Os meios de comunicação têm alertado para os riscos que os efectivos da GNR correm ao irem para o Iraque.
Todo o país tem sido advertido para esses riscos. O sul do Iraque seguro? Nada está seguro! Nem os americanos, nem os britânicos têm o controlo da situação. O Iraque está num caos! Olhem o que aconteceu aos carabinieri italianos! Os GNR estão sob um risco tremendo! Que Deus se amerceie deles, empurrados para aquele inferno por uma política errónea!
E os jornalistas, temerosos pela sorte dos GNR, ávidos de mostrarem ao público português a situação logística dos GNR, os perigos que aqueles infelizes correm, lá foram rápidos e determinados, pelo deserto dentro, sem escolta militar, armados de cameras de filmar, máquinas digitais, telefones via satélite, microfones, toda a parafernália comunicacional.
Esqueceram-se apenas de uma coisa: lerem as reportagens que tinham enviado ou ouvirem os relatos que tinham transmitido, e pelos quais se poderiam ter elucidado que o Iraque está num caos e que é perigoso transitar mesmo com escolta militar … quanto mais sem escolta!
Estive a ouvir há bocado uma entrevista com um jornalista português da BBC e oq ue ele disse como eles faziam mostra que há um abismo entre o profissionalismo da BBC e o desenrascanso dos tugas.
O que nós fizemos foi de uma completa irresponsabilidade.
Eu ouvi uma entrevista com a Maria João Ruela e ela própria reconhece que a ida deles naquelas condições foi de quem estava completamente ignorante dos riscos que corria.
Afixado por: Daniel em novembro 14, 2003 11:14 PMOs italianos falam em 5 milhões, mas nos nossos meios de comunicação fala-se em 50 mil.
50.000 é menos que o valor dos jipes que eles roubaram. É menos, muito menos, que o custo da ida do Falcon para buscar a Ruela.
Aquele seu comentário de que quando os raptores ouvissem o Raleiras falar do OGE para 2004, o devolviam com um donativo foi quase profético
Afixado por: anonimo em novembro 16, 2003 11:41 PM
A jornalista falou sobre irresponsabilidade.
Mas há,por mero acaso,algum jornalista em Portugal que assuma responsabilidades ou que actue com responsabilidade?
Será como encontrar agulha em palheiro,como se diz no meu Alentejo.
Os exemplos flagrantes deste tipo de actuação residem nos jornalistas de O Expresso.
Sou,na realidade,leitor deste jornal,porque,no meu país,o único semanário que fazia frente a este em matéria de concorrência era o Independente de Paulo Portas.Com a Inês Serra deixou de ser a mesma coisa.Assim,fiquei reduzido,em termos de leitura,ao JAS,ao JAL,ao Madrinha e pouco mais.
Cedo nos apercebemos o teor dos artigos deste ditos jornalistas da nossa praça,em que a profundidade da análise politica fica apenas pela rama.
Preferem o despique,a confrontação,a celeuma,a intriga,a insidia,forma simplista de comentário sem conteúdo,porque a análise crítica exige estudo,conhecimentos,reflexão.
Os jornalistas de O Expresso não possuem estes critérios.Talvez eu abra aqui uma ligeira excepção ao Nicolau Santos,em matéria económica.
A actuação dos jornalistas em palco de guerra revela todo o seu processo mental de formação, no que se refere ao jornalismo praticado na nossa praça.
O simplismo,a irresponsabilidade,o fazer tudo sobre o joelho,a enorme falta de ponderação, a falta de bom senso,a sensação de ser o melhor,embora sem conteúdo,o não te rales,o para português tudo serve,são os conceitos transmitidos aos jovens nas universidades de formação de jornalistas.
Sobram a ousadia e a audácia?
Nem isso!
Sobra a irresponsabilidade.
Tem razão a JOANA II ou JOÃO II,quando afirma que os jornalistas não lêem o que escrevem.
Aliás,eles escrevem por encomenda.A isso os obriga o "salário do medo" com que são pagos.
Este acontecimento não lhes vai servir de exemplo.A memória de jornalistas é sempre curta.O saber também é pouco.Nem História do seu país eles sabem.
Afixado por: ZEUS8441 em novembro 17, 2003 09:29 AMSobre este assunto vale a pena ler o artigo de Clara Ferreira Alves, sob o título "Embedded", publicado hoje no Diário Digital.
Afixado por: Luis Filipe em novembro 17, 2003 07:00 PMVinha outro dia um artigo no Público do correspondente português da CBS, muito elucidativo sobre a nossa impreparação.
Afixado por: Viegas em dezembro 3, 2003 12:13 AM