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junho 06, 2005

A Cigarra e o Coelhone

Ou como a Cigarra e a Formiga se pode transmudar na Fuga das Galinhas

A Cigarra era um animal imprevidente. Durante a época de abundância, enquanto os outros trabalhavam e poupavam na previsão da época de escassez, a Cigarra cantava despreocupadamente. Nem tentou sequer arranjar um agente artístico que a lançasse no mercado discográfico. A despreocupação mais absoluta. Quando chegou o Inverno foi ao armazém da formiga, repleto de víveres aromáticos e suculentos, e pediu sustento. A formiga, fatigada por meses infindáveis de labuta, com um horário laboral de sol a sol, mandou-a bugiar. Mas o Coelhone, o outro protagonista desta história, é diferente da Cigarra.

A diferença entre o Coelhone e a Cigarra na época da abundância já é significativa. A Cigarra cantou e o Coelhone presidiu à distribuição de dezenas de milhares de empregos públicos e de sinecuras no topo da administração pública e institutos e empresas públicas. A Cigarra cantava a solo, mas Coelhone organizou cantatas com dezenas de milhares de figurantes à custa do erário público. A Cigarra apenas cantou, despreocupadamente, sem se aperceber que deveria constituir uma reserva para a época de escassez. Coelhone, além de não constituir reservas, delapidou parte das reservas de toda a restante e desditosa fauna.

Mas onde a diferença é abissal é no comportamento na época de escassez. A Cigarra bateu humildemente à porta da formiga e fez um apelo pungente à sua caridade. Não exigiu … implorou. E levou com a porta na cara, para servir de exemplo, ao longo dos séculos, sobre a importância de se ser previdente e de se gastar de acordo com as próprias disponibilidades, actuais e futuras.

A Galinha dos Ovos de Ouro, o outro animalzinho desta história triste e pouco exemplar, andou tempos a fio a organizar-se e a estruturar os seus recursos humanos de modo a ter uma oferta adequada ao mais baixo custo possível. Teve que o fazer, porque mesmo em épocas de abundância, se não trabalhar arduamente nesta matéria, não há abundância que lhe valha. E foi assim que uma galinha anémica conseguiu, após vários anos de esforço, começar a ter uma postura, regular, de ovos de ouro.

Coelhone, depois de ter ajudado a desorganizar o Estado, a transformá-lo num monstro cada vez mais insaciável, falho de víveres e sem vontade de pôr o Estado, os seus boys e ele próprio, a uma dieta merecida, olhou em volta e viu, entre outros animais, a Galinha dos Ovos de Ouro que, na sua perspectiva, tinha uma postura de Ovos de Ouro insuficiente para o seu apetite. E então juntou a fauna gulosa que ele arregimentou para parasitar o país e declarou: «há um sector em Portugal que tem que dar um contributo maior. É o financeiro, da banca e das companhias de seguros».

A Cigarra implorou, porque julgava, na sua candura, que a Formiga não tinha quaisquer obrigações para com ela. Coelhone não implora … exige.

Ao que se sabe, a Cigarra, se não aprendeu com a sua imprevidência, forneceu matéria para várias gerações aprenderem com ela. Todavia Coelhone é refractário à aprendizagem. Depois de ter concorrido para pôr o Estado à beira da falência, pretende agora fazer o mesmo à Galinha dos Ovos de Ouro. Mas aqui fia mais fino. A Galinha dos Ovos de Ouro não se vai deixar depenar com facilidade. Coelhone pode ser refractário à aprendizagem, mas a Galinha dos Ovos de Ouro não é. Além do que viu a Fuga das Galinhas e aprendeu como se lida com gente incapaz, estéril, ávida e invejosa.

E em vez de um remake da Cigarra e a Formiga, poderemos ter um remake, a cores e com efeitos especiais, da Fuga das Galinhas.

Publicado por Joana às junho 6, 2005 06:23 PM

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Comentários

Eu só não concordo com a ideia de que a galinha dos ovos de ouro se estruturou por forma a ter "uma oferta adequada ao mais baixo custo possível". A minha experiência, e aquilo que me contam, dá para afirmar que a banca e os seguros têm, em Portugal, uma oferta que deixa muito a desejar. Tal como é, aliás, a experiência de quem quer que tenha tido um desastre automóvel neste país. Os bancos não dispõem nem do mais elementar fundo de investimento socialmente responsável, nem de cartões de crédito gratuitos, já para não falar dos custos altíssimos que muitos cobram para uma coisa tão simples como transferir uma quantia para o estrangeiro ou receber um cheque do estrangeiro, o que diz bem da perfeição da sua oferta.

Que a Joana queira atacar Jorge Coelho, acho muito bem. Que teça loas à nossa indústria financeira, é que acho muito mal.

Publicado por: Luís Lavoura às junho 6, 2005 06:35 PM

Pois, pois. Comparar os serviços dos bancos agora com o que eram antes das privatizações é como a noite e o dia.
Basta comparar a CGD e os privados, apesar da CGD ter melhorado muito.

Publicado por: Novais de Paula às junho 6, 2005 06:45 PM

As Atrasadas Formigas !

Esta historinha necessita de "upgrade" aos novos tempos e ás novas tecnologias !

Assim... apesar dos séculos...a cigarra continua a cantar e a Não se preocupar com a comidinha, uma vez que já arranjou agente artístico e até já factura melhões como empresária da 3ª vaga. A formiguinha...continua na miséria e a Rezar para que não lhe caia uma enxurrada no celeiro, pois os Seguros, não querem nada com ela.

Publicado por: Templário às junho 6, 2005 06:52 PM

O Coelho é um estronço. Manda bocas para o ar a ver se pegam.

Publicado por: David às junho 6, 2005 07:03 PM

A taxa de IRC paga pelos bancos é muito mais baixa que qualquer outra empresa. Isso não tem a ver com a questão?

Publicado por: Jorge às junho 6, 2005 07:04 PM


DE QUE SE ALIMENTA A GALINHA DE OVOS DE OURO ?

1º - Principalmente da ignorância !
2º - Do velho ditado, em terra de cegos, quem tem um olho é Rei !

3º - Das 2 premissas anteriores, resulta então a Principal: - Actividade em Trust, que traduzido em linguagem jornalística, será associação criminosa, Associação de Gangsters ( é a nova, CosaNostra).
Num povo a sério, já lhes teriam partido as montras todas, mas como temos 80% de genes Judeus, só lhes ficamos a dever, e não pagamos.


Os novos serviços pagos com ovos de ouro à Galinha Estéril:
1- Extracto ? paga !
2- Saldo médio inferior a x, paga !
3- Tem saldo médio no normal, mas não movimentou este mês, paga !
4- Cartão para lhes aliviar custos, vulgo multibanco, Paga !
5- Cartinha/recibo (prestação da casa, etc ), Paga !
6- Cheque devolvido ao cliente depositante, paga !
7- Comissão por teres vendido a casa e pago o empréstimo antecipadamente, Paga (para n voltares a ser parvo )
8- e tantas e tantas outras.

Resultado é só no saque, é uma actividade de sacar e de cobrar serviços, quer o cliente o solicite ou não !

Uma adivinha nova, para a nova geração?

Quais são as empresas mais mal educadas do mundo, e que cobram os custos da carta aos destinatários ?
R- Os Bancos !!!

Porque é que as outras empresas não cobram ?

Publicado por: Templário às junho 6, 2005 07:11 PM

Publicado por: Templário às junho 6, 2005 07:11 PM

Nada é como era no nosso tempo, infelizmente claro!
Não sei se lembra, que o Sr. Cupertino de Miranda que Deus lá tenha muitos anos sem mim, madava agrafar os envelopes recebidos para os empregados usaram para apontamentos.

Publicado por: carlos alberto às junho 6, 2005 07:22 PM

Joana, está brilhante, como sempre. Quanto aos serviços prestados pelos bancos (as seguradoras em Portugal não estão assim tão bem que o Estado lá possa ir sacar algum) é preciso ter uma lata sem limites para reclamar. Portugal é só provavelmente o país da europa em que os serviços bancários ao particular são melhores e mais baratos. A eficiência do sistema financeiro atingiu patamares como nenhum outro em Portugal. E atingiu estes patamares porque é o sector nacional mais exposto à concorrência externa, o que obrigou os bancos a modernizarem-se, sob pena de fecharem.

Quanto às bocas para o ar que se mandam, tenho a dizer o seguinte: o senhor que paga extratos de conta, que aga por ter saldo médio inferior a x devia mudar de banco já que, curiosamente, eu não pago nada disso, e sou um cliente pouco mais que miserável. É só fazer uma pesquisa, e vai ver que encotra soluções adequadas. Eu até cartão de crédito à borla tenho. Dois.

E já agora aproveite e vá lá para fora com um cartãozinho multibanco fazer levantamentos em caixas que não sejam da entidade emissora do cartão e vai ver quanto paga, não por ano, mas por operação.

Quanto às comissões para cheques devolvidos, prepare-se para pagar ainda mais, mas pode endereçar os seus agradecimentos directamente ao Eng. Sócrates, que aumentou o limite de criminalização.

Publicado por: Nuno Sousa às junho 6, 2005 07:32 PM

Ora bolas!! Em vez deste remake estava a pensar que ia pegar nos CTT e no ferro de engomar... ou será que não assistiu ao divertido momento de televisão em que mais uma vez ficaram bem à vista a incapacidade e impotência do Estado e a hipócrisia dos jornalistas??

Publicado por: incredulo às junho 6, 2005 07:35 PM

Fantástico, Joana! Quanto a quem se queixa dos serviços bancários, é muito simples: não existe nada mais democrático que o sistema financeiro. Cada um vota com o seu dinheiro. Quando o serviço de um banco não me satisfez, mudei para outro, ou disse que ia mudar. Nenhum banco gosta de perder clientes, por muito pindéricos que sejam: basta que não sejam caloteiros...

Publicado por: Pedro Oliveira às junho 6, 2005 07:40 PM

Nuno Sousa às junho 6, 2005 07:32 PM
Pedro Oliveira às junho 6, 2005 07:40 PM

Vocês os 2, fazem-me lembrar...aqueles clientes que caíram na esparrela de deixar a CGD no empréstimo à Habitação e caíram no logro dos juros muito mais baixos. Enfim coisa de principiantes ou de pessoas que pouco ou nada requerem dos bancos.

Vejamos o meu princípio Empresarial/Económico, para que melhor me percebam :
a) Quando se fala de negócios, ninguém dá nada a ninguém !
b) Antes de J. Cristo já havia negócio e de tal maneira, que houve um que até vendeu Cristo por 3 dinheiros aos Romanos !
c) Nunca mas mesmo nunca, acreditem que pode haver compras sem Juros..sem comissões, etc. etc. São apenas técnicas de vendas, dão-lhe tudo, tudo gratuito, depois só não lhe dizem é que lhe vão cobrar tudo isso, noutra secção....basta apenas estar atento !
d) Sabe há quantos anos a CGD, cobra os custos de correspondência, pelo envio do recibo da prestação ? Há uns 20 anos, foram eles os inventores, na época era 100$, quando o selo era de 40$....e o sistema era tão perfeito, que conseguiam cobrar 2 portes numa só carta, cujo recibo mencionasse 2 prestações.
e) Como é evidente a Caixa tinham mais de 1 milhão de clientes e poucos se apercebiam disto.


Publicado por: Templário às junho 6, 2005 07:58 PM

Pedro Oliveira às junho 6, 2005 07:40 PM

Sabe...é pena a Estratégia Castelhana ter sido adaptada à realidade portuguesa. Os "Migueis de Vasconcelos" aconselharam os Castelhanos a comprarem os bancos e a manterem a mesma marca, para não ferirem susceptibilidades. Depois... levaram-nos ao conselho da "CosaNostra" e lá os adormeceram...até novas núpcias.

Bom..mas a procissão ainda vai no adro..acho que os Castelhanos não vão ficar eternamente adormecidos, hão-de passar ao contra-ataque, e aí sim, dar-lhe-ei razão, mas até lá, isto é uma corja muito bem organizada.

Publicado por: Templário às junho 6, 2005 08:06 PM

Templário às junho 6, 2005 07:58 PM: Não venderam Cristo por 3 dinheiros aos Romanos. Foram 30 dinheiros. O banco enganou-se no seu extracto de conta. Devia ser um banco do Estado.

Publicado por: Coruja às junho 6, 2005 08:34 PM

Era só o que faltava! Pôr agora a banca e as seguradoras a pagar mais! O homem é parvo. Felizmente caiu-lhe logo o Salgueiro em cima a ameaçar com a subida das taxas de juro, pois então… Mas quem julga ele que é? Ai o capital financeiro não paga já os seus impostos, os mesmos que todos os outros, sem beneficiar de quaisquer privilégios? Só faltava agora serem postos a saque… Um demagogo, esse Coelho…

Publicado por: Ricardo às junho 6, 2005 08:37 PM

É uma história muito educativa. Mas só para quem quer aprender.
Muitos continuam a querer mais ovos de ouro, mas vão apanhar com a fuga da galinha.

Publicado por: AJ Nunes às junho 6, 2005 08:47 PM

Capital financeiro (banca) IRC 15%
Outras empresas (não bancos) IRC 25 %

Isto está correcto?

Publicado por: Jorge às junho 6, 2005 08:57 PM

Há diversas taxas de IRC. A normal é 25%.
Quanto aos bancos as taxas são diferentes por acordo. Os bancos tiveram, e têm estado, a reconstituir o fundo de pensões, que as nacionalizações tinham deixado quase a zero. Houve uma série de custos que o próprio Banco de Portugal autorizou que fossem levados a reservas, etc.
Os bancos portugueses, quando foram privatizados estavam quase nas lonas, e foi tarefa complicada torná-los no que hoje são.

Publicado por: Ramiro às junho 6, 2005 09:16 PM

Coruja às junho 6, 2005 08:34 PM

Corujinha, obrigado pela correcção, lembrou-me uma que os clientes nem imaginam.

Eu geria a conta da minha empresa com um programa bancário simples.

Um dia introduzo o número do cheque e a quantia, e o raio do programa só emitia uma mensagem - duplicate - e fui à procura desse número de cheque, verifiquei os números, e como tinha extractos diários, procurei-os. Qual não foi o meu espanto...quando verifiquei, que o mesmo cheque tinha sido pago há 15 atrás.
Fiquei perplexo !
Telefonei ao gerente, que me disse ser impossível, dei-lhe os números, verificou no seu sistema, o mesmo cheque a mesma quantia, tudo igual. Ficou sem resposta. Foi investigar superiormente.

Resposta (que nunca me convenceu...) que as bandas de cheques da compensação tinham sido trocadas, e tinha ido à compensação a banda de há 15 atrás !
E a minha pergunta: - Mas como é que o sistema aceita o mesmo numero de cheque, se o meu sistema Roscoff não aceita ?
Pois...
Nunca fiquei convencido, e ainda mantenho a dúvida seguinte: se eu não detectasse, será que eles detectavam ?

Olhe Coruja, é um Banco privado !

Publicado por: Templário às junho 6, 2005 09:24 PM

Hum...compreendo, Ramiro.

E hoje em dia a taxa aplicada aos bancos faz sentido?

Publicado por: Jorge às junho 6, 2005 09:25 PM

Jorge: As consequências mais prováveis do aumento de impostos às instituições financeiras portuguesas será o crescimento do recurso a financiamentos de bancos estrangeiros por parte dos clientes se as taxas de juro nacionais subirem e/ou um acrescido esforço de redução de custos por parte dos bancos nacionais implementando, por exemplo, maior automatização dos processos - e consequentemente, a necessidade de menos trabalhadores.
É um mercado muito competitivo, com o dinheiro circulando à velocidade da luz (por via electrónica!).
Um outro efeito será a deslocalização de parte dos serviços bancários para fora do país.
Isso já está a ser feito por muitas empresas, sem serem bancárias. Por exemplo, a holding da SONAE transferiu-se para a Holanda porque lá há maiores facilidades fiscais.

Publicado por: Ramiro às junho 6, 2005 09:31 PM

Nuno Sousa às junho 6, 2005 07:32 PM

Ganda Nuno, lembrei-me de outra...nova para os Tugas !

E se for depositar cheques, e lhe cobrarem logo à cabeça pelo depósito ? ( Em Espanha já funciona assim ).

Sabe que é o maior serviço "gratuito" que os bancos Tuigas ainda não cobram ?

Prepare-se que eles... na andem aí...eles já cá estão !!!

Publicado por: Templário às junho 6, 2005 09:32 PM

Ena, boa resposta, Ramiro.

"o crescimento do recurso a financiamentos de bancos estrangeiros por parte dos clientes"

Claro. Mas também é suposto os bancos reagirem a isso, tornando-se mais atractivos.

"acrescido esforço de redução de custos por parte dos bancos nacionais"

Bom, os lucros dos principais bancos têm sido estrondosos. Mas suponho que aí eles não queiram tocar.

"Um outro efeito será a deslocalização de parte dos serviços bancários para fora do país.
Isso já está a ser feito por muitas empresas, sem serem bancárias. Por exemplo, a holding da SONAE transferiu-se para a Holanda porque lá há maiores facilidades fiscais."

Hum....este argumento é bastante forte. Então isso quer dizer que quando o estado decidiu dar regalias fiscais aos bancos os bancos de outros países decidiram vir para cá, aumentando a base tributária? Ou essa taxa de imposto simplesmente punha os nossos bancos a competirem com os estrangeiros?


Publicado por: Jorge às junho 6, 2005 10:15 PM

Jorge em junho 6, 2005 10:15 PM: Veja se percebe. Se uma empresa tem a sede social no estrangeiro, paga lá o IRC.
Algumas actividades cá, serão cá tributadas, como por exemplo as rmunerações dos funcionários que cá trabalham.
Mas mesmo neste caso, quando os vencimentos são elevados, os funcionários podem receber cá uma parte e o remanescente num país com um sistema fiscal mais leve. Há multinacionais que já fazem isso.

Mas para tipos que odeiam o sistema, as empresas portuguesas, as mais aguerridas, têm remédio: É uma questão de transferirem a sede social para o estrangeiro. Assim não têm que dar satisfações a tipos que não fazem nada pelo país, mas que querem viver à custa de quem trabalha a sério.

Publicado por: Ramiro às junho 6, 2005 10:31 PM

possidónio

de Possidónio, n. pr.

s. m.,
designação dada ao político provinciano e ingénuo que via a salvação da Pátria no corte radical de todas as despesas públicas;

Publicado por: Templário às junho 6, 2005 10:38 PM

Já nessa época quem queria reduzir o défice era insultado.

Publicado por: Sa Chico às junho 6, 2005 10:40 PM

Ramiro às junho 6, 2005 10:31 PM

Por isso é que Pequim, já é a Capital, dos Capitais Americanos.

- Os americanos foram na semana passada, falar com os Chineses, devido ao roubo de - Propriedade Intelectual de 136 mil milhões de dólares, só no ano passado, este anos será outro tanto....

Estes Chinas sabem-na toda....

Ramiro, isto está demasiado Tenso.... Cheira-me a Guerra em 2011.

Publicado por: Templário às junho 6, 2005 10:45 PM

Ramiro: eu percebi. As empresas vão para onde lhes dão as melhores condições. E os bancos não são excepção.

Ainda assim, podemos ter ou não vantagem em aumentar (ou reduzir) os impostos para os bancos.

Um exemplo: suponhamos que aumentávamos os impostos para os bancos e diminuiamos para as outras empresas, no sentido de aproximar as duas taxas. Então perdíamos porque os bancos teriam maior probabilidade de fugir de Portugal mas ganhávamos porque para as outras empresas, Portugal passava a ser mais atractivo.

A razão pela qual perguntei foi porque me parece que a galinha dos ovos de ouro(os bancos) está a usufruir do facto das outras galinhas estarem a ser espremidas pelo estado. Percebe?

Podem ainda haver outras variáveis, dei apenas um exemplo.

Publicado por: Jorge às junho 6, 2005 10:54 PM

Porquê Guerra em 2011 ?

É a Cabalística !

Torres abatidas em 11-9-2001

11 + 9 = 20

20 e 11 dá 2011

2011 noves fora 4

todas as notas de Euro somam noves fora 4

peguem numa nota qualquer de 5, 10, ou 20 euros e verifiquem !

A CHINA MARCOU 2010 A SEGUINTE META:
Alcançar a UE em 2010 , custe o que custar... e vai no bom caminho... só faltam 5 anos, logo o conflito estalará em finais de 2010 e começará a Grande Guerra em inicio de 2011, talvez mesmo no dia 11-02-2011.

Publicado por: Templário às junho 6, 2005 10:56 PM

Jorge às junho 6, 2005 10:54 PM

As Empresas vão para onde querem, mas os empresários têm 3 hipóteses:

1- Fogem de livre vontade ( como hoje )
2- São obrigados a fugir ( como no 25 Abril )
3- Ou portam-se bem como no Futuro, quando os Povos exigirem mais respeito por partes das MULTICAPITAIS !

Se não tivessem fugido os velhos Bacocos do Antigo Regime, nunca Exisiria um Belmiro de Azevedo... é a Lei da Natureza !

Tem é que haver, mais tomates na Governação, do tipo:
Ai tens sede no Estrageiro, vais ver a vida negra que vais ter... até haver uns "funcionários públicos" que apareçam na Empresa a desculparem-se pelas Monstruosidades do Estado, e expliquem aos Empresários - se mudarem a sede para cá resolve-se tudo, caso contrário...tem, mesmo é que ir viver lá prá sede !!!

Publicado por: Templário às junho 6, 2005 11:05 PM

"3- Ou portam-se bem como no Futuro, quando os Povos exigirem mais respeito por partes das MULTICAPITAIS"

hehe...

Se arranjarem esquemas (que funcionem) para a sede das empresas ficar em portugal, perfeito. O importante é ter em vista o objectivo final, que é a qualidade de vida, não o sucesso de empresas.

Publicado por: Jorge às junho 6, 2005 11:12 PM

Este post não devia ter muitos comentários. É só para apreciar...

Publicado por: Mario às junho 6, 2005 11:37 PM

Claro que sabe que o motivo de dar sempre nove fora quatro deve-se ao algoritmo de verificação como Jorge Buescu bem explica num livro que por erradamente emprestei.
Tenho no entanto aqui "O Mistério do Bilhete de Identidade e Outras Histórias" em que ele com a facilidade argumentativa que o caracteriza desmonta a historia do último numero do BI.

Já agora ai vai uma lita que identifica as nomes pelo pais de origem e pela tipografia.
Código de País
Austria: N
Belgium: Z
Finland: L
France: U
Germany: X
Greece: Y
Ireland: T
Italy: S
Luxembourg: R (*) Currently not issuing own €URO notes
Netherlands: P
Portugal: M
Espagne: V
Denmark: W
Sweden: K
United Kingdom: J

código frontal tipografia
A Bank of England Printing ,Works Loughton,Essex,
C AB Tumba Bruk
Tumba,
D Setec Oy
Vantaa, Finlândia
E Oberthur
Chantepie, França
F Österreichische Nationalbank
Vienna, Áustria
G Johan Enschedé & Zn.
Haarlem, Holanda
H De La Rue
Gateshead,
J Banca d'Italia
Rome, Itália
K Central Bank of Ireland
Dublin, Irlanda
L Banque de France
Chamalières, França
M Fábrica Nacional de Moneda y Timbre
Madrid, Espanha
N Bank of Greece
Athens, Grécia
P Giesecke & Devrient
Munich/Leipzig, Alemanha
R Bundesdruckerei
Berlin, Alemanha
S Danmarks Nationalbank
Copenhagen,
T Nationale Bank van België/Banque Nationale de Belgique
Brussels, Bélgica
U Valora S.A.
Carregado, Portugal

Publicado por: Mário Newton às junho 6, 2005 11:37 PM

Mario às junho 6, 2005 11:37 PM

Marinho se este post deveria ter muitos ou poucos comentários é aos comentadores de decidirem !

Irra...que mania desta maltinha américo/liberal têm de efectuarem controlo sobre tudo !

Publicado por: Templário às junho 6, 2005 11:45 PM

O sistema financeiro está mais sujeito à concorrência com o exterior. Basta ver a rapidez com que volumes enormes de massa passam de um país para outro em segundos. Muitas transacções podem fazer-se por telemóvel ou pela internet. O Banco até pode ter sede numa ilha do Pacífico.

E o mais grave é que quem tem mais possibilidades de fazer isso são os ricos.

Publicado por: Hector às junho 6, 2005 11:47 PM

Por acaso, hoje, na SIC notícias, em face do Dr Ferraz da Costa e sob o olhar melancólico de Mário Crespo (pudera, já lhe lixaram a reforma), vi uma galinha em fuga ... não é que esvoaçasse, mas cacarejava coisa nenhuma, querida filha.

Publicado por: asdrubal às junho 6, 2005 11:54 PM

Publicado por: Templário às junho 6, 2005 11:45 PM

E????

Onde quer chegar com isso? Você dá a sua opinião e eu dou a minha. Essas tiradas de xico-esperto são para quê? Você acha que está no café e pode largar as bocas do costume e todos vão rir e achar que você é o máximo?

Se quer dirigir-se a mim pessoalmente, diga aquilo que teria coragem de dizer olhos nos
olhos. Começar com insultos cobardes mostra apenas, imagine, que é um cobarde. E sim, dizia-lhe isto olhos nos olhos.

Publicado por: Mario às junho 7, 2005 12:05 AM

Marinho

isso é uma reacção tipicamente à Fidel !

Será que vai de férias para Cuba e já se está a mentalizar ?

eheheheheh

Publicado por: Templário às junho 7, 2005 12:10 AM

Algo me diz que você não está rir Templário. Não reage como um homem. Isto de falar pela net consegue colocar os cobardes ao nível dos homens, enfim. Para quê perder tempo com você. não o alimento mais, fique bem.

Publicado por: Mario às junho 7, 2005 12:13 AM

Márinho

Na 1ª Vaga, os Homens não se mediam aos palmos, na 3ª vaga, os homens não se medem pelas suas reacções netianas !

Você afinou e bem...

E Já como no tempo do governo do Zé Manel e do Santanilhas, você só sabe Insultar. Quanto a Ideias...nem vê-las...

Publicado por: Templário às junho 7, 2005 12:23 AM

Parece que Sócrates se prepara, segundo os jornais de hoje, para retirar certos benefícios fiscais à banca

Publicado por: Diana às junho 7, 2005 09:55 AM

As galinhas não precisam de fugir, algumas têm um belo tráfego de ovos de ouro. Nada como desenvolver as técnicas de transporte de ovos para offshore.

Publicado por: Daniel às junho 7, 2005 10:17 AM

Peço desculpa à joana por ter ajudado a "abandalhar" o blog. Não voltarei a repetir.

Publicado por: Mário às junho 7, 2005 10:19 AM

Chego aqui agora e dou com dois gajos à porrada?
Essa é de primeira ordem! O pessoal anda mesmo com os nervos em franja. Eu atrevo-me a sugerir à Joana, com a capacidade de síntese e a acutilância que tem, escrever uns posts que possam dar alguma esperança aos leitores menos técnicos. Sem pôr paninhos quentes na situação, é claro. Estamos um pouco fartos de profetas da desgraça e de gozões cínicos. Os governantes governam mal, os críticos criticam mas não se vê ninguém a dizer como é. Como não é, parece que todos sabem!

Publicado por: JMTeles da Silva às junho 7, 2005 10:31 AM

Cheira-me a que a Joana deve-se estar nas tintas para que a malta "abandalhe" o blog.
Que me lembre só tapou o IP do Átila, e isto foi porque, segundo parece, ele começou a postar os disparates dele, com o nome e e-mail dela.

Publicado por: soromenho às junho 7, 2005 10:46 AM

Oh galinha transmudada vai lá ao meu blog ver o que estás a perder por ter sido tão totó. Já mudei de blog. Deixo aqui o link para passares por lá. Passeia-te e aproveita bué.Gosto de ti.:)

Publicado por: patrícia às junho 7, 2005 10:51 AM

Ó Templário, como vê está a dar-me razão. Em Espanha já se cobram os depósitos de cheques, o que não acontece por cá.

Eu agora até mudei de banco para um que me cobra uma mensalidade fixa por mês e o resto é à borla ou com descontos substanciais de comissões (50%), excepto nas transferências que, como faço sempre no Multibanco, são de borla.

Mas digo-lhe já que no meu banco anterior e noutro que utilizo com menor regularidade, ninguém me cobra comissão nenhuma na conta. O tal que uso com menor regularidade até me ofereceu um cartão de crédito à borla. O Outro cartão de crédito que tenho, de um banco onde nem sequer tenho conta, também é à borla. Claro que cobram taxas aos comerciantes que, naturalmente, as fazem reflectir no preço dos bens e serviços, mas isso cobram independentemente de se pagar ou não o cartão de crédito.

Mais, as pessoas antes de falarem sobre algum assunto deviam documentar-se um bocadinho para ter opiniões mais estruturadas. Os bancos, ao cotrário das empresas comerciais têm absoluta necessidade de aumentar o capital para poderem crescer, de outro modo, o Banco de Portugal retira-lhes a licença e fecham as portas. Ora, esse capital é acumulado de forma recorrente através acumulação de resultados líquidos anuais após dedução dos dividendos. Se você reduzir o crescimento dos resultados os bancos não conseguem aumentar o capital: tanto através da acumulação de resultados como da maior dificuldade em captar novos investidores, que preferem comprar acções e obrigações de bancos mais rentáveis. Assim, o que acontece é que há uma redução da oferta que, mantendo-se a procura constante, provoca um aumento do spread médio dos juros, com efeitos ao nível do consumo e do investimento, já constrangido pelas elevadas taxas de imposto que oneram a actividade económica, e que mantêm uma tendência de crescimento.

Claro que você pode ser partidário daquela ideia que alguém teve de revogar a lei da oferta e da procura, mas isso já é outra questão.

Publicado por: Nuno Sousa às junho 7, 2005 01:23 PM

Parece-me que os que estavam gulosos por sacarem mais dinheiro aos Bancos para custearem o monstro estatal perderam o pio.

Publicado por: Coruja às junho 7, 2005 01:41 PM

Pois , Pois!

Publicado por: A.R.Ray às junho 7, 2005 02:21 PM

Claro que os bancos têm de pagar como os outros.
Mas a fábula está mal contada. É assim: Era uma vez uma cigarra e uma formiga( que eram amigas).A cigarra divertia-see ( e no inverno vivia à custa da formiga),a formiga trabalhava. Um dia, num inverno muito frio, estando a cigarra quase a morre à fome, resolveu emigrar para os EUA. Passados alguns meses, e por obra da sorte, a cigarra era a maior estrela de de Hollyhood. Em determinado ano, no auge da sua fama, regressa a França( a terra do La Fontaine, pois claro), num paquete luxuosíssimo, o France. O Porto do Havre tem milhares e milhares de admiradores e fãs a recebê-las. Entre elas, estava a formiga, com quem a cigarra nunca mais contactara. A formiga continuva com a sua vida de sempre, como em "o trabalho e os dias", o que ni fundo era apenas uma vida medíocre. A formiga consegue aproximar-se da cigarra quando esta desce o escaler e diz-lhe:
-Olá cigarra!
-lá formiga, responde a cigarra.
-Viste o La Fontaibne lá pelos EUA?
-Por acaso, vi.
-Olha, quando o encontrares outra vez, manda-o para a P.Q.P.....

Publicado por: pedro às junho 7, 2005 03:10 PM

CONFUSÃO ENTRE ESTADO E PARTIDO
Alguém imagina que um dirigente do Partido Trabalhista britânico que não seja nem primeiro-ministro nem ministro das Finanças vá para uma pequena reunião partidária anunciar medidas fiscais? Não, ninguém imagina, aquilo não é Portugal e duvido que por lá existam personagens como Jorge Coelho. Mas cá isso é possível, e o que Jorge Coelho fez foi uma confusão entre Estado e partido de um nível próximo do boçal.
do jumento.blogdrive.com

Publicado por: xatoo às junho 7, 2005 03:22 PM

Eu acho um grande disparate os "tesos" e "semi-tesos", (que constituem a esmagadora maioria das classes médias em Portugal) utilizarem os bancos para depositarem os seus dinheirinhos (geralmente o produto do seu trabalho e pouco mais).
Os juros são perfeitamente irrisórios, sempre abaixo da inflação ou igualando-a raríssimamente, e as vantagens do «cash» bem guardado num cofresinho em lugar seguro, dão-nos pelo menos o enorme prazer de não incomodar os gestores com dezenas de milhar de ninharias, que só lhes atrapalham a vida e o bem-estar social. Óra pensem nisso, ehehe ...

Publicado por: asdrubal às junho 7, 2005 03:26 PM

pedro às junho 7, 2005 03:10 PM

Essa anedota faz-me lembrar uma outra, que se contava na defunta a URSS. Diz-se que quando o primeiro astronauta, Iuri Gagarine, voltou à terra, tinha à sua espera uma multidão entusiasta, que lhe perguntou, "Iuri, lá no Espaço, viste Deus?", E Gagarine respondeu, "Sim camaradas, encontrei-me com o camarada Deus, e ele pediu-me para vos dizer que ele não existe."

Publicado por: Luís Lavoura às junho 7, 2005 03:49 PM

Estou a pensar, mas o juro, debaixo do colchão, ainda é inferior ao dos bancos

Publicado por: Coruja às junho 7, 2005 03:50 PM

A afirmação do Coelhone que tinha ficado surpreendido com o montante dos lucros do sector financeiro é de um tipo que pu é parvo, ou quer fazer dos outros parvos

Publicado por: KK às junho 7, 2005 04:00 PM

ou é ambas as coisas

Publicado por: KK às junho 7, 2005 04:01 PM


1- Extracto ? paga ! - Eu não pago. (*)
2- Saldo médio inferior a x, paga ! - Eu não pago (*)
3- Tem saldo médio no normal, mas não movimentou este mês, paga ! - Eu não pago (*)
4- Cartão para lhes aliviar custos, vulgo multibanco, Paga ! - Eu não pago (*)
5- Cartinha/recibo (prestação da casa, etc ), Paga! - Eu não pago (*)
6- Cheque devolvido ao cliente depositante, paga ! - Pago sim senhor.
7- Comissão por teres vendido a casa e pago o empréstimo antecipadamente, Paga (para n voltares a ser parvo ) - Só se paga a quebra de funding, se a amortização antecipada não for feita na data de vencimento.

(*) - Claro que pago tudo isto indirectamente. A remuneração da conta inclui evidentemente todas as 'gratuitidades' incluídas.

Publicado por: jcd às junho 7, 2005 05:08 PM

KK, Jorge Coelho, o político? Se é parvo? Não me parece? Se gosta de se armar em parvo? Obviamente que sim, caso contrários não seria político. Se faz dos outrso parvos? Sempre que deixam.

Publicado por: Pedro Oliveira às junho 7, 2005 05:10 PM

KK, Jorge Coelho, o político? Se é parvo? Não me parece? Se gosta de se armar em parvo? Obviamente que sim, caso contrários não seria político. Se faz dos outros parvos? Claro, sempre que o deixam.

Publicado por: Pedro Oliveira às junho 7, 2005 05:10 PM

O Coelhone é o tipo mais bogesso da política portuguesa. É odioso. Como é possível um país ter um político assim?

Publicado por: sininho às junho 7, 2005 10:04 PM

Parábola muito a propósito.

Publicado por: rume às junho 8, 2005 01:53 AM

Pode se intriga pidesca à portuguesa, mas dizem que o Lapin (o francês, não falo de mais ninguém) foi assim como o Ângleo Correia do PSD...É o que dizem. Sinceramnte, não sei e até duvido.

Publicado por: pedro silva às junho 8, 2005 11:23 AM

Este Coelhone deve ir à vida nas autárquicas

Publicado por: Embirro com o Coelho às junho 24, 2005 12:43 AM

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