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setembro 02, 2004

O Paradigma Totalitário

O Barco do Aborto e a Mentira

Uma das técnicas da esquerda radical e de uma ala não despicienda do PS é a da manipulação da verdade, mentindo objectivamente, mas mascarando a nudez forte da mentira sob o manto diáfano do trauliteirismo verbal e de um pretenso apego a valores.

Há 2 semanas, o “crítico (!?)” cinematográfico MJT dava 5 estrelas (se bem me recordo) ao Fahrenheit 9/11 e escrevia «este manisfesto anti-Bush é demagógico. Pois é. Não hesita em manipular materiais e imagens. Quanto a isso não há dúvidas. No entanto fá-lo de maneira exposta, clara, “honesta”(!!??), sem falsos subterfúgios ... Quando o mundo é comandado por um louco furioso porque não expô-lo e ridicularizá-lo?» Ora a tese de que a mentira e a manipulação são úteis e necessárias para combater os nossos adversários foi a base da propaganda nazi, o que coloca Fahrenheit 9/11 muito mais próximo do “Judeu Süss” do que do “Triunfo da Vontade” da Leni e o “nosso crítico”, embora julgando-se provavelmente de esquerda, como um obscuro epígono de Goebbels. A sua convicção («Bush é um louco furioso») é instituída como uma verdade universal, um postulado que não necessita ser demonstrado, e a partir daí desenvolve-se uma teoria em que tudo é permitido, e mesmo necessário, para exterminar o seu adversário.

A viagem do navio da Women on Waves em demanda de Portugal veio mostrar que o paradigma totalitário da utilização da mentira como arma política e social é a norma na esquerda (esquerda definida com o âmbito acima referido) e que se o reconhecimento público do comportamento totalitário possa ser, no caso citado acima, fruto da ingenuidade de um crítico, ele existe e está generalizado. Vou centrar-me nesta questão e deixar para uma ocasião mais oportuna (quando houver ambiente para um debate sereno) a questão da descriminalização do aborto. Não é possível o esclarecimento público e manter um debate sério, quando a generalidade dos políticos de esquerda assume a despenalização do aborto como uma questão ideológica ou política. Não é possível contribuir para a solução do problema do aborto, quando a essência do debate se faz à custa de extremismos e de argumentos demagógicos. Não é possível levar a sério uma esquerda que arvora esta bandeira para atacar agora a actual maioria, quando no passado dispôs de várias oportunidades para mudar a legislação e não o fez.

Analisemos o paradigma totalitário da mentira com alguns exemplos actuais:

A lei sobre a IVG é imposta por uma minoria fanática

A actual lei sobre a IVG é imposta por uma minoria fanática ou, como escreveu Fernando Rosas, uma minoria impõe «totalitariamente a toda a comunidade a sua particular visão filosófica sobre a vida, transformando-a em lei imperativa da IVG».

Mentira: A actual lei foi referendada pelos eleitores portugueses em 1998. Pior, quando foi referendada a questão da interrupção voluntária da gravidez a lei que se propunha referendar já tinha obtido a maioria de votos na generalidade na Assembleia da República. Foi o PS que, em face da questão não ser pacífica internamente, levou o assunto a referendo. Pode acusar-se o PS de cobardia por não ter legislado, apoiado na maioria da AR. Todavia, depois de se ter realizado o referendo, já não havia condições políticas para a aprovar na AR, embora o referendo não fosse vinculativo dado o elevado número de abstenções. A própria JS na altura o reconheceu e retirou a proposta de lei, contra a vontade do PC e BE que exigiam que essa lei fosse aprovada na AR, apesar dos resultados do referendo.

Portanto a actual lei resultou da vontade do país e o referendo e a respectiva campanha mostraram que era uma questão que atravessava transversalmente todos os partidos (se não os seus dirigentes, pelo menos os seus eleitores). O eleitorado português não é uma minoria fanática e a sua opinião mereceria bastante mais respeito.

Quando Rosas não se lembra (ou finge não se lembrar) de algo que ocorreu há meia dúzia de anos, podemos pôr em dúvida a sua competência como historiador (se desconhece um facto tão relevante e recente) ou a sua probidade (se finge que é um facto que não existiu). Mas a questão não se resume ao Rosas. Louçã e outros dirigentes do BE, do PCP e da ala esquerdista do PS também evidenciam a mesma ausência selectiva de memória.

A Holanda faz pressão junto do governo português

Mentira: Aart-Jan de Geus, ministro dos assuntos sociais e do emprego da Holanda, já declarou ao Parlamento Europeu que “não pretende levantar a questão junto do governo português”.

O ministro dos negócios estrangeiros Ben Bot igualmente informou que não vai pedir explicações oficiais a Portugal, devendo manter apenas uma conversa informal com um representante do governo português. Aliás, a France-Press noticiou que Ben Bot (o MNE da Holanda) afirmou (ou escreveu ao parlamento holandês) que «Portugal tem o direito de interditar a entrada do barco. Portugal pode entender, legitimamente, que a vinda do barco não é inocente e interditá-lo de entrar nos seus portos e nas suas águas territoriais».

A única acção do MNE holandês foi ter transmitido ao governo português o “desejo” do parlamento holandês de que o barco pudesse atracar.

Aliás este assunto é caricato, porquanto os partidos que mais apostam agora na “interferência” estrangeira foram sempre os que mais protestaram contra a “sujeição” de Portugal a alegados interesses estrangeiros. Os partidos que mais têm “desconfiado” da Europa são agora os que mais empolgados ficam com o apoio da Holanda e mais referem os “valores europeus”. Não partilho dessa concepção “selectiva” da soberania e acho-a hipócrita.

Igreja concorda com a entrada do Barco do Aborto em águas nacionais

Mentira: Em primeiro lugar, D. Januário Torgal é apenas Bispo das Forças Armadas e não a Igreja. Em segundo lugar o que o Bispo Januário Torgal declarou foi que «se o barco pretender fazer apenas uma simples campanha, ninguém pode impedir a liberdade de expressão ... contudo se o barco da WoW pretende, através desta ou de outra modalidade, infringir a lei, é perfeitamente legítima a acção das autoridades portuguesas».

Aliás, sobre esta questão há várias opiniões. Pacheco Pereira, entre outros, acha que «enquanto não quebrar a lei a sua acção é do domínio da pura propaganda e agitação e isso as leis da república protegem como liberdade de expressão». Outros entendem que as intenções da WoW, quer pelas declarações iniciais, quer pelas informações no seu site, configuravam uma intenção de infringir a lei. Ou seja, uns entendem que se deveria esperar que infringissem a lei, outros que bastava conhecer a intenção, para prevenir a infracção. Todavia, D. Januário Torgal, admitindo que houvesse essa intenção, consideraria «perfeitamente legítima a acção das autoridades portuguesas»

Sampaio exige explicações

Mentira: Sampaio reconheceu apenas «haver um problema para os juristas discutirem que dá pano para mangas», mas adiantou não estar descontente. Posteriormente os factos vieram provar que a “arma” Sampaio havia sido uma inventona dos meios de comunicação.

Santana abre a porta a mudanças na lei do aborto

Mentira: Santana Lopes apenas revelou abertura para debater alterações à lei do aborto, afirmando que o «debate sobre esta questão estará sempre em aberto uma vez que as leis e os resultados dos referendos não são definitivos ... nem as sociedades são estáticas, nem as leis são estáticas, nem os referendos são estáticos». Isso foi claro nas suas declarações feitas na quarta-feira, mas que os jornalistas, ansiosos de tomarem os seus desejos por realidades, leram ao invés. E o mais espantoso foi os jornalistas dizerem hoje, quando PSL repetiu as suas declarações para que não houvesse dúvidas, que a “confusão” havia sido agora desfeita, quando a confusão fora criada por eles próprios.

Apoio popular à acção

Uma das teclas é falar-se das muitas centenas de milhares de mulheres vítimas de uma legislação vexatória e desejosas de serem redimidas pelo barco libertador. A acreditar nessa indignação, ver-se-iam certamente centenas de milhares de pessoas (nomeadamente mulheres) a manifestarem-se tumultuosamente, exigindo a atracagem do barco redentor.

A população tem dado uma resposta elucidativa. Menos de meia dúzia de pessoas estiveram presentes na manifestação junto do Ministério da Defesa, amplamente divulgada por SMS e depois nos meios de comunicação. Na manifestação junto à residência do 1º ministro estiveram 200 a 250 pessoas, incluindo dirigentes dos partidos de esquerda. Na Figueira da Foz, no primeiro dia, apareceram uma a duas dezenas de curiosos. Depois nem isso. Aparentemente há mais organizações envolvidas na acção da vinda do barco do que pessoas a manifestarem-se.

Como os meios de comunicação não encontram manifestantes indignados na Figueira da Foz, vão entrevistando pescadores que estão entretidos a restaurarem a pintura dos barcos. Mas sabe-se como são usadas essas entrevistas de rua (vox populi) pretendendo que funcionem como representativas do todo nacional.

É evidente que há uma questão social onde se insere o recurso ao aborto. Mas a situação proclamada insistentemente nos meios de comunicação pelos corifeus da esquerda já só existe na sua imaginação. Os filhos não são algo que é imposto à mulher. Não nascem nas nossas barrigas por obra e graça do acaso. E as mulheres que não querem ter mais filhos têm hoje um sem número de maneiras de responsavelmente os evitar. O aborto não é, nem pode ser apresentado como mais um método anti-conceptivo.

A questão do aborto, que tanta energia suscita, não está em qualquer lista de inquietações dos portugueses e é um tema que a população já mostrou repetidamente que se sente indecisa perante ele. A insistência obsessiva em o levantar deve mais a uma ânsia de protagonismo e conveniências tácticas que a qualquer sentido de dever público.

Hipocrisias

Para mostrar a hipocrisia da esquerda no seu alegado apego a combater a subalternização da mulher e a lutar pelo “direito ao seu corpo”, basta constatar os esforços que fez para que não fosse votado um projecto que visava criminalizar a mutilação genital feminina (MGF). Frases do género "mais do que uma lei específica, são necessárias medidas de prevenção", "há que intervir junto das populações para alterar hábitos ancestrais"... pareciam argumentos esgrimidos pelos mais ferozes opositores de qualquer forma de IVG. Várias deputadas, que se destacaram na luta pela alteração da lei do aborto, como Odete Santos e outras, utilizaram a argumentação da prevenção e dos estudos para protelarem as alterações legislativas que tipificariam a MGM como uma ofensa grave.

Sabe-se que tal ocorre nas comunidades imigrantes (da Guiné-Bissau, por exemplo) com carácter regular. Se a lei sobre a MGF for aprovada, apesar das manobras dilatórias da esquerda, e se alguma vez tiver lugar, em Portugal, um julgamento sobre esta matéria, ouvir-se-á certamente que é um julgamento de “brancos contra negros", de "colonialistas contra os oprimidos", dos "cristãos contra o islão", etc..

Esta esquerda (sublinho ... a esquerda radical e uma ala não despicienda do PS) não tem ética nem tem coerência nas suas causas. Apenas as usa como armas de arremesso político.

Publicado por Joana às setembro 2, 2004 11:46 PM

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Comentários

Nota:
Este texto foi escrito baseado apenas no que tenho visto na TV e num jornal diário. Por questões logísticas não tive acesso a mais fontes de informação.
Espero, por isso, não ter cometido qualquer imprecisão quanto a alguns dos factos citados

Publicado por: Joana às setembro 3, 2004 12:59 AM

Sempre a arriar na esquerda

Publicado por: Cisco Kid às setembro 3, 2004 09:41 AM

Sempre a arriar na esquerda

Publicado por: Cisco Kid às setembro 3, 2004 09:42 AM

Sempre, pois, e com razão!

Publicado por: Senaqueribe às setembro 3, 2004 10:01 AM

Excelente comentário a esta situação ridícula criada pelo fanatismo ideológico duma esquerda minoritária.

Publicado por: David às setembro 3, 2004 03:31 PM

detesto a esquerda trauliteira tipo bloco de esquerda ou complexados de esquerda genero PS, principalmente porque tendo eles a fama de ser mais progressistas e defenderem os mais fracos, falham precisamente nesses objectivos ao colarem a sua descredebilização à validade dessa defesa. Posto isto este episódio vem mais uma vez por a nu o atraso de mentalidades que ainda existe no nosso país ou pensam que os atuais politicos do governo que são pesoas civilizadas iriam impedir a entrada do barco se nao fosse por medo da reacção da maioria dos seus eleitores que são de maioria catolica retrogada.

Publicado por: Luis às setembro 3, 2004 06:38 PM

Sou obrigado a repetir um cometário que enderecei à Joana ha algum tempo atrás a propósito de outro assunto: este post é indigno de si!

Com efeito na tentativa de demostrar a sua razão comete exactamente os mesmos pecados de que acusa os seus opositores (nalguns casos justamente). Intrepreta de forma enviesada as afirmações feitas por várias pessoas, com o simples intuito de fazer vingar o seu ponto de vista.

Alguns exemplos:
- a propósito da afirmação de Fernando Rosas "uma minoria impõe totalitariamente a toda a comunidade a sua particular visão filosófica sobre a vida, transformando-a em lei imperativa da IVG». Mas é ou não verdade os votos favoráveis à manutenção da lei actual são efectivamente uma minoria do universo global dos votantes?

- sobre as afirmações de Jorge Sampaio: eu ouvi claramente o Presidente exprimir dúvidas sobre a legitimidade da decisão do governo e o seu desconforto por não ter sido consultado na sua qualidade de Comandante Chefe das Forças Armadas (devemos ver canais de televisão diferentes)

- mesmo o seu qualificativo de mentira em relação à interpretação dada às declarações de PSL é excessiva. A declaração em si é um modelo de ambiguidade

- a própria insistência em clamar contra a esquerda, numa tentativa de tomar a parte pelo todo, apenas temperada por algumas notas (uma delas entre parêntesis) referindo mais explicitamente a esquerda radical, é demonstrativa da falta de objectividade do comentário

O que me deixa ainda mais desapontado é que ambos os campos exploram a situação na busca de dividendos políticos, manifestando o maior desprezo pelas pessoas afectadas por este problema. Porquê este ataque desbragado contra a "esquerda" quando as afirmações (e atitudes) de uma boa parte dos defensores da criminalização fazem prova de igual falta de bom senso e equilíbrio.

Publicado por: Carlos José às setembro 3, 2004 07:10 PM

Muito bem, Carlos José

Publicado por: Cisco Kid às setembro 3, 2004 08:06 PM

caro carlos jose, concordo em parte com o seu comentário .Desta vez a joana não foi muito imparcial, agora dizer que manifestou desprezo pelas pessoas afectadas por esta questao acho excessivo. Ela apenas perdeu tempo em comentar a forma como a politiquice de esquerda é feita em vez de aprofundar a questão porque é que este pais ainda tem uma mentalidade tão retrogada.

Publicado por: luis às setembro 3, 2004 08:12 PM

Isto de totalitarismos, cada um toma os que quer...
Não me interessa muito perder tempo a discutir o que pensa ou diz o Francisco Louçã (por exemplo), ou outra personagem do estilo, mas fiquei surpreendido por não ver no elenco «do trauliteirismo verbal e de um pretenso apego a valores» o artista que está ao leme do Ministério da Defesa. Até mandou a Marinha de Guerra para travar um botezinho holandês.
Foi uma injustiça esquecê-lo.

Publicado por: (M)arca Amarela às setembro 3, 2004 09:10 PM

Carlos José em setembro 3, 2004 07:10 PM
Você pergunta: é ou não verdade os votos favoráveis à manutenção da lei actual são efectivamente uma minoria do universo global dos votantes?
É. Mas quem votou em sentido contrário ainda constituiu uma minoria mais pequena (como é possível você não ter reparado nisso?). É esse o problema da democracia representativa. Na democracia participativa não há problemas desses. Os líderes dessas entidades mantêm-se indefinidamente e as suas opiniões prevalecem sempre.
Mas deixe-me que lhe diga que Rosas não se refere aos votantes do referendo: ele ignora que tivesse havido referendo.

Sampaio: não ouvi exprimir dúvidas sobre a legitimidade da decisão do governo. Ouvi, sim, ele referir que na qualidade de Comandante Chefe das Forças Armadas deveria ser sempre informado de acções respeitantes às forças armadas. Como ele não disse nada depois, presumo que tenha ficado satisfeito com as explicações. Aliás, como as declarações públicas de Sampaio prestam-se sempre a centenas de interpretações diferentes e contraditórias, o que vale são os resultados.

Não acho, de forma alguma, que as declarações iniciais do PSL sejam ambíguas. Releia-as s.f.f.. Quem lançou a confusão foi quem quis tomar os seus desejos pela realidade.

Tive o cuidado de referir o segmento político que caracterizava: a esquerda radical e a ala do PS que tem acertado o passo com a esquerda radical. Fi-lo várias vezes, para que não restassem dúvidas. Nunca meti toda a esquerda no mesmo saco. É óbvio que cada vez que falava desse segmento, nem sempre o definia na sua extensão, mas apenas por comodidade de escrita. Pareceu-me que estava subentendido. Quando você escreve sobre a minha alegada “tentativa de tomar a parte pelo todo”, ou não leu bem o que escrevi, ou interpretou à maneira dos que acharam ambíguas as declarações do PSL

Quando você escreve que «os defensores da criminalização fazem prova de igual falta de bom senso e equilíbrio» você admite, julgo que reparou nisso, que os actuais defensores da acção do WoW «têm falta de bom senso e equilíbrio». O facto de você chegar a essa conclusão é um bom sintoma: prova que o debate pode ser fecundo.

Publicado por: Joana às setembro 3, 2004 10:13 PM

(M)arca Amarela em setembro 3, 2004 09:10 PM
Felizmente você apareceu e reparou essa injustiça ...

Publicado por: Joana às setembro 3, 2004 10:16 PM

(...) Então Joana ? nem uma palavra a defender o PPortas nesta batalha naval que está a travar em defesa da saúde pública , do território , da integridade da nação , dos bons costumes e da fé deste Irão católico , à beira mar plantado !? (...)

Afixado por zippiz em setembro 1, 2004 08:39 PM

Isto escrevi eu em anterior post seu.
Podia ter tido uma palavra , podia ser de elogio, sobre o seu amigo politico PPortas.
Eu estou tentado a concluir que Vc deve fazer parte das últimas nomeações deste governo , tipo assessora de imagem , de imprensa , ou assesora para os "assuntos dos blogues".
que tristeza.
MST faz hoje no Público uma acertada radiografia deste governo medieval , constituido por arrivistas sem cultura nem um pingo de classe.

Publicado por: zippiz às setembro 3, 2004 10:24 PM

ziipiz: esta gaja é uma reaças. Não dá para entender?

Publicado por: Cisco Kid às setembro 4, 2004 01:30 AM

o autor da posta sequinte não se importará que eu a dedico a Joana :

Em mais de 2 anos de serviço na Marinha, Zé Freitas, 22 anos, pela primeira vez em missão, telefona à mãe, que o atende chorosa, preocupada com as cenas de corpos de crianças iraquianas mutiladas que vê no Telejornal todos os dias.

-Filho?
-Sim mãe.
-Filho?! Onde andas meu anjo? Meu tesouro!
-Estou em missão mãe.
-Mas onde meu filho? Onde? Ai que eu morro!!
-Aqui ao pé da Figueira mãe.
-Mas isso não é perigoso meu filho, meu tesouro?
-Um bocado mãe... um bocado. Matam criancinhas e tudo.
-Oh meu filho querido meu amor... cuidado... tem cuidado por favor... que a mãe quer-te de volta são e salvo... ai que a mãe não aguenta.
-Sim mãe. Está descansada. Se nos apontarem alguma caixa de pílulas abortivas "afundamoze-os" (sic) imediatamente!
-Sim filho... cuidado com essa gente do demo... essas holandesas de Caifaz!
-Sim mãezinha está descansada... prometi ao ministro ir virgem para o casamento e vou... uma jura é uma jura mamã.
-Ai meu menino tão lindo... riqueza...
-Tenho de ir mamã... o alarme está a tocar... deve ser o Louçã e a Odete... adeus... PREPAREM OS TORPEDOS!!!

espremido por ns às 07:34 PM (blog laranja amarga)

Publicado por: zippiz às setembro 5, 2004 07:40 PM

As corvetas não são torpedeiros, ó zippiz
Os radicais têm piadas ao nível dos recreios da escola básica. Só as crianças e os atrasados mentais se riem

Publicado por: Coruja às setembro 7, 2004 07:21 PM

Nem de propósito, cara Joana... dê uma vista de olhos no site http://www.womenonwaves.org/ e diga lá se não parece mesmo ser editado pelo Michael Moore...

Publicado por: incredulo às setembro 8, 2004 02:13 AM

zippiz em setembro 5, 2004 07:40 PM:
Concordará certamente comigo que os seus mentores ideológicos têm uma piada "rasteirinha".

Publicado por: Joana às setembro 8, 2004 07:37 PM

incredulo em setembro 8, 2004 02:13 AM:
O que há de comum entre os "defensores de causas" é a convicção de que detêm a verdade absoluta, de que quem discorda deles é troglodita, de que a sua opinião é por definição maioritária, mesmo que seja muito minoritária nas urnas, e que as opiniões contrárias são sempre muito minoritárias, mesmo que tenham vencimento nas urnas, e que qualquer método que usem para abater o adversário é permitido e justificado pela justeza da causa.

Neste entendimento haveria sempre similitudes entre a Rebecca Gompers, o Michael Moore, o Louçã, o Alegre, etc..

Publicado por: Joana às setembro 8, 2004 07:45 PM

Querida Joana:
Se bem me lembro o "crítico" escrevia na A Capital.
Ora como sabe está agora transformado num jornal humorístico, e portanto...

Publicado por: Carlos Alberto às setembro 11, 2004 01:04 AM

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