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outubro 21, 2003

O PS refém da Casa Pia - Acto II

O PS refém de Paulo Pedroso

Refém da sua virtude, o PS tornou-se, como corolário necessário, refém do processo da Casa Pia e do caso judicial de Paulo Pedroso. Não era a pessoa Paulo Pedroso que estava arguida do crime de pedofilia, mas sim o virtuoso dirigente do virtuoso PS, Paulo Pedroso, et pour cause.

Nesse entendimento não era um caso de pedofilia, do foro pessoal, que estava em justiça, mas um processo político, uma cabala, uma maquinação montada pelo aparelho judicial manipulado por obscuros adversários políticos. Assim, o PS politizou o caso Paulo Pedroso desde o início. Não enjeito a possibilidade de malevolência de algum ou alguns dos seus dirigentes na teoria da cabala. Mas ela decorre igualmente, ou foi facilitada, pela convicção que os dirigentes actuais do PS têm de si próprios, e dos outros, sobre ética, civismo, liberdade e democracia.

A libertação de Paulo Pedroso foi assim festejada como uma vitória política, não só pela forma como os dirigentes socialistas viveram os acontecimentos, mas também pelo local onde decorreram as manifestações de regozijo – a Assembleia da República.

Ao realizar o que foi, objectivamente, uma manifestação de desagravo, transmitida em directo por todos os meios de comunicação, o PS esqueceu-se que Paulo Pedroso continuava indiciado por mais de uma dezena de crimes de pedofilia, tendo unicamente sido alterada a medida de coacção aplicada. E esqueceu-se que o processo da Casa Pia ainda estava no início.

Logo a seguir, um segundo acórdão do Tribunal da Relação de Lisboa, desta vez apreciando um recurso do advogado de Paulo Pedroso sobre a decisão do juiz Rui Teixeira em antecipar a reapreciação da prisão do socialista, é demolidor para as teses socialistas, criticando duramente o seu comportamento face ao poder judicial, considerando o recurso em causa uma "descabida e lamentável provocação processual" e acusando os recorrentes de só agora se preocuparem com as injustiças: "Lamenta-se, contudo, que a suposta injustiça das leis e rigor de procedimentos só sejam invocados e censurados em determinados momentos e perante certos arguidos que se julgam credores de um estatuto especial que não têm."

Face ao mal estar causado pela manifestação de desagravo na AR nos meios judiciais e nos meios políticos, mesmo entre os socialistas, o PS poderia ter mudado de táctica, repondo o processo onde ele nunca deveria ter saído: a esfera judicial. Mas não, prisioneiro de si próprio e da “verdade” que tinha construído, o PS aprofundou mais a politização do processo e da justiça em geral – permitiu o regresso de Paulo Pedroso à bancada parlamentar, apesar de estar na situação de arguido e soltou Ana Gomes em diatribes incendiárias, fazendo-se eco de boatos postos a correr por uma revista francesa meses atrás.

O regresso de Paulo Pedroso é uma situação insustentável para o maior partido da oposição. É ter em permanência o processo da Casa Pia na sua bancada parlamentar. É viver quotidianamente em função das evoluções do processo mais importante e mediático da sociedade portuguesa dos últimos anos. É usar para si um critério diametralmente oposto ao que usou durante mais de um ano para Paulo Portas.

Publicado por Joana às outubro 21, 2003 12:00 AM

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Comentários

Estes comentários demonstram uma grande lucidez

Publicado por: anonimo às outubro 20, 2003 10:23 AM

A net em Portugal está à mercê de vândalos

Publicado por: anonimo às outubro 20, 2003 10:33 AM

Este gaijo é doentio

Publicado por: anonimo às outubro 20, 2003 10:34 AM

Isto é execrável

Publicado por: Dominó às outubro 20, 2003 10:38 AM

Refiro-me ao comentador ordinário

Publicado por: Dominó às outubro 20, 2003 10:38 AM

Será esta a esquerda que temos?

Publicado por: anonimo às outubro 20, 2003 10:42 AM

Uma esquerda trauliteira e ordinária?

Publicado por: anonimo às outubro 20, 2003 10:42 AM

A esquerda de Ferro Rodrigues?

Publicado por: anonimo às outubro 20, 2003 10:42 AM

A net em Portugal está à mercê de vândalos

Publicado por: anonimo às outubro 20, 2003 10:43 AM

Completamente tonto

Publicado por: anonimo às outubro 20, 2003 10:48 AM

O Ferro tem muitos émulos!

Publicado por: Gros às outubro 20, 2003 11:01 AM

O Ferro tem muitos émulos!

Publicado por: Gros às outubro 20, 2003 11:01 AM

O Ferro tem muitos émulos!

Publicado por: Gros às outubro 20, 2003 11:01 AM

O Ferro tem muitos émulos!

Publicado por: Gros às outubro 20, 2003 11:01 AM

O Ferro tem muitos émulos!

Publicado por: Gros às outubro 20, 2003 11:01 AM

Que pretenderá este doido?

Publicado por: A Trofa às outubro 20, 2003 11:01 AM

O Ferro tem muitos émulos!

Publicado por: Gros às outubro 20, 2003 11:01 AM

Não será possível exterminá-lo?

Publicado por: anonimo às outubro 20, 2003 11:01 AM

Não há dúvida que este gajo é execrável

Publicado por: JCorreia às outubro 20, 2003 11:09 AM

Não há dúvida que este gajo é execrável

Publicado por: JCorreia às outubro 20, 2003 11:09 AM

Não há dúvida que este gajo é execrável

Publicado por: JCorreia às outubro 20, 2003 11:09 AM

Não há dúvida que este gajo é execrável

Publicado por: JCorreia às outubro 20, 2003 11:09 AM

Não há dúvida que este gajo é execrável

Publicado por: JCorreia às outubro 20, 2003 11:10 AM

Não há dúvida que este gajo é execrável

Publicado por: JCorreia às outubro 20, 2003 11:10 AM

Joana, minha querida amiga.
Queria exprimir-lhe aqui a minha solidariedade por esta vandalização ordinária do Semíramis.

É este o país que temos. São estes os energúmenos ordinários e irresponsáveis que debatem política hoje em dia na net, cobardemente acoitados atrás do secretismo.

Não estou preocupado porque sei que é uma pessoa determinada, voluntariosa e que nada a faz recuar. É isso que lhe peço agora – firmeza.

Quanto aos textos queria dizer-lhe que eles são de uma enorme lucidez e que trazem à luz muitas das causas que levaram o PS à desgraçada situação em que se encontra.

Parabéns

Publicado por: L M às outubro 20, 2003 10:36 PM

É espantoso. A nojeira deste ou destes gajos não tem fim.

Publicado por: J Correia às outubro 21, 2003 09:33 AM

É espantoso. A nojeira deste ou destes gajos não tem fim.

Publicado por: J Correia às outubro 21, 2003 09:33 AM

É espantoso. A nojeira deste ou destes gajos não tem fim.

Publicado por: J Correia às outubro 21, 2003 09:33 AM

Vejo que esta imundície continua.

Joana, veja pela positiva. Você tornou-se a estrela dos blogues! É a mais comentada de longe.

Acredito que não seria desta maneira que você gostaria de atingir esta posição.

Mas Deus escreve direito por linhas tortas ...

Publicado por: L M às outubro 21, 2003 02:40 PM

Quem tem razão é o L M. Este tipo está é a tornar este blogue o mais visto da net!

Publicado por: anonimo às outubro 21, 2003 03:12 PM

Est gajo não deve ter mais nada que fazer

Publicado por: J Correia às outubro 21, 2003 03:13 PM

Estive a ver no Weblog e este está destacado, à frente.

Há males que vêm por bem.

Publicado por: casimiro às outubro 21, 2003 05:50 PM

É a glória

Não era assim que eu a esperava (refiro-me à glória). Mas a determinação de alguns contraditores, que no Expresso online têm um aspecto mais pacífico (sabe-se lá os transtornos das suas funções hepáticas pela notável contenção aqui revelada durante meses a fio), levou a que me tornasse num best-seller!

Eu preferia menos quantidade e mais qualidade. Mas eles não sabem fazer melhor. Tentam compensar essa deficiência tornando-se muito repetitivos. Mas quem dá o que tem ... a mais não é obrigado.

Aliás, para mim não é relevante saber que tenho 5 textos mais comentados do qualquer texto do Expresso online. Sou modesta! Bah! ... comparar-me com um jornal de diminuta circulação como o Expresso...

E agora digam-me se eu não tenho razão nas coisas que escrevo ...

Publicado por: Joana às outubro 21, 2003 09:57 PM

A divulgação das escutas telefónicas é um crime e como tal deve ser punido.
Mas é ridículo ninguém se ter preocupado com a violação do segredo de justiça feitas pelo PS que se constata nas escutas que vieram a público.
E o Bastonário vir agora a exigir a cabeça do PGR, depois de se verificar que ele tinha mentido sobre o encontro com o António Costa e que ele próprio saberia de matérias que estariam em segredo de justiça.
Será que esta gente não tem o sentido do ridículo?

Publicado por: L M às outubro 22, 2003 11:34 AM

FALAR - Há momentos a que a uns convém que se fale, a outros que se faça silêncio. Nas sociedades democráticas, não há nunca silêncio, porque o silêncio fala, embora também possa apenas haver ruído.

Publicado por: Dicionário da Duplicidade Quotidiana do JPP às outubro 22, 2003 02:49 PM

DUPLICIDADE - Se há coisa que peço a mim próprio, e, se não fosse incréu, ao Senhor, é não cair na duplicidade na análise deste processo, todo ele impregnado de duplicidade. Tenho as minhas opiniões, gostos e antipatias, que é impossível não mostrar; posso cair em contradição, porque isso às vezes é inevitável, mas farei todo o possível para não ser dúplice. O que é difícil quando se vai escrever essencialmente sobre as duplicidades dos outros.

Publicado por: Dicionário da Duplicidade Quotidiana do JPP às outubro 22, 2003 02:49 PM

Queria exprimir mais uma vez as minhas felicitacoes oela sua coragem em aturar isto e pela lucidez dos seus escritos.
Continue

Publicado por: Filipa Zeitzler às outubro 22, 2003 03:43 PM

Parece que agora respira-se melhor!!

Publicado por: Cerejo às outubro 22, 2003 10:02 PM

DUPLICIDADES - Na esfera pública, para além da dimensão puramente jurídica e processual, sobre a qual não pretendo pronunciar-me, o caso da pedofilia na Casa Pia é hoje um processo político, quase exclusivamente por responsabilidade do PS. Nisso não tem responsabilidade nem o Governo, nem o PSD, nem o PP, nem o PCP. Ao politizar este processo, tratando-o como um ataque político contra o PS, o partido mostrou um traço da sua cultura que, se houvesse memória, se via que não é novo. Apareceu igualmente no muito esquecido processo envolvendo a Emaudio e os negócios de Macau.

Publicado por: Dicionário da Duplicidade Quotidiana do JPP às outubro 23, 2003 09:54 AM

"SISTEMA" - A CONSTRUÇÃO - Sim, porque houve quem, nos últimos vinte anos, em Portugal, quisesse fazer uma "república dos juízes" à italiana, respondendo às vantagens eleitorais do populismo justiceiro. Houve quem não tivesse coragem, com receio das consequências eleitorais negativas, devidas igualmente ao populismo justiceiro, de dizer não à excessiva concentração de poderes num Ministério Público que não responde efectivamente perante ninguém. A combinação destes dois factores construiu o "sistema" actual.

Publicado por: Dicionário da Duplicidade Quotidiana do JPP às outubro 23, 2003 09:54 AM

"SISTEMA" - A CONSTRUÇÃO - Foram políticos do PSD, PS e PCP que construíram este "sistema" por razões estritamente políticas, numa competição por agradar (ou pelo medo de desagradar) ao populismo, debaixo dos ventos italianos. Do meu partido, recordo-me da acção de dois ministros, Fernando Nogueira e Laborinho Lúcio, que o iniciaram, mas recordo-me também que, a cada momento, nas revisões constitucionais, na discussão dos principais diplomas sobre justiça, havia uma forte e agressiva pressão para uma "república dos juízes" à portuguesa, vinda do PS e do PCP. PS e PCP comportavam-se como se fossem os "partidos do Ministério Público". O último ministro que prosseguiu neste caminho foi António Costa.

Publicado por: Dicionário da Duplicidade Quotidiana do JPP às outubro 23, 2003 09:54 AM

"SISTEMA" - PARA OS "OUTROS" - Enquanto as vítimas eram do PSD, os justiceiros estavam no tandem "Independente"-PGR (com aplauso total da esquerda política, que lhes dava continuidade no Parlamento), e as fugas sistemáticas eram só de um lado e sem defesa, porque ninguém tinha coragem para a fazer e a comunicação social não se dividia, como hoje, nunca houve problemas com "o sistema". Pelo contrário, a cada caso, o clamor era para novas medidas de reforço dos poderes judiciais e do Ministério Público. Foi assim que se chegou à situação presente - por razões políticas, por motivos políticos, pela tentação sinistra de usar a justiça como arma política. Ao mesmo tempo, com singular cegueira, havia a ideia de que isso nunca nos tocaria a "nós".

Publicado por: Dicionário da Duplicidade Quotidiana do JPP às outubro 23, 2003 09:54 AM

ESCUTAS - Criou-se um sistema excessivamente laxista de escutas telefónicas, que foi alegremente e unanimemente votado, em sucessivas ondas de "lei e ordem". Quando se liberalizou e alargou a utilização de escutas telefónicas, a intenção era usá-las para combater a criminalidade organizada, o tráfico de droga, o branqueamento de capitais, o terrorismo, a corrupção. Mas, convém não esquecer que este processo é sobre pedofilia, e que toda a gente bate (ou batia) com as mãos no peito, considerando-a um "crime hediondo". Não me venham dizer que, se se perguntasse ao então ministro António Costa se a pedofilia e as redes de prostituição infantil eram excepção a este tão liberal e laxista regime das escutas, ele responderia com outra palavra que não fosse um sonoro "nunca". Mas os tempos eram outros.

Publicado por: Dicionário da Duplicidade Quotidiana do JPP às outubro 23, 2003 09:55 AM

FUGAS DE INFORMAÇÃO - São o maior factor de descredibilização do sistema judicial, mas as fugas de informação não começaram com o processo Casa Pia, nem têm agora maior gravidade do que tiveram em casos anteriores. Ou se muda a lei do segredo de justiça, ou se encontra finalmente algum responsável por uma destas fugas, e se actua com toda a força da lei. As fugas são também um instrumento fundamental na manipulação da opinião pública a que se tem assistido e nenhum dos intervenientes no processo pode lavar as mãos do que acontece. Pouca coisa mais higiénica haveria, neste ruído público, do que identificarem-se os autores das fugas.

Publicado por: Dicionário da Duplicidade Quotidiana do JPP às outubro 23, 2003 09:55 AM

FUGAS SELECTIVAS - Choca-me ler as informações das escutas, choca-me ver a sua fuga selectiva do processo, sinto um enorme incómodo, com um sentimento de violação de privacidade, como se fosse comigo - sem sombra de dúvida. Repito: sem sombra de dúvida e esta é matéria para tratar com a dureza necessária, depois. Depois, porque este "sistema" tornou estas escutas legais e ainda não vi ninguém, com responsabilidades na justiça, a dizer que o não são.

Publicado por: Dicionário da Duplicidade Quotidiana do JPP às outubro 23, 2003 09:55 AM

FUGAS SELECTIVAS - Agora também não esqueci que as primeiras fugas de escutas no caso Casa Pia estavam no documento entregue pelo juiz à Assembleia, e foram utilizadas selectivamente para mostrar como eram irrelevantes e até "ridículas" (o adjectivo veio nos jornais) as acusações a Pedroso. Como a divulgação dessas escutas parecia ser benévola, foi essa a parte escolhida para aparecer nos jornais e não as acusações de pedofilia contidas no mesmo documento, que só apareceram mais tarde. E não houve qualquer clamor público quanto à sua divulgação, porque as escutas eram "úteis".

Publicado por: Dicionário da Duplicidade Quotidiana do JPP às outubro 23, 2003 09:55 AM

"SISTEMA" - OS ABUSOS - O "sistema" é mau, permite abusos de poder, tem escasso controlo? Com certeza. Mas já era mau antes do caso Pedroso e havia quem o dissesse, curiosamente ninguém dos que agora clamam contra ele e o ajudaram a construir. Proença de Carvalho, Mário Soares (em defesa de Leonor Beleza) e alguns outros, disseram-no. Recordo-me de muitas discussões com José Magalhães no Flashback sobre esta matéria, quando este, um dos que construíram o "sistema", o defendia "à outrance", baseado nas posições socialistas.

Publicado por: Dicionário da Duplicidade Quotidiana do JPP às outubro 23, 2003 09:56 AM

NUNCA ANTES - Dito isto, sou obviamente defensor de alterações profundas no "sistema", mas nunca, jamais, em tempo algum, antes do fim do processo Casa Pia, por razões do modo como deve funcionar uma democracia e um Estado de direito. Pode acabar injustamente com a "imagem" de alguns políticos? É verdade, mas também não é de agora. Injustiçados permanecem alguns membros do governo de Cavaco Silva, sem ninguém se lembrar disso. Pode esta situação penalizar os arguidos deste processo, como certamente já vitimizou muitos outros? Com certeza, mas não chegará ao ponto de transformar, em tribunal, inocentes em culpados.

Publicado por: Dicionário da Duplicidade Quotidiana do JPP às outubro 23, 2003 09:56 AM

Foi uma ideia óptima

Publicado por: vde às outubro 23, 2003 10:30 AM

Tenho sido eu o vândalo. Peço desculpas!

Publicado por: B E o troglodita às outubro 29, 2003 09:49 AM

Deixem lá o Paulo Pedroso. Com aquele gajo na Assembleia o PS nunca mais é gente.

Publicado por: KK às novembro 5, 2003 10:47 PM

Com a guerra do Iraque ninguém mais se lembrou da pedofilia

Publicado por: JCorreia às novembro 15, 2003 12:44 AM

Qualquer dia dizem que foi o PS que anda a empolar o conflito do Iraque para não se falar da pedofilia

Publicado por: JCorreia às novembro 15, 2003 12:44 AM

Assim como a pedofilia foi para esquecer a Moderna e assim sucessivamente.
É assim que se trata a polítca em Portugal

Publicado por: JCorreia às novembro 15, 2003 12:46 AM

Só chachadas

Publicado por: z às junho 20, 2004 01:50 AM

Só chachadas

Publicado por: z às junho 20, 2004 01:50 AM

Só chachadas

Publicado por: z às junho 20, 2004 01:50 AM

Só chachadas

Publicado por: z às junho 20, 2004 01:50 AM

Só chachadas

Publicado por: z às junho 20, 2004 01:50 AM

Só chachadas

Publicado por: z às junho 20, 2004 01:50 AM

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Publicado por: z às junho 20, 2004 01:50 AM

Só chachadas

Publicado por: z às junho 20, 2004 01:50 AM

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