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agosto 28, 2005
Figuras de Urso
O incêndio da Mata Nacional do Urso merece umas linhas, não pelo facto em si, pois os incêndios das matas nacionais tornaram-se banais; não pelo facto da Mata estar cheia de mato por limpar, pois a ausência de limpeza banalizou-se; não pelo facto de não haver caminhos de acesso para bombeiros, pois esses caminhos são delitos ambientais para o Estado português. Apenas porque servem para ilustrar que o PR e membros do Governo, quando botaram espicho há dias, fizeram-no sem saber do que estavam a falar desconheciam o país que se supõe que governam: a sua geografia física, económica e humana, o estado das florestas tuteladas pelo Estado e as razões porque não são limpas, o rigor dos registos e cadastros e as razões porque os não conseguem actualizar.
Os portugueses não tratam das coisas por desleixo. Adicionalmente, no caso das florestas, os particulares não as desmatam por estarem descapitalizados e o Estado não as desmata por razões ideológicas. E o que espelha a situação moral do país é o silêncio ensurdecedor dos profissionais da comunicação social sobre as causas profundas da telenovela dos incêndios, apenas cortado por uma ou outra carta ao Director ou pelas lamentações de algum autarca à beira de um ataque de nervos.
Publicado por Joana às agosto 28, 2005 08:08 PM
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Comentários
Curiosamente, ouvi os comentários do Presidente da Câmara de Pombal, ontem à tarde na TSF e, face a um incêndio que se diz ser de origem criminosa, fiquei curioso com a acintosidade dos seus (dele) comentários.
Já me referi a esta situação num comentário ao seu post "Cão que ladra, não morde" (Vítor às agosto 28, 2005 07:37 PM) e remeti para os investimentos feitos em 2004 nesta Mata Nacional (http://www.pombaldir.com/artigo.php?ArtID=2663)
Isto não significa que a Joana não deva lembrar (e bem) que os Governos (e este não foge à regra) seguem a regra do "olha para o que eu digo e não para o que eu faço".
Muito o Estado tem que fazer nas áreas florestais por si tuteladas, antes de vir exigir dos particulares que invistam (sem retorno à vista) o que não têm.
Apesar de tudo, pareceu-me que o autarca em questão estava, não à beira de um ataque de nervos, mas em plenas convulsões de um ataque de demagogia.
Publicado por: Vítor às agosto 28, 2005 08:24 PM
Apenas li que o Presidente da CM Pombal estava furioso quanto ao estado de ausência de limpeza da Mata e contra os alegados incendiários.
Publicado por: Lopes às agosto 28, 2005 09:48 PM
"o silêncio ensurdecedor dos profissionais da comunicação social" só pode ser fruto do "pensamento único" , tudo pessoal de esquerda a começar pelo arq. do expresso e pelo ex-maoista director do público.
Publicado por: zippiz às agosto 28, 2005 09:52 PM
Ainda existem florestas tuteladas pelo Estado?! Não me digam!!!
Então, por que é que o Estado não as privatiza?
Publicado por: Senaqueribe às agosto 28, 2005 10:39 PM
Vou deixar de ver a homilia do Prof Marcelo. Só coisas superficiais. Esta noite, sobre os incêndios só repetiu a lenga lenga do costume
Publicado por: Sampaio às agosto 28, 2005 11:41 PM
Senaqueribe às agosto 28, 2005 10:39 PM: Existem áreas tuteladas pelo Estado, mas já não existem florestas tuteladas pelo Estado. Estas arderam. Ficaram só as áreas.
Publicado por: Sampaio às agosto 28, 2005 11:47 PM
zippiz: No Público, e exceptuando o JMF, que o devem ter deixado entrar lá quando estava a menos de meio caminho entre o maoismo e o liberalismo, diga-me o nome de outro jornalista que não seja da área do PS ou do BE.
O que dá um ar independente ao Público são os colunistas, que há para todos os gostos. Mas esses não são jornalistas do Público. São free-lancers.
A esquerda tem algum azar, porque um dos seus colunistas não é lido por ninguém, além dele próprio - o EPC.
Publicado por: Joana às agosto 28, 2005 11:58 PM
Vítor às agosto 28, 2005 08:24 PM:
O Estado não limpa as matas (nem deixa que os particulares limpem, nas áreas protegidas) por uma questão de desleixo. É por uma questão "ideológica". As florestas não são tratadas para proteger a biodiversidade. Só podem ser tratadas manualmente. Ora isso é materialmente impossível. Não há mão-de-obra e mesmo que houvesse, seria estupidamente caro. Nem o Estado nem os particulares têm dinheiro para isso.
Enquanto esta questão "ideológica" não for resolvida, o Estado não limpará as suas matas nem deixará que os particulares façam limpezas.
Publicado por: Joana às agosto 29, 2005 12:05 AM
Sampaio às agosto 28, 2005 11:47 PM
Matas nacionais (só na Beira Litoral) e respectiva área (ha):
MN Dunas Vagos ... 2161
MN Gafanha ... 711
MN Leiria ... 10828
MN Pedrógão ... 1650
MN Casal da Lebre ... 365
MN Ravasco ... 9
MN Buçaco ... 105
MN Costa de Lavos ... 650
MN Prazo Santa Marinha ... 442
MN Dunas de Quiaios ... 1600
MN Fôja ... 355
MN Leirosa ... 861
MN Urso ... 6132
Publicado por: Vítor às agosto 29, 2005 12:06 AM
Publicado por: Joana às agosto 28, 2005 11:58 PM
parece que o EPC só é lido pela direita, a começar por si.
Quanto aos jornais de "referência" ainda estou à espera do desafio que lhe fiz no seu post anterior : nomes de directores, editores e chefes de redação de jornais que sejam, segundo o seu conceito, do chamado "pensamento único". Assim eu passava a ler jornais de esquerda...
Publicado por: zippiz às agosto 29, 2005 12:22 AM
Joana às agosto 29, 2005 12:05 AM
Concordo que, em Portugal, o desleixo é "ideológico".
Quanto á questão dos incêndios, julgo que todos temos um pouco de razão e todos exageramos um pouco nas nossas razões.
Não é verdade que o Estado não limpe. É verdade que deveria limpar muito mais.
Quanto à questão das áreas protegidas:
Em qualquer floresta realmente importante (pena é que se tenha dado importância ecológica até às áreas que não a têm) do ponto de vista de fauna e flora, a aposta não deve ser sobretudo na limpeza Deve ser na vigilância e combate rápido.
Não passa pela cabeça de ninguém andar a fazer limpeza mecânica na Mata da Albergaria (Gerês). Mas já não me choca nada se isso for feito em muitas zonas do "Parque Natural" da Serra da Estrela
Há muito a apontar ao Estado. Mas também é necessário separar o trigo do joio.
Publicado por: Vítor às agosto 29, 2005 12:23 AM
esqueci-me de referenciar aquela velha máxima, aplicada ao seu venenoso conceito de "pensamenteo único": "uma mentira de tanto ser repetida passa a ser verdade".
Publicado por: zippiz às agosto 29, 2005 12:25 AM
Parem com a limpeza das matas por favor!
É impossível e é mau; esperam só ter árvores e terra?!
Gastem as energias a falar de corta fogos....
Publicado por: lucklucky às agosto 29, 2005 12:50 AM
A propósito de «figuras de urso» :
http://diariodigital.sapo.pt/dinheiro_digital/
Publicado por: asdrubal às agosto 29, 2005 01:09 AM
A propósito de Portugal e dos incêndios não sei se alguém leu ontem o El Pais, cujo editorial aludia, directa e metaforicamente, a essa situação. Não costumo ler o El Pais e, por norma, quando estou em Espanha é mais natural procurar o ABC do que o EL Pais, mas este era o que havia disponível a bordo da Iberia...
No dito editorial falava-se, mais do que do incêndio generalizado das nossas matas, dum despertar da consciência cívica da sociedade portuguesa para aquele que foi um resultado das políticas de investimento, suportado em grande medida pelos fundos comunitários, dos últimos 25 anos : o abandono do mundo rural. Dizia o El Pais que Portugal entrava numa nova fase da sua democracia ao despertar para este problema, já que a sociedade civil se insurgia contra a actual situação e exigia medidas. Dizia também o El Pais que Portugal deu um grande salto qualitativo por conta desses tais 20 anos de investimento, mas continua sem ter um projecto de país. De tudo isto só posso concordar com a última parte (subscrevo-a totalmente aliás). Quanto ao despertar dessa sociedade civil passiva, amorfa e adormecida, mais facilmente a eliminação da selecção nacional de futebol para o Mundial de 2006 traria gente em protesto às ruas...
Publicado por: Xiko às agosto 29, 2005 12:04 PM
A (des)propósito:
MORA NA MARINHA GRANDE? QUER MARCAR UMA CONSULTA? COMPRE A SUA VEZ!!!
São três as formas de marcar consulta para o médico de família no Centro de Saúde da Marinha Grande:
1. Por marcação prévia (demora entre três a quatro meses)
2. Por ordem de chegada,
3. Comprando a vez.
No Centro de Saúde da Marinha Grande vendem-se senhas de consulta a cinco euros, todos os dias, há vários anos. Toda a gente sabe o que se passa, incluindo o Ministério da Saúde, mas até agora ainda ninguém conseguiu acabar com o negócio.
Portugal, país terceiro-mundista, tudo se compra tudo se vende... tudo tem o seu preço. Que vergonha!
De: Os cães ladram (blog)
Publicado por: Senaqueribe às agosto 29, 2005 12:43 PM
Os portugueses optaram na sua maioria pelo "pensamento maioritário" (não gosto de lhe chamar "único") que lhes é apresentado pela cultura de esquerda instalada por todo o lado.
Sabem, no fundo, que a igualdade só é possível com o empobrecimento generalizado. Ainda assim, preferem ser pobres ou ser sustentados pelo Estado-Providência moribundo a abdicar do mito da busca da igualdade. Vêem nela uma ferramenta para melhoria social. Só deixará de ser assim quando o subsídio/reforma/salário deixar de vir pelo correio. O que acontecerá na falência do Estado.
Aí, e só aí, voltarão a perceber que o Estado-Providência é bastante inferior à Providência Divina. Verão que afinal são pobres e condenaram os seus filhos à pobreza. E terão que voltar a acreditar na Providência Privada dos capitalistas que ainda haja e lhes forneçam condições para, com os seus braços, serem a sua própria Providência.
Portanto, a mudança só virá depois do Estado colapsar. OK, já estamos a caminho...
Então, e só então, talvez se consiga dizer e mostrar que igualitarismo e justiça social são coisas diferentes. Porque ser justo não é tratar tudo e todos da mesma maneira, mas conforme os méritos da causa e do esforço de cada um. O que implica eliminar/reduzir as cegas políticas económicas/sociais do Estado ao mínimo indispensável.
Publicado por: J P Castro às agosto 29, 2005 01:41 PM
J P Castro às agosto 29, 2005 01:41 PM: Estou de acordo consigo excepto quando diz que os portugueses "sabem, no fundo, que a igualdade só é possível com o empobrecimento generalizado". Acreditam que são possíveis as duas coisas. Mesmo quando duvidam, nas eleições seguintes aparecem líderes políticos que asseguram que é possível e lá vão atrás desses líderes.
Veja que muitos dos comentaristas deste blog evitam discutir a questão do empobrecimento, provavelmente porque sabem que é assim mesmo (e alguns deles até devem sentir isso na pele) mas defendem o regime actual por teimosia ideológica.
Publicado por: David às agosto 29, 2005 02:48 PM
"Portugal, país terceiro-mundista, tudo se compra tudo se vende... tudo tem o seu preço. Que vergonha!"
Senaqueribe, o que é mesmo uma vergonha,é os serviços de saude do Estado demorarem 3 a 4 meses a marcar uma consulta. Não é nenhuma vergonha, e é até de louvar, que alguem tenha a iniciativa de se aproveitar disso para prestar esse serviço por apenas 5 euros!
Publicado por: Joao P às agosto 29, 2005 02:59 PM
Publicado por: Senaqueribe às agosto 29, 2005 12:43 PM
Qual é a diferença entre a situação que apontas, e as taxas de urgência cobradas para emissão rápida de bilhetes de identidade ou passaportes?
Ao que me parece, a diferença não é grande. Não que me pareça aceitável, mas numa perspectiva pragmática até parece melhor que a completa falta de opções.
Publicado por: Pedro Oliveira às agosto 29, 2005 03:15 PM
Tradicionalmente, a esquerda apostava na intervenção estatal (dominando os meios de produção) como forma de promover a igualdade e a distribuição da riqueza.
A direita defendia uma visão mais conservadora, nomeadamente no que concerne aos privilégios de classe, à religião e à cultura.
Hoje em dia, parece-me um pouco estranho continuar a olhar a sociedade com base nesta dicotomia estereotipada. Ou, como fazem muitos comentadores deste blogue, defender que a esquerda ainda é o que era e que a direita, por seu turno, evoluiu. E que é a esquerda a responsável pelo actual estado de coisas.
Chega-se ao cúmulo de procurar passar uma esponja pelos quase 50 anos de ditadura, como se não fossem, estes, também responsáveis pelo nosso atraso de décadas, promovendo o nós por cá, tudo bem. É um branqueamento semelhante ao que continua a ser feito das consequências nefastas do PREC.
Até porque, se há coisa que eu não percebo (falha minha) é para onde se inclina a política que tem sido seguida nos últimos anos
Publicado por: Vítor às agosto 29, 2005 03:50 PM
Quando se discutem os incêndios, só falam na necessidade de comprar meios, de gastar dinheiro. Por isso é que os outros estão ricos e nós pobres. Os outros previnem, pois saai mais barato e não dá tantos prejuízos. Cá gasta-se rios de dinheiro depois dos desastres acontecerem.
Publicado por: alberto às agosto 29, 2005 04:11 PM
Ainda a propósito da "Mata dos Ursos":
À noite ouvimos a indignação dos autarcas (geralmente os dos partidos que não estão no Governo) com o desordenamento florestal, que contribui para a dimensão assustadora dos incêndios e para a desgraça que atinge os seus munícipes. E concordamos.
No dia seguinte, percorremos o país, constatamos que se constrói nos sítios mais inusitados (benditos PDM's), atentamos no desordenamento urbanístico generalizado "tacitamente" aceite pelas autarquias, e vamos para casa cabisbaixos...
Publicado por: Vítor às agosto 29, 2005 04:14 PM
Vítor às agosto 29, 2005 03:50 PM:
A sua visão é redutora. "a esquerda apostava na intervenção estatal (dominando os meios de produção) como forma de promover a igualdade e a distribuição da riqueza. A direita defendia uma visão mais conservadora, nomeadamente no que concerne aos privilégios de classe, à religião e à cultura."
Esquece aqueles que propõem uma maior liberdade de acção económica, uma menor intervenção do Estado na economia para estimular o desenvolvimento económico.
Estes são diabolizados pela esquerda como neoliberais e ignorados por esse estereotipo de direita que você descreveu.
Publicado por: Rui Sá às agosto 29, 2005 04:17 PM
Rui Sá às agosto 29, 2005 04:17 PM
Concordo consigo.
Parece-me óbvio que é uma descrição simplista.
Principalmente à luz da realidade actual.
Por isso disse "tradicionalmente".
Por isso é que é estranho "...continuar a olhar a sociedade com base nesta dicotomia estereotipada".
Mas é o que muitos ainda fazem. Basta ler alguns dos comentários deste blogue...
Publicado por: Vítor às agosto 29, 2005 04:42 PM
Se somarmos as populações que foram dadas aos gabinetes de arquitectura que elaboraram os PDM's, chegamos a mais de 30 milhões de habitantes em Portugal.
Os gabinetes queixam-se que tiveram prejuízos. Fartaram-se de fazer e desfazer coisas ao sabor das ideias inovadoras que os autarcas iam tendo. Houve PDM's que demoraram cerca de 10 anos a serem elaborados
Publicado por: Joana às agosto 29, 2005 05:04 PM
Os PDM's têm um outro problema. Corresponem às intenções e conceitos numa dada época. Dez ou vinte anos depois podem estar completamente desactualizados, visto as decisões dos agentes económicos, dos particulares e mesmo dos políticos, poderem ter ido noutro sentido.
Os PDM's deveriam ter sido mais flexíveis, mais generalistas, para evitar que pudessem acontecer situações destas. Mas a nossa tendência é exagerar nas palavras e querer que o futuro seja para sempre idêntico ao presente. Temos medo de quem vem a seguir.
Portanto não devem ser sacralizados. Têm força legal, mas não os podemos considerar imortais.
Publicado por: Joana às agosto 29, 2005 05:13 PM
Publicado por: Vítor às agosto 29, 2005 03:50 PM
Sem dúvida que essa dicotomia esquerda/direita não só é redutora como também insidiosa. De facto, a direita radical, uma vez tomando as rédeas do poder revela-se tão estatista como a esquerda radical. Essa dicotomia só serve é para tapar o sol com a peneira, a discutir qual dos totalitarismos lava mais branco, quando a realidade é que ambos lavam é a vermelho. A dicotomia que interessa é entre as sociedades abertas e a sociedades totalitárias. Essa sim, é a dicotomia que interessa...
Publicado por: Pedro Oliveira às agosto 29, 2005 05:30 PM
Pedro Oliveira às agosto 29, 2005 05:30 PM
E a insidiosidade(?) do "lavar a vermelho"?
Porque não a azul, preto, amarelo, laranja, rosa?
Publicado por: Vítor às agosto 29, 2005 05:35 PM
Eu acho que o Pedro Oliveira tem razão - A dicotomia que interessa é entre as sociedades abertas e a sociedades totalitárias.
Quuanto à cor é secundária. O rosa velho também não vai mal
Publicado por: Bsotto às agosto 29, 2005 06:11 PM
Publicado por: Vítor às agosto 29, 2005 05:35 PM
A vermelho? Talvez seja a cor que melhor se associa com tortura e sofrimento... Não por motivos políticos, antes biológicos.
Publicado por: Pedro Oliveira às agosto 29, 2005 06:20 PM
vermelho com tortura e sofrimento...desportivo ! que o diga o galo de Barcelos !
Publicado por: zippiz às agosto 29, 2005 11:03 PM
Depois de ver a primeira parte dos Prós e Contras, chego à conclusão que nunca mais conseguiremos resolver o problema dos incêndios
Publicado por: Coruja às agosto 29, 2005 11:27 PM
Outras "figuras" :
«Bélgica dá 75 a cada lar para aliviar custos da energia» (DD,29-08-2005)
«Função Pública: carreiras congeladas a partir de terça-feira» (PD,29-08-2005)
Publicado por: asdrubal às agosto 30, 2005 12:22 AM
FOGOS E NÃO SÓ. não vamos lá assim. continuam os debates e os problemas a aumentarem.... e, no entanto, a "coisa" seria mais ou menos simples se se concentrassem no que é essencial: IR À ORIGEM DOS PROBLEMAS: COLOCAÇÃO DE "MILHARES" DE PESSOAL "PREPARADO", ESPALHADO POR TODO O PAÍS A VIGIAR TUDO (VIGILÂNCIA) e isto seria extensivo a toda e qualquer área da sociedade: terrenos, lixos, droga, roubos nos transportes públicos e nas vias públicas, automobilistas quer nas cidades quer nas estradas, etc. chamem-lhes bombeiros, forças de segurança, o que quizerem. isto significaria "mtos postos de trabalho"). VIGILÂNCIA "SEVERAMENTE" APERTADA, CONTROLO APERTADÍSSIMO E.... MULTAS "MUITO PESADAS". SÓ ASSIM SE EDUCA UM POVO. Neste caso concreto do fogo, o descalabro, há 4 anos, chama-se "fogo posto" por mafias interessadas no negócio. E é aqui que se tem que investir. se continuarmos a falar nos terrenos sujos, nas espécies plantadas, nas casas q estão situadas no meio dos pinhais, nas temperaturas, etc., não estamos a ir ao ÂMAGO DO ASSUNTO. Tinha terrenos completamente limpos e arranjados que arderam porque os fogos foram colocados estrategicamente em vários locais, ao mesmo tempo, na mesma zona e de noite. É o calor? estavam sujos? Assim não há canaderes, bombeiros, água, viaturas, exército que sejam suficientes em qq país do mundo. O Canadá (país maioritariamente de imigrantes) tem uma extensíssima floresta. Como se controla aquele povo vindo de todas as partes do mundo? Se não estivesse tudo devidamente vigiado (forças de segurança à paisana por todo o lado (não se vê um polícia fardado), vídios espanhados por todo o lado, multas que doem) também os automobilistas voavam na estrada e pegavam fogo a tudo. Reparem que neste país não se pode possuir nada de nosso. Uma casita no campo, etc., pois tudo é vandalizado porque não há civismo. Como se educa um povo? Com campanhas??? (como as da sida, droga, etc. e continuam as estatísticas a aumentar???). Vigilantes aos milhares e multas a doer. Depois então se avança para a limpeza, a reflorestação, o reforço dos equipamentos, enfim, se tenta dar um rumo a este país. Se não, está a começar-se pelo fim. Tenta-se arrumar e vem alguém por trás desarrumar. Vejam-se as pequenas lixeiras no meio da cidade, dos jardins, etc. vêm polícias, alguém a vigiar???? Fazemos o que nos apetece e se chamamos à atenção daqueles que estão a estragar ouvimos aquilo que queremos e não queremos. Não é assim q as coisas se resolvem.
Publicado por: apr às agosto 31, 2005 11:21 AM
Já ninguém se lembra dos incêndios. Passou à história.
Publicado por: Luro às setembro 10, 2005 04:09 PM
Eles não devem ter lido o Orlando ribeiro. Essa gente está-se marimbando pá.
Parabéns ao blog, excelente!!!!
Epa vão ao nosso blog dar uma olhadela, pode ser?
idadedoferro.blogspot.com
Publicado por: Ministério Público às setembro 11, 2005 02:25 PM
Urso és tu
Publicado por: Cisco Kid às setembro 13, 2005 12:35 AM