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fevereiro 09, 2005

Sócrates nunca terá maioria absoluta

... mesmo que o PS a obtenha

É ilusório pensar que uma eventual maioria absoluta do PS conduza a um governo estável com um projecto coerente. Em primeiro lugar, o espectro político dentro do PS é demasiado amplo para permitir tal suceda; em segundo lugar, Sócrates está na margem direita desse espectro político, tendo sido eleito para liderar o partido apenas por ser a hipótese mais viável para o aparelho socialista regressar às sinecuras do poder. A questão de fundo é que existe uma ambivalência genética no socialismo, que nasceu e tem vivido no seio de relações de produção, que originalmente detestava e pretendia eliminar, mas de cuja gestão, posteriormente, se tem, por diversas vezes, encarregado. Essa ambivalência moldou a teoria e a praxis política socialista nas últimas décadas.

Por isso não surpreende a actual campanha de Sócrates; campanha onde não existe um projecto, mas apenas alguns chavões cujo conteúdo não se conhece, admitindo que o tenham; campanha baseada em banalidades e na ausência de assumpção de compromissos. Por isso os socialistas, quando chamados a governar, não têm uma alternativa coerente e própria. Por isso gerem o sistema no papel do gestor pouco à vontade, contrariado por estar a administrar uma empresa num ambiente cujas regras do jogo detesta. Como solução de compromisso, revestem essa gestão com tintas socialistas: distribuir dinheiro em subsídios, aumentos salariais desconformes da função pública; empolar o papel empregador do Estado, etc., etc.. Gerem mal duplamente: pela gestão em si, e pela distribuição de uma riqueza que não existe, porquanto não sabem desenvolver os mecanismos que permitem a sua criação.

E essa necessidade de compromisso interno é o resultado de um espectro político muito vasto, onde afluem diversas heranças políticas, do jacobinismo ao marxismo, passando pelo radicalismo pequeno-burguês, e económicas, de Proudhon a Keynes, passando pelos “revisionistas” alemães de Marx. Mas estas heranças, cada vez mais longínquas e esvaziadas de conteúdo, servem fundamentalmente de bandeiras nos conflitos internos, quando o aparelho partidário, depois de se ter apoderado do poder e distribuído entre si os almejados cargos públicos, se vê confrontado com a desilusão social provinda de todos os quadrantes.

Quando a experiência governativa chega a este estádio e a sua popularidade está em queda, a ala esquerda do partido, no interior, e os grupos radicais, no exterior, acusam o governo socialista de “meter o socialismo na gaveta”, de estar a perder porque “fez uma política de direita”. Obviamente que esta afirmação não tem qualquer coerência lógica: Se perdem para a direita, como é possível justificar essa perda pela alegação que o governo socialista teria feito uma política de direita?

A verdade é que o PS, face a uma realidade em mutação, plena de transformações e rupturas, carregando o lastro da sua ambivalência genética, não tem ideias próprias em matéria de gestão da coisa pública, e acaba, forçado pelas circunstâncias económicas, a aplicar receitas da direita, cujos valores foram sempre o objecto da sua contestação pública e firme. Mas, porque se sente pouco à vontade em aplicar essas medidas, fá-lo de forma incoerente e errática e tenta disfarçar essas contradições com políticas sociais de intuitos meramente distributivos, sem acautelar a existência de recursos para tal.

Sócrates não conseguiria resistir, internamente, a uma política reformista. Conhece certamente as maleitas que a sociedade portuguesa sofre. Talvez saiba que essas maleitas só se curam com uma política de ruptura face ao modelo actual, modelo que teve a sua expressão mais calamitosa no período guterrista, mas que já vinha de trás, e com o qual o próprio Cavaco pactuou, e mais acentuadamente na segunda metade da sua governação. Por isso é o cinzentismo da sua campanha e a contínua fuga aos debates, de forma a não ser obrigado a precisar as suas propostas programáticas. Limita-se a desfiar um rosário de banalidades pouco exaltantes nos comícios, deixando o aquecimento das plateias para a trauliteirice verbal do aparatchik Coelho.

Esta impossibilidade de maioria absoluta de Sócrates, mesmo que o PS tivesse maioria absoluta na AR, não significa que esse eventual governo possa cair na AR. Na AR prevalecerá a disciplina de voto, principalmente se a alternativa for a perca do poder. A questão põe-se ao nível dos conflitos internos que transbordam para a praça pública e corroem a imagem do governo e da estabilidade governativa. Todos estamos lembrados que, mesmo num período de vacas gordas, durante o consulado guterrista, como ex-membros do governo criticavam o governo na praça pública e com azedume inaudito: Sousa Franco, Fernando Gomes, Manuela Arcanjo, etc., etc.. Todos estamos lembrados como destacados parlamentares socialistas encetaram cruzadas mortíferas contra iniciativas governamentais.

Ora se numa época que, para os menos avisados, tudo parecia sorrir – as taxas de juro baixas incentivavam o consumo e diminuíam os encargos com a dívida pública; as obras públicas eram feitas no sistema “faça agora e comece a pagar daqui a alguns anos”; a diminuição dos encargos com a dívida pública e as disponibilidades geradas pelo fazer de obras sem pagamento imediato, permitiam que o governo encontrasse meios para aumentar o emprego público; etc., etc. – o que acontecerá agora, quando aqueles mecanismos já não estão disponíveis; quando chegou a época do “pague depois”; quando o emprego público criado nessa época se tornou num peso insustentável que suga o nosso sector produtivo e lhe diminui a competitividade?

Neste entendimento, se o PS chegar ao governo, mesmo com maioria absoluta, encontrará uma forte oposição dentro de si próprio. O erário público está quase vazio e o país exangue. A continuação do actual modelo significa a progressiva deslocalização (ou fecho) das empresas que tenderá a acelerar-se. A deslocalização das empresas, o aumento do desemprego e a diminuição do peso do sector privado fará diminuir a base de incidência fiscal. Primeiro sairão as empresas e depois emigrarão os trabalhadores cuja ambição e qualificação não se satisfizerem com o subsídio de desemprego. Na ausência de medidas de fundo, este processo é cumulativo mas não é sustentável – mesmo que a sociedade portuguesa não se tenha entretanto mobilizado para evitar o colapso do país, haveria uma fase intermédia desse processo em que ocorreria o colapso do Estado.

Portanto é inevitável fazer qualquer coisa para, no mínimo, suster este processo. A partir do “pântano” guterrista, as alternativas que se colocam, e se continuaram a colocar, resumem-se à escolha entre tomar medidas impopulares, ou tornar-se impopular pela pauperização contínua do país, isto é, por não tomar essas medias. Confrontado com estas alternativas, um eventual governo PS estará em permanência sob o fogo das próprias hostes. Numa situação muito mais favorável, Guterres não conseguiu evitar a queda, mais provocada por factores internos que por uma oposição frágil, liderada por um político fraco e sem carisma, como Durão Barroso mostrou ser na oposição, no governo do país, e está a mostrar agora na presidência da Comissão Europeia. Numa situação muito mais complexa, como a actual, a questão é saber quanto tempo aguentaria Sócrates.

Há uma convergência muito maior no espectro político português à direita de Sócrates, incluindo a margem direita do PS, para um projecto de reformas sociais e económicas que travem esta descida aos abismos, que dentro do próprio PS. E isso pode ser mortífero.

Publicado por Joana às fevereiro 9, 2005 07:23 PM

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Comentários

Embora me custe a admitir, a Joana é capaz de não andar longe da verdade.

Publicado por: vitapis às fevereiro 9, 2005 08:13 PM

O PS é um saco de gatos e agora, com esta crise, será pior. Acredito que Sócrates iráter um governo difícil, no caso de ganhar as eleições

Publicado por: Diana às fevereiro 9, 2005 08:55 PM

O PS é um saco de gatos e agora, com esta crise, será pior. Acredito que Sócrates iráter um governo difícil, no caso de ganhar as eleições

Publicado por: Diana às fevereiro 9, 2005 08:55 PM

Diana em fevereiro 9, 2005 08:55 PM
Eu também achava isso, mas não é no PS que andam a dar "facadas nas costas" e "pontapés na incubadora".

Não é no PS que se inventam sondagens, sabe que no PSD corre uma sondagem efectuada na semana passada e que os resultados são demolidores para o PSD e CDS ?

Segundo fonte bem colocada "adoro este termo" quero dizer um amigo meu, os resultados são:
PS 46,??%
PSD 26,??%
CDS 6,??%
PCP 8,??%
BE 9,??%

e acreditem este meu amigo está mesmo assustado, pois o PSL espetou-lhe uma facada nas costas e coloco-o no limite da elegibilidade no Distrito(queriam) mas eu não digo.

Publicado por: Gato Fedorento às fevereiro 9, 2005 09:14 PM

Se fossem assim, já tinham sido divulgados pela comunicação social.

Publicado por: Coruja às fevereiro 9, 2005 09:36 PM

Sendo assim, o melhor que Sócrates tem a fazer é fugir antes mesmo de formar governo.

Publicado por: Senaqueribe às fevereiro 9, 2005 10:30 PM

Não o deixam

Publicado por: Coruja às fevereiro 9, 2005 10:42 PM

Querias, era? O PSL nunca chegará lá

Publicado por: Cisco Kid às fevereiro 9, 2005 10:43 PM

Não tou a dizer que o PSL chega lá. Tou a dizer que os PS's não deixam o Sócrates fugir antes de formar governo e distribuir os empregos

Publicado por: Coruja às fevereiro 9, 2005 11:11 PM

Não há cão nem gato que não Sonde!!
faltava cá eu, para repôr a verdade das previsões:
Partido da Abstenção: 46%
Dos remanescentes 54%, as contas feitas pelo Sistema são:
PS 44,0% o que corresponde a 23,7%
PSD 28,1% que corresponde a 15,1%
BE 8,7% não interessa porque a coisa não se decide pelo "voto"
CDU 6,5% idem
BR&Nulos 6,2%
PP 4,3%
MRPP 2,2% - 1º deputado eleito!!!

Concluindo: 1 -O governo será formado por um partido "maioritário" com 23% dos votos possiveis dos potenciais eleitores
2 - Pelas contas deles,Os partidos Neoliberais em conjunto somam 77,6%!!!
o que quer dizer que por este meio nunca maiiis nos veremos livres deles!

Publicado por: xatoo às fevereiro 9, 2005 11:37 PM

xatoo em fevereiro 9, 2005 11:37 PM
Amigo Xatoo gostei dessa sondagem mas, a sondagem que eu coloquei em post anterior é VERDADEIRA corre em meios restritos do PSD.

Publicado por: Gato Fedorento às fevereiro 9, 2005 11:44 PM

Então essa sondagem dos meios restritos do PSD não faz descer o PS 8 pontos?

Publicado por: David às fevereiro 9, 2005 11:47 PM

É obvio que não !

O desespero do rapaz, que é sovado pela madrasta, é tanto que diz disparate tamanho.

Publicado por: Gato Fedorento às fevereiro 9, 2005 11:50 PM

Se querem saber como andam as sondagens, em vez de inventarem ou acreditarem em conversas de café, consultem Margens de Erro:
http://www.margensdeerro.blogspot.com/

Publicado por: Joana às fevereiro 10, 2005 12:13 AM

Eu costumo visitar esse blog regularmente. Parece-me sério e muito bem informado

Publicado por: Hector às fevereiro 10, 2005 12:25 AM

Essa sondagem do PSL não consta desse blog.
Deve tê-la inventado para chatear o Sócrates.

Publicado por: vitapis às fevereiro 10, 2005 12:46 AM

Quem pertence ou pertenceu ao aparelho dos vários partidos, sabe que à sondagens efectuadas a pedido dos mesmos partidos, sondagens essas que não são publicas, nem mesmo, em conversa de café.

Também sabe que as atitudes dos dirigentes partidários se torna mais ou menos "nervosa" consoante as sondagens, e a atitude de PSL ao dizer que o PS desceu mais de 8% (como fosse possível algum partido descer tanto em tão pouco tempo) deve-se ao facto da sondagem efectuada a pedido do PPD/PSD ser a que eu aqui anuncio.

Publicado por: Gato Fedorento às fevereiro 10, 2005 01:00 AM

Joana

Você diz:

" Gerem mal duplamente: pela gestão em si, e pela distribuição de uma riqueza que não existe, porquanto não sabem desenvolver os mecanismos que permitem a sua criação."

Você reduz um Governo à Gestão, que eu chamo de mercearia caseira, isto é questões bem simples de resolver.

Os piratas de informática é que desenvolveram pela sua patriótica acção de excelente pirataria os mecanismos que permitem a criação de riqueza nos próximos 20 anos. Basta apenas saber aproveitar esse investimento de 100 triliões de dólares !!!

A questão das contas da mercearia são simples, temos é que todos EXIGIR UMA DEFINIÇÃO, UM RUMO A TOMAR, sem o qual nunca conseguiremos acertar com as contas da mercearia.

Defina-se o Ensino, rasguem-se os manuais da velha economia, crie-se uma nova dinâmica e uma nova mentalidade.
Explique-se claramente que mais valem toques de telemóveis do que sapatos e calças.

Publicado por: Templario às fevereiro 10, 2005 01:49 AM

Joana

Você diz:

" Gerem mal duplamente: pela gestão em si, e pela distribuição de uma riqueza que não existe, porquanto não sabem desenvolver os mecanismos que permitem a sua criação."

Você reduz um Governo à Gestão, que eu chamo de mercearia caseira, isto é questões bem simples de resolver.

Os piratas de informática é que desenvolveram pela sua patriótica acção de excelente pirataria os mecanismos que permitem a criação de riqueza nos próximos 20 anos. Basta apenas saber aproveitar esse investimento de 100 triliões de dólares !!!

A questão das contas da mercearia são simples, temos é que todos EXIGIR UMA DEFINIÇÃO, UM RUMO A TOMAR, sem o qual nunca conseguiremos acertar com as contas da mercearia.

Defina-se o Ensino, rasguem-se os manuais da velha economia, crie-se uma nova dinâmica e uma nova mentalidade.
Explique-se claramente que mais valem toques de telemóveis do que sapatos e calças.

Publicado por: Templario às fevereiro 10, 2005 01:49 AM

Pois é os sapatos e as calças deixa-mos isso para os chineses, nós, os europeus, trabalhamos com as novas tecnologias, fazemos os negócios do futuro, não são poluentes, são mais rentáveis, e ai os capitalistas selvagens, podem ganhando mais, distribuir mais os escravos que para eles trabalham, (não dão tanto nas vistas).

Publicado por: Gato Fedorento às fevereiro 10, 2005 01:56 AM

Joana

Não é Socrates o motor, o motor chama-se Vitorino...aliás basta vê-lo a discursar, que a força que imprime naquilo que diz é tal, que consegue mover montanhas, Vitorino é assim a grande aposta.

Publicado por: Templario às fevereiro 10, 2005 02:02 AM

Também esperamos pelo surgimento do Grande Malraux Português, que na oposição e no táxi nos poderá dar seu valioso contributo !

Publicado por: Templario às fevereiro 10, 2005 02:04 AM

Mas ai de acordo, com toda a certeza que Vitorino é o motor do PS, só não está no lugar de SG porque não quiz.

Mas agora pergunto em termos práticos tem assim tanta diferença?

Publicado por: Gato Fedorento às fevereiro 10, 2005 02:06 AM

Sócrates não conseguiria resistir, internamente, a uma política reformista.....

??????????????????????????????

Esta invenção sua, faça favor de a registar como sendo sua, da Joana, da Semiramis ou da Vareira...

Publicado por: Templario às fevereiro 10, 2005 02:07 AM

Resumindo este Post, Sócrates não poderia ter a maioria mesmo sendo o PS maioritário, porque Sócrates não é um Ditador !!!

Mais uma invenção joânica....

Publicado por: Templario às fevereiro 10, 2005 02:11 AM

O erário público está quase vazio e o país exangue

Ena uma verdade, Notável, e deve ser verídica... logo ..quando Sócrates mandar auditar as contas...e se descobrir o Pântano do qual Guterres avisava... e muitos ainda gozam... Sócrates não mentirá quando disser:

A canalha do PSD deixou o País vazio e exangue ( aliás este termo muito do agrado de joana ) significa esvaziado de sangue, sem pinta de sangue e ( como se sabe as facadas nas costas... é o que fazem...)

Publicado por: Templario às fevereiro 10, 2005 02:17 AM

Quem tem ideias megalómanas é o rapaz que é sovado pela madrasta, não é o Socrates, quem podia por o pais vazio e "exangue" era o rapaz que é sovado pela madrasta, também quem faz túneis no marquês, piscinas em S. Bento e outras megalomanias, não merece outra coisa senão ser sovado pela madrasta.

Publicado por: Gato Fedorento às fevereiro 10, 2005 02:23 AM


Em resumo, apenas aqui deixo a minha conclusão a esta comentadora da 2ª vaga ( era industrial )

Já não se colocam os problemas que aponta, esses problemas eram do século passado, os desafios actuais são aqueles que a Irlanda superou, ao se direccionarem para as novas tecnologias, esse é o caminho e Vitorino e seus colaboradores, apenas terão aprender e fazer o que eles fizeram. Tudo o resto são tretas, contas de merceeiro, que qualquer miúdo do secundário resolverá, quando as GRANDES OPÇÕES ESTIVEREM TOMADAS !!!

VAMOS MUDAR NO DIA 20 DE FEVERIRO !!!


( vá-se habituando à mudança.)

Publicado por: Templario às fevereiro 10, 2005 02:27 AM

Não se esqueçam do BE ele como partido de charneira tem uma palavra a dizer em tudo isto.


Até dia 20, até à Vitória Final

Publicado por: Gato Fedorento às fevereiro 10, 2005 02:31 AM

Estes 2 gajos devem ter tomado um laxante cerebral. Sai muito, mas só m*rda

Publicado por: hanibal às fevereiro 10, 2005 10:17 AM

É muita m*rda e líquida. Não tem qualquer consistência

Publicado por: Arroyo às fevereiro 10, 2005 10:22 AM

Os jarretas da noite parecem os marretas do camarote, só que não têm qualquer piada.

Publicado por: Rui Sá às fevereiro 10, 2005 11:58 AM

A sondagem que dá ao PSD 20 e tal % foi efectuada entre os barões do PSD. O país real dá mais votos ao PPD-PSL.

Em relação aos 2 senhores aqui residentes (jarretas, marretas, e que saudades do grande Átila...) descobri uma forma ideal de lidar com eles. Basta ignorá-los, não há chatices e em termos de informação fico rigorosamente na mesma, não se perde nada.

Publicado por: Mário às fevereiro 10, 2005 03:27 PM

Pelo que apurei, já foram feitas em Portugal, só nos últimos 28 anos de Partidocracia, a bonita soma de 2758 sondagens.
A uma média de 1500 participantes por sondagem isto atira lá para o 4 milhões.
Nestas circunstancias, a probabilidade de eu ser sondado era de cerca de 1 para 2.
Mas nunca fui sondado! E você, já foi?
Parece que são sempre os mesmos! Os outros, são lixados.

Publicado por: elmano às fevereiro 11, 2005 05:34 PM

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