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julho 19, 2005

O Estado Motor

Permitem-me que discorde desta posta do João Miranda. Na minha humilde opinião, o Estado português tem um papel fundamental e insubstituível como motor da nossa economia. Só que deve ser um motor com uma velocidade apenas: a Marcha Atrás.
O Governo e o Estado devem empenhar-se, resolutamente, em desfazerem toda a porcaria que andaram a acumular nas últimas décadas: burocracia estúpida e paralisante; ineficiência e obesidade asfixiantes do Estado; sistema fiscal excessivo, injusto e desmotivador da actividade económica.
Esse Estado motor é insubstituível. Só ele pode limpar os Estábulos de Áugias. que as cavalgaduras que nos têm governado andam, há décadas, a encher de ... porcaria.
Já que vivemos numa época em que os Hércules desapareceram, terá que ser o próprio Áugias a limpar os estábulos.

Publicado por Joana às julho 19, 2005 01:07 PM

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Comentários

Preconizar a marcha atrás numa altura em que a malta quer ir em frente, é obra!

Publicado por: Sa Chico às julho 19, 2005 01:30 PM

É claro que se em frente estiver um abismo, que remédio senão fazer marcha-atrás.

Publicado por: Sa Chico às julho 19, 2005 01:31 PM

Cavalgaduras não será de menos?

Publicado por: Senaqueribe às julho 19, 2005 01:45 PM

Foram pouquíssimos os governos a nível mundial que tiveram a coragem de fazer marcha-atrás (homofobia?).

A democracia popular tende a ficar iliberal. As pessoas não querem as melhores soluções, preferem sempre uma fuga para a frente. Se colocarmos meia dúia de chipanzés a teclar umas coisas no computador, a probabilidade de escreverem um soneto de Camões é baixa. Mais 5 anos e vamos pedir integração na Espanha.

Publicado por: Mário às julho 19, 2005 01:46 PM

Mário: Nós estamos à beirinha do abismo. Julgo que uma fuga para a frente é capaz de causar alguns problemas.

Publicado por: Joana às julho 19, 2005 01:51 PM

Mais ou menos sobre este assunto, recomendo a leitura do artigo de João César das Neves:

http://dn.sapo.pt/2005/07/18/editorial/sobre_regras_estupidez_sofisticada.html

Publicado por: Senaqueribe às julho 19, 2005 01:52 PM

Senaqueribe: é apenas uma alegoria mitológica.

Publicado por: Joana às julho 19, 2005 01:53 PM

A Joana recorre, com frequência, a figuras mitológicas e históricas.

Há um mito (na minha opinião) recorrente na Joana: o Estado é culpado de tudo o que de mau temos em Portugal.
Não vale apena discutir esta questão, porque me parece fazer parte do património genético da Joana (ou será a negação disto que faz parte do meu património genético?).

Mas, mitos à parte, finalmente a Joana descortinou um papel digno para o Estado.
Não, não são as funções de soberania nem de autoridade do Estado.

Segundo a Joana, justifica-se a existência do Estado e do Governo, simplesmente para corrigir o que de errado foi feito nas últimas décadas (leia-se, após o 25 de Abril).
Ou, dito de uma forma mais prosaica, o Estado serve para limpar merda.
O Estado cagou, o Estado limpa!

Só tenho uma dúvida. Terminadas as operações de limpeza, dispensamos as cavalgaduras ou proibimos a merda, por decreto?

Publicado por: Vítor às julho 19, 2005 01:56 PM

Fuga para a frente à beirinha do abismo?!
Mas isso é o ideal! Lá em baixo corre um rio sereno e navegável que nos conduzirá a um oceano de prosperidade.

Publicado por: Senaqueribe às julho 19, 2005 01:58 PM

Ainda sobre a fuga para a frente, isso faz lembrar a campanha para as presidenciais de Freitas do Amaral, que dividiu o país. Num dos tempos de antena, Freitas terminou assim:

_ Portugal está à beira do Abismo... Para a frente Portugal!

Esta gaffe explica-se facilmente, porque o slogan era mesmo "Para a frente Portugal", que metia-se sempre no final das intervenções. Desta vez a sequência foi mal preparada.

Publicado por: Mário às julho 19, 2005 02:06 PM

Vítor às julho 19, 2005 01:56 PM:
leia-se, após o 25 de Abril é uma leitura abusiva sua, que não está explícita, nem implícita no texto, e que se destina a desvirtuar o conteúdo, lançando o labéu de salazarista, que não passa de uma manobra de diversão, o que é típico de mentalidades geneticamente geradas pelo totalitarismo socialista-estatizante, que lançou na miséria centenas de milhões de pessoas e que tem conduzido o nosso país ao abismo.

Publicado por: Joana às julho 19, 2005 02:08 PM

Mas não precisamos de ser tão negativos. Portugal já foi um páis muito pobre e conseguiu recuperar.

Aposto que se voltarmos a ser um país "pé descalço" acaba o stress, as filas de trânsito. Voltamos a ser mais humanos, mais solidários. A exploração do homem pelo homem vai ser muito menor.

Publicado por: Mário às julho 19, 2005 02:09 PM

Vai ser um trabalho muito difícil. Com N-1 a continuarem a fazer porcaria e um atafulhado nela a escrever artigos de opinião a pedir socorro.

Publicado por: Hector às julho 19, 2005 02:12 PM

E depois a Joana não tem razão nenhuma sobre a Irlanda. Aquilo transformou-se num inferno. Há uns tempos atrás ouvi uma notícia sobre uma peça de teatro que andava a ter um sucesso estrondoso por lá. Motivo: falava do passado campestre, idealizado, que os irlandeses agora sentem saudades pela sua vida agitada.

Uma coisa é certa, quanto mais ricos somos mais necessidade temos do psicólogo. As sociedades liberais são uma utopia sem sentido. O estado natural da humanidade é a pobreza no limiar da sobrevivência. O comum dos mortais reliza-se numa rede de mesquinhice e inveja, onde o que conta é a quantidade de inimigos que se derrotou. 300 anos de liberalismo não conseguem apagar uma herança genética de milhões de anos de barbárie.


(Isto de fazer de advogado do Diabo tem a sua piada :) )

Publicado por: Mário às julho 19, 2005 02:16 PM

A Joana à defesa (ou seja, ao contra-ataque desesperado, sem apresentar duas listas de factos e dados). Curioso, curioso ;)

Espero que assuma que as cavalgaduras que têm dirigido (?) o "país" não são apenas as da classe política.

Publicado por: Paulo às julho 19, 2005 02:18 PM

Senaqueribe em Julho 19, 2005 01:52 PM,

Excelente texto do Professor César das Neves. Obrigado por tê-lo disponibilizado.

Publicado por: asdrubal às julho 19, 2005 02:22 PM

Este post está ao nível dos do João Miranda. Isto é: medíocre.

Publicado por: Luís Lavoura às julho 19, 2005 02:28 PM

Joana às julho 19, 2005 01:53 PM
" é apenas uma alegoria mitológica".

Sim, claro, mas eu interpretei-a no "bom" sentido. :=))

Publicado por: Senaqueribe às julho 19, 2005 02:38 PM

Joana às julho 19, 2005 02:08 PM

Mas que mau feitio.
Tenha lá calma. Bastava-lhe dizer
"leia-se, após o 25 de Abril é uma leitura abusiva sua, que não está explícita, nem implícita no texto",
e não enveredar depois por
"lançar o labéu de socialista-estatizante, que não passa de uma manobra de diversão, o que é típico de mentalidades geneticamente geradas pelo totalitarismo liberalóide, que lançou na miséria centenas de milhões de pessoas e que tem conduzido o nosso país ao abismo."

Vê como também sei insultar...

Esclareça-me lá então a quantas décadas se refere no seu texto.

Publicado por: Vítor às julho 19, 2005 02:46 PM

Os Hércules não desapareceram. Ainda ontem foi um para Cabul.

Publicado por: asser às julho 19, 2005 02:47 PM

Luís Lavoura em julho 19, 2005 02:28 PM: Isso só prova a modéstia da blogger. Não quis ofuscar esse João Miranda.

Publicado por: asser às julho 19, 2005 02:49 PM

Parto do princípio que os socialsitas e estatistas não têm amigos, muito menos filhos. Só assim se percebe a alegria com que eles caminham para o abismo.

Desconfio que no século XXII o socialismo vai ser designado como eutanásia social.

Publicado por: Mário às julho 19, 2005 02:58 PM

Vítor às julho 19, 2005 02:46 PM:
Indique-me um país com um regime liberal (ou seja, democrático e de economia de mercado) que tenha lançado centenas de milhões de pessoas na miséria. Ou mais precisamente, a maior parte da sua população.
Quanto aos outros cito: Rússia, Ucrânia, Moldova, Geórgia, Arzebeijão, etc., etc., Cuba, etc..
E não cito o Chavez, que está lá há pouco tempo e cujas receitas do petróleo disfarçam as loucuras governativas.

Publicado por: Hector às julho 19, 2005 03:04 PM

Hector às julho 19, 2005 03:04 PM

Realmente, daqui a pouco faço-vos 1 desenho.
Longe de mim querer mudar as V. convicções. Não é esse o meu desiderato, pá (esta foi à Sampaio).

V. leu os meus comentários? Não parece. A minha resposta (Vítor às julho 19, 2005 02:46 PM) foi para ensinar a Joana a ter modos. Por isso usei o seu (dela) texto, trocando apenas alguns termos. Não defendi que exista algum país liberal que tenha lançado centenas de milhões de pessoas na miséria. O V. afã em demonstrar as maleitas do soialismo é que vos leva a não ler os meus comentários com o devido distanciamento.

Publicado por: Vítor às julho 19, 2005 03:13 PM

Esta posta é de uma requintada elegância feminina. Aproveitar a Cultura Clássica para dar uma de “cavalgaduras” aos governantes é requintado. Serem cavalgaduras no Olimpo até os faz orgulhosos.

Publicado por: J Correia às julho 19, 2005 03:13 PM

Hector às julho 19, 2005 03:04 PM

Realmente, daqui a pouco faço-vos 1 desenho.
Longe de mim querer mudar as V. convicções. Não é esse o meu desiderato, pá (esta foi à Sampaio).

V. leu os meus comentários? Não parece. A minha resposta (Vítor às julho 19, 2005 02:46 PM) foi para ensinar a Joana a ter modos. Por isso usei o seu (dela) texto, trocando apenas alguns termos. Não defendi que exista algum país liberal que tenha lançado centenas de milhões de pessoas na miséria. O V. afã em demonstrar as maleitas do soialismo é que vos leva a não ler os meus comentários com o devido distanciamento.

Publicado por: Vítor às julho 19, 2005 03:14 PM

É melhor ser-se cavalgadura no Olimpo que patareco no Terreiro do Paço

Publicado por: J Correia às julho 19, 2005 03:16 PM

Quando se fala em desfazer a porcaria feita Portugal deveria começar pela construção civil.

Publicado por: Xiko às julho 19, 2005 03:28 PM

Xiko em julho 19, 2005 03:28 PM: Aqui está finalmente uma medida keynesiana sem fim: fazem-se obras públicas e depois lançam-se concursos para as desfazer, e assim sucessivamente.
Com este processo sustentava-se o emprego definitivamente.

Publicado por: Coruja às julho 19, 2005 03:56 PM

Era uma medida claramente estruturante.

Publicado por: Coruja às julho 19, 2005 03:58 PM

Vítor: portanto aquele seu texto era apenas um exercício para trocar palavras no texto, mas não tinha qualquer significado, nem conteúdo.

Publicado por: Hector às julho 19, 2005 04:00 PM

A célebre frase “um passo em frente” vem citada como de vários autores que claro está lhe repudiam a paternidade.

Sobre o estado em que o Estado anda a pôr isto tudo aproveito para de um livrinho que tenho aqui, e de que por inveja não digo o nome, respigar este pensamento que veio publicado no Le Meridional em 25 de Abril de 1956, provando que nesta data é muito fácil fazer asneiras:

“Mas, como o alarido se tornava cada vez mais forte, Jocier - que até àquele momento só tinha aberto um olho - decidiu abrir o segundo, a fim de mais bem ouvir”

Palpita-me que muito em breve isto vai acontecer, cá.

Publicado por: carlos alberto às julho 19, 2005 04:13 PM

Hector às julho 19, 2005 04:00 PM

O conteúdo/objectivo está explícito.
Ou acha razoável que, em resultado de eu haver referido o 25 de Abril, a Joana me venha apelidar de
- desvirtuador de conteúdos;
- lançar labéus;
- ter uma mentalidade geneticamente gerada pelo totalitarismo socialista-estatizante,
e, last but not least, de este tipo de comportamento ter lançado na miséria milhões de pessoas e levar este nosso rico país ao abismo

Mas se V. entende que o meu comentário não tem conteúdo nem significado, leve lá a bicicleta.

Publicado por: Vítor às julho 19, 2005 04:23 PM

Hector às julho 19, 2005 04:00 PM

Olhe, a propósito, mais uma sem conteúdo:

Lembra-se dos "desbloqueadores" de conversa referidos por uns tipos da Rádio Comercial?

Se calhar "25 de Abril" passou a ser um "desbloqueador de insulto".

Publicado por: Vítor às julho 19, 2005 04:26 PM

Quando é que fazem um thriller sobre o Estado Motor?
O nosso daria mais para uma tragicomédia.

Publicado por: Rave às julho 19, 2005 04:34 PM

O motor do Estado Motor já gripou há muito. Agora são só contas da oficina e só dão garantia até 100 metros além da porta da oficina.

Publicado por: David às julho 19, 2005 04:57 PM

Eu acho que foi aqui lançada a ideia para um projecto muito interessante. Portugal é uma mina para os novos empresários da destruição civil.

Publicado por: Mário às julho 19, 2005 05:29 PM

Descobriu-se um dos segredos mais bem guardados do Olimpo grego. Nos Estábulos de Áugias foram arrebanhados os nossos governantes desde tempos imemoriais. E só Hércules conseguiu, uma vez, limpar o que eles obram.
Nunca mais lá voltou.

Publicado por: Classico às julho 19, 2005 06:02 PM

Mas quem é esse Hércules? O heroi grego não era Héracles?

Publicado por: Mário às julho 19, 2005 06:11 PM

Mário às julho 19, 2005 06:11 PM

Os Romanos Adoptaram-no e a Joana anda à procura de Adoptar o Herculano !
:))))

Publicado por: Templário às julho 19, 2005 06:44 PM

Sa Chico às julho 19, 2005 01:31 PM

Depende...se forem as cavalgaduras podem dar dois passos em frente...

Publicado por: Templário às julho 19, 2005 06:46 PM

"Só ele pode limpar os Estábulos de Áugias." ????
Na Tradição ....isso nunca foi assim ! Acha que os Tugas romperiam com a tradição ?

Esse é o Seu Principal Erro de Estratégia ! Aposta na Traição ! Hora como sabe, este povinho sempre honrou muito, quer a tradição, quer os seus pares, quer as suas cavalgaduras....

Terá que procurar o Herculano !

Publicado por: Templário às julho 19, 2005 06:52 PM

Veja o que aconteceu ao Vasconcelos....

Publicado por: Templário às julho 19, 2005 07:09 PM

Paulo às julho 19, 2005 02:18 PM:
(Silêncio profundo ...) ... interprete esta minha continência verbal, pelo respeito (merecido) que se deve ter pelo webmaster ...

Publicado por: Joana às julho 19, 2005 07:17 PM

Mário às julho 19, 2005 06:11 PM:
Os gregos chamaram-lhe Héracles (donde várias cidades chamadas Heracleia) e os romanos Hércules (daí a cidade de Herculano, que foi soterrada na erupção do Vesúvio). Como a nossa língua deriva do latim, o nome oficial em português é Hércules.

Publicado por: Joana às julho 19, 2005 07:20 PM

Joana:

Peço-lhe o favor de me elucidar sobre as décadas a que se refere no seu post. Ou seja, quando é que isto tudo começou?

Antecipadamente grato.

Publicado por: Vítor às julho 19, 2005 07:46 PM

Vítor às julho 19, 2005 07:46 PM:
Vejamos:
1 - Segundo a teoria de Sousa Franco de que o governo de Guterres havia sido o pior desde os tempos de D. Maria I, teríamos 23 décadas.

2 - Admitindo uma teoria, que correu a seguir, que o governo de Guterres havia sido o pior desde os tempos de D. Sebastião, teríamos 43 décadas.

Publicado por: Joana às julho 19, 2005 09:39 PM

Vítor às julho 19, 2005 07:46 PM:
Continuação
3 - Admitindo que sempre que há uma revolução, há uma oportunidade de pôr tudo na ordem, poderemos ver a coisa de outra maneira.
Revoluções com impacte social:
Revolução liberal (1820-34)
Regeneração 1851
1ª República 1910
Estado Novo 1926
3ª República 1974

Publicado por: Joana às julho 19, 2005 09:42 PM

A primeira tentativa de modernização do país foi com a Regeneração (para trás não conta, que foi, simplificando, uma balbúrdia pegada).
Nesse entendimento, desde o fim do Fontismo até agora são 12 a 13 décadas.
A 1ª República foi uma mistura de ingénuos bem intencionados e de bandos de rufias que conduziram o país a um total desastre financeiro. Pior que aquilo seria impensável.
O Estado Novo tinha uma visão autoritária e proteccionista da economia. Pôs ordem nas finanças, mas criou obstáculos ao crescimento económico do país que nem sequer conseguiu aproveitar as vantagens da neutralidade durante a guerra para catapultar o desenvolvimento

Publicado por: Joana às julho 19, 2005 09:49 PM

O fim do autoritarismo e a confusão entre liberdade e permissividade, e equidade e distribuir mais do que se tem, conduziu o país ao desastre económico e à inflação galopante entre o fim da década de 70 e meados da década de 80.
O fim da delimitação dos sectores vedados aos privados, permitiu uma melhoria da situação financeira, mas Cavaco, para ganhar uma nova maioria absoluta, saiu-se com o regime retributivo da função público e começou a inchar o monstro actual.
Guterres não só aumentou a Despesa Pública para níveis elevadíssimos, como deixou uma herança pesada para os outros pagarem (SCUT's por exemplo).

Publicado por: Joana às julho 19, 2005 09:56 PM

Agora escolha:
Década e meia (desde o SRFP de Cavaco)
3 décadas (desde o PREC)
9,5 décadas, desde o começo da 1ª República

ou as tais 12 décadas, desde o fim do Fontismo

Publicado por: Joana às julho 19, 2005 09:59 PM

Joana,

Agradeço o esclarecimento.

Publicado por: Mario às julho 19, 2005 10:31 PM

Por mim voto nas 12 décadas

Publicado por: Sa Chico às julho 20, 2005 10:03 AM

Joana:

agradeço o esclarecimento, mantendo a convicção de que, afinal, eu não estaria longe da verdade quando referi o 25 de Abril.
E o facto de eu supor, embora erradamente (na sua opinião), que estaria a referir-se às últimas 3 décadas, não tem mal nenhum. Pôr em causa o que de errado se passou após o 25 de Abril é normal, não é típico de salazaristas.
O pior que podemos fazer ao 25 de Abril é transformá-lo numa fronteira que divide os tais socialistas-estatizantes dos salazaristas. Julgo que nós, não fazendo parte destas categorias, também podemos (e devemos) discutir o passado recente de Portugal.

Publicado por: Vítor às julho 20, 2005 11:22 AM

"...A primeira tentativa de modernização do país foi com a Regeneração (para trás não conta, que foi, simplificando, uma balbúrdia pegada)."

Balbúrdia? Então e o Marquês de Pombal? Não fez nada?

Publicado por: Senaqueribe às julho 20, 2005 12:02 PM

Vítor em julho 20, 2005 11:22 AM:
O 25 de Abril dividiu os socialistas-estatizantes dos salazaristas-estatizantes.
Em quest~ões de totalitarismo, se não fosse o 25 de Novembro, os primeiros teriam sido muito piores.

Publicado por: AJ Nunes às julho 20, 2005 05:13 PM

Para mim o mal começou quando o D. João III decidiu instaurar a inquisição e perseguir os judeus e árabes para fora de Portugal direitos à Holanda, levando a capcidade financeira e de inovação para fora de Portugal, deixando-nos à mercê de uma Igreja e Monarquia que cultivavam a ignorãncia, a fé e a obediência, por contraposição ao espírito de iniciativa que até aí tinha marcado o país ...

Publicado por: bcool às julho 20, 2005 10:34 PM

Eu iria mais atrás, à Batalha de Alfarrobeira onde a nobreza portuguesa apoiou o rei adolescente contra o regente. O período posterior de D. João II deve-se mais à fibra do rei que à vontade do corpo social.
Digamos que desde Alfarrobeira, exceptuando o período de D. João II, houve uma decadência que se acelerou com o estabelecimento da Inquisição.
Mas repare que a Inquisição correspondia a uma vontade popular. E os principais visados eram as classes industriosas que suscitavam a inveja da populaça mesquinha.

Publicado por: Joana às julho 20, 2005 10:47 PM

claro esses malandros agiotas dos judeus ... também o hitler apoiado pela população os combateu ...

Publicado por: bcool às julho 20, 2005 11:42 PM

Agora nem Marcha Atrás! Com a saída do Campos e Cunha o carro fica desarvorado. Só Deus sabe para onde irá.

Publicado por: J Correia às julho 21, 2005 01:37 AM

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