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outubro 20, 2004

CAPITAL Times

Com pompa e circunstância, num editorial assinado pelo seu director, o jornal A Capital declarou publicamente o seu apoio a Kerry.

É importante que neste esconso esquecido dos States, surja um jornal que siga as pisadas dos grandes jornais de referência do seu país, de um jornal da sua cidade mais emblemática, o New York Times, e, também ele, pequenino embora, na sua distante e provinciana cidade, tome a clara, pública e inequívoca decisão de apoiar um dos candidatos, neste caso, Kerry.

No próximo dia 2 de Novembro lá veremos todos os fiéis leitores d’A Capital (eu nem sou leitora fiel, nem estou recenseada) alinhados em extensa e obediente fila, a deporem, convictos, o seu voto em Kerry. E será um enorme motivo de satisfação para Luís Osório que todos os grandes eleitores deste longínquo e ignorado desvão dos States venham a engrossar, no colégio eleitoral, o número dos votos de Kerry.

No que toca às questões da política interna, a matéria é mais controversa. Neste esconso insalubre dos States os meios de comunicação têm como ponto de honra tomarem compulsivamente partido e exigirem publicamente, com idêntica e compulsiva fé, que seja reconhecida a sua evidente independência e óbvia neutralidade.

Os nossos meios de comunicação tomam partido porque tal é um imperativo moral, filosófico e político. O facto de ser sempre o mesmo, não menoscaba a sua independência e neutralidade: Pertencem todos ao mesmo quadrante político e ideológico, confluíram todos ali, quem não comunga das suas opiniões é, se está humildemente calado, um ignaro, ou, se reponta, um intolerante fundamentalista. Em ambos os casos indignos de partilhar do mester que eles próprios açambarcaram.

A mesnada jornalista reproduz-se em circuito fechado e é ciosa da sua armadura ideológica e das causas que defende. As causas são comuns pois todos os elementos da mesnada comungam dos mesmos ideais e se arregimentam sob o mesmo estandarte. Pôr em causa a sua independência e a sua neutralidade é uma ofensa evidente: os valores não se questionam.

É por isso que neste desvão dos States, no que concerne às questões internas, os órgãos de comunicação não proclamam, publicamente, a sua linha política. Esta apenas resulta, necessariamente, de um imperativo filosófico comum.

Publicado por Joana às outubro 20, 2004 10:30 PM

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Comentários

Eu voto Bush. Onde é que é a secção de voto?

Publicado por: Coruja às outubro 20, 2004 11:24 PM

Você está proibida de publicar comentários destes a esta hora. Estou a ver que não vou conseguir dormir tão depressa, porque ainda estarei a rir-me às três da manhã.
O problema do jornalismo português é este e não outro. É a bacoquice instituída.
Quanto à parte mais séria do seu comentário, não faça como os jornais portugueses que critica.
Diga lá: quais são os valores ideológicos dominantes na comunicação social portuguesa?

# : - ))

Publicado por: (M)arca Amarela às outubro 21, 2004 12:10 AM

Devemos todos votar porque as decisões do Presidente dos States nos afectam a todos

Publicado por: Ventura às outubro 21, 2004 12:58 AM

Completamente de acordo, amigo Ventura. Se sofremos as consequências, então devemos ter o poder de escolher

Publicado por: Grotius às outubro 21, 2004 01:04 AM

O problema é que eles não vieram cá em campanha. Assim não está bem

Publicado por: rave às outubro 21, 2004 09:36 AM

Os valores ideológicos dominantes na nossa comunicação social são, pelo que me tenho apercebido, os veiculados pela geração que despontou para a razão nas décadas de 60 e 70 (revoltas estudantis, Maio de 68, 25 de Abril, etc.) na sua componente esquerdista. Actualmente englobará, no espectro político, o BE e a ala esquerda do PS. Mas socialmente é mais vasta. Há gente do PSD e da ala esquerda do PS que também comunga de muitos desses valores, a maior parte aliás oriunda daquela geração.

O facto de, em matéria de política geral, se ter, às vezes, opiniões diversas não significa nada. Olhe o JMF. Aparece a defender a política do Bush embora, visceralmente, seja daquela área, algo difusa e de contornos mal definidos, que eu esbocei acima.

Não há dúvida que a sua emergência na comunicação social esteve ligada ao descrédito do anterior regime e à necessidade de novas posturas. Por exemplo, quando Balsemão lançou o Expresso, antes do 25 de Abril, contactou para jornalistas principalmente, ou apenas, gente de esquerda. Muitos aceitaram. Os alinhados com o PC recusaram (não sei se todos). Pouco tempo depois do 25 de Abril, um dos ligados a esses contactos (hoje faz parte da AACS) confidenciava ao meu pai: «a malta cometeu um erro em não aceitar. Hoje o Expresso seria nosso!». Provavelmente tê-lo-iam levado à falência, como aconteceu com a Seara Nova, o Diário, etc.

Publicado por: Joana às outubro 21, 2004 01:02 PM

Joana em outubro 21, 2004 01:02 PM

A sua resposta é elucidativa. Eu já suspeitava, mas o que escreveu tirou-me as dúvidas, embora permaneça uma zona de sombra resultante da indefinição dos conceitos.
Por exemplo, quando você escreve «na sua componente esquerdista», inclui o PCP? Refere-se apenas à chamada «extrema-esquerda«? Ou pretende apenas sinalizar o MRPP e os maoistas em geral?
Trata-se de uma distinção importante, quando falamos de jornalistas.
Por outro lado, você parece entender que os jornalistas que tiveram um ponto de partida comum da área a que chama «esquerdista» e agora estão dispersos pelo PS, PSD, BE – e sabe-se lá que mais – transportaram consigo e mantêm os valores ideológicos de origem. É difícil perceber como se muda de família ideológica mantendo os valores da família anterior, tal como é difícil perceber que a nova família aceite sem pestanejar a promiscuidade daí resultante.
A verdade é que o trânsito de tais jornalistas é precedido de uma mudança de valores. O que acontece, num ou noutro caso (raros, aliás), é que a má consciência vem, ocasionalmente, ao de cima.
Quanto ao JMF, creio já lhe ter dito que não serve de exemplo para coisa nenhuma. A não ser que se queira apontar um modelo de incompetência, de falta de vergonha e de coluna vertebral. Os «valores» do JMF são o ordenado e o cartão de crédito, a sua doutrina é o pensamento do patrão. Não meta a ideologia nisto.
Quando escreve «a sua emergência na comunicação social esteve ligada ao descrédito do anterior regime e à necessidade de novas posturas» refere-se a quem e ao quê?
Que eu saiba, o «descrédito» do fascismo português acentua-se imediatamente a seguir à Segunda Guerra Mundial e confronta-se, durante a década de 50, com um movimento popular cada vez mais significativo (veja o que se passou com a candidatura de Humberto Delgado).
A «emergência» de uma geração de jornalistas na década de 60 é resultado de um complexo, mas bem conhecido, conjunto de factores (da Pide e da censura à guerra colonial) e tem muito pouco que ver com a geração que surge depois do 25 de Abril.
Isso é, no entanto, história.
Onde você comete um erro monumental é em considerar que os jornalistas da geração de 60 têm algum papel nas redacções de hoje. Muitos já morreram, outros reformaram-se, uma grande parte está desempregada e os poucos que restam têm funções sem projecção editorial. Uma meia dúzia converteu-se e, como todos os cristãos novos, é mais veemente a defender «os novos valores» que os crentes naturais.
Repare que mesmo os que tinham 20 anos em 1974 têm agora 50. Você já olhou bem para a cara dos jornalistas que aparecem na Televisão? Já tentou avaliar a idade dos que aparecem nas conferências de imprensa e nas reportagens do Iraque? Faz alguma ideia de qual é a idade média dos jornalistas em actividade e de qual é a política de contratações e despedimentos das administrações? Enfim, você sabe do que é que está a falar?
Essas historietas sobre o «Expresso», por exemplo, não têm qualquer base real.
1 - Não é verdade que Balsemão tivesse contactado «principalmente», e muito menos «apenas», gente de esquerda.
2 - Não é verdade que aquilo a que chama «alinhados com o PC» (presumindo que se queira referir a militantes e simpatizantes comunistas) tivessem recusado um eventual convite de Balsemão. Havia jornalistas comunistas em quase todas as redacções e não havia razão nenhuma que justificasse uma recusa em trabalhar no «Expresso». Mais: muitos jornalistas comunistas (e «alinhados») tinham trabalhado com Balsemão no «Diário Popular». Balsemão não era, de todo, um «inimigo» para os jornalistas comunistas.
Se alguém foi convidado e não aceitou, fê-lo, certamente, por motivos pessoais. E a esfera privada das pessoas não serve para generalizações sociológicas.
Acho de mau gosto a sua pseudo-inconfidência em relação ao membro da AACS. No seu lugar, eu calar-me-ia ou, assumindo a denúncia, indicaria claramente o nome.
De qualquer modo, não só «a malta» não cometeu nenhum erro (porque «a malta» não agiu concertadamente), como hoje o «Expresso» não seria «da malta». Como não foi a «República», ou o «Diário de Lisboa» ou «O Diário». Isto porque os jornalistas não têm vocação para administradores (veja o caso de «o jornal»). Ipso facto, não são os jornalistas que levam os jornais à falência. Nem a falência é um privilégio dos jornais de esquerda (faça lã as contas e veja qual é a percentagem de publicações de esquerda falidas (ou encerradas), no conjunto dos media falidos nos últimos 50 anos em Portugal).
E jã que mencionou a «Seara Nova», deixe-me dizer-lhe que a «Seara Nova» era uma publicação com uma função histórica e social que desapareceu por força das transformações políticas e sociais ocorridas com o 25 de Abril. Não faliu, morreu de morte natural.
Aqui chegados, temos que concluir que você pensa que os media estão povoados de fantasmas dos anos 60, esqueletos nos armários, quiçá múmias paralíticas.
De qualquer modo, o que lhe pedi para dizer não foi quem é que você pensa que habita as redacções dos jornais, mas sim para enunciar «os valores ideológicos dominantes» na comunicação social portuguesa. Sobre isso, como é seu hábito, chutou para fora.

Publicado por: (M)arca Amarela às outubro 21, 2004 04:41 PM

(M)arca Amarela em outubro 21, 2004 04:41 PM
A questão etária não é relevante, pois como tive o cuidado de escrever «A mesnada jornalista reproduz-se em circuito fechado».
O que lhe disse sobre o Expresso foi-me contado por quem viveu directamente os acontecimentos. Se é falso, o meu informador é um mentiroso.

Falando sobre a Seara Nova, queria dizer o seguinte (embora reportando-me a dados fornecidos por esse informador mentiroso):
Quando se deu o 25 de Abril, o director da revista era Rodrigues Lapa, que havia sido escolhido como uma não-solução (ele tinha perto de 80 anos e vivia na Anadia de onde raramente saía). Na época o PCP estava na fase unitária. Embora a maioria das acções conhecidas estivesse em poder de gente afecta ao PCP, houve vontade de constituir uma redacção alargada. O nome indigitado para director foi Ulpiano Nascimento. Houve algumas reuniões inconclusivas e, no início de 1975, os membros da redacção militantes do PC foram chamados a uma reunião com um elemento do CC, de nome Albano Nunes, onde foram instruídos que tinham que deixar cair o nome de Ulpiano Nascimento em virtude de este ter “falado” na PIDE. A reunião realizou-se na Rua António Serpa, onde era então a sede do PCP. O mesmo Albano Nunes contactou Ulpiano Nascimento no mesmo sentido, sugerindo que declinasse o convite.
Ulpiano Nascimento declinou o convite na reunião “unitária” seguinte, alegando que não havia condições para um trabalho conjunto, e a tentativa unitária acabou ali. Em vez de Rodrigues Lapa, passou a haver um director interino, que era o anterior chefe da redacção. Se quiser saber o nome dele, consulte os exemplares da época (embora sem intuitos delatores, acrescento que ele hoje está na AACS). As veleidades unitárias acabaram.
A partir daí a Seara Nova foi resvalando para o unilateralismo ideológico. Durante 1975/76 o número de assinantes passou de mais de 30 mil para menos 10 mil. A política editorial também foi um desastre. Em fins de 1976 a situação era insustentável, procurava-se um nome sonante e consensual para director da revista e o director interino lançou o nome de Ulpiano Nascimento. Quem me deu estas informações perguntou-lhe então:
- Mas não foi assegurado que Ulpiano Nascimento falou na PIDE?
Ao que o director interino respondeu que lhe fora dito (o meu informador julga que por Aboim Inglês) que aquilo fora um completo equívoco (??). Todavia já não havia condições para a retoma. A Seara Nova estava demasiadamente conotada com o PC. Tinha demasiadas dívidas. Entre 1974 e 1978 (ou até deixar de sair) a Seara Nova nunca pagou aos seus colaboradores, à maioria dos seus tradutores, os direitos de autor a nacionais e a estrangeiros, às empresas onde imprimia a revista e os livros, à Segurança Social, etc., etc.. O formato de revista mensal já não era o adequado. Teria que passar a semanal. Para tudo isso era preciso muito dinheiro para pagar as dívidas e investir numa publicação mais actuante. E lentamente foi-se deixando de publicar.
Em 1984 ou 1985 houve uma tentativa de reiniciar a publicação, em que estiveram envolvidos Ulpiano Nascimento (que entretanto adquirira a propriedade do nome da revista), Piteira Santos e mais 5 ou 6 pessoas (entre elas o meu informador mentiroso), que não teve sequência (apareceram uns números sem periodicidade, com enlatados). Aliás o meu informador já tinha, na época, a opinião que o assunto estava morto e enterrado e não chegou a colaborar na tentativa de ressurreição.

Publicado por: Joana às outubro 21, 2004 07:57 PM

Só duas observações:
1 - Tudo o que escreveu sobre a «Seara Nova» só prova o que eu disse: morreu de morte natural. Ou seja, não havia qualquer hipótese de sobrevivência, no pós 25 de Abril, de uma revista como a «Seara Nova». O resto é irrelevante. Nem estou particularmente interessado em discutir o que fez o PCP há 30 anos, na Seara Nova ou noutro lado. Pela minha parte, vivo em 2004.
2 - Eu não chamei mentiroso ao seu informador. Só lhe disse que aquilo que lhe atribui sobre o «Expresso» não é verdade. Se ele estava mal informado ou tem outras razões para dizer o que diz é um problema dele. Aliás é fácil comprovar. Telefone-lhe e peça-lhe para ele lhe dizer quem foram os «alinhados com o PCP» que recusaram um convite para fundar o «Expresso». Tomara o PCP que Balsemão fizesse esses convites em massa.
3 - Verifico que continua mais interessada em atirar bolas para o pinhal do que em responder à questão original e actual, isto é, QUAIS SÃO OS VALORES IDEOLÓGICOS DOMINANTES NA COMUNICAÇÃO SOCIAL PORTUGUESA?

Publicado por: (M)arca Amarela às outubro 21, 2004 08:36 PM

De um pormenor:
A expressão «falar na PIDE» ou «falou na PIDE», presta ao equívoco. Eu também «falei na PIDE», imensas vezes, e nunca lá estive.

Publicado por: asdrubal às outubro 21, 2004 10:43 PM

Joana,
Vc anda a ler muito JPPereira, no que ao controlo da comunicação diz respeito.
Talvez se ler mais o Abrupto se possa juntar aos que acham que este governo vai cair "como se fosse uma nódoa"...

ps: o arquitecto no Expresso e JMF no Público , só podem descansar a esquerda...e dá-se de barato o processo de nomeação do actual director do DN, que deve ser uma jóia de pessoa.

Publicado por: zippiz às outubro 21, 2004 11:24 PM

Acabei de ler agora no Correio da Manhã, que o Benfica contratou um feiticeiro na Guiné, o qual garante o campeonato e mais qualquer coisinha a pedido.
Não era necessário.

Podiam contar com a clarividência de Luís Osório que:
Adivinhou que o Presidente da República ia dissolver o Parlamento.
Adivinhou que já estava encontrado o corpo da malograda Joana.
E agora adivinhou que o Bush é um perigo mundial se ganhar as eleições.

Se ele se chegar perto de mim com os números do totoloto dou-lhe uma chapada.

Publicado por: Carlos Alberto às outubro 22, 2004 12:33 AM

belo chat...e belissimo post

Publicado por: jpt às outubro 22, 2004 07:39 AM

Finalmente discute-se comunicação social em Portugal.

Este governo faz "mexer" os portugueses.Pelo menos,obriga-os a pensar.

Como o ataque tem sido feito aos "jornalistas-terroristas" que enxameiam a nossa comunicação social,eis que surgem os seus defensores vindos da "sinistra"

Ficamos então a saber que o Governo está no belo e bom caminho para denunciar o "terrorismo".

E,curiosamente,fala-se no Expresso e no Público.À mistura surge o nome de MRS.

Fiquei informado!

Já sei quem é que a "sinistra" defende.

Uff!

Estou mais descansado,cara JOANA!

PS: JOANA,informe aí em Portugal,os funcionários públicos,que os professores em França,a partir de amanhã,dia 23 de Outubro,entram em férias até 3 de Novembro.Se bater à porta dum estabelecimento de ensino saiba que nem o porteiro lá se encontra.

Que coisa horrível esta !
A Gália é outra Europa.

Publicado por: ZEUS8441 às outubro 22, 2004 12:00 PM

Esqueci-me do mais importante:

eu voto BUSH !

Avisei que o "pater familias" era todo Bush e,por conseguinte, não seriam permitidos desvios,mesmo que a mulher do outro fosse portuguesa.

Publicado por: ZEUS8441 às outubro 22, 2004 12:13 PM

(M)arca Amarela em outubro 21, 2004 08:36 PM:
Tem toda a razão. O PCP assumir o controlo de uma publicação; apenas permitir que se escreva opiniões que não se afastem um milímetro da sua linha, e conseguir com isso que os leitores, mesmo entre os seus apoiantes, se afastem devido ao cinzentismo ortodoxo ... é uma morte natural!

Quanto aos « VALORES IDEOLÓGICOS DOMINANTES» (não grite por favor!) já os tinha referido em comentário anterior.

Publicado por: Joana às outubro 22, 2004 12:30 PM

asdrubal em outubro 21, 2004 10:43 PM:
Eu coloquei “falar” entre aspas exactamente para não haver confusão sobre o que pretendia dizer.

Publicado por: Joana às outubro 22, 2004 12:31 PM

zippiz em outubro 21, 2004 11:24 PM:
Há várias formas de controlo de comunicação. Umas mais inábeis, outras mais conseguidas.
As nódoas custam a sair. Não caem com essa facilidade

Publicado por: Joana às outubro 22, 2004 12:32 PM

ZEUS8441:
Não sabia que estava recenseado nos States!

Publicado por: Joana às outubro 22, 2004 12:32 PM

Joana (em várias ocasiões)

Tenho que pedir-lhe que não meta o PCP a torto e a direito nas respostas aos meus posts, porque se torna um bocado cansativo ter que repetir-lhe que eu não sou porta-voz do PCP, nem advogado, nem obcecado, nem complexado e muito menos médico especialista em autópsias.
O tema do seu comentário que era suposto estar em discussão é o dos «valores ideológicos dominantes na comunicação social portuguesa». Hoje. Em 2004. Não há dez, nem há trinta, nem há cinquenta anos.
Você pratica muito a arte de desviar as atenções para a paisagem quando sente o terreno a fugir-lhe debaixo dos pés. Mas eu não me distraio. Não basta dizer que respondeu dois dias antes para isso ser verdade.
Vejamos o que escreveu antes em relação a «valores ideológicos»:

«...Os valores ideológicos dominantes na nossa comunicação social são, pelo que me tenho apercebido, os veiculados pela geração que despontou para a razão nas décadas de 60 e 70 (revoltas estudantis, Maio de 68, 25 de Abril, etc.) na sua componente esquerdista. Actualmente englobará, no espectro político, o BE e a ala esquerda do PS. Mas socialmente é mais vasta. Há gente do PSD e da ala esquerda do PS que também comunga de muitos desses valores, a maior parte aliás oriunda daquela geração»...

Isso é, mais ou menos, o mesmo que dizer: os princípios tácticos dominantes no futebol português são os mesmos praticados pelo Benfica na década de 60.
Isto não é nada. Para sabermos se quem diz isto sabe o que diz, é preciso:
1 - Definir quais os princípios tácticos actuais;
2 - Esclarecer se sabe, de facto, quais eram os princípios tácticos do Benfica na década de 60.

É fácil e simples escrever: os valores são os mesmos. OK, mas QUAIS são esses valores?
Já era uma ajuda você esclarecer se a sua «componente esquerdista» inclui ou não o PCP.
Presumo que não. Tanto mais que é sabido que os jornalistas comunistas foram eliminados das redacções.
Presumo, também, que se refira aos esquerdistas arrependidos que hoje fazem o frete a todas as administrações, propagandeando alegremente os valores ideológicos de quem lhes paga o ordenado.
É claro que isso são presunções minhas, mas só acontecem porque você se escuda em generalizações abstractas e se recusa a concretizar o diagnóstico.
Vai desculpar-me, mas tenho que me rir, quando você diz que os valores ideológicos presentes na informação portuguesa são os dos esquerdistas da década de 60. Imagino logo o «Expresso» a defender a revolução e a instauração de uma ditadura do proletariado, ou o «Público» a defender o controlo operário nas empresas.
Há coisas demasiado sérias para serem tratadas com ligeireza.
Quanto às maiúsculas, elas não se destinam aos surdos, mas sim aos míopes.
Essa conotação com o grito está ultrapassada. Era um «valor dominante» nos chats em DOS, mas hoje já se evoluiu muito e os «valores dominantes» nos interfaces gráficos actuais são outros...
A bientôt.

Publicado por: (M)arca Amarela às outubro 22, 2004 02:40 PM

Joana
Você que parece ter alguma influência no pensamento de Zeus, veja lá se o ensina a ler um bocadinho melhor. É que parece que ele não está a perceber nada do que se escreveu até agora.

Publicado por: (M)arca Amarela às outubro 22, 2004 02:45 PM

Interessante este post e estas discussões

Publicado por: J Coelho às outubro 22, 2004 06:22 PM

Não há nada como um bom contraditório !
No Público de hoje :

(1) editorial de JMF sobre o Parlamento Europeu , arrasador dos deputados...à esquerda !
(2)artigo de MST ("amigo" de estimação de Joana) sobre PSL e o governo de iniciativa presidencial.

Aposto que nas próximas 72 horas a CC* do governo vai responder a MST e "chantagiar" Belmiro de Azevedo** para sanear o Tavares !

* CC ou central de comunicação.
** a Sonae que não pense que já chegámos à Madeira !

Publicado por: zippiz às outubro 22, 2004 10:30 PM

caro ZEUS :
com esta cena das criancices do governo acerca da comunicação social , os seus amigos do Largo do Caldas perderam o protagonismo que vinham tendo!

Publicado por: zippiz às outubro 22, 2004 10:34 PM

A guerra com o Marcelo foi um conflito interno do PSD. Se o Governo quisesse censurar a comunicação social começava por amordaçar a bocarra da Moura Guedes que distila veneno contra o governo

Publicado por: fbmatos às outubro 23, 2004 12:11 AM

Quanto ao MST, depois do patrão da TVI ter dito que não tinha sofrido pressão nenhuma, o MST ter declarado na TVI que daí tinha concluído que o Paes do Amaral sofrera pressões, se o Paes do Amaral fosse outro tinha-o despedido, por justa causa, por lhe chamar publicamente aldrabão, em horário nobre.

Publicado por: fbmatos às outubro 23, 2004 12:14 AM

A ANEDOTA DO DIA ( blog jumento)

“Enquanto a despesa pública não descer, desconfiem quando vos disserem que os impostos vão baixar". a preocupante afirmação é do pensionista mais conhecido do país, Mira Amaral. (Correio da Manhã Link)

Publicado por: zippiz às outubro 23, 2004 12:44 AM


Efeméride dos 75 anos:

24 de Outubro de 1929. «Crash» da Bolsa de Nova Iorque, que ficará conhecido pelo nome de «Quinta-feira Negra», devido à venda de 13 milhões de acções.

Esperemos que daqui a outros 75 anos o dia 2 de Novembro possa ser recordado como o dia em que os mortos morreram mesmo, isto é, o dia em que Bush deixou de ser Presidente dos EUA...

Publicado por: re-tombola às outubro 24, 2004 07:06 PM

E, já agora, outra efeméride relacionada com o 24 de Outubro:

Em 24 de Outubro de 1931, Al Capone, o famoso gangster italo-americano de Chicago, é condenado a cumprir uma pena de prisão por fraude fiscal.

Hoje em dia os "al capones" portugueses dão entrevistas (tipo Valentim Loureiro de roupão à porta de casa) e são levados em ombros pelos sucessivos Governos...

Até quando?

Publicado por: re-tombola às outubro 24, 2004 07:12 PM

re-tombola em outubro 24, 2004 07:12 PM:
Pelo que tenho lido, Al Capone também era uma personalidade do jet-set de Chicago, antes de ser preso. Dava entrevistas, era levado aos ombros pelas autoridades municipais, etc., etc.

Publicado por: Joana às outubro 25, 2004 01:18 PM

Joana em outubro 25, 2004 01:18 PM

:-) Eu limitei-me a perguntar: "até quando?"

(será a nova "Polícia Fiscal" a colocar termo a estes "carregamentos em ombros"? Hummmm....Nomeados como serão os membros do "está para vir" Conselho de Administração das Contribuições e Impostos , será que terão pedalada para colocar em causa "os ombros"?

Publicado por: re-tombola às outubro 25, 2004 06:04 PM

Estes tipos da Capital são completamente imbecis. Quem compra esse jornal?

Publicado por: Coruja às outubro 25, 2004 07:41 PM

eheheh

Publicado por: Rave às fevereiro 28, 2005 02:03 AM

eu acho q vcs são todos uns sedentários q n têm vida propria! passam horas em frente aos computadores... a mandar palpites sobre assuntos q têm muito mais q s lhe diga! saiam de casa e vão ao café da esquina...

Publicado por: filomena às dezembro 9, 2005 11:29 AM

Já lá estou

Publicado por: misomena às dezembro 9, 2005 12:47 PM

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