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fevereiro 11, 2005

Da Delinquência à Arte

Certamente por uma punição do destino (ou do patrão) coube a Helena Pereira a cobertura da campanha do PSD, ontem, em Bragança. E foi bom, se lermos o seu arrebatamento ao destacar que PSL se tinha insurgido contra a "realidade paralela" que é criada pela comunicação social. Helena Pereira julgava que tinha falsificado a realidade. Afinal teve a gratificante surpresa de ouvir, no extremo nordeste do país, em primeira mão e por uma das vítimas da sua inventona, que apenas criava “realidades paralelas”. Deve ter sido um momento alto da sua carreira, pois é enorme a distância que separa uma falsária de uma criadora de “realidades paralelas”. É a mesma que separa a delinquência, da arte.

É bom saber-se uma artista. É bom olhar-se ao espelho e poder exclamar com uma surpresa inebriante: Ecco una artista!

Apenas lhe desejo que não se veja na contingência de ter de saltar do parapeito da plataforma do Castel Sant'Angelo para o vazio, aos gritos de: O Santana, avanti a Dio!

Publicado por Joana às fevereiro 11, 2005 07:20 PM

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Comentários

Deve ser um sofrimento essa Helena Pereira que inventou aquela trapalhada toda andar misturada com a caravana do PSD.

Publicado por: Coruja às fevereiro 11, 2005 08:48 PM

Le retentissement de la journée est immense. Louis XVI qui apprenait la nouvelle le 15 juillet au retour d'une chasse parut étonné "C'est une révolte !" dit-il

"Non Sire c'est une révolution ..."

Publicado por: Templario às fevereiro 11, 2005 11:19 PM

Il n'y a "plus de roi, plus de parlement, plus de police, plus d'armée" c'est l'anarchie

"Tout le monde savait commander et personne obéir" dira Bailly en parlant de Paris.

Publicado por: Templario às fevereiro 11, 2005 11:21 PM

Partout dans le royaume, des rumeurs couraient, on parlait de complot aristocratique, de famine menaçante, d'invasion étrangère, de bande de brigands parcourant les campagnes et brûlant les récoltes. Un peu partout, des groupes de paysans s'arment pour chasser ces bandes de pillards puis finalement se retournent contre les châteaux et les seigneurs en demandant l'abolition des droits seigneuriaux. Plusieurs centaines de châteaux seront pillés et brûlés notamment en Maine et Picardie.

Publicado por: Templario às fevereiro 11, 2005 11:23 PM

La folle nuit du 4 août

La peur engendrait la peur. A l'Assemblée on craignait ces révoltes et on se divisait à chaque séance sur les solutions à apporter pour rétablir l'ordre dans le royaume.
Soudain le 4 août en fin de séance le vicomte de Noailles prend la parole et, déclarant que le seul motif du peuple pour dévaster les châteaux étant dû à la féodalité, il suffisait de supprimer tous ces privilèges pour ramener le calme. Le duc d'Aiguillon prend le relais et propose un rachat des droits féodaux puis le duc du Châtelet. Chacun renchérissant sur l'autre, on supprima dans l'allégresse générale les garennes, les banalités, les juridictions seigneuriales; les provinces abandonnaient leurs privilèges. Le clergé à son tour proposa la suppression du droit de chasse puis de la dîme. C'est ensuite au tour de la vénalité des charges et des privilèges financiers d'être supprimés.

C'est toute la société de l'ancien régime basée sur des privilèges et des ordres distincts qui s'écroule dans cette folle nuit.

Le 5 août au matin, on avait en une trentaine de décrets votés, le bouleversement social le plus extraordinaire que la nation ait connu. Restait à reconstruire un ordre nouveau.

Publicado por: Templario às fevereiro 11, 2005 11:24 PM

Há 216 anos era assim ....


La déclaration des droits de l'homme et du citoyen

La féodalité étant supprimée, il n'y avait plus en France que des citoyens égaux. Il parut nécessaire de déclarer leurs droits. Mirabeau souhaitait également une déclaration des devoirs de l'homme mais la proposition fut rejetée. La Déclaration fut bâtie en séances publiques, Mirabeau et Sieyès en furent les principaux rédacteurs.

Elle niait l'absolutisme et les privilèges, l'arbitraire judiciaire et l'intolérance religieuse.
Elle proclamait "les hommes naissent et demeurent libres et égaux en droits; les distinctions sociales ne peuvent être fondées que sur l'utilité commune"
Elle énumérait les droits naturels et imprescriptibles de l'Homme "la liberté, la propriété, la sûreté et la résistance à l'oppression"
Elle dégageait un certain nombre de principes "Tout homme est présumé innocent jusqu'à ce qu'il ait été déclaré coupable ... nul ne doit être inquiété pour ses opinions même religieuses pourvu que leur manifestation ne trouble pas l'ordre public".
Elle confirmait la nécessité d'une séparation des pouvoirs. Egalement l'idée nouvelle de la Nation apparaît "Le principe de toute souveraineté réside essentiellement dans la Nation; nul corps, nul individu ne peut exercer d'autorité qui n'en émane expressément.".
Elle restait cependant prudente et protégeait les biens de chacun "La propriété étant un droit inviolable et sacré, nul ne peut en être privé, si ce n'est lorsque la nécessité publique, légalement constatée, l'exige évidemment, et sous la condition d'une juste et préalable indemnité".


PARIS EM 1789 HÁ 216 ANOS......

Publicado por: Templario às fevereiro 11, 2005 11:36 PM

Para mim não dá, mas as minhas netinhas vão falar três línguas bárbaras.
Espanhol com quinze meses, inglês quando fizeram dois aninhos e meio e finalmente alemão aos cinco aninhos.
Claro, se Sócrates ganhar.

Publicado por: carlos alberto às fevereiro 11, 2005 11:47 PM

os meus netos falarão evidemment la langue de Voltaire et de Camões !

C´est la différance... les idées, avant l´argent !

Publicado por: Templario às fevereiro 11, 2005 11:54 PM

carlos alberto em fevereiro 11, 2005 11:47 PM

A arte...está em perceber os tempos, e nem sempre o que "todos" julgam ser o melhor, acaba por sê-lo.


PS- uma empresa em Lisboa, que necessitava de 12 pessoas que falassem correctamente francês, só encontrou 7, com anúncios num jornal a nível nacional, mas para inglês, responderam 206 para 10 lugares.

Publicado por: Templario às fevereiro 12, 2005 12:00 AM

Olha...eheheheh nem a propósito...( Droits de L´homme et Révolution Française ) ouvi agora o Santana aos Gritos...Tratem-nos como tratam os outros, de igual modo !!!

eheheh

Citoyen Santana vous avez raison !!!

PS - O Santana ainda pega nos meus argumentos de la Révolution Française...ehehhe

Publicado por: Templario às fevereiro 12, 2005 12:09 AM

Já agora, «Templário», descreva aí os momentos de orgasmo revolucionário da Guilhotina para o asqueroso Robespierre, e a ascensão imparável de Bonaparte, ehehehehe ...

Publicado por: asdrubal às fevereiro 12, 2005 12:35 AM

Eu gosto imenso dos franceses. Infelizmente, os franceses de que gosto ... estão todos mortos: Montaigne, Diderot, Voltaire, Stendhal, Victor Hugo, Anatole France, Malraux, Maurois, ...
A França, nomeadamente Paris, é o sítio onde sempre me senti pior tratada. Nomeadamente os empregados dos Bistro são grosseiros para os estrangeiros. Os vivos são insuportáveis.

Bem ... em Helsínquia, há 2 anos, dei uma estalada a um finlandês! Eu estava a tirar fotografias na zona do porto e, sem dar por isso, coloquei-me na faixa das bicicletas e skates. Passou por mim um finlandês, de bicicleta, que me deu um valente encontrão e depois parou mais adiante e veio ter comigo a exaltar-se naquela língua que ninguém percebe. Dei-lhe uma estalada. Ficámos a olhar um para o outro. Eu a pensar no sarilho em que me tinha metido, porque ele teria 1,90m bem medidos, e ele a pensar na língua dele. Depois virou-me as costas e foi-se embora.
Quando regressei ao banco, o pessoal de lá disse-me que era normal eles insultarem quem pisasse aquelas faixas e que a minha sorte, para além do sexo, foi a de eu ter tomado uma atitude completamente inesperada.
Nunca mais pisei aquelas faixas!

Publicado por: Joana às fevereiro 12, 2005 12:39 AM

Sim, agora já consegui perceber qualquer coisinha.

Ora, penso eu de que, aquilo lá em cima era francês mas se tiver acertado com a sorte de principiante já não é necessário sabê-lo porque só na próxima encarnação aparecerá uma empresa que necessita de uma dúzia de pessoas a falar francês ou outra língua qualquer a não ser que

Eduardo Prado Coelho resolva publicar, em francês claro, todas as obras que fez quando adido cultural na (um momento vou aqui saber ao lado)

já sei, na Cidade-Luz.

Publicado por: carlos alberto às fevereiro 12, 2005 12:42 AM

Madame Joana

à Rome soyez romainne, à Paris soyez parisienne :)))

et choisissez bien les bitros..

Publicado por: Templário às fevereiro 12, 2005 12:49 AM

carlos alberto em fevereiro 12, 2005 12:42 AM

Está enganado, as empresas francesas também se deslocalizam para sul, neste caso para Portugal, não são é visiveis, e já não dão nas vistas dos jornais e das Tv´s , porque utilizam as novas tecnologias e não são fábricas.

Publicado por: Templário às fevereiro 12, 2005 12:54 AM

asdrubal em fevereiro 12, 2005 12:35 AM

Association départementale créée en 1987 dans le Pas-de-Calais, pour que Maximilien ROBESPIERRE, le plus illustre des Artésiens, ait sa juste place dans l'histoire du département et notamment à l'occasion du Bicentenaire de la Révolution. D'où le sigle initial de l'association : ARBR(Amis de Robespierre pour le Bicentenaire de la Révolution).

http://www.amis-robespierre.org

Publicado por: Templário às fevereiro 12, 2005 01:08 AM

Aidés par le Conseil général du Pas-de-Calais et par plusieurs municipalités, rejoints par des adhérents venus des quatre coins de la France et de plusieurs pays étrangers, les Amis de Robespierre ont pu mener de multiples activités : expositions, conférences, création d'une bibliothèque, productions audiovisuelles, recherches historiques, colloques, publications d'ouvrages...

L'intérêt persistant manifesté pour l'histoire de la Révolution et pour les idées et principes que Robespierre y a défendus, ont conduit l'Association à ne pas s'arrêter en chemin et à poursuivre son action bien au-delà du Bicentenaire.

Publicado por: Templário às fevereiro 12, 2005 01:12 AM

Cet extrait est le dernier article d'un projet de Déclaration des droits de l'homme et du citoyen présenté le 21 avril 1793 aux Jacobins puis lu le 24 avril 1793 à la Convention qui en décréta l'impression. Robespierre le publia dans le dernier numéro (n°10) de son journal Lettres à ses commettants.


"XXX. Les fonctions publiques ne peuvent être considérées comme des distinctions, ni comme des récompenses, mais comme des devoirs publics. Les délits des mandataires du peuple doivent être sévèrement et facilement* punis. Nul n’a le droit de se prétendre plus inviolable que les autres citoyens. Le peuple a le droit de connaître toutes les opérations de ses mandataires ; ils doivent lui rendre un compte fidèle de leur gestion, et subir son jugement avec respect (...)"

Publicado por: Templário às fevereiro 12, 2005 01:16 AM

« La raison et l'éloquence : voilà les armes avec lesquelles il faut attaquer les préjugés. »

Mémoire sur les peines infamantes couronné par l'Académie de metz en 1784.


"[…] La prospérité des états repose nécessairement sur la base immuable de l'ordre, de la justice et de la sagesse. Toute loi injuste, toute institution cruelle qui offense le droit naturel, contrarie ouvertement leur but, qui est la conservation des droits de l'homme, le bonheur et la tranquillité des citoyens. […]

Publicado por: Templário às fevereiro 12, 2005 01:19 AM

Templario em fevereiro 12, 2005 12:00 AM

Falo correctamente francês desde a minha adolescência, em grande parte devido ao grande interesse que então tinha pelo "Tintin"... Para a minha vida profissional (de docente do ensino superior), esta habilidade é de uma inutilidade quase total. Tudo o que interessa ou é escrito em inglês - o novo latim - ou acaba por ser publicado em tradução inglesa. Assim, só interessa aprender (bem!) o português, o inglês e, talvez, o castelhano (por causa da América Latina). Francês, alemão e outras curiosidades, são para esquecer. Para quem tiver uma visão a mais longo prazo acho que seria importante aprender o chinês (putonghua)...

Publicado por: Albatroz às fevereiro 12, 2005 11:35 AM

Ó caro Albatroz, antes tivesse aprendido o francês para ler o «Astérix». Por exemplo «La Zizanie», com o seu personagem central, "Détritus", descreve bem os últimos andamentos do PR ...

Publicado por: asdrubal às fevereiro 12, 2005 12:15 PM

Aveiro disse Santana Lopes a Capital da Liberdade... eheheh

O que vale é que a maioria dos portugueses já concordam com ele, quando grita desalmadamente, BASTA !

Isso já eu dizia após os 2 primeiros meses de Barroso, Basta e Hasta !!!

Publicado por: Templário às fevereiro 12, 2005 01:01 PM

Bem, temos aqui dois conceitos:
A Helena "tranbiqueira", que depois pede desculpa, através duma nota do seu jornal, pela infeliz e extemporánia inclusão de Cavaco nesta campanha.
O Santana "trapalhão", que não pede desculpa ao povo por tudo que de mal tem feito, e ainda tem a lata de culpar a CS!

Publicado por: E.Oliveira às fevereiro 12, 2005 04:48 PM

Essa Helena não pediu desculpa. Depois do desmentido da 1ª notícia, insistiu dizendo que o Cavaco "estava incomodado". Só após o 2º desmentido, mais formal, é que foi a Direcção do jornal a mandar aquela nota de pseudo-desculpas

Publicado por: David às fevereiro 12, 2005 05:14 PM

A lama que nesta campanha foi lançado sobre o PSL foi enorme. Nunca vi nada assim

Publicado por: fbmatos às fevereiro 19, 2005 10:04 PM

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