa teriam de as lançar sobre o próprio país.

É claro que se pode colocar "bufferzones" os EUA têm tropas no Sinai e o Egipto só está autorizado a ter um numero limitado de unidades nesse seu território. Nos Golão tal é impossível, Damasco está demasiado perto.

Eu penso que é uma asneira gigante a saída de Gaza sem nenhuma contrapartida.

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Pyrenaica isso é grave falha para um curioso como tu! Não sabias do(s) massacre de Nanking? Unidade 731? Massacre é favor é mais tortura...

Não aconselho ninguém a investigar sem estar bem sentado e disposto a ter o estômago ás voltas.
http://www.sjwar.org/


P.S: em 2003 foram encontradas armas quimicas na China.

Chinese, Japanese Experts Handle 724 Chemical Bombs

Chinese and Japanese experts were working smoothly together in Qiqihar city, northeast China's Heilongjiang Province, to seal off and destroy chemical weapons stored in a warehouse in the city, a senior Chinese military officer said Friday.

A total of 724 chemical bombs will be handled, including 143 found in Qiqihar, 24 in Daqing city, 217 in Heihe city, 340 in Bei 'an city, and barrels of mustard gas found on Aug. 4 in the province, said Ma Yinde, a Chinese weapon expert.

When they surrendered and returned home at the end of World War II, Japanese intruding troops left countless chemical weapons in northeast China.
Some of the abandoned chemical weapons were found recently in the city and other places in northeast China and caused injuries, or even death.

A fatal toxic gas leakage from abandoned Japanese chemical weapons killed one person and injured 42 others after barrels of mustard gas were dug up at a construction site in Qiqihar in early August.
Although the weapons were sealed off in a warehouse, they were in danger of leakage because of eroded containers.
The work has progressed well so far despite cold weather in northeast China, Ma said.
Ma said Chinese and Japanese experts worked in an orderly way, except the Japanese side argued about if 45 chemical bombs in store were left by intruding Japanese troops.
They have strengthened safety and protective measures to prevent workers involved from hurt and the environment from contamination, Ma said.
(Xinhua News Agency November 15, 2003)

Publicado por: lucklucky às agosto 16, 2005 07:55 PM

Não fui ver lucky o que li hoje já me deixou enojado. Era uma lacuna sim senhor, tenho lacunas. E não te esqueças que quando eu era estudante do liceu era impensável chegar à História da 2ª Guerra Mundial - era o tempo do marcelismo. Mas já que sabes, peço-te datas comparativas entre Pearl Harbour e esta coisa dos massacres.

Seja como for o pior de tudo é o todo, o século XX da maravilha tecnológica, é o século da maior mortandade absoluta e pelos vistos vamos a caminho duma maior ainda, no 3º milénio.

Em termos práticos dir-se-ia que isso são tudo sintomas de que a capacidade de sustentação de Gaia para o sapiens foi alcançada e eventualmente (o sentido em português do eventualmente é diferente do eventually)alcançada.

Publicado por: pyrenaica às agosto 16, 2005 08:23 PM

Ops,...ultrapassada.

Publicado por: pyrenaica às agosto 16, 2005 08:25 PM

"...
Que é morrer
senão erguer-se nú ao vento
e fundir-se com o Sol
...
Só quando beberdes
do rio do silêncio,
cantareis realmente

E quando tiverdes chegado
ao cimo da montanha,
cemeçareis a escalada.

E quando a terra
reclamar os vossos membros
então dançareis verdadeiramente"

Khalil Gibran, O Profeta, libanês morreu em New York em 1931. O seu corpo, levado para o Líbano, repousa na cripta do Mosteiro de Mar Sarkis, em Becharre.

Publicado por: pyrenaica às agosto 16, 2005 08:48 PM

começareis

Publicado por: pyrenaica às agosto 16, 2005 08:50 PM

Bom mas para não ficar demasiado trágico lembrem-se que no número de Julho da Scientific American (assino há bué) vem lá a árvore filogenético que mostra que os crocodilos por um lado persistiram por outro foram acabaram em pardais; curioso é que os elos do meio, os dinossauros e uns passarões (?) ficaram só nas camadas geológicas. Ah, e se não me engano, também ficaram os ornitorrincos ;))

Ps vi um show de crocodilos no rio Adelaide, eles saltam até ficar 2/3 fora para ir abocanhar um pedaço.

Publicado por: pyrenaica às agosto 16, 2005 09:19 PM

a
acabar

Publicado por: pyrenaica às agosto 16, 2005 09:21 PM

samsara

Publicado por: pyrenaica às agosto 16, 2005 09:23 PM

uma

Publicado por: pyrenaica às agosto 16, 2005 09:43 PM

capicua

Publicado por: pyrenaica às agosto 16, 2005 09:44 PM

não se resiste ;)

Publicado por: pyrenaica às agosto 16, 2005 09:45 PM

Israel nunca vai abandonar uma parte da Cisjordânia. Os Palestinianos nem sequer irão conseguir aquilo que Arafat recusou em Camp David

Publicado por: Novais de Paula às agosto 16, 2005 10:08 PM

Yin-Kuo, já fiz a carta para o D-G R F parta deixar amanhã isto tratado, vai o pinhal e as oliveiras (e a vegetação ripícola associada...), vai ficar tudo classificado com o estatuto de "monumento nacional", :))))

Se precisares de ajuda descobre o meu mail ou pede à Joana que eu envio-te...

Publicado por: pyrenaica às agosto 16, 2005 10:11 PM

pyrenaica às agosto 16, 2005 10:11 PM

Antes de partir para essa etapa, programei (com a minha legítima, que é também Arquitecta Paisagista) uma tentativa de levantamento da história do local e, se possível, da data de plantação (o parzinho Gingko/Liriodendro namora num pequeno jardim de uma casa de cidade).

Irei informando dos desenvolvimentos...

Publicado por: Vítor às agosto 16, 2005 10:51 PM

Hum! Bem, os proprietários têm que ser ouvidos, se derem anuência é fácil, senão fica encravado. Se eles tiverem amor pelas árvores é possível. Isto aqui comigo é mais fácil porque o dragoeiro já mandou à vida 1 milhão de contos de construção (eu pyrenaica fui porta-voz), e agora lá vão mais uns tantos...

Patiente dans l'azur, claro que tive de desligar os gravadores de chamadas e andar com um vizinho meu aos tiros para o ar(?), mas sabes como é: eu rebento muito bem de toiça mas essa eu só soube depois. Ou melhor, reconheci.

Publicado por: pyrenaica às agosto 17, 2005 12:07 AM

Ah, mas é assim, não sobrou para o erário público, até ver, caso em que teria de ser accionado o Direito de Regresso sobre o José Luís Judas e cúmplices. Em princípio conseguiu-se concertar uma solução com um pouco menos de 1/3 da área inicialmente projectada, que vai agora a consulta pública, Plano de Pormenor.

Claro que quem sai lesado é o promotor Pimenta&Rendeiro, que tem um lucro muitissimo inferior ao que pensava ter, mas que ficou a pensar que era melhor não se meter com certas forças e a inteligência do António Capucho.

Puf, ao menos já nasceu um interessante centro de saúde ali num sítio onde o Judas queria por condomínios de luxo.

Publicado por: pyrenaica às agosto 17, 2005 12:17 AM

Hum, pensando melhor, cheira-me que vai ter de ser accionado o Direito de Regresso...

Publicado por: pyrenaica às agosto 17, 2005 12:54 AM

E a contrapartida da construção é que o espaço público ganha 4 hectares de parque e jardins (agora são terrenos privados) em domínio público municipal. Dá é muito trabalho conhecer o PDM, o enquadramento jurídico e alguns aspectos do Direito Administrativo, mas consegue-se fazer coisas boas, sim. Hasta...

Publicado por: pyrenaica às agosto 17, 2005 01:09 AM

pyrenaica o mais conhecido massacre (em Nanking foi em 1937) quando as forças Japoneses estavam a entrar na cidade na sua conquista da China. Pearl Harbour em Nov 1941

Para se entender em parte as decisões da Política Japonesa é preciso compreender as duas cabeças do Japão: Marinha e Exército Japonês se odiavam institucionalmente.Exemplo: para um país muito pobre em matérias primas só 2 a 3 modelos de aviões foram utilizados pelos dois ramos, todos os outros foram específicos . O ataque a Pearl Harbour foi um produto da Marinha Japonesa e nessa altura já o Japão tinha milhões de soldados na China e na Manchúria(Coreia).

Publicado por: lucklucky às agosto 17, 2005 12:31 PM

Asneira. Manchúria é a norte da Coreia. Confusão idiota porque na época pertenciam á mesma área de comando do exército Japonês.

Publicado por: lucklucky às agosto 17, 2005 12:36 PM

lucky ainda bem que sabes isso tudo, eu conheço mal isso, e depois é tudo sempre uns números enormes. Vi o Peral Harbour e deu para compreender, mas olha pá ando muito triste com isto tudo. Infinita tristeza, diz o Manu Chau às tantas. O que me vale é Portugal e África, espero. Estou quase a ir de férias. Hoje experimentei uns calções Mustang alemães, olha afinal são melhores que os da Lee; mas para as jeans prefiro Lee. Agora vou para Lisboa entregar o pedido de classificação das árvores.

Publicado por: pyrenaica às agosto 17, 2005 01:28 PM

Publicado por: lucklucky às agosto 17, 2005 12:31 PM

Pelo que li, um dos motivos que foram utilizados para defender o ataque a Pearl Harbour frente ao alto comando da armada japonesa, foi que o ataque aos Estados Unidos seria o único modo de evitar uma guerra com a União Soviética, em que a marinha imperial não teria qualquer papel.

Publicado por: Pedro Oliveira às agosto 17, 2005 06:18 PM

Yin-Kuo, tá feito, agora nem que me ponham uma bomba no avião é travado. O pedido formal foi entregue à secretária do D-G, com a papelada anexa, e já que eu sou presidente de uma ONGA local, fiz seguir cópia por mail com fotografias da planta anexa, para vários lados... Puf, mais uma.

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Publicado por: pyrenaica às agosto 17, 2005 06:42 PM

Sim Pedro Oliveira essa foi uma das razões não escritas. A Marinha Japonesa temia perder importância em relação ao Exército. Na conquista para Sul atrás das matérias primas podiam simplesmente ter conquistado as Indias Holandesas(Indonésia, Celebes etc), Malásia, Borneu , Singapura e não terem invadido as Filipianas e atacado Pearl Harbour forçando assim a guerra com os EUA. Mas a visão imperial das esferas de influências "esfera da co-prosperidade asiática" no dizer da propaganda Japonesa e a convicção que o código guerreiro dos samurais é superior aos miúdos com vida fácil afogados luxo burguês da vida Americana. Bin Laden cometeu erro semelhante.


pyrenaica talvez este sitio te interesse, também combatemos contra os Japoneses...

The fightings on the Portuguese East Timor Island, 1942
http://www.geocities.com/dutcheastindies/timor_port.html

Portugal in War (Macau, Timor)
http://www.geocities.com/dutcheastindies/portugal.html

"Diggers" on East Timor !
The East Timor Island, March 1942 to December 1942
http://www.geocities.com/dutcheastindies/east_timor.html


Todo o site é excelente sobre as operações Japonesas para a conquista do Sul da Ásia.
http://www.geocities.com/dutcheastindies/

Publicado por: lucklucky às agosto 17, 2005 07:41 PM

Ainda não vi os links mas a parte do Japão em Timor eu sabia, até lá vi os bunkers deles de 1945. Aliás a Austrália ficou a dever à resistência timorense sob algum comando português o facto de não ter sido invadida, ao que me disseram, morreram imensos milhares de timorenses mas depois quanto a isso dos números os meus alunos em privado disseram-me que os números de vítimas na Ásia são sempre muito inflaccionados...

Também vi japoneses pacientemente a explicarem e orientarem timorenses na construção de pontes de madeira e metálicas (aquilo lá entre Dez e Mar dá enxurradas) e sistemas de condução de água e ouvi dizer que são dos maiores doadores.

Desculpa lucky mas lá a put@ agora é a Austrália, se queres conto-te porquê, mas se calhar também sabes.

Bom, mas há já uma que te dou já de borla, reconheço que os bombardeamentos de Hiroxima e Nagasaqui não foram afinal tão injustificados e cruéis quanto eu pensava. Em termos do seu próprio budismo Zen os japoneses tiveram afinal o que mereceram. Isto para eles é irrefutável.

Agora repara se esta lógica é válida ela vai por aí fora e então os EUA tiveram o que mereceram no 11 de Setembro, e como isto vai dar a 3a Guerra Mundial com armas atómicas sobre o berço da civilização podemos concluir que o pecado foi cometido aí, já que a componente teosófica desta guerra é também inegável. Mas atenção vai explodir por esse mundo fora também. Creio que vai ser terrível para os USA, tu não estás a ver acho eu, mas paciência, também concordo que é imparável.

Publicado por: pyrenaica às agosto 17, 2005 08:28 PM

Publicado por: pyrenaica às agosto 17, 2005 08:28 PM

Agora repara se esta lógica é válida ela vai por aí fora e então os EUA tiveram o que mereceram no 11 de Setembro, e como isto vai dar a 3a Guerra Mundial com armas atómicas sobre o berço da civilização podemos concluir que o pecado foi cometido aí, já que a componente teosófica desta guerra é também inegável. Mas atenção vai explodir por esse mundo fora também.

Mas não estás já a morrer de véspera? De qualquer modo essa do 'ter o que se merece' parece um poucomuito fatalista. Aparentemente algo da velha trilogia dos efes afecta até bloquistas e полезный идиот... Porque é que isso não me surpreende?

Publicado por: Pedro Oliveira às agosto 18, 2005 09:23 AM

Pedro Oliveira, traduz lá isso pá, já que me chamas isso sempre quero saber o que é. Já fiz copy e fui ao Google procurar um dicionário Russo-Inglês mas não funceminou.

Quanto ao fatalismo é verdade que ao longo da minha vida tive que aprender que há estranhas coincidências que dir-se-ia estarem escritas muito tempo antes.

Publicado por: pyrenaica às agosto 18, 2005 10:15 AM

Publicado por: pyrenaica às agosto 18, 2005 10:15 AM

Desculpa lá, pensava que todos os compagnons de route sabiam algo da sagrada linguagem de Lenine, Staline e outros 'ines'. Significa 'idiota útil' - designação que assenta que nem uma luva aos espíritos bem intencionados que se associam com totalitaristas (à esquerda ou à direita). Hoje encontra-se mais na esquerda, mas noutros tempos foi diferente...

Publicado por: Pedro Oliveira às agosto 18, 2005 11:21 AM

Hum! Mas útil para quê?

Publicado por: pyrenaica às agosto 18, 2005 11:37 AM

Publicado por: pyrenaica às agosto 18, 2005 11:37 AM

Útil para os totalitários. Qual é que costuma ser o meio principal dos totalitários na prossecução do seu objectivo - que é fazer com que todos pensem como eles? Vá, uma ajuda: começa por 'P', acaba em 'R', e no meio tem, perfeitamente ao acaso, as letras 'O', 'D' e 'E'.

Publicado por: Pedro Oliveira às agosto 18, 2005 11:51 AM

Pedro Oliveira não te preocupes demais com o Bloco. Por um efeito dialéctico inevitável o BE ao ter decidido este nome, invocou o seu contrário...

No funeral de meu pai ainda sugeri à grande cabeça pensante, que se apropriou do legado, que se chamasse "mosaico de esquerda". Não quiseram...

Do russo só conheci o tovarich. Gostei muito da Dialéctica da Natureza do Engels, tinha para aí 17 anos, foi marcante. Mas quando saí do PCP em 1981, e depois mudei de casa, dei os livros todos da onda M-L.

Publicado por: pyrenaica às agosto 18, 2005 11:53 AM

Publicado por: pyrenaica às agosto 18, 2005 11:53 AM

Por enquanto, não me preocupo quase nada. Só ficaria preocupado se por acaso existisse o risco de ganharem eleições importantes. Mas custa-me entender a racionalização intelectual necessária para pessoas que, embora sendo de esquerda, não possuem tendencias totalitárias, se associam com totalitaristas óbvios como trotskistas (o facto de Trotsky ter lutado contra Staline não o limpa de totalitarismo: também Hitler lutou contra Staline) tipo camarada Louçã, maoistas reciclados como o camarada Rosas (é preciso relembrar as façanhas dos camaradas Mao e Pot?), e outros 'socialistas' terceiro-mundistas tipo camarada Fazenda, camarada Tomé e por aí fora. Todos sabemos que tipo de paraísos defenderam e defendem...

De russo também só sei umas palavritas... Quando à literatura marxista-leninista, surpreende-me que Engels te tenha marcado. Os livros de Engels que li tiveram sobre mim o mesmo impacto que um frasco de Valiums. Marx, apesar do seu dogmatismo irascível é substancialmente mais legível.

Publicado por: Pedro Oliveira às agosto 18, 2005 12:49 PM

mas olha que é bem engraçado deixá-los todos desorientados, entre os que ficam lívidos com as minhas inconveniências até aos que ficam todos corados... Pronto, mas agora só brinco nos jornais e muito de vez em quando. E não sou só eu, há outros. Claro que como aquilo se chama bloco dá logo vontade de ir ver a resistência do material...

No entanto contextualizo: o Bloco foi útil para trazer para cima da mesa coisas que ninguém mais trazia.

Agora nas autárquicas que é o primeiro exercício em força dos dinossauros locais vai ser engraçado ver.

Publicado por: pyrenaica às agosto 18, 2005 01:05 PM

Publicado por: pyrenaica às agosto 18, 2005 01:05 PM

Agora nas autárquicas que é o primeiro exercício em força dos dinossauros locais vai ser engraçado ver.

Também acho que vai. Mas a oligarquia partidária é capaz de não achar o resultado assim tão engraçado...

Publicado por: Pedro Oliveira às agosto 18, 2005 01:34 PM

Pois claro :)! Por isso é que vai ser engraçado. Vão andar esfalfad@s...

Publicado por: pyrenaica às agosto 18, 2005 02:16 PM

Olha que o BE não está fora da oligarquia partidária... Antes pelo contrário...

Publicado por: Pedro Oliveira às agosto 18, 2005 03:08 PM

A questão é mais complexa. Nalguns casos a oligarquia partidária tem razão. Autarcas com acusações às costas não deveriam concorrer enquanto a situação não estivesse resolvida

Publicado por: Bsotto às agosto 18, 2005 04:26 PM

Falo em acusações mesmo. Não em suspeições, porque se vamos por aí entramos no domínio do maldizer.

Publicado por: Bsotto às agosto 18, 2005 04:27 PM

Pois eu penso que essa questão de quem é que tem razão compete aos eleitores decidir. Afinal isto é uma democracia (ou talvez não).

Publicado por: Pedro Oliveira às agosto 18, 2005 04:34 PM

Pedro Oliveira às agosto 18, 2005 03:08 PM

Pois, mas eu falava da oligarquia dentro do BE.

Publicado por: pyrenaica às agosto 18, 2005 05:23 PM

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