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julho 20, 2004

Esquerda e Direita

A escolha principal nas actuais sociedades desenvolvidas, na esfera da política, não é entre esquerda e direita, mas entre quem gere melhor ou pior o Estado, a coisa pública, e consegue trazer para a sociedade uma maior ou menor prosperidade e bem estar.

O princípio actualmente aceite, embora muitos não tenham coragem de o anunciar publicamente, é o princípio da diferença: as desigualdades sociais e económicas devem ser organizadas de forma a trazer aos mais desfavorecidos as melhores perspectivas e serem compatíveis com o objectivo permanente da igualdade das oportunidades.

Este princípio é compatível com um aumento da desigualdade. Pouco importa, segundo este princípio, que o rico se torne muito mais rico se o pobre se tornar menos pobre. Não é a igualdade que é importante, mas sim a equidade. Equidade na política de educação, segurança social, ordenamento do território, etc., fazendo discriminações positivas.

Este princípio decorre da economia de mercado e da vontade de tornar os mercados eficientes: mercados dos produtos, mas também os mercados dos factores (capital e trabalho). Ora, por exemplo, a eficiência do mercado do trabalho só é possível com a sua liberalização e com a aceitação de derrogações à actual rigidez desse factor em Portugal.

Mas essas derrogações, se fossem totais, implicariam um grafo salarial, e nos rendimentos em geral, bastante mais amplo do que seria desejável em termos do bem estar entre os menos qualificados, ou menos aptos em concorrer no mercado laboral. Todavia o princípio da diferença tem outra face: o objectivo da equidade. A prossecução desse objectivo obriga à existência de uma política de transferências sociais que assegura não apenas equidade na educação, saúde, segurança social, como evita que o rendimento dos menos desfavorecidos seja inferior a um patamar fixado como nível mínimo de sobrevivência.

Em termos abstractos, estas derrogações levam a que os mercados sejam menos eficientes e a produtividade, medida em termos macroeconómicos, menor, devido ao aumento dos custos de produção para subsidiar aquelas transferências sociais. Todavia, em termos concretos, essas derrogações evitam a miséria e a exclusão social, aumentando o consenso e a estabilidade social. Ora uma sociedade tem que funcionar assente num consenso alargado. Sem esse consenso alargado e com instabilidade, geram-se expectativas pessimistas nos agentes económicos e a eficiência dos mercados é corroída pela instabilidade do mercado dos factores: fuga de capitais e menos bom desempenho do factor trabalho.

A solução óptima passa por maximizar a eficiência dos mercados, assegurando as prestações sociais suficientes para atingir o objectivo da equidade. Nesse óptimo, se as prestações aumentarem mais que o devido, a eficiência da economia diminui e todos perdem, mesmo que alguns fiquem, ilusoriamente, a pensar que ganharam; se as prestações forem inferiores ao limiar mínimo de sobrevivência, uma eficiência dos mercados, teoricamente superior, é contrariada e degradada pelo dissenso e instabilidade sociais.

Esta receita é independente de se ser da esquerda ou da direita, visto ser uma receita meramente técnica. Partidos socialistas, e do centro e da direita, do norte e centro da Europa têm conseguidodo aplicá-la, e com êxito razoável, até há alguns anos. O êxito da sua aplicação deveu-se mais à consciência cívica dos povos em questão, e ao rigor e ética dos respectivos políticos, que às diferenças de posicionamento nos hemiciclos parlamentares. A alternância eleitoral entre socialistas e não-socialistas não trouxe alterações significativas nos modelos económicos e sociais.

A questão complica-se em países onde a consciência social e cívica ainda é frágil. Se a administração pública é burocratizada e ineficiente, não há transferências sociais que cheguem para assegurar o objectivo da equidade. Por outro lado, a punção financeira excessiva degrada drasticamente a eficiência dos mercados, faz com que o tecido produtivo perca competitividade e não permite que esse país saia de uma situação de baixo desenvolvimento económico e de reduzido bem estar. A solução deste problema complica-se porque, para além da determinação do nível de transferências sociais, põe-se a grave questão de melhorar o desempenho do sector público.

Por isso, mais que a distinção entre esquerda e direita, a escolha é ditada pela distinção entre populismo/demagogia e rigor/sentido de Estado. Pela sua tradição ideológica e base social de apoio, a esquerda cai mais facilmente na demagogia e no populismo, que o centro ou mesmo a direita. Os governos de Guterres foram o exemplo da demagogia anestesiante que durou enquanto a crueza dos resultados não lhe puseram cobro e obrigaram Guterres a abandonar o cargo. Todavia essa demagogia não foi extirpada e o seu sucessor manteve, na oposição, uma postura de demagogia financeira e orçamental que nem os avisos do PR, durante a crise política recente, fez tergiversar.

Mas a ideia ontem expendida pelo governo centro-direita de diminuir o IRS na actual conjuntura é igualmente uma escolha populista. Apenas aumenta o rendimento disponível das famílias, com algum impacte positivo na procura interna, mas com um impacte negativo na nossa balança de transacções devido às importações induzidas. Isto para não falar no impacte a nível do défice orçamental. Já uma diminuição do IRC, se tal fosse permitido pela nossa situação orçamental, teria alguns efeitos positivos, aumentando o autofinanciamento das empresas e, portanto, quer a sua capacidade de investimento, quer a sua capacidade de diminuir o seu nível de endividamento, os seus encargos financeiros e os seus custos.

Mas a base social de apoio dos partidos de esquerda também pode facilitar políticas de rigor. As chamadas medidas impopulares, ou seja as medidas que se destinam a diminuir o peso das transferências sociais para aumentar a competitividade da economia, promover a retoma económica e, a prazo, o nível de emprego, são mais facilmente levadas a cabo por um governo com o rótulo de esquerda do que por um governo com o rótulo de direita. Um governo de esquerda tem mais facilidade em convencer os sindicatos e o seu eleitorado da necessidade dessas medidas. Além do que não encontra, normalmente, uma oposição forte da direita. As políticas dos governos socialistas do norte da Europa são exemplo típico disso. As medidas tímidas esboçadas por Pina Moura na ponta final do guterrismo poderiam sê-lo igualmente, se aquele não tivesse sido despedido pelo laxismo guterrista.

A luta que se perspectiva no interior do PS é justamente entre a ala «histórica» agarrada às concepções pseudo-sociais da política económica («pseudo» porque acabam por piorar a situação de todos, incluindo daqueles que pretendiam beneficiar) e uma visão mais moderna da política económica e social. Mas o PS está como a Convenção Nacional durante a Revolução Francesa: a luta entre duas minorias (reduzidas, mas combativas) os jacobinos e os girondinos, e uma larga maioria, o «pântano» que se pode inclinar para um lado ou para o outro, onde se encontra a maioria dos caciques e máfias locais, cujo apoio pode garantir a eleição, mas que irá cobrar mais tarde esse apoio, com juros.

Neste entendimento tenho sérias dúvidas que mesmo que Sócrates venha a triunfar, o PS tenha capacidade de conduzir uma política social e económica que ponha o país no bom caminho.

Dúvidas que também tenho relativamente ao governo actual, como certezas tive relativamente ao governo anterior. Todavia, quer num caso como no outro, pelo menos até agora, qualquer outra alternativa seria muitíssimo pior.

Publicado por Joana às julho 20, 2004 10:13 PM

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Comentários

Escrever este arrazoado para defender o play boy Santana é de uma falta de seriedade monstruosa.

Publicado por: HJ às julho 20, 2004 11:09 PM

GRUPOS DE PRESSÃO

«Luís Salgado Matos recordava ontem neste jornal e num notável artigo a fórmula keynesiana que torna recomendável um défice público na contabilidade geral de um país. Nas fases de depressão económica, o défice do Estado é um motor para a criação de emprego. No caso português, porém, Salgado Matos concluía que não temos tido uma verdadeira depressão e, por isso, não devíamos ter défice público nas contas. Só o temos porque o Estado não resiste aos grupos de pressão. Nada mais cristalino e verdadeiro para caracterizar a situação dos últimos quase trinta anos. Os grupos de pressão, alguns legitimados pelo voto democrático, como os autarcas, outros instalados nos subterrâneos do tráfico de influências e da corrupção, mandam nas contas públicas e no país. Por isso temos este problema genético de umas contas sempre desequilibradas.

Os grupos de pressão instalaram-se em definitivo à mesa do Orçamento a partir de finais da década de 70 e tornaram-se um dos maiores problemas nacionais, a par da falta de competitividade das empresas e da escassa produtividade.

Os dinheiros públicos e o Estado em si, no seu poder de decisão legislativa e administrativa., serviram para tudo: aumentar imparavelmente a despesa corrente, alimentar um sector empresarial público vampirizado por clientelas de gestores ao serviço de interesses privados e dos cofres dos partidos do poder, lançar obras públicas com convenientes níveis de derrapagem orçamental na ordem dos 70 por cento, criar bancos privados a partir da manipulação de fundos públicos, empresas de ex-governantes que garantiram antecipadamente os respectivos mercados, engordar escritórios de advogados de negócios que não existiam antes de os respectivos titulares terem amigos no poder ou irem eles próprios para o Governo, em pasta a que se reconduzam os interesses dos clientes.

Os exemplos poderiam ser centenas, na expressão das pequenas, médias e grandes influências que, ao longo das últimas décadas, fizeram mover a máquina do Estado. Influências exercidas a partir de grupos informais de interesses constituídos por ex-governantes e outros no activo, antigos homens fortes das máquinas partidárias, influentes escritórios de advocacia, lojas maçónicas, “cardeais” da Opus, empresas de estudos e projectos, consultores e gurus de toda a espécie.

Os grupos de pressão escolhem ministros, escrevem discursos de líderes partidários, asseguram zonas de consenso com o adversário que há-de chegar ao Governo nas áreas essenciais de negócio. Não é, por isso, de espantar que se fale hoje em dia tanto da promiscuidade entre política e interesses económicos.

Por boas e más razões (neste momento falamos apenas do perigo das más razões), são os interesses que mandam na vida em geral e, em particular, na política, adaptando-se com grande porosidade aos veredictos democráticos. Tanto lhes faz ter de lidar com um ou com outro. Nesse sentido, o Governo de Santana Lopes é apenas o que, de momento, tem de lidar com este problema. Mas não nos iludamos, nem sejamos hipócritas: o Governo de Santana é também, dada a natureza das ligações recentes de alguns dos seus ministros, António Mexia, Álvaro Barreto e mesmo dos interesses profissionais de outros, como Luís Nobre Guedes e outros advogados do Executivo, o que, nos tempos recentes, mais vale ter de provar que não cede aos ditos grupos de pressão. Tenhamos fé!»

[O editorial de Eduardo Dâmaso não está disponível na net. Vale a pena lê-lo, razão por que se reproduz no Pula Pula Pulga.]


http://www.pula_pulapulga.blogspot.com

Publicado por: pulga às julho 20, 2004 11:21 PM

pulga em julho 20, 2004 11:21 PM:
1- Se quer a minha opinião, sintética, sobre a teoria de Keynes da despesa pública como motor da economia, leia, sff, os meus 2 textos anteriores:

Desemprego, produtividade e despesa - Julho 14, 2004
Desemprego: Mitos e Realidades - Julho 13, 2004

Relativamente ao texto do E Dâmaso, não é exacto que Salgado Matos tenho escrito «fórmula keynesiana que torna recomendável um défice público na contabilidade geral de um país». Escreveu que «Keynes recomendava o défice do Estado na fase de depressão económica para criar emprego», se o descontrolo orçamental anterior não inviabilizasse tal.

É estranho que tendo Dâmaso essa posição não a tivesse defendido quamdo entrevistou Medina Carreira, tendo-se mostrado então muito «recatado». Se ler os meus textos sobre a situação económica portuguesa, desde o início deste blog, verá que as palavras de Medina Carreira, na entrevista da semana passada, não se afastam quase nada do que tenho defendido.

O Dâmaso esquece o grupo de pressão, de longe, incomensuravelmente mais importante: a função pública. Gastamos 50% mais que Espanha e Grécia em Educação e temos um serviço muito pior que aqueles países. O Serviço Nacional de Saúde é um sorvedouro enorme de dinheiro com contrapartidas para os utentes muito fracas. E assim sucessivamente

A justiça demora muitos anos a dirimir questões de violação contratual, dívidas, etc., o que tem custos muito negativos no funcionamento das empresas e afugenta o investimento estrangeiro

Mas Dâmaso não se preocupa com este gigantesco lobby, que mantém o país no marasmo, porque está, ideologicamente, do lado dele e dos sindicatos corporativos que defendem aquele Moloch.

Publicado por: Joana às julho 21, 2004 12:35 AM

Ora diz o Saraiva:


Um mau princípio

Ao contrário da maioria dos comentadores, não vou fazer prognósticos sobre o sucesso ou insucesso dos ministros do novo Governo. Não seria elegante fazê-lo, numa altura em que ainda não começaram a trabalhar...

Aliás, se se confrontassem certos textos de comentadores com o que eles próprios escreveram anos antes, ou com o que previram e não aconteceu, 80% seriam afastados da actividade por falta de crédito.

Mas, se não é correcto começar a criticar os ministros pelo que ainda não fizeram, já é possível analisar os passos dados por Pedro Santana Lopes desde que foi indigitado primeiro-ministro até à tomada de posse.

E, aqui, o balanço não é positivo.

O Governo foi anunciado a conta-gotas, começando por ser apresentado ao Presidente da República em dois tempos e acabando por proporcionar um verdadeiro festival de «apostas» por parte dos jornais e das televisões, falhando nuns casos mas acertando noutros.

Ora um Governo deve ser anunciado de uma só vez - e não pode haver fugas de informação até ao seu anúncio público.

Isso é básico - porque é tremendamente desgastante para os novos ministros ficar no ar a sensação de que foram segundas ou terceiras escolhas.

Depois, o discurso de posse de Santana Lopes foi um desastre.

Mal estruturado, mal escrito (notoriamente redigido a várias mãos), mal dito, sem uma única ideia forte, foi talvez o pior discurso pronunciado por um primeiro-ministro no acto da posse.

O que é um péssimo sinal, porque dá uma ideia de leviandade - um fantasma que Pedro Santana Lopes, nestas novas funções, tinha absoluta necessidade de afastar da sua imagem.

Santana Lopes tem desesperadamente de parecer sério - e aquele discurso mostrou um homem displicente, pouco articulado e até um pouco desnorteado.





20 Julho 2004

Publicado por: Átila às julho 21, 2004 01:15 AM

E diz o Nicolau:

Quem torto nasce...

Por respeito por quem aceita integrar o Governo do país, todos deveríamos dar o benefício da dúvida ao novo Executivo. Por caridade cristã, todos nos deveríamos lembrar que mesmo os muito maus têm momentos de bondade. E, pela racionalidade cartesiana, todos deveríamos aceitar que os novos governantes têm uma probabilidade de 50 por cento, no mínimo, de ser competentes.

Mas o respeito, a caridade e a racionalidade são severamente postas à prova quando, após uma semana de Pedro Santana Lopes ter sido indigitado primeiro-ministro, já se acumularam tantos equívocos, tantas contradições, tantas perplexidades, tantas promessas difíceis de cumprir.

A orgânica do Governo tornou-se um «puzzle» que não bate certo e que vai provocar meses de indefinição das novas competências e de quem manda em quem. O Ministério das Finanças passa de segundo para quarto lugar na hierarquia do Governo, perde o Planeamento e passa a ser também da Administração Pública (coisa que já era mas não estava no título). O ministro do Estado Álvaro Barreto é quem tutelará as pastas económicas, incluindo as Finanças e juntando-lhe o Trabalho. O actual Ministério da Economia é desmembrado. Perde o Turismo, que se autonomiza. O ministério que era tutelado por Arlindo Cunha também se cinde. Perde o Ambiente. O Ministério da Segurança Social vai pelo mesmo caminho. Perde o Trabalho e passa a designar-se ainda da Família e da Criança. O Planeamento sai das Finanças e vai parar ao Ministério das Cidades, Administração Local, Habitação (que sai das Obras Públicas) e Desenvolvimento Regional. Alguém percebeu a lógica e, sobretudo, as vantagens de todas estas mudanças?

Depois, temos os nomes. Telmo Correia dará de certeza um bom ministro, mas até agora nada tinha a ver com o sector do turismo. Costa Neves mexe-se bem nos corredores de Bruxelas, mas não se lhe conhece nenhuma ligação à agricultura. Carmo Seabra é uma excelente professora e uma grande especialista em telecomunicações - mas vai ser ministra da Educação. António Mexia é gestor, conhece bem as empresas - mas saiu-lhe as Obras Públicas. Luís Nobre Guedes vai ter tempos difíceis no Ambiente - sector ao qual nunca esteve ligado até agora. Fernando Negrão foi tão bom como director da PJ, como especialista no combate à droga e à criminalidade - mas vai para o Ministério da Segurança Social, da Família e da Criança. Álvaro Barreto foi um excelente gestor - mas nunca teve nada a ver com o Trabalho. É preciso continuar? Não bastava baralhar as pastas todas, era preciso ainda dar aos especialistas de uma área outras onde não têm experiência?

Este Governo nasceu torto e já não tinha direito ao estado de graça de que todos os executivos gozam quando iniciam funções. Mas parece que, não contente com isso, tratou de arranjar mais pauzinhos para meter na engrenagem. E, como seria inevitável, o primeiro-ministro já foi dizendo que o IRS pode descer no próximo ano se houver condições ou que os ministérios podem ser descentralizados. A natureza das pessoas não muda.

Alguém acredita que tudo isto foi muito bem pensado, que é tudo muito sólido e assente nas mais profundas convicções, após aturados estudos e debates? Alguém ainda não sentiu algum receio com o que aí vem?



19 Julho 2004

Publicado por: Átila às julho 21, 2004 01:28 AM

O seu texto está muito claro e didáctico, o que já nos vem habituando.
Parabéns

Publicado por: Rave às julho 21, 2004 02:22 AM

Gostei do que escreveu, quer no post, quer na resposta ao Pulga. Estou inteiramente de acordo

Publicado por: Ventura às julho 21, 2004 02:26 AM

HJ em julho 20, 2004 11:09 PM :
Desculpe lá, mas pelo seu comentário, você não deve ter percebido népia do que leu.
Até faz impressão!

Publicado por: penedos às julho 21, 2004 02:39 AM

Excelente analise.
Nao quero reflectir,porque estou de ferias no sul da Espanha,a caminho de Portugal.

Se o Socrates nada consegue,posso pressupor que a direita pode eternizar-se no poder,nao e assim?

Quando penso na meia duzia de bons empresarios que temos,pergunto-me como agem os outros com a diminuicao do IRC?

Da para comprar mais um Ferrari?

Em todo o caso,prefiro que a direita tenha um periodo de repouso que a obrigue a revisao da estrategia.

Boas Ferias ,JOANA¡

Publicado por: JUPITER às julho 21, 2004 10:40 AM

Estou inteiramente de acordo com os dois últimos parágrafos. O resto é um tró-ló-ró para épater le bourgeois (até mete Revolução francesa e tudo).

Publicado por: (M)arca Amarela às julho 21, 2004 05:24 PM

(...) Dúvidas que também tenho relativamente ao governo actual, como certezas tive relativamente ao governo anterior (...)

Joana: 15 palavras que se aproveitam no seu post.

Publicado por: zippiz às julho 21, 2004 07:32 PM

zippiz e M Amarela:
É assim que uma consultora escreve: 1 ou 2 parágrafos para agradar a uns, mais 1 ou 2 para agradar a outros, 2 ou 3 para agradar a aqueloutros ...
uns anexos para diversos gostos ...

Publicado por: Joana às julho 21, 2004 07:55 PM

hum...os esquerdalhocos também andam por aqui!

típico, como não têm mais nada que fazer inventam, invenjtam, para ver se cola!

Publicado por: palms às julho 21, 2004 10:06 PM

Andam, mas não saiem da cepa torta

Publicado por: Sargão às julho 22, 2004 12:59 AM

Concordo em linhas gerais e tenho vindo a defender muito do aqui foi escrito. Quero apenas acrescentar uma ou duas ideias.

Primeiro, sempre achei curioso que num país de católicos, tão poucos dêem a importância devida à doutrina social da Igreja e à opção clara do Papa pelos pobres. Preferimos criticar as posições pontifícias quanto ao aborto e ao uso de preservativos, esquecendo as posições fundamentais quanto aos problemas sociais. Culpa, certamente, da comunicação social que, para evitar que as pessoas pensem no que o Papa diz sobre esses problemas sociais e sobre as responsabilidades do capitalismo liberal no aparecimento desses problemas, as vão distraindo com o "conservadorismo" pontifício nas outras questões.

Segundo, a solução do problema da exclusão social tem de passar pelo estado e não pela iniciativa privada ou pelas empresas. Não se pode pedir às empresas que façam de agentes da Segurança Social, nem às Instituições de Solidariedade Social que ajudem a substituir direitos pela caridade. O estado tem de criar um sistema de trabalho substituto na esfera social, que garanta emprego a todos os desempregados, em tarefas não produtivas mas essenciais no quadro da solidariedade. Em vez de gastar dinheiro em subsídios de desemprego, o estado deveria canalizar para esse tipo de tarefas todos aqueles que estivessem desempregados. Tarefas que iriam desde a protecção do ambiente - limpeza e protecção de florestas, limpeza de rios, lagos ou albufeiras, etc. - até tarefas de solidariedade social - assistência a crianças de rua, aos sem abrigo, a idosos desamparados -, ou de apoio a minorias - ajuda a crianças com insucesso escolar, etc. Tarefas essenciais que não são desempenhadas por falta de meios, mas que poderiam ser realizadas no quadro que aqui sugiro. As remunerações não seria semelhantes às do sector produtivo - incentivando as pessoas a procurarem trabalho nesse sector -, mas seriam suficientes para garantir uma vida digna. Não tendo que suportar, senão pelos impostos, os custos desta política, as empresas podiam ser mais competitivas vindo a diminuir a necessidade de recorrer a este paliativo. Entretanto toda a sociedade beneficiaria da atenção dada às tarefas acima referidas, contribuindo muito para o desaparecimento da exclusão social. É completamente idiota manter centenas de milhar de pessoas sem nada fazer, quando há tanta coisa por fazer, enquanto a muitas dessas pessoas se está a pagar um subsídio de desemprego. Resta acrescentar que quem não quisesse desempenhar as tarefas sociais atribuidas, também não teria direito a qualquer ajuda do estado, a não ser que fosse doente ou deficiente.

Publicado por: Albatroz às julho 22, 2004 11:22 AM

joana,continua não apenas conservadora mas reaccionária como sempre. é o blog do tide.ou do omo para lhe dar o toque geracional.
e quando fala em pose de estado pensa em quem? no Paulinho das Portas? no santana flopes?

upgrade-se!

Publicado por: dionisius às julho 22, 2004 02:00 PM

Este seu texto é adnirável de coerência e oportunidade

Publicado por: Novais de Paula às julho 23, 2004 11:45 AM

Este seu texto é adnirável de coerência e oportunidade

Publicado por: Novais de Paula às julho 23, 2004 11:46 AM

Esquerda e direita depende do lado para onde estamos virados

Publicado por: pro-vocativo às julho 23, 2004 02:31 PM

Discutir com a direita é demasiado estúpido. Recuso-me a remexer na porcaria que aqui postam.

Resta-me constatar que o quoficiente de inteligência é uma herança genética da qual os mais desprovidos, leia-se, as joaninhas que por este mundo voam, e por este blog populam, não têm
culpa. E se o défice que escandalosamente ostentam não é de Q.I é porque pecam em excesso por sacanice.
O mundo não é o ilhéu de Cascais.

Dito isto,

Joaninha:

voa, voa...vai ver se chove longe de Lisboa...

Publicado por: O uno e o Multiplo às julho 24, 2004 10:36 PM

Cá para mim, esta Joana é um pseudónimo do AJJ, que também dizem que pega de empurrão...
Lembram-se da Albertina?
Pois...

Publicado por: Curioso às julho 25, 2004 05:58 PM

É uma reaccionária do piorio

Publicado por: Cisco Kid às agosto 1, 2004 01:33 AM

É uma reaccionária do piorio

Publicado por: Cisco Kid às agosto 1, 2004 01:33 AM

É uma reaccionária do piorio

Publicado por: Cisco Kid às agosto 1, 2004 01:33 AM

É uma reaccionária do piorio

Publicado por: Cisco Kid às agosto 1, 2004 01:33 AM

É uma reaccionária do piorio

Publicado por: Cisco Kid às agosto 1, 2004 01:33 AM

É uma reaccionária do piorio

Publicado por: Cisco Kid às agosto 1, 2004 01:33 AM

É uma reaccionária do piorio

Publicado por: Cisco Kid às agosto 1, 2004 01:33 AM

É uma reaccionária do piorio

Publicado por: Cisco Kid às agosto 1, 2004 01:33 AM

É uma reaccionária do piorio

Publicado por: Cisco Kid às agosto 1, 2004 01:33 AM

É uma reaccionária do piorio

Publicado por: Cisco Kid às agosto 1, 2004 01:33 AM

É uma reaccionária do piorio

Publicado por: Cisco Kid às agosto 1, 2004 01:33 AM

Cisco Kid, continuas a ser um palhaço.

Publicado por: Fred às agosto 21, 2004 11:58 AM

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