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dezembro 16, 2004

Atiradores Furtivos

Portugal está num pântano político, económico e social. Para resolver a grave crise económica em que se encontra, e da qual o descontrolo financeiro é apenas um sintoma, o país precisa de uma política adequada, rigorosa e firme. Mas para implementar essa política, cujos vectores principais já os referi aqui diversas vezes, é necessária uma direcção firme e segura. Uma política de rigor exige competência, mas também exige uma forte coesão da direcção política.

Essa coesão não existe nos partidos portugueses, se exceptuarmos a “paz do sepulcro da história” do PCP e o PP, mas cuja coesão se baseia numa direcção personalizada que depende apenas do crédito político do chefe, e que se pode desvanecer se esse crédito faltar. No BE nem vale a pena falar. O que o mantém coeso é o seu discurso anti-sistema. Se, para desdita do país, fosse chamado a integrar o governo, o BE ficaria desfeito ao fim de meia dúzia de medidas governamentais. Não há gente mais mesquinha e invejosa que no segmento intelectual urbano que se reivindica de progressista e onde o BE recruta os seus militantes e dirigentes. Não há gente que valorize tanto os mais insignificantes cambiantes de opinião e que utilize essas diferenças como biombo atrás do qual se aninha a inveja, como esse grupo social.

Infelizmente esse mal afecta igualmente as elites políticas do PS e do PSD, partidos cujo advento e os prelúdios da III República predestinaram para serem os únicos partidos do poder, sozinhos ou liderando coligações. O que é prodigioso nessa vertigem pelo abismo da cizânia é que ela tem origens diferentes, pelo menos as origens mais imediatas.

As diferenças dentro do PS resultam de opções políticas internas muito diversas. A distância política entre a ala mais esquerdista e a ala mais centrista do PS é muito superior às distâncias ideológicas no interior do conjunto da «coligação» PSD/PP. Refiro-me às questões político-económicas e não a questões éticas e sociais, como o caso da IVG.

No sector mais à esquerda do PS, muitos poderiam ter continuado no PCP se este partido desse mais merecimento às «mentes brilhantes». Mas o aparelho do PCP sente qualquer fulgurância política como carreirismo e envia todos aqueles que adquirem protagonismo mediático para o purgatório dos segundos planos. Na sua quase totalidade, esses políticos não saíram, ou foram expulsos, pela sua ânsia de democracia interna, pois conviveram muitos anos, incondicionalmente, com o centralismo democrático, mas pela sua ânsia de protagonismo. Houve obviamente excepções, mas a regra geral foi esta.

Outros, como por exemplo Ana Gomes, estão ideologicamente na área do BE, mas foram para o PS porque este partido está na área do poder, com as oportunidades que tal posição oferece.

Na outra extremidade do PS, muitos caberiam perfeitamente no PSD. Estão no PS por razões de oportunidade ou de percurso político.

Estas diferenças muito significativas tornam difícil ao PS conduzir uma política coerente. Acresce que no “centrão” que optou pelo PS, se encontram altos quadros da função pública e dos meios universitários, bastante relutantes a uma reforma profunda da administração pública, que é a primeira prioridade do país.

Para além destas diferenças, que têm substância política, existem as rivalidades pessoais, as políticas de campanário e as guerrilhas de algumas máfias autárquicas, especialmente virulentas na zona do Grande Porto. Mas essas diferenças acabam por ter uma importância menor que a diversidade política, até por que se submetem boamente a quem lhes garante o poder político e só estrebucham quando se vêem arredadas do poder por alguma circunstância, como foi o caso de Fernando Gomes.

A questão do PSD é muito mais paradoxal. O PSD ganhou as últimas legislativas mas só poderia formar um governo estável, para gerir uma situação económica e financeira excepcionalmente grave, em coligação. A necessidade de fazer uma coligação, evidente para qualquer observador sensato, foi o primeiro pomo de discórdia. Sobre as opções políticas, económicas e financeiras de base estavam todos de acordo. O pomo da discórdia foi o ódio de estimação que algumas elites intelectuais do PSD tinham por Paulo Portas.

Esse ódio sobrelevou tudo, principalmente as razões de oportunidade política. Os principais detractores da coligação e protagonistas da campanha de maledicência contra Paulo Portas encontravam-se dentro do próprio PSD e eram figuras proeminentes desse partido. E Durão Barroso acabou por se ver na emergência de constituir governo com figuras de segundo plano do seu partido. Até ao epílogo do «Caso Moderna» a campanha contra Portas prosseguiu sem desarmar e os seus principais motores estavam dentro do PSD. Esta campanha fragilizou bastante um governo já de si debilitado pela sua composição e por ser chefiado por um líder sem carisma.

A saída de Durão Barroso e a indigitação de Santana Lopes levaram as críticas ao governo ao paroxismo. Em causa não estavam opções políticas ou económicas, apenas rivalidades pessoais das elites intelectuais do PSD. A Jorge Sampaio apenas bastou gerir a situação, aproveitando as guerrilhas internas do PSD. O governo caiu face ao cerrado ataque de muitos dos seus barões por questões menores. E o absurdo de tudo isto foi que o parceiro de coligação, designado à partida como factor de instabilidade, foi o único factor estável na coligação.

Há uma maldição que pesa sobre o PSD. Conseguiu duas maiorias absolutas devidas ao discurso sólido de Cavaco Silva e ao facto dos portugueses estarem fartos de uma política baseada em discussões ideológicas estéreis. Mas o próprio Cavaco Silva abandonou o cargo quando viu que não conseguia ter mão nos barões do seu partido.

O PSD está presentemente órfão de alguma figura messiânica que se consiga impor eleitoralmente e que congregue as elites do partido não apenas pela detenção do poder (viu-se que não foi suficiente no que respeitou a Durão Barroso e a Santana Lopes), mas pela projecção nacional incontestável da figura.

Enquanto no PS é preciso primeiro conquistar o partido como meta para chegar ao poder, no PSD é preciso primeiro conquistar o país, de forma incontestável, para poder dominar sem contestação o PSD ... pelo menos nos primeiros anos, enquanto o domínio do país por essa figura parecer incontestável.

Atiradores furtivos há em todos os partidos. Apenas sucede que no PSD não há período de defeso. Atiram durante todo o ano.

E quando a estrela de Portas decair, também irá encontrar muitos atiradores furtivos em casa.


Nota - Ler ainda:
Divórcio de Conveniência

Publicado por Joana às dezembro 16, 2004 08:07 PM

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Comentários

Cavaco, volta !

Publicado por: kavaka às dezembro 16, 2004 08:31 PM

A Joana está mesmo deprimida com a política.
Julgo que a situação vai melhorar com o Sócrates.

Publicado por: c seixas às dezembro 16, 2004 09:45 PM

Assim, ainda tornas esta reaças mais deprimida

Publicado por: Cisco Kid às dezembro 16, 2004 09:59 PM

Acho que a Joana tem razão. Isto é tudo uma choldra que não tem remédio. O Sócrates não vai resolver problema nenhum, só diz mal do governo actual

Publicado por: Rui Sá às dezembro 16, 2004 10:10 PM

O que é que o Sócrates havia de dizer do governo actual? Bem?!

Publicado por: (M)arca Amarela às dezembro 16, 2004 10:19 PM

A análise não se compadece com a inclinação panfletária, e isso reduz a credibilidade. Quanto ao resto o país é, de há muito, o Paúl do Boquilobo. Pútrido! Espanto-me quando ouço falar de ideologias mas conforto-me quando depois demonstra que afinal, como eu pensava, não existem. Nem no pântano. Antes de competentes o país precisava de homens - e mulheres, obviamente! - honestos e sérios, Ninguém é capaz de os apontar a dedo. Com todas as restrições, aplicadas sobre quem não pode, as finanças afundam-se, o país aproxima-se do terceiro mundo, será o 25º da Europa. Se esta existir tal como se pretende que exista. Do que se duvida!

Parabéns por manter aberta a caixa de comentários. É assim que entendo as coisas, sem barnabices. Ou sem nabices, nem sei bem!

Publicado por: Luís Vieira às dezembro 16, 2004 10:37 PM

Afixado por Luís Vieira em dezembro 16, 2004 10:37 PM

sobre barnabices ler : http://www.barnabe.weblog.com.pt/ , um post sobre LIXO .

Publicado por: zippiz às dezembro 16, 2004 11:05 PM

conclusão minha deste post:

(1) os bons, para a joana, ainda são (a) os que saíram, a maior parte pela direita, do PCP e (b) Felix, Mexia, Mira Amaral , etc…

(2) alguém do BE fez mal à joana, só pode ! uma vez que a mais nenhum partido ela difama e insulta desta maneira; opções.

Publicado por: zippiz às dezembro 16, 2004 11:14 PM

Depois deste post, em que a Joana decidiu, de uma penada, eliminar todas as opções partidárias situacionistas, fico à espera de que diga que me vai fazer companhia a votar no Garcia Pereira...

Mas será assim tão dificil reconhecer que este sistema não tem salvação, e que temos de construir outro, em que haja um mínimo de possibilidades das pessoas honestas terem alguma influência?... Porquê perder tempo com autópsias a cadáveres putrefactos?...

Publicado por: Albatroz às dezembro 16, 2004 11:28 PM

Joana, por acaso também na área do PSD Porto,
temos vários protogonistas "jeitosos", Meneses (o que veio chorar para a TV, pela maldade que lhe fizeram na AR, a propósito das viagens fantasmas), Rio, Valentim (o do apito dourado), etc...
Que espécie de estrebuchos serão estes...serão também "mafiosos", ou de capela?

Publicado por: E.Oliveira às dezembro 16, 2004 11:44 PM

Vamos esperar que este ciclo político se esvaia depressa.
Parece-me essencial que isso suceda. E sucederá mais rapidamente quanto mais depressa chegar sangue novo à política.
E, por favor, acabem com as jotas!

Um abraço,
Francisco Nunes

Publicado por: Planície Heróica às dezembro 16, 2004 11:57 PM

Para se esvair este ciclo político é preciso encontrar os políticos depois. Onde estão eles?
Os mesmo que levaram o país para o abismo? Os mesmos que são incompetentes para o tirar de lá e o continuam a afundar?

Publicado por: Ricardo Santos às dezembro 17, 2004 12:17 AM

Excelente post. Só é pena ser um retrato perfeito do nosso mundo político.

Publicado por: arroyo às dezembro 17, 2004 12:21 AM

Qualquer que seja o resultado das eleições de 20 de Fevereiro, o risco de descontrolo grave das instituições, legitimidades e vida comunitária, começa a parecer-me autênticamente plausível. É um palpite.

Publicado por: asdrubal às dezembro 17, 2004 12:35 AM

Afixado por zippiz em dezembro 16, 2004 11:14 PM:
Parece-me que o BE foi até dos mais poupados neste post. Não vejo porque diz isso.
Depois de escrever este post, a Joana só tem como única hipótese escrever um palavrão no boletim de voto.

Publicado por: Hector às dezembro 17, 2004 12:36 AM

Afixado por (M)arca Amarela em dezembro 16, 2004 10:19 PM:
Eu apenas queria dizer que o Sócrates não se afirma pela positiva. O seu único discurso é dizer mal das trapalhadas do governo.

Publicado por: Rui Sá às dezembro 17, 2004 12:40 AM

Julgo que este post marca a rotura com o PSD como solução válida

Publicado por: Sa Chico às dezembro 17, 2004 01:17 AM

Com excepção da Joana parece-me que vamos todos chegando à conclusão de que "isto" não tem ponta por onde pegar. Para sermos coerentes, não devemos ir votar em 20 de Fevereiro (ou vamos votar no Garcia Pereira!...), e devemos começar a organizar a Liga de Cidadãos a que já me referi, com o objectivo de viabilizar governos de independentes. Só uma Maria da Fonte institucional nos pode livrar das várias famílias mafiosas que assaltaram o poder. Só não resolvemos esta questão se mantivermos a habitual postura passiva tão própria de um povo cansado.

Publicado por: Albatroz às dezembro 17, 2004 08:43 AM

zippiz em dezembro 16, 2004 11:14 PM:
Não vejo porque ficou tão abespinhado. Eu escrevi que «não há gente mais mesquinha e invejosa que no segmento intelectual urbano que se reivindica de progressista e onde o BE recruta os seus militantes e dirigentes.» Não o circunscrevi ao BE e mais, escrevi a seguir que as elites políticas do PS e do PSD também eram afectadas pelo mesmo mal. Portanto não compreendo como concluiu que eu dedico um ódio de estimação ao BE.
E não tenha dúvidas sobre o que eu prognostiquei no caso do BE integrar qualquer governo.

Publicado por: Joana às dezembro 17, 2004 09:27 AM

Albatroz em dezembro 17, 2004 08:43 AM:
Não me parece que com ligas de cidadãos se vá lá. A realidade portuguesa mostra que, a seguir a cada ruptura, cria-se um leque político-partidário que se mantém mais ou menos estável até ao seu esgotamento e à ruptura seguinte. Sucedeu isso com a Regeneração, depois com a 1ª República, e está a suceder com a 3ª República.
O problema é que alterações pela força estão fora de hipótese pelo contexto internacional. Mas se as coisas continuarem assim haverá forçosamente uma ruptura, não imagino ainda sob que forma.

Publicado por: Joana às dezembro 17, 2004 09:33 AM

Não me parece que esta análise seja catastrofista. É a realidade com que convivemos já há alguns anos. Apenas não nos demos conta disso

Publicado por: Novais de Paula às dezembro 17, 2004 09:52 AM

Albatroz em dezembro 17, 2004 08:43 AM

Como já referi num post anterior (A Decisão em Democracia), poderia concordar consigo desde que aceitasse que a Liga de Cidadãos, ou Assembleia de Representantes, fosse constituida por cidadãos sorteados, como acontecia no buleutério (a Boulé da Antiga Grécia), sistema que produziu uma brilhante civilização.
Vê algum inconveniente?
O sistema actual só conduz à oligarquia. Está falido, sem dúvida, mas há quem deseje apenas um novo Salazar. Parece ser agora também o caso de Joana, se bem entendo.

Publicado por: Senaqueribe às dezembro 17, 2004 10:45 AM

Joana em dezembro 17, 2004 09:33 AM

"a seguir a cada ruptura, cria-se um leque político-partidário que se mantém mais ou menos estável até ao seu esgotamento e à ruptura seguinte"

Não é bem assim. A seguir ao vintismo veio D. Miguel I, e a seguir à I República veio o Estado Novo. Ou seja, há a percepção periódica de que o sistema político-partidário é intrinsecamente mau, pelo que se tenta construir algo de novo, sem partidos. A minha proposta insere-se nessa recusa dos partidos, mas salvaguardando o essencial democrático. Concordo em que seria dificil esperar que o batalhão de comandos acabasse com a III República, e por isso acho que essa tarefa de limpeza deva ser assumida pela cidadania. Evoluindo depois para um sistema em que o Chefe de Estado - Presidente ou Rei - sirva de travão à tentação de recuperação oligárquica, por via partidária. Tudo perfeitamente possível num quadro de respeito pelas liberdades democráticas.

Publicado por: Albatroz às dezembro 17, 2004 12:49 PM

Mensagem interessante, mas um pouco excessiva. Há também políticos que querem melhorar o sistema. A verdade é que temos de lidar com os partidos que temos, na esperança de induzir algumas melhoras nos ditos. Na presente eleição faço pois algumas sugestões: em primeiro lugar, castigar o PSD por ter optado em Julho pela "solução" Santana. Em segundo lugar, castigar o PP por ter colaborado num governo inapto e por depender dum líder em quem não se pode confiar. Em terceiro lugar, votar no PS para que este tenha maioria absoluta (eventualmente, esperando pelas presidenciais para votar em Cavaco ou noutra personalidade política da direita com idêntica credibilidade). Resta-nos esperar que o PS tenha aprendido alguma coisa para que não desperdice a maioria que lhe desejo e que o PSD deixe cair a "tralha" santanista, assumindo-se de novo como um partido credível, reformista e popular.

Publicado por: Miguel RM às dezembro 17, 2004 01:03 PM

Acabo de ler a entrevista de Vasco Pulido Valente n'O Independente, em que defende a maioria absoluta para o PS e Cavaco para a presidência. Não se pode dizer que eu me sinta em má companhia (ver meu post anterior).

Publicado por: Miguel RM às dezembro 17, 2004 01:12 PM

Miguel RM em dezembro 17, 2004 01:12 PM:
Quem está na companhia do Vasco Pulido Valente está sempre em má companhia, independentemente do que escreva ...

Publicado por: Joana às dezembro 17, 2004 01:27 PM

Por outro lado, não sei a que propósito você sugere votar no PS quando se perfilam atrás de Sócrates as figuras mais pantanosas do guterrismo.
E se Sócrates foi um dos melhores ministros de Guterres, não quer dizer que tenha sido um bom ministro, muito longe disso (leia, sff, algusns comentários que fiz neste blog por alturas do congresso do PS).
Foi apenas o menos péssimo

Publicado por: Joana às dezembro 17, 2004 01:31 PM

Senaqueribe em dezembro 17, 2004 10:45 AM

O sistema que defende tem os seus atractivos. Mas, dado o nosso grau de subdesenvolvimento, corríamos o forte risco de termos uma AR recheada de toscos, o que não é compatível com uma assembleia legislativa. Talvez se os elegíveis fossem um subconjunto da população portuguesa, com as qualidades e qualificações mínimas, se pudesse fazer a experiência. Mas quem e como se escolheria esse subconjunto?

Publicado por: Albatroz às dezembro 17, 2004 01:42 PM

Esta discussão sobre o que seria melhor para o país - o PSD ou o PS - parece uma discussão entre dois presos que discutem o que seria melhor para eles: serem enforcados ou serem fuzilados...

Publicado por: Albatroz às dezembro 17, 2004 01:53 PM

Albatroz em dezembro 17, 2004 01:53 PM:
ROTFL
eh eh eh eh

Publicado por: fbmatos às dezembro 17, 2004 02:08 PM

Albatroz em dezembro 17, 2004 01:42 PM

Caro Albatroz, não vamos pensar que seriam todos toscos. De qualquer modo, seriam a representação mais genuina e democrática da nação. Não é verdade que cada cidadão vale 1 voto? Poderiam ser estabelecidas algumas regras para evitar o cretinismo, mas, quanto a mim, o princípio do sorteio e do mandato por tempo muito limitado (1 ou 2 anos) e não renovável, seria a melhor solução.
Poderia começar-se a experiência pelas autarquias: juntas de freguesia e municípios, por que não?
Estou certo que o resultado não seria pior do que a actual situação. Pelo contrário.

Publicado por: Senaqueribe às dezembro 17, 2004 02:12 PM

Os cidadãos em Atenas constituiam uma elite muito restrita, não mais de 10% da população da cidade, que se conheciam todos.Soluções de Atenas de há 2500 anos, que ainda por cima deram para o torto, não me parecem boas actualmente.

Publicado por: Hector às dezembro 17, 2004 02:46 PM

Nem nos condomínios essa solução é boa!

Publicado por: Hector às dezembro 17, 2004 02:47 PM

Cara Joana,
Se sugiro votar PS é porque essa me parece ser a solução menos má para a embrulhada em que estamos metidos. Sendo moderadamente céptico, estou habituado a ter de fazer escolhas entre soluções que estão longe de ser boas. Sou moderadamente céptico em relação aos partidos, mas também o sou em relação a profetas da desgraça. Em Fevereiro não se decide "o destino da Pátria" ou qualquer outra patacuada do género. Apenas se decide como é que vamos prosseguir a vidinha de todos nós.

Publicado por: MIguel RM às dezembro 17, 2004 03:57 PM

Se em Atenas não foi bom, aplique-se Esparta.

Publicado por: carlos alberto às dezembro 17, 2004 06:21 PM

A solução espartana é a que vai ser aplicada. Mais tarde ou mais cedo.

Publicado por: David às dezembro 17, 2004 07:13 PM

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