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abril 22, 2004
Estou Pessimista
Não é apenas a economia portuguesa que está num impasse. Toda a economia europeia está estagnada. Pontualmente haverá excepções, mas as principais economias europeias marcam passo.
Os Estados Unidos, o Japão, os países emergentes, todos dão mostras de retoma. A economia americana parece no bom caminho, apesar dos défices orçamentais provocados principalmente pelas despesas militares.
Face às declarações de Alan Greenspan é previsível que o dólar volte a subir em face do euro, mas agora com uma economia americana mais forte e competitiva. Uma subida que se prenuncia e presumivelmente mais sustentada. A Europa vai ficar cada vez mais distante dos EUA e do Japão.
A economia europeia está a perder competitividade e a população europeia está a envelhecer. Está a envelhecer não apenas biologicamente mas, principalmente, pelo seu estado de espírito, pela sua postura. Os europeus estão mentalmente velhos, perderam o espírito competitivo, o dinamismo, o destemor pelo risco.
As economias e as sociedades europeias precisam de profundas reformas estruturais, precisam de criar novos modelos económicos e sociais que permitam sair do actual impasse e da estagnação.
Mas para isso é preciso audácia, sentido das responsabilidades e não ter receio do risco. As economias francesa e alemã estão estagnadas. Os governos de Jospin e a primeira legislatura de Schroeder agravaram a situação das respectivas economias com medidas sociais completamente desenquadradas face a uma realidade que já existia, mas que eles não perceberam. Agora são absolutamente vitais reformas de que ninguém quer pagar os custos, embora todos considerem indispensáveis. O governo francês que sucedeu a Jospin tentou algumas reformas, mas levou com um cartão amarelo, a raiar o vermelho, nas regionais. Schroeder vê-se a braços com manifestações permanentes. Em Itália há manifestações gigantescas contra a política social de Berlusconi. Cá, apenas medidas tímidas, de impacte reduzido e muito contestadas.
A Europa (e Portugal) tem que escolher: ou reformar as suas estruturas económicas e sociais, permitir uma maior mobilidade e dinamismo económico e social e recuperar uma mentalidade aberta ao risco e à competição; ou manter o seu modelo, cada vez mais obsoleto e contraproducente e deixar-se estagnar, envelhecer com algumas poupanças que ainda tem, deslizando, prematuramente encanecida, para uma reforma sem esperança nem horizontes.
Mas para escolher, tem que perceber o que está em jogo. E a maioria dos europeus não percebeu, não quer perceber e tem raiva a quem percebe.
Numa manhã de 22 de Abril, uma chusma de marinheiros avistava uma montanha verdejante, frondosa, magnífica, prolongada de vagas cordilheiras por detrás duma atmosfera de ouro fluido. As naus de Pedro Álvares Cabral aportavam ao Brasil. Era o ano de 1500. Tão longe estamos dessa ocorrência ... longe no tempo ... longe no espírito.
Também neste dia nasceu Immanuel Kant. Era 1724. Para quê lembrar? A cidade onde nasceu já não é alemã, já não é Konigsberg, já não é habitada por alemães que comemorassem o nascimento do seu conterrâneo. Restam os seus livros e a sua filosofia, para distrair a Europa na sua senectude.
Igualmente nesse dia, em 1870, nascia Lenine. Reduziu a filosofia de Marx a chavões, fáceis de entender pelas massas, criou uma organização centralizada, hierarquizada e ideologicamente homogénea, apta para conquistar o poder, no estilo de Bakunine, mas que se revelou absolutamente perversa na gestão desse mesmo poder, implodindo e deixando milhões de órfãos que se arrastam pelo mundo e pela net, em busca de tábuas de salvação. Qualquer coisa serve. Mesmo que tenham que andar de turbante ou burqa, suspirando que qualquer entidade, nem que seja a Al-Qaida, dê uma lição ao imperialismo capitalista.
Talvez os americanos, mais jovens e ainda longe da reforma, vejam doutra maneira o ano de 1732, quando, neste mesmo dia, nascia George Washington, na colónia britânica da Virgínia, na América do Norte.
Publicado por Joana às abril 22, 2004 11:24 PM
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Comentários
Tem razão sobre o dinamismo da economia americana em comparação com a europeia.
Eu não estou tão pessimista. Acho que os europeus vão conseguir fazer algumas reformas. Não todas as que deviam, mas as suficientes ou pelo menos as mínimas, para permitir algum crescimento.
Publicado por: Novais de Paula às abril 23, 2004 12:37 AM
O pessimismo da Joana é o meu optimismo.
Publicado por: Cisco Kid às abril 23, 2004 12:37 AM
Isso está mau!
Publicado por: Rave às abril 23, 2004 12:38 AM
De facto a Europa está sem rumo definido, mas penso que é conjuntural. Todavia há alhgumas razões no discurso pessimistra da Joana
Publicado por: rave às abril 23, 2004 12:44 AM
A Joana está é com dor de cotovel por a Europa não ter apoiado Bush. E o resto é conversa
Publicado por: Cisco Kid às abril 23, 2004 12:45 AM
Cisco: você não acha que simplifica as coisas.
E isto é o mínimo que me ocorre!
Publicado por: Rave às abril 23, 2004 12:52 AM
Joana, anime-se, não há-de ser nada!
Publicado por: Mocho às abril 23, 2004 01:06 AM
Bolas, Joana, você que parece ser economista, devia saber que o que diz é mais que discutível discutível e sobretudo conjuntural. De facto, estruturalmente e a médio e longo prazo, a economia americana está-se a afundar dramaticamente. Os défices comercial e orçamental, que já eram enormes, tornaram-se astronómicos e completamente fora de controlo, hipotecando as gerações futuras. E pior: os EEUU cada vez têm mais dificuldade em financiar esse défice com investimentos financeiros estrangeiros, dada a fraqueza do dólar. Claro que também não podem seguir uma política de dólar forte e de taxas de juro mais altas (que seria necessaria à captação de capitais estrangeiros), porque isso hipotecaria a escassa retoma. Um beco sem saída. O "negócio" do Iraque revelou-se ruinoso. Em vez de lucros de biliões em petróleo roubado, há um défice de quase 200 biliões que tende a agravar-se com os golpes da heróica resistência iraquiana (Hurrah). E os lucros da "reconstrução" foram por água abaixo: as grandes empresas retiram do Iraque, dada a insegurança, mesmo com mercenários pagos a 1000 dólares/dia. O golpe final virá com a retirada de centenas de biliões de depósitos pelos credores estrangeiros e pela sua conversão em euros (Uau !). Ainda teremos de lançar um plano Marshall (nós a Europa, o Japão e a China !) para ajudar a América, mas com uma condição: julgar e enforcar os seus criminosos de guerra !!! LOL !
Publicado por: euroliberal às abril 23, 2004 08:48 AM
Euro liberal (ou islamototalitárioa, como já vi escrito por aqui):
Você vive de mitos. Há mais de um anos, no on-line, lhe descrevi a situação económica mundial, o que era previsível e porquê.
Você embandeirava em arco com a subida do euro. Eu explicava-lhe que isso poderia trazer algumas vantagens no curto prazo (se as soubessem aproveitar), mas poderia ser contraproducente no longo prazo.
Nada o demovia da sua lengalenga. Nem sequer as minhas previsões irem batendo mais ou menos certas.
Tente, em vez de contar mitos para si próprio, e se quer que a Europa saia da crise, fazer alguma coisa por isso na prática.
O pior cego é aquele que não quer ver
Publicado por: Joana às abril 23, 2004 09:15 AM
A Europa vive, além do mais, uma crise de liderança. Não é só cá que os políticos são incompetentes.
O único líder com carisma é o Blair. Mas o UK é um país algo excêntrico à Europa. Por outro lado a sua demasida colagem ao Bush também o prejudica no contexto europeu.
Publicado por: Joana às abril 23, 2004 09:18 AM
Eu estou mais pessimista com o que leio pela net que com os líderes europeus.
Cá nos havemos de arranjar
Publicado por: David às abril 23, 2004 10:33 AM
"O pessimismo da Joana é o meu optimismo."
na mouche, Cisco!
espero que a Joana continue pessimista até morrer e que viva mil anos. ( já sei que me vão apodar de maoísta mas não. o dos mil anos é hoje 1º monistro)
Publicado por: dionisius às abril 23, 2004 11:23 AM
oooops!
só depois de afixar é que reparei.
mas, pensando bem, está bem escrito.eh!eh!eh!eh!
Publicado por: dionisius às abril 23, 2004 11:24 AM
Joaninha, continuamos a fugir com o rabinho à seringa, não é ? Em vez de contestar os argumentos que apresentei (são do conhecimento comum de todos os conhecedores médios da economia mundial... não fui eu que os inventei), você limita-se a responder que vivo de "mitos". Ora a parte do mundo que trabalha (e sustenta a América, vendendo-lhes bens baratos, compensando com biliões de dólares em obrigações do tesouro os seus défices astronómicos e sobretudo permitindo que o dólar seja moeda mundial e possa ser impresso gratuitamente pela reserva federal...) é constituida pela Grande Europa (Uau !)pelo Japão, China e outros tigres asiáticos. Quanto ao Império cóboi, sobrevive através de expedientes financeiros e caminha para o fim inexorável... Pessimista quanto à Europa ? Enquanto os Airbus arrasarem com os Boeings e formos os maiores exportadores do mundo, não se nota...
Publicado por: euroliberal às abril 23, 2004 12:28 PM
Crise de liderança, na Europa ? Eu julguei que a crise de liderança era nos EEUU, com o inenarrável Georges "Forrest Gump" Bush, o macacóide que squata a Casa Branca (já tem despejo nmarcado para Novembro...). Quanto à Blairdalhoca, ela que espere pelas próximas eleições. Pode ser que tenha Aznar, como o dito cujo...
Publicado por: euroliberal às abril 23, 2004 12:31 PM
Cara Joana,
Não posso concordar com a sua afirmação de que "a economia americana parece no bom caminho, apesar dos défices orçamentais provocados principalmente pelas despesas militares".
O défice orçamental, sem contar com as despesas militares tem crescido. Sugiro-lhe alguns artigos:
"Spending Like a Drunken Democrat"
http://www.amconmag.com/2_16_04/feature.html
"'Conservative' Bush Spends More than 'Liberal' Presidents Clinton, Carter"
http://www.cato.org/dailys/07-31-03.html
"Hey, Big Spender"
http://www.cato.org/research/articles/dehaven-030326.html
"Republicans Become the Party of Big Government"
http://www.cato.org/dailys/02-02-04-2.html
"What Fiscal Discipline?"
http://www.cato.org/dailys/06-14-03.html
Para mim, não faz sentido que elogie o esforço de consolidação orçamental do governo português e, ao mesmo tempo, o despesismo do senhor Bush. A retoma da economia americana é apenas uma ilusão. Dado que Bush e o candidato Kerry não estarem dispostos a reduzir a despesa, a dívida americana - que atingiu o record de 7 triliões de dólares - terá, no futuro, de ser paga com impostos ou inflação...
Nota: as despesas militares, destruidoras de riqueza, são ainda outra componente do caminho para a futura recessão americana.
Publicado por: BrainstormZ às abril 23, 2004 02:43 PM
Vejo que há gente que acredita na economia europeia da forma como ela está a ser governada.
Gostava de ser assim crente
Infelizmente estiu também pessimista
Publicado por: Novais de Paula às abril 23, 2004 07:06 PM
BrainstormZ em abril 23, 2004 02:43 PM
Eu nunca defendi a política económica de Bush. E se você se der ao trabalho de consultar os meus textos sobre economia internacional verá isso. Apenas constatei factos.
A economia americana, para além de diversas vantagens competitivas e também das vantagens a nível de mobilidade dos factores de produção, continua a ser bastante atraente para o investimento estrangeiro, quer industrial, quer financeiro.
É esse investimento que compensa o défice externo ocasionado pelas excessivas despesas militares.
Em finais do ano passado pensei que essa situação se estaria a alterar. Afinal parece que não, pelo menos por enquanto, e o que se está a verificar na prática é a retoma da economia americana, enquanto a economia europeia não sai do atoleiro onde caiu.
Agora vocês são livres de tomar os desejos por realidades.
Publicado por: Joana às abril 23, 2004 07:20 PM
dionisius em abril 23, 2004 11:23 AM
Depreendo que você quer a economia europeia estagnada definitivamente, com as implicações que isso acarreta.
Ou você acredita que o dinheiro para pagar o funcionalismo público e a segurança social, reformas, etc., é feito numa tipografia, à discrição dos políticos?
Publicado por: Joana às abril 23, 2004 07:24 PM
euroliberal em abril 23, 2004 12:28 PM:
O facto das minhas previsões terem sempre batido certas e você andar há ano e meio a dizer coisas que não se concretizam não lhe diz nada?
Não se esqueça de descontar nas exportações europeias as transacções intracomunitárias!
Publicado por: Joana às abril 23, 2004 07:27 PM
Eu também estou pessimista, mas não consigo explicar porquê
Publicado por: Nereu às abril 24, 2004 12:17 AM
Provavelmente estou com uma depressão
Publicado por: Nereu às abril 24, 2004 12:18 AM
Joana:
Lá está você a desconversar, em vez de responder directamente aos meus argumentos (que são os de quase todos os entendidos, como o Brainstorm). Mas de que previsões é que fala ? E quando é que bateram certo ? Se você não sabe que a situação económica estrutural dos EEUU é catastrófica, então sabe tanto de economia como aqueles marxistas que na véspera da derrocada do muro ainda defendiam a saúde de ferro do "sistema socialista"... Eu acho admirável ter fé, mas é em religião... Em economia...
Publicado por: euroliberal às abril 24, 2004 05:59 PM
Querem acabar com o sistema social para dar mais dinheiro aos capitalistas. Mas não passarão
Publicado por: Cisco Kid às abril 24, 2004 06:09 PM
Euroliberal:
O sistema socialista era sólido. Foi traído pelos de dentro ajudados pela conspiração capitalista internacional
Publicado por: Cisco Kid às abril 24, 2004 06:10 PM
Este Cisco é mesmo de opereta
Publicado por: Mocho às abril 24, 2004 06:16 PM
A crise existe, apenas para alguns.
Nada como gastar o dinheiro dos contribuintes à farta. Quanto tempo mais poderemos sustentar milhares de parasitas e inúteis?
A "retoma" chegou à Câmara Municipal de Lisboa!
Entre Março de 2003 e Março de 2004, o Município Lisboeta adquiriu 11 viaturas topo da gama no valor de 600.000 euros. Nove da marca Peugeot a quase 50.000 euros cada, um Lância Thesis de igual valor e umAudi A8 4.2 V8 Quattro de 115.000 euros.Acresce registar que o Audizito consome 19,6 litros de gasolina em circuito urbano! Segundo Santana Lopes foi um bom negócio, visto que, e segundo ele, o seu antecessor gastou mais dinheiro. Os carros substituídos estavam velhos, tinham três anos!
Porquê este despesismo, estando o país na situação económica em que está? Carros topo da gama com três anos, são carros velhos? João Soares deixou um Volvo S80. Será que este carro com três anos não está em condições de circulação? Porquê a necessidade de um Presidente de Câmara circular num Audi A8 4.2 V8 Quattro? Ainda por cima num país que está de tanga! O Lância Thesis foi para a vereadora do PSD Teresa Maury e os Peugeot para os outros colegas de partido. O vereador do PS, Vasco Franco continua com o seu Laguna de 99 e o seu colega do PCP, António Abreu também continua com o seu Laguna de 98! Giro não é?
Sabem qual é o slogan da Audi para promover este carro?
"Os sonhos não têm preço"
Publicado por: Luis António Viriato às abril 25, 2004 02:26 PM
Tenho lido nos jornais a oposição afirmar que é preciso relançar a despesa pública.
Deve ser essa a estratégia de Santana Lopes.
Publicado por: Humberto às abril 25, 2004 06:42 PM
Os tios de Abril
Hoje li uma reportagem no Expresso sobre as famílias que depois do 25'4 fugiram de Portugal para o Brasil. Li que até houve uma senhora que teve de fazer bolos para fora. Já soube de gente que teve de vender pratas para os filhos poderem estudar no em colégios decentes, onde houvesse alguma ordem. Tinham, antes da bagunça, empresas da família, arduamente construídas com um empurrãozinho do tio Salazar e do tio Caetano, que os protegiam da concorrência de uns emergentes sem berço, garantindo um selecto monopólio. Às vezes também eram obrigados a um maçador mas inevitável telefonema aos senhores da António Maria Cardoso, para resolver alguns excessos reivindicativos de alguns funcionários ingratos, influenciados por comunas agitadores. Esta gente, com vidas inteiras de trabalho, comeu o pão que o Diabo amassou, no Brasil. É que os meninos nem imaginam. Felizmente tudo se resolveu. Agora, eles já estão outra vez lá na empresa, elas até ganharam o gosto e agora é uma canseira a organizarem "eventos" e, lá no colégio, os piquenos voltaram a usar farda. Tudo está bem quando acaba bem. Só falta uma coisa: está cada vez mais difícil arranjar criadagem. Não dava para resolver isso? Sei lá, tavez com uma lei qualquer.
[danieloliveira in Barnabé
Publicado por: zippiz às abril 25, 2004 06:47 PM
o comentário anterior substitui o "esquecimento" de Joana sobre o 30º aniversário do 25 de Abril.
Publicado por: zippiz às abril 25, 2004 06:49 PM
Não seja precipitado, zippiz. Ao fim de semana estou quase sempre longe da net.
Publicado por: Joana às abril 25, 2004 08:16 PM
Cara Joana,
Visito regularmente o seu blog e nunca a vi defender a política económica do Bush até, no presente post, ter lido a seguinte frase:
"A economia americana parece no bom caminho, apesar dos défices orçamentais provocados principalmente pelas despesas militares."
Conforme artigos anteriormente sugeridos, a economia americana está no mau caminho!
Também não posso concordar com a seguinte afirmação:
"É o investimento [estrangeiro] que compensa o défice externo ocasionado pelas excessivas despesas militares."
Mais uma vez sugiro-lhe a leitura dos artigos acima mencionados. Neles, poderá verificar que o défice externo não é exclusivamente "ocasionado pelas excessivas despesas militares".
Ainda, o investimento estrangeiro que refere é composto, maioritariamente, da compra de títulos de dívida pública americana pelos bancos centrais japonês e chinês que, para ajudar as exportações, tentam manter a paridade das suas moedas com o dólar.
A economia europeia está "estagnada" não só pela necessidade das reformas estruturais que referiu (e muito bem) mas, também, porque o Banco Central Europeu (BCE) ainda não seguiu a louca política monetária do Sr. Alan Greenspan (que já baixou as taxas de referência ao mínimo histórico de 1%). Mas já ministros das finanças europeus a pressionar o BCE no sentido de adoptar semelhante política...
Publicado por: BrainstormZ às abril 26, 2004 12:59 PM
BrainstormZ:
Eu não emiti qualquer juízo de valor sobre a política económica de Bush. Limitei-me a constatar factos.
E os factos foram reconhecidos este fim de semana, na reunião dos ministros das Finanças do G7, em Washington, já depois de eu ter escrito "Estou Pessimista".
Os EUA, o Japão e o Reino Unido perspectivam taxas de crescimento razoáveis (3 a 4%, enquanto a zona euro cresce por arrastamento, mas com uma taxa metade daquelas.
Os G7 concluiram que «a melhoria das perspectivas na maior parte das regiões vai no sentido de um crescimento mundial mais forte ... mas notam que a tendência é claramente mais modesta na zona euro».
Portanto, as conclusões da reunião do G7 confirmam os sintomas que eu havia descrito.
Os EUA não são como Portugal, onde a política económica tem um peso enorme nas decisões empresarias e nas tendências dos parâmetros macroeconómicos. Nos EUA o dinamismo dos agentes económicos é determinante, embora uma política económica, mais ou menos adequada, possa ajudar ou desajudar.
Neste entendimento, o facto da economia americana apresentar conjunturalmente bons resultados, não significa necessariamente uma boa política económica da administração Bush
Publicado por: Joana às abril 26, 2004 11:14 PM
Na verdade não significa. O Guterres e o Sousa Franco tiveram uma política económica errada, durante 3 ou 4 anos os sintomas económicos foram bons e a factura veio depois.
Provavelmente a factura da política do Bush aparecerá depois.
Publicado por: riuse às abril 27, 2004 10:23 AM
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Publicado por: virtual às fevereiro 20, 2005 08:33 AM