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dezembro 12, 2004
Dois Registos
Ou como as Fontes de Belém (numeroso e poético pseudónimo sob o qual o PR envia recados à comunicação social) marulham selectivamente.
Tudo indica que PSD e PP concorram às eleições legislativas antecipadas com listas separadas. É notório que cada um dos partidos, em termos de percentagem eleitoral, vale mais concorrendo sozinho do que em coligação, embora não seja líquido que, em termos de deputados e dada a lei eleitoral, valham mais indo em separado. Por outro lado os discursos de cada um dos líderes colidem junto das franjas à direita e à esquerda de ambos os partidos. Essa diferença ressalta dos registos em que se situaram os discursos de Santana Lopes e de Paulo Portas no sábado à noite, na sequência do pedido de demissão do governo.
Santana Lopes limitou-se a extrair a conclusão lógica das severas críticas proferidas por Sampaio na noite anterior e apresentar a demissão do governo, recusando a esotérica figura que o PR havia proposto e que os constitucionalistas são unânimes em considerarem-na inexistente. Só por má fé, ou ignorância dos preceitos constitucionais, se pode considerar a decisão do executivo como uma birra ou um número de circo.
Por outro lado, Santana Lopes aproveitou a ausência de fundamentação e enumeração do juízo crítico emitido por Sampaio, para mostrar as razões pelas quais houve «continuidade nas políticas» e que foi o PR quem «considerou necessária a aprovação do OE», invalidando supostas divergências sobre a política orçamental; enumerou diversas medidas reformistas que o seu governo havia tomado e que o PR preteriu perante o que considerou «incidentes protocolares»; citou «gestos [do PR] que pouco favoreceram a harmonia institucional» e comparou os incidentes de que este governo foi acusado com incidentes muito mais graves ocorridos durante os governos de Guterres. Não extraiu destas comparações quaisquer conclusões apenas perguntou «Porquê agora?».
A «central de comunicação social» que vigia em permanência as palavras e actos de Santana Lopes veio imediatamente a terreiro clamando que embora o PSD tivesse dito na noite anterior «respeitar» a decisão de Sampaio e que este «não é o adversário» nas eleições, a verdade é que as frases de Santana saíram como setas direitas a Belém. E a oposição criticou indignada os ataques ao PR. Fontes de Belém (numeroso e poético pseudónimo sob o qual se alberga o PR quando envia mensagens à comunicação social) afirmaram que a demissão foi recebida «com surpresa» e que aquela atitude «fragiliza o primeiro-ministro».
Ora uma coisa é respeitar uma decisão, outra é ser obrigado a aceitar essa decisão sem se poder justificar nem alegar a sua versão. Quem considerar que alguém pôr a circular a sua versão dos acontecimentos, despida de quaisquer juízos de valor, é fazer um ataque, não está apenas a criticar essa atitude, está obviamente a impedir um acto fundamental em democracia que é tão somente o poder exprimir uma opinião e ter o direito de defesa do seu nome e da sua honra. É uma crítica que está perigosamente viciada por uma visão totalitária do debate político.
Enquanto isto, o registo da intervenção de Paulo Portas foi substantivamente diferente. O discurso de Portas foi duro e incisivo. Tirou as conclusões das perguntas lançadas por Santana Lopes e acusou o PR de favorecer uma das partes (obviamente referia-se ao PS). Mais grave concluiu da alegada aquiescência do PR às posições dos grandes empresários, que «foi a pressão de uma parte do sector financeiro, destinada a conseguir que permaneça um sistema fiscal injusto» que levou Sampaio a decidir-se pela dissolução da AR.
Acusar o Presidente da República de favorecer o principal partido da oposição e de ser permeável ao lobby bancário e segurador é muito grave, em si, e por se tratar de um presidente socialista com quem a esquerda fez agora as pazes. E é interessante ver que nem houve alarido da «central de comunicação social», nem qualquer poético marulhar das Fontes de Belém.
Portanto, o facto dos partidos se apresentarem ao eleitorado em separado permite que cada um deles se exprima, mais à vontade, no registo que é mais adequado ao segmento do eleitorado que corresponde à sua base social de apoio. Se Santana Lopes tivesse proferido as declarações de Paulo Portas teria caído o Carmo, a Trindade, a Rua da Emenda ... e o Fontanário de Belém. Mas como o eleitorado potencial de Paulo Portas não se revê, de forma alguma, no PR, acusarem Portas de atacar o PR, apenas o favorece.
Neste entendimento, os dois partidos podem fazer, cada um deles, uma campanha mais agressiva, mais adequada às suas bases eleitorais potenciais e sem se estorvarem mutuamente por receio de desagradarem à clientela eleitoral do outro partido. Provavelmente esta situação poderá dar muito mais dividendos eleitorais que uma coligação pré-eleitoral, obrigada a uma campanha mais cinzenta. Saber se estes eventuais dividendos eleitorais compensam as perdas resultantes do tipo de lei eleitoral que vigora, é uma questão que só o tempo o dirá.
Publicado por Joana às dezembro 12, 2004 11:22 PM
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Comentários
Joana,
a este ritmo e da maneira que estão a lamber as feridas , Vc e os seus amigos da coligação "descoligada" vão ter muito trabalho até ao Carnaval ; não só em número de posts/dia mas também em conferências de imprensa, para nos dar conta da decisão importantíssima sobre se vão juntos, juntinhos, agarrados ou simplesmente separados, às proximas eleições.
ps: se estão assim tão certos de que estavam a governar bem, por quê esse medo de ir a votos ?
Publicado por: zippiz às dezembro 12, 2004 11:53 PM
zippiz em dezembro 12, 2004 11:53 PM
Onde escrevi que eu tinha medo das eleições? Quanto à coligação não sei o que se passa entre eles, porque não tenho falado com ninguém actualmente ligado à esfera do poder.
Zippiz: financeiramente, do meu ponto de vista, do meu marido, dos meus pais, irmão e cunhados, é absolutamente indiferente haver um governo socialista ou do centro-direita. Apenas a minha mãe trabalha no sector público (é professora), mas o que ganha não tem qualquer peso nos rendimentos dos meus pais.
Infelizmente não direi o mesmo do meu país. E é apenas isso que me move.
De todos nós, apenas o meu pai esteve, há uns 20 anos, como administrador de uma empresa pública, para fazer um frete político e saiu logo que acabou o mandato de 3 anos, jurando que não voltava a cair noutra.
Publicado por: Joana às dezembro 13, 2004 12:26 AM
surpreendente!
Publicado por: Manuel Marques às dezembro 13, 2004 12:34 AM
então por quê esse "odiozinho de estimação" a Sampaio e esse "estilo/apoio referencial" a duas personagens como PSL e PP ?
Publicado por: zippiz às dezembro 13, 2004 12:35 AM
zippiz em dezembro 13, 2004 12:35 AM:
Leu meu post «Um de nós mentes» onde eu conto um facto que tive um conhecimento presencial em alguns dos seus desenvolvimentos?
Nada daquilo tem significado para si?
Publicado por: Joana às dezembro 13, 2004 12:49 AM
Joana, eu sou particularmente chato e gostaria, uma vez mais, de saber porque se agarra a um sistema falhado como este. Ou será que não consegue imaginar nada melhor do que isto?...
Publicado por: Albatroz às dezembro 13, 2004 12:57 AM
Afixado por Joana em dezembro 13, 2004 12:49 AM
admito a sua opinião sobre essa cena ; mas tenho o direito de ouvir a opinião do visado sobre o mesmo tema; elementar.
Publicado por: zippiz às dezembro 13, 2004 01:04 AM
Joana ,por exemplo:
o ministro Chaves acusou PSL ; quando este falar sobre o assunto teremos as 2 versões sobre o tema;
Sampaio no entanto parece que tinha os dados todos sobre este assunto ; e não era de somenos : segundo Chaves fizeram chantagem com ele , utilizando o argumento que o PR estava a fazer pressão !
Publicado por: zippiz às dezembro 13, 2004 01:09 AM
VIRA O DISCO E TOCA O MESMO?
No que respeita ao PSD já sabemos como é a prática na nomeação das chefias da Administração Pública, apresenta-se o cartão e entra-se; no tempo de Cavaco Silva ainda se tinha alguma vergonha e de entre dois competentes optava-se pelo que era do PSD. Desde Durão Barroso que basta ser do partido, e muitas têm sido as nomeações em que os directores-gerais se estão borrifando para as instituições e muito simplesmente escolhem o colega do partido sem se preocuparem com a competência.
Estão em curso na administração fiscal as últimas nomeações de lugares de chefia, desde a amiga do António Preto que vai para uma chefia de divisão, lugar mais seguro do que o da UCLEVA, até ao amigo do ex-chefe de gabinete de Vasco Valdez que "abicha" um lugar tranquilo equiparado ao de director de serviços. Entretanto fala-se de um amigo do Dias Loureiro que quer ir para subdirector-geral e de um serviçal do regime que estiver em vigor que gostaria de dirigir a fiscalização dos impostos em Lisboa.
E se do lado do partido (no singular porque é de gente do PSD que falamos) comem-se as migalhas enquanto é tempo, do lado do PS já começaram as movimentações, e alguns a quem nunca vimos o menor gesto que denunciasse que pertenciam a um partido da oposição já circulam emproados, bajulados por muitas das actuais hierarquias na esperança de um lugar, ou da manutenção do lugar conseguido com tanto mérito.
É um triste espectáculo que nos é dado por quem sai do poder e por quem acha que o mesmo poder lhe vai ser servido numa bandeja. E enquanto nós andamos aqui a pensar neste triste país, outros andam a transformar a sociedade portuguesa num imenso lodaçal de oportunismo.
Será José Sócrates capaz de ser diferente? Ou neste rés-do-chão da política que é a Administração Pública teremos que chegar à conclusão de que nunca nos livraremos destas ratazanas de corredor?
PS: Aos dirigentes da Administração Pública (actuais e futuros) o Jumento avisa que todas as situações em que sejam designadas chefias em que o critério considerado não for a competência e aptidão para o cargo (independentemente das opções políticas) serão aqui divulgadas com toda a informação sobre os meandros das escolhas.
BLOG JUMENTO
Posted at 12/13/2004 12:19:45 am by Roncinante
Coices dados (2) Permalink
Publicado por: zippiz às dezembro 13, 2004 01:46 AM
Todo este imbróglio não existiria se PSL fosse mais prudente e tivesse evitado os "incidentes protocolares" que irritaram o PR e lhe deram pretextos para a decisão que tomou.
Mas, enfim, é esta a classe política que temos; cada um puxa a brasa à sua sardinha (o seu partido, os seus amigos), esquecendo o país.
Vale a pena lembrar Platão:
«Então, os que participam em todos estes governos, excepto o governo científico, devem ser eliminados porque não são homens de Estado, mas partidários; como estão encarregados dos mais vãos simulacros, não passam por sua vez de simulacros, e, como são os maiores imitadores e os maiores charlatães, também são os maiores sofistas».
Publicado por: Senaqueribe às dezembro 13, 2004 10:22 AM
zippiz: Claro que Sócrates é diferente, Ele é tão diferente e tão querido!
Publicado por: Diogo Infante às dezembro 13, 2004 11:02 AM
O dilema do perdedor
A política não tem lógica, mas se tivesse, o PS podia, mesmo sem equipa, ir encomendando as faixas de campeão. Infelizmente, e caso não entremos noutros pormenores comportamentais (que para os media são, ainda, tabu) entre Santana e Socrates não há diferenças significativas.
Na perspectiva de Santana e Portas, a decisão de coligação - sim ou não é um jogo de aposta e o bluff.
Caso optem por ir separados maximizam a soma das percentagens, sendo uma aposta de quem acredita numa vitória sem espinhas.
Vendo-se a perder, optariam por ir juntos (sempre maximizava os lugares no parlamento) mas então dão um sinal perdedor ao eleitorado. Que dilema
A opção é desesperada: ganha-se algum tempo e acredita-se no poder mediático. Os media, que tanto usam e abusam, serão usados como marionetas nas mãos de bonequeiros inábeis.
Se a coisa correr bem - será que Santana irá usar mais uma vez do seu instinto infalível? será um acontecimento da mesma estirpe do porco a andar de bicicleta que Rosa Santos imortalizou.
Se correr mal, será o Porta(s) aviões ao fundo, mais uns contra-torpedeiros e submarinos. O problema está em que, apesar de tudo, não é bom para o país ver o PSD mais atolado que a frota de pesca portuguesa.
Publicado por: Um conhecido da Joana às dezembro 13, 2004 12:26 PM
É admirável esse esforço para encontrar sentido no divorcio do PSD com o PP e torna-se engraçado imaginar a reconciliação numa também imaginaria vitoria. Confesso que este cenário diverte-me, a serie britânica “Sim Sr Ministro” ao lado disto tem um profundo défice de criatividade
Publicado por: vitor jose às dezembro 13, 2004 12:28 PM
zippiz em dezembro 13, 2004 01:09 AM:
Não lhe pedi para acreditar na minha versão. Apenas lhe expliquei as minhas razões. Assisti pessoalmente a quase tudo, excepto obviamente a conversa privada que nos foi relatada por um dos intervenientes.
Aliás, nunca me leu aqui nenhuma palavra em abono do sujeito, mesmo quando indigitou o PSL.
Rejo-me por princípios e não ao sabor das metamorfoses políticas
Publicado por: Joana às dezembro 13, 2004 01:16 PM
zippiz em dezembro 13, 2004 01:04 AM
Não precisa de ouvir a versão do visado.
O caso passou-se no contexto da coligação PS-PCP para a Câmara de Lisboa.
O tal vereador eleito pelo PCP teve um comportamento de que o PCP não gostou e que levou à retirada da confiança política. O PCP exigiu a substituição do vereador.
Sampaio era presidente da Câmara e podia ter recusado a substituição, contra a vontade do PCP e do próprio PS. A lei dá esse poder ao presidente da Câmara.
Só que, se Sampaio tivesse feito isso, o PCP rompia a coligação, forçando eleições intercalares.
Agora, caro Zippiz, tire as conclusões que quiser.
Publicado por: (M)arca Amarela às dezembro 13, 2004 02:01 PM
Tá giro essa das Fontes de Belém
Publicado por: Amilcar às dezembro 13, 2004 03:42 PM
Joana é um peso pesado dentro do PSD, e reflectindo o pensamento da sua ala mais intelectual, dá boas pistas para se ir pensando qual a acção que o mesmo poderá ter neste futuro próximo.
Será bem avisado lê-la com atenção.
Como também não será má ideia pensar nas palavras de Santana Lopes que colho no Jornal de Notícias salientando que "em caso de dissoluções anteriores só um primeiro-ministro concorreu novamente a eleições" (Cavaco Silva, em 1987)..
Temos assim que nem eu nem ninguém da minha família jamais votaríamos num PSD coligado com um partido de direita e veríamos com muitos bons olhos a indicação de um outro primeiro-ministro.
Santana Lopes poderia, perfeitamente, vir dizer que não concorre porque não acredita na isenção do PR e que mesmo ganhando perderia o País, pela instabilidade que o mesmo usaria, sempre, com ele.
O que, aliás, não é ficção científica.
Publicado por: carlos alberto às dezembro 13, 2004 04:16 PM
Não sei se PP ou PPD, parece ser agora o dilema de Joana, diga-nos lá então, por qual dos dois vai fazer a sua campanhazita?
No meio costuma estar a virtude, não se comprometa demasiado, porque depois pode ter que dar a outra face.
A política é como o futebol, o que hoje é verdade, amanhã é mentira, e tratando-se dos "artistas" do calibre de PP e PSL é de esperar tudo!
Publicado por: E.Oliveira às dezembro 13, 2004 04:19 PM
Afixado por (M)arca Amarela em dezembro 13, 2004 02:01 PM
Registei.
Mas o meu ponto com Joana tinha que ver com a credibilidade dos intervenientes; ié: dados dois vendedores ( de ilusóes ou de carros usados, tanto faz ), com quem fazer o negócio.
Ela acha que PSL é mais credível do que JS. Eu não acho e não me parece que esse episódio da CML altere a ideia , estrutural , que se tem dos intervenientes.
JSampaio não será o Papa mas daí a santificar Santana vai uma enorme distância !
Publicado por: zippiz às dezembro 13, 2004 09:49 PM
(M)arca Amarela em dezembro 13, 2004 02:01 PM:
Embora essa matéria já não seja relevante, não era crível que o PCP rompesse a coligação, forçando eleições intercalares. Havia demasiadas coisas em jogo para o fazer e romper a coligação por causa disso poderia ser muito penalizador nessas eleições. Além do mais, os outros vereadores mais conhecidos, estou-me a lembrar do Rui Godinho e do Vítor Costa, eram conotados com a ala que se opunha aos ortodoxos.
Foi hipótese que então nunca vi ser posta.
Publicado por: Joana às dezembro 13, 2004 10:02 PM
zippiz em dezembro 13, 2004 09:49 PM:
Eu não disse que o PSL era mais ou menos crível que o Sampaio.
Apenas disse que este não era crível.
Publicado por: Joana às dezembro 13, 2004 10:05 PM
JOANA:
Parece que ainda tem paciência para aturar o ZIPPIZ,agora eufórico com a possibilidade do recebimento do RMG ou quiçà dum subsidio socialista.
Eufórico com o derrube do Governo (leia-se derrube pelo golpista PR) e pelo seu Sporting em nitida recuperação pela mão dum Presidente Socialista.
Tudo muito cor de rosa para um ZIPPIZ monocórdico e desinteressante.
Deixei de ter paciência para semelhantes personagens.
Contudo,apraz-me registar que esta euforia tem algo de perturbador.O SOCRATES,o não grego,produto mediatico da cabala,não tem entusiasmado grandemente os ZIPPIZ's cor de rosa.
O frete do PR ao PS poderá ser uma bomba ao retardador,até porque a dupla PSL+PP é a dupla dos politicos da actualidade e do futuro.
Pretende o PSD regressar ao tempo de Cavaco? Não cremos!
Pretende o PP dar por finda a sua carreira politica? Nem pensar!
Ficou provado que a Central de Intoxicação,que compreende o Expresso+SIC+Publico+Marcelo+Cavaco (o cavaquismo moribundo) fabricou os acontecimentos e enrolou neles o governo.
Um PR fragilizado pela doença cedeu às pressões.
Vamos saber coisas,durante a campanha.
Talvez possamos ser esclarecidos sobre o passado do PR e de Ferro Rodrigues.Muita coisa se disse e tudo se silenciou.
O cenário da vitória do PS está apenas na cabeça oca dos ZIPPIZ's socialistas.
Avaliar um governo em quatro meses só na África é que se procede deste modo.
As consequências estão para vir.
A euforia dos ZIPPIZ's socialistas transformar-se-á,em 20 de Fevereiro,na mais dolorosa afronta sofrida,desde a "Golpada Suprema".
A do PR foi a experiência adquirida nos bastidores e nos corredores da conspiração e da clandestinidade;
Eles são os eternos clandestinos!!!
Publicado por: ZEUS8441 às dezembro 14, 2004 12:50 AM
O zippiz não me parece socialista, Ele diz que é do BE
Publicado por: David às dezembro 14, 2004 01:02 AM
«...não era crível que o PCP... etc»
Joana em dezembro 13, 2004 10:02 PM
Em matéria de política, atenho-me ao conhecimento, em prejuizo da fé. Crenças deixo-as para aquela feira anual lá de Trás-os-Montes.
Vitor Costa e Rui Godinho não riscavam nada para uma decisão daquelas. Aliás, ambos levaram um pontapé no sim senhor a su tiempo, tal como aconteceu com o outro.
O PCP não funciona de acordo com as regras dos partidos que conhece. Para o melhor e para o pior.
Publicado por: (M)arca Amarela às dezembro 14, 2004 01:12 AM
(M)arca Amarela em dezembro 14, 2004 01:12 AM:
Não seja assim. O Rui Godinho esteve como administrador por parte da CML na Valorsul e só saíu após a reviravolta autárquica. O O Vítor Costa encontrei-o há uns 4 anos, a almoçar no Hotel Radisson com uns empresários do turismo. Fiquei coma ideia que ele estava à frente de uma qualquer organização turística (ele tinha o pelouro do turismo na CML).
Publicado por: Joana às dezembro 14, 2004 10:30 AM
Joana em dezembro 14, 2004 10:30 AM
Eu conheço o trajecto de ambos.
Rui Godinho continuou como administrador da Valorsul mesmo depois do tal «terramoto».
Vítor Costa continua como administrador da Associação de Turismo de Lisboa e continua, provavelmente, a almoçar no Radisson com empresários de turismo.
Que eles não são, de certeza, militantes do PCP, posso assegurar-lhe. Quanto ao cargo de vereadores, é do conhecimento público o momento em que levaram o chuto. Por razões diferentes, senão opostas, valha a verdade.
Publicado por: (M)arca Amarela às dezembro 14, 2004 02:27 PM
Porque será que Diogo Infante "neste blog" afirma que o José Socrates é tão querido ??????
Publicado por: Atónito às dezembro 16, 2004 06:46 PM
Descubram que é esse Diogo Infante e ficarão a saber quem é a central boateira que tenta denegrir a imagem do Sócrates!
Publicado por: amsf às janeiro 17, 2005 03:09 PM
Mas que tem a ver o Diogo Infante com a central boateira?
Publicado por: c seixas às janeiro 17, 2005 05:54 PM
Tenho mais de 70 anos, mas quando comeco a ouvir historias sobre esses tais de Jose Socrates e Diogo Infante, contadas por pessoas insuspeitas de varias idades e residentes em varios pontos do Pais (e ate pelo meu neto de 17 anos !), comeco a ficar preocupado com a ideia de que o PS vai conquistar uma maioria a custa de uma minoria (the pink lobby) e ja nao me custa a acreditar que Portugal sera brevemente o Quarto estado mundial a aprovar a lei do casamento entre homosexuais (logo apos a Espanha). Nao tenho nada contra os gays desde que nao procurem assumir aquilo que nao sao (uma maioria da populacao). Que fiquem no seu cantinho e que nao queiram ser eles a ditar a ordem das coisas, sao os meus votos (e esperancas, tambem!)
Publicado por: Alman às janeiro 18, 2005 12:33 AM
Eu também ouvi essa história mais que uma vez, inclusivamente há semanas num comentário no Portugal Diário (online).
Não sei se é verdade.
Mas também dizem que o Portas é gay, e parece não haver dúvidas.
Publicado por: soromenho às janeiro 18, 2005 12:44 AM
essa história dos pombinhos socrates e diogo é a mais pura verdade. EU VI!!!
Publicado por: carcumenho às janeiro 20, 2005 02:41 AM
essa história dos pombinhos socrates e diogo é a mais pura verdade. EU VI!!!
Publicado por: carcumenho às janeiro 20, 2005 02:42 AM
MAS O QUÉ QUE V. EX.AS TÊM HAVER COM AS ORIENTAÇÕES SEXUAIS DE CADA UM???
JULGAIS (OS QUE O FAZEM, CLARO ESTÁ) QUE QUANTO MAIS MACHO MAIS COMPETENTE, OU SÉRIO???
SOU HETEROSSEXUAL ASSUMIDO, MAS DEFENDO QUE CADA QUAL POSSA SER O QUE SEJA, DESDE QUE COM ISSO NÃO ME PREJUDIQUE!
Grato pela atenção dispensada (e desculpem as capitais, porra!)
Publicado por: paendemonium às janeiro 20, 2005 04:22 PM
Realmente não devemos ter preocupações com as tendências sexuais de cada um, a não ser que "cada um" possa vir a ser o Primeiro Ministro de um país que é Portugal. Como se sabe, já alguns ministros, em Inglaterra e até nos EUA, se demitiram ao ser descoberta a sua tendência sexual. O caso é tanto mais relevante quanto aqui está, talvez, em causa, o facto de os portugueses terem o direito de saber, antes de votar a 20 de Fevereiro, o que irá fazer o eng. Sócrates, ou que posição de voto indiciará, em referendos ou legislação para casamentos de homosexuais, perfilhação de crianças por casais homosexuais, educação sexual nas escolas, etc, etc, Como se vê, uma homosexualidade do sr. antónio,seja ele quem for, não me incomoda nada. Uma alegada homosexualidade de um presidente de um pequeno partido, talvez também não me incomode. A alegada homosexualidade do futuro e mais que possível Primeiro Ministro de Portugal...preocupa-me, no sentido mais lato e mais profundo da palavra.
Publicado por: amorgado às janeiro 20, 2005 04:54 PM
Realmente não devemos ter preocupações com as tendências sexuais de cada um, a não ser que "cada um" possa vir a ser o Primeiro Ministro de um país que é Portugal. Como se sabe, já alguns ministros, em Inglaterra e até nos EUA, se demitiram ao ser descoberta a sua tendência sexual. O caso é tanto mais relevante quanto aqui está, talvez, em causa, o facto de os portugueses terem o direito de saber, antes de votar a 20 de Fevereiro, o que irá fazer o eng. Sócrates, ou que posição de voto indiciará, em referendos ou legislação para casamentos de homosexuais, perfilhação de crianças por casais homosexuais, educação sexual nas escolas, etc, etc, Como se vê, uma homosexualidade do sr. antónio,seja ele quem for, não me incomoda nada. Uma alegada homosexualidade de um presidente de um pequeno partido, talvez também não me incomode. A alegada homosexualidade do futuro e mais que possível Primeiro Ministro de Portugal...preocupa-me, no sentido mais lato e mais profundo da palavra.
Publicado por: amorgado às janeiro 20, 2005 04:54 PM
Eu li essa história numa revista brasileira que falava do estilo de vida de Sócrates e do Diogo Infante.
Não sei se é verdade
Publicado por: lopes às janeiro 20, 2005 07:59 PM
No blog dos Marretas vem uma notícia sobre isso
Publicado por: Coruja às janeiro 20, 2005 08:52 PM
Se é verdade, é uma situação muito desagradável para o Sócrates.
Publicado por: J Correia às janeiro 21, 2005 12:31 AM
Essa história do Sócrates e do Diogo Infante ainda vai dar muito que falar.
Publicado por: Ronaldo às janeiro 21, 2005 03:59 PM
Essa história do Sócrates e do Diogo Infante ainda vai dar muito que falar.
Publicado por: Ronaldo às janeiro 21, 2005 04:00 PM
Talvez não
Publicado por: sininho às janeiro 23, 2005 12:47 AM
E daí. Já veio num jornal em Portugal
Publicado por: sininho às janeiro 23, 2005 12:48 AM
E noutro no Brasil
Publicado por: sininho às janeiro 23, 2005 12:55 AM
Ser gay é problema de paneleiragem e só a esses diz respeito ! mas PORRA......no PS não existe mais ninguem para candidato a 1º Ministro?
Publicado por: grisalho às janeiro 23, 2005 02:26 PM
O que a direita não entende mesmo !!!
O Presidente da Republica e a esmagadora maioria do Povo Português, DECIDIRAM CORRER COM OS VENDILHÕES DO TEMPLO e os rapazinhos apenas se sustentam nuns meros 10% de portugueses, portanto quando 90% dizem, rua ! fora ! fuera ! au revoir ! só têm é que baixar a cabecita envergonhada e irem pastar para outros lados !
É único ! é sim senhor ! nem o PREC correu assim com os governos, mas em democracia madura é, e terá de ser assim, quando a incompetência ultrapassa os limites, fuera !!! fuera !!!
Au revoir !
PS ( voltamos a reencontrar-nos em 2013 e não em 1010 como os kridos já diziam...)
Publicado por: Templário às janeiro 23, 2005 02:49 PM
No blog "novacidadenova.blogspot.com" expressei a minha opinião que, penso, será partilhada pela maioria... ninguém tem nada a ver com a condição sexual de cada cidadão, isso faz parte da sua espera íntima e, quanto muito, privada... AGORA SE O CIDADÃO QUER SER PRIMU INTER PARES, se ele quer oferecer-se ao escrutínio democrático para nos representar e exercer a soberania nacional em nosso nome.... ENTÃO DEVE SER ELE A REVELAR-SE... vejam o Maire de Paris, o Burgomeister de Berlim, entre outros... fizeram-no e continuaram a contar com o apoio do seu eleitorado... governam essas comunidades em nome do bem comum, e sem serem sujeitos a pressões e/ou condicionamentos por causa do "armário"...
Publicado por: Fernando às janeiro 23, 2005 08:55 PM
So gostava que ambos o admitissem
Publicado por: Sinseridade às janeiro 27, 2005 02:53 PM
O que dá pano pra manga é isso dos paneleiros não o assumirem e muitos ainda vêm com sermões
Publicado por: Maruskkak às janeiro 31, 2005 04:54 PM
Realmente é preocupante a disponibilidade que a paneleiragem tem para singrar na sociedade e no poder. Sem dúvida uma das ceitas mais perigosas deste século. E ainda vão aprovar a adopção de crianças com uma eficiência imprecionante.
Publicado por: um às fevereiro 19, 2005 06:27 PM