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outubro 04, 2004

O Ranking das Escolas

Foi divulgada a lista ordenada das escolas secundárias com base nas notas dos exames nacionais do 12º ano. É importante que estes valores sejam divulgados publicamente. Mas é igualmente importante que as análises dos resultados sejam feitas com objectividade evitando considerar os números como um valor absoluto em si. É importante, por exemplo, cotejarem-se os números com a origem social dos alunos.

Em primeiro lugar têm que ser analisadas com cautela as variações interanuais das escolas: as alegadas descidas e subidas de determinadas escolas têm um significado muito relativo. Há turmas excepcionais que enviesam os resultados de um ano e que só se repetem alguns anos depois. Portanto, uma dada escola estar, num ano, em 10º lugar e, no outro ano, em 20º lugar, pode ter um significado muito relativo. O resultado de uma dada escola deve ser avaliado ao longo de uma série temporal suficientemente extensa para corrigir, estatisticamente, resultados “marginais”. Não só o seu resultado relativo (classificação no ranking) como o seu resultado absoluto (evolução das médias anuais das notas dos exames nacionais do 12º ano em cada escola). No mínimo deveriam usar-se 4 anos.

Há análises quantitativas que são válidas, independentemente de considerações sobre a origem social dos alunos que frequentam as escolas. Uma delas é a variação das médias globais de um ano para o outro. Se, escola a escola, pode haver enviesamento, para o todo nacional funciona a lei dos grandes números. Ora entre 2003 e 2004 houve diminuição da média global (todas as disciplinas) e diminuição das médias de todas as disciplinas (excepto Física). Se a subida (descida) numa dada disciplina pode ser interpretada pela menor (ou maior) dificuldade das provas, a descida generalizada é preocupante, porque tem seguramente a ver com o abaixamento do nível de preparação dos alunos.

A agravar a conclusão anterior, verificou-se um aumento da dispersão dos resultados, isto é, aumentou a diferença entre as médias dos alunos melhores e as médias dos alunos piores. E as disparidades verificaram-se não só entre zonas ricas e pobres, mas também entre concelhos com um grau de desenvolvimento semelhante. A interpretação parece clara: os alunos mais empenhados nas candidaturas ao superior têm melhorado, ano após ano, os seus resultados face aos alunos menos empenhados e o empenho nas classes mais favorecidas na educação dos seus filhos aumentou mais (ou diminui menos) que o empenho das classes mais desfavorecidas.

Outra conclusão que se pode tirar na comparação global entre escolas públicas e privadas é que a diferença se acentuou, isto é, as médias globais das escolas privadas caíram menos que as públicas. Isto aconteceu em todas as disciplinas, excepto em Física, aliás igualmente a única disciplina onde a média das escolas públicas superou a das privadas. Esta conclusão remete para uma interpretação que me parece consistente: as escolas privadas estão a fazer um esforço maior que as públicas no sentido da melhoria do desempenho dos seus alunos. Ora isto é natural: as escolas privadas, principalmente nos grandes meios, vivem em concorrência e têm que apresentar resultados para obterem clientela. Por isso, a importância da divulgação dos resultados como factor incentivador da melhoria do desempenho das escolas é mais patente junto das privadas que junto das públicas.

Há todavia uma comparação que tem que ser feita de forma muito cautelosa: a do ranking relativo das diversas escolas. As médias dependem não apenas da qualidade do ensino e da qualidade e esforço do corpo docente, como do espectro social dos alunos que as frequentam. Alunos oriundos de bairros problemáticos têm, à partida, mais dificuldade de aprendizagem, menos preparação de base e menos ambiente de estudo que os oriundos dos meios intelectuais. Ora as escolas privadas (excepto as ligadas a entidades de solidariedade social) seleccionam automaticamente os seus alunos pelo valor das propinas mensais. As escolas públicas não podem recusar alunos que morem na sua zona, em maior ou menor número, consoante a zona geográfica onde se inserem. Por isso as comparações “directas” entre escolas públicas e privadas podem levar a conclusões precipitadas e erróneas.

Em todo o caso, se a média mais baixa não derivar apenas das médias do segmento mais problemático, mas também da pior preparação dos melhores alunos devida à necessidade de adequar o ritmo de aprendizagem ao ritmo dos alunos mais fracos, então aí temos um problema: independentemente da responsabilidade do corpo docente nesse menor aproveitamento, a escola pública não está a prestar um serviço adequado.

Como ideia geral parece-me o seguinte: continuo convencida que, por enquanto, nas escolas mais centrais dos grandes centros urbanos, com corpo docente mais consolidado, a qualificação do corpo docente público é superior ao privado. Em contrapartida, no ensino privado há mais apoio aos alunos que se atrasam nos estudos e necessitam recuperar. Também há mais apoio e diversidade a nível de actividades lúdicas e desportivas e na integração dos alunos no todo do corpo discente. Os alunos do ensino público estão mais entregues a si próprios, mas isso não constitui apenas desvantagens, pois torna-os mais responsáveis e capazes de autonomia de decisão.

Todavia parece-me que o começo da divulgação do ranking das escolas, a partir das notas dos exames nacionais do 12º ano, tem incentivado as escolas privadas a melhorarem o seu desempenho com o intuito óbvio de aumentarem a sua procura (e eventualmente as propinas mensais), o que é menos visível com as escolas públicas. Se este processo se aprofundar podemos correr o risco de ver o ensino público a degradar-se de forma cada vez mais rápida face ao privado.

Não vou espraiar-me em comentários sobre as medidas a tomar. Em primeiro lugar não concordo com a “gestão democrática”. A escola, a nível administrativo, tem que ter um "patrão" não eleito pelos seus pares, pois senão aquele pode tornar-se apenas o intérprete dos interesses corporativos dos professores daquela escola. As sociedades onde as chefias das empresas eram eleitas implodiram, fundamentalmente, pela sua ruína económica.

Em segundo lugar deve haver estabilidade do corpo docente. Não a estabilidade do “asilo”, mas a estabilidade da competência. Para tal a escola deve ter autonomia e responsabilidade. Não há nenhuma entidade que possa melhorar sem ter nada a ver com a escolha dos profissionais que a integram. A escola é uma organização especial, mas que não escapa às leis da gestão. Ela deve ter a decisão sobre quem contrata. Isso permitiria corrigir, adicionalmente, o problema de, actualmente, a afectação de professores não ter em conta o seu desempenho, mas apenas as suas habilitações e a antiguidade.

Mas esta reforma não é apenas uma questão de uma decisão governamental. Devia igualmente ter, mesmo que parcialmente, o apoio sindical e não me parece que os sindicatos tenham interesse numa reforma deste tipo.

Por falar em sindicatos, a FENPROF comentou a divulgação dos resultados criticando o facto de estas listas serem apresentadas como "pretendendo ser um estímulo à melhoria das 'piores' escolas", mas que acabam por "colocar dificuldades acrescidas, tornando os estabelecimentos de ensino alvo de discriminação e desmoralizando alunos, professores e pais". E insistindo que as notas não são tudo, porque o ensino se destina nomeadamente "ao desenvolvimento de capacidades e comportamentos que não são avaliáveis em testes escritos".

Estas declarações são espantosas. Como os resultados mensuráveis são fracos, a FENPROF contrapõe alegados valores imateriais. Mas será que as escolas públicas estão atentas "ao desenvolvimento de capacidades e comportamentos que não são avaliáveis em testes escritos"?

Em face do silêncio da FENPROF perante a falsificação generalizada de atestados médicos para milhares de professores passarem à frente de colegas mais qualificados, é legítimo perguntar se "o desenvolvimento de capacidades e comportamentos que não são avaliáveis em testes escritos" tem a ver com o sentido de desenrascanço fraudulento evidenciado por tantos professores.

Quanto à discriminação do ensino público e à desmoralização de alunos, professores e pais, certamente que o corporativismo estéril e anquilosante da FENPROF tem sido um dos principais responsáveis.

Os sindicatos dos professores nunca mostraram qualquer interesse por questões pedagógicas e pela deontologia profissional dos seus associados, excepto quando aqueles conceitos, que eles entretanto esvaziaram de significado, servem com arma de arremesso político ou como embalagem de discursos reivindicativos.

Certamente que, se a FENPROF fosse uma organização com aquelas preocupações não faria comentários daquela índole que não explicam nada e só prejudicam a imagem dos professores do ensino público.

Publicado por Joana às outubro 4, 2004 10:36 AM

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Comentários

Análise bastante equilibrada

Publicado por: Clemente às outubro 4, 2004 04:44 PM

Claro que tinha que haver uma piada suja sobre os sindicatos

Publicado por: Cisco Kid às outubro 4, 2004 09:04 PM

Na minha (muito) modesta opinião,a verdade é que as escolas públicas não conseguirão nunca competir com as escolas privadas, e passo a explicar a razão principal:
-actualmente servem como depósito de crianças e jovens, basta pensarmos numa reunião com encarregados de educação, aparecem na melhor das hipóteses 40% dos encarregados da educação, não poucas vezes os avós.
Por outro lado, se a lógica do gestor privado nomeado chegar às escolas, quem vai executar este serviço público??? como se avalia o seu desempenho?? através do dinheiro que consegue não gastar??

É verdade que numa escola há muito desperdício (material e monetário), é verdade que para o dinheiro que se gasta, os resultados deveriam ser muito melhores do que realmente são!
O problema reside no país, na sua incapacidade de estabelecer um plano a longo prazo, os diagnósticos já estão todos feitos, também já sabemos o que fazemos bem feito, no entanto os nossos governantes, actuais e todos os anteriores, continuam a olhar para o lado, pensando apenas no dia de hoje e nunca no dia de amanhã, não admira o facto de não conseguirem elaborar e implementar um plano de longo prazo para a nação (à imagem do que fez a Irlanda há uns anos).

A falta de rumo para o país reflecte-se também na escola que temos e nas sucessivas reformas que a têm atingido (sem resultados positivos, diga-se).

Ao nível da formação profissional continuamos a marcar passo, o importante é certificar quem tem o curso xpto e não certificar que determinada pessoa (o formando) sabe fazer algo.

Ao longo do últimos anos gastámos dinheiro na educação de uma forma inglória, sem grande retorno.

Só mais uma para acabar, se a escola pública aumenta o nível de exigência, para deste modo obter melhores resultados e ficar melhor classificada no ranking, irá também aumentar (e muito) as anulações de matrícula, e com isso o abandono escolar (já de si muito elevado).


Soluções ??

Alves

Publicado por: Alves às outubro 5, 2004 12:29 AM

COLÉGIO S. JOÃO DE BRITO VERSUS ESCOLA SECUNDÁRIA DE BRAGA
No Colégio São João de Brito (CSJB), em Lisboa, as crianças ainda estão em gestação e já foram pré-inscritas; na Escola Secundária Carlos Amarante (ESCA), em Braga, as crianças são provenientes de numerosas escolas do ensino básico e inscrevem-se livremente.

NO CSJB é preciso pertencer à classe média alta para poder suportar as propinas caras de doze anos de escolaridade mais a infantil e pré-primário; na ESCA basta ser residente em Braga para um jovem se poder inscrever.

Os alunos do CSJB são a "nata" da classe média, têm desde a nascença todos os recursos necessários à formação e acesso á informação, são estimulados desde crianças para a competitividade pelos pais médicos, engenheiros, juristas ou economistas, todos eles desejam ser doutores. Na ESCA os jovens tanto podem ser filhos do juiz como do pedreiro, muitos terão os pais desempregados porque a fábrica têxtil fechou, são a amostra de toda uma cidade com todas as suas realidades sociais.

No CSJB há estabilidade do quadro de professores e dos dirigentes; a ESCA está sujeitas a todas as diatribes do ministério da Educação, sofrem as consequências dos problemas dos professores, das asneiras na gestão do sistema de ensino.

No CSJB foram feitos 372 exames do 12.º ano, a média foi de 136,8 e situa-se em terceiro lugar no ranking das escolas. Na ESCA foram feitos 1697 exames, a média foi de 122,4 e está no vigésimo lugar no ranking. (Ranking Expresso Link - Burrices Link)

A diferença é de 14,4 valores, isto é, o CSJB tem mais 11,7% na média dos valores obtidos em exames.

Qual é a melhor escola? É o Colégio São João de Brito, dizem todos eles.

Qual é a escola com melhor qualidade de ensino? É a escola Secundário Carlos Amarante, aposto eu!

Em que escola inscrevia o seu filho se estivessem situadas na mesma localidade? Eu optava pela Escola Secundária Carlos Amarante.


Posted at 10/4/2004 1:19:55 pm by Roncinante
Coices dados (4) Permalink
in blog jumento

Publicado por: zippiz às outubro 5, 2004 01:39 AM

Mesmo assim o valor de 11,7% está inflacionado. Na verdade, sendo a avaliação feita por uma escala de 200 pontos (e não valores…) a base para o cálculo da percentagem serão estes 200 pontos. A diferença de 14,4 pontos entre as duas escolas representa 7,2% nesta escala. Apenas 7,2%! Será que 7,2% de ganho justificam €1.500 mensais de propinas (um pouco mais que o ordenado de um professor do Secundário com quase 20 anos de serviço)? Ou seja, cada valor (10 pontos) ganho vale cerca de €1.040 POR MÊS! Mais do que qualquer outro indicador, esta comparação dá-nos a justa medida da eficácia das nossas elites, de onde saiem a maioria dos dirigentes do Estado e das empresas: muito pouca.
Comerntário ao post acima , também em : http://jumento.blogdrive.com/

Publicado por: zippiz às outubro 5, 2004 01:44 AM

E eu digo que os meus filhos entraram para a faculdade com médias de 16 e 19 valores.
E andaram no SJBrito.
Foi dinheirinho muito bem empregue.

Publicado por: Átila às outubro 5, 2004 07:41 PM

zippiz em outubro 5, 2004 01:39 AM:
Para uma diferença de médias tão pequena e atendendo ao estrato social dos alunos, a Escola Secundária Carlos Amarante deve ter tido um melhor desempenho.

Mas isso foi o que eu escrevi: é importante haver um ranking; mas é também muito importante saber lê-lo.

Publicado por: Joana às outubro 6, 2004 09:56 AM

Átila em outubro 5, 2004 07:41 PM:
Os meus irmãos e eu andámos sempre em escolas públicas, excepto nos "kindergarten", e entrámos todos nas universidades públicas e, todos menos um, com médias elevadas.

Por exemplo, a minha irmã mais nova entrou em Arquitectura (julgo que há uns 8 ou 9 anos) com média de 19,2 valores.

Publicado por: Joana às outubro 6, 2004 10:02 AM

Janica,

Pois é. E ainda bem. Suponho que vai pôr as crianças nas escolas públicas. Eu preferi não arriscar, mas recordo que a opção foi tomada há muitos anos.

E também conheço crianças que andaram no SJB, não tinham notas decentes, foram para esquemas alternativos e acabaram a entrar em medicina com 19,5. Mas vão ser muito maus médicos...

Publicado por: Átila às outubro 6, 2004 04:00 PM

A ministra quer acabar com o ranking. Diz que é sadismo para as piores.
E eu a julgar que era para elas verem se ganhavam juízo.
São só tiros no pé.

Publicado por: J Ulio às outubro 10, 2004 01:41 PM

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Publicado por: Chips às fevereiro 20, 2005 12:07 AM

AUTHOR: Adalberto
EMAIL: gocha@see.pt
IP: 65.111.217.130
URL:
DATE: 03/01/2005 06:58:22 AM

Publicado por: Adalberto às março 1, 2005 06:58 AM

Eu concordo com o seu comentário ja que nao e facil deixar tanto dinheiro em colegios privados e falo por expriencia propria.
A minha filha optou pelo ensino privado e eu apoiei a sua decisão. Alguns anos depois entrou em enfermagem com media de 17,5. O meu filho mais novo optou pelo ensino público e entrou em Arquitetura com a mesma media da minha filha.
Já agora para terminar a minha filha frequentou o Colegio D. Diogo em Braga, enquanto que o meu filho frequentou a ESCA. Sinceramente, eu, gostei bastante mais dos métodos de ensino da ESCA do que do Colégio, já que sou professor do ensino secundário e sei avaliar o modo de como os conteudos são lecionados.

Publicado por: western às junho 14, 2005 09:47 PM

Primeiro quero saudar os intervenientes e um bem haja a este espação de comunicação.
antes de mais quero trazer a coação uma pergunta breve: como avaliar objectivamente a rede complexa que constitui o tecido educativo? que critérios?
Não quero com isto promover a ausência de avaliação, só que me parece que o modelo não equaciona todas as idiosincrasias de uma determinada escola para depois efectivamente a poder comparar com outra.
Talvez até, ao focarmo-nos nesta avalição e seus problemas, falhamos o essencial: que são, quer se queira quer não, os Professores.
de que vale mudar programas, mudar ritmos de aulas, estruturas, se em moldes novos continuamos a trabalhar da mesma forma. também não quero com isto dizer que os professores devam ser o bode expiatório de todos os males que assolam a nossa escola, mas como agentes dessa tem de assumir responsabilidade e assumiri uma resposta perante ela, ie, perante os alunos, os outro professores, os pais dos alunos e encarregados de educação, a cumindade local, etc.
a escola tem de se abrir a si mesma e consequentemente ao exterior, ter de dobrar os muros que a tornam assética, de forma a que o processo educativa se actualize efectivamente.
não é o nome da escola que torna o ensino melhor ou pior, necessariamente, mas são os professores, num trabalho consciente e reflexivo, que potenciam contextos de aprendizagem e motivação para os alunos... Porque a escola também é vida e por isso se deve aprender a estar e ser nela, que o mesmo seria dizer aprender a viver.
assim verdadeiramente a questão a colocar seria: que formação para os professores? Qual o trabalho dado à Escola, aos alunos?...porque pode-se reformular tudo, não se reformando nada: os professores continuam a debitar matéria como se tivessem contraído um crédito com o Banco/Escola.
quando tivermos professores dedicados e cientes da sua real função de nada vale falar em público e privado, numa equivalencia de melhor ou pior ensino, porque aí, então teremos o melhor possível consoante os contextos institucionais.

Publicado por: Sérgio às outubro 19, 2005 06:05 PM

Nestes ultimos anos tenho seguido com atenção os rankings que a imprensa tem publicado.
Procuro ver os aspectos positivos que elas contem. E não são poucos. O mais relevante é o de revelar as consequencias das opções destes ultimos 30 anos na área do ensino. Como por exemplo nas áreas científicas como a Fisica, Matemática e Química.
Revela ainda as consequencias da política de colocação de docentes que os governos têm insistido contra todas as evidencias, não permitindo a estabilização de programas e métodos.
Dizem muito tambem da qualidade dos Conselhos Directivos.
Por ultimo, o que dizer dos pais que em boa parte não assumem o seu verdadeiro papel? Despejam os alunos nas escolas, perguntam de vez em quando aos filhos pelas notas e pouco mais? E quando os resultados baixam culpam a escola e os professores?

O rankink permite fazer um diagnóstico possivel mas objectivo e assim escolher as melhores terapias para a correcção deste problema.
Será que teremos todos nós a vontade de corrigir, isto é, mudar?
Pelo que a ministra e os sindicatos dizem, julgo que a vontade é pouca.

Publicado por: J. Soares às outubro 24, 2005 04:23 PM

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