« Marcelo a caminho de Damasco | Entrada | Clinton, Kerry e Churchill »

julho 28, 2004

O Vírus do Nilo Ataca em 2 Frentes

O vírus de Nilo atacou esta semana em duas frentes. Este ataque dá que pensar e temer dadas as distâncias enormes no eixo do espaço e no eixo do tempo que separam aquelas duas ocorrências. Um dos ataques ocorreu no Algarve em 2004, o outro ocorreu nas margens do Tigre, em –323. O primeiro teve como alvo 2 turistas irlandeses e o segundo, mais mortífero, liquidou Alexandre Magno, que estava então em Babilónia, na dupla qualidade de turista e conquistador.

O Público de hoje refere com bastantes pormenores estas duas acções deletérias do vírus de Nilo. A simultaneidade da notícia não permite interpretações ambíguas: foi um ataque concertado mesmo atendendo às distâncias espaciais (4 mil kms) e temporais (24 séculos) das duas frentes de ataque. Essa concertação extrai-se naturalmente do Público de hoje de J Almeida Fernandes e explica-se cientificamente pela Relatividade Restrita de Einstein.

E há mais e evidentes factores comuns que estabelecem um iniludível nexo de causalidade. Um deles é sobejamente conhecido: turistas irlandeses e Alexandre Magno têm um historial de excessivo consumo de álcool.

Não se sabe, todavia, no que respeita aos turistas irlandeses, se eles estariam no Algarve apenas como turistas ou se, no seu íntimo, não estariam a perpetrar algum plano de conquista. Se tal se verificasse, isso quereria dizer que o vírus de Nilo ataca preferencialmente quem acumula a tripla característica de turista, alcoólatra e conquistador.

Igualmente os laboratórios e os cientistas ainda estão indecisos sobre a responsabilidade daqueles dois ataques. O vírus de Nilo poderá estar a ser acusado injustamente. Em qualquer dos casos, como ao vírus de Nilo escasseia a capacidade de demanda judicial por difamação, quer o Público, quer Semiramis podem estar tranquilos ao pronunciarem estas acusações.

Há uma diferença que foi entretanto detectada: enquanto os nossos brandos costumes tornaram benigna a estirpe portuguesa do vírus de Nilo, na Mesopotâmia é o oposto ... basta ligar diariamente a TV e ver o clima de violência que afecta aí homens, bestas e, por extensão, o vírus de Nilo, afinal vítima inimputável da degradação da vida social naquelas paragens.

Portanto quem pretender demandar plagas distantes com o duplo intuito de turista e conquistador, que se cuide! E não beba! O vírus de Nilo espreita atenta e pacientemente.

Publicado por Joana às julho 28, 2004 07:31 PM

Trackback pings

TrackBack URL para esta entrada:
http://semiramis.weblog.com.pt/privado/trac.cgi/105217

Comentários

Desculpem lá a pub. mas acabei de escrever o meu mais brilhante post até à data... não?!...não estão convencidos?!... ok, pronto, tem lá gajas nuas, bom proveito.

Publicado por: Jack às julho 28, 2004 10:20 PM

Talvez algum dos meus visitantes se interesse por esse material. Felicidades, Jack

Publicado por: Joana às julho 29, 2004 12:27 AM

Onde é? Onde É?

Publicado por: Cabral às julho 31, 2004 01:57 AM

É o que dá acreditar no que diz o «Público».
Segundo fontes bem informadas, Alexandre morreu vítima do virus do Eufrates e não do virus do Nilo.
Aguarda-se, agora, que o dr. José Manuel Fernandes nos brinde com um dos seus prolixos editoriais sobre o assunto. Depois de saber o que pensa a Casa Branca, evidentemente...
# : - ))

Publicado por: (M)arca Amarela às julho 31, 2004 02:07 PM

Bem observado!

Publicado por: Recaredo às agosto 6, 2004 05:24 PM

Se a Joana está no Algarve veja lá se é atacada pelo vírus do Nilo, para ele se vingar da sua brincadeira.

Publicado por: Coruja às agosto 13, 2004 12:20 AM

O vírus algarvio do Nilo é benigno. Não tem maldade nenhuma

Publicado por: Gros às agosto 14, 2004 08:52 PM

Todavia é preocupante as Autoridades Sanitárias Portuguesas não se descoserem com nada sobre este assunto

Publicado por: Gros às agosto 14, 2004 08:55 PM

Comente




Recordar-me?

(pode usar HTML tags)