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janeiro 20, 2004
A comunidade internacional e o Iraque
A propósito da cimeira que se realizou ontem sob os auspícios da ONU e que terminou inconclusiva, queria tecer algumas considerações.
A forma com a questão iraquiana está a ser encarada no mundo ocidental não é mais que a velha querela dos limites da nossa civilização, da nossa relação com os outros e da nossa relação com nós próprios.
Criámos uma civilização tolerante, democrática e próspera. Mas ao fazê-lo, relacionámo-nos com os restantes de uma forma paternalista, discriminadora, mesmo desdenhosa. Embora muitos de nós não o reconheçam e acreditem sinceramente o contrário, consideramo-los inferiores.
Mas a nossa tolerância e democracia também criou dentro de nós o oposto: aqueles que teorizam, em diversos matizes, que “se é branco e rico, é culpado, se é de cor e pobre, é inocente”, de que há sempre desculpa para o ditadorzeco que rouba os seus concidadãos e reclama em Fóruns Sociais Internacionais indemnizações pelo tráfico de escravos de há mais de 150 anos e de que nós teremos que estar sempre com “má consciência” perante o terceiro mundo.
Essa conflitualidade que, em certa medida, impediu a convergência entre os EUA e o eixo franco-alemão, tem prejudicado em muito o apressar de uma solução para o Iraque e o combate ao terrorismo.
A administração Bush não parece ter avaliado todas as consequências da intervenção no Iraque tal como foi feita. Não a vitória militar que, excepto entre os tiffosi anti-americanos, nunca esteve em dúvida, mas a possibilidade de gestação rápida de um Iraque democrático.
O eixo franco-alemão apostou na rotura com as posições americanas convencido que os americanos não dispensariam o seu apoio e que a sua atitude lhes traria dividendos no xadrez do Médio Oriente. Foi um equívoco total. A França acabou por ter que contratar gestores de imagem para melhorar a sua imagem nos States e os dividendos foram para quem tem dinheiro e força política e militar, não para os tíbios e para quem mendiga as boas graças. Quando os governos francês e britânico cediam perante Hitler para esmolar a sua boa vontade, apenas obtiveram o seu desprezo e o prosseguimento da sua política belicista. Julgaram comprar a paz pelo preço da honra e perderam a paz e a honra. E quem ascendeu ao poder e guiou a Grã-Bretanha à vitória foi Churchill, antes considerado belicista.
Para que exista convergência, a administração americana terá que se aperceber que o unilateralismo das suas acções, mesmo que militarmente possa impor-se, tem limites na fase subsequente ao conflito. A democracia não se impõe na ponta das baionetas. Baseia-se num consenso nacional que terá que ser construído. E as potências ocidentais terão que aceitar uma «democracia» frágil, certamente defeituosa e insuficiente, num país, numa região, onde não há tradições democráticas, onde não há Estados laicos, onde as conquistas que o mundo ocidental fez nos últimos 3 séculos, ainda são letra morta. Não pode esperar muito mais.
Por sua vez a Europa terá que se aperceber que o combate ao terrorismo e à intolerância em nome da religião não se pode fazer pactuando com os mentores directos ou indirectos desse terrorismo e dessa intolerância e tentando cair-lhes nas boas graças. Uma política de cedências só conduz à necessidade de mais cedências, até se ficar encurralado.
O objectivo é tentar encontrar uma solução que tenha o apoio da comunidade internacional, convencendo a Administração Bush que essa solução terá que ser encontrada fora do quadro do unilateralismo americano vigente, mas que não será nem uma solução anti-americana, nem uma solução pantanosa, sem operacionalidade.
Nessa medida, esta cimeira deveria ter sido mais consistente nas suas conclusões. A ONU não parece empenhada em regressar ao terreno, não parece haver condições para eleições democráticas no calendário desenhado pelos americanos e a situação continua muito fluida, com o segmento social iraquiano mais forte numericamente a tentar fazer valer a sua força e a sua visão do mundo.
Parece óbvio que a comunidade internacional terá que aceitar uma «pseudo-democracia», pois não haverá condições para mais. Julgo todavia que deverá ficar com os instrumentos que lhe permitam evitar que essa «pseudo-democracia» resvale para uma teocracia populista dominada pelos xiitas. Senão, teria sido em vão todo o esforço feito, os mortos, os incapacitados, os que sofreram.
Publicado por Joana às janeiro 20, 2004 11:05 PM
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Comentários
Razões históricas e mentalidades tribais, assim o vão determinar.
A comunidade internacional, não tem papel nenhum a realizar no Iraque.
Não há exemplos de democracias ocidentais, que tenham vingado a Oriente, porque este caso seria diferente?
Publicado por: j.gonçalves às janeiro 20, 2004 11:42 PM
Os americanos hão de encontrar outro Vietname
Publicado por: Cisco Kid às janeiro 21, 2004 12:04 AM
Os americanos querem passar as castanhas quentes para a ONU mas esta não vai nisso.
Publicado por: anonimo às janeiro 21, 2004 12:05 AM
O que se vê, para já, é os iraquianos matarem-se uns aos outros.
Publicado por: Rave às janeiro 21, 2004 12:30 AM
Não sei como os américas se vão ver livres desta enrascada. Estavam convencidos que era canja.
Publicado por: Bsotto às janeiro 21, 2004 09:08 AM
Andamos sempre a pensar que os americanos se vão lixar, mas dão sempre a volta por cima.
Mesmo na estúpida guerra do Vietname, eles não conseguiram vencer a guerra, mas ganharam na paz, pois hoje o Vietname é um país economicamente muito dependente dos USA
Publicado por: Mocho às janeiro 21, 2004 09:13 AM
Joana, não se mancomune com a ralé da Humanidade, os palhaçotes nazi-busshistas...
O meu post no Online Expresso que você atacou no mesmo exemplifica a reacção pedagogicamente adequada a certas imbecilidades de extremistas da direita (logo, cretinos tal como o seu modelo, o cóboi desmiolado) que aí chafurdam, como o Torquemada (nick já de si elucidativo...) cujas intervenções infelizes se tem feito cada vez mais frequentes...
Depois, você mistura alhos com bogalhos. Ninguém mais do que eu nesse forum denunciou os maiores ataques terroristas da história da Humanidade (Dresden, Hamburgo, Darmstadt, Hiroxima, Nagasaqui, Tóquio...) feitos pela mesma coligação anglo-americana que hoje (e desde 91) agride o Iraque e permite o genocídio palestiniano. Não há equivalente na história militar para tais barbaridades cometidas por um povo sobre outro. Nem do lado russo, como você sugere (tiveram 20 milhões de baixas e só causaram aos seus algozes 5 ou 6 milhões). Os crimes estalinistas (é certo, muito mais graves), foram cometidos quase exclusivamente sobre soviéticos (e polacos).
Ora eu, no meu post, refiro-me à reacção de um povo ocupado (e logo, presumivelmente mais fraco e mesmo desarmado) em relação ao ocupante, isto é, aos direitos da rudimentar resistência palestiniana face às super-armadas SS Tsahal do estado terrorista e fundamentalista israelita.
Situação completamente diferente da que você refere. Nem os EEUU, nem a GB eram estados ocupados nem dispunham de menos meios que os nazis, bem pelo contrário. E, apesar disso, exerceram excesso de legítima defesa, assassinando deliberadamente milhões de cidadãos indefesos de potências exangues e à beira da rendição (ainda que agressoras: Alemanha e Japão).
No caso dos palestinianos, as estatísticas falam por si. Desde Setembro de 2000, quando o judeo-nazi SSharon desencadeou com a sua passeata sacrílega a 2ª Intifada, morreram mais de 3200 palestinianos, todos civis, e a grande maioria mesmo desarmados, e só 850 israelitas, metade dos quais soldadesca ocupante (isto é, 4 vezes menos).
Certos hipócritas, que você parece sufragar, choram lágrimas de crocodilo pelas escassas centenas de civis israelitas mortos em acções de retaliação (legítima defesa, aliás, segundo o direito internacional) da resistência. Mas não denunciam os únicos crimes de guerra existentes: os das tropas de ocupação sobre os ocupados. Qualificam de terroristas os resistentes ! Utilizam, em suma, a mesma terminologia que os nazis em relação aos resistenmtes da Europa ocupada ! Focam sobretudo os meios rudimentares utilizados (mártires-bomba, os únicos disponíveis), como se matar com mísseis, Merkavas, F-16 e Apaches fosse eticamente neutro.
Ora na guerra mata-se por definição e não são os meios que fazem a diferença do ponto de vista ético-jurídico, sobretudo quando são rudimentares e não há alternativa.
O que faz a diferença é o DIREITO INTERNACIONAL, que apesar da insolência revisionista dos bussho-ssharonescos, CONTINUA EM VIGOR !
E segundo este, a guerra de agressão, de conquista terrritorial, de rapina ou "preventiva" é crime de guerra, passível do TPI ! E a resistência armada dos agredidos é legítima (guerra justa). Misturar a polícia com os gangsters, lá porque todos têm pistolas, é sempre demagogia pura ! É uma visão anómica, amoral e ajurídica (bem ao gosto dos neo-nazis bussho-ssharonescos, que incensando Hobbes, Maquiavel e Strauss, recusam qualquer constrangimento normativo nas relações internacionais, apenas acreditando na força e na lei do mais forte...tal como Hitler).
Por isso, como todos os que defendem o Direito, que é sobretudo a defesa dos humilhados e injustiçados, regozijo-me com os ataques da resistência palestiniana e iraquiana, sobretudo quando são mais mortíferos. A necessidade mais premente de um povo humilhado é a justiça, que no estádio actual das relações internacionais é ainda privada, baseada na violência sobre o opressor. É vingar os mártires que cairam, a começar pelos da família. Tudo o resto é secundário, mesmo a vida !
Quem ironisa sobre este espírito de sacrifício da resistência, está seguramente de barriga cheia, não tem a casa destruída, os parentes humilhados, presos, massacrados, expulsos, ou então está tão prostituído moralmente que já nem sabe o que são as noções de patriotismo, de sacrifício, de família, de martírio.
O que não exclui um sentimento de compaixão pelas inevitáveis vítimas inocentes (estas menos numerosas do que se pensa: um judeo-nazi que votou SSharon e na sua política assassina não é uma vítima inocente, porque com o voto ou palavras também se mata). Ou pelos soldados US ingénuamente apanhados na voragem da carnificina. Mas, como soldados ocupantes, objectivanente ao serviço do neo-nazismo bussho-ssharonesco, a sua morte é desejável, necessária e util a um mundo mais pacífico. Solto um sonoro "Hurrah" (ou melhor, um Allah u Akbar) cada vez que a resistência os envia para os bodybags.
Não ando aqui para deleitar-me em jogos florais fúteis nem para trocar amabilidades com palhaçotes nazis bussho-ssharonescos, quando no Iraque e na Palestina tantos bravos (e bravas, como a sublime Hanadi Jaradat !) caiem numa luta desigual, mas gloriosa e definitivamente vitoriosa !
Os homens são livres e responsáveis pelas suas escolhas morais... e uns, hélas, escolhem ser palhaçotes nazis...como BuSSh e SSharon, que acabarão inevitavelmente por perder a face e...desejavelmente, a miserável vida após um novo Nuremberga...
Publicado por: euroliberal às janeiro 21, 2004 12:11 PM
1 - As referências a Churchill são um bocado despropositadas e inexactas, como se demonstra em artigos consultáveis no site do Churchill Centre.
(ver http://www.winstonchurchill.org/i4a/pages/index.cfm?pageid=41)
2 - «O objectivo é tentar encontrar uma solução que tenha o apoio da comunidade internacional» (fim de citação).
A «comunidade internacional» já tinha percebido antes da guerra -- e tem-no confirmado semana após semana -- que o objectivo é encontrar uma solução que tenha o apoio do povo do Iraque.
Até a irresponsável administração Bush já percebeu isso e agora o que quer é, tão só, encontrar uma solução em que não perca a face. A troupe de ultras que mexe os cordelinhos em Washington pensou que bastava o arsenal militar de que dispõe para obliterar o Iraque. Depois acabou por ser confrontada com o peso dos 30 séculos de história do Iraque e com as consequências do facto de a região ter sido um dos focos de expansão da civilização.
Aproveito a boleia para esclarecer o seu visitante Mocho (segundo o qual «o Vietname é um país economicamente muito dependente dos USA») de que, em 2002, os Estados Unidos eram responsáveis por apenas 15% das exportações vietnamitas e não tinham papel relevante nas importações).
Publicado por: (M)arca Amarela às janeiro 21, 2004 04:18 PM
Cara Joana,
Não sei se o problema é meu - ando numa de Dr.Jekyl - mas concordo com o a sua análise...
Vou esperar pelo regresso do Mr.Hyde, para voltar a ler...
Publicado por: Anarca às janeiro 21, 2004 07:49 PM
Liberal (euro ou não):
Mantém-se válido o comentário que eu tinha feito:
A teoria de que quem se considera vítima de agressão tem legitimidade de recorrer a qualquer método decaiu após a conclusão da 2ª Guerra Mundial, quando se verificou que ela tinha servido de alibi às maiores barbaridades.
A «RealPolitik» levou a que os aliados anglo-americanos fechassem então os olhos a muita barbaridade, nomeadamente dos soviéticos, aliás, aliados anglo-americanos também pouco limpos nessa matéria, como se viu pelo inútil e sanguinário bombardeamento de Dresden, para não falar das bombas atómicas, apesar das razões aduzidas para o lançamento destas.
No conflito Iugoeslavo, quer os agressores, quer os povos que pretendiam a independência foram tratados de igual modo pelo Tribunal de Haia. Assim há sérvios a serem julgados, mas também há croatas e bósnios muçulmanos.
A diferença entre um porco nazi e um porco não nazi é apenas um simples e vulgar advérbio «não».
Publicado por: Joana às janeiro 21, 2004 10:00 PM
As referências a Churchill poderão ser despropositadas. Na minha opinião não o são, mas aceito que alguém as considere como tal.
Quanto a haver sectores da opinião pública inglesa que consideraram Churchill belicista pela forma como denunciava o rearmamento alemão e a política expansionista de Hitler, é verdade.
Inclusivamente teve problemas dentro do seu (dele!) partido por causa disso.
Consulte as memórias de Churchill
Publicado por: Joana às janeiro 21, 2004 10:05 PM
Dr. Jekyll & Mr. Hyde, que importa?
Também eu oscilo entre ultra-liberal e anarquista, ao que dizem.
Todo o mundo é feito de mudança.
Publicado por: Joana às janeiro 21, 2004 10:09 PM
Cara Joana:
Ultra-liberal e anarquista - há diferença?
Publicado por: Zé Luiz às janeiro 21, 2004 10:39 PM
Eu mantenho a sugestão que faça uma visita ao site do Churchill Centre. Nunca é tarde para se aprender
Publicado por: (M)arca Amarela às janeiro 21, 2004 10:47 PM
Lamento ter de ocupar algum do seu precioso espaço com isto, mas custa-me deixar passar em claro as imbecilidades das catatuas que abrem a boca e dizem a primeira coisa que lhes passa pelo túnel de vento que têm na caixa craniana.
Aqui fica o retrato do investimento estrangeiro no Vietnam (dados de 31 de Dezembro de 2003). Por mais que me esforce não vejo nem traço dos EUA.
País Projectos Total Cap.($US)
Taiwan 169 326,146,094
Rep. of Korea 164 316,737,504
B.V Islands 27 234,840,600
China 55 131,664,157
Australia 12 110,480,000
Hong Kong 40 110,385,590
Japan 43 83,244,060
Singapore 26 50,358,758
Thailand 10 46,706,000
Philippines 2 40,800,000
... ... ...
Total 660 1,653,676,308
Publicado por: (M)arca Amarela às janeiro 21, 2004 10:59 PM
O software ignorou os espaços ma mensagem anterior. Se agora desfizer a formatação, desisto.
Taiwan...........169.....326,146,094
Rep. of Korea....164.....316,737,504
B.V Islands.......27.....234,840,600
China.............55.....131,664,157
Australia.........12.....110,480,000
Hong Kong.........40.....110,385,590
Japan.............43......83,244,060
Singapore.........26......50,358,758
Thailand..........10......46,706,000
Philippines........2......40,800,000
... ... ...
Total............660...1,653,676,308
Publicado por: (M)arca Amarela às janeiro 21, 2004 11:04 PM
O Mocho vai-se catar, eh eh eh eh eh eh eh eh.
Publicado por: Cisco Kid às janeiro 21, 2004 11:54 PM
Também estou de acordo com a análise da Joana sobre a crise iraquiana. É preciso um entendimento. É vital para todos nós.
Publicado por: fbmatos às janeiro 22, 2004 12:36 AM
Acho que os americanos se meteram numa alhada e estão a ver se arranjam uma saída airosa.
Isso não invalida que a análise da Joana tenha o seu mérito.
Publicado por: Rui Silva às janeiro 22, 2004 01:06 AM
Quando se fala no Iraque e no Médio Oriente aparece muita malta a debitar coisas.
É o tema com mais procura. Mais do que os assuntos internos
Publicado por: VSousa às janeiro 22, 2004 01:13 AM
Há muito ódio aos américas e tudo que cheire a americanos mortos ou a levar porrada desperta o instinto da malta
Publicado por: Sa Chico às janeiro 22, 2004 01:18 AM
Os anti-américas que andam a falar num novo Vietname, não sabem o que dizem. O Iraque não tem as florestas virgens da Indochina. Há grandes divisões entre os Iraquianos e os americanos poderão explorá-las em caso de necessidade. Não existe um santuário, como o Vietname do Norte. Os Iraquianos estão completamente dependentes da ajuda alimentar internacional, etc.
Por outro lado os americanos também não cometerão os erros que fizeram no Vietname
Publicado por: SL às janeiro 22, 2004 10:51 PM
Para o buxeco anti-iraquiano SL:
Você desconhece que a zona onde há guerrilha (junto aos rios) é arborizada ? E que a paisagem citadina das grandes cidades dá mais hipóteses de cobertura que uma floresta ? E onde estão as grandes divisões entre iraquianos que ninguém as vê ? A resistência tem sunitas, chiitas, curdos, cristãos e internacionalistas... Não há santuários ? E os milhares de km das fronteiras com o Irão, Síria, Jordânia e Arábia, que são como um passador ? E o auxílio que a resistência recebe de 1,5 bilião de muçulmanos no Mundo? Dependentes do auxíli alimentar internacional ?Onde está esse auxílio ao povo iraquiano que ninguém o vê ? Eles lá se vão desenrrascando e quando puderem dispor do seu petróleo não precisarão sequer de ajudas... E os americanos não repetiram os erros do Vietname ? Só você é que o diz...
Publicado por: euroliberal às janeiro 23, 2004 03:16 PM
Vá chamar nomes aos gandulos do seu recreio no Básico da Cova da Moura.
Você toma os seus desejos por realidades.
“onde estão as grandes divisões entre iraquianos que ninguém as vê ?” Então eles não se andam a matar uns aos outros?
Tenha senso e boas maneiras.
Publicado por: SL às janeiro 23, 2004 07:37 PM
Quando se fala nos américas e no Iraque o pessoal perde o tino e desata aos gritos.
Ainda o governo e os sindicatos se preocupam com os aumentos. O pessoal quer é discutir o Iraque
Publicado por: Vitapis às janeiro 23, 2004 10:53 PM
Na verdade eh estranho o pessoal da net se interessar e se zangar mais pelo que se passa no Iraque e no que fazem os americanos, do que o que se passa em Portugal.
Sempre que aparece uma noticia sobre o Iraque, eh uma catadupa de comentarios.
Publicado por: Filipa Zeitzler às janeiro 25, 2004 12:36 PM
Para o buxeco anti-semita SL
Acalme-se, homem. Eu sei que os golpes da resistência tem sido demolidores e que a coboiada anda passada da cabeça (22 suicídios e mais de 600 evacuações psiquiátricas). Mas você está em Lisboa, presumo. Se for à embaixada camone pedir uma evacuação, eles mandam-no dar uma volta. Tá a ver ? Não vale a pena dar cabo da sua saúde com gente tão ingrata...
Os iraquianos a matar iraquianos ? Não tenho visto. Só se está a referir-se aos colaboracionistas justiçados pela resistência...
Mas olhe que na França de 44, mais de 10.000 colabos foram executados sumariamente (além de mais 1.500 judicialmenmte) e não houve guerra civil por causa disso ! E se você fosse ler uns livritos de história antes de vir arrotar disparates para a blogosfera ?
E que me diz ao seu amigo Powell que já afirma que é bem possível que nunca tenham existido AMD no Iraque, ele que no ano passado apresentou na ONU provas "inatacáveis" da sua existência ? Uns aldrabões...
Bem, já chega de ensinar ignorantes. Como punição pelos seus destemperos, prescrevo-lhe gritar 100 vezes o ALLAH U AKBAR da gloriosa resistência iraquiana (que este fim de semana despachou uma dúzia de terroristas camones ! Eles merecem...
Publicado por: euroliberal às janeiro 25, 2004 08:36 PM
A "legal thing" ou a resolução da ONU mal interpretada pela escumalha nazi-buSShista...
(comentário do Online Expresso em resposta a um buxeco, como o SL...)
Antes de mais, o ÚNICO fundamento invocado perante a ONU e o Mundo para tentar justificar a guerra foi a posse pelo Iraque de ADM's, de que, segundo os Busshistas, existiam provas inatacáveis e demolidoras (até sabiam onde elas se encontravam...). Logo, qualquer outro pretexto invocado a posteriori é JURIDICAMENTE IRRELEVANTE ! Got it ?
Depois, a resolução que refere não era self-executive. Isto é, não autorizava automaticamente a guerra, SEM NOVA RESOLUÇÃO da ONU que constatasse que o Iraque violara as obrigações impostas, o que não era líquido e exigia nova apreciação.
De facto, se você não tem armas em sua casa (um colt, p. ex.) e se eu lhe exijo que as entregue ou prove que as destruiu, sob pena de o matar e destruir a sua casa, como pode você provar que não as tem, senão jurando que não as tem e oferecendo a sua casa para todas as buscas necessárias ? Sabe que em Direito cabe ao acusador provar o crime e não ao acusado ? É um princípio intangível do Estado-de-direito ! O facto de se impor o dever de colaborar na descoberta da verdade, NÃO IMPLICA INVERSÃO DO ÓNUS DA PROVA !
Afinal, Saddam era criminoso e ditador, mas FALOU VERDADE ! Os criminosos de guerra Bush e Blair passam por "democratas" mas MENTEM DESCARADAMENTE ! Logo, também não são democratas, porque estes não arrancam de má-fé aos Parlamentos a aprovação de uma guerra (a decisão mais grave que este pode tomar), mediante relatórios manipulados e mentiras descaradas !
De qualquer maneira, não cabia aos EEUU, apenas um país entre os quase 200 membros da ONU, iguais em direitos, ser juiz em causa própria, decidindo arbitrariamente se havia ou não violação, decisão que cabia EXCLUSIVAMENTE à ONU ou ao Tribunal Internacional de Haia. Percebe a legal thing ?
O modo como a escumalha de criminosos de guerra buSShistas "interpreta" o direito, desrespeitando-o completamente, é sintomático da sua falta de escrúpulos neo-nazi. O Direito, tal como a Verdade, para essa clique militarista-terrorista é simplesmente relativo, isto é, não existe !
Acontece que o Direito Internacional existe mesmo, e que os EEUU serão obrigados a assinar o estatuto do TPI nas próximas décadas (talvez mesmo na próxima...) e então teremos os prazer de ver a corja criminosa Bush, Blair, Rumsfeld & C.ª ser julgada, por crimes de guerra (guerra de agressão não provocada) em Haia e acabar os seus dias na prisão... (porque infelizmente já não há a pena de morte...) !
Publicado por: euroliberal às janeiro 26, 2004 03:55 PM
E você a insistir. Você não tem qualquer tento na língua!
Publicado por: SL às janeiro 26, 2004 07:37 PM