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novembro 16, 2003

Gomes Freire de Andrade

O período que mediou entre as invasões francesas, a fuga da Casa Real e o estabelecimento da sede da monarquia no Brasil e a Revolução de 1820 tem sido bastante controverso do ponto de vista da análise histórica e das explicações para os acontecimentos.

Oliveira Martins, por exemplo, escreve que Portugal se tinha tornado numa colónia do Brasil. A historiografia francesa, por sua vez, acentua a dependência de Portugal face à Inglaterra. Esta tese tem motivações simples. Após a rendição de Junot, Portugal era o único país da Europa continental fora do controlo francês. Parte da Europa continental estava sob o império de Napoleão e outra parte era aliada à força. Os franceses foram sistematicamente batidos pelas tropas anglo-lusas e atribuir uma derrota a um país pequeno é humilhante. Assim, o papel dos portugueses no exército de Welligton foi sempre desvalorizado pelos historiadores franceses, embora os protagonistas dos acontecimentos, como Marbot e Foy, dêem nas respectivas memórias bastante importância à acção dos portugueses.

Em Portugal, a apreciação do papel dos ingleses no nosso país, naquele período, também tem variado, nomeadamente durante a primeira metade do século XX, ao sabor da luta entre germanófilos e anglófilos, em suporte das suas teses durante os conflitos mundiais.

Um dos casos mais controversos é o do julgamento e execução de Gomes Freire de Andrade e dos restantes “Mártires da Pátria” e do papel dos ingleses nesse caso. É essa questão que abordarei em seguida.

A política tem coisas estranhas. Foram partidários do liberalismo que promoveram a iniciação maçónica da viscondessa de Juromenha, iniciada na Maçonaria, loja Virtude, em 1814. O marido era secretário militar do Comandante em Chefe do exército português, o Marechal Beresford, Marquês de Campo Maior. Ela era amante de Beresford com a complacência do marido (a exemplo do que já sucedera com Junot e a Condessa de Ega, 7 anos antes). Era um ménage à trois que a todos aproveitava, nomeadamente ao marido, agraciado com o título de visconde e mais tarde promovido a general. O casal e a prole vivia, convenientemente, no Palácio Junqueira, residência de Beresford, onde anteriormente residira Junot. Interessantes, estes acontecimentos que se repetem na história…

Com a iniciação da viscondessa, pretendiam os liberais averiguar os sentimentos de Beresford face à Regência, a Junta dos Governadores que governava o país em nome de D. João VI, e as possibilidades de o trazerem para o campo liberal.

Por sua vez, Gomes Freire de Andrade havia feito um percurso sinuoso. Quando Junot tomou Lisboa e se tornou “rei” de Portugal, obteve o concurso de Gomes Freire de Andrade que, integrado na Legião Portuguesa, comandada pelo Marquês da Alorna, partiu ao serviço de Napoleão e da França.

Um dos problemas que há com os heróis … é que ninguém é perfeito. Gomes Freire de Andrade serviu entre 1807 e 1814 o país que tinha ocupado o seu, que o invadira e invadiria por 3 vezes, que o saqueava e que lhe movia uma guerra de grande crueldade que se saldou por um terrível sacrifício e enorme mortandade da população portuguesa.

Com a primeira abdicação de Napoleão, Gomes Freire de Andrade pediu autorização para regressar ao seu país. A autorização demorou e valeu-lhe então o seu primo direito, D. Miguel Forjaz, um dos secretários da Junta, que pelo seu talento era talvez o elemento mais poderoso da Junta. Sujeitou-se então a um processo de reabilitação que o declarou “livre de toda e qualquer mácula”.

Aquele dificuldade era normal: objectivamente, Gomes Freire de Andrade podia ser considerado traidor à pátria, visto ter servido o país com que Portugal estivera em guerra, e durante o período em que essa guerra durou. Regressou em meados de 1815.

Em Portugal levedava a revolta. Os liberais contra os absolutistas; Beresford contra a Regência; a oficialidade portuguesa contra a chefia de um inglês; a Casa de Cadaval contra a Casa de Bragança, acusada de deixar o país pelo Brasil.

Um conjunto de oficiais movidos por diversos desígnios, desde o sentimento liberal, os atrasos de pagamentos do pré, atrasos de pagamentos de reformas, descontentamento pela ausência do Rei e o ódio ao comando inglês, integraram um movimento, para o qual conseguiram o patrocínio de Gomes Freire de Andrade, e que denominaram “Supremo Conselho Regenerador de Portugal, Brasil e Algarves”.

Gomes Freire de Andrade tinha todas as características que concorrem para obter carisma popular: Impetuoso, de grande coragem, arrebatado, impulsivo, de grande frontalidade e franqueza, indisciplinado por vezes, mas justo. Má cabeça e bom coração, como alguns diziam.

Gomes Freire de Andrade manteve-se como figura de referência dos conjurados, embora a sua participação, para além da eventual colaboração na redacção das proclamações, fosse pouco activa. Os conjurados pretendiam o seu nome de oficial distinto como figura de proa, para fortalecer o seu movimento.

As proclamações daquele Conselho, divulgadas clandestinamente, parecem-nos hoje de uma retórica algo vazia. A leitura da “proclamação-manifesto” mostra que o principal acusado é o Rei, por nos “ter vendido aos nossos inimigos naturais, ao Rey de Hespanha”, nos pretender sujeitar “à tirania dos Hespanhois como dote da filha ou presente de escravatura”, “o Déspota que … nos chama ao açougue do precário Império” referindo-se ao recrutamento de tropas para os combates que se travavam, no sul do Brasil, pela posse de Montevideu e para combater a insurreição republicana no Pernambuco (*). A referência a Beresford é chamar-lhe o “ridículo aventureiro que em desabono nosso é Commandante em Cheffe do Exercito”.

Esta proclamação enumerava uma série de motivos de agravo, disparava em todas as direcções: Rei, Regência, Beresford, Espanha, mas não propunha nada em concreto senão “vencer ou morrer pele plena satisfação da fé jurada”. Um movimento que pretende triunfar tem que escolher os alvos principais e poupar os secundários, ou mesmo estabelecer alianças com estes, senão tem todos contra ele (**). O teor desta proclamação mostrava a fragilidade e a falta de maturidade política do movimento.

A viscondessa de Juromenha, ao contrário do que os liberais tinham pretendido, tornou-se a principal figura na liquidação da conspiração. Estava exacerbada pela raiva contra os pasquins que a insultavam. Quando o marido foi promovido a general, vieram a lume papéis que rezavam:

De um corno fazer um tinteiro
Isso faz qualquer estrangeiro
Mas de um corno fazer general
Isso só o Senhor Marechal

O reduzido número dos conjurados, a ligeireza com que muitos se conduziram, a sua pouca implantação fora do exército e a incontinência de alguns deles, fizeram com que rapidamente se soubesse da trama. Na sua tentativa de aliciarem gente, os conjurados empolavam em muito a força do seu movimento. Haveria gente ligada à conjura por motivos diversos da causa liberal. Aliás, alguns dos conjurados eram agentes provocadores que mantinham informada D. Maria da Luz, a viscondessa de Juromenha e, por via desta, o Marechal Beresford, ou mesmo directamente este.

O Marechal Beresford estava de partida para o Rio de Janeiro (D.João VI tinha acabado de ser aclamado rei) onde ia tentar conseguir apoio do rei na sua luta contra a Regência. Mas não queria partir deixando a conspiração a desenvolver-se na sua ausência. Os agentes provocadores foram incumbidos de agirem rapidamente e de fazerem uma lista exaustiva dos conjurados, graus e tipo de adesão e das suas intenções e desígnios.

Beresford convocou algumas personalidades da sua confiança, entre elas o Visconde de Santarém, a quem foram apresentados os documentos que tinham sido coligidos relativos à conspiração. Esses documentos mostravam que estava em marcha um movimento, ainda incipiente, cuja primeira fase seria a criação de núcleos por todo o país. A decisão foi a de apresentar a documentação à Regência, o que ocorreu em 23 de Maio de 1817. A Regência imediatamente se assegurou da posição do exército e do apoio do General Paula Leite, encarregado do governo das Armas da Corte e província da Estremadura, elemento fundamental para a segurança da região de Lisboa, e emitiu ordens de prisão contra Gomes Freire e diversos oficiais e civis.

A falta de coordenação entre os conjurados era tal que Gomes Freire de Andrade, ao notar a movimentação de tropas, o ruído das armas e das patas dos cavalos, pensou tratar-se da revolução em marcha, fardou-se, esmaltou o peito das condecorações e esperou. Esperou até que a sua porta foi arrombada, a casa invadida pela tropa e lhe foi dada ordem de prisão.

A devassa que se seguiu foi típica de um processo num regime absoluto. Os agentes provocadores fizeram as suas deposições em segredo, alguns dos conjurados passaram a delatores e como o maior alvo era Gomes Freire de Andrade, os testemunhos foram orientados para avolumar a importância da conspiração e para o tornar o principal culpado. Aliás, nunca se soube qual foi o real envolvimento de Gomes Freire na conjura, como também não se conhecem exactamente os objectivos dos conspiradores, se é que havia um objectivo comum, ou se parte dos conjurados não teria sido manipulada para objectivos que desconheciam.

A rapidez de actuação da Regência e a forma como o processo se desenrolou causou surpresa a Beresford e reforçou a ideia que este teria, de que havia gente ligada à regência metida na conspiração. Uma teoria refere que havia a tentativa de depor D, João VI, substituindo a Casa de Bragança pela Casa do Cadaval (aliás, um dos denunciados era o Duque do Cadaval). Uma outra teoria falava de que havia na regência traidor ou traidores favoráveis à anexação de Portugal pela Espanha, na sequência do conflito que então se travava no Uruguay e que haveria uma tentativa de encobrir esse facto. Essa teoria baseava-se na visita, 2 meses antes, do general Cabanes, enviado de Fernando VII, a Portugal por razões que nunca foram claras. Segundo esta teoria Gomes Freire, que privou com Cabanes durante a estada deste em Lisboa, e outros estariam a ser manipulados para um processo que lhes escaparia das mãos e cuja primeira fase seria a desorganização do exército português e a quebra da sua cadeia hierárquica, para deixar o país inerme face à Espanha.

Gomes Freire foi condenado à morte “com baraço e pregão” e executado em S. Julião da Barra. Os restantes 11 sentenciados foram executados no então Campo Santana, hoje Campo dos Mártires da Pátria, a 18 de Outubro de 1817. A lentidão do suplício, e o ter-se prolongado pela noite, deu origem à frase macabra “felizmente há luar” de Miguel Pereira Forjaz. Este tinha mostrado, durante todo o processo e na execução, um surpreendente afã em se ver livre do incómodo primo direito.

Espanta a severidade das sentenças, quando comparadas com as sentenças dos insurrectos de Pernambuco, o que reforça a ideia de que a regência se queria ver livre de forma definitiva dos conjurados. E surpreende igualmente que personalidades da nobreza denunciadas como fazendo parte da conjura, como o Duque do Cadaval, o Marquês de Ponte de Lima e outros, não tenham sido incomodados.

Um dos conjurados, o Barão de Eben, prussiano e amigo pessoal do Duque de Sussex (de que também Gomes Freire era conhecido), irmão do Rei da Inglaterra, foi expulso do país. O facto do Barão de Eben aparecer ligado a esta conspiração como um dos principais conjurados foi extremamente embaraçoso para a família real inglesa.

O papel da maçonaria não foi claro. Gomes Freire era Grão-Mestre da Loja Militar dos Cavaleiros da Cruz da Legião Portuguesa. Alguns membros desta loja foram denunciados, como o Marquês de Ponte de Lima, mas nenhum condenado. Mas havia mais lojas e não se conhece que alguma estivesse envolvida. A própria viscondessa de Juromenha era da maçonaria e um dos principais delatores era da mesma loja, a Virtude. Muitos oficiais ingleses estavam ligados a lojas maçónicas. Haveria maçons ligados à conjura e outros indiferentes, ou que se lhe opunham.

Esta conspiração e o seu desfecho trágico é um dos episódios sangrentos da luta entre liberais e absolutistas. Para aliciarem o exército os liberais utilizaram, como uma das armas, a humilhação que consistia no Comandante em Chefe ser inglês e de continuarem a haver oficiais ingleses em situações consideradas imerecidas na hierarquia militar. É falso dizer que Portugal estava então ocupado pelos ingleses, embora fosse verdade que a política portuguesa estava bastante influenciada pela política inglesa. Mas continuaria a estar quer houvesse ou não Beresford, como se verificou posteriormente. Beresford não representava a Inglaterra, mas sim a ele próprio. Aliás, a proclamação do “Supremo Conselho Regenerador” refere-o como um “ridículo aventureiro que em desabono nosso é Commandante em Cheffe do Exercito” e não como o procônsul britânico em Portugal, como bastante mais tarde alguns o designaram.

Beresford agiu sempre por conta própria e chegou a pensar-se, no tempo da regência de D. Isabel Maria, na sua reintegração no cargo de Comandante em Chefe do exército português, que não foi avante por motivos óbvios: apesar de militar capaz e disciplinador, o facto de ser estrangeiro iria torná-lo um alvo desnecessário e enfraquecer politicamente a posição da regente, em vez de a reforçar.

A fragilidade desta conspiração, e a confusão que paira sobre os seus reais objectivos e o grau de envolvimento dos conjurados, mostrou que o exército ainda não estava maduro para a insurreição. Mas a execução de um oficial cheio de prestígio, e a forma bárbara como foram supliciados os conjurados ajudaram ao levedar da insurreição que iria eclodir menos de 3 anos depois.

No início do ano seguinte, 3 meses após as execuções, instalava-se no Porto o denominado Synhedrio (Sinédrio), por iniciativa de Manuel Fernandes Thomaz e Ferreira Borges. O movimento liberal adquiriu maior consistência e coerência. Em face da degradação da situação, Beresford foi ao Rio de Janeiro reclamar maior latitude de poderes. D. João VI concedeu-lhos por Carta Patente de 29 de Julho de 1820, quase em simultâneo com o ofício que a regência (Junta dos Governadores) enviava ao rei, deplorando o estado das finanças públicas e as exorbitantes despesas militares e a ”considerável soma a que montam o soldo, gratificações a ajuda de custo, que recebe o Marechal-General, Marquês de Campo Maior (Beresford)”. Regressou a Portugal, mas já não pôde desembarcar. Tinha havido o pronunciamento de 24 de Agosto de 1820 e a Junta Provisional de Lisboa, que entretanto substituíra a Junta dos Governadores, não lhe permitiu que desembarcasse. Regressou em 1826, com as tropas do General Clinton, a pedido da Regente D. Isabel Maria, para proteger o cambaleante regime liberal, mas o seu protagonismo na política portuguesa acabara.

O facto do exército ser chefiado por um estrangeiro, que teve, perante a opinião pública, um papel importante na liquidação na alegada conjura de Gomes Freire de Andrade, foi um elemento decisivo de fermentação da revolta. Foi por isso que o papel dos ingleses quer no exército português, quer na política portuguesa da época foi bastante empolado. Esse empolamento servia então os interesses do partido liberal no sentido de ampliar a sua base de apoio dentro do exército e na burguesia urbana. Foi também um elemento que uniu, inicialmente, os vintistas aos conservadores. Gomes Freire tornou-se um herói nacional porque "queria correr com os ingleses", tornou-se um "Mártir da Pátria".

Todavia, após a revolução de 1820, a Inglaterra teve uma influência muito positiva, contrariando as intenções da Santa Aliança e de Metternich de intervirem em Portugal para derrubar o regime liberal. E com a contra-revolução e a subida ao poder de D. Miguel, foi em Inglaterra que os liberais encontraram abrigo e se reorganizaram. É bom que não se esqueça isso.


(*) Aliás, Beresford estava igualmente contra a partida de tropas para a guerra no Uruguay, por questões de perda de poder pessoal, pois diminuiriam as forças sob o seu comando, mas também em virtude do reforço dos efectivos espanhóis junto às fronteiras portuguesas, e pretendia o regresso do Rei, porque estava em permanente conflito com a Regência e sabia que tinha a confiança de D. João VI.

A ameaça espanhola não era despicienda. Havia um conflito entre os dois países por causa da colónia do Sacramento (actual Uruguay) e se não fosse a existência então de um exército disciplinado e eficiente, adestrado nas campanhas contra os franceses, e considerado de valor militar incomparavelmente superior às forças espanholas, era natural que as forças espanholas, muito mais numerosas, tentassem uma invasão. Nesse entendimento, qualquer acção espanhola teria que ser precedida da desorganização e enfraquecimento do exército português

De notar que a Espanha se estribou então no conflito do Uruguay para não cumprir a decisão do Congresso de Viena da devolução de Olivença.


(**) As proclamações de 24 de Agosto de 1820, que apelavam à criação de um governo provisório e à eleição das Côrtes, como o órgão da nação que preparasse uma constituição que assegurasse os direitos dos portugueses, continham um rasgado panegírico a D. João VI: “O nosso rei, o senhor D. João VI, como bom, como benigno e como amante de um povo que o idolatra, ha de abençoar nossas fadigas. Viva o nosso bom rei!”. Este “nosso bom rei” era o mesmo que tinha acabado de decretar o aumento de poderes de Beresford, justamente para combater o movimento liberal. Manter a religião, o trono e salvar a pátria e a independência nacional eram as aspirações que a Junta Provisional apresentava como suas, o que mostrava que esta soubera distinguir o alvo principal dos alvos secundários.


Nota: Usei indiferentemente regência ou Junta dos Governadores, visto a Junta estar encarregada da regência na ausência de D. João VI. Era então presidida pelo Marquês de Borba. Miguel Pereira Forjaz estava encarregado da secretaria da guerra. Era hostil à presença de ingleses à frente do exército e o principal adversário de Beresford na junta.

Publicado por Joana às novembro 16, 2003 11:35 PM

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Comentários

Parece que "Virtude" era o que faltava à tal viscondessa

Publicado por: Vitapis às novembro 16, 2003 11:52 PM

joana ,
dando como adquirido que não viveu no século XIX , explique lá como é que consegue um texto desta natureza sem citar um único autor , excluindo Oliveira Martins no 2º parágrafo.

Publicado por: zippiz às novembro 17, 2003 12:28 AM


Vejo por aqui muito heroismo português e pouca referência a Athur Wellesley,o Duque de Wellington.
O Bloqueio Continental trouxe-o a Portugal para comandar as tropas anglo-lusas.Era um verdadeiro estratega.Provou-o ainda uma vez mais,quando venceu Napoleão em Waterloo.

Mas "os nossos amigos" sempre foram muito "amigos".
Foram barcos ingleses que transportaram para França as tropas vencidas e, curiosamente nesses navios, iam os produtos dos roubos efectuados em Portugal pelas tropas de Napoleão.

Muito nossos amigos os das ilhas.

Publicado por: ZEUS8441 às novembro 17, 2003 09:41 AM

História de Portugal - Damião Peres e outros - Barcelos, Portucalense Editora – Vol 7 - 1935

Memórias do Marquês de Fronteira e d'Alorna D.José Trazimundo Mascarenhas Barreto – Coimbra, Imprensa da Universidade , Vol 1 Parte I e II (1802-1824), 1928

Os Dramas da Liberdade – Rocha Martins - Porto - Lello & Irmão Editores 1934

Ensaio sobre o Methodo de Organisar em Portugal o Exercito – Gomes Freire de Andrade – Lisboa, João Rodrigues Neves 1806

Analyse da Sentença proferida no Juizo de Inconfidencia em 15 de Outubro de 1817 contra o Tenente-General Gomes Freire de Andrade, o Coronel Manuel Mnteiro de Carvalho, e outros pelo Crime de Alta Traição, Oferecida aos Amigos da Constituição e da Verdade, Lisboa, 1820

Conspiração de Gomes Freire, Raul Brandão Porto, 1917 (*)

Memória sobre a Conspiração de 1817 vulgarmente chamada a Conspiração de Gomes Freire, Joaquim Fereira de Freitas – Lisboa 1822

Beresford And The Gomes Freire Conspiracy: Beresford’s Private Letters - Newitt Mayln

(*) A biografia romanceada de Raúl Brandão é bastante fantasiada no que respeita às relações entre Miguel Forjaz e Gomes Freire.

Também citei o Barão de Marbot e o General Foy. Quanto à historiografia francesa dispenso-me de citar para além da monumental História do Consulado e do Império de Thiers.

Já lhe tinha dito que o meu pai tem uma biblioteca enorme. Sobre este período tem alguns milhares de livros, opúsculos, panfletos, jornais encadernados, etc., todos da época.

Publicado por: Joana às novembro 17, 2003 10:00 AM

Zeus:
Eu só referi o período posterior a 1814, quando Wellington já não estava em Portugal.

Publicado por: Joana às novembro 17, 2003 10:02 AM

A Convenção de Sintra, que estipulou a capitulação de Junot foi mal vista em Portugal, mas ainda mais em Inglaterra, onde os generais ingleses estiveram em risco de terem em cima um processo de traição. Wellington foi posto na prateleira.

A expedição seguinte à peninsula, à Galiza, foi comandada por John Moore. O desastre desta expedição levou o Parlamento inglês a chamar Wellington e aperceber-se que a única base possível de apoio para resistir a Napoleão era Portugal.

Publicado por: Joana às novembro 17, 2003 10:08 AM

Só mais um esclarecimento bibliográfico:
Para não ficarem esmagados sob o peso da bibliografia, eu descrevo como redijo estas coisas:
1 – Escrevi, de memória o esqueleto geral do texto
2 – Fui consultando a bibliografia que indiquei para precisar melhor datas, nomes exactos de alguns personagens, algumas sequências de acontecimentos, etc.
3 – Essa consulta levou-me, como é evidente, a introduzir mais alguns parágrafos aqui e ali. Num ou noutro passo reformulei o texto também.

A rapidez com que eu indiquei a bibliografia é simples: como a quase totalidade da biblioteca do papá está catalogada numa base de dados informática, a que eu tenho acesso, é só fazer c&p das referências dos livros.

Aliás, para fazer as consultas também só com apoio da base de dados, nomeadamente para saber as cotas dos livros e restante documentação.

Publicado por: Joana às novembro 17, 2003 11:44 AM

A consideração que tenho pelo génio militar de Wellington (está ao nível de Napoleão) impele-me a acrescentar algumas curtas notas.
Na Convenção de Sintra, limitou-se a rubricar o documento negociado por dois outros generais mais antigos. Sabe-se que Wellington ficou furioso e que manifestou a sua oposição ao acordo anglo-francês.
Não sei que historiadores franceses leu, mas há os que não desvalorizam a importância dos portugueses nas batalhas que derrotaram os exércitos napoleónicos. E digo «portugueses» e não «soldados portugueses» porque aí está o nó da questão.
Como sabe, à data da primeira invasão francesa o exército português era uma anedota. Além de não ter meios nem organização, a generalidade dos oficiais superiores pouco sabia das artes da guerra. Para eles, a carreira militar era apenas um sucedâneo dos títulos nobiliárquicos.
Em contrapartida, a dureza de vida do povo moldava o carácter dos soldados, que se distinguiam pela resistência e pela capacidade de disciplina.
Wellington foi, possivelmente, o primeiro chefe militar europeu a executar a chamada «defesa em profundidade» e com essa e outras inovações tácticas apanhou de surpresa os invasores franceses.
Mas o que determinou decisivamente o sucesso da guerra foi a mobilização geral dos portugueses entre os 16 e os 60 anos e a estratégia posta em prática, paralelamente, de remoção de todos os meios de transporte e de apoio logístico das áreas de passagem dos franceses. No fundo, o que Wellington organizou foi uma verdadeira insurreição popular. Foi o povo português que derrotou os exércitos franceses, fosse por vontade própria fosse porque os que não acatassem as ordens do comando militar acabassem executados.
Finalmente, na sequência do episódio de Sintra, Wellington foi chamado a Londres, mas não exactamente «posto na prateleira». Depois disso, além de chefiar as forças inglesas na batalha de Waterloo, ainda foi diplomata, primeiro ministro e comandante do exército inglês, cargo que exercia à data da sua morte.

Publicado por: (M)arca Amarela às novembro 17, 2003 12:24 PM

Mais uma nota de curiosidade de “alcova”:

A viscondessa de Juromenha, que à data da execução de Gomes Freire, em 1817, teria cerca de 30 anos e, julgo, já 3 ou 4 descendentes, era considerada de grande beleza.

Nas Memórias do Marquês de Fronteira, que conheceu Gomes Freire quando jovem adolescente (como herdeiro da casa de Alorna, era amigo de Gomes Freire, que era visita da casa), pois tinha apenas 15 anos quando Gomes Freire foi executado, refere várias vezes a viscondessa de Juromenha, nomeadamente quando entrou no serviço militar e “debutou” num baile onde Beresford o apresentou à senhora. Quando se refere a ela, e fá-lo diversas vezes, o Marquês de Fronteira escreve sempre a “bela viscondessa de Juromenha”. O jovem marquês, então com 16 ou 17 anos, teria ficado bastante impressionado com a beleza da senhora, a ponto de a citar assim quando, cerca de 40 anos depois, redigiu as suas memórias.

Mais adiante, durante a contra-revolução, em 1823 ou 1824, o Marquês de Fronteira refere o marido como “conhecido pela sua imoralidade” pois utilizara a mulher para subir na vida, lançando-a nos braços de Beresford, mas nunca tem qualquer palavra de censura para a viscondessa. É sempre a “bela viscondessa de Juromenha”!

A uma mulher bonita tudo se perdoa …

Publicado por: Joana às novembro 17, 2003 12:40 PM

(M)arca Amarela:
O que eu escrevi sobre o Wellington é verdade. Ele esteve na iminência de ficar perante um processo de traição.

Depois da expedição de John Moore, que se saldou por um completo desastre, Wellington foi novamente chamado e regressou a Portugal, onde já se encontrava quando se deu a invasão comandada por Soult.

O sistema de organização militar de Portugal de então baseava-se no sistema de ordenanças, que permitia uma mobilização geral, embora com tropas com reduzida instrução militar e mal armadas.

Foi este sistema que permitiu a Wellington a estratégia militar que utilizou durante a invasão comandada por Massena. Foi uma estratégia que derrotou os franceses, ams que também se saldou em mais de uma centena de milhar de mortos portugueses, visto os franceses, furiosos por falta de víveres e forragens, se vingarem na população civil.

Publicado por: Joana às novembro 17, 2003 12:49 PM

(M)arca Amarela
Quanto aos historiadores franceses, também ulgo que não leu atentamente o texto. Eu escrevi:
Assim, o papel dos portugueses no exército de Welligton foi sempre desvalorizado pelos historiadores franceses, embora os protagonistas dos acontecimentos, como Marbot e Foy, dêem nas respectivas memórias bastante importância à acção dos portugueses

Publicado por: Joana às novembro 17, 2003 12:52 PM

A Joana diz:
«O que eu escrevi sobre o Wellington é verdade. Ele esteve na iminência de ficar perante um processo de traição.»

Entendamo-nos: Houve mesmo um processo. Wellington e os dois generais que comandavam as forças inglesas foram chamados a Londres e todo o caso foi investigado por uma comissão de inquérito, designação soft para o tribunal marcial que, de facto, foi. Os outros dois generais (dois sirs, claro) foram afastados discretamente de quaisquer funções militares, mas Wellington foi ilibado. Aliás, para esclarecimento dos factos, Wellington teria de ir a Londres, visto que a sua assinatura figurava no documento, embora nessa altura não fosse comandante das tropas.
A minha discordância refere-se apenas à parte da «prateleira», visto que ele esteve afastado apenas o tempo suficiente para a comissão de inquérito se pronunciar, ou seja, algumas semanas. É preciso ter em conta que Wellington já era um herói militar da Inglaterra e um chefe militar brilhante antes de vir para Portugal. Além de ter um ódio de estimação pessoal por Napoleão. Por isso ninguém acreditava que ele pudesse ter estado implicado num acto indigno como foi a Convenção de Sintra.

Publicado por: (M)arca Amarela às novembro 17, 2003 01:26 PM

Uma nota à margem, mas que, certamente, apreciará.
As «ordenanças» eram, nada mais nada menos, o «serviço militar obrigatório» dos nossos dias.
Foram instituídas no reinado de D.Sebastião.
Antes existiam as milícias concelhias, sem controlo centralizado, o que estava longe de permitir a organização de um verdadeiro exército nacional.
Tratava-se, portanto, de um sistema de recrutamento e não de uma operação de mobilização geral, a qual só acontece, como sabe, extraordinariamente.

Publicado por: (M)arca Amarela às novembro 17, 2003 01:48 PM

O seu último comentário sobre o Wellington está certo, ao que julgo. Mas foi o que eu escrevi, embora eu o tenha feito de uma forma mais simplificada.
Quanto à questão da "prateleira" é uma mera questão de terminologia.
Bonaparte também foi posto na "prateleira" a seguir à queda de Robespierre, apesar do seu êxito no cerco de Toulon e só saiu de lá 2 anos depois, quando Barras se lembrou dele para combater a insurreição realista do Vindimário.
Acontece aos melhores generais.

Publicado por: Joana às novembro 17, 2003 02:41 PM

muito malandreca esta joana!
estão à espera de quê para a contratarem?

Publicado por: dionisius às novembro 17, 2003 03:47 PM

JOANA II

Deixe o General pendurado na corda e "louve" o Nicolau Santos pelo seu artigo de hoje,segunda feira,malfadado dia de inicio de semana,depois de opiparas refeições de week end,como diz o ARDINA II.

O homem veio com todo o "speed"!

Publicado por: ZEUS8441 às novembro 17, 2003 10:03 PM

vá lá Joana , vá ao expresso-online ; ajude os ardinas no online por que parece que está tudo contra os americanos , esses benfeitores !
ao mesmo tempo dá uma mãozinha a ZEUS .

Publicado por: zippiz às novembro 17, 2003 11:12 PM

Interessante o texto e alguns comentários.
Ficam-se a saber coisas que doutra forma ficavam no olvido

Publicado por: Hector às novembro 18, 2003 12:18 AM

As estórias da história sempre foram um divertimento para mim.
Bom texto, Joana

Publicado por: Dominó às novembro 18, 2003 10:43 PM

Essa frase do Felizmente há luar foi numa carta que o Miguel Forjaz escreveu ao intendente da polícia, segundo li.

Achei óptimo o texto

Publicado por: Rui Sá às novembro 22, 2003 01:43 AM

Neste blog encontra-se material para todos os gostos. Sera´apenas uma sujeita a escrever sobre isto tudo?

Publicado por: Gros às dezembro 2, 2003 01:04 AM

Neste blog encontra-se material para todos os gostos. Sera´apenas uma sujeita a escrever sobre isto tudo?

Publicado por: Gros às dezembro 2, 2003 01:04 AM

Quero aqui esclarecer uma coisa Portugal o ponto de vista Portugal uma colónia do Brasil esta por completo errado só uma pessoa demente e de cultura ordinária poderia fazer uma observação de tal género e não o digo em relação a quem escreveu aqui no sitio mas sim em relação aos factos escritos no tempo Vejamos bem Portugal ao que o nome quer dizer PortVêGalé (que e uma mensagem ao nossos povo: que os ventos nos levem a bons portos -> votos de boa higiene cultural nas nossas terras = Portos pois para cada sitio que vamos temos sempre um ponto (Porto) de chegada e que nunca esqueçamos que quando houver confusão VêGalé vê a navegação por entre a higiene dos (pontos) portos de chegada que cada uma das pessoas do nosso povo e Portanto PortVgal como ia dizendo como e do conhecimento nossas cidades estado entre elas Fenícia (povo Fenício povo navegador) No que respeita ao espaço geográfico e politico Português este e constituído pelas suas mais diversas províncias que sito: Minho, Trás-os-Montes, Beira Alta, Beira Baixa, Beira Litoral, Ribatejo, Estremadura, Alto Alentejo, Baixo Alentejo, Algarve, Madeira, Açores, Brasil, Guiné-Bissau, Cabo Verde, Santome, Príncipe, Angola, Moçambique, Austrália, Zilha, Timor. Em termos históricos ainda a ver aqui o assunto Mapa-Cor-De-Rosa que ainda não foi concluído apesar de já se ter resolvido na Sociedade-das-naçoes que por motivos espreçao linguística se chama Organização Das Nações Unidas. Pessoalmente gosto mais da Primeira espreçao. Assim sendo no que respeita a Residência do REI este poderá viver em qualquer uma das nossas Terras “Províncias” pois e residindo nelas que cuida dos assunto ligados ao nosso povo a aqui um senão quando foi a 1º travessia do cabo Bojador foi dito que se perdeu uma das nossas naves no nevoeiro ora como e sabido nas naves existem sinos que são tocados no caso de haver nevoeiro evitando assim que os barcos se percam. Do aspecto de investigação criminal venho a descobrir esta evidencia criminal e recordado na historia Portuguesa que houve um assunto qualquer respeitante aos impostos ora como e sabido os impostos são pagos cabendo uma percentagem igual para todos os cidadão sem destinçao esses dinheiros servem para pagar aos soldados Forças Policiais saúde Correios e todos os outros sistemas de interesse e segurança progresso dos nossos cidadãos pois vim encontrar um caso onde o Rei concedeu a exploração de terras na Província do Brasil a família Coutinho assim como poderia ter sido concedido o mesmo a cada um de vos que o assim deseja-se pois bem pelos vistos esta família ao contrario dos restantes cidadãos não quis pagar a parte que lhes tocava lesando desta forma a sociedade de todos os nossos habitantes e o esforço comum de todos nos num futuro melhor em construído por nos todos continuei no atrás o rasto desta família e venho a descobrir que a mesma já tinha sido castigada Pelas Cortes do Prado lá pelos anos de 1290 por roubar os nossos cidadãos. Quanto ao que respeita a tal 13 navio que falei em cima ainda ando em cima do rasto deste pois tenho uma forte suspeita que tal tenha cometido traição aos nossos cidadãos e tenha vindo a fazer que o Papa Comete-se um crime (que e matéria para investigação judicial) dado que o mundo tinha sido dividido nos Hemisférios Norte Sul e depois veio um papa faltando a palavra de Sua justiça e quis dividir o planeta num eixo Norte sul ao que tentaram deixar-nos sem ventos para navegar Pelos visto essa gente lá da empresa da cidade do Vaticano não e gente de palavra nem de justiça Para terminar Nos que nos chamamos Portugueses hoje em dia e nos identificamos como fenícios e povos de cidades estado no passado somos os inventores da escrita e lá estão as Pinturas rupestre no vale do côa já com 35 mil anos e vejam bem a palavra Atlântico Ate-El-Antico (ate o Antigo há não se esqueçam que a Lusitânia ia ate Madrid ou mais e também havia a montanhas que foi onde nos defendemos dos inimigos vejam também esta encontrada em mais uma das nossas cidades DE-El-EuSi -> DoEuSenhor = DEUS e agora já sabem quem nos somos? Também existe esta Paraíso Para-isso nos a falarmos das nossa terras pelo planeta e alguém a dizer para lá deixa templar. E soma o que temos nos aqui e um caso criminal ligado a navegação onde era Punida com Pena de morte a todos aqueles traidores que revelassem nossos mapas. E a historia foi como se viu os que foram por aquelas paragens não foram ver as suas gentes mas sim pilhar a nossa gente quem de vosses já reparou neste pormenor nos nas nossas apenas ditos descobrimentos deram conta de entraremos em guerra com alguém e rouba-los? Não a memoria pois não e por que? Porque essa gente também e nossa gente. Olha que os Incas tinham uma lenda de que estavam a espera do seu Rei. E fizeram confusão com aqueles tipos que apareceram ao qual trataram bem por isso e estes mataram-nos para os roubar.

Há santa paciência lá o dito Senhor Papa também e um Homem como os outros tem duas mãos, cinco dedos em cada uma delas e um encéfalo que o pode fazer cometer asneiras assim como todos os pobres restantes Homens e mulheres. Há para terminar vocês sabiam que nos os Portugueses somos os inventores do computador, já o temos a pelo menos (construção num sitio) mil anos antes de teremos deixado viver uma seita que dizia ter por nome Celtas e mais tarde se veio a chamar EngoleAnda isto tem a ver com o segredo que os ingleses tem mais nojo de um arroto que de um peido mas agora não vos vou falar nisto Pois bem o tal computador esta representativamente construído em pedra e chama-se EstouNoEgeu = Stonehenge (egeu de mar egeu Creta e a civilização minoica fundição do vidro metais etc.) escrita Latino escrever (a tino) ao invés dos complicados aeroglifos.
Real CarlosMagnoFidalgo

Publicado por: CarlosMagnoFidalgo às outubro 30, 2004 05:22 AM

O choque tecnológico português-

Meus inventos? estão parados
Esperando conselho dos guias
É que os bolsos á muito vazios
Não vislumbram melhores dias

Rabiscos curvas e textos
Muitos desenhos a acompanhar
Um dinheirão para registos
Quatro longos anos a esperar

Tudo fala em inovação
Neste Portugal parado e pobre
Como não temos melhor sorte
Para sair da escravidão
Vão-nos entretendo com palavras
Que nem eles sabem o que são

Sendo o fado o nosso mal
Essa dita canção nacional
Qual lavagem mental
De pobres desgraçados
Acabem com a merda do fado
Se é esse o mal de Portugal

Ponham bandas e marchas
Pifaros gaitas e adufes
Malhem neles e nos abutres
Que põem o país na miséria
Mandem-nos a todos prá Sibéria
Ou mais longe para outras bandas

Salteadores da arca perdida
É o melhor nome por que os trato
Esses abutres com pelo de rato
Que se pavonei-am a toda a hora
Á custa de quem sofre e chora
Ao ver e sentir sua causa esquecida

fernando nogueira gonçalves (inventor de rua)

Publicado por: fernando nogueira gonçalves às agosto 23, 2005 09:48 AM

olaaaaaaaaaaaaaaa

Publicado por: joana às setembro 16, 2005 05:27 PM

Ola, veijo que esta conversa ja lkeva 2 anos entao ainda esta fresquinha ne? :)
Bem eu andava ha procura da minha prima viscondessa da alorna; mas afinal parece que ela napo anda por aqui.......ela vem um pouco mais tarde poissivelmente, quando entra o marques de pombal nesta historia e mais o jesuitas?

Publicado por: Isabel às novembro 25, 2005 03:44 AM

Olá:

Sou Danilo Garcia de Andrade, detentor directo da varonia de Gomes Freire de Andrade.
Gostaria de maiores informações sobre a Regencia de Portugal no período das invasões napoleonicas.

Grato e no aguardo.

Garcia de Andrade.

Publicado por: Danilo Garcia de Andrade às janeiro 6, 2006 08:24 PM

Olá:

Gostaria de saber se este Gomes Freire de Andrade é o sobrinho ou é o próprio Conde de Bobadela?


Grato e no aguardo.

Danilo Garcia de Andrade.

Publicado por: Danilo Garcia de Andrade às janeiro 6, 2006 08:36 PM

oiiii, gostaria de saber se Gomes Freire de Andrade teve mulher? é k tou a fazer um trabalho e precisava de saber...

Publicado por: Cláudia às fevereiro 5, 2006 10:18 PM

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