Miguel Cadilhe fez o balanço dos dois anos de actividade da agência a que preside. Foi genial e objectivo: «Continuamos a não ter o problema do tratamento de resíduos industriais perigosos resolvido em Portugal e isto é uma vergonha ... Desde a primeira hora que chamamos a atenção para isto e chegamos a encomendar um estudo sobre municípios com melhores possibilidades de receber uma estação mediante contrapartidas» desabafou, adiantando que «há empresas que transportam resíduos industriais de forma ilegal, clandestinamente, enquanto outras espalham-nos pelo território e um país que se quer desenvolvido não pode virar as costas ao problema.».
Foi luminoso como exemplo de rigor e adequação, abrindo novos e entusiasmantes caminhos para o trabalho a desenvolver pelas nossas agências e institutos. Quando o Presidente do Instituto de Resíduos fizer uma conferência de imprensa sobre o balanço da sua actividade, certamente alertará o auditório sobre os problemas graves decorrentes da má fiscalização da actividade dos areeiros e sobre a má utilização do domínio hídrico em Portugal, sugerindo soluções oportunas e necessárias e prometendo que agilizará a implementação da directiva da água de forma coerente e exemplar.
Como se espera e será óbvio, o Presidente do INAG fará um balanço da sua actividade no Instituto da Água, chamando a necessária atenção para o mau estado das estradas em Portugal, para a vergonha que tal representa para o país e para a imagem com que ficam os estrangeiros que nos visitam, enjoados pelos solavancos das viaturas e pelas apertadas e desnecessárias curvas e lombas à espera das devidas rectificações. E igualmente para as pontes que estão com limitações de tráfego, obrigando os utentes a trajectos muito mais longos.
Entretanto o Presidente do IEP, na sua anunciada conferência do balanço de actividade, não deixará de anunciar logo de início: Senhoras e senhores, estou aqui para vos comunicar que a situação da orla costeira é catastrófica, vítima de uma erosão persistente e odiosa que urge combater. E nossa Zona Económica Exclusiva está no mais lamentável abandono. É para esse combate que eu apelo a todos vós e que vos prometo que irei dedicar os próximos dois anos da minha actividade.
E assim, finalmente, o país começará a aperceber-se da gravidade dos seus problemas. O Presidente do Instituto Hidrográfico prestará contas da sua actividade, desabafando a sua comoção pelos problemas da adolescência desvalida e sujeita às piores tentações; o Presidente do Instituto de Reinserção Social virá a público clamar contra a baixa qualificação nas empresas e como a sua competitividade perante o exterior se ressente disso. O Presidente do Instituto de Emprego falará revoltado da situação dos vitivinicultores e da necessidade de apoiar essa actividade exportadora e com tantas e gloriosas tradições. O Presidente do Instituto da Vinha e do Vinho produzir-se-á em público arengando sobre a falta de iniciativas e promoções turísticas em Portugal, vitais para uma actividade que tantas divisas traz para o país. O Presidente do Instituto do Turismo industriar-nos-á sobre o tormentoso estado da agricultura em Portugal e da falta de apoios de que sofre; o Presidente do IDRHa elevará a sua voz de protesto contra os horários e o mau serviço público dos museus. O Presidente do Instituto dos Museus debruçar-se-á numa solene advertência sobre o facto de não estar a ser devidamente dinamizado o investimento estrangeiro em Portugal.
E a vida política e económica conhecerá um dinamismo maior e inesperado ... sobretudo inesperado. Quando o Presidente do IAPMEI entrar, todos os jornalistas estarão impacientes, roendo nervosamente as esferográficas, na expectativa da matéria que será abordada.
O Presidente do IAPMEI levanta-se, pigarreia, bebe um gole de água e começa entusiasmado:
- Chamei-vos para que compartilhem comigo as preocupações que tenho sobre a situação do controlo aéreo em Portugal e da gestão dos aeroportos. Nestes últimos dois anos tenho dedicado toda a minha actividade e sentido do dever público a analisar essa situação e tenho a dizer-vos que ...
Que país magnífico! Que exemplo de devoção pelo serviço público ... dos outros!
Esse Miguel Cadilhe deve ser parvo. Está muito bem observado.
Afixado por: J Correia em dezembro 17, 2004 07:28 PMO Cadilhe é o exemplo típico da arrogância e da basófia dos tipos que se julgam iluminados. Bom post, Joana
Afixado por: cerejo em dezembro 17, 2004 07:36 PMO malta em Portugal não tem sentido de Estado. Só pensa na sua pessoa, que é um gajo muito bom, e só gosta de mandar postas de pescada
Afixado por: Rui Silva em dezembro 17, 2004 09:17 PMA meta eleitoral de PPortas - entrevista SIC Notícias - é ter mais votos/deputados que o PCP e o BE juntos.
Se não se tratasse de um objectivo defensivo e derrotista haveria sempre a possibilidade de considerar este PPortas como um sujeito com sentido de humor !
ps : se se tratrasse do irmão Miguel ( por exemplo a desejar ter + votos do que o PP), Joana acharia o tipo mesquinho e invejoso
Ó zippiz, isso é trólóló de políticos. Não merece comentários sobre se este disse isto e aquele outra coisa.
Afixado por: Rave em dezembro 17, 2004 11:19 PMJanica, amanhã a Constancinha vai entrevistar o Flopes na TV, no jornal da noite. Rói-te aí de inveja. Depois venho cá ver tu a deitá-la abaixo...
Afixado por: Átila em dezembro 18, 2004 12:53 AMJoana ,
vc também podia animar um pouco mais o seu blog com algumas coisas para nos fazer sorrir um pouco, tal qual o blog O Jumento :
PARA ZURRAR E ZURRIR
Recebi esta no mail, não sei quem é o autor (a quem pedimos desculpa pelo "plágio" nem verifiquei a veracidade, embora quem consulte diariamente o DR saiba que é assim:
«Este país do faz-de-conta é cada vez mais uma anedota pegada; Ora atentai lá nesta coisa vinda no Diário da República nº285 de 6 de Dezembro 2004:
No aviso nº 11 466/2004 (2ª Série), declara-se aberto concurso no I.P.J.para um cargo de "ACESSOR", cujo vencimento anda à roda de 2500 EUR (500 contos). Na alínea 7:..." Método de selecção a utilizar é o concurso de prova pública que consiste na ... apreciação e discussão do currículo profissional do candidato."
No Aviso simples da pág. 26922, a Câmara Municipal de Lisboa lança concurso externo de ingresso para COVEIRO, cujo vencimento anda à roda de 350EUR (70 contos) mensais. "... Método de selecção: prova de conhecimentos globais de natureza teórica e escrita com a duração de 90 minutos. A prova consiste no seguinte:
1. - Direitos e Deveres da Função Pública e Deontologia Profissional;
2. - Regime de Férias, Faltas e Licenças;
3. - Estatuto Disciplinar dos Funcionários Públicos.
Depois vem a prova de conhecimentos técnicos:
- Inumações, cremações, exumações, trasladações, ossários, jazigos, columbários ou cendrários.
- Por fim, o homem tem que perceber de transporte e remoção de restos mortais. Os cemitérios fornecem documentação para estudo.
Para rematar:
Se o candidato tiver:
- A escolaridade obrigatória somará + 16 valores;
- O 11º ano de escolaridade somará + 18 valores;
- O 12º ano de escolaridade somará + 20 valores.
No final haverá um exame médico para aferimento das capacidades físicas e psíquicas do candidato.
ISTO TUDO PARA UM VENCIMENTO DE 70!!! CONTOS MENSAIS!
Enquanto o outro, com 500, só precisa de uma cunha!!!"
E o pior é que para Santana chegar a primeiro-ministro, e enterrar-nos a todos ainda vivos, também bastou a cunha do "Monsieur Jose Barroso".
Posted at 12/17/2004 6:32:01 pm by Roncinante
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Zippiz :
.
Nós somos assessores. Eia, caramba !
Este post - muito bem achado - traduz a habitual postura dos portugueses: nunca se pronunciarem sobre a sua alegada área de conhecimentos - que é para não poderem ser avaliados - e pronunciarem-se frequente e ruidosamente sobre tudo aquilo de que nada sabem. Basófia, inveja, maledicência é a trilogia tipificante da incompetência e do subdesenvolvimento de que não conseguimos libertar-nos. Características psicológicas que nos acompanham desde sempre - mesmo quando parecíamos mais competentes - e cujas consequências só são parcialmente neutralizadas quando somos governados à bruta por gente mais qualificada. D. João II, Pombal e Salazar são o tipo de governantes de que, aparentemente, precisamos para escapar a esse destino doloroso. Não será certamente das eleições de Fevereiro que sairão governantes desse tipo...
(P.S. - Não sou masoquista nem desejo ser maltratado por governantes como os acima referidos, mas isso em nada altera a nossa triste sina...)
Afixado por: Albatroz em dezembro 18, 2004 10:48 AMSe tivéssemos um sistema de educação universal que inculcasse nas nossas crianças o gosto pelo conhecimento, o rigor intelectual, a disciplina física e mental, o conhecimento nas áreas essenciais, a adesão a valores éticos, talvez conseguíssemos, a prazo, escapar ao nosso triste fado. Mas, onde estão os professores capazes de tal fazer? Quando, numa actividade profissional secundária, me vejo confrontado com uma maioria de jovens com o 9º ano de escolaridade que não sabem a tabuada, que não sabem fazer multiplicações e divisões, que não sabem fazer operações com fracções, que não sabem os rudimentos da álgebra, que não têm sequer a noção de quantidade, e que tudo isso é o resultado de terem tido "professores" criminosamente negligentes, que devo fazer? Quando, nos próximos três anos devia estar a dar-lhes conhecimentos correspondentes ao ensino secundário, vou ser obrigado a tentar que acabem o seu curso de nível III com os conhecimentos correspondentes ao ensino obrigatório. Ou seja, vou tentar que saiam deste curso com os conhecimentos que deviam ter para lá entrar... É isto que os PS e PSD estão a fazer ao nosso país.
Afixado por: Albatroz em dezembro 18, 2004 11:02 AMAlbatroz em dezembro 18, 2004 10:48 AM
Comparar João II e Pombal a Salazar?
Ó Albatroz, com franqueza!...
(M)arca Amarela em dezembro 18, 2004 04:20 PM
Tem razão, Pombal era muito mais brutal do que Salazar.
Afixado por: Albatroz em dezembro 18, 2004 04:41 PME D. João II muito mais inteligente
Afixado por: Hector em dezembro 18, 2004 05:49 PMEstão convidados para acompanhar nos próximos dias a apresentaçao dos Lumiere, os primeiros premios de cinema online de blogs em Portugal, patrocinados pela Academia de Blogs de Cinema, a primeira do mundo.
Afixado por: Miguel Lourenço Pereira em dezembro 18, 2004 05:51 PMAlbatroz
Acho que ambos eram mais brutais e mais inteligentes que Salazar.
Salazar era um labrego provinciano e beato.
Muito bem observado este post. Humor e rigor.
Afixado por: Luis Chagas em dezembro 18, 2004 06:28 PMPonham-se a pau!
http://jornal.publico.pt/publico/2004/12/18/Media/R03.html
Afixado por: (M)arca Amarela em dezembro 18, 2004 06:31 PMHá muito blog que vive da má língua e arrisca-se a isso.
Afixado por: VSousa em dezembro 18, 2004 09:32 PMMas afinal quem pôs o Cadilhe em lugar de destaque?
E os outros todos?
Na óptica da Joana, só são bons enquanto dizem amém!
E já agora, lá por serem directores de um qualquer instituto, não podem "botar" palavra, como qualquer cidadão, sobre outros assuntos que não o que lhes dizem respeito enquanto responsáveis?
Já agora era o que mais faltava!
Pois é ... o Dr Cadilhe não encontra mais investimentos estrangeiros para Portugal por causa do mau estado das estradas ... eu também já tinha reparado nisso, mas não quis ofender o autor genuíno de um dos mais altos "Imposto Automóvel" de toda a Europa.
Afixado por: asdrubal em dezembro 18, 2004 11:20 PMcenário : uma rua do Porto
actor principal : Sócrates
actor secundário : Lello
voltei a castigar o "onofre" ( palavra portuguesa para o botão On e Off ) e mudei de canal !
Muito bem visto. Um retrato implacável da mania da superficialidade e de se desculparem com as insuficiências dos outros.
Afixado por: Tadeu em dezembro 19, 2004 02:20 AMComo é possível o Cadilhe dizer os disparates que tem dito desde que ocupou a API?
Não fez nada e só fala dos outros.
A Joana volta e meia não consegue resistir ao apelo da demagogia. Pelos vistos os exemplos do Dr. Portas e do Dr. Santana contagiam até as pessoas mais sérias.
O excerto das declarações do Dr. Cadilhe reproduzido no "post" surge totalmente fora do contexto. As acusações que lhe são dirigidas são tanto mais injustas quanto ignoram o trabalho que foi realizado e a concorrência que Potugal tem por parte dos países da "nova Europa".
Naturalmente que discutir essa questão, obrigaria a um esforço de reflexão maior e retiraria à Joana a oportunidade de lançar o fel sobre um dos críticos de PSL e PP.
Quer-me parecer que a Joana já aderiu aquele famigerado princípio "os que não são por nós são contra nós"?
Carlos
Afixado por: Carlos em dezembro 19, 2004 01:43 PMO José Pacheco Pereira faz hoje um elogio no Abrupto ao Luis Rainha. É uma coisa que a Joana nunca verá na sua amargurada existência. Se os ocmentadores fossem comparados aos treinadores de futebol, poderíamos dizer que Joana tem a arrogância do Mourinho, a modernidade do Trapattonni e a competência do Manuel Cajuda.
Afixado por: Nabucodonosor em dezembro 19, 2004 02:42 PMEsse Luís Rainha já apareceu por aqui e pareceu-me um tipo fraquito. JPP lá terá as suas razões.
Afixado por: David em dezembro 19, 2004 03:17 PMCom o que a Joana já aqui escreveu sobre o José Pacheco Pereira, só por masoquismo o José Pacheco Pereira recomendaria este blog.
Afixado por: Rave em dezembro 19, 2004 03:38 PMVisitem o Portal Beira-Mar, para todos os beiramarenses e simpatizantes deste grande clube! :)
Saudações
Portal Beira-Mar
...
Em contrapartida o blog do Beira-Mar parece politicamente inócuo.
Afixado por: J Correia em dezembro 19, 2004 04:44 PMO Dr António Barreto escreve hoje um artigo no «Público», de pasmar-de pasmar ! É como se, Ateu, acreditasse no milagre de Lázaro.
Afixado por: asdrubal em dezembro 19, 2004 05:13 PMO homem tinha que escrever qualquer coisa. É domingo e ele tem um contrato a cumprir.
Afixado por: Fred em dezembro 19, 2004 05:18 PMEste comentário de Joana só não é um perfeito disparate porque não há ninguém perfeito.
As comparações que faz são ridículas e fruto de uma ignorância ululante. Miguel Cadilhe não só é um
economista competente, como dá provas dessa competência ao referir-se aos resíduos industriais
perigosos no âmbito das suas funções em relação ao investimento estrangeiro.
Joana, pelos vistos, não sabe que as empresas são obrigadas pela Portaria 792/98 a preencher um
anualmente um mapa de registo de resíduos industriais e a enviá-lo à Direcção Regional do Ambiente
mais próxima.
Nesse mapa têm que indicar o tipo e a quantidade de resíduos produzidos, de acordo com a Lista Europeia de Resíduos. Por cada resíduo terá que ser preenchida uma Ficha de Resíduo, onde conste o destino do resíduo e as operações de eliminação/valoração a que será submetido.
Qualquer empresa responsável que queira investir em Portugal numa actividade produtora de resíduos perigosos terá que ter em conta o sistema nacional de tratamento, para que não lhe caia em cima a responsabilidade da eliminação sem que disponha de soluções económicas para o fazer.
Ora, como não existe nenhum sistema nacional, pode-se imaginar as consequências para o investimento estrangeiro e a razão da preocupação de Miguel Cadilhe.
Joana trata Miguel Cadilhe como um tonto. Não sendo Miguel Cadilhe um tonto, cada um tire as conclusões que quiser...
Agente Laranja em dezembro 19, 2004 06:07 PM:
O que eu critiquei em Cadilhe, foi o que já havia criticado num post que escrevi em 12-02-2004, "O Regresso do Sisa Ligeiro" http://semiramis.weblog.com.pt/arquivo/065849.html,
ou seja, a sua contumácia em falar dos problemas dos pelouros dos outros, em vez de resolver as questões de que era suposto estar incumbido. Aparentemente a sua gestão à frente da API foi um flop. Talvez houvesse razões imperiosas para tal. Mas Cadilhe deveria preocupar-se mais com as matérias e com os problemas concretos do seu pelouro que com os dos outros.
E isso é independente de saber ou não da Lista Europeia de Resíduos e do preenchimento anual de um mapa de registo de resíduos industriais e enviá-lo à Direcção Regional do Ambiente. Você está a misturar alhos com bogalhos.
E julgo que atingi o alvo, pois a forma deselegante como você reagiu mostra isso mesmo. No seu enervamento usou mesmo adjectivos pouco apropriados do ponto de vista semântico. Ululante?? A ignorância?? A gritaria pseudo-argumentativa é que pode ser ululante. A sua, por exemplo.
A Joana atacada por um Agente Laranja?
Não sabia que a sua credibilidade no PSD estava tão em baixo.
Quem é que Joana pensa que engana? Os zig zagues retóricos podem funcionar com os seus apaniguados, mas não resistem à evidência. Eu não misturei alhos nenhuns, foi você quem foi buscar os bogalhos para denegrir um excelente economista e, para mais, sem saber do que estava a falar.
Pode ficar a saber que não estava, nem estou, nada enervado e que, em matéria de elegância, você seria a última pessoa de quem poderia receber lições. Já que se fala em lições, você está muito a tempo de aprender um bocadinho de semântica, para não dizer mais asneiras quando escreve sem se informar. Vé lá à biblioteca do papá e procure no Houaiss o significado de ululante. Aí se explica que usado hiperbolicamente ululante significa "de caráter óbvio" (antes que lhe ocorra outra semantiquice, lembro-a de que já foi ratificado o acordo ortográfico), dando-se como exemplo "verdades ululantes".
Nabucodonosor em dezembro 19, 2004 02:42 PM :
Nunca procurei elogios do JPP, embora não me importasse de os ter. Confesso que cometi algumas imprudências perante a genialidade do distinto blogger. Leia, sff:
Pacheco Pereira e os carneiros de Panurgo
http://semiramis.weblog.com.pt/arquivo/044502.html
Depois desta e doutras imprudências menores, julgo que nem me ajoelhando aos pés dele, com os olhos rasos de lágrimas, soluçando lastimosamente, ele me se dignaria considerar-me. Ele há erros que se cometem ...
Quanto ao Luís Rainha, apareceu por aqui, o que deu origem a dois posts:
http://semiramis.weblog.com.pt/arquivo/164198.html O Lazareto Semiramis
http://semiramis.weblog.com.pt/arquivo/164454.html Lazareto Semiramis II
Depois foi à vida dele. Julgo que a leitura daqueles posts e dos respectivos comentários, dá ideia da qualidade desse blogger que o JPP tão justamente ilustrou.
Agente Laranja em dezembro 19, 2004 11:23 PM
Curvo-me, ululante, perante a correcção semântica que me propõe. Mas é ululante que o que escreve não menoscaba o que afirmei na resposta ao seu comentário que, vai-me desculpar, não achei nada ululante. É sim ululante que Cadilhe devia falar dos assuntos de que foi incumbido, em vez de fazer digressões piscatórias pelos terrenos dos outros.
Não é uma verdade ululante? Mesmo hiperbólica?
Post demagogico.
Em primeiro lugar a industria é a produtora dos residuos, em 2º lugar é um problema que toca a todos e em 3º é um problema que devemos resolver antes que nos obriguem a resolve-lo.
Na alemanha o sector ligado à ecologia já emprega mais de 1 milhão de pessoas. É um sector industrial com potencialidades de crescimento.
Quando Cadilhe diz que há empresas que espalham os residuos pelo territorios o que está a referir é um segredo de lana caprina, há empresas que enchem camiões cisterna com esses residuos e mandam-nos dar uma voltinha com uma torneira a pingar e espalham-nos por aí.
O pior deste post é ignorar demagogicamente que os problemas têm soluções e implicações multidisciplinares.
Já agora nos seus exemplos tem um que tambem não resulta apropriado. O vinho e a vinha são atractivos turisticos, especialmente o vinho do Porto, e não ficava mal ao presidente do respectivo instituto sublinhar isso mesmo. Se um dia for ao Porto dê um pulo a Vila Nova de Gaia e poderá observar os turistas a visitar as caves.
Afixado por: Diletante em dezembro 26, 2004 09:28 AMMuito bem observado este comportamento à portuguesa de falar de preferência dos problemas dos outros.
Afixado por: soromenho em janeiro 7, 2005 04:07 PM