No editorial de hoje do DN critica-se, embora com a forma velada adequada à deferência devida às vacas sagradas, a sugestão feita pelo PR, ainda que com sua a proverbial ambiguidade, na mensagem de Ano Novo. Outros matutinos discorrem sobre o mesmo alvitre.
O editorialista afirma que há vida para além do pacto. A minha resposta é não. E não de forma liminar. Com o actual espectro político, não há vida para além do pacto. A questão que se coloca é se há condições para esse pacto se concretizar. A questão que se coloca é saber até quando Portugal sobreviverá sem uma revolução completa do seu actual modelo económico e financeiro. A questão que se coloca é saber o que sucederá primeiro: se um pacto de regime, ou se a convulsão e a destruição do actual espectro político.
Na actual conjuntura como é possível haver um pacto de regime quando o PS não reconhece os erros financeiros que cometeu durante o governo de Guterres? Se nem sequer reconhece que as SCUTs foram um erro e, pior que não reconhecer, pretende persistir nesse erro?
Como é possível pactos de regime entre partidos que continuam a utilizar os Resíduos Industriais Perigosos, uma questão puramente técnica, como arma de arremesso político, inviabilizando em cada legislatura o que estava praticamente implementado na legislatura anterior?
Como é possível pactos de regime entre partidos que têm opiniões tão opostas sobre, por exemplo, o Serviço Nacional de Saúde? Embora haja, dentro do PS, opiniões muito minoritárias favoráveis à reforma que estava a ser implementada, porém contestando-a por preferirem boys diferentes (cf. Correia de Campos).
Como é possível estabelecer um pacto de regime sob os auspícios de um PR que viciou as regras do jogo, dissolveu uma AR com uma maioria estável e comportou-se como alguém que estava a fazer um favor partidário?
Como é possível que após dois anos e meio de crispação política, primeiro com o terrorismo parlamentar do PS, no período da sua deriva esquerdista, e depois com a crispação provocada pelas manobras do PR já aqui descritas noutros locais, com as feridas e traumas que tal terá deixado, estabelecer um pacto de regime?
Qualquer tentativa actual de promover um pacto de regime seria olhada com suspeição. Todas as suspeitas são possíveis: Será que o PR tem receio que o PS não consiga uma maioria absoluta e ele seja acusado de desestabilizar o país? Será que querem que o meu partido se alie ao outro partido para ser responsabilizado pela impopularidade da política do outro partido? Será que querem que o meu partido se alie ao outro partido para este ficar com os louros finais de uma política que ele havia impedido que meu partido fizesse enquanto governo?
Para haver um pacto de regime teria que haver uma pacificação na esfera política. Essa pacificação é possível? O PS não tem condições internas para um pacto de regime. O espectro político dentro do PS é demasiado amplo para permitir tal. Sócrates poderia subscrever muitas das reformas que a república necessita. Todavia Sócrates está à direita do espectro político do PS e só foi eleito por ele ser o portador da miragem do aparelho socialista em regressar às sinecuras do poder.
Sócrates não conseguiria resistir, internamente, a uma política reformista. Só conseguiria fazê-lo se comprasse o aparelho com prebendas públicas, como o que Guterres andou a fazer. Mas ao fazê-lo, compraria essas adesões com o empolamento da despesa pública. Seria uma contradição: Sócrates fazer reformas para diminuir a despesa pública e pagar essas reformas com o aumento da despesa pública necessário para subornar a sua clientela partidária. E como reagiria o outro partido do pacto?
Portanto, no futuro próximo as pontes estão cortadas entre os dois maiores partidos. Todavia, de uma forma ou de outra, a constituição terá que ser revista de modo a adequá-la ao funcionamento eficiente de uma economia de mercado; o sector público terá que ser emagrecido substancialmente; a justiça e o funcionamento da administração pública profundamente desburocratizados; a cidadania ser entendida como um contrato entre o cidadão e o Estado que o representa e assegura as condições para o exercício eficiente da sua actividade, e não uma relação entre um Estado omnipresente, tutelar, gastador, um Moloch devorador, e um cidadão indefeso e que só sobrevive capazmente enganando esse mesmo Estado.
Assim sendo, fatalmente acabará por haver em Portugal uma maioria suficientemente lata para que tal suceda. Só assim se ultrapassarão os actuais impasses. Como tal poderá vir a suceder é uma previsão que não ouso fazer. Só prevejo que não será num futuro próximo. Nas actuais circunstâncias não existem condições políticas para isso.
A Joana está descrente da política. Estará também atacada pelo mal nacional da depressão de que falava ontem o Eduardo Lourenço?
Isto vai.
Isto ainda está no príncipio.
Ele(a)s vão continuar a lamber as feridas !
ps: daqui a uns dias ( depois de esgotar o tema Sampaio ) Joana vai ajudar-nos a perceber as idiossincrasias de PSLopes, comentando a sua mensagem de Ano Novo ! Preparem-se para a surpresa !
Afixado por: zippizz em janeiro 3, 2005 10:29 PMSe a Joana não tivesse escrito aquele post ontem, diriam que plagiou Jardim, porque ele disse quase o mesmo.
Afixado por: Coruja em janeiro 3, 2005 10:41 PMDisse quase o mesmo, hoje.
Afixado por: Coruja em janeiro 3, 2005 10:42 PMNão querendo ser desmancha prazeres, e não querendo ofender ninguém, deixo aqui uma sugestão:
Só visita este blog quem quer, só acredita, sem pestanejar, no que a Joana escreve quem não tem cérebro suficiente para pensar por si (eu não acredito que este seja o caso dos ilustres visitantes deste blog, pois caso contrário, não estariam a ler o que aqui escrevo, logo deixem a blogueira fazer as suas análises, e deixem a cada um de nós, os leitores do blog, decidir sobre a validade e pertinência da informação aqui disponibilizada pela blogueira.
Gosto de ler os vossos comentários, já que, de um modo geral, enriquecem a informação inicialmente aqui disponibilizada, no entanto, esta referência ao plágio já aborrece.
A Joana decerto aprendeu o que tinha para aprender!
Quanto à situação actual do país, também estou preocupado com a situação precária das famílias e das empresas em geral, mais ainda porque não vejo no espectro político soluções para os problemas com que nos debatemos no nosso dia-a-dia e nos dias que aí virão.
Alves
Afixado por: Alves em janeiro 3, 2005 11:14 PMA Joana acha que "o sector público terá que ser emagrecido substancialmente". Eu gostaria que ela nos dissesse como. Que ela nos dissesse concretamente que percentagem do PIB deve ser destinada pelo Estado à educação, à saúde e à segurança social. Assim como à preservação do ambiente, à construção de infraestruturas, aos transportes públicos, à cultura e à investigação. À defesa e à manutenção da ordem pública. À justiça. Quantos funcionários públicos é que o Estado devia ter para cumprir com as suas missões, e quanto é que se deveria pagar a esses funcionários (em valor absoluto e em % do PIB). Só depois de fazer esse trabalho de descrição das funções que o Estado deve assumir, assim como de quantificação do que é necessário para desempenhar essas funções, é que se pode começar a falar, com seriedade, de emagrecimento do sector público. Sem isso são só bocas e demagogia.
Afixado por: Albatroz em janeiro 3, 2005 11:53 PMEduardo Prado Coelho, hoje ensina:
"" A ideia é boa e veio do tempo em que Manuel Maria Carrilho era ministro: criar um instituto que se ocupasse da arte contemporânea, tendo em conta que as artes tendem hoje a cruzar-se, a misturar-se, a indisciplinar-se mutuamente""
A Joana deduz:
""Todavia Sócrates está à direita do espectro político do PS e só foi eleito por ele ser o portador da miragem do aparelho socialista em regressar às sinecuras do poder.""
Ora aqui está como duas verdades se misturam, "se indisciplinam" explicando como a multiplicação dos pãezinhos, ou a sua miragem, ajudam na contagem dos votos.
Enquanto o povinho for tendo qualquer coisita para comer, uns futebois para entreter e uma "quinta" para aprender, os políticos podem dormir descansados.
Quando a crise, a verdadeira, apertar, muita alminha vai suspirar por uma mãozinha de ferro (não confundir com Ferro).
Albatroz em janeiro 3, 2005 11:53 PM
É simples:
Na visão de Joana, o Estado não tem que gastar um cêntimo.
A educação entrega-se aos jesuitas e à opus dei; a saúde às clínicas privadas e a segurança social às companhias de seguros.
A preservação do ambiente não é prioritária porque há que industrializar o país. Como sabe, só as exportações podem salvar a economia.
Infraestruturas e transportes públicos terão que ser pagos pelos utilizadores.
A cultura é um luxo e deve ser reservada a quem tem dinheiro. Nunca ouviu dizer que quem não tem dinheiro não tem vícios?
Quanto à investigação, não é necessária porque os investigadores vão todos para os Estados Unidos e Inglaterra.
A justiça está muito bem assim. Ou você queria meios para investigar aquelas pessoas que você sabe muito bem que jamais serão investigadas?
Onde parece ser necessário reforçar as dotações é na defesa e na ordem pública. É que com esta política de reduções na função pública vai ser necessário manter a populaça na ordem...
Caro Albatroz, não se aflija porque o ovo de serpente que estava a ser chocado foi um ar que lhe deu.
Agora temos que furar o ovo da avestruz que nos saiu na rifa...
Espero que tenha um bom ano, ou, vá lá, menos mau.
(M)arca Amarela em janeiro 4, 2005 03:09 AM:
Acaso eu escrevi isso alguma vez? Pelo facto de eu, e de ilustres economistas, acharem que o Estado gasta 20% a 25% a mais do que devia gastar e presta um serviço mau em áreas tão sensíveis como a saúde, o ensino e a justiça, é razão para escrever que "Na visão de Joana, o Estado não tem que gastar um cêntimo"?
O seu discurso MA, é o de quem não está interessado em resolver os problemas vitais do Estado, o seu discurso é o de quem vive sustentado pelo erário público e quer que isso continui, o seu discurso é o de quem quer o "seu" todos os meses, doa a quem doer, aos contribuintes, à competitividade das empresas, etc.
Mas quando a "vaca" secar, esse seu discurso vai apenas servir de exemplo de que como nos enganámos uns aos outros durante tanto tempo. Para mostrar com que discursos farisaicos perdemos tanto tempo.
Joana em janeiro 4, 2005 10:14 AM
Lamento dizer-lhe que em 2005 você continua a estar tão errada nos seus palpites como em 2004.
Não vivo «sustentado pelo erário público» e o «meu» não está, nem de longe, relacionado com os contribuintes nem com a competitividade das empresas.
O que me sustenta é, tão só, a minha cabeça e algum do «meu» até vem, por acaso, «lá de fora» (para usar a sua popular terminologia).
O que acontece é que, tal como Albatroz, estou cansado de a ouvir perorar sobre os gastos com a função pública, sem que do seu teclado saia uma só palavra sobre o modo como vai retirar os tais 25% ao OE.
Quanto às soluções que enuncio no post a que responde, há uma parte de ironia, mas há, também, uma grande parte de verdade. Ou você, confessada apoiante do falecido governo, não percebeu onde é que Bagão Félix & Cia queriam chegar?
A nossa maior perda de tempo, é insistirmos num chefe de Estado tão depressa eleito como partidarizado.
Afixado por: asdrubal em janeiro 4, 2005 12:50 PM(M)arca Amarela em janeiro 4, 2005 12:39 PM:
Parece evidente.
Têm que haver duas acções concertadas: diminuição dos efectivos do sector público e requalificação e melhoria do desempenho desse sector. É evidente que será um processo que não pode ser feito, de imediato, por decreto. Demora tempo e exige competência a quem o conduzir.
Os salários do sector público têm que continuar congelados por mais dois ou três anos, até atingirem um nível similar ao do sector privado, para as mesmas competências. Mas isto tem que ser feito de forma inteligente. Os menos qualificados ganham, no sector público, incomparavelmente mais que no privado, enquanto os técnicos de topo ganham menos. O problema é que os técnicos de topo têm uma eficiência baixa, por diversas razões, algumas por culpa alheia. Portanto a questão salarial teria que ser gerida em concordância com os procedimentos de melhoria de desempenho da função pública.
A gestão de compras de consumíveis e aquisições de bens duradouros teria que ser objecto de uma reforma profunda de modo a evitar a derrapagem que acontece todos os anos.
Parte dos serviços públicos deveria ser concessionada no âmbito de Parcerias Público-Privadas, em concursos públicos. Foi o que aconteceu no Reino Unido e que os trabalhistas têm continuado. Por isso a economia britânica é a que tem tido melhor performance entre as europeias.
Eu disse que o seu discurso era de quem ... e não necessariamente que você vivia à mesa do orçamento.
E quanto aos meus palpites, se ler bem, verificará que normalmente têm batido certos, ou ficado próximos
Afixado por: Joana em janeiro 4, 2005 01:07 PMAfixado por Joana em janeiro 4, 2005 01:05 PM:
A sua receita parece boa, só não vejo como a vai conseguir realizar. Acha que os tais interesses instalados permitem uma rotura tão grande?
Afixado por (M)arca Amarela em janeiro 4, 2005 12:39 PM:
Muito bem dito. Temos que desmascarar esta reaça. Temos que melhorar as condições do nosso povo, subir os salários que são de miséria.
"a economia britânica é a que tem tido melhor performance entre as europeias"??
Para lá do uso desse belo estrangeirismo que é a tal "performance", diga-nos onde é que isto é verdade? Podem os ingleses crescer acima da zona Euro, mas daí a serem a economia europeia com melhores indicadores...
Nem a coisa deverá mudar muito nos próximos anos: http://quote.bloomberg.com/apps/news?pid=10000085&sid=arRi6tCOySSg&refer=europe
Joana em janeiro 4, 2005 01:05 PM
«...diminuição dos efectivos do sector público»...
Você continua no reino da generalidade.
Diminuição de QUANTOS efectivos? Em QUE sectores? Que percentagem do Orçamento representariam esses cortes?
Muito concretamente, quantos efectivos abateria nos quadros da educação e da saúde?
Para uma economista, usa demasiadas palavras e poucos números.
Afixado por: (M)arca Amarela em janeiro 4, 2005 03:09 PMJoana em janeiro 4, 2005 01:07 PM
Refiro-me aos seus palpites a meu respeito. Têm sido tiros à água...
# : - ))
Afixado por: (M)arca Amarela em janeiro 4, 2005 03:12 PMAcho a sua receita maximalista. Julgo que conseguiremos sobreviver sem uma ruptura tão forte
Afixado por: vitapis em janeiro 4, 2005 03:27 PM(M)arca Amarela,
Sabe que existem vinte faculdades de Direito num país de dez milhões de habitantes ? Eu acho um portento ...
Albatroz em janeiro 3, 2005 11:53 PM
Caro Albatroz, desculpe meter-me na conversa, mas parece-me que antes de tudo seria necessário estabelecer um plano de desenvolvimento do país. Um plano, ou vários, a longo, médio e curto prazos, em que estivessem coerentemente integradas as diversas vertentes da economia e da cultura.
Temos um país nas mãos. Pois bem, é preciso saber primeiro o que se pretende fazer com este país, para este país, deste país e neste país. É preciso também saber como.
Ora parece que os políticos só estão interessados no que fazer "no" país, e nada mais. É pouco e, feito à toa, não garante o desejável desenvolvimento. É pouco e só garante o atraso, cada vez maior, em relação aos países avançados.
Há que sair deste sufoco que nos conduz ao abismo.
(M)arca Amarela em janeiro 4, 2005 03:09 PM
Não o estou a perceber. Você já viu em algum jornal, algum economista responder às perguntas que faz? Essa resposta exige muitos especialistas conhecedores dos diferentes sectores estatais e estudos aprofundados.
Eu sou economista e incapaz de responder a essa pergunta tão ampla, nem conheço ninguém capaz de responder.
Então se nem Sócrates sabe se sobe o IVA ou outro imposto qualquer, se ainda não se viu propostas nenhumas, como quer que uma bloguista tenha solução para problemas tão melindrosos e tão diversos, e que ainda ninguém conseguiu ou tentou resolver?
Podemos dar ideias gerais, mas cabe aos diversos especialistas estudarem como as põem em prática
Senaqueribe em janeiro 4, 2005 03:38 PM
Tem razão quanto à necessidade de haver um projecto nacional. Agora acho curioso que a nossa amiga Joana não faça o menor esforço para responder ao meu post anterior (Albatroz em janeiro 3, 2005 11:53 PM). É facil de atirar para o ar com a necessidade de reduzir as despesas públicas, mas depois ninguém se atreve a dizer como. Que sectores serão sacrificados, que funcionários públicos serão despedidos, etc. Na minha opinião não se trata de diminuir as despesas públicas, mas sim de as tornar mais eficazes. E a chave dos nossos problemas económicos não está na redução dessa despesa pública, mas sim no aumento da nossa produção, que deverá ser dirigida para o mercado externo. Sacrificar a despesa pública, assim sem mais nem menos, só se traduziria num acréscimo de sacrifício para os mais frágeis da nossa sociedade. É claro que quem pertence à alta classe média pode achar que não tem necessidade dessa rede de segurança, mas talvez a evolução (catastrófica) da nossa economia ainda os faça arrepender-se dessa falta de sensibilidade.
Afixado por: Albatroz em janeiro 4, 2005 04:52 PMÓ Albatroz, a Janica já respondeu na sua personalidade de Senaqueribe! Tás a topar?
Afixado por: Átila em janeiro 4, 2005 07:10 PMHaverá vida para além do Pacto?
No editorial de hoje do DN critica-se, embora com a forma velada adequada à deferência devida às vacas sagradas, a sugestão feita pelo PR, ainda que com sua a proverbial ambiguidade, na mensagem de Ano Novo. Outros matutinos discorrem sobre o mesmo alvitre.QUER ISTO DIZER QUE JÁ LESSTE OS JORNAIS TODOS, OU SEJA, NÃO FAZES MAIS NADA!
O editorialista afirma que há vida para além do pacto. A minha resposta é não. E não de forma liminar. Com o actual espectro político, não há vida para além do pacto. A questão que se coloca é se há condições para esse pacto se concretizar. A questão que se coloca é saber até quando Portugal sobreviverá sem uma revolução completa do seu actual modelo económico e financeiro. A questão que se coloca é saber o que sucederá primeiro: se um pacto de regime, ou se a convulsão e a destruição do actual espectro político.PERGUNTAS SÁBIAS MAS VULGARES! ATÉ AQUI NADA DE NOVO.
Na actual conjuntura como é possível haver um pacto de regime quando o PS não reconhece os erros financeiros que cometeu durante o governo de Guterres? Se nem sequer reconhece que as SCUTs foram um erro e, pior que não reconhecer, pretende persistir nesse erro? DIZES TU FILHA, HÁ QUEM TENHA OPINIÃO CONTRÁRIA!
Como é possível pactos de regime entre partidos que continuam a utilizar os Resíduos Industriais Perigosos, uma questão puramente técnica, como arma de arremesso político, inviabilizando em cada legislatura o que estava praticamente implementado na legislatura anterior? AQUI DIZES MELHOR, O SANATA E O PORTASS SÃO RESÍDUOS PERIGOSÍSSIMOS...
Como é possível pactos de regime entre partidos que têm opiniões tão opostas sobre, por exemplo, o Serviço Nacional de Saúde? Embora haja, dentro do PS, opiniões muito minoritárias favoráveis à reforma que estava a ser implementada, porém contestando-a por preferirem boys diferentes (cf. Correia de Campos).QUAL REFORMA? A TUA E A DO CDS? ORA EXPLICA LÁ...
Como é possível estabelecer um pacto de regime sob os auspícios de um PR que viciou as regras do jogo, dissolveu uma AR com uma maioria estável e comportou-se como alguém que estava a fazer um favor partidário? E DISSOLVEU MUITO BEM, OS PALHAÇOS NÃO VALIAM UM PREGO, SÓ ASNEIRADA DIA SIM DIA SIM E CONTINUAM...SENDO ASSIM, PALHAÇOOS POR PALHAÇOS, BORA LÁ MUDAR DE PALHAÇOS, TALVEZ OS ROSINHAS SEJAM MAIS ENGRAÇADOS!
Como é possível que após dois anos e meio de crispação política, primeiro com o terrorismo parlamentar do PS, no período da sua deriva esquerdista, e depois com a crispação provocada pelas manobras do PR já aqui descritas noutros locais, com as feridas e traumas que tal terá deixado, estabelecer um pacto de regime? TERRORISMO? TRAUMAS? TU É QUE TENS TRAUMAS E NÃO SÃO POUCOS, FILHA...
Qualquer tentativa actual de promover um pacto de regime seria olhada com suspeição. Todas as suspeitas são possíveis: Será que o PR tem receio que o PS não consiga uma maioria absoluta e ele seja acusado de desestabilizar o país? Será que querem que o meu partido se alie ao outro partido para ser responsabilizado pela impopularidade da política do outro partido? Será que querem que o meu partido se alie ao outro partido para este ficar com os louros finais de uma política que ele havia impedido que meu partido fizesse enquanto governo? NÃO ME CHEIRA, ACHO QUE É TUDO PALEIIO PARA PALERMAS. E PACTOS QUERIAS TU, MAS COMO ÉS DO CDS NÃO ENTRAS, FICAS DE FORA, DAÍ A TUA AGONIA...
Para haver um pacto de regime teria que haver uma pacificação na esfera política. Essa pacificação é possível? O PS não tem condições internas para um pacto de regime. O espectro político dentro do PS é demasiado amplo para permitir tal. Sócrates poderia subscrever muitas das reformas que a república necessita. Todavia Sócrates está à direita do espectro político do PS e só foi eleito por ele ser o portador da miragem do aparelho socialista em regressar às sinecuras do poder.QUE É COISA QUE NINGUÉM QUER, PRINCIPALMENTE AS BESTAS QUADRADAS QUE LÁ ESTÃO E QUERIAM CONTINUAR...
Sócrates não conseguiria resistir, internamente, a uma política reformista. Só conseguiria fazê-lo se comprasse o aparelho com prebendas públicas, como o que Guterres andou a fazer. Mas ao fazê-lo, compraria essas adesões com o empolamento da despesa pública. Seria uma contradição: Sócrates fazer reformas para diminuir a despesa pública e pagar essas reformas com o aumento da despesa pública necessário para subornar a sua clientela partidária. E como reagiria o outro partido do pacto? MAIS PARVOÍCES! DECIDIDAMENTE SOFRES DE QUALQUER COISA!SÓ VÊS FANTASMAS...
Portanto, no futuro próximo as pontes estão cortadas entre os dois maiores partidos.FELIZMENTE. Todavia, de uma forma ou de outra, a constituição terá que ser revista de modo a adequá-la ao funcionamento eficiente de uma economia de mercado É O QUE VOCÊS QUERIAM MAS NÃO VÃO TER SORTE, POR MUITO QUE O TEU AMADO LÍDER QUEIRA.; o sector público terá que ser emagrecido substancialmente EXPLICAA LÁ COMO, Ó VIDENTE; a justiça e o funcionamento da administração pública profundamente desburocratizadosIDEM; a cidadania ser entendida como um contrato entre o cidadão e o Estado que o representa e assegura as condições para o exercício eficiente da sua actividade, e não uma relação entre um Estado omnipresente, tutelar, gastador, um Moloch devorador, e um cidadão indefeso e que só sobrevive capazmente enganando esse mesmo Estado.POIS...
Assim sendo, fatalmente acabará por haver em Portugal uma maioria suficientemente lata para que tal suceda.LATA, DIZES BEM, É COISA QUE NÃO TE FALTA... Só assim se ultrapassarão os actuais impasses. Como tal poderá vir a suceder é uma previsão que não ouso fazer.POIS, ACHO BEM ANTES QUE SAIA MAIS CARAPAUZADA... Só prevejo que não será num futuro próximo. AQUI A CERTASNas actuais circunstâncias não existem condições políticas para isso.
Bem dizia o «outro» - que me fez pasmar - que a economia é feita de sangue ...
Afixado por: asdrubal em janeiro 4, 2005 09:09 PMHaver vida para além de ... faz lembrar uma meditação religiosa
Afixado por: Adalberto em janeiro 5, 2005 10:46 AMO Pacto de regime não é possível mas é essencial.
De certa forma, estes posts e os seus comentários serão um bom exemplo para mostrar no futuro como Portugal se afundou. A lucidez e a inteligência irritam profundamente certos indivíduos.
Mas talvez existam algumas surpresas. Certas pessoas que hoje podem viver com os luxos do modelo socialista irão ter, mais tarde ou mais cedo, que começar a trabalhar e perceber que o mundo não é apenas a fantasia que eles criam na cabeça.
Afixado por: Mario em janeiro 5, 2005 11:24 AMMario, Joana, Senaqueribe, tudo a mesma coisa. Que falta de imaginação.
Afixado por: Átila em janeiro 5, 2005 12:34 PM