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junho 15, 2005

A Perversão da Iconolatria

A classe política, a comunicação social, os meios intelectuais e mesmo a M M Guedes acotovelaram-se numa comovida homenagem pela morte do político cuja faceta de «obreiro do triunfo da liberdade sobre a ditadura», conforme sentida evocação de Sampaio, o levara a declarar, numa entrevista a uma jornalista italiana, em pleno PREC, que “jamais haveria uma democracia parlamentar em Portugal”, e cuja acutilante capacidade de previsão política ficara consubstanciada na frase: “é preciso viver muito pouco para não assistir à instauração do socialismo em Portugal”, pronunciada então durante as exéquias de um camarada de partido.

Aqui e ali, muitos adiantam alegações para encontrar explicação para a situação bizarra da democracia portuguesa decretar luto nacional por alguém que tentara, por todos os meios que teve, que ela não visse a luz do dia. É simples – os intelectuais (políticos, jornalistas e agentes culturais) sempre tiveram um fascínio intenso pelo totalitarismo ideológico, principalmente o de esquerda. Os intelectuais desconfiam da «ordem espontânea» dos regimes liberais e compreendem melhor uma ordem «construída». Uma teoria social tipo “chave na mão” fundamentada num corpo “sólido” e atractivo de doutrina sobre a necessidade e o determinismo históricos. Tudo muito bem explicado, com as peças bem encaixadas umas nas outras, e que sirva de modelo explicativo que nos tranquilize sobre o passado e nos arrebate sobre o futuro.

Os intelectuais menosprezam a «ordem espontânea» do mercado, porque esta oferece ao público o que este deseja, enquanto que eles pregam ao público o que ele deve e não deve desejar. O mercado opera dentro de um sistema de preferências e de juízos de valor desinteressante para o intelectual. Por isso, não custa muito compreender que muitos intelectuais confiem mais no Estado do que no mercado. O Estado não funciona por uma «ordem espontânea», mas primordialmente sob a influência de lobbies políticos e sociais, e aqui, os intelectuais (políticos, jornalistas e agentes culturais), e mesmo a MM Guedes, movimentam-se bem e têm uma enorme capacidade de angariar subsídios e favores.

Tudo isto concorreu para que, a partir da primeira década do século XX, os intelectuais se colocassem ao serviço do reverenciamento dos regimes estatizantes e totalitários, das paixões políticas, e se tornassem intelectuais de convicção. O século XX foi o século da organização intelectual dos ódios políticos, porque o totalitarismo ideológico subsiste pelo ódio aos que não partilham das suas convicções. Principalmente na esquerda (ler, por exemplo, as barbaridades que intelectuais com a estatura de Aragon e de Sartre escreveram, e o fascínio que o comunismo causou em gente como Martin du Gard, Gide, Malraux e outros), mas também na direita (por exemplo, Heidegger, Leni Riefenstahl e, entre nós, António Ferro).

O fascínio permaneceu e mesmo que os factos mostrassem, à evidência, os erros e os massacres cometidos por esses regimes estatizantes e totalitários e a perversão a que as respectivas doutrinas conduziram, essa estiva pútrida não foi erradicada do subconsciente colectivo e emerge, sempre que tem oportunidade, sob as mais variadas formas. E tem moldado o pensamento politicamente correcto que tem contagiado toda a nossa comunicação, social ou privada.

Foi essa subserviência perante o fascínio do totalitarismo de esquerda e o pensamento politicamente correcto que levou Sampaio a dizer barbaridades, tais como, «É um grande comandante(!!) que desaparece», «uma grande figura do século XX português», etc.

E são os mesmos que ficam preocupados quando alguns dirigentes russos elogiam Estaline ou alguns portugueses elogiam Salazar. Esquecem-se que não pode haver dois pesos e duas medidas.

Como escrevi há tempos, «a religião é o ópio do povo e a iconolatria ideológica é o ópio dos intelectuais».

Ler ainda sobre este tema:
O Traspasse de um Mito

Publicado por Joana às junho 15, 2005 02:21 PM

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Comentários

Concordo rigorosamente com tudo o que a Joana escreveu aqui [ao contrário daquilo que a Joana julga, eu muitas vezes concordo com ela], mas há uma coisa em que não acredito: na "ordem espontânea" do mercado.

E eu não acredito nessa coisa porque, pura e simplesmente, não há nenhum mecado "puro". TODOS os mercados têm relações de força, de poder, as quais os distorcem. TODOS os mercados se desenvolvem perante enquadramentos institucionais que, de uma forma ou de outra, inevitavelmente, favorecem alguns dos mercadores em detrimento dos outros.

(Mesmo onde não há Estado, como na Somália, há relações de força, espingardas, etc.)

Ou seja, o que eu afirmo, é que é impossível haver um poder estatal que é NEUTRO perante o mercado. Por ação ou por omissão, o poder político (seja ele de Estado seja de espingardas, como na Somália) favorece sempre alguns dos intervenientes do mercado, e desfavorece os outros.

Não há pois uma "ordem espontânea" do mercado. Isso é uma abstração irealizável. Poderá haver ordem, mas essa ordem nunca será totalmente espontânea. Nunca há um "level playing field".

Publicado por: Luís Lavoura às junho 15, 2005 03:16 PM

António Ferro tinha um fascínio pelo comunismo ?
Aí está um facto que eu desconhecia e que é deveras curioso. Espero não me estar a enganar de personagem : António Ferro não foi o Ministro da Propaganda do Estado Novo ?

Publicado por: asdrubal às junho 15, 2005 03:41 PM

Asdrubal:
O que eu percebi do que li foi que havia intelectuais fascinados pelo totalitarismo de esquerda e outros (entre eles António Ferro) fascinados pelo totalitarismo de direita.

Publicado por: V Forte às junho 15, 2005 03:51 PM

V Forte em Junho 15, 2005 03:51 PM,
.
Se calhar tem razão, o "sujeito", neste particular, é o totalitarismo e não o comunismo. Caramba, ando a atrapalhar-me ...

Publicado por: asdrubal às junho 15, 2005 04:05 PM

Muito bem!
http://pracadarepublica.weblog.com.pt/arquivo/2005_06.html#198695

Publicado por: nikonman às junho 15, 2005 04:19 PM

Ahh, e o Rosa Coutinho no Alto de S. João, ali mesmo ao pé do forno crematório ... ehehe

Publicado por: asdrubal às junho 15, 2005 05:15 PM

asdrubal às junho 15, 2005 05:15 PM

Empurre-o lá para dentro, Asdrúbal, depressa!

Publicado por: Luís Lavoura às junho 15, 2005 05:24 PM

Post muito bom.

É evidente que existe uma ordem expontânea de mercado. Podemos jogar com as palavras e manipular os conceitos a nosso gosto, mas tal é uma evidência de tal forma avassaladora que nem deveria merecer discussão.

Todos os dias biliões de pessoas neste planeta interagem através do mercado, numa miríade de interacções que ninguém controla e ninguém consegue manter o registo on-line. Isso acontece dia após dia, mês após mês, ano após ano, sem que o sistema colapse. Sem negar que os poderes estatais têm uma função imprescindível em todo o processo, ele ocorre, acima de tudo e em primeiro lugar, porque essa ordem já existe como característica intrínseca deste sistema de que todos fazemos parte.

Na verdade, o Estado não tem qualquer papel na criação de ordem nos mercados. A função do Estado é, pelo contrário, impedir a desordem e o caos. A existência de uma ordem expontânea não implica que ela seja perfeita e sem mácula. Isso é apenas um sonho pueril. Dizer que algo não existe apenas porque a sua existência não é conforme os nossos sonhos é uma exsercício que não nos leva a lado algum.

Dizer que não existe uma ordem expontânea é negar a própria humanidade, é fazer de nós seres tão limitados como calhaus, inertes, que só podem sair do lugar quando alguém os chuta.

Fazendo uma metáfora religiosa, diria que, se o pastor pode orientar o homem, só Deus lhe consegue dar vida.

Publicado por: Mário às junho 15, 2005 05:40 PM

A ordem espontânea do mercado, minha cara, dá ao povo o que ele quer, não é? O desemprego, a fome, a falta de medicamentos,as deslocalizações de empresas, a precaridade, a educação so pras elites, e os consecutivos postos de trabalho pras mesmas. No resto do mundo, as guerras preventivas, os paises que ficam de rastos devido à acção tão espontãnea e benfazeja do FMI, a divida que estrangula paises como o Brasil, que se vê privado assim de meios para lançar o "programa fome zero", e outros paises de investir na educação ou na saude. Sem falar das consequências para o meio ambiente. Lobbies dos intelectuais? Por favor, tem dó, qualquer lobbie industrial tem mais poder, a não ser que sejam lobbies de intelectuais vendidos à selvajaria neo-liberal, de cariz fascista e fachada democratica. Tipo Wolfowitz e comparsas. Esses regimes totalitarios causaram muitos massacres e atrocidades, é certo e sabido. Mas a tal ordem espontãnea do mercado causa outras tantas e é quanto mais perniciosa quanto ainda ha tanta gentinha ignorante que acredita que vivemos em democracia. Não definir regras e deixar o mercado auto-regular-se é resignar-se à lei da selva. Viva o mais forte!!


Publicado por: aeroflot às junho 15, 2005 05:52 PM

aeroflot em junho 15, 2005 05:52 PM:
Esse mundo que descreve não é justamente aquele onde não existe liberalismo político e económico, como os países sulamericanos, africanos, etc.? Apenas regimes autoritários, semi-autoritários e corruptos?

A selvajaria, o fascismo e o comunismo não foram impostos por regimes totalitários? Anti-liberais?
Você sabe o que diz?

Publicado por: Hector às junho 15, 2005 06:00 PM

Hector,

O areroflot sabe muito bem o que diz. Está a recitar a cassete nº7, com o título "Discurso anti-capilatista contra intelectuais fascistas".

Publicado por: Mário às junho 15, 2005 06:05 PM

"a divida que estrangula paises como o Brasil"

O que fizeram ao dinheiro que lhes foi emprestado?

Todos devem pagar impostos mas não pagar o que devem?

Publicado por: lucklucky às junho 15, 2005 06:30 PM

Fantástico.
Primeiro tenho que confessar que esta mulher é fascinante, ainda que me deprima com a vã ilusão de que também eu podia ter esta “verve” e a acutilante análise política que ela tem.
Mas não há mal que sempre dure,
Um dia, quem sabe ontem, posso ser igual ao Eduardo PC.

Claro que a classe intelectual portuguesa, salvo o VPV, está sempre de cócoras perante a esquerda, primeiro porque são um bocadinho macambúzios, e depois porque necessitam de euros para irem almoçar ao 1º de Maio no Bairro Alto, e já agora poderem fumar enquanto comem.

Vejo, em grande som, Bruce Springsteen e a E Street Band Live in New York City e neste preciso momento toca Badlands.

Isto não seria possível, hoje nem em dia nenhum, se Cunhal tivesse tomado o poder.
Esta é que é a verdade.

Publicado por: carlos alberto às junho 15, 2005 06:46 PM

carlos alberto às junho 15, 2005 06:46 PM
Você quer ser igual ao EPC?
Agora, ou quando o EPC for grande?

Publicado por: Joana às junho 15, 2005 07:43 PM

E obrigada pelos elogios!

Publicado por: Joana às junho 15, 2005 07:45 PM

Esta mulher é fantástica.
Atenção, (agora é a MMG), de luto, com uma coleira um pouco erótica em tons de ouro e negro e sem os lábios (que são o seu melhor superavit) pintados.

Publicado por: carlos alberto às junho 15, 2005 08:20 PM

Os intelectuais menosprezam a «ordem espontânea» do mercado, porque esta oferece ao público o que este deseja, enquanto que eles pregam ao público o que ele deve e não deve desejar.

Esta é nova....
Desde quando os portugueses desejaram os hamburguers e os Mac ?
Foi o mercado que exigiu ?
Ou o mercado é que gera as necessidades ? Algumas delas completamente disparatadas !?

Ou é necessário recorrermos à Estatística Americana e Portuguesa, para verificarmos que mais de 30% do consumo é desnecessário, e as compras são feitas por impulso, ou devido à publicidade.

Afinal, porque gastam os Liberais milhões em publicidade ?

Publicado por: Templário às junho 15, 2005 08:22 PM

Os intelectuais menosprezam a «ordem espontânea» do mercado, porque esta oferece ao público o que este deseja, enquanto que eles pregam ao público o que ele deve e não deve desejar.

Esta é nova....
Desde quando os portugueses desejaram os hamburguers e os Mac ?
Foi o mercado que exigiu ?
Ou o mercado é que gera as necessidades ? Algumas delas completamente disparatadas !?

Ou é necessário recorrermos à Estatística Americana e Portuguesa, para verificarmos que mais de 30% do consumo é desnecessário, e as compras são feitas por impulso, ou devido à publicidade.

Afinal, porque gastam os Liberais milhões em publicidade ?

Publicado por: Templário às junho 15, 2005 08:22 PM

peço desculpa, isto bloqueou e saiu em triplicado, apague sff os 2 últimos.
Obrigado

Publicado por: Templário às junho 15, 2005 08:24 PM

uh? tens alguma campanha de publicidade mais bem sucedida do que o Comunismo? Morreram milhões por inépcia incomptência, assassinatos e trabalhos forçados no entanto muitos continuam a comprar!

Esta é nova....
Desde quando os portugueses desejaram os Comunismo e os Socialismos ?
Foi o mercado que exigiu ?
Ou o mercado é que gera as necessidades ? Algumas delas completamente disparatadas !?

Desculpa ;-)

Publicado por: lucklucky às junho 15, 2005 08:27 PM

Joana,
deve doer um bocadinho ver a manifestação desta tarde no funeral de ACunhal, não deve ?
Mas é "politicamente correcto" estar contra um sujeito que lutou contra uma ditadura de 48 anos. Quem a conhece bem não deve sentir muito orgulho em alguns escritos seus. Digo eu.

Publicado por: zippiz às junho 15, 2005 09:46 PM

LUÍS OSÓRIO(«A CAPITAL»,15 Jun 05

Serei um dos muitos milhares que hoje estarão na despedida a Álvaro Cunhal. Não o faço por achar que devo prestar homenagem à sua coerência, mas por ter colocado os ideais em que acreditava à frente da sua vida..Numa altura em que tantos políticos sacrificam o serviço público em função das suas ambições pessoais e em que quase todos são incapazes de arriscar a sua carreira quanto mais a vida, acho que devo juntar-me aos milhares que hoje estarão na despedida ao «filho adoptivo do proletariado». .Não acompanharei Cunhal por partilhar das suas ideias ou por acreditar na possibilidade de um Homem Novo nascer dos escombros da decadência humana, mas por querer homenagear a sua inteligência pragmática e o extremo equilíbrio que conseguiu manter durante toda a sua vida política..Num tempo em que tantos parecem ser feitos de matéria insuflável e em que a maioria confunde táctica com estratégia, acho que devo juntar-me aos que hoje estarão na sua despedida.. Não acompanharei Cunhal por concordar com a maneira como, ao mesmo tempo que criticava o culto de personalidade, estimulava perversamente a sua própria mitificação, mas por ser um gigante num mundo de anões. .Sem medo de morrer, sem medo de fazer rupturas, sem bens próprios, sem vida para além da ideologia que aprendeu a amar, sem uma única dúvida visível durante os últimos 70 anos. .Quando quase todos não conseguem ceder ao medo da morte, ao medo das rupturas, à corrupção moral, à falta de dinheiro e ao estigma da culpa.. Não acompanharei Cunhal por ser comunista ou por ter desejado que ele e os seus camaradas conquistassem o poder, mas por representar a morte de alguém que é a antítese de um mundo tão desordenado e coberto de bezerros de ouro. .Por querer homenagear o grande espírito de sacrifício comunista, por respeito pela memória de um Cunhal que conheci de criança quando pela mão do meu pai passeava na sede da Soeiro Pereira Gomes e na Festa do Avante!.. Faço-o por respeito e admiração por três mulheres que, comigo, também lá estarão. .Elas pela memória do pai e marido, comunista de sempre, que as deixou tão cedo e que foi para elas um exemplo moral. Sempre que viam ou lembravam Cunhal, recordavam de que matéria era feita a sua essência. .É por isso que muitos milhares o devem chorar nesta última caminhada. Álvaro Cunhal conseguiu ser uma referência que é o prolongamento de tantas vidas e de tanta memória. .Se elas, e tantos outros, o fazem também pela memória do legado dos que mais amaram, eu faço-o para não me esquecer de que, independentemente de me afirmar como alguém que defende o aperfeiçoamento deste sistema, não há convicção mais profunda do que a convicção do nosso coração. .Seria sempre seu adversário, num quadro revolucionário sei que não seria poupado, mas Álvaro Cunhal está no meu coração. .Que o seu exemplo moral e a firmeza de carácter sejam um exemplo não só para os comunistas.

LUÍS OSÓRIO(«A CAPITAL»,15 Jun 05

Publicado por: zippiz às junho 15, 2005 09:59 PM

A Jornalista italiana, não era a Oriana Fallaci ? Nada a ver com este "piqueno" da Capital.
Diz o Osório :
- «(...) num quadro revolucionário sei que não seria poupado, mas Álvaro Cunhal está no meu coração (...)».
Isto designa-se, rigorosamente, por «Identificação ao Agressor». O Osório precisa de uma «tranche» com Daniel Sampaio. Olha, e que leve a Ana Boga consigo ; recordar é viver !

Publicado por: asdrubal às junho 15, 2005 11:32 PM

O Osório é um masoquista. Além de ser tonto.

Publicado por: David às junho 15, 2005 11:44 PM

Os intelectuais não gostam do mercado porque o mercado gera as Quintas das Celebridades... O mercado começa por servir as necessidades das pessoas, depois cria necessidades, e finalmente promove a libertinagem (no sentido lato do termo). Os intelectuais, que são mais arrumadinhos, procuram nas ideologias o meio de corrigir os maus instintos das massas. Por vezes optam pelas ideologias de direita, outras vezes pelas ideologias de esquerda. Mas a preocupação é a mesma, e os vícios também. Quando se apercebem que o povo não segue espontaneamente os caminhos traçados pelas ideologias, vai de o obrigar a escolher o "bem" contra o "mal". Num instante está-se em ditadura ou em totalitarismo. Confesso que não gosto da ditadura do mercado, mas também não gosto de ser arregimentado. Gostaria de preservar a liberdade do povo mas gostaria que essa liberdade o não levasse à Quinta das Celebridades, ao Big Brother e ao Herman José. Confesso que não sei como lá chegar. Será que a liberdade gera necessariamente os sentimentos rasca? Não será possível fazer a aliança do bom gosto e da democracia? Alguma vez será possível conciliar a qualidade com a quantidade? Será isto o derradeiro sonho utópico...
Por favor, salvem-me desta angústia...

Publicado por: Albatroz às junho 15, 2005 11:45 PM

O mercado gera as Quintas das Celebridades mas também gera a possibilidade da escolha, não só nos canais "normais", como nos canais "cabo". Esse programa nem tem um grande "share".
E se alguns programas são rascas, é porque nós somos rascas, provavelmente mais que os programas.

Publicado por: Rui Sá às junho 15, 2005 11:52 PM

Os intelectuais podem escolher entre as ideias falsas mas excitantes, e as mais sérias, só que estas, como se costuma dizer, tem a cor cinzenta.

Em geral, a maior parte dos intelectuais não são criadores de ideias, nem são sequer especialistas naquilo que falam. São sobretudo veículos de transporte de ideias de outros, que quase sempre distorcem numa miscelânea onde querem mostrar a originalidade que não têm.

Não há qualquer romantismo em falar bem do mercado. Num sistema livre, ou semi/livre como o nosso, a excitação está em elogiar as ideias opostas, mesmo que totalitárias, obviamente mascarando-as de mil formas que as tornam belas e atraentes.

Publicado por: Mario às junho 16, 2005 12:14 AM

Como dizia PPereira há pouco na SICnoticias, há gente que não consigue perceber que já não vive em 1974/75 ... e não estava a referir-se à esquerda.

Publicado por: zippiz às junho 16, 2005 12:25 AM

Dei imensas voltas a Lisboa hoje. Fui ao Aeroporto de manhã, arranquei para a Alameda, fui a Oeiras, depois Alcântara, de novo à Alameda, Belém e o CCB ao fim da tarde.

Não dei por grandes diferenças de movimento, nem por grandes alterações no resto da cidade, i.e. mantiveram-se os sobressaltos habituais das nossas vidas, apesar da grande manifestação de apoio à vida do Álvaro (que vi brevemente na SIC noticias às 22h). Se não a tivesse visto nos media, nem me teria apercebido do que se passava hoje em Lisboa.

A vida continua!

Publicado por: Alfacinha às junho 16, 2005 12:31 AM

O JPP é um dos fascinados pelo totalitarismo de esquerda.
Ele já foi!

Publicado por: AJ Nunes às junho 16, 2005 01:15 AM

Correspondentes estrangeiros estimaram em perto de cem mil o número de participantes no funeral de Álvaro Cunhal.
Quem estiver interessado em números concretos pode começar por calcular o total de pessoas que enchiam por completo a Rua Morais Soares, do Chile ao Alto de S.João. É só calcular a área e aplicar a tabela da polícia.
Depois, se ainda acharem necessário, podem somar as pessoas que estavam dentro do cemitério e as que ainda estavam na Avenida Almirante Reis.

Para um homem morto e um partido moribundo... é gente como o caraças!

Publicado por: Matemático às junho 16, 2005 01:24 AM

Esse número deve ser um grande exagero. Nos jornais estrangeiros on-line que consultei não havia qq referência, a não ser uma muito ligeira no Libération.
Provavelmente 30 mil ou menos.

Publicado por: Sa Chico às junho 16, 2005 02:04 AM

Normalmente nessas estimativas costuma-se multiplicar por 0,3. Se o entusiasmo dos estimadores é grande, então multiplica-se por 0,15 ou 0,1.

Publicado por: Sa Chico às junho 16, 2005 02:07 AM

Publicado por: Matemático às junho 16, 2005 01:24 AM

Algumas televisões mostraram, muito timidamente, as câmaras comunistas a empacotarem-nos nos autocarros para virem em excursão a Lisboa, tudo á borliu evidentemente.

Publicado por: carlos alberto às junho 16, 2005 02:32 AM

Sa Chico às junho 16, 2005 02:07 AM

Você deve ter razão. Talvez muito menos que isso.
Aliás toda a gente viu que foi um cortejo fúnebre deserto.
Eu até arriscaria uma dúvida: será que houve mesmo funeral?

carlos alberto às junho 16, 2005 02:32 AM

Ainda há câmaras comunistas no Alentejo? Não posso crer!
E há gente que vem de autocarro para Lisboa para se enfiar no funeral de um comunista??!! Este mundo está perdido...

................

A Joana é um caso interessante, Oxalá nunca morda a língua, ou corre o risco de morrer envenenada...

Publicado por: Frei Luis de Sousa às junho 16, 2005 03:20 AM

Os piores são aqueles que transformam as opções partidárias em religião. Foram sempre os primeiros a colaborarem nos genocídios. Sempre pelas mais elevadas razões.
Quando mordem a língua ... é a dos outros.

Publicado por: Joana às junho 16, 2005 09:30 AM

carlos alberto em junho 16, 2005 02:32 AM:
Veio nos jornais. Só de Évora vieram camionetas com 2 mil pessoas.
Ao estilo de Salazar

Publicado por: Sa Chico às junho 16, 2005 09:53 AM

Excelente post. Na mouche

Publicado por: Sergio às junho 16, 2005 10:22 AM

Não creio que hoje em dia, mesmo nos sítios onde há Câmaras comunistas, alguém tenha sido obrigado a vir a Lisboa assistir ao funeral.

A camioneta seria talvez à borla, mas as pessoas não a tomariam se não quisessem.

Felizmente, já não estamos nem no tempo do Salazar, nem no PREC. Nesses tempos é que as pessoas eram coagidas a vir a Lisboa.

Publicado por: Luís Lavoura às junho 16, 2005 10:31 AM

No tempo de Salazar não eram coagidas. Basatava acenarem-lhes com viagens à borliú a Lisboa. Bastava isso e a propaganda.
Quem tinha a obrigação de ir eram os gajos da Legião, mas esses corriam por gosto.

Publicado por: AJ Nunes às junho 16, 2005 10:39 AM

Nem no PREC as pessoas eram coagidas.
É claro que a manipulação da propaganda pode ser uma forma indirecta de coacção. Isso existiu tamto no Salazarismo como no PREC

Publicado por: AJ Nunes às junho 16, 2005 10:41 AM

A Perversão da Iconolatria

A culpa é dos historiadoes... ou como nos transmitem os factos históricos.

Julio César fez isto e conquistou aquilo, Alexandre o Grande conquistou mais de 100 povos, Vasco da Gama descobriu a India, Salazar prendeu milhares de portugueses, Mussolini criou o Fascismo, Hitler implantou o Nazismo, De Gaulle salvou a França, Napoleão dominou a Europa (ou quase).

Enfim quantos e quantos não se poderiam acrescentar.

Nisto a Joana tem toda a razão.
Mas não é apenas na Política é também noutros domínios, tais como na Ciência, em que se esquecem muitas vezes que por trás de um cientista, está um projecto, está uma equipa de colaboradores.

Este mundo é assim e pouco ou nada há a fazer, e o ícone da Cruz e do Cristo, ainda consegue hoje bater os ícones M de Mac Donald´s.
Aliás os "experts do mercado" (que não inventan nada ) sabem-no bem, que quanto melhor tratarem o ícone mais lucros obterão para a respectiva marca adorada.

Nem sei como uma AUTÊNTICA LIBERAL é anti-iconoclasta, quando o valor de mercado de certos ícones empresariais valem milhões.
Despreza assim levianamente esta mais-valia de mercado ?


Publicado por: Templário às junho 16, 2005 10:50 AM

correcção
onde se lê, anti-iconoclasta, leia-se apenas iconoclasta, uma vez que um iconoclasta é um destruidor de ícones.

Será que a Joana é uma Iconoclasta ?

Como dizia Piteira Santos

Iconoclasta do pragmatismo....

Publicado por: Templário às junho 16, 2005 10:57 AM

"Os intelectuais desconfiam da «ordem espontânea» dos regimes liberais e compreendem melhor uma ordem «construída».Uma teoria social tipo “chave na mão” fundamentada num corpo “sólido” e atractivo de doutrina sobre a necessidade e o determinismo históricos".

Joana, é impossível dizer melhor e mais claro. Leiam outra vez e outra ainda.

Foi chocante ouvir ontem o Pacheco Pereira debitar banalidades sobre o comunismo, como se fosse uma descoberta sua, a hipocrisia do Jorge Coelho para quem a televisão é um teatro onde cada actor tem o seu papel. Foi menos chocante a imbecilidade patente do Mario Crespo de gravata negra, ou a prosa fadista do Osório de Castro, ou a criminosa decisão governativa de decretar luto nacional por alguem que toda a vida lutou contra a democracia e a liberdade. No dia em que começou a Fundação Champalimaud é impossível não comparar o legado destes dois homens para o país e os portugueses, e ficar a pensar prosaicamente quem é que afinal merece um nome de rua.

Publicado por: Joao P às junho 16, 2005 11:21 AM

Publicado por: Frei Luis de Sousa às junho 16, 2005 03:20 AM

Publicado por: Luís Lavoura às junho 16, 2005 10:31 AM

Talvez não conheçam o querido pequenino povo português.
Há tempos fez-se para aí o anúncio de que no dia seguinte seria distribuída 1(uma) lula no Rossio.
Como seria de esperar o burburinho foi de tal ordem que teve que ser chamado o Corpo de Intervenção.

Quando é de borla até um benfiquista vai assistir a um jogo de Sporting (bem estou a exagerar) mas a verdade é que podia ser uma excursão para vir a um enterro, mas sobrou imenso tempo para ver a "capital" com O Capital debaixo do braço.

Publicado por: carlos alberto às junho 16, 2005 11:33 AM

Já agora e em jeito de conspiração, não acham estranho o Metro ter avariado todas as linhas menos a Vermelha durante todo o tempo do funeral?

Publicado por: carlos alberto às junho 16, 2005 11:35 AM

Concordo com essa da iconolatria. Esta patente em todo o lado. Em França, por exemplo, o novo primeiro ministro, Dominique de Villepin, homem de letras, com varios livros de poesia editados, é um grande admirador de Napoleão!!! Se analisarmos a vida deste do ponto de vista do historiador, é claro que nos vamos aperceber de muitas coisas importantes por este empreendidas, a par das atrocidades e massacres. O mesmo se passa com os outros ditadores, e cada um pega naquilo que quer, alguns enaltecendo apenas os grandes feitos. Distanciando-se de qualquer ideologia, temos de reconhecer que Alvaro Cunhal foi uma pessoa importante na politica portuguesa recente.O.K. Mas essa do luto nacional ja cheira um bocado mal. Talvez seja para compensar o luto decretado pela morte da irmã Lucia. A cada um o seu ópio. Qual o mais ridiculo.

Publicado por: aeroflot às junho 16, 2005 12:36 PM

E ja agora, o dircurso não é o n°7 mas sim o 352. Obrigado Mario, por teres reconhecido as lihas gerais. Terei sempre um discurso contra os intelectuais fascistas, em cassete ou mp3.
E em relação à dívida dos países do terceiro mundo, é bastante simplista dizer que quem deve paga e mais nada. O seu valor ja foi retribuido em alguns casos ate 8 vezes. Até Blair, que ninguém pode supôr ser anti-capitalista, lançou um gesto para apagar a dívida de 18 de entre eles.

Publicado por: aeroflot às junho 16, 2005 12:59 PM

um daqueles filósofos A.C.contemporâneos da dona deste blogue, dizia que se tivesse sido dada aos leões, bois e cavalos a capacidade de se expressarem eles representariam os seus deuses com descrições de semelhantes aos de leões,bois e cavalos.
Daí que não nos possamos admirar com as reflexões "profundas" que por aqui vão sobre aquilo que em boa verdade se desconhece. São feitas à vossa própria imagem de Liberais.
Acontece porem, que perante um mundo em evolução, os Liberais não precisaram de esperar quietinhos mais de 20 anos para "virarem" Conservadores sem sequer precisarem de mudar uma única ideia.

Publicado por: xatoo às junho 16, 2005 01:14 PM

Qualquer que seja o número dessa cassete, já cheira mal. Os países do 3º mundo, como qualquer outra nação soberana, são livres de repudiar a sua dívida externa. Claro que decisões livres implicam quase sempre consequências. Neste caso uma queda abrupta no seu rating, com dificuldades acrescidas caso necessitassem novamente de recorrer ao crédito externo. Mas defender que só existe liberdade quando não se incorre em consequências não passa de um apelo à irresponsabilidade, que só pode ser defendido por irresponsáveis.

Publicado por: Pedro Oliveira às junho 16, 2005 01:31 PM

falas de civilização
Falas de civilização, e de não dever ser,
Ou de não dever ser assim.
Dizes que todos sofrem, ou a maioria de todos,
Com as cousas humanas postas desta maneira.
Dizes que se fossem diferentes, sofreriam menos.
Dizes que se fossem como tu queres, seria melhor.
Escuto sem te ouvir.
Para que te quereria eu ouvir?
Ouvindo-te nada ficaria sabendo.
Se as cousas fossem diferentes, seriam diferentes: eis tudo.
Se as cousas fossem como tu queres, seriam só como tu queres.
Ai de ti e de todos que levam a vida
A querer inventar a máquina de fazer felicidade!

-alberto caeiro-

Publicado por: aaa às junho 16, 2005 02:44 PM

o que disse o Luis da Lusa, enquanto procurava atabalhoadamente a realidade:

«Álvaro Cunhal morreu coerente, dogmático e mítico, como, aliás, se percebia em todo o seu percurso. A História vai prestar-lhe essa homenagem, mesmo aqueles que foram vítimas dos excessos do seu partido nos anos de 74 e 75. Reza a História, mas nunca confirmada pelo próprio, que no Verão Quente de 1975, e na tentativa de golpe do 25 de Novembro, o país só não perdeu a sua liberdade porque à última hora o líder comunista decidiu recuar. Será assim? Foi isso que aconteceu na realidade?» no DN
afinal o homem morreu de misticismo,,,mas o Delgado jamais morrerá de coerência. É isso?

Publicado por: xatoo às junho 16, 2005 04:32 PM

Cunhal foi posto entre a espada e a parede. Se colaborasse com os insurrectos o PCP era ilegalizado.
O RALIS, a PM e o Centro de Comunicações de Monsanto só eram bons para fazerem comentários revolucionários. Quando se chegou a vias de facto viu-se a diferença entre tropa disciplinada e a tropa folclórica.

Publicado por: Rui Sá às junho 16, 2005 04:42 PM

Joao P às junho 16, 2005 11:21 AM

Caro João P, segui o seu conselho e voltei a ler e só encontrei... asneira grossa.

"Os intelectuais desconfiam da «ordem espontânea» dos regimes liberais e compreendem melhor uma ordem «construída».

Ordem espontânea dos regimes liberais?

Onde? como ? será noutro planeta ?

Será que ela se refere a um Regime Idealizado por ela e a tentar Construir no Futuro, mas que jamais existiu, nem mesmo no tempo das Cavernas, pois que se saiba, o Homem desde que habita em sociedade, sempre teve :

- O chefe da Família
- O chefe da Tribo
- O chefe dos Guerreiros
- O chefe dos deuses
Tudo ícones que perduraram milénios e milénios , desde que o homem é homem.

Realmente há tiradas nas teorias da D. Joana, que ...eu até percebo...
Ela é uma Convicta Liberal e vai daí, consulta seus Gurus Americanos, e... como todos sabemos... quando os intelectuais Americanos falam é prós seus.. e eles tadinhos, papam tudo .

Aliás aqui na Europa vamos pelo mesmo, já poucos conseguem Raciocinar, porque pensar, já eu sei que só há uns 5 ou 6 no mundo.


Publicado por: Templário às junho 16, 2005 05:08 PM

Está muito bom este post. Acerto mesmo no centro do alvo.

Publicado por: Arroyo às junho 16, 2005 05:16 PM

Leiamos as palavras de um Guru Africano...

The private sector, political elites and underdevelopment in Sub-Saharan Africa

Moeletsi Mbeki

Why are most Africans in Sub-Saharan Africa poor and why are they getting poorer while most people in the rest of the world are becoming better off? The World Bank and the International Monetary Fund who have become Sub-Saharan Africa’s fairy godmother and godfather respectively, every year churnout statistics that tell the same tale – Africans are poor and in many instances have fallen so far down it is difficult to imagine them getting poorer. With poverty and growing impoverishment go conflicts over scarce and shrinking resources. Hence Sub-Saharan Africa’s apparently never ending cycle of violent conflicts.

In its seminal study, Can African Claim the 21st Century?, the World Bank made the following observations about Sub-Saharan Africa (1): “Despite gains in the second half of the 1990s, Sub-Saharan Africa (Africa) enters the 21st century with many of the world’s poorest countries. Average per capita income is lower than at the end of the 1960s. Incomes, assets, and access to essential services are unequally distributed. And the region contains a growing share of the world’s absolute poor, who have little power to influence the allocation of resources.”

The World Bank’s observations are corroborated by other researchers. This was how the prestigious (US) National Bureau of Economic Research summarised the living condition of Africans (2): “Thirty six percent of the region’s population lives in economies that in 1995 had not regained the per capita income levels first achieved before 1960. Another six percent are below levels first achieved by 1970, 41% below 1980 levels and 11% below 1990 levels. Only 35 million people reside in nations that had higher incomes in 1995 than they had ever reached before.”

Key to economic development

All modern schools of political thought, from Karl Marx and Vladimir Lenin on the left to Friedrich Hayek and Milton Friedman on the right are agreed on at least one thing; the private sector is the driver of modern economic development.

In a quest for greater security and comfort, the theory goes, private individuals and their households are driven to seek more and more material wealth. This process in turn compels these private individuals to produce more and more and exchange what they produce with other individuals who are also seeking greater security and comfort. The sum total of these acts of production, exchange and consumption constitute the modern capitalist economy. The capitalist economy is therefore inherently driven to produce more and more so that its denizens may get greater and greater security and comfort.

For the private individuals to produce more and better, they must generate savings that they plough back into the production process as new and improved techniques, processes and products. This enables these private individuals to constantly produce more products, better products and more diverse products that are capable of exchange with other private individuals who are doing the same.

This is the inexorable logic of capital accumulation. The more you produce the more you must produce, the cheaper you must produce and the better products you must produce because if you do not, others who are seeking greater security and comfort will displace you in the marketplace and you will therefore suffer reduced security and comfort. The key words of this system are therefore production, exchange, markets, savings, improved techniques (research & development), medium of exchange (money), and economic growth.

Africans are of course no different from other human beings in that they also want security and comfort. What is happening however is that the great majority of Africans are today experiencing the opposite; less security and comfort and in many instance they face hunger, homelessness, threats of violence and actual violence, and starvation on a daily basis.

Africa however has arguably one of the largest private sectors in the world today. Most Africans live and work in private households that populate the African countryside, see Table 1. Theoretically, if we refer to the model described above, Africa should be a hive of economic activity and growth driven by the logic of these private individuals and households attempting to maximize their security and comfort. What has gone wrong?

In the model described above the underlying assumption is that private individuals are free to pursue their search for security and comfort and they therefore own and control the means of achieving their objectives. They are assumed to be free to exchange what they produce without let or hindrance and that where they are able to make savings, they are free to retain those savings and plough them back in improved techniques or in other investment avenues as they may wish.

This is not the case with the private sector in Sub-Saharan Africa. Africa’s private sector is predominantly made up of peasants and secondly, of subsidiaries of foreign-owned multinational corporations. Neither of these two groups have the complete freedom to operate in the market place because they are both politically dominated by others - non-producers who control the state. Herein lay the weakness of the private sector in Africa that explains its inability to become the engine of economic development. Africa’s private sector lacks political power and is therefore not free to operate to maximize its objectives. Above all, it is not free to decide what happens to its savings. Let us start with the situation of Africa’s peasants.

Peasants vulnerability

According to Marx, peasants are not able to form an independent political force that can represent their interests; they are therefore open to exploitation by other social groups that dominate them politically.

In one of the famous passages from his classic analysis of French society in the 19th century, Marx had this to say about the powerlessness and therefore vulnerability of peasants (3): “The small-holding peasants form a vast mass, the members of which live in similar conditions but without entering into manifold relations with one another. Their mode of production isolates them from one another instead of bringing them into a mutual intercourse… Each family is almost self-sufficient; it itself directly produces the major part of its consumption and thus acquires its means of life more through exchange with nature than in intercourse with society. A smallholding, a peasant and his family; along side them another peasant and another family. A few score of these make up a village, and a few score of villages make up a Department … In so far as millions of families live under economic conditions of existence that separate their mode of life, their interests and their culture from those of the other classes, and put them in a hostile position to the latter, they form a class. In so far as there is merely a local interconnection among these small holding peasants, and the identity of their interests begets no community, no national bond and no political organization among them, they do not form a class. They are consequently incapable of enforcing their class interests in their own name, whether through a parliament of through a convention. They cannot represent themselves, they must be represented.”

But who represents the interests of the peasants in Africa today? The answer is nobody.

The one African politician who claims to act in the interests of peasants, Zimbabwe’s Robert Mugabe, has reduced the once proud and almost self-sufficient Zimbabwean peasants to paupers who now have to be fed by the United Nations’ World Food Programme. Africa’s peasants are therefore prey to the forces that have the ability to form political organization and therefore control the state. The way that peasants are preyed upon by the controllers of the state - the political elite - has been studied extensively not least by the World Bank itself.(4)

Fundamentally, the political elite uses its control of the state to extract the surplus or savings that if the peasant were free to retain they would have invested in improving their production techniques or to diversify into other economic activities. Through marketing boards, taxation systems and the like, the political elite diverts these savings to finance its own consumption and the strengthening of the repressive instruments of the state. The Economist (London,17.07.2004) made the following observation about Ethiopia’s dependence on foreign food donations: “By law, all Ethiopian land is owned by the state. Farmers are loath to invest in improving productivity when they have no title to the land they till. Nor can they use land as collateral to raise credit. And they are taxed so heavily that they rarely have any surplus cash to invest.” A great deal of what Africa’s political elites consume and what the African state consumes, is however not produced locally but is rather imported. Elite and state consumption therefore does not create a significant market for African producers but instead acts as a major drain of national savings that would otherwise have gone into productive investment in Africa.

This is the secret to Africa’s growing impoverishment despite its large private sector. The more the African political elites consolidate their power, the more they strengthen their hold over the state, the more the peasants are likely to become poorer, and the more the African economies are likely to regress or at best, to mark time.

One of the most striking illustrations of this phenomenon is Nigeria. According to a study of Nigeria prepared by the Centre for the Study of African Economies at Oxford University, over the period from 1980 to 2000 per capita GDP (in $1996 purchasing power parity terms) fell from US$1215 to US$706. The authors point out that growth and poverty are very closely related and that the 40% drop in purchasing power parity understates the size of Nigeria’s problem. “First the fall in real per capita consumption was very much greater while the available evidence suggests that inequality rose. This combination of a very large fall in per capita consumption combined with increasing inequality implies a large rise in poverty.” (5) According to another source, the number of Nigerians living below the poverty line increased from 19 million in 1970 to 90 million in 2000. This was accompanied by a massive rise in inequality. In 1970 the top 2% of the population earned the same income as the bottom 17% but by 2000, the income of the top 2% was equal to that of the bottom 55%.(6)

The most graphic illustrations of this iron law of African underdevelopment is the role that the oil industry plays in Africa. Oil revenues make it possible for the political elite to literally become detached from the local population and economy and therefore to live in an oasis. When this happens there is therefore no need for the political elite and the state it controls to invest in mass education, health care, housing and transportation infrastructure that the population at large needs. Everything thus goes into a state of decay except of course for the welfare of the political elite and the repressive machinery of the state.

This was how The Economist (London, 25.01.2003) described the impact of oil production on Equatorial Guinea and Gabon: “Equatorial Guinea now pumps more oil per person than Saudi Arabia. Its economy, once negligible, has grown at an incredible 40% annually since 1996, when the oil boom began. A few years ago, the streets of the capital, Malabo, were as quiet as Sao Tome’s are today. Now, Malabo’s pretty Spanish colonial architecture bristles with satellite dishes, and the streets, bathed at night in an orange glow from gas flared at a nearby methanol plant, are gaudy with sports cars, tropical palaces and prostitutes who flutter in from nearby countries such as Cameroon. And the tiny country’s agriculture is blighted: cocoa and snail farmers have rushed to the town to grab at the oil bonanza. Equatorial Guinea was never well governed: Obiang Nguema, the president, seized power by executing his uncle in 1979. But oil has made his regime increasingly paranoid. Several members of the ruling family are thought to want a bigger slurp at the oil barrel. Mr Obiang sees plots everywhere, and arranged periodic crackdowns. Several opposition leaders were jailed last year after a mass trial, to which many defendants turned up with broken arms and legs. Mr Obiang scoffs at western notions of transparency, insisting that how much money his government earns from oil is nobody’s business. ‘Oil has turned him crazy,’ says Celestino Bacale, a brave opposition politician.

“In next door Gabon, Omar Bongo has been in power since 1967. He is more subtle than Mr Obiang. He does not torture his enemies but buys them off. Decades of oil revenues have corrupted Gabonese society and eroded its work ethic. Citizens aspire to soft billets in the civil service, and turn their noses up at menial jobs like taxi driving and shop -keeping, which they leave to immigrants from poorer places such as Togo and Mali. Agriculture in Gabon, as in Equatorial Guinea, is all but dead.”

Vulnerability of Multinational Corporations

European joint stock companies have operated in Africa since the dawn of the capitalist era. They financed, insured and operated the ships that transported the slaves to the New World. One of the most famous among them, the Dutch East India Company, started the colonization of South Africa in the mid-17th century. With the emergence of colonialism proper after the 1884 Berlin Conference, these companies followed close on the heels of the colonialists’ conquering armies and established agricultural plantations, mines, railways, harbours and new cities. Later they diversified into making consumer goods for the burgeoning African market, from soap and beer to blankets, fishing nets, processing of raw materials etc.

When the colonialists retreated from the 1950s onwards, these colonial subsidiaries lost their key protector, the colonial state. Before long they, like the peasants, fell prey to the appetites and whims of the new African political elites who controlled the newly independent African states. The lucky ones were nationalized and their owners were therefore paid compensation; the not so lucky ones were ‘privatized’. Many survived as best they could through corrupting the new elite or finding ways of ingratiating themselves with the new masters. Western oil companies have perfected their survival tactics in Africa. They periodically make huge payments to foreign private bank accounts of heads of state of oil producing countries. The US Senate recently uncovered vast sums paid by oil companies to the private bank accounts in Washington DC of Equatorial Guinea’s head of state.

What has been most striking about the political elites in Sub-Saharan Africa has been their aversion to becoming involved in industry whether manufacturing or mining. The private sector in these sectors is therefore still dominated by foreign owned companies with parastatals increasingly playing a minor role.

A recent study by the World Bank shows that the most productive companies in, for example Nigeria, are those owned by Multinational Corporation or by non-African industrialists – Indians, Chinese, Lebanese etc., see Table 2. All these owners are easy targets as they are not represented within the political elites. In common with the peasants, they are therefore subjected to all sorts of official and unofficial taxes ranging from backhanders for factory inspectors and customs officials through to artificially high electricity tariffs, arbitrary municipal rates and the like.

This is another way that the African political elite contributes to fostering Africa’s underdevelopment. By obstructing the operations of industry and diverting a large part of its profit to elite consumption and to capital flight, Africa’s manufacturing industries are unable to grow and therefore to create employment for all grades of workers.

According to a Ghanaian researcher his country’s economy was in “free fall” before 1983 when the World Bank came to the rescue.(7) “Between 1970 and 1980 per capita GDP declined by a total of 19,7%; from 1980 to 1983 it dropped by a further 21,3%. There was sharp decline in both domestic and export production. The manufacturing index plunged from 100 in 1977 to 69,0 in 1980 and 63,3 in 1981, with average capacity utilisation in that year estimated at only 24%.” Even after a decade of the World Bank and other donors trying to breathe life into Ghana’s industry from 1983: “Overall capacity utilization improved from 30% in 1983 to 40% in 1989 and appears to have stagnated at around this level for much of industry in the 1990s.” Not surprisingly, Africa loses more than 20 000 graduates every year who emigrate out of the continent.

The issues raised above do not mean there is no new investment in Sub-Saharan Africa, far from it. Investment in petroleum and other extractive industries proceeds apace and more recently, investment in mobile telephony. There are a few new investors who have entered the field, in particular South African and Mauritian corporations and a few companies from Asia and Latin America. These investments however do not make a significant dent in the continent’s underdevelopment.

The Peculiarity of South Africa

Though part of Sub-Saharan Africa geographically, South Africa has two features that distinguish it from the rest of the region. Firstly, South Africa does not have a peasant social class.(8) Secondly, its private sector is owned mainly by South African citizens, one of the unintended consequences of sanctions and dis-investment in the 1970s and 1980s. These two features have enormous implications for governance in South Africa.

While South Africa is ruled by a political elite that has much the same roots and characteristics as most of the political elites in the rest of Sub-Saharan Africa, its room for manoeuvre is enormously constrained by the fact that it does not have a passive peasantry to exploit. Instead it is surrounded by a dynamic private sector that is owned by South African citizens whose rights are entrenched constitutionally and are enforceable by the propertied classes themselves through the franchise; through the judiciary; and through the independent mass media that sees itself as the watchdog over the rights of citizens.

Secondly, African nationalists - the political elite to be - in South Africa were compelled in the struggle against apartheid to enter into alliances with the black urban working class. South Africa’s urban working class is existentially the opposite of peasant smallholders in that it is organized into independent social movements, especially trade unions, which articulate and represent its interests. Central to the interests of the black working class and private sector owners is job creation for the former and profit maximisation for the latter. Both these major social and political forces thus have a common interest to promote economic growth and therefore to minimize the private consumption of the political elite.

It is this that makes South Africa different from the rest of the region and that accounts for its ability to grow its economy while the economies of the rest of Sub-Saharan Africa are stymied by the dead weight of political elite consumption.

All this does not mean that the political elite in South Africa, like other political elites in the rest of Sub-Saharan Africa, will not try to enrich itself at the expense of private sector producers. Black Economic Empowerment, BEE, in South Africa is in reality the flipside of the attempt to siphon savings from private sector operators in an environment where there are no peasants and where most of the private sector is locally owned. The fact that BEE has proved to be a far more uphill battle for the political elite in South Africa is due to the ability of the private sector to resist dispossession. But these are early days. Time will tell who will come out best from what could be a titanic struggle – recently joined by organized labour with its own agenda - by the political elite to ‘privatise’ the private wealth of South Africa’s current private sector owners. An even bigger question however is what impact will these struggles have on the future growth potential of the South African economy.

Interestingly, the political elite in South Africa is being encouraged in this venture - BEE- by elements of the super-rich who seek political favours from the state to externalise their assets; to get the first bite of government contracts; and to buy seats at the high table of economic policy formulation.

Foreign multi-national corporations however continue to play an important role in the South African economy both as old investors and as new investors. The property rights protection enforced by the South African constitution also protects foreign investors. The sophistication of the South African economy and its extensive entanglement with the global economy in reality means that foreign corporations have an independent clout in South Africa in the sense that South Africa’s economy cannot operate without the international licenses, patents, copyrights, etc., it must have access to in order to function on a daily basis. This point was recently brought home in the negotiations between South Africa and the American Chamber of Commerce over black shareholding in American information technology companies operating in South Africa. Not surprisingly the giants of US information and communication technology will not be required to accommodate black shareholders if they do not wish to. (Business Day, Johannesburg, 13.08.2004)

New Democracy for Sub-Saharan Africa

Can the New Partnership for Africa’s Development, NEPAD, change the lethal equation that afflicts Sub-Saharan Africa? While NEPAD may address some of the worse excesses of the political elites through the African Peer Review Mechanism it does not address the fundamental malaise, that is, the enormous power imbalance between the political elite and key private sector producers.

If the driving force behind Sub-Saharan Africa’s underdevelopment is the structural powerlessness of producers and therefore their inability to retain and control their savings, it should be self-evident that until this equation is reversed there will be no development in the sub-region. But how is this to be reversed and by whom?

If Sub-Saharan Africa is to develop, it needs a new type of democracy, a kind that will empower not just the political elite but that will empower Sub-Saharan Africa’s private sector producers as well. In the first instance, it is necessary that peasants must become the real owners of their primary asset, land. This is the only way that there can be land improvements in Sub-Saharan Africa instead of what is happening at present, that is, rampant deforestation and accelerating desertification. This means freehold must be introduced and the so-called communal land tenure system which in reality is state land ownership, must be abolished.

Secondly, peasant producers must gain direct access to world markets without the political elite, through state corporations, acting as the go-between. This means that internationally traded cash crops - coffee, tea, cotton, sugar, cocoa, rubber, etc. - must be auctioned by the producers themselves rather than being sold first to state controlled marketing boards. This is already the case with tobacco in Zimbabwe.

Another important innovation that is needed are new financial institutions that are independent of the political elite that will address the financial needs of not just peasants but also other small to medium scale producers. These could be co-operatives, credit unions, savings banks etc. Besides providing financial services these institutions would undertake all the other technical services that are not being provided at present by the political elite such as crop research, extension services, livestock improvement, storage, transportation, distribution and many other services that would contribute to make agriculture in Sub-Saharan Africa more productive.

This is where foreign donors could play a more constructive role than they are doing at present through their current efforts to sustain the political elites and African states with budgetary support and the like. Donors could support these independent institutions by providing the expertise to manage them and to some extent help shield them from predators.

What socio-economic system would these changes bring about? Certainly not socialism! These changes would for the first time bring into being in Africa a capitalist market economy that answers to the needs of African producers rather than what has happened in the past, to the needs of colonialists and in more recent time, non-producers, who try to perpetuate the role cast for Africa by colonialists as a primary producer.

An important lesson Sub-Saharan Africa could draw from are the agricultural reforms that took place in China during the past 25 years or so. It was in the first instance changes in the agricultural sector that made it possible for China to embark on its current break-neck industrialization process.(9)

Notes:

1. World Bank, Washington DC, 2000, p.1
2. Richard B. Freeman & David L. Lindaner; Why not Africa?, NBER Working Paper 6942, Cambridge MA, 1999
3. Karl Marx, The Eighteen Brumaire of Louis Bonaparte in Karl Marx & Frederick Engels; Selected Works in One Volume, London 1970, pp.170-1
4. Can African Claim the 21st Century, Chap 6. See also World Bank, Accelerated Development in Sub-Saharan Africa, Washington DC, 1981
5. Centre for the Study of African Economies; Sources of Growth in Nigeria: An Initial Analysis, Oxford University, Oxford, April 2003 (unpublished)
6. Nancy Birdsall & Arvind Subramanian; Saving Iraq from Its Oil, Foreign Affairs July-August 2004 pp. 77 – 89, New York 2004
7. Eboe Hutchful; Ghana’s Adjustment Experience; The Paradox of Reform, Oxford 2002, p.6 & pp. 81-2
8. Colin Bundy; The Rise and Fall of the South African Peasantry, London 1979
9. Chen Xiwen; Reform of Economic Structure in China’s Rural Areas, in Wang Mengkui (ed), China’s Economic Transformation over 20 Years, pp.197-264, Beijing 2000

Moeletsi Mbeki is deputy chairman of the South African Institute of International Affairs, an independent think tank based at the University of the Witwatersrand. This is an expended version of a talk given to the Africa Club at the London Business School in June 2004.

Appendix A

Percentage of labour force working in Agricultural, Industrial and Services sectors.

Value added per worker in US $ in the manufacturing sector in Nigeria

NOTE: Tables omitted. Available if required.

Source – The World Bank, An Assessment of the Private Sector in Nigeria, September 2002

http://www.saiia.org.za/modules.php?op=modload&name=News&file=article&sid=500

Publicado por: lucklucky às junho 16, 2005 08:48 PM

E depois nas conferências internacionais pedem indemnizações pela época da escravatura e do colonialismo.

Publicado por: bsotto às junho 16, 2005 09:25 PM

E depois acusam o liberalismo da miséria da África. Andam a elogiar esses líderes e depois dizem que há miséria por causa do capitalismo internacional

Publicado por: lopo dias às junho 16, 2005 09:54 PM

Grande guru!

O inefável LucasLouco, rei do copy&paste, vem esmagar-nos com uma transcrição do tamanho da légua da Póvoa, agitando a pretensa autoridade do irmão do presidente da África do Sul.

Acredito que o Lucas não conheça a história nem os objectivos do sujeito, cujo parentesco não lhe confere o estatuto de providência divina nem o iliba de qualquer pecado.

O citado Moeletsi Mbeki é um próspero empresário e propagandista político ao serviço de interesses alheios à África do Sul, alheios, mesmo, a toda a África. Todas as suas intervenções estão orientadas para um objectivo único: a ascensão à superestrutura do poder sul-africano, onde poderá recuperar para o capital financeiro internacional o controlo da África do Sul. É nisso que ele investe e é para isso que lhe pagam os que nele investem.
Se quiserem conhecer um ângulo mais revelador do sujeito, leiam uma «análise» sua transcrita com aplausos (por que será?) no Jornal da Nova Democracia:

http://www.demoliberal.com.pt/africa.php?ide=15

Publicado por: Rectificador às junho 17, 2005 12:25 AM

Mais outro viciado na Teoria da Conspiração.

Publicado por: David às junho 17, 2005 12:31 AM

hehe LucasLouco :)

Umm então os interesses de Africa são os interesses dos que estão no poder? que tão bom resultado têm dado como exemplo de boa governaça...Interessante

Também ajudaria á discussão se fosses capaz de apontar erros em vez de entrares em ataques Ad Hominem neste caso contra o autor do texto. Ele simplesmente aponta o dedo a que existe demasiado poder nas mãos de uns quantos, e que esse poder permite extorquir benesses, fomenta a corrupção e arbitrariedades que acabam na prática por parar o investimento e a criação de riqueza.

Nada que uns relatos de viagens ou textos já não nos tivessem dito.

Publicado por: lucklucky às junho 17, 2005 01:07 AM

lucklucky às junho 17, 2005 01:07 AM

Acaso estará a Falar do Maior Ícone Africano de Nível Planetário/

Será que o Apartheid ainda lhe está atravessado ?

Publicado por: Templário às junho 17, 2005 01:48 AM

Olha...até os sistemas Informáticos estão contra
o comentário era:


lucklucky às junho 17, 2005 01:07 AM
Acaso estará a Falar do Maior Ícone Africano de Nível Planetário conhecido por Nelson Mandela ?

Será que o Apartheid ainda lhe está atravessado ?

Publicado por: Templário às junho 17, 2005 01:51 AM

É claro! Por isso é que cito o irmão do Mbeki um reconhecido apoiante do Apartheid!...Jesus!

A propósito para me chamares racista suponho que terias de dizer o "Fim do Apartheid"...


Vá, estás a demonstrar que já são horas de ires para a cama...

Publicado por: lucklucky às junho 17, 2005 02:18 AM

David às junho 17, 2005 12:31 AM

Ó piqueno, vai-te catar que tu só conheces a teoria da genuflexão

Publicado por: Rectificador às junho 17, 2005 03:49 AM

lucklucky às junho 17, 2005 01:07 AM

Onde é que eu escrevi que «os interesses de África são os interesses dos que estão no poder»?
Portanto... ummm...lá se vai o interesse.

Quanto ao resto, não tenho que apontar erros a coisa nenhuma. Cada um engole os erros que quer. Limitei-me a acrescentar mais uns dados (coisas ditas por ele) para que se perceba quem é o sujeito. Quem quiser perceber, claro.

E nem sequer falei da sua ligação ao South African Institute of International Affairs, uma organizaçãozinha com objectivos bem diferentes das conferências de S.Vicente de Paula.
Ganharias alguns conhecimentos, esses sim interessantes, se te dedicasses a estudar o que é o SAIIA.

Publicado por: Rectificador às junho 17, 2005 04:02 AM

E? aquilo que ele disse parece-me correcto também no texto que indicaste.

SAIIA não sei se notaste mas foi de onde tirei o primeiro texto...

Publicado por: lucklucky às junho 17, 2005 06:35 AM

O que interessa é que os líderes africanos e a sua burguesia roubam grosseiramente os desgraçados e depois acusam o Ocidente e pedem dinheiro, perdão das dívidas, etc.

Publicado por: Correia às junho 17, 2005 10:00 AM

Este post é talvez a análise mais profunda sobre o "fenómeno" que acabámos de assistir.

Publicado por: Jarod às junho 17, 2005 12:46 PM

A frase: “é preciso viver muito pouco para não assistir à instauração do socialismo em Portugal”, foi dita no funeral do Pedro Soares que morrera atropelado pouco depois do 11 de Março. Lembro-me perfeitamente.

Publicado por: R de Carvalho às junho 17, 2005 12:49 PM

A frase: “é preciso viver muito pouco para não assistir à instauração do socialismo em Portugal”, foi dita no funeral do Pedro Soares que morrera atropelado pouco depois do 11 de Março. Lembro-me perfeitamente.

Publicado por: R de Carvalho às junho 17, 2005 12:49 PM

Peço desculpa, mas devo ter carregado demais na tecla

Publicado por: R de Carvalho às junho 17, 2005 12:50 PM

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Publicado por: low às julho 2, 2005 11:22 AM

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Publicado por: spem às julho 2, 2005 12:02 PM

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Publicado por: alcol às julho 2, 2005 12:32 PM

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Publicado por: spem às julho 2, 2005 01:12 PM

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Publicado por: spem às julho 2, 2005 01:39 PM

Lixo

Publicado por: Cisco Kid às julho 9, 2005 04:26 PM

Lixo

Publicado por: Cisco Kid às julho 9, 2005 04:34 PM

Lixo

Publicado por: Cisco Kid às julho 9, 2005 05:54 PM

Lixo

Publicado por: Cisco Kid às julho 9, 2005 09:03 PM

Lixo

Publicado por: Cisco Kid às julho 9, 2005 09:08 PM

Lixo

Publicado por: Cisco Kid às julho 9, 2005 09:50 PM

Lixo

Publicado por: Cisco Kid às julho 10, 2005 08:51 AM

Lixo

Publicado por: Cisco Kid às julho 10, 2005 08:58 AM

Lixo

Publicado por: Cisco Kid às julho 10, 2005 09:58 AM

Tanto lixo

Publicado por: Rave às julho 10, 2005 10:50 AM

eheheh

Publicado por: Rave às julho 10, 2005 10:56 AM

Lixo

Publicado por: Cisco Kid às julho 10, 2005 11:49 AM

Lixo

Publicado por: Cisco Kid às julho 10, 2005 12:26 PM

Lixo

Publicado por: Cisco Kid às julho 10, 2005 12:43 PM

Lixo

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Lixo

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Lixo

Publicado por: Cisco Kid às julho 10, 2005 02:41 PM

Lixo

Publicado por: Cisco Kid às julho 10, 2005 03:21 PM

Lixo

Publicado por: Cisco Kid às julho 10, 2005 03:27 PM

Lixo

Publicado por: Cisco Kid às julho 10, 2005 03:46 PM

Lixo

Publicado por: Cisco Kid às julho 10, 2005 06:49 PM

Lixo

Publicado por: Cisco Kid às julho 10, 2005 07:17 PM

Lixo

Publicado por: Cisco Kid às julho 10, 2005 07:40 PM

Lixo

Publicado por: Cisco Kid às julho 10, 2005 07:54 PM

Lixo

Publicado por: Cisco Kid às julho 10, 2005 08:05 PM

Lixo

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Lixo

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Lixo

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Lixo

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Lixo

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Lixo

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Lixo.

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Lixo

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Lixo

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Lixo

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Lixo

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Lixo

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Lixo

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