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fevereiro 09, 2004

A pegada do dinossauro Silva Melo

O realizador, encenador e actor Jorge Silva Melo recusou um prémio de 25 mil euros, que lhe fora atribuído por um organismo do Ministério da Cultura.

Na altura declarou: «Não gosto de prémios do Estado, porque acredito que o artista é por natureza um traidor ao poder instituído». Ou seja, o artista, o verdadeiro artista, desenvolve a sua arte contra o Estado. Sendo assim, só pode ser apreciado e reconhecido por uma assembleia de traidores ao poder instituído do mesmo tipo de traição: a comunidade dos verdadeiros artistas.

Além do seu desejo de serem considerados traidores ao Estado, os verdadeiros artistas têm, na sua indiscutível opinião, o estatuto de monumentos nacionais. Também eles se libertaram da lei da morte e desdenham serem avaliados pelo seu desempenho. Estaremos em condições, nós, efémeros mortais, de dar um prémio ao Mosteiro dos Jerónimos pelo seu desempenho na forma excepcionalmente garbosa como tem albergado as cinzas de Vasco da Gama? Ou Camões? Ou, quiçá, Amália? E se esse gesto insensato se produzisse, como reagiria o Mosteiro, na sua frieza marmórea?

Mas cinco séculos são segundos face à idade provecta da pegada do dinossauro. Seria lícito avaliar o desempenho daquela pegada, distraidamente deixada por um dinossauro em busca sabe-se lá do quê ... provavelmente da imortalidade.

Não, definitivamente, não.

Os verdadeiros artistas, assim como os monumentos, desdenham prémios, desdenham êxitos comerciais, desdenham o público, estão acima das pequenas misérias deste mundo, mesmo do jurássico.

Todavia, os verdadeiros artistas, assim como os monumentos, sabem que a sociedade está em permanente dívida para com eles. A sociedade não está em condições de avaliar o seu desempenho, mas tem a obrigação moral e material de prover ao seu sustento e manutenção.

Assim, quando se sabe que Silva Melo e a sua companhia vivem do Estado, de que receberam, em 2003, 450 mil euros, só podemos louvar, quer o Estado pela sua dedicação posta na manutenção do nosso património, quer Silva Melo e a sua companhia, por se deixarem subsidiar sem pruridos de passarem por cúmplices de alguma traição. Foi sábia essa aceitação de Silva Melo. Imaginemos que o Mosteiro dos Jerónimos, sentindo-se desconsiderado pela presença hostil do CCB, oficiava o Estado recusando qualquer subsídio e enviava cartas de protesto para os jornais. Quem reabilitaria as suas fachadas e coberturas? Como poderia a Gulbenkian produzir sessões musicais no seu refeitório? Provavelmente, apenas sessões gastronómicas.

Não. Silva Melo conhece os deveres do Estado na manutenção do nosso património e os deveres do nosso património em se deixar manter pelo Estado. Subsidiar o nosso património não se discute. É o que têm em comum a Pátria e o património: não se discutem.

Silva Melo sabe igualmente que subsidiar a manutenção do nosso património deve obrigatoriamente ser independente do êxito deste junto do público. A comunidade dos verdadeiros artistas produz-se unicamente para ela própria, porque apenas os verdadeiros artistas têm estatura cultural para entenderem essa produção. Quanto menor for o êxito junto do público, quanto menos afluência a sua produção tiver, mais perto se encontra da arte absoluta e imortal.

Também os monumentos foram construídos com total desprezo pela opinião dos vindouros. Acaso Keops, quando mandou construir a pirâmide, estava preocupado com a futura opinião dos turistas japoneses e das suas máquinas Nikon? O público é despiciendo: um conjunto de ignaros cuja afluência apenas pode ser sinónimo de má qualidade artística e de descrédito intelectual do autor. Acaso interessa que as gravuras de Fozcoa tenham uma audiência ínfima? Audiência que custou muitas dezenas de milhões de contos ao país. Ao pé disto, o que são uns míseros 90 mil contos anuais atribuídos a Silva Melo?

Premiar Silva Melo, as gravuras de Fozcoa, a pegada do dinossauro e outros monumentos do nosso património rebaixava-os à classe das obras efémeras, transitórias. Não podemos pactuar com tamanho desvario: Exegi monumentum aere perennius.

No caso de Silva Melo, esse desvario assume contornos mais clamorosos, visto Silva Melo ser mais versado na comunicação que a pegada do dinossauro, embora provavelmente menos inteligível. Se o prémio tivesse sido atribuído à pegada do dinossauro, esta permaneceria atónita, mas muda. Silva Melo protesta no Público, assegurando que foi violado. E o ominoso violador seria o Instituto das Artes, impondo a sua lasciva vontade nas relações com os artistas.

Silva Melo confessa-se, pois, vítima de monumentofilia, perversão inconfessável, de contornos ainda pouco claros, provavelmente à espera de uma moldura penal definida, mas que poderá vir a tornar-se um futuro entretenimento das noites televisivas, quando o caso Casa Pia desaparecer das manchetes. O arguido seria agora o Instituto das Artes, colocado sob prisão preventiva, e as vítimas os artistas, mas com uma diferença: a atracção dos artistas pelo protagonismo mediático faria com que estes aparecessem, dando o rosto, sem máscaras, nem vozes entarameladas, contando com pormenores requintados as peripécias escabrosas das horríveis violações.

Publicado por Joana às fevereiro 9, 2004 07:53 PM

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Comentários

Tentei ver há uns 20 anos atrás a uma peça de teatro na TV, E Não Se Pode Exterminá-lo? de Karl Valentim.
Apareceu o Jorge Silva Melo a explicá-la. Ao fim de 5 minutos abandonei o sofá e fui dar uma volta. Quando voltei, continuava a explicar. Passou-se mais de meia hora e cada vez que olhava para a TV, lá estava o Jorge Silva Melo a explicar a peça. Deve ter estado quase uma hora. Provavelmente quase todos os que tinham tencionado ver a peça já tinham mudado de canal ou ido embora.
Perdi os primeiros 5 ou 10 minutos ... mas lá vi a peça. Fui provavelmente o único.

Publicado por: Novais de Paula às fevereiro 9, 2004 09:32 PM

Uma coisa que sempre notei em Portugal foi o provincianismo cultural. Os intelectuais teem receio de parecerem incultos e tornam-se, frequentemente insuportaveis.
Julgo que eh do meio ser pequeno e tambem uma heranca da ditadura e da ausencia de abertura cultural nesses tempos.

Publicado por: Filipa Zeitzler às fevereiro 9, 2004 09:46 PM

O Silva Melo mostrou uma grande estatura e independência em ter recusado o prémio. Só mostra que ele não pactua com este governo do Burroso

Publicado por: Cisco Kid às fevereiro 9, 2004 09:52 PM

Excelente texto.

Publicado por: AAA às fevereiro 9, 2004 10:52 PM


JOANA ou D.JOÃO II

Cáustico!

Despir assim o artista é duma "ferocidade" atroz.
Aliás,senti já essa sensação "gelada",quando ZEUS8441 passou a ser um "balão" agitado pelo teclado do seu computador.

Mas,o que há-de fazer-se contra um(a) Justiceiro(a), que destrona ZEUS no Olimpo, e daí atira raios e coriscos ao infeliz artista a quem não é reconhecido esse gesto de "magnanimidade",por recusar a "massa" num mundo em que o "ter" conta muito mais do que o "ser"?

Todos os materialistas "hadem" reconhecer um dia que o dinheiro não dá felicidade nem a ajuda.

Ainda bem que eu não sou artista!

Publicado por: ZEUS8441 às fevereiro 9, 2004 11:12 PM

Este texto é ainda mais cáustico que o do Vasco Pulido Valente do DN.
O Silva Melo deve andar com as orelhas a arder.

Publicado por: Rui Silva às fevereiro 10, 2004 12:57 AM

Bom texto, Joana. Estes tipos são uns auto-convencidos!

Publicado por: fbmatos às fevereiro 10, 2004 09:05 AM

Que raio de texto, Joana!
Depois de uma semana sem postar, aparece-me com isto? Quem é o silva melo?

Publicado por: dionisius às fevereiro 10, 2004 10:29 AM

Que raio de texto, Joana!
Depois de uma semana sem postar, aparece-me com isto? Quem é o silva melo?

Publicado por: dionisius às fevereiro 10, 2004 10:30 AM

Muito bem visto. A arrogância destes artistas que só vêem o próprio umbigo e que acham que o nosso dinheiro é deles tem que acabar.

Publicado por: Adalberto às fevereiro 10, 2004 12:59 PM

Dionisius: se o Silva Melo o lê você está feito ao bife

Publicado por: Adalberto às fevereiro 10, 2004 01:00 PM


Cara Joana,

Perante o seu texto, já estou como o outro: só vim cá dizer "Nã contem comigo!"

Mas, já agora que aqui estou, também poderei pensar um pouco no seu texto e chegar à conclusão de que, caso Silva Melo tivesse aceitado o tal prémio, o texto da Joana (um outro texto, obviamente...) facilmente teria sido, também, "demolidor" sobre a oportunidade de Silva Melo receber uns dinheiritos do Estado...

Ou estarei enganado?

Compreendeo a "teoria" em que se baseia a feitura e manutenção de um Blog : a intervenção imediata, a opinião quase irreversível, etc..

Mas é exactamente por percebê-la (a "teoria") que sou muito mais exigente que perante a intervenção mastigada pelo tempo.

E, neste explícito caso da recusa de JSM de uma "preabenda" estatal, parece-me que a Joana se limitou a "adaptar" uma qualquer prosa "escrita à espera da oportunidade".

Confundir "um subsídio estatal a uma intervenção cultural" (e que todos, como sociedade, agradecemos enquanto contribuintes) com "um prémio estatal" que ninguém consegue descortinar como é atribuído (e que todos pagamos como contribuintes), só funciona quando é dito e não fica escrito ( "as palavras voam; os escritos permanecem", lembra-se?).

Como tal, e independentemente do merecer de JSM, só a ele caberá decidir sobre o receber ou não prémios (com tudo o que isso implica...).

Jean Paul Sartre, recusou-se a receber o Nobel da Literatura (quanto a mim, estupidamente)

Silva Melo, recusou-se a receber um prémio que ninguém sabe como é atribuído ( quanto a mim, certeiramente)

A Cultura, não é só um caso de Governo... É, também e essencialmente, um caso de inteligência.

Publicado por: re-tombola às fevereiro 10, 2004 06:44 PM

Caro re-tombola: é sempre com prazer que leio os seus comentários, quer seja para concordar, quer seja para discordar, quer seja apenas, como agora, ... para marcar o ponto!

Há uma coisa que tenho que lhe confessar (e peço-lhe que guarde prudente segredo ...): isto de ter que alimentar um blog leva que se seja facilmente acometida da síndroma do Bey de Túnis, maleita detectada há mais de um século pelo Eça.

Mas não foi este o caso. O que me impressionou no Silva Melo, para além de ele ser um reconhecido pedante, foi ele se ter comportado como um hipócrita.

Silva Melo pode recusar um prémio pecuniário porque é vultuosamente subsidiado pelo mesmo Estado que lhe atribuiu o prémio. E recusa-o com fanfarras e uma publicidade que nenhum dos outros premiados teve. Considera traição receber um óbulo relativamente modesto como prémio, mas ser anualmente vultuosamente subsidiado, não é traição ... é a nossa obrigação.

Dê-se ao incómodo de ler, no Espaço Público de sábado passado, a opinião de Silva Melo “Prémio Ou Violação”, e depois diga-me qualquer coisa. E já agora leia, no mesmo local, um comentário de uma leitora “Prémio Almada”.

Na minha opinião, Silva Melo representa o que de pior há na intelectualidade portuguesa em provincianismo, elitismo, pedantismo, e mais uma centena de vocábulos terminados em “ismo”.

Se ele tivesse aceite, como os restantes, eu não teria escrito nada, até porque o assunto não teria tanta repercussão pública.

E re-tombola, apareça sempre

Publicado por: Joana às fevereiro 10, 2004 07:58 PM

dionisius: Uma semana? Apenas durante o fds, em que estou em "Áreas livres da Globalização" é que não coloquei nada aqui.
E olhe que o Adalberto tem razão. Se o Silva Melo ler que você nunca ouviu falar dele, você nunca mais é gente perante esse eminente artista.

Publicado por: Joana às fevereiro 10, 2004 08:03 PM

O Sampaio foi hoje visitar a pegada do Dinossauro.
Ou teria sido a pegada do Silva Melo?

Publicado por: GPinto às fevereiro 10, 2004 10:34 PM

(...)
Se ele tivesse aceite, como os restantes, eu não teria escrito nada, até porque o assunto não teria tanta repercussão pública.
(...)


Cara Joana,

Duvido de ambos os casos (que a Joana nada teria escrito sobre o assunto e de que o assunto não tivesse tanta repercussão pública).

A repercussão pública só existe exactamente porque alguém dá importância pública a esse ponto a JSM enquanto pessoa.

JSM, não duvidemos, é um interveniente cultural neste país.

Mas, JSM também é uma besta quadrada enquanto pessoa na minha opinião!

Misturar as minhas duas capacidades de análise, faz de mim o quê?

Publicado por: r às fevereiro 10, 2004 11:28 PM


Cara Joana,

Eu sei (oh se sei) que manter um Blog vai para além do Bei de Tunes...

E, por isso, também sei que é mesmo como o tiro ao alvo: ou se acerta à primeira ou não se acerta.

Emendar o tiro, aumentar alvo ou fazer re-play "viciado" não pode ser filosofia ( e olhe que eu amo a sofia...)

Publicado por: re-tombola às fevereiro 10, 2004 11:34 PM

"...O que me impressionou no Silva Melo, para além de ele ser um reconhecido pedante, foi ele se ter comportado como um hipócrita..."

Aprecio a elegância terrorista da escrita de joana !
JSM tem feito alguma coisa pela cultura. Podemos gostar ou não . Joana não gosta , e daí ? Ela tem um blogue e "marra" em tudo que não seja ideológicamente à direita do PPD . Factos !
Ela tem os seus inimigos de estimação , e daí ?

ps) PEDANTE :pretensioso,afectado,amaneirado,vaidoso,charlatão,impostor,pessoa que faz ostentação de conhecimentos superiores aos que possui.

...diga-nos onde ele se enquadra e não se esqueça do "reconhecido"!

Publicado por: zippiz às fevereiro 10, 2004 11:35 PM

zippiz: se quer que lhe diga, nem sabia a opção política do Silva Melo. Só expus o que pensava em face da actuação dele, tal como a descrevi e você pode ler nos jornais.
Não encontra nenhum argumento político no meu escrito.
Mas de facto, agora que você escreveu isso, em face das atitudes que ele tomou, e abordando eu a questão sob essa perspectiva que você abriu, reconheço que há fortes indícios que ele pertença à facção Benetton da esquerda.

Publicado por: Joana às fevereiro 10, 2004 11:57 PM

então de onde vem a sus afirmação "reconhecido pedante" ?
Não seja hipócrita Vc !

Publicado por: zippiz às fevereiro 11, 2004 12:12 AM

Que eu saiba, pedante não é uma categoria política. Eu tenho conhecido pedantes em todos os partidos políticos.
Mas se você afirma que quando se diz que alguém é um reconhecido pedante, tal indica, sem margem para dúvidas que ele é do BE, então terei que me inclinar e concordar.
Do BE sabe você!

Publicado por: Joana às fevereiro 11, 2004 12:15 AM

e não faça o papel de ingénua acerca dos argumentos políticos ; Vc não faz outra coisa no SEU blogue que não seja "meter-se" com o flanco esquerdo , para usar linguagem de futebolês !

Publicado por: zippiz às fevereiro 11, 2004 12:17 AM

Joana em fevereiro 11, 2004 12:15 AM

não fique nervosa, não provoque e não invente o que não escrevi !

Publicado por: zippiz às fevereiro 11, 2004 12:21 AM

E que mal é que tem a Joana "meter-se" com flanco esquerdo?
O flanco esquerdo é intocável por acaso?
Ou só o flanco esquerdo é que se pode "meter" com o flanco direito?
O flanco esquerdo reage mal ás criticas?
(Desta última eu sei a resposta.)

Publicado por: Heroi do Silêncio às fevereiro 11, 2004 02:28 AM

Eu lembro-me daquela peça televisiva que o Novais de Paula falou. E que havia um tipo muito chato que não se calava. Então aquele é que era o Silva Melo? Já então era um chato.

Publicado por: Viegas às fevereiro 11, 2004 11:53 PM

Heroi do Silêncio em fevereiro 11, 2004 02:28 AM

ainda bem que não fui só eu que percebeu que Joana se "meteu" com o flanco esquerdo .

Publicado por: zippiz às fevereiro 12, 2004 12:25 AM

Zippiz:

E eu perguntei qual era o problema, não disse que ela não se tinha "metido".

Publicado por: Heroi do Silêncio às fevereiro 12, 2004 01:03 AM

o problema ? nenhum !
mas a sra Joana podia aproveitar para , sei lá , escrever sobre o Vasco Graça Moura , que até acabou de ganhar um prémio (poesia) !

Publicado por: zippiz às fevereiro 12, 2004 01:22 AM

Vasco Graça Moura ganha prémio de poesia

Alterar tamanho
O escritor e eurodeputado do PSD Vasco Graça Moura ganhou a Coroa de Ouro do Festival de Poesia de Struga, na Macedónia, um galardão que há 50 anos distingue obras de poetas de todo o mundo.

O galardão, sem qualquer valor pecuniário, já foi entregue a poetas como o chileno Pablo Neruda, o sueco Thomas Transtromer (em 2003) e o croata Slavko Mihalic (2002).

«É um prémio simbólico e significa para mim uma distinção honrosa, que demonstra uma especial atenção dada à literatura de língua portuguesa e é importante ver, ao fim de algumas décadas a produzir obra, outras áreas do mundo nas quais podemos ser lidos», disse à Agência Lusa o poeta português, em Estrasburgo.

A obra de Vasco Graça Moura será lançada em língua macedónia em Agosto, na mesma altura em que receberá o prémio, depois do seu trabalho ter sido traduzido para francês, italiano, sueco e alemão.

O prémio, pela primeira vez atribuído a um poeta português, vai ser proclamado na UNESCO a 19 de Março.

Publicado por: zippiz às fevereiro 12, 2004 01:29 AM

Li o artigo do Silva Melo e de facto o tipo é intragável. Não será que ele não repara que está a ser hipócrita?

Publicado por: A Trofa às fevereiro 12, 2004 07:26 PM

Hipócrita é a tua tia. O Jorge Silva Melo é um gajo com muita personalidade e fez uma coisa que muitos não teriam coragem de fazer: dizer não.

Publicado por: Cisco Kid às fevereiro 12, 2004 07:51 PM

A minha tia não é para aqui chamada. Além do que não tenho tias. O Jorge Silva Melo teve coragem em não aceitar o prémio, mas lambe-se todo com o subsídio anual que recebe, que é quase 20 vezes o valor do prémio. Assim até eu tinha coragem

Publicado por: A Trofa às fevereiro 12, 2004 07:54 PM

Zippiz,

a Joana não escreveu sobre o Vasco Graca Moura porque não lhe apeteceu certamente. Ela aqui escreve o que lhe der na gana, assim como eu, como tu e toda a gente. E assim é que está bem.

O cisko no olho é que só vem para aqui dizer merda!

Publicado por: Heroi do Silêncio às fevereiro 14, 2004 02:57 AM

zippiz em fevereiro 12, 2004 01:29 AM :
O Vasco Graça Moura recusou esse prémio de que fala?
Denegriu quem lhe outorgou esse prémio?
E, no caso de o ter feito: vive às sopas dessa entidade?
Se nenhuma dessas condições está preenchida, lastimo, mas eu não teria nada a dizer.
Se as 3 condições estão preenchidas, então será tão hipócrita como o Silva Melo

Publicado por: Joana às fevereiro 16, 2004 09:24 PM

4 dias , não era preciso responder ; já se percebeu que a joana é muito pura!

Publicado por: zippiz às fevereiro 16, 2004 10:01 PM

zippiz: estive 3 dias fora de Lisboa e da net

Publicado por: Joana às fevereiro 16, 2004 10:47 PM

bota fotas da pegada ou procure o que fazer

Publicado por: kuuyyj às julho 12, 2004 03:30 PM

bota fotas da pegada ou procure o que fazer

Publicado por: kuuyyj às julho 12, 2004 03:30 PM

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