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março 21, 2005

O Caso Bombardier

O caso Bombardier tem todas as características típicas relativas a um país pouco desenvolvido, com um tecido industrial frágil e com baixa densificação de relações interindustriais. Começou como uma empresa metalomecânica (Sorefame) de produção diversificada, sobrevivendo num ambiente industrial altamente protegido. A sua aposta no material circulante talvez a tivesse ajudado a sobreviver à hecatombe das empresas metalomecânicas portuguesas que ocorreu entre os fins da década de 70 e a década de 80. Mas a sua progressiva especialização nessa actividade industrial criou-lhe outro tipo de fragilidades. A indústria de material circulante trabalha para um mercado de procura muito flutuante, que está dominado internacionalmente por alguns gigantes.

O que está acontecer com a Bombardier portuguesa acontece em todo o mundo, e na Europa em particular. Para sobreviverem, a Asea sueca e a helvética Brown Boveri juntaram-se e criaram a ABB. O grupo Alstom, que já tem 130 anos, uma história industrial exemplar e que tem andado na crista da onda da tecnologia, desde o material eléctrico, construção naval e material circulante, está numa crise terrível. São 100.000 postos de trabalho na França e no estrangeiro.

Porque é que na Europa desenvolvida há uma “destruição criadora” e em Portugal o caso assume foros de aniquilação definitiva?

Em primeiro lugar por que é uma empresa de elevada tecnologia, pelo menos para o nível local. Nós estamos habituados a ver serem encerradas empresas de muito baixa tecnologia, com baixa qualificação laboral, e estamos em vias de nos resignar com uma situação que é fatal. Outro tanto não sucede quando vemos desaparecer uma empresa de elevada tecnologia.

E aqui entramos na segunda questão. Este encerramento é doloroso porque temos muito poucas empresas de elevada tecnologia e sabemos que é aí que nós temos que apostar. Somos como o pobre que, entre a tralha sem préstimo que possui, vê ser-lhe subtraído um dos poucos bens com algumas potencialidades.

E por ser doloroso, assiste-se aos socos no ar que sindicatos, trabalhadores, comunicação social, governo e políticos em geral, dão em desespero de causa. Pretendem impedir que a Bombardier leve aquilo que lhe pertence. È uma ideia que pode arrebatar o nosso ardor nacionalista, mas que é um equívoco perigoso. Portugal tem que se tornar atractivo a investidores estrangeiros, mas nunca o conseguirá fazer sem ser numa base de transparência e de aceitação das regras do jogo do mercado. Só sindicalistas obsoletos ou obreiristas relapsos julgam que é possível trazer os investidores arrastados pelos gorgomilos até às plagas lusitanas. Eles vêm se acharem o ambiente económico atractivo, e isto é um dado do problema e não um obstáculo de somenos que pode ser removido com um discurso moralista.

O governo deve negociar com a Bombardier utilizando os instrumentos legais que dispõe e a capacidade negocial que tem, por várias razões, entre elas a de ser accionista maioritário (ou único) de diversas empresas potencialmente clientes da Bombardier. Mas acima de tudo deve pensar em termos globais, de toda a economia, agindo sobre o funcionamento da administração pública, com ênfase particular na justiça, na fiscalidade e na qualificação, de forma a tornar o país atractivo ao investimento.

Quanto mais atractivo for o país e maior for o investimento qualificado, menor será o impacte que casos como o da Bombardier terão. Serão apenas a “destruição criadora” inerente ao funcionamento do próprio sistema. E o investimento externo, se trouxer tecnologia de elevado valor acrescentado, é decisivo por dois motivos: 1) pelo investimento em si – postos de trabalho que cria e investimentos induzidos; 2) pelo contacto com novas mentalidades e metodologias empresariais, porquanto um dos défices existentes em Portugal é o da qualidade e quantidade de empresários.

Seria todavia um erro salvar a “Bombardier-Sorefame”, ou qualquer empresa do género, recorrendo à intervenção estatal e integrando o seu espólio no sector público. Se uma empresa é ineficiente quando concorre em mercado livre, é porque ela é de facto ineficiente. Sendo assim, a sua integração no sector estatal faz com que este perca (mais) dinheiro. Normalmente o dinheiro perdido no sector estatal tem uma característica inquietante: ninguém o vê, ou seja, ninguém repara, directamente, que ele está a escoar-se para o lixo. O Estado perde displicentemente dinheiro, porque depois vai roubá-lo aos contribuintes. Somos nós todos que pagamos a gestão danosa do Estado e a ineficiência do sector público. Mas ao pagá-la, os contribuintes individuais ficam mais pobres e as empresas perdem competitividade.

Portanto, se o governo sucumbir à tentação de “salvar” o que resta da Bombardier pela intervenção estatal, está a criar as condições para facilitar o aparecimento de mais novos casos Bombardier.

Publicado por Joana às março 21, 2005 07:10 PM

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Comentários

A Joana comete de novo um erro de apreciação por partir de premissas erradas. Ao contrário do que afirma, a Sorefame - Bombardier não era ineficiente. Ineficiente era a Bombardier, que tinha excesso de capacidade produtiva e decidiu eliminar esse excesso onde mais lhe conviesse. Calhou ser, entre outros sítios, em Portugal. Porque tinha noutros locais outras unidades mais bem dimensionadas que lhe pareceu ser preferível manter. Mas, se a Sorefame-Bombardier não fosse controlada por essa multinacional, poderia continuar a produzir de forma competitiva. Aliás, a razão pela qual a Bombardier quer retirar o seu equipamento é para evitar que a Sorefame possa vir a ser sua concorrente no futuro. Gerida de forma autónoma - eventualmente sob forma de cooperativa de quadros e de trabalhadores -, a Sorefame podia vir a captar encomendas que interessam à Bombardier, mas a serem satisfeitas a partir de outros locais. Se a Sorefame-Bombardier fosse economicamente inviável, não se pense que a Bombardier teria qualquer dificuldade em deixar a empresa, noutras mãos, enterrar-se e ir à falência. É porque ela é viável que é preciso acabar com ela. E é porque ela é viável que o Governo português deve dar cobertura a qualquer iniciativa para a salvar. Neste caso o combate anti-liberal é economicamente justificado.

Publicado por: Albatroz às março 21, 2005 10:28 PM

De "destruição criadora" em "destruição criadora" chegaremos brevemente ao nosso "core" produtivo, onde seremos altamente competitivos, mesmo que ele garanta trabalho apenas a 50% da nossa população activa. Nesse momento, mesmo com uma elevadíssima tributação, não será possível uma redistribuição do rendimento de forma a garantir um nível de vida razoável ao conjunto da população. Se calhar a moedinha antiga autónoma, o Escudo, ainda nos vai fazer muita falta: as crises cambiais (a penúria de divisas) tinham ao menos o mérito de nos recordar que além de encontrar as prateleiras abastecidas nos hipermercados, também é necessário produzir, mesmo que o aparelho produtivo labore com pouca eficiência.

Publicado por: Rui Lizandro às março 21, 2005 10:32 PM

Albatroz às março 21, 2005 10:28 PM:
Produzir para quem? Economicamente, não há produção sem haver um mercado.
E onde estava o mercado da Sorefame?
Você não pode falar da produção em abstracto, sem falar de mercado.
A Sorefame não tem dimensão para fazer aquilo que você visiona. A Sorefame pode ser um parceiro menor para fazer partes do equipamento circulante. Nunca para concorrer com a Siemens, ABB, Alstom ... Bombardier.
Se a Bombardier tem, na Venda Nova, equipamentos que são dela e custaram caro, é natural que os queira reaver. Não porque sejam "preciosos" do ponto de vista concorrencial.
Você está a raciocionar sem ter em conta economias de escala, capacidade de penetração nos mercados, etc.
Haveria uma possibilidade, que a legislação sobre concorrência impede, de, nos próximos concursos, obrigar os concorrentes a irem em parceria com a Sorefame para as partes que esta tivesse capacidade, em quantidade e em know-how, de fazer.
Mas isso não é actualmente permitido.

Publicado por: Joana às março 21, 2005 10:47 PM

Joana às março 21, 2005 10:47 PM

O mercado português ainda não se esgotou - com os vários metros, de superfície ou não, com os comboios de alta velocidade, etc. - e o mercado africano (Angola e Moçambique) vai ter importância, com a recuperação dos seus caminhos de ferro. A necessidade de parcerias não anula o interesse em manter a tecnologia e a capacidade produtiva na Sorefame. Não confundamos é o interesse específico da Bombardier com as exigências de uma economia de mercado.

Publicado por: Albatroz às março 21, 2005 11:27 PM

Albatroz às março 21, 2005 11:27 PM: Você está a pensar o mundo económico tal como ele era há 50 anos ... em Portugal.
O proteccionismo acabou, as colónias acabaram, as barreiras aduaneiras são cada vez menores, o mercado está globalizado.

Publicado por: Joana às março 21, 2005 11:47 PM

O que parece que acabou foi a nossa vontade de defender o interesse nacional.

Publicado por: Albatroz às março 22, 2005 12:48 AM

Desta vez estou inteiramente de acordo com a Joana.
De facto, comparando com o que se faz lá fora, a nossa capacidade industrial está ao nível da grafonola e da máquina a vapor.
Ou nem isso...

Publicado por: Senaqueribe às março 22, 2005 09:54 AM

Vamos usar o nosso poder em África para impor as vendas da nossa indústria lá.

Só falta dizer que Angola ainda há-de voltar a ser nossa.

Insiste-se em querer fechar os olhos à realidade, em receitas do passado.

O interesse nacional não de defende com tiros no pé, especialmente quando já se é coxo.

Publicado por: Mário às março 22, 2005 11:04 AM

Depois de um texto mais ou menos bem argumentado, a certa altura a Joana faz um salto e sugere que a Sorefame é "ineficiente". Eu não sei se é ineficiente ou se não é (talvez a Joana saiba), mas não me parece líquido que não o seja. O que acontece é que há na Europa uma capacidade industrial excedentária no setor da Sorefame - tal como, aliás, noutros setores, por exemplo o automóvel. Em particular, a Bombardier possui diversas fábricas na Europa que pretende encerrar - a Sorefame é apenas uma delas. A decisão de encerramento de uma fábrica em particular não se deve forçosamente ao facto de ela ser ineficiente - pode ser por estar mais longe dos mercados, por os impostos serem mais altos nesse país, por a conflituosidade laboral ser muito alta, ou por muitos outros motivos, alguns dos quais até serão bastante subjetivos.

Ou seja, não me parece que esteja demonstrado que a Sorefame não fosse concorrencial em mercado livre. O que está demonstrado, é que a Bombardier não deseja tentar torná-la concorrencial - até porque, se não encerrasse a Sorefame, alguma outra empresa da Bombardier nalgum outro país da Europa teria que encerrar.

A TAP era ineficiente e não-concorrencial há meia-dúzia de anos atrás. Hoje, já não é.

Publicado por: Luís Lavoura às março 22, 2005 12:45 PM

Luís Lavoura às março 22, 2005 12:45 PM:
Não há uma ineficiência em-si. Há uma ineficiência face a uma determinada conjuntura económica e à concorrência existente. Se a Bombardier decidiu fechar a Sorefame (entre outras) foi porque achou que, em face do mercado e das opções que tinha, a Sorefame era-lhe desnecessária.
A Alsthom (agora Alstom) tem uma elevada tecnologia. Porque está em crise profunda?
Certamente porque está a ser menos competitiva que as suas concorrentes. Ou seja, é actualmente "ineficiente" na actividade que exerce.
Quando se tem capacidade excedentária que não se consegue pôr a laborar em pleno, está-se a ser economicamente ineficiente, mesmo que a tecnologia seja de ponta e os trabalhadores altamente qualificados.

Publicado por: Joana às março 22, 2005 12:57 PM

Luís Lavoura às março 22, 2005 12:45 PM

A TAP é uma empresa de serviços. Não produz aviões. Pode ter alguma independência.
A Sorefame produzia algum material ferroviário, com tecnologia estrangeira. Não era independente.

Publicado por: Senaqueribe às março 22, 2005 01:55 PM

Renacionalize-se a Sorefame e aproveite-se para fazer um 1º caso do Plano Tecnológico. Afinal se vem aí o TGV a Sorefame tem concerteza coisas que pode fazer.

Publicado por: pyrenaica às março 22, 2005 02:05 PM

Joana, a sua resposta não me satisfaz (lamento).

A questão não é a ineficiência ser relativa. A questão é saber se se pode obter eficiência, ou não. E isso depende da capacidade, mas também da vontade dos gestores.

A TAP era há seis anos ineficiente. Vieram outros gestores, que dialogaram com os trabalhadores e souberam motivá-los - incluindo para alguns sacrifícios. A conflituosidade laboral desapareceu e a empresa é hoje razoavelmente competitiva.

A Continental tem em Lousado uma fábrica de pneus que já esteve para encerrar, tal era a conflituosidade laboral e a ineficiência geral. Depois a administração, alemã, apendeu a lidar e colaborar com os trabalhadores. Hoje em dia essa fábrica é a mais eficiente das muitas que a Continental tem.

A Volkswagen tem em Portugal uma fábrica num setor em que há, na Europa, capacidade excedentária. Não vai fechá-la.

A Bombardier acha que a Sorefame é menos eficiente do que outras fábricas que tem na Europa. Mas talvez isso não seja problema da Sorefame, e sim da Bombardier. Pode ser que os gestores da Bombardier não saibam, pura e simplesmente, ou então não estejam interessados em, maximizar a eficiência da Sorefame. Talvez, como eu digo, com outra gestão a Sorefame pudesse ser altamente concorrencial.

Diversas gandes empresas alemãs estão instaladas em Portugal, e todas elas gabam os trabalhadores portugueses e conseguem ser bastante eficientes. Talvez o problema seja dos gestores canadianos.

Publicado por: Luís Lavoura às março 22, 2005 02:21 PM

Na sequência da recente crise na Argentina, várias fábricas foram fechadas, provavelmente por óptimas razões na óptica liberal capitalista. Em muitas delas os trabalhadores decidiram tomar conta das fábricas, reabriram-nas e estão agora a funcionar com resultados positivos. Como diz Luis Lavoura - com o qual estou em grande parte de acordo - a ineficiência é relativa. Nós não podemos assumir a lógica liberal capitalista como a verdade absoluta. A economia não se esgota nesse modelo, e há circunstâncias que aconselham outras abordagens e outras soluções. Suspeito que a Sorefame seria rentável fora do controlo da Bombardier, pelo que temos o dever de a manter a funcionar.

Mário pode não acreditar na nossa capacidade para voltar a ter relações económicas fortes e proveitosas com o nosso antigo Ultramar. Mas é curioso que o país estrangeiro onde as empresas portuguesas têm tido mais sucesso é o Brasil, uma outra antiga "colónia". Estive há dois anos em Angola - depois de uma ausência de 28 anos - e só encontrei pessoas predispostas a voltarem a trabalhar com empresas portuguesas, num quadro de parceria mutuamente benéfica. E nenhum angolano mostrou receio de um qualquer neo-colonialismo português. Mas a nossa capacidade para deixar os preconceitos dirigirem as nossas decisões é, aparentemente, inesgotável...

Publicado por: Albatroz às março 22, 2005 04:43 PM

O problema da Joana é que ela, por conveniência ideológica, toma a "ineficiência" da Sorefame como um dado objetivo e imutável. Segundo ela, se o Estado (por hipótese académica) tomasse conta da Sorefame, então ficaria condenado a estar permanentemente a perder dinheiro com essa empresa ineficiente.

Ora, a Joana deve saber que, mesmo dentro de um mesmo grupo económico, uma empresa ou filial pode passar da ineficiência à eficiência, ou vice-versa, em poucos anos - basta muitas vezes uma mudança de administração, uma mudança da cultura e da prática de gestão da empresa. Dei aqui o exemplo da Continental de Lousado que, sem sair do seu grupo económico, e sem novos investimentos significativos, passou em pucos anos de uma fábrica muito ineficiente e em vias de encerramento para a fábrica mais eficiente do grupo. Dei também o exemplo da TAP. Muitos outros exemplos poderiam ser dados - trata-se de um acontecimento corrente na economia real.

A ineficiência não é um dado objetivo e inescapável. A ineficiência decorre, em muitos casos, fundamentalmente da má gestão. Se a gestão fosse modificada, a Sorefame talvez pudesse ser uma empresa competitiva. Mesmo dentro do grupo Bombardier.

Publicado por: Luís Lavoura às março 23, 2005 10:16 AM

Parece-me que se esquecem do fundamental, e a Joana andou lá perto:

"Não há uma ineficiência em-si. Há uma ineficiência face a uma determinada conjuntura económica e à concorrência existente."

Mas depois devido à sua predisposição ideológica não fez as observações adequadas.

Nos últimos anos a Sorefame, por decisões políticas e de gestão, foi direccionada para o fabrico de material circulante ferroviário abandonando todo um "poder" e "conhecimento" noutras àreas como, por exemplo, a produção de equipamentos pesados para indústrias, barragens etc.; isto aconteceu principalmente após a entrada na UE; A pergunta é: como se compatibiliza esta decisão com outras (por imposição europeia?) que forçaram a redução da expansão do sector ferroviário em Portugal? Ou seja, o que quero argumentar é que a tão falada "conjectura económica" não caiu do céu: foi sabiamente e voluntáriamente criada e induzida. Como esperar que uma empresa no ano 2004 que só fabrica material ferroviário tenha futuro num mercado reduzido ao máximo primeiro (todo o sector ferroviário na europa foi alvo de uma desmantelação e desinvestimento - quem ganha com isso?), e posteriormente aberto à concorrência estrangeira? E depois sendo essa empresa comprada por outra que com ela concorre (através de empresas sediadas noutros países) como esperar que ganhe concursos e projectos?

A Sorefame foi levada ao fundo. Voluntariamente pelo Estado (políticos e gestores públicos) e pelas sucessivas empresas privadas que a geriram.

Não há "mão invisível" neste caso. Como em todos.

Publicado por: oinsurgente às março 25, 2005 12:01 PM

Entregar a Bombardier à CP é varrer o lixo para debaixo da alcatifa.
Pior, é varrer a alcatifa para debaixo do lixo

Publicado por: David às março 26, 2005 08:48 PM

?????????
......"Portugal tem que se tornar atractivo a investidores estrangeiros"......???????

Ora... se apelamos aos investidores estrangeiros...é o mesmo que oferecer-lhes o nosso " destino " e quando... eles desejarem... ficaremos de joelhos a pedir esmolas... é este o seu ERRO ! Foi este o erro de Cavaco, e continuará a ser enquanto não desejarem elevar a Alma Nacional, mesmo que seja através do Esatdo .

Publicado por: Templário às março 27, 2005 08:37 PM

Qual é a alternativa? Pôr o Carvalho da Silva a investir?

Publicado por: David às março 28, 2005 12:58 AM

O Estado investir? Mas o Estado não sabe, nem nunca soube gerir empresas. E quem paga os prejuízos?

Publicado por: David às março 28, 2005 01:00 AM

oinsurgente às março 25, 2005 12:01 PM
Eu escrevi: "A sua aposta no material circulante talvez a tivesse ajudado a sobreviver à hecatombe das empresas metalomecânicas portuguesas que ocorreu entre os fins da década de 70 e a década de 80"
E escrevi isso justamente porque a hecatombe da metalomecânica portuguesa deveu-se ao fim dos grandes projectos industriais.

Deixaram-se de fazer as grandes barragens. Aliás, neste domínio só fazíamos os equipamentos de menor tecnologia. Turbinas e outros equipamentos ficavam fora da nossa capacidade.

Neste entendimento, a especialização progressiva da Sorefame em material circulante foi uma necessidade face ao mercado e permitiu a manutenção da empresa ... até que ...

Publicado por: Joana às março 28, 2005 01:56 PM

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